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da declaração contida no primeiro período isso ainda vem ocorrendo, ou seja, dizer que “A
oferta total de crédito na economia brasileira dobrou nos últimos oito anos.” equivale a
dizer que “A oferta total de crédito na economia brasileira tem dobrado nos últimos oito
anos.”. No período seguinte, usa-se a forma contribuíram, como se indicasse um passado
concluído, mas não faz sentido concluirmos que os fatores contributivos para o aumento da
disponibilidade de crédito cessaram, ou seja, não mais apresentam sua contribuição para o
aumento da disponibilidade de crédito. O que corrobora tal interpretação é a manutenção do
aspecto durativo pela forma de pretérito perfeito composto do período seguinte: “Isso foi
decisivo para o crescimento do consumo e tem sido um dos principais dínamos do PIB.”. Ou
seja, se o fato contido no segundo período tem sido um dos principais dínamos do PIB, é
porque tem contribuído para tanto. Desse modo, os contextos anterior e posterior ao
segundo período (A queda da inflação, a diminuição da taxa básica de juros e também a
criação de novas modalidades de financiamento, como o consignado, contribuíram para o
aumento da disponibilidade de crédito.) indicam que o fato de “contribuir” se iniciou no
passado e se estende até o momento da declaração, equivalendo a “têm contribuído”.
Questão polêmica, complexa e digna da Esaf. É por isso que a simples decoreba de
correspondência entre tempos simples e compostos pode derrubar um.
Pretérito Imperfeito
Na lição de Celso Cunha, “Por expressar, normalmente, um fato inacabado, impreciso, em
contínua realização na linha do passado para o presente, o imperfeito é o tempo que melhor se
presta a descrições e narrações.”. Às vezes, no discurso indireto livre, de que falarei a alguns
capítulos, pode levar à confusão, propositadamente, o leitor: “João vira uma linda mulher
passando por ele. Queria-a de verdade! Precisou abaixar a cabeça de vergonha.”. Quem
queria, o personagem ou o narrador? Interessante, não é?
Mais interessante ainda é você nunca confundir o pretérito perfeito (passado concluído)
com o imperfeito (passado contínuo, progressivo). Bem... vamos ao que interessa.
1) Indica um fato passado que então era presente, mas não concluído, incompleto, ou que
apresenta certa duração.
– Betinho lutava pela erradicação da fome.
– Estávamos conversando animadamente, mas fomos interrompidos.
– Ao passo que subia o morro, ia admirando a paisagem.
2) Indica um fato passado em curso que indica simultaneidade, concomitância a outro
fato.
– A velhinha foi atropelada quando eu atravessava a rua.
– À medida que as sombras cobriam o dia, eu largava o trabalho.
– Enquanto eu estudava, ela me atrapalhava.
3) Indica um fato habitual, iterativo, repetitivo, uma ação contínua.
– Impressionante! Eu chegava, ela saía.
– Eu fazia musculação todo santo dia.
– Em toda despedida, era uma choradeira.
Obs.: Veja uma questão sobre isso:
17. (FCC – TRE/PR – Técnico Judiciário – 2012)... baleias, que forneciam o óleo dos lampiões e lamparinas, caiu
drasticamente. (1o parágrafo)
O emprego das formas verbais grifadas acima indica, respectivamente,
a) ação contínua no passado e fato consumado. (Gabarito!)
4) Normalmente usado em narrações para marcar descrições ou ideias temporais
passadas.
– Era 2008, quando encontrei minha esposa. Ela estava linda! Vestia um lindo vestido
florido.
5) Indica um fato passado de maneira vaga, fantasiosa, própria do universo das crianças,
do mundo das lendas, dos contos infantis.
– Era uma vez um rei e uma rainha...
Cuidado!!!
1) O pretérito imperfeito pode indicar polidez, gentileza, cortesia ao ser usado no lugar
do presente do indicativo:
– Você podia (= pode) me ajudar?
– Mãe, eu precisava (= preciso) muito falar contigo.
2) Pode ser usado no lugar do futuro do pretérito, exprimindo um fato categórico ou a
segurança do narrador em relação aos acontecimentos futuros.
– Meu irmão João era um homem muito bom, pois ia levar seu sobrinho para os EUA.
