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ESTRUTURA FÍSICA E ORGANIZACIONAL DO 
CENTRO CIRÚRGICO E DA
CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO
Professor Dr.
Marco Aurélio R. de Almeida
UNIDADE DE CENTRO CIRÚRGICO
Definida como um conjunto de elementos destinados à 
atividade cirúrgica e à recuperação anestésica. É composta pelo 
Centro Cirúrgico (CC), pela Recuperação Anestésica (RA) e pelo 
Centro de Material Esterilizado (CME). Tal unidade é caracterizada 
como um sistema sociotécnico estruturado, administrativo 
psicossocial localizado dentro da estrutura hospitalar.
Para seu funcionamento eficiente é necessário que haja integração com as demais áreas hospitalares. 
Nesse aspecto, a implementação de normas de qualidade e a individualização do cuidado prestado 
ao paciente, determinarão o resultado final.
ASPECTOS HISTÓRICOS
o O homem realiza práticas 
cirúrgicas desde a antiguidade. 
o O termo cirurgia, do grego
kheirourgia, que significa “trabalho manual” pode ser definido como:
especialidade que se destina ao tratamento de doenças e traumatismos por meio 
de processos operativos manuais e instrumentais.
OBJETIVOS DO CENTRO CIRÚRGICO
O procedimento cirúrgico é hoje uma das modalidades terapêuticas mais 
utilizadas para o diagnóstico e tratamento de inúmeras doenças. O ambiente do CC 
tem finalidades claramente definidas no ambiente hospitalar:
 Prestar assistência integral ao paciente cirúrgico em todo período 
perioperatório.
 Realizar intervenções cirúrgicas e encaminhar o paciente à unidade de 
destino, na melhor condição possível de integridade.
 Proporcionar recursos humanos e materiais para que o procedimento 
anestésico-cirúrgico seja realizado em condições técnicas e assépticas ideais.
 Favorecer o ensino e servir de campo de estágio para a formação e o 
aprimoramento de recursos humanos.
 Desenvolver programas e projetos de pesquisa voltados para o processo 
científico e tecnológico.
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CC
SISTEMA ORGANIZACIONAL DO CENTRO CIRÚRGICO
O centro cirúrgico é organizado por uma estrutura sociotécnica 
composta por cinco sistemas: metas e valores; tecnológico; estrutural 
psicossocial e administrativo.
Metas e valores: compreende a filosofia institucional que 
influencia as ligações e interações com os outros sistemas.
Tecnológico: representado pelos aspectos físicos (equipamentos, 
instrumentos, maquinários) e pelos conhecimentos específicos (conjunto 
de técnicas de operações).
SISTEMA ORGANIZACIONAL DO CENTRO CIRÚRGICO
Estrutural: Engloba a divisão de tarefas em unidades 
operacionais e a coordenação entre estas unidade por meio de 
organogramas, fluxogramas, normas regulamentos, regimentos.
Psicossocial: constituído de interações, expectativas, opiniões 
e valores de pessoas que fazem parte do sistema.
Administrativo: compreende a coordenação de esforços que, 
por meio de técnicas específicas, almeja atingir os objetivos 
estabelecidos. Engloba tomada de decisões e controle. 
Si
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SISTEMA ORGANIZACIONAL DO CENTRO CIRÚRGICO
Como já mencionado, para que essa estrutura funcione, é vital a 
integração com as unidades que atuam como serviços de suporte à unidade de 
CC. Entre esses serviços, destacam-se:
o banco de sangue, laboratório, o serviço de anatomia patológica e a 
radiologia;
o farmácia,
o almoxarifado;
o transporte, fornecedores;
o engenharia e manutenção;
o limpeza, lavanderia, entre outros.
PLANEJAMENTO FÍSICO DO CENTRO CIRÚRGICO
Composto por várias áreas interdependentes para proporcionar 
ótimas condições à realização do ato cirúrgico, em circunstâncias 
assépticas ideais, o CC tem a finalidade de promover segurança para o 
paciente e conforto para a equipe que o assiste.
Para isso, é de suma importância que o enfermeiro de CC 
conheça a finalidade de cada elemento que compõe esses áreas, bem 
como das características arquitetônicas e de bioengenharia pertinentes a 
elas, as quais são previstas na legislação vigente (RDC n. 50/2002 e 
RDC n. 307/2002), no sentido de embasar a assistência perioperatória 
e proporcionar um ambiente seguro para paciente e profissionais que 
atuam nesse setor.
