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71. língUA PORtUgUeSA
1 Trabalho demais, agenda cheia, Internet, celular e
carros que chegam a mais de 200 km/h transformam o
homem moderno numa espécie de Coelho Branco de Alice
4 no País das Maravilhas. Sempre apressado, eternamente
atrasado. E doente. Literalmente. A velocidade, símbolo do
desenvolvimento tecnológico e de um modo de produção e
7 consumo cada vez mais vorazes, criou um sentimento de
urgência que poucos conseguem administrar. Se é que
conseguem mesmo. O resultado é um novo mal que é a cara
10 do nosso tempo: a doença da correria, uma espécie de
superestresse que foi descrito pelo médico americano Larry
Dossey como uma resposta ao fato de o nosso relógio interno
13 ter virado o relógio de pulso e o despertador.
In ic ia t ivas que pr iv i leg iam o bem-estar, a s impl i -
cidade, a tradição local, o resgate da histór ia e a
16 hospitalidade começam a pipocar pelo globo. Esse é o
começo de uma revolução cultural, uma mudança radical na
forma como vemos o tempo e como l idamos com a
19 velocidade e a lentidão.
In: Galileu, out./2005, p.43 (com adaptações).
(Técnico Judiciário – TST – 2008 – CESPE) Com relação ao texto 
acima, julgue o item a seguir.
(1) Pela organização das ideias do texto, a frase nominal “Sempre 
apressado, eternamente atrasado” (l.4-5) qualifica o compor-
tamento do “Coelho Branco” (l.3) e do “homem moderno” (l.3).
1: o texto apresenta paralelismo de ideias entre as qualidades do “Coelho 
Branco” e do “homem moderno”. 
Gabarito 1C
(Técnico Judiciário – TST – 2008 – CESPE) Com relação ao texto 
acima, julgue os itens a seguir.
(1) Conclui-se do desenvolvimento das ideias do texto que, nos 
tempos atuais, “o relógio de pulso e o despertador” (l.13) 
foram substituídos pelo “nosso relógio interno” (l.12).
(2) A expressão “Esse é o começo” (l.16-17) refere-se à ideia inicial 
do texto, expressa por “Trabalho demais, agenda cheia” (l.1).
1: pelo contrário, de acordo com o texto, o “nosso relógio interno” foi 
substituído pelo “relógio de pulso e o despertador”: “O resultado é um 
novo mal que é a cara do nosso tempo: a doença da correria, uma espécie 
de superestresse (...) uma resposta ao fato de o nosso relógio interno 
ter virado o relógio de pulso e o despertador.”; 2: o sintagma “Esse é o 
começo” refere-se à ideia expressa no período anterior: “Iniciativas que 
privilegiam o bem-estar, a simplicidade, a tradição local, o resgate da his-
tória e a hospitalidade começam a pipocar pelo globo. Esse é o começo”. 
Gabarito 1E, 2E
1 Podem ser fios demais caídos no travesseiro. Ou fios
de menos percebidos na cabeça ao se olhar no espelho. No
fim das contas, o resultado é o mesmo: você está perdendo
4 cabelo.
E não está sozinho. “A calvície atinge 50% da popu-
lação masculina”, diz o dermatologista Ademir Carvalho
7 Leite Jr.
Se tanta companhia não vale como consolo, a vantagem
de ter muita gente sofrendo com o problema é que isso
10 estimula as pesquisas científicas. “Há equipes estudando
o uso de células-tronco para tratamento da calvície”, conta
Leite Jr. Também já foi descoberto que são oito os pares de
13 genes envolvidos no crescimento dos cabelos, segundo ele,
o que abre possibilidades à pesquisa genética.
“Entre as perspectivas, está o desenvolvimento de testes
16 genéticos para diagnóstico da alopecia androgenética, ou
seja, a ausência de cabelos provocada pela interação entre
os genes herdados e os hormônios masculinos. O teste pode
19 determinar o risco e os graus de calvície antes de sua
manifestação, permitindo o tratamento precoce”, diz Arthur
Tykocinski, dermatologista da Santa Casa de São Paulo, que
22 aponta ainda, entre as novidades na área, os estudos para
uso de robôs no processo de transplante de cabelos.
Iara Biderman. Folha de S.Paulo, 29/8/2008 
(com adaptações).
(Técnico Judiciário – TRT/17ª – 2009 – CESPE) Com relação às 
ideias, à organização e à tipologia do texto, julgue o item que 
se segue.
(1) A linguagem empregada no texto permite caracterizá-lo 
como predominantemente informativo.
1: trata-se de um texto informativo, publicado em jornal, com o objetivo 
de prestar informações objetivas. 
Gabarito 1C
Texto para a questão a seguir: 
1 Uma decisão singular de um juiz da Vara de Execu- 
ções Criminais de Tupã, pequena cidade a 534 km da cidade 
de São Paulo, impondo critérios bastante rígidos para 
4 que os estabelecimentos penais da região possam receber 
novos presos, confirma a dramática dimensão da crise do 
sistema prisional. A sentença determina, entre outras 
7 medidas, que as penitenciárias somente acolham presos que 
residam em um raio de 200 km. 
