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Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Centro de Ciências da Saúde Processos de Apropriação da Realidade I Profa. Camila Rodrigues e Prof. Ismael Andrade Avaliação I O entendimento do processo saúde-doença vem se ampliando, saindo de uma política corretivista e de uma relação causa-efeito única, e aproximando-se, não só, das inúmeras interferentes individuais e coletivas de enfermidades, mas também como o vínculo e o acesso à saúde pode afetá-lo. Consequentemente a isso, a territorialização da saúde surge como uma alternativa à metodologia clássica, buscando agregar o território em políticas sanitaristas, bem como sua aplicação auxilia na Estratégia de Saúde da Família. A territorialização está fundamentada no reconhecimento e compreensão do território, não somente como um espaço geográfico delimitado – puramente físico, constituído por natureza e criações humana – mas também como as relações sociais e políticas constantemente o modificam. Assim, território toma um contexto coletivo, de compreensão da população que nele vive e quais problemáticas de saúde possuem. Para além disso, como as relações históricas e conhecimento popular interferem no processo saúde doença em todas as suas instâncias, criando um vínculo de validação social da população que é assistida pelas instituições de saúde. A metodologia da territorialização abrange o reconhecimento espacial da área, bem como a definição de um perfil demográfico, sanitário e social. A partir desses dados, pode-se entender a prevalência de doenças, como a realidade social interfere no agravamento ou dissipação dessa, se as estruturas públicas/privadas suprem a necessidade da população assistida e ter um arcabouço para as correções necessárias. Definir o perfil populacional só é permitido pelo estudo e vivência do território no qual ela está inserida, e somente assim consegue-se traças estratégias de saúde de atenção primária, de vínculo inicial ao público necessitado. Destarte ao supracitado, entender as nuances da territorialização da saúde permite uma maior eficácia para o planejamento de políticas sanitárias. Portanto, conhecer o território, bem como sua população, permite estabelecimento de vínculos e reconhecimentos de problemáticas particulares, direcionando esforços em questões pontuais e necessárias àquela realidade, e melhorando a atuação da ESF principalmente na atenção básica, que é a o primeiro e primordial contato com as estruturas públicas de saúde. Referências image1.png image2.jpeg