PLANEJAMENTO FÍSICO DO CENTRO CIRÚRGICO
O CC deve ter relações de contiguidade com a internação 
clínica-cirúrgica, com as unidade de internação (UI), com a unidade 
de terapia intensiva (UTI), com a central de material esterilizado 
(CME), bem como as unidades de suporte, já discutidas nessa aula.
Em relação à sua configuração, existem diversas formas de 
planta física que um CC pode conceber. De acordo com a 
Association of periOperative Registered Nurses (AORN) de 
enfermeiros norte-americanos, tais práticas devem proporcionar 
barreiras que reduzam a entrada de microrganismos no ambiente.
ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO
O CC é dividido em áreas específicas em virtude dos 
procedimentos realizado e risco de transmissão de infecções:
Áreas irrestritas: são aquelas cujo a circulação de pessoas é 
livre, de modo que não exigem cuidados especiais e nem o uso do 
uniforme privativo como elevadores, vestiário, corredores externos 
que levam o paciente ao CC.
ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO
Áreas semirrestritas: permitem a circulação de pessoal e de 
equipamentos, de modo que não interfira no controle e manutenção 
da assepsia cirúrgica. Nesses locais, é necessário o uso de uniforme 
privativo e de propés. Exemplo: secretaria, copa, sala de conforto 
e guarda de equipamentos.
ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO
Áreas restritas: são as que têm limites definidos para 
circulação de pessoal a equipamentos, onde se deve empregar 
rotinas próprias para controlar e manter a assepsia local. Além do 
uniforme privativo, é necessário o uso de máscara que cubram nariz 
e boca. Exemplo: salas cirúrgicas, antessalas, lavabos e corredores 
internos.
ÁREA IRRESTRITA
Vestiário
Sala de Espera
Corredores Externos
ÁREA IRRESTRITA
Vestiários: locais exclusivos com lavatórios, chuveiros, 
vasos sanitários, divididos em masculino e feminino, 
destinado à troca de vestimenta pessoal pelo uniforme 
privativo.
Sala de espera: destinada a familiares e 
acompanhantes, quando em espera por informações e 
devolutiva médica sobre o procedimento realizado e 
estado do paciente.
ÁREA SEMIRRESTRITA
Sala de Guarda de Equipamentos
Posto de Enfermagem
Copa e Conforto Profissional
ÁREA SEMIRRESTRITA
Posto de enfermagem: destinada à comunicação entre os enfermeiros e 
seus colaboradores, avaliação do mapa cirúrgico e passagem de plantão 
entre turnos.
Recepção e transferência de pacientes: área que permite a 
transferência de pacientes vindo de outras unidades como pronto-socorro, UTI 
e UI. Pode ter instalação de oxigênio, tomadas, armários de roupas de cama e 
cobertores, além de impressos para os registros cabíveis à recepção do 
paciente.
Farmácia: concentra os insumos descartáveis utilizados nos 
procedimentos anestésico-cirúrgicos, os quais geralmente são montados no 
formato de kits, preparados segundo o mapa cirúrgico.
ÁREA SEMIRRESTRITA
Copa e conforto profissional: destinado à equipe cirúrgica e à equipe 
de enfermagem (juntas ou separadas) no período de descanso ou espera pela 
liberação da sala operatória (SO), acoplada a uma copa com lanches e 
bebidas destinadas aos profissionais já vestidos com roupas privativas, cuja 
circulação pelas dependências do hospital ou fora dele está restrita.
Sala de utilidades e expurgo: deve ser equipada com sistema de 
drenagem para o desprezo de fluídos corpóreos e dejetos, bem como pia 
própria para lavagem de frascos onde essas substâncias estavam contidas.
ÁREA RESTRITA
Sala de Operações (SO)
Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA)
Lavabos
ÁREA RESTRITA
Sala de operações (SO): locais destinados à realização de 
procedimentos anestésico-cirúrgicos propriamente dito; têm 
dimensões variadas, dependendo das especialidades às quais se 
destinam.
Com os avanços tecnológicos na área da robótica e das 
cirurgias minimamente invasivas, asSO devem possuir dimensões 
adequadas para acomodar tais equipamentos.
ÁREA RESTRITA
Em relação à quantidade de SO em um CC, é recomendado 
que haja duas sala de cirurgia para cada 50 leitos.
Cada SO deve contar com equipamentos fixos, como: o 
negatoscópio, foco de luz, computadores para anotação no 
prontuário eletrônico.
Também deve conter equipamentos móveis, cuja a 
necessidade varia de acordo com a especialidade: bisturi elétrico, 
máquina de circulação extracorpórea, equipamento de 
videolaparoscopia, aspiradores, entre outros.