Lá meu filho entrava (= entraria) para uma boa escola, formava-se (formar-se-ia), e
depois virava (= viraria) doutor, dando-me muito orgulho. No entanto, João faleceu
antes disso tudo ocorrer.
Exceto quando em correlação com o pretérito imperfeito do subjuntivo (este caso constitui
registro coloquial).
– Se ele me atendesse bem, eu comprava o produto dele. (errado)
– Se ele me atendesse bem, eu compraria o produto dele. (certo)
Esta correlação cai muito em prova!
Pretérito Mais-Que-Perfeito
1) Indica um fato passado anterior a outro fato também passado.
– Depois que ela me pedira um favor, tive de sair de casa.
– Todos já almoçaram quando chegamos.
– Mal entráramos, todos fizeram aquela cara de espanto.
2) Indica um fato passado vago.
– O aluno obtivera nota dez na prova, mas pensáramos que isso era impossível.
3) Indica desejo, vontade, em frases optativas.
– Quem me dera passar na prova!
– Quisera eu conquistar aquela vaga!
– Tomara que todos nos aceitem como funcionários.
Cuidado!!!
1) O pretérito mais-que-perfeito pode ser usado no lugar do futuro do pretérito e do
pretérito imperfeito do subjuntivo (normalmente em registro literário).
– Que fora (= seria) a vida, se nela não houvera (= houvesse) lágrimas? (Alexandre
Herculano)
2) O pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo
A forma composta é preferência nacional! É muito raro usarmos as formas simples desse
pretérito. Pois bem, a forma composta é formada de verbo auxiliar ter ou haver no pretérito
imperfeito do indicativo + particípio, exprimindo o mesmo que o pretérito mais-que-
perfeito do indicativo simples.
– Eu já havia estudado (= estudara) em PDFs, quando conheci o seu livro.
– Havíamos pensado (= Pensáramos) que ela não voltaria.
Veja aqui uma questão sobre pretérito mais-que-perfeito composto:
8. (FCC – TRE/PR – Analista Judiciário – 2012) Ela queria fazer justiça a Mankiewicz, que caíra em esquecimento,
enquanto Welles entrara para a história com a reputação de gênio maldito, frequentemente reivindicando para si
as principais qualidades de “Kane” e a coautoria do roteiro – embora Pauline jurasse que Welles não escrevera
nem sequer uma linha do script.
Outra redação para o trecho destacado, que preserva o sentido e a correção originais, é:
a) a despeito de Pauline jurar que Welles não tinha escrito nem ao menos uma linha do
script. (gabarito!)
Comentário: Pode-se substituir tranquilamente a forma composta pela forma simples e vice-
versa: escrevera tinha escrito.
Futuro do Presente
1) Indica um fato posterior ao momento da fala, mas certo de ocorrer
– Passarei na prova. Fato!
– Tu te classificarás tão logo, meu nobre.
– Serei um homem mais sério ao seu lado, mulher.
2) Indica um fato futuro incerto, hipotético (em perguntas, normalmente).
– Serão pessoas felizes as que moram na periferia?
– Suportará Maria toda a traição de João? Não perca no próximo capítulo.
– Ela terá seus quarenta anos, no máximo.
Obs.: Falando em perguntas, não se esqueça das perguntas retóricas, em que o verbo no
futuro do presente provoca uma reflexão: “E se a ingratidão ressuscita o aborrecimento
até nos mortos, como achará amor nos vivos?” (Padre Antônio Vieira).
Cuidado!!!
1) Pode substituir o imperativo (em leis), denotando mais força na lei de modo que ela seja
entendida e atendida atemporalmente.
– Não matarás, não cobiçarás...
2) É preferência nacional o uso da locução verbal formada pelo verbo auxiliar ir (no
presente do indicativo) + infinitivo a fim de substituir o futuro do presente simples:
– “Eu vou estudar muito amanhã.” no lugar de “Eu estudarei muito amanhã.”.
Obs.: Como já visto em locução verbal, a construção haver + de + infinitivo carrega uma
ideia de futuro e intenção/desejo: “Eu hei de vencer (= vencerei)!”. Caiu uma questão
sobre isso recentemente:
6. (FCC – Pref./SP – Auditor-Fiscal do Município – 2012) O texto legitima o seguinte comentário:
e) (linha 4) Em hão de alimentar, a forma verbal exprime, além da ideia de futuro, a de que o evento é desejado.
