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Restos a Pagar e Despesas de Exercícios Anteriores
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA E ORÇAMENTO
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
RESTOS A PAGAR E DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES
Direto do concurso
140. (CESPE/CONTADOR/DPU) Na insuficiência de crédito orçamentário, efe-
tua-se o pré-empenho no caso de despesas obrigatórias.
Comentário
O pré-empenho é um instrumento utilizado para garantir um determinado crédito. 
Muitas vezes, há o crédito que, por exemplo, no decorrer de uma licitação de 
120 dias, fica disponível na tela do SIAFI, ou seja, os órgãos que têm um 
nível de acesso no SIAFI conseguem ver esse saldo, e, para evitar que a SOF 
recolha esse crédito pela demora na utilização, esse crédito era utilizado. Era 
porque atualmente não há mais necessidade, não faz mais sentido. O pré-
empenho é uma ferramenta para reservar o crédito existente. Não faz sentido 
efetuar um pré-empenho no caso de insuficiência de crédito, pois serve apenas 
para fazer a reserva de um crédito já existente e que demora para ser utilizado.
A recomendação atualmente é de que não se utilize, embora o 
sistema permita, e que, se for utilizado em 31 de dezembro, todos 
os saldos de pré-empenho devem voltar para a dotação disponível.
141. (CESPE/ TÉCNICO JUDICIÁRIO/ ADMINISTRATIVA/ TRT-17) Suponha 
que uma escola municipal tenha adquirido, de forma emergencial, uma caixa 
de lápis e que, dado o valor irrisório da compra, não tenha havido licitação 
nem emissão da nota de empenho. Nessa situação, a liquidação da despesa 
terá por base o comprovante da entrega do material.
Comentário
Não existindo a Nota de Empenho, pode-se utilizar como referência a nota fiscal 
que o fornecedor está oferecendo. O normal é que haja Nota de Empenho, o 
documento originado com o Empenho, mas, dependendo da situação, não é 
necessária essa Nota de Empenho.
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Em situações especiais, a Nota de Empenho poderá ser dispensada. 
Em casos de urgência, definidos em lei, o Empenho e a Despesa podem ser 
contemporâneos. 
142. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA/TRT/17) O ordenador 
de despesas de um órgão público assinou contrato decorrente de licitação, 
cujo objeto constituía os serviços de terceirização de mão de obra para a 
manutenção técnica de computadores. A vigência do contrato era de doze 
meses e a previsão de pagamento de prestações fixas era mensal. Com 
base nessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
O referido órgão poderá efetuar um único empenho para o pagamento de 
todas as prestações vincendas no exercício financeiro em curso.
Comentário
Quando for uma despesa contratual, pode-se efetuar um Empenho global: um 
único Empenho para o valor total da despesa. O pagamento será parcelado 
porque a entrega será parcelada. A diferença do Empenho global para o 
Empenho originário é que, no caso do global, as entregas serão parceladas e 
consequentemente o pagamento será parcelado.
143. (CESPE/ ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ MI) O estágio da fixa-
ção da despesa corresponde ao momento em que o órgão central de planeja-
mento e orçamento realiza a inclusão da despesa na proposta orçamentária.
Comentário
A fixação da despesa é o primeiro estágio que não está previsto na legislação. 
Esse estágio foi trazido pela doutrina e incorporado nos manuais.
A fixação das despesas fica materializada no momento em que a proposta é 
aprovada nas duas Casas do Congresso Nacional. 
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12. Restos a Pagar
No fim do exercício, as despesas orçamentárias empenhadas e não pagas 
serão inscritas em restos a pagar e constituirão a dívida flutuante. Podem-se dis-
tinguir dois tipos de restos a pagar: os processados e os não processados.
Nos processados o fornecedor já entregou as mercadorias que não foram 
pagas porque normalmente o fornecedor não entrega a liquidação em tempo hábil.
Nos restos a pagar não processados, a despesa foi empenhada e o fornece-
dor não entregou a mercadoria ou não prestou o serviço.
O ideal, a orientação técnica, é que haja o mínimo possível de restos a pagar 
não processados. Chegando 31 de dezembro sem que o fornecedor tenha cum-
prido, é cancelar o Empenho. 
Há situações previstas na legislação quando não há hipótese de cancelamento, 
por exemplo, o fornecedor está dentro do prazo contratual, o fornecedor esteja em 
vias de liquidação faltando um pequeno detalhe e compras feitas no exterior.