ÁREA RESTRITA – EQUIPAMENTOS FIXOS
Foco de teto Negatoscópio
ÁREA RESTRITA – EQUIPAMENTOS MÓVEIS
Mesa de Mayo
Máquina de CEC - (ECMO)
Bisturi Elétrico
ÁREA RESTRITA
As SO são classificadas por tamanho em:
o SO pequena: deve ter no mínimo 20 m2 de tamanho e é destinada a 
cirurgias de pequeno porte como as oftálmicas, otorrinolaringológicas e 
endoscópicas.
o SO média: deve ter no mínimo 25 m2 de tamanho e é destinada à 
realização de cirurgias gerais, ginecológicas, do sistema digestório, 
respiratório, infantis e outras.
o SO grande: deve ter no mínimo 36 m2 de tamanho e é destinada a cirurgias 
de grande porte ou àquelas nas quais devem utilizar muitos equipamentos 
como as ortopédicas, neurológicas, cardiológicas, laparoscópicas, robóticas e 
transplantes.
ÁREA RESTRITA
Sala de recuperação anestésica (RPA): deve ser anexada ao CC, 
localizada no mesmo piso, e que favoreça a rápida transferência do 
cliente anestesiado da SO à SRPA, de modo que não proporcione 
alterações hemodinâmicas no transporte do paciente crítico no período 
pós-anestésico, ou seu retorno rápido à SO, em caso de necessidade de 
reintervenção cirúrgica.
Segundo a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n. 50 de 21 
de fevereiro de 2002, do MS, a RPA pertence à planta física da 
unidade de CC, devendo estar localizada próxima à SO, permitindo o 
imediato retorno do paciente em caso de recuperação.
ÁREA RESTRITA
Sala de recuperação anestésica (RPA): a RPA deve ter dimensão 
mínima de 6 m2, permitindo a adequada distribuição e mobilidade de 
recursos humanos e materiais, e ter um número de leitos proporcionais à 
especificidade do CC e à quantidade de salas existentes.
ATENÇÃO: recomenda-se o número de SO acrescido de um, para 
cálculo do número de leitos para recuperação, ou seja, se o CC tem 10 
SO, deve ter 11 leitos de RPA.
ÁREA RESTRITA
A RPA ainda deve fácil acesso com as unidade de apoio como: 
• lavanderia,
• farmácia,
• banco de sangue,
• laboratório, entre outros.
O posto de enfermagem deve estar situado de modo a permitir a 
visualização de todos os leitos da unidade. A presença de um balcão 
para preparo de medicações, além de computadores, impressoras e 
telefones.
CARACTERÍSTICAS ARQUITETÔNICAS
A planta física da RPA deve possuir as mesmas 
características arquitetônicas do Centro Cirúrgico:
 Piso e parede de cor clara e neutra: (que contribui para 
avaliação da pele do paciente e evita estresse visual);
 Piso: deve ser revestido de material resistente à lavagem 
com produtos químicos, não porosos e livre de frestas;
CARACTERÍSTICAS ARQUITETÔNICAS
Ainda sobre a planta física da RPA e do Centro Cirúrgico:
Portas precisam ser largas: o suficiente para permitir a 
passagem de macas e cadeiras de rodas;
 Iluminação: deve ser como uso de lâmpadas 
fluorescentes; que minimizam a fadiga visual;
 Gases: (O2, ar comprimido, vácuo) devem ser canalizados 
e disponíveis em régua.
CARACTERÍSTICAS ARQUITETÔNICAS
Lavabos: devem se situar o más próximo possível às SO e ser 
exclusivos para a lavagem das mãos e eliminação de germes de 
mãos e antebraços, com pia de profundidade suficiente para 
permitir a realização do procedimento sem contato com as 
torneiras e bordas.
CARACTERÍSTICAS ARQUITETÔNICAS
Lavabos: quanto às dimensões, quando com torneira única, 
deve ter 50 cm de largura, 100 cm de comprimento e 50 de 
profundidade. A cada torneira inserida é necessário acrescentar 
80 cm ao comprimento do espaço. Os lavabos devem conter 
dispensadores de sabão líquido com comando que dispensem o 
contato das mãos.
CARACTERÍSTICAS ARQUITETÔNICAS
Como descrito anteriormente, os componentes do CC são 
submetidos à limpeza terminal constante, os materiais utilizados no 
acabamento devem suportar esse tipo de limpeza.
Assim como na RPA os ambientes do CC devem: ter o 
piso, teto e paredes com materiais resistente à limpeza, livre de 
frestas e porosidade. É recomendado o uso de granilite para 
acabamento de pisos, e tintas à base epóxi, PVC e poliuretano 
para tetos e paredes.