Segundo o juiz, as medidas que tomou são previstas 
10 pela Lei de Execução Penal e objetivam acabar com a 
violação dos direitos humanos da população carcerária e 
“abrir o debate a respeito da regionalização dos presídios”. 
13 Ele alega que muitos presos das penitenciárias da região são 
de famílias pobres da Grande São Paulo, que não dispõem de
condições financeiras para visitá-los semanalmente, o que 
16 prejudica o trabalho de reeducação e de ressocialização. 
Sua sentença foi muito elogiada. Contudo, o governo 
estadual anunciou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça, sob 
19 a alegação de que, se os estabelecimentos penais não 
puderem receber mais presos, os juízes das varas de 
execuções não poderão julgar réus acusados de crimes 
22 violentos, como homicídio, latrocínio, sequestro ou estupro. 
Além disso, as autoridades carcerárias alegam que a decisão 
impede a distribuição de integrantes de uma quadrilha por 
25 diversos estabelecimentos penais, seja para evitar que 
continuem comandando seus “negócios”, seja para coibir a 
formação de facções criminosas. 
28 Com um deficit de mais de 40 mil vagas e várias unida- 
des comportando o triplo de sua capacidade de lotação, 
a já dramática crise do sistema prisional de São Paulo se 
31 agrava todos os dias. O mérito da sentença do juiz de Tupã, 
que dificilmente será confirmada em instância superior, é o 
de refrescar a memória do governo sobre a urgência de uma 
34 solução para o problema. 
In: Estado de S. Paulo, 13/1/2008, p. A3. (com adaptações). 
(Fiscal de Tributos/V. Velha-ES – 2008 – CESPE) Com referência às 
ideias do texto, julgue os itens de 1 a 7. 
(1) De acordo com o texto, não ocorrem crimes violentos, como 
homicídio, latrocínio, sequestro e estupro, na cidade de Tupã. 
(2) Depreende-se do texto que a crise do sistema prisional de 
São Paulo pode ser resolvida com a adoção de medidas que 
restrinjam o deslocamento dos presos e dos seus familiares. 
(3) Infere-se do texto que o juiz mencionado, ao proferir sua 
sentença, preocupou-se com a reabilitação dos presos. 
(4) Subentende-se da leitura do terceiro parágrafo que o 
governo de São Paulo considera inviável cumprir a sentença 
e recorrerá à instância superior. 
(5) De acordo com o terceiro parágrafo do texto, o encarcera-
mento de criminosos em diferentes penitenciárias possibilita 
a desmobilização de quadrilhas. 
(6) Segundo o autor do texto, a sentença salienta a necessidade 
de uma solução para a grave situação do sistema prisional 
de São Paulo. 
(7) O texto caracteriza-se como texto descritivo devido à sua 
complexidade e à apresentação de fatos que ocorreram 
com personagens reais. 
DIegO AMORIM, elOy gUStAvO De SOUzA, FeRnAnDA FRAncO, HenRIqUe SUbI, MAgAlly DAtO e RODRIgO FeRReIRA De lIMA 8
1: De acordo com o texto, “se os estabelecimentos penais não puderem 
receber mais presos, os juízes das varas de execuções não poderão 
julgar réus acusados de crimes violentos, como homicídio, latrocínio, 
sequestro ou estupro.” (linhas 19 a 22); 2: De acordo com o texto, 
restringir o deslocamento dos familiares dos presos “prejudica o 
trabalho de reeducação e ressocialização” (linha 16); 3: O juiz alega 
“que muitos presos das penitenciárias da região são de famílias pobres 
da Grande São Paulo, que não dispõem de condições financeiras para 
visitá-los semanalmente, o que prejudica o trabalho de reeducaçãoe de 
ressocialização.” (linhas 13 a 16); 4: O governo do Estado de São Paulo 
“anunciou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça, sob a alegação de 
que, se os estabelecimentos penais não puderem receber mais presos, 
os juízes das varas de execuções não poderão julgar réus acusados de 
crimes violentos, como homicídio, latrocínio, sequestro ou estupro.” 
(linhas 17 a 22); 5: De acordo com o texto, “as autoridades carcerárias 
alegam que a decisão impede a distribuição de integrantes de uma 
quadrilha por diversos estabelecimentos penais, seja para evitar que 
continuem seus ‘negócios’, seja para coibir a formação de facções 
criminosas.” (linhas 23 a 27); 6: “O mérito da sentença (...) é o de 
refrescar a memória do governo sobre a urgência de uma solução para 
o problema.” (linhas 31 a 34); 7: O texto é dissertativo com inserções 
descritivas que confirmam os argumentos do autor. 