(Gabarito!)
3) Ofuturo do presente pode ser substituído pelo presente do indicativo, num registro
menos formal. Note abaixo que o futuro do subjuntivo mantém correlação com o futuro do
presente do indicativo. Tal construção cai muito em prova. Lembre-se, porém, de que o
registro formal exige o verbo no futuro do presente.
– Quando o inverno chegar, eu quero (= quererei) estar junto a ti.
– Se os políticos brasileiros pararem de roubar, passo (= passarei) a votar neles.
4) Futuro do presente composto do indicativo
Formado pelo verbo auxiliar ter ou haver no futuro do presente simples do indicativo +
particípio, exprimindo 1) um fato futuro anterior a outro fato futuro, 2) fato futuro já iniciado
no presente ou 3) fato futuro incerto (em perguntas, normalmente).
– Quando você chegar, eu já terei partido.
– Daqui a dois meses, terei absorvido informações valiosas.
– Terá Maria sabido a verdade sobre João?
Futuro do Pretérito
1) Indica um fato posterior (normalmente hipotético) a um fato no passado
– Disseram (fato passado) que ela chegaria (fato futuro) logo.
– Você me prometeu que passaria de ano.
– Jamais trairíamos nossos amigos, mesmo depois da falha deles.
Obs.: Veja duas questões sobre isso:
10. (FCC – TJ/RJ – Comissário da Infância e da Juventude – 2012) A voz nova e solitária em seguida iria encontrar
obstáculos na publicação de seus outros livros.
O tempo verbal empregado pelo autor na frase acima indica
a) ação posterior a outra, ambas localizadas no passado. (Gabarito!)
4. (FCC – TRE/SP – Técnico Judiciário – 2012) Muitos anos depois, ele morreria num acidente de helicóptero, em
Angra dos Reis, no Rio, e seu corpo desapareceria no mar para sempre.
Com relação aos verbos grifados acima, é correto dizer que o emprego do tempo e modo em que estão conjugados indica:
a) Ação posterior à época de que se fala. (Gabarito!)
b) Incerteza sobre fato passado.
c) Ação ocorrida antes de outra passada.
d) Fato que depende de certa condição.
e) Forma polida de abordar um fato trágico.
2) Indica uma consequência hipotética, atrelada a uma condição, que não chegou a
realizar-se.
– Eu levaria uma bronca se não fizesse os exercícios.
– Faríamos os exercícios caso não fôssemos interrompidos.
– Se encomendassem os nossos produtos, não estariam reclamando.
Obs.: Interessante é dizer que a frase “Contanto que ela estudasse (condição), passaria
fácil.” pode significar que ela não estudou, por isso não passou ou que, se ela estudasse,
no futuro, a vaga estaria garantida.
3) Indica incerteza sobre fatos passados ou futuros (normalmente em perguntas).
– Seria o sol o causador destas queimaduras?
– O homem aguentaria mais esta decepção causada pelo filho?
– Haveria dez bandidos envolvidos no assalto.
Cuidado!!!
1) O futuro do pretérito pode substituir o presente do indicativo, indicando polidez:
– Pediria (= Peço) que todos saíssem. Grato.
2) Pode indicar impossibilidade diante de um juízo de valor:
– Eu lá beijaria aquela boca!
3) Futuro do pretérito composto do indicativo
Formado pelo verbo auxiliar ter ou haver no futuro do pretérito simples do indicativo +
particípio, exprimindo os mesmos valores que o futuro do pretérito simples.
– Teria feito (= Faria) diferente se tivesse tempo.
O Modo Subjuntivo
Lembra a Tia Teteca, lá na escolinha onde você estudava, quando começou a ter aula de
conjugação verbal? Ela falava assim:
– Alunos, para conjugar o presente do subjuntivo, coloquem o que antes da conjugação.
Assim, olha o verbo amar: “Que eu ame, que tu ames, que ele a...”.
– “Me”!
– Isso aí, muito bem, que ele “A-ME”, que nós A-ME-MOS etc.!
