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Como os Medicamentos são Administrados por Via Intravenosa? A administração de medicamentos por via intravenosa (IV) é um procedimento crucial no pronto socorro, exigindo conhecimento técnico e precisão por parte dos enfermeiros. Neste complexo ambiente, onde o tempo é frequentemente um fator crítico, a administração IV permite que medicamentos e fluidos sejam entregues diretamente na corrente sanguínea, proporcionando efeitos imediatos. Os enfermeiros devem seguir diretrizes específicas para garantir tanto a segurança quanto a eficácia do tratamento. Estas diretrizes incluem a avaliação clínica do paciente antes da administração, a escolha apropriada do tipo de solução e do equipamento, e a contínua monitorização da resposta do paciente. Além disso, os princípios da prática estéril devem ser rigorosamente seguidos para minimizar o risco de infecção e outras complicações. Preparo do Medicamento e Equipamento O primeiro passo é a preparação do medicamento, que inclui não apenas a verificação da dose, via, nome e validade, mas também a confirmação do pedido médico e a avaliação de possíveis alergias nos registros do paciente. O enfermeiro deve utilizar seringas e agulhas estéreis de calibre adequado, juntamente com equipo de infusão e equipo de acesso venoso periférico, tudo em conformidade com as práticas de segurança e higiene. Uma vez preparado, o medicamento é então diluído em uma solução compatível, assegurando que nenhum precipitado seja formado e que a estabilidade do medicamento seja mantida. A via de administração, que pode variar desde veias periféricas até cateteres venosos centrais em pacientes mais críticos, deve ser apropriadamente selecionada e confirmada conforme as necessidades do tratamento. Escolher o local de punção é um passo essencial para garantir o sucesso da administração. O enfermeiro deve escolher veias que oferecem fácil acesso e bom fluxo sanguíneo, observando a anatomia particular de cada paciente. A área de punção deve ser higienizada com um antisséptico apropriado, seguido da fixação da veia utilizando a mão dominante, para então inserir a agulha num ângulo de 15 a 30 graus, minimizando o risco de complicações. Verificação da Punção e Infusão Após a punção, é fundamental observar o retorno sanguíneo na agulha para confirmar a inserção correta. Este reflexo sanguíneo assegura que a agulha está devidamente posicionada na veia, permitindo a administração do medicamento sem riscos de infiltração nos tecidos subjacentes. Uma vez confirmada a inserção, o acesso venoso é fixado usando esparadrapo, proporcionando estabilidade durante a infusão. O medicamento deve ser administrado lentamente, monitorando-se constantemente o paciente para identificar reações adversas imediatamente. A potencial ocorrência de dor, vermelhidão, ou inchaço no local da punção, bem como alterações nos sinais vitais, devem ser reportadas e gerenciadas prontamente. A administração IV exige atenção redobrada devido à rapidez com que os efeitos podem se manifestar, o que requer dos enfermeiros não apenas proficiência, mas também a capacidade de responder rapidamente a qualquer evento adverso. Eventuais complicações como extravasamento, flebite, trombose, embolias, ou reações alérgicas necessitam de intervenções imediatas e especializadas. Finalizando o processo, é vital avaliar o local da punção, removendo a agulha com cuidado para evitar lesões aos tecidos. O enfermeiro deve então registrar meticulosamente a data, hora, nome do medicamento, dose, via de administração, e assinar o prontuário do paciente, garantindo a continuidade do atendimento e a segurança global do tratamento. O treinamento contínuo e a adesão a protocolos atualizados são fundamentais para assegurar que a prática de administração IV atenda aos padrões mais elevados de cuidado.