Gabarito 1E, 2E, 3C, 4C, 5C, 6C, 7E
1 Via jando pelas bocas dos r ios Juruá e Purus no 
início do século XIX, os naturalistas alemães Spix e Martius 
anotaram, em seus diários, a presença de “índios selvagens”
4 e a falta de “civi l ização”, que, segundo os autores, 
caracterizavam a região. Além da exploração da região e de 
suas riquezas naturais, as primeiras expedições oficiais ao
7 Purus e ao Juruá, lideradas, respectivamente, por João 
Rodrigues Cametá e Romão José de Oliveira, em meados do 
século XIX, tinham como objetivo a atração e a pacificação
10 dos índios. 
Essas entradas permaneceram limitadas, subindo os 
rios apenas parcialmente, mas inauguraram uma série de
13 explorações da região durante as décadas de 50 e 60 do 
século XIX. Entre essas expedições, destaca-se a viagem, a
mando da Royal Geographical Society de Londres, do
16 geógrafo inglês William Chandless, que subiu o Purus em 
1864/65 e o Juruá em 1867. Todavia, a historiografia 
regional consagrou os nomes de Manoel Urbano, explorador
19 do Purus em 1858, e de João da Cunha Corrêa, que percorreu 
o Juruá em 1861, como os primeiros “desbravadores” e 
“descobridores” das terras acreanas.
Idem, ibidem (com adaptações).
(Fiscal de Tributos/Rio Branco-AC – 2007 – CESPE) Considerando 
o texto acima, julgue os itens a seguir.
(1) De acordo com o texto, os alemães Spix e Martius integraram 
as primeiras expedições oficiais aos rios Juruá e Purus.
(2) Os objetivos das expedições lideradas por João Rodrigues 
Cametá e Romão José de Oliveira, de acordo com o texto, 
circunscreviam-se à pacificação dos índios da região.
(3) O emprego de itálico em “entradas” (l.11) indica que essa 
expressão está sendo utilizada com sentido adaptado ao 
contexto, pois seu sentido original não abrange expedições 
da região Norte.
(4) O uso de vírgula após “Chandless” (l.16) justifica-se por 
isolar oração subordinada adjetiva explicativa.
(5) O termo “Todavia” (l.17) pode, sem prejuízo para a correção 
gramatical e para as informações originais do período, ser 
substituído por qualquer um dos seguintes: Porém, Contudo, 
Entretanto, No entanto, Porquanto, Conquanto.
1: As primeiras expedições oficiais ao Purus e ao Juruá foram lideradas 
por “João Rodrigues Cametá e Romão José de Oliveira” (linhas 6 a 8); 
2: As primeiras expedições oficiais “tinham como objetivo a atração e 
a pacificação dos índios” (linhas 9 e 10); 3: A utilização de destaques 
no texto como itálico ou as aspas indica que o termo não está sendo 
usado no seu sentido literal ou usual; 4: A oração “que subiu o Purus 
em 1864/65 e o Juruá em 1867” é subordinada adjetiva explicativa. O 
pronome relativo que retoma o termo anterior “William Chandless” com 
o objetivo de explicá-lo; 5: A conjunção todavia pode ser substituída 
por outra adversativa (porém, contudo, entretanto, no entanto) que 
transmitem a ideia de contraste. Não pode, porém, ser substituída pela 
conjunção causal porquanto ou pela concessiva conquanto. 
Gabarito 1E, 2E, 3C, 4C, 5E
1 Os heróis existem em todas as culturas e em todas as
épocas. Cada povo tem seus heróis, que vão de fundadores de
cidades ou civilizações a mártires de causas voltadas ao bem
4 coletivo.
Os t ipos de heróis são muitos. Há o herói social ,
aquele que luta pelas necessidades de um grupo ou de um
7 povo; há o herói velho, experiente, que tem a missão de
ensinar; há o herói jovem, intrépido, que enfrenta desafios
por impulso; há o herói cotidiano, que enfrenta o trânsito e
10 luta para sustentar com dignidade a sua família; há o herói de
ocasião, que, diante do perigo ou de uma situação limite,
reúne forças tiradas não se sabe de onde; há o herói
13 equivocado, que luta por causas enganosas; há o herói
justiceiro; o vingativo; o de dupla personalidade, que é
metade homem-comum, metade super-homem etc.
Moacyr Scliar. Um país chamado infância. Português: 
linguagens. 2002, p. 57 (com adaptações).
(Fiscal de Tributos Estaduais/AC – 2006 – CESPE) Assinale a opção 
correta de acordo com as ideias do texto.
(A) Para ser um herói é preciso enfrentar perigos, lutar por uma 
causa injusta e escapar de muitas armadilhas.
(B) Muitas vezes, o jovem quer ser um verdadeiro super-herói, 
o que consiste em participar de grandes aventuras e fazer 
o bem.
(C) Os heróis vivem em mundos hipotéticos, às vezes paradi-
síacos, construídos basicamente pela linguagem.
(D) O fato de haver heróis em todas as culturas e épocas faz que 
a tipologia desses personagens tenha contornos variados.
A: de acordo com o texto existem vários tipos de heróis; B: dentre os 
diversos tipos de heróis, “há o herói jovem, intrépido, que enfrenta 
desafios por impulso”; C: os heróis são homens comuns, do cotidiano: 
“Os heróis existem em todas as culturas e em todas as épocas.”; D: 
é a assertiva correta. 