– Agora o pretérito imperfeito do subjuntivo. Coloquem o se antes da conjugação. Assim,
olha o verbo vender: “Se eu vendesse, se tu vendesses, se ele vendesse, se nós vendêssemos,
se vós...”
– “VENDÊSSEIS”!
– Muito bem, alunos! E olha que a 2a pessoa do plural não é mole, hein!
– Vai. Para fechar... o futuro do subjuntivo. Coloquem o quando antes da conjugação.
Assim, olha o verbo partir: “Quando eu partir, quando tu partires, quando ele partir, quando
nós partirmos, quando vós partirdes, quando eles parti...”
– “REM”!
– Que lindo! Estou emocionada...
Direto... do túnel... do tempo...
Agora, na boa, falando sério... baseando-me no conceituado gramático Adriano da Gama
Kury, vejamos os tempos do modo subjuntivo, os quais normalmente aparecem em orações
subordinadas ou em orações optativas, raramente em orações principais. Caso queira entender
melhor o conceito de oração (e seus tipos), recorra ao capítulo de sintaxe.
Presente
Geralmente utilizado quando desejamos expressar desejos, possibilidades, suposições,
conselho, oposição, cuja concretização pode depender da realização de um outro
acontecimento.
– Deus te guie.
– Nada de cerimônias: pensem que estão em sua casa.
– Talvez a realidade seja mais forte que a ficção.
– Receio que aconteça o pior.
– É provável que surja outra oportunidade.
– É preciso que estudemos suficientemente.
– Quer chova, quer faça sol, sairei daqui.
– De todos as informações, destaque-se que a última é determinante.
Cuidado!!!
1) É de observar que, na fala das pessoas incultas, aparece o indicativo em lugar do
subjuntivo. É comum ouvir “O senhor quer que eu faço?”, por “O senhor quer que eu
faça?” (forma acertada).
2) Segundo Bechara, acertadamente, sempre que se trate de uma possibilidade, de uma
eventualidade, e não de uma certeza, usa-se o subjuntivo. Compare-se:
– O cidadão que ama sua pátria engrandece-a. (realidade)
– O cidadão que ame sua pátria engrandece-a. (conjectura)
No entanto, não há problema, por via de regra, em orações subordinadas adjetivas, usar o
indicativo pelo subjuntivo, logo ambas as frases acima apresentam construção correta.
3) Pretérito perfeito composto do subjuntivo
Formado pelo verbo auxiliar ter ou haver no presente do subjuntivo + particípio,
indicando normalmente desejo de que algo já tenha ocorrido ou um fato futuro já terminado
em relação a outro.
– Espero que você tenha estudado essas classes gramaticais.
– Quando chegarmos, é provável que a palestra já tenha acabado.
Obs.: É de observar a presença da palavra que antes de quase todas as formas do subjuntivo
dos exemplos, o que nos leva a usá-la na conjugação desse tempo verbal: que eu faça,
que tu faças etc.
Pretérito Imperfeito
Este tempo, que expressa normalmente uma hipótese (no passado, presente ou futuro), se usa
nas orações subordinadas. Expressa uma condição não realizável quando vem junto a uma
ideia condicional:
– Como fizesse (= fazia) parte da família há muito tempo, cometia certos abusos*.
– Ainda que cobrisse todas as despesas da casa, a mulher reclamava.
– Não admitia que se fizesse greve.
– Qualquer pessoa que refletisse votaria em outro candidato.
– Era provável que surgisse outra oportunidade.
– Proibiu que revelassem o acordo.
– Para que tudo saísse de acordo com o combinado, fizemos um contrato.
– Se tivesses paciência, obterias o que pretendes. (... mas não teve, logo nada obteve).
* Nas orações que exprimem causa, o pretérito imperfeito do subjuntivo pode ficar no lugar do
pretérito imperfeito do indicativo.
Cuidado!!!
1) É digna de nota a seguinte observação: o pretérito imperfeito do subjuntivo se
correlaciona com o futuro do pretérito e não com o pretérito imperfeito do indicativo:
– Desde que eu completasse as 300 horas de estágio, conseguiria pegar o diploma (e
não conseguia).
2) Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo
Formado pelo verbo auxiliar ter ou haver no pretérito imperfeito do subjuntivo +
particípio, exprimindo, normalmente, o mesmo valor que o pretérito imperfeito do
subjuntivo simples.