CARACTERÍSTICAS ARQUITETÔNICAS
O formato do CC foi amplamente discutido, mas se chegou 
ao formato retangular por proporcionar funcionalidade das áreas 
sem perdas de cantos arredondados.
Segundo a Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro 
Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e 
Esterilização (SOBECC), o canto deve proporcionar limpeza 
adequada e completa, já que ralos são proibidos.
CARACTERÍSTICAS ARQUITETÔNICAS
Sobre janelas no CC, chegou-se a acreditar que o setor 
deveria ser hermeticamente isolado, no entanto, os últimos estudos 
demonstram que as janelas (não especificamente nas SO), não tem 
relação direta com contaminação, além de ser uma estratégia de 
relaxamento para equipe cirúrgica.
BIOENGENHARIA
• A luz deve ser proveniente de lâmpadas fluorescentes que 
minimizam a fadiga visual. O foco de luz na SO deve ter a 
intensidade ajustável, afim de diagnosticar anormalidades, 
principalmente das estruturas anatômicas.
• A ventilação deve contar com um sistema de remoção de 
gases anestésicos, controlar a temperatura e umidade, 
promover a troca adequada de ar e remover partículas em 
suspensão.
BIOENGENHARIA
• O ar-condicionado deve ser centralizado e com o uso de 
filtro HEPA (do inglês High Efficiency Particulate Air), com 
pressão negativa em SO.
• Em relação às instalações fluído-mecânicas, cada SO deve 
conter vácuo (cor preta), oxigênio O2 (cor verde), ar 
comprimido (cor amarela) e óxido nitroso N2O (cor azul), 
instalados em régua.
óxido nítrico NO inalatório (cor vermelha), mais comum em pediatria: para tratar hipertensão pulmonar
BIOENGENHARIA
• O CC ainda deve contar com sistema de emergência com 
gerador próprio, capaz de assumir automaticamente o sistema de 
energia em, no máximo, 0,5 segundo e mantê-lo por no mínimo, 1 
hora.
• As tomadas devem ficar a 1,50 m do chão para evitar quedas e 
explosões.
• A rota de para emergência deve ser de conhecimento dos 
profissionais e precisa estar sinalizada nas dependências de 
setor.
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CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO
Definido pelo MS como: conjunto de 
elementos destinados à recepção, expurgo, preparo, 
esterilização, guarda e distribuição dos artigos para 
as unidades dos estabelecimentos assistenciais à 
saúde.
Mais recentemente, RDC n. 15/2012, da 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 
define CME como uma “unidade funcional destinada 
ao processamento de produtos para a saúde dos 
serviços de saúde”.
CME NO BRASIL
Nos anos 50, começaram a ser implantados nos hospitais brasileiros os 
primeiros Centros de Materiais parcialmente centralizados. A maioria dos 
artigos eram submetidos à limpeza, secagem e acondicionamento nas próprias 
unidades de internação.
No início da década de 70, alguns hospitais brasileiros iniciaram a 
implementação de setores destinados exclusivamente a essas atividades como 
unidades autônomas e independentes dos Centros Cirúrgicos.
Ainda nos dias atuais, verifica-se com frequência a unidade de CME 
agregada à unidade de Centro Cirúrgico, sob a responsabilidade de um único 
enfermeiro, e até mesmo com funcionários de enfermagem atuando nas duas 
unidades.
SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO DA CME
Ainda que o sistema parcialmente centralizado de organização de 
trabalho seja o mais encontrado nos hospitais do país, o sistema centralizado 
de processamentode artigos possui diversas vantagens entre as quais 
destacam-se:
 Permite maior racionalização do trabalho;
 Otimização dos recursos materiais e humanos;
 Maior segurança do paciente e da equipe de enfermagem, pois 
permite o desenvolvimento de técnicas eficientes e seguras;
 Treinamento específico da equipe;
 Maior produtividade;
 Facilidade de supervisão e adequação, evitando desvios de artigos 
e duplicação de equipamentos.
OBJETIVOS DA CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO
Os objetivos da CME incluem:
Concentrar os artigos e o instrumental esterilizado ou não, tornando 
mais fácil seu controle, conservação e manutenção;
 Padronizar técnicas de limpeza, preparo, acondicionamento e 
esterilização, assegurando economia de pessoal, material e tempo;
 Distribuir artigos esterilizados para as diversas unidades de 
atendimento a pacientes;
OBJETIVOS DA CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO
 Treinar pessoal para as atividades específicas do setor, conferindo-
lhe maior produtividade;
 Facilitar o controle do consumo, da qualidade dos artigos e das 
técnicas de esterilização, aumentando a segurança do uso;
 Favorecer o ensino e o desenvolvimento de pesquisas;
 Manter estoque de artigos, a fim de atender prontamente a 
necessidade de qualquer unidade do hospital.