Gabarito "D"
Texto para as duas questões seguintes
1 Em dezembro de 2000, quando tomou posse no
Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Ellen Gracie
Northfleet obrigou a corte a uma reforma insólita: a
4 construção de um banheiro feminino ao lado do plenário. Até
então, em 172 anos de história, tal peça não tinha sido
necessária. Ellen foi a primeira mulher a integrar a Suprema
7 Corte do país. Na quarta-feira, dia 15 de março, a juíza
quebrou mais um tabu. Pelo sistema de rodízio dos ministros,
foi escolhida para a presidência do Supremo. Todos os seus
10 40 antecessores no cargo foram homens.
A chegada de uma mulher ao cargo mais alto da justiça
brasileira não é um fato isolado. Uma pesquisa da Associação
13 dos Magistrados Brasileiros mostra que a presença feminina
na Justiça cresceu muito. Até o final dos anos 60, apenas
2,3% dos magistrados eram mulheres. Hoje são 22,4%.
16 Elas estão principalmente nos juizados especiais, a área mais
moderna do Poder Judiciário brasileiro. Ocupam 37,1%
dessas cortes.
19 Segundo a pesquisa, as juízas são mais críticas em
relação à atuação da Ordem dos Advogados do Brasil e da
justiça. São mais éticas e preocupadas com as questões
22 humanas, tendendo à individuação das sentenças. Os juízes
seguiriam a lei, de forma prática. As juízas seriam mais
preocupadas com as questões sociais e econômicas que
25 cercam os casos.
91. língUA PORtUgUeSA
Como presidente do Supremo, Ellen Gracie passa a ser
a quarta pessoa na linha de sucessão presidencial, atrás do
28 vice-presidente e dos presidentes da Câmara e do Senado.
A expectativa é de que ela assuma interinamente o Palácio do
Planalto durante uma das viagens internacionais do presidente
31 Luiz Inácio Lula da Silva.
A primeira oportunidade poderá ser no dia 12 de maio,
quando o presidente Lula estará em Viena, para o encontro de
34 cúpula entre União Europeia e América Latina. Se, na mesma
data, estiverem viajando Alencar, Renan e Aldo, Ellen Gracie
poderá ser a primeira mulher a ocupar a presidência da
37 República do Brasil.
Época, n.º 409, 20/3/2006, p. 22 
(com adaptações).
(Fiscal de Tributos Estaduais/AC – 2006 – CESPE) Com base nas 
ideias desenvolvidas nos parágrafos do texto, assinale a opção 
incorreta.
(A) O primeiro parágrafo apresenta uma visão retrospectiva dahistória da Suprema Corte, a partir da distribuição sexista 
dos membros titulares do STF, praxe quebrada pela juíza, 
que mandou construir um sanitário novo, para seu uso 
exclusivo.
(B) O segundo e o terceiro parágrafos abordam, respectiva-
mente, o significativo aumento da presença feminina entre 
os magistrados e a diferença da atuação das mulheres em 
relação aos homens, na esfera judicial.
(C) O quarto parágrafo situa a presença da juíza, doutora Ellen 
Gracie, como presidente do STF, no quarto lugar na linha 
hierárquica da substituição presidencial.
(D) O último parágrafo antevê a possibilidade de, em maio, 
pela primeira vez na história, o Brasil ficar sob a presi-
dência de uma mulher, desde que os três homens que 
a antecedem na linha de sucessão presidencial estejam 
ausentes do país.
A distribuição dos membros titulares do STF não é sexista: “Pelo 
sistema de rodízio dos ministros foi escolhida para a presidência do 
Supremo.” (linhas 8 e 9). 
Gabarito "A"
(Fiscal de Tributos Estaduais/AC – 2006 – CESPE) De acordo com 
o texto, assinale a opção correta.
(A) O texto faz um percurso tipológico singular: partindo de uma 
sequência narrativa, no início, passa para o predomínio da 
estrutura dissertativa, ao meio, até chegar ao predomínio 
da descrição, no último parágrafo.
(B) A palavra “peça” (l.5) está empregada no sentido de docu-
mento incorporado aos autos para instruir um processo.
(C) Uma mulher ocupar o cargo mais elevado do Poder Judici-
ário brasileiro é um fato singular, apesar de a percentagem 
de pessoas do sexo feminino no STF ter aumentado muito 
no último sesquicentenário.
(D) Ao afirmar que as juízas são “mais éticas e preocupadas 
com as questões humanas, tendendo à individuação das 
sentenças” (l. 21-22), o texto deixa implícita uma compa-
ração com os juízes, que refletem menos a respeito da 
essência dos valores e das normas humanas.
A: trata-se de um texto informativo em que predomina a estrutura 
dissertativa; B: “tal peça” refere-se a banheiro feminino; C: o fato de 
uma mulher ocupar o cargo mais elevado do Poder Judiciário brasileiro 
é realmente um fato singular. Ellen Gracie foi a primeira mulher a ser 
nomeada nos últimos 150 anos (sesquicentenário), ou melhor, nos 
últimos 172 anos. De zero o STF passou a ter uma ministra. D: é a 
assertiva correta. 