– Teríamos ficado aqui, se você não tivesse arrumado problemas.
Obs.: Nunca é demais falar o óbvio: perceba que a frase anterior, por causa do tempo
composto, remete a ação obrigatoriamente para o passado. Note que a frase “Se eu
tivesse dinheiro, faria um curso.” é completamente diferente de “Se eu tivesse dinheiro,
eu teria feito um curso.”. Na primeira frase, há a possibilidade de transportarmos a
hipótesepara o futuro, o que não acontece na segunda frase, que só tem ideia de passado
hipotético.
Futuro
Exprime uma ocorrência futura possível, eventual, normalmente. É um tempo verbal que
ocorre sobretudo com orações iniciadas com conjunção temporal ou condicional, mas pode
aparecer nas orações adverbiais que exprimem conformidade ou proporcionalidade
(simultaneidade):
– Quando puderes, vem visitar-nos.
– Assim que ele se desocupar, virá atendê-lo.
– Se (ou caso) ele puder, trará o livro.
– Escrevam como quiserem.
– Quanto maior for o tamanho do bicho, maior será sua queda.
Cuidado!!!
1) Futuro composto do subjuntivo
Verbo auxiliar ter ou haver no futuro do subjuntivo simples + particípio, exprimindo o
mesmo valor que o futuro do subjuntivo simples.
– Assim que você tiver terminado sua leitura, descanse um pouco.
2) Nas orações subordinadas adverbiais temporais introduzidas por antes que, assim que,
até que, enquanto, depois que, logo que, quando ocorrem nas indicações de
possibilidade (e não de realidade, caso em que ocorre o indicativo), usa-se o subjuntivo:
– Cuide dessa gripe, antes que ela se transforme em pneumonia.
– Amar-te-ei até que a morte nos separe.
– Enquanto o mundo for mundo, não te esquecerei.
– Só sairei depois que ele chegar.
– Logo que termine esta carta, vou atendê-lo.
Compare:
– Assim que terminou a carta, foi atendê-lo.
– Amaram-se até que a morte os separou.
– Nosso amor foi grande enquanto durou.
(Nessas três frases, não se trata de uma eventualidade, mas de um fato real, acontecido, por
isso o verbo está no indicativo.)
O Modo Imperativo
O uso do imperativo depende muito do tom de voz. O que pode parecer às vezes polido,
como “Faz o favor de chegares aqui.”, pode, dependendo da entonação, implicar deboche ou
outro aspecto.
Nunca é demais dizer que a triste realidade de muitos casais está no uso do imperativo ao
longo do relacionamento. Começa-se com um “Passe o sal, por favor, amor.”, depois “Passe o
sal, por favor.”, depois “Passe o sal!”, depois “Passe a droga do sal, seu imbecil!”. E por aí
vai...
Vamos ao que interessa...
1) Usado para expressar ordens, conselhos, exortações, pedidos, súplicas etc. Muito
presente no gênero textual propaganda.
– Faça já o dever de casa!
– “Que é que estava lendo?” “Não diga, já sei, é o romance dos Mosqueteiros.”
(Machado de Assis)
– Estude mais, isso fará seu futuro melhor.
– Perdoai as nossas ofensas, assim como...
– Por favor, venha comigo!
Exemplo inesquecível de verbo no imperativo é aquele da propaganda do chocolate Baton:
“COMPRE BATON, COMPRE BATON, COMPRE BATON, SEU FILHO MERECE
BATON!”
2) O imperativo é normalmente usado com valor condicional em frases do tipo:
“Trabalhe, e será bem-sucedido.” e “Siga-me, e terás o reino dos céus.”.
3) A locução verbal formada pelos auxiliares ir/vir no imperativo negativo + infinitivo
realça a ideia de ordem, inclusive com tom ameaçador.
– Nem venha me dizer que estava estudando, seu falso!