LOCALIZAÇÃO E FORMATO DO CME
Como vimos no início desta matéria, o CME apesar de ser 
considerado um componente da Unidade do Centro Cirúrgico, deve 
ser um setor independente do CC.
O ideal é que o CME se nas proximidades dos centros 
fornecedores (como almoxarifado e rouparia) e permita 
comunicação e transporte fáceis para os centros consumidores 
(como CC, CO, UTI, e PS).
LOCALIZAÇÃO E FORMATO DO CME
Deve se evitar áreas com muita circulação, diminuindo a 
contaminação dos artigos.
O formato do CME deve ser retangular ou quadrada, de 
modo a facilitar a supervisão, permitir maior produção com menor 
gasto de energia tempo e movimento, e permitir o fluxo de 
trabalho unidirecional, desde a área de expurgo até a de 
armazenamento, evitando eventuais contaminações.
CARACTERÍSTICAS ARQUITETÔNICAS DO CME
Parecidas com as características de construção do CC com 
algumas particularidades:
• O forro deve ser acústico para minimizar os ruídos;
• Se houver janelas, devem ser amplas, altas e teladas, embora 
sua utilização sofre ampla discussão, já que o condicionadores 
de ar fazem a ventilação do ambiente;
• O sistema de exaustão de calor deve manter a temperatura 
aos níveis de conforto da equipe de trabalho, uma vez que as 
autoclaves dispensam temperaturas elevadas no ambiente.
ÁREA FÍSICA DO CME
A área física da CME deve atender as demandas do 
hospital, variando conforme sua finalidade e capacidade.
As primeiras orientações sobre o dimensionamento das 
unidades de CME surgiram do MS, pela portaria n. 400. Essa 
portaria estabelecia uma área mínima de 40 m2 para o CME de 
um hospital geral com 50 leitos, e 66 m2 para um hospital com 150 
leitos.
Uma nova Portaria do MS de n84 e a RDC 50 de 2002, 
atualizou os parâmetros, prevendo as seguintes áreas e dimensões 
mínimas em relação à CME:
ÁREA FÍSICA DO CME
 Recepção, desinfecção, lavagem e separação de artigos: 0,80 m2 por 
leito, com área mínima de 8,0 m2;
 Recepção de roupa limpa: 40 m2;
 Preparo do artigos e roupas: 0,25 m2 por leito, com no mínimo 12,0 
m2;
ÁREA FÍSICA DO CME
 Esterilização física: depende dos equipamentos utilizados, e uma 
distância mínima de 20 cm entre duas autoclaves deve ser respeitada;
 Armazenamento de distribuição dos artigos esterilizados: 0,2 m2 por 
leito, com mínimo de 10,0 m2;
 Armazenamento e distribuição de artigos descartáveis: devem ser 
equivalentes a 25% da érea de estocagem do artigo esterilizado.
FLUXOGRAMA DE ARTIGOS PROCESSADOS NO CME
Os artigos a serem processados pela CME vêm das unidades 
consumidoras (UI, PS, ambulatório, CC, CO endoscopia, laboratório, 
radiologia, farmácia) e das unidades fornecedoras (lavanderia e 
almoxarifado).
Os materiais de uso único encaminhados pelo almoxarifado 
como cotonetes, gaze, próteses, são armazenados em local próprio 
e controlados para distribuição.
FLUXOGRAMA DE ARTIGOS PROCESSADOS NO CME
As roupas enviadas pela lavanderia como compressas, 
aventais e campos cirúrgicos são recebidos na área de preparo e 
acondicionamento (verificação de integridade do material, 
presença de corpos estranhos, manchas e sujidades) para posterior 
armazenamento e distribuição.
CME
Recepção dos artigos 
contaminados
Barreira física
(guichê ou similar)
Preparo e 
acondicionamento
Esterilização
Armazenamento de 
artigos processados
Distribuição
Unidades 
Fornecedoras 
(lavanderia e 
almoxarifado)
Armazenamento de 
artigos novos ou de 
uso único (gaze, 
próteses...)
Unidades 
Consumidoras
(PS, CC, UTI, UI)
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BIBLIOGRAFIA
CARVALHO, R.; BIANCHI, E. R. F. (Orgs.) Enfermagem em 
Centro Cirúrgico e Recuperação. 2. ed. São Paulo: 
Manole, 2016.
POSSARI, J. F. Centro de Material e Esterilização: 
planejamento, organização e gestão. 4. ed. São Paulo: 
Iátria, 2010.

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