Gabarito "D"
Texto I – O retrato do Brasil em 10 anos
1 O censo demográfico é a mais importante fonte de informa-
ções sobre as condições de vida da população brasileira. A 
parte divulgada agora refere-se ao questionário básico que foi
4 respondido em todos os domicílios visitados. Por ser a única 
pesquisa que abrange os 5.507 municípios do país, é um 
instrumento precioso para o planejamento de todas as políticas
7 voltadas para o bem-estar social. A conclusão desse calha-
maço — são 500 páginas de informações colhidas por 200.000 
recenseadores entre agosto e novembro do ano 2000 — é que o
10 país avançou. Os 169 milhões de brasileiros registrados no 
Censo 2000 vivem, em linhas gerais, melhor do que se vivia 
em 1991. A questão é que é preciso avançar mais e mais rápido
13 para pôr fim à injustiça social. “É como um copo com água pela 
metade. Alguns dirão que está meio cheio e outros dirão que 
está meio vazio”, resume o presidente do IBGE. De qualquer
16 maneira, há meio copo a ser preenchido. Trata-se de um desafio 
para uma década, ou duas, ou mais ainda do que isso. Mas 
é bom lembrar que, se dez anos é prazo curto para eliminar
19 problemas estruturais, é também tempo mais que suficiente 
para agravá-los de forma drástica. Aí está a Argentina a servir de 
exemplo. Em 1991, apostou todas as fichas no plano econômico
22 que prometeu vida de Primeiro Mundo à população. Dez 
anos depois, o resultado é pobreza e caos em um país que 
sempre se orgulhou, com motivo, de suas conquistas sociais.
Lucila Soares. Veja, 26/12/2001, p. 33 (com adaptações).
(Fiscal de Tributos Estaduais/AL – 2002 – CESPE) Analisando as 
ideias explícitas e implícitas do texto I, julgue os seguintes itens.
(1) O censo demográfico pode ser considerado a mais 
importante fonte de informações sobre as condições de 
vida da população brasileira, já que a parte divulgada 
refere-se ao questionário respondido em todos os domi-
cílios visitados. 
(2) A parte divulgada do censo pode ser considerada um calha-
maço, uma vez que compreende meio milhão de páginas 
de informações colhidas por duas centenas de milhar de 
recenseadores que laboraram, por quatro meses, para 
provar que o país avançou. 
(3) O Censo 2000 demonstrou, a partir da análise dos dados 
coletados, que a totalidade dos brasileiros registrados vive, 
em linhas gerais, melhor do que vivia há uma década.
(4) Segundo a análise feita pela autora do texto, realizar um 
recenseamento periodicamente é necessário mas insufi-
ciente, porque é preciso avançar muito mais, e rapidamente, 
para se pôr fim à injustiça social.
(5) De acordo com a analogia com o copo com água pela 
metade, feita pelo presidente do IBGE, os resultados do 
Censo 2000 podem ser alvo de um julgamento favorável 
ou desfavorável, conforme o ponto de vista adotado. 
1: O fato de a parte divulgada referir-se a questionário respondido em 
todos os domicílios brasileiros não é indicado explicitamente como 
a razão pela qual o censo é a mais importante fonte de informação 
sobre as condições de vida da população brasileira. Segundo o texto, 
esse fato é a razão pela qual o censo é um instrumento precioso 
para o planejamento de todas as políticas voltadas para o bem-estar 
social; 2: O trabalho dos censores não foi feito para provar que o 
país avançou, embora essa tenha sido a conclusão a que a autora 
chegou, com base na análise dos dados coletados; 3: Ver o trecho 
que se inicia com “Os 169 milhões de brasileiros...”; 4: A autora não 
afirma que o recenseamento periódico é necessário ou insuficiente 
em relação ao avanço social; 5: Esse é o significado da conhecida 
figura do “copo pela metade”. 
Gabarito 1E, 2E, 3C, 4E, 5C
DIegO AMORIM, elOy gUStAvO De SOUzA, FeRnAnDA FRAncO, HenRIqUe SUbI, MAgAlly DAtO e RODRIgO FeRReIRA De lIMA 10
(Fiscal de Tributos Estaduais/AL – 2002 – CESPE) No texto I, cor-
responde à circunstância de 
(1) superioridade o termo “sobre” (l.2), que pode ser substituído 
por a respeito de.
(2) causa o termo “Por” (l.4), que pode ser substituído por 
Devido a.
(3) finalidade o termo “para” (l.6), que pode ser substituído por 
a fim de que.
(4) adversidade o termo “Mas” (l.17), que pode ser substituído 
por Todavia.
(5) tempo a expressão “Em 1991” (l.21), que pode ser substi-
tuída por Há pouco mais de uma década.