Os restos a pagar processados são aqueles em que a despesa orçamentária 
percorreu os estágios de empenho e liquidação, restando pendente apenas o 
estágio do pagamento. Em geral, não podem ser cancelados, tendo em vista que 
o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação de fazer, e a Administra
ção não poderá deixar de cumprir com a obrigação de pagar.
Serão inscritas em restos a pagar as despesas liquidadas e não pagas no 
exercício financeiro, ou seja, aquelas em que o serviço, obra ou material contra-
tado tenha sido prestado ou entregue e aceito pelo contratante. Também serão 
inscritas as despesas não liquidadas quando o serviço ou material contra-
tado tenha sido prestado ou entregue e se encontre, em 31 de dezembro 
de cada exercício financeiro, em fase de verificação do direito adquirido pelo 
credor ou quando o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor 
estiver vigente.
A inscrição de despesa em restos a pagar não processados é procedida 
após a anulação dos empenhos que não podem ser inscritos em virtude de res-
trição em norma do ente, ou seja, verificam-se quais despesas devem ser ins-
critas em restos a pagar e anulam-se as demais para, após, inscreverem-se os 
restos a pagar não processados do exercício.
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Os restos a pagar (dívida flutuante), independentemente de serem processa-
dos ou não, são inscritos em 31 de dezembro. No caso dos processados, a ins-
crição é automática pelo SIAFI. Os não processados são realizados pelo gestor 
após um processo de depuração.
Os restos a pagar são tratados como receitas extraorçamentárias. 
No momento do pagamento de restos a pagar referente à despesa empenhada 
pelo valor estimado, verifica-se se existe diferença entre o valor da despesa ins-
crita e o valor real a ser pago; se existir diferença, procede-se da seguinte forma:
• Se o valor real a ser pago for superior ao valor inscrito, a diferença deverá 
ser empenhada a conta de despesas de exercícios anteriores;
• Se o valor real for inferior ao valor inscrito, o saldo existente deverá ser 
cancelado.
No dia 20/10/2017, foi feito um Empenho de 800 mil reais. No dia 12 de janeiro 
de 2018, houve a liquidação de 850 mil reais. Em 31 de dezembro de 2017, foi 
feita uma inscrição em restos a Pagar (RP) no valor de 800 mil reais. Com a liqui-
dação, é necessário empenhar mais 50 mil reais, pois o valor comprometido com 
o fornecedor é de 800 mil reais – apresentou uma nota fiscal no valor de 850 mil 
reais alegando razões várias (por exemplo, a alta do dólar).
Será realizado um empenho de 50 mil reais na dotação de Despesa de Exer-
cício Anterior (DEA).
Não seria possível empenharem 2018 uma despesa de 2017, mas a legisla-
ção oferece a possibilidade de reforçar a dotação mediante uma dotação espe-
cífica, a DEA.
No dia 20 de março de 2018, é feito o pagamento no valor de 850 mil reais, 
sendo 800 mil reais de despesa extraorçamentária e 50 mil reais de despesa 
orçamentária (DEA).
20/10/17
800.000 800.000 850.000 850.000
Inscrição
em RP Liquidação Pago
800.000 desp. extraorçamentária
50.000 desp. orçamentária (DEA)
será realizado um empenho de
50.000 na dotação de DEA
Emp.
31/12/17 12/01/18 20/03/18
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Atenção!
A posição do CESPE, segundo a visão dos Manuais, é de que cancelamento de 
Restos a Pagar (RP) não é receita, é mero ajuste contábil. A Lei n. 43.20/1964 
estabelece que cancelamento de RP é receita orçamentária. 
A inscrição de restos a pagar deve observar as disponibilidades financeiras e 
condições de modo a prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equi-
líbrio das contas públicas, conforme estabelecido na LRF.
Assim, observa-se que, embora a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) não 
aborde o mérito do que pode ou não ser inscrito em restos a pagar, veda contrair 
obrigação no último ano do mandato do governante sem que exista a respectiva 
cobertura financeira, eliminando, desta forma, as heranças fiscais, conforme dis-
posto no seu art. 42:
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois 
quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser 
cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exer-
cício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados 
os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.
Portanto, é necessário que a inscrição de despesas orçamentárias em restos 
a pagar observe a legislação pertinente.
GABARITO
140. E
141. C
142. C
143. E
���������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Flávio José de Assis. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela 
leitura exclusiva deste material.

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