4) Como bem nos ensina Celso Cunha, a língua nos oferece outros meios, digamos assim,
para substituir o imperativo ou apresentar um tom imperativo (ordem, pedido etc.):
– Fogo! Avante! Silêncio! Mãos ao alto! (frases nominais)
– Você fica no meu time. (presente)
– Podia chegar cedo amanhã? (imperfeito do indicativo, para atenuar o pedido)*
– Vocês ficarão aqui! (futuro do presente)
– Que tal se você calasse a boca e fizesse a questão? (imperfeito do subjuntivo)
– Favor não sobrecarregar o elevador. (infinitivo)
– Circulando, vagabundo, circulando! (gerúndio)
* Para atenuar a ordem contida no uso do imperativo, os falantes da língua costumam usar
certas expressões de cortesia ou polidez acompanhando os verbos: por favor, por gentileza,
tenha a bondade de, digne-se de...
Obs.: O imperativo é tão interessante que pode indicar hipótese, a depender do contexto.
Veja uma questão sobre isso: FAPERP – CAESB – Analista de Sistemas – 2012 –
QUESTÃO 5.
Correlação Verbal
A correlação entre tempos e modos verbais, ou uniformidade modo-temporal, se dá por
meio da ligação semântica entre os verbos de um período composto por subordinação de
modo que haja uma harmonia de sentido na frase em que os verbos se encontram.
Imagine a seguinte frase: “Caso eu tivesse dinheiro, faço um curso.”.
O que você diria dela? Há uma boa relação de sentido entre os verbos dessa frase? O verbo
ter está no pretérito imperfeito do subjuntivo (tivesse), indicando hipótese, certo? O outro
verbo, fazer, está no presente do indicativo, indicando certeza e ação atual, certo? Podemos
misturar hipótese e certeza na mesma frase? Faz sentido? NENHUM!
Bem, acho que você já começou a entender. É preciso que determinados tempos e modos
verbais se complementem na frase para que ela tenha um sentido harmônico, e isso se deve
muito à correlação entre tempos e modos verbais. Veja como a frase acima deveria ficar,
para haver harmonia de sentido:
– Caso eu tivesse dinheiro, faria um curso.
“Tivesse: hipótese. Faria: hipótese. Ah...! Agora sim...! Entendi, Pestana!”
É isso aí, meu nobre! Para haver harmonia é preciso que haja “dobradinhas” harmônicas
entre os tempos verbais e os modos verbais.
Existem três modos verbais: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza, hipótese) e
imperativo (ordem, pedido). Existem três noções temporais: passado (pretérito
perfeito/imperfeito/mais-que-perfeito), presente e futuro (presente/pretérito).
Vamos ao que interessa? Além de dois verbos de mesmo tempo e mesmo modo poderem se
“combinar”, há outras “combinações” possíveis. Ah! Não é para ficar que nem um louco
devorador de tabelas; perceba a relação de sentido entre os verbos.
Antes de qualquer coisa, saiba que este assunto é bem frequente em provas! Abordarei
os principais casos de correlação verbal, ok?
Conheça algumas possibilidades de “dobradinhas” verbais para que você não erre mais
questões desse tipo:
Iniciando, na oração principal, com o tempo presente.
• presente do indicativo + presente do indicativo
Ex.: Hoje eu sei que tenho chances com aquela mulher.
• presente do indicativo + pretérito perfeito do indicativo
Ex.: Hoje eu sei que tive chances com aquela mulher.
• presente do indicativo + pretérito perfeito composto do indicativo
Ex.: Hoje ela sabe que tenho lutado por nosso amor.
• presente do indicativo + pretérito imperfeito do indicativo
Ex.: Hoje vejo que naquela época eu tinha chances com ela.
• presente do indicativo + pretérito mais-que-perfeito do indicativo
Ex.: Só hoje eu percebo que ela tivera dó de mim.
• presente do indicativo + pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo
Ex.: Só hoje eu percebo que ela havia demonstrado pena de mim.
• presente do indicativo + futuro do presente do indicativo
Ex.: Sei que você me apresentará àquela mulher.
• presente do indicativo + futuro do pretérito do indicativo
Ex.: Sei que você me apresentaria a ela, se não fosse o acaso a atrapalhar.
Iniciando, normalmente* na oração principal, com o tempo pretérito.
• pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do indicativo
Ex.: Notei que você ia me apresentar àquela mulher.
• pretérito perfeito do indicativo + pretérito mais-que-perfeito do indicativo
Ex.: Notei que você o apresentara àquela mulher.