1: O termo sobre em “informações sobre as condições” significa em 
relação a, acerca de, e não tem sentido de superioridade; 2, 4 e 5: As 
assertivas são corretas; 3: “Para” em “instrumento precioso para o 
planejamento” não pode ser substituído por a fim de que, sem alteração 
sintático-semântica. 
Gabarito 1E, 2C, 3E, 4C, 5C
1 Nossos projetos de vida dependem muito do futuro
do país no qual vivemos. E o futuro de um país não é
obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se constrói.
4 E constrói-se no meio de embates muito intensos — e, às
vezes, até violentos — entre grupos com visões de futuro,
concepções de desenvolvimento e interesses distintos e
7 conflitantes.
Para muitos, os carros de luxo que trafegam pelos
bairros elegantes das capitais ou os telefones celulares não
10 constituem indicadores de modernidade. 
Modernidade seria assegurar a todos os habitantes
do país um padrão de vida compatível com o pleno exercício
13 dos direitos democráticos. Por isso, dão mais valor a um 
modelo de desenvolvimento que assegure a toda a população
alimentação, moradia, escola, hospital, transporte coletivo,
16 bibliotecas, parques públicos. Modernidade, para os que 
pensam assim, é sistema judiciário eficiente, com aplicação
rápida e democrática da justiça; são instituições públicas
19 sólidas e eficazes; é o controle nacional das decisões 
econômicas.Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia 
Kupstas (Org.). Identidade nacional em debate. São Paulo: 
Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).
(Agente de Polícia Federal – 2009 – CESPE) Considerando a argu-
mentação do texto acima bem como as estruturas linguísticas 
nele utilizadas, julgue o item a seguir.
(1) Infere-se da leitura do texto que o futuro de um país seria 
“obra do acaso” (l.3) se a modernidade não assegurasse 
um padrão de vida democrático a todos os seus cidadãos. 
1: incorreta, porque o texto não passa essa mensagem. O autor afirmar 
taxativamente que o futuro de um país nunca será “obra do acaso”, 
sendo sempre construído. A divergência ocorre apenas na forma de 
construção da modernidade. 
Gabarito "E"
1 Na verdade, o que hoje definimos como democracia
só foi possível em sociedades de tipo capitalista, mas não
necessar iamente de mercado. De modo gera l , a
4 democratização das sociedades impõe limites ao mercado,
assim como desigualdades sociais em geral não contribuem
para a fixação de uma tradição democrática. Penso que temos
7 de refletir um pouco a respeito do que significa democracia.
Para mim, não se trata de um regime com características
fixas, mas de um processo que, apesar de constituir formas
10 institucionais, não se esgota nelas. É tempo de voltar ao 
filósofo Espinosa e imaginar a democracia como uma
potencialidade do social, que, se de um lado exige a criação
13 de formas e de configurações legais e institucionais, por 
outro não permite parar. A democratização no século XX
não se limitou à extensão de direitos políticos e civis. O tema
16 da igualdade atravessou, com maior ou menor força, as 
chamadas sociedades ocidentais.
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, 
n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações).
(Agente de Polícia Federal – 2009 – CESPE) Com base nas estrutu-
ras linguísticas e nas relações argumentativas do texto acima, 
julgue o item a seguir.
(1) Depreende-se da argumentação do texto que o autor con-
sidera as instituições como as únicas “características fixas” 
(l.8-9) aceitáveis de “democracia” (l.1 e 7). 
1: incorreta, pois o autor é categórico ao afirmar que a democracia 
não pode ser reduzida a “características fixas”. Pretende, com sua 
argumentação, demonstrar que o conceito de democracia não prescinde 
das instituições, mas vai além delas. 
Gabarito "E"
O valor da vida é de tal magnitude que, até mesmo nos 
momentos mais graves, quando tudo parece perdido dadas 
as condições mais excepcionais e precárias — como nos 
conflitos internacionais, na hora em que o direito da força se 
instala negando o próprio Direito, e quando tudo é paradoxal e 
inconcebível —, ainda assim a intuição humana tenta protegê-lo 
contra a insânia coletiva, criando regras que impeçam a prática 
de crueldades inúteis.
Quando a paz passa a ser apenas um instante entre dois 
tumultos, o homem tenta encontrar nos céus do amanhã 
uma aurora de salvação. A ciência, de forma desesperada, 
convoca os cientistas a se debruçarem sobre as mesas de 
seus laboratórios, na procura de meios salvadores da vida. 
Nas salas de conversação internacionais, mesmo entre 
intrigas e astúcias, os líderes do mundo inteiro tentam se 
reencontrar com a mais irrecusável de suas normas: o res-
peito pela vida humana.
Assim, no âmago de todos os valores, está o mais indeclinável 
de todos eles: a vida humana. Sem ela, não existe a pessoa 
humana, não existe a base de sua identidade. Mesmo diante 
da proletária tragédia de cada homem e de cada mulher, quase 
naufragados na luta desesperada pela sobrevivência do dia a 
dia, ninguém abre mão do seu direito de viver. Essa consciência 
é que faz a vida mais que um bem: um valor.
A partir dessa concepção, hoje, mais ainda, a vida passa a 
ser respeitada e protegida não só como um bem afetivo ou 
patrimonial, mas pelo valor ético de que ela se reveste. Não 
se constitui apenas de um meio de continuidade biológica, mas 
de uma qualidade e de uma dignidade que faz com que cada 
um realize seu destino de criatura humana.
Internet: . Acesso em ago./2004 
(com adaptações).
(Agente de Polícia Federal – 2004 – CESPE) Com base no texto 
acima, julgue os itens a seguir.
(1) O texto estrutura-se de forma argumentativa em torno de 
uma ideia fundamental e constante: a vida humana como 
um bem indeclinável.
(2) O primeiro parágrafo discorre acerca da valorização da 
existência e da necessidade de proteção da vida contra a 
insânia coletiva, por intermédio de normas de convivência 
que impeçam a prática de crueldades inúteis, principal-
mente em épocas de graves conflitos internacionais, 
quando o direito da força contrapõe-se à força do Direito e 
quando a situação se apresenta paradoxal e inconcebível.
(3) No segundo parágrafo, estão presentes as ideias de que 
a paz é ilusória, não passando de um instante apenas de 
trégua entre dois tumultos, e de que, para mantê-la, os 
cientistas se desdobram à procura de fórmulas salvadoras 
da humanidade e os líderes mundiais se encontram para 
preservar o respeito recíproco.
(4) No penúltimo parágrafo, encontra-se uma redundância: a 
afirmação de que o soberano dos valores é a vida humana, 
sem a qual não existe a pessoa humana, sequer a sua 
identidade.
111. língUA PORtUgUeSA
(5) O comprometimento ético para com a humanidade é defen-
dido no último parágrafo do texto, que discorre acerca da 
vida não só como um meio de continuidade biológica, mas 
como a responsável pelo destino da criatura humana.
1: correta. A estrutura argumentativa, própria dos textos dissertativos, 
é aquela que pretende convencer o leitor através de argumentos, 
científicos ou emotivos, de que o autor tem razão. No caso, busca-se 
sacramentar que a vida humana, ainda que diante das arbitrariedades 
e crueldades dos conflitos, é um bem maior e deve ser sempre pro-
tegido; 2: correta. A assertiva parafraseia, sem perda de conteúdo, o 
que consta do primeiro parágrafo; 3: incorreta. Na verdade, o parágrafo 
expõe que, apesar da paz ser transitória durante os períodos de conflito, 
ainda assim o ser humano, espontaneamente ou contrariado, não deixa 
de buscar formas de salvar vidas ou evitar mais perdas humanas; 4: 
correta. Ocorre redundância (ou pleonasmo) quando verificamos que 
a conclusão ou o objeto da frase é uma obviedade. Naturalmente, sem 
a vida humana, não se pode falar em pessoa humana; 5: incorreta. Não 
se conclui no texto que a vida é a responsável pelo destino da criatura 
humana, mas sim que a ética que ela reveste o é. 
Gabarito 1C, 2C, 3E, 4C, 5E
Os novos sherlocks
1 D i v i d i d a b a s i c a m e n t e e m d o i s c a m p o s ,
criminalística e medicina legal, a área de perícia nunca
esteve tão na moda. Seus especialistas volta e meia estão no
4 noticiário, levados pela profusão de casos que requerem
algum tipo de tecnologia na investigação. Também viraram
heróis de seriados policiais campeões de audiência.
7 Nos EUA, maior produtor de programas desse tipo, o
sucesso é tão grande que o horário nobre, chamado de prime
time, ganhou o apelido de crime time. Seis das dez séries de
10 maior audiência na TV norte-americana fazem parte desse
filão.
Pena que a v ida de per i to não se ja tão fác i l e
13 glamorosa como se vê na TV. Nem todos utilizam aquelas
lanternas com raios ultravioleta para rastrear fluidos do
corpo humano nem as canetas com raio laser que traçam a
16 trajetória da bala. “Com o avanço tecnológico, as provas
técnicas vêm ampliando seu espaço no direito brasileiro,
principalmente na área criminal”, declara o presidente da
19 OAB/SP, mas, antes disso, já havia peritos que recorriam às
mais diversas ciências para tentar solucionar um crime.
Na divisão da polícia brasileira, o pontapé inicial da
22 investigação é dado pelo perito, sem a companhia de legistas,
como ocorre nos seriados norte-americanos. Cabe a ele
examinar o local do crime, fazer o exame externo da vítima,
25 coletar qualquer tipo de vestígio,inclusive impressões
digitais, pegadas e objetos do cenário, e levar as evidências
para análise nos laboratórios forenses.
Pedro Azevedo. Folha Imagem, ago./2004 
(com adaptações).
(Agente de Polícia Federal – 2004 – CESPE) A respeito do texto 
acima, julgue os itens subsequentes.
(1) De acordo com o presidente da OAB/SP, as provas técnicas 
têm sido ampliadas, principalmente na área criminal, com 
o avanço tecnológico no espaço do direito brasileiro.