• pretérito perfeito do indicativo + pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo
Ex.: Notei que você o havia apresentado àquela mulher.
• pretérito perfeito do indicativo + futuro do pretérito do indicativo
Ex.: Disseram que ela seria apresentada a mim.
• pretérito imperfeito do indicativo + pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo
Ex.: Queria que ela tivesse sido apresentada a mim.
• pretérito mais-que-perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo
Ex.: Apelara que você me apresentasse àquela mulher.
• pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo
Ex.: *Se eu passasse por ela, apresentaria a você.
• pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito composto do indicativo
Ex.: *Se eu passasse por ela, teria apresentado a você.
• pretéritomais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do
indicativo
Ex.: *Se eu tivesse passado por ela, teria apresentado a você.
Obs.: A grande verdade é que o verbo da subordinada substantiva pode estar em todos os
tempos verbais do indicativo quando o verbo da principal estiver nos tempos pretéritos
do indicativo. São muitas as possibilidades de correlação: “Ele soube/sabia/soubera
que a escola defende/defendeu/defendia/defendera/defenderá/defenderia os
alunos.”.
Iniciando, na oração principal, com o tempo futuro.
• futuro do pretérito + pretérito imperfeito do subjuntivo
Ex.: Desejaria que me apresentasse àquela mulher.
• futuro do pretérito do indicativo + pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo
Ex.: Gostaria que você tivesse visto àquela mulher.
• futuro do presente do indicativo + pretérito perfeito do indicativo
Ex.: Nós obteremos aquilo que nos propuseram.
• futuro do subjuntivo + futuro do presente indicativo/presente do indicativo
Ex.: Quando eu passar por ela, apresentarei/apresento a você.
• futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo
Ex.: Quando chegarmos até ela, já terá ido embora.
Mais alguns detalhes importantíssimos...
1) Como não dá para abordar todas as correlações aqui, saiba o seguinte: quando o verbo da
oração principal estiver no presente do indicativo, no futuro do presente e no imperativo, o
verbo da oração subordinada poderá estar em qualquer tempo do indicativo (simples ou
composto). Veja:
– Será verdade que o professor
explica/explicou/explicava/explicara/explicará/explicaria tudo certo?
2) Quando o primeiro verbo da correlação, normalmente na oração principal, indicar desejo,
vontade, pedido ou permissão e estiver no presente do indicativo, futuro do presente ou
imperativo, o segundo verbo da correlação estará no presente do subjuntivo. Isso vale para
os tempos simples e compostos. Caso se encontre em um dos pretéritos do indicativo ou
futuro do pretérito, o segundo verbo da correlação estará no pretérito imperfeito do
subjuntivo. Isso vale para os tempos simples e compostos.
– Espero que ele tenha te apresentado àquela mulher.
– Eu permitirei que você conheça minha filha.
– Faça que ele venha logo.
– Ele queria que ela viesse agora.
– Nós ordenamos que não o deixassem ficar.
– Vós tínheis aconselhado que o homem não viesse.
– Eles iriam pedir que você não fosse embora.
3) As correlações mais abordadas em provas de concursos públicos são estas (olho vivo!):
– presente do indicativo + presente do subjuntivo
Ex.: Não é certo que você assedie as pessoas assim.
– pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo
Ex.: Esperei durante horas que você me ligasse.
– futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo
Ex.: Quando os governantes resolverem ser honestos, serei o primeiro a elevá-los.
– pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo
Ex.: Se fôssemos pessoas perfeitas, cometeríamos atos falhos?
Obs.: Devem ser levados em conta os tempos simples e compostos em tais correlações, hein,
por isso estude a correspondência entre os tempos simples e compostos!
4) O verbo haver também está sujeito à consecução dos tempos, a não ser em casos em que se
deseja deixar claro determinado fato:
– Ele está casado há dois meses.
– Ele estava casado havia dois meses.
– “Há dezessete anos, o progresso material desconhecia a precisão dos cafés.”
(Camilo)
Agora, sim! E aí, curtiu? Tenha certeza de que este material, apesar de extenso, vai ajudar
você em qualquer concurso.
	Capítulo 12 – Verbo
	Emprego dos Tempos e Modos Verbais
	O Modo Subjuntivo
	O Modo Imperativo
	Correlação Verbal

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