(2) Está explícita no último parágrafo do texto a seguinte rela-
ção de causa e consequência: o perito examina o local do 
crime, faz o exame externo da vítima e coleta qualquer tipo 
de vestígio porque precisa levar as evidências para análise 
nos laboratórios forenses.
1: incorreta. A paráfrase não equivale ao trecho original. A assertiva dá 
a entender que foi o avanço tecnológico que ganhou espaço no direito 
brasileiro, sendo que o entrevistado afirma que a prova técnica ganhou 
espaço, por conta do avanço tecnológico; 2: incorreta, porque a relação 
está implícita. O texto, puramente, não trata como uma relação de causa 
e consequência, porque “levar as evidências para análise” também é 
uma de suas atribuições e não o objetivo delas. A relação causal é uma 
dedução possível, resultado do exercício de interpretação. 
Gabarito 1E, 2E
Texto
1 A maior ia dos comentár ios sobre c r imes ou se 
limitam a pedir de volta o autoritarismo ou a culpar a
violência do cinema e da televisão, por exci tar a
4 imaginação criminosa dos jovens. Poucos pensam que 
vivemos em uma sociedade que estimula, de forma
sistemática, a passividade, o rancor, a impotência, a
7 inveja e o sentimento de nulidade nas pessoas. Não 
podemos interferir na política, porque nos ensinaram a
perder o gosto pelo bem comum; não podemos tentar
10 mudar nossas relações afetivas, porque isso é assunto de 
cientistas; não podemos, enfim, imaginar modos de viver
mais dignos, mais cooperativos e solidários, porque isso
13 é coisa de “obscurantista, idealista, perdedor ou ideólogo 
fanático”, e o mundo é dos fazedores de dinheiro.
S o m o s u m a e s p é c i e q u e p o s s u i o p o d e r d a
16 imag inação, da c r ia t i v idade, da a f i rmação e da 
agressividade. Se isso não pode aparecer, surge, no lugar,
a reação cega ao que nos impede de criar, de colocar no
19 mundo algo de nossa marca, de nosso desejo, de nossa 
vontade de poder. Quem sabe e pode usar — com
firmeza, agressividade, criatividade e afirmatividade —
22 a sua capacidade de doar e transformar a vida, raramente 
precisa matar inocentes, de maneira bruta. Existem mil
outras maneiras de nos sentirmos potentes, de nos
25 sentirmos capazes de imprimir um curso à vida que não 
seja pela força das armas, da violência física ou da evasão
pelas drogas, legais ou ilegais, pouco importa.
Jurandir Freire Costa. In: Quatro autores em busca do 
Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 2000, p. 43 
(com adaptações).
(Escrivão de Polícia Federal – 2002 – CESPE) Acerca das ideias do 
texto acima , julgue os seguintes itens.
(1) Muitos acreditam que a censura aos meios de comunica-
ção seria uma forma de reduzir a violência entre jovens.
(2) A argumentação do texto põe em confronto atitudes possí-
veis: uma que se caracteriza por passividade e impotência, 
outra, por resistência criativa.
(3) O trecho “Não podemos (...) dinheiro” ( .7-14) apresenta 
exemplificações que funcionam como argumentos para a 
afirmação do período que o antecede.
(4) Infere-se do texto que o autor culpa a violência do cinema e 
da televisão pela disseminação da violência nos dias atuais.
(5) De acordo com as ideias defendidas no texto, as formas 
positivas de dar sentido à vida e experimentar a sensação 
de poder vinculam-se à maneira como se usa a capacidade 
de doação e de transformação.
1: correta. É o que se pode deduzir, em interpretação a contrario sensu, 
dos fatos expostos no primeiro parágrafo; 2: correta. A passividade é 
exposta nos primeiros parágrafos, resumindo o ideal da maioria de que 
não podemos interferir nos grandes temas sociais. A “resistência cria-
tiva” é descrita a partir da linha 20, ao dizer que podemos usar nossas 
características humanas como armas para nos sentirmos potentes, sem 
precisar da violência gratuita; 3: correta. Os exemplos esclarecem o 
argumento do autor sobre a razão da passividade da maioria das pes-
soas; 4: incorreta. Ao contrário, os argumentos expostos evidenciam 
que, para o autor, culpar o cinema e a televisão é evitar olhar sobre 
o real problema: a passividade das pessoas; 5: correta. Para o autor, 
apenas através do uso daquilo que nos faz humanos é que podemos 
lutar, positivamente, contra a passividade e dar sentido à vida. 
Gabarito 1C, 2C ,3C, 4E, 5C
Um desafio cotidiano
Recentemente me pediram para discutir os desafios políticos que 
o Brasil tem pela frente. Minha primeira dúvida foi se eles seriam 
diferentes dos de ontem.
Os problemas talvez sejam os mesmos, o país é que mudou e 
reúne hoje mais condições para enfrentá-los que no passado. 
A síntese de minhas conclusões é que precisamos prosseguir 
no processo de democratização do país.

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