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Prévia do material em texto

1º DIA
CADERNO
2
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
DIGITAL*
 
 
 
 
 
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 dispostas da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às 
questões relativas à língua estrangeira escolhida (inglês ou espanhol)**. 
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com 
as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, 
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas.
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA.
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue o CARTÃO-RESPOSTA.
8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar
seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova. 
* Este caderno de provas reproduz as questões aplicadas no 3° Poliedro Enem Digital.
** Se nenhuma opção for indicada, a correção considerará o gabarito de inglês.
1o DIA
CADERNO
1
AZUL
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34)
LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 2
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
_ 20_ENEM_ING_LZ_L2_Q03
What would happen if GPS – the Global 
Positioning System – stopped working?
For a start, we would all have to engage our brains and 
pay attention to the world around us when getting from A to 
B. Devices that use GPS usually stop us from getting lost. If 
it failed, the roads would be clogged with drivers slowing to 
peer at signs or stopping to consult maps.
Phone for a taxi, and you’d find a harassed operator 
trying to keep track of her fleet by calling the drivers. Open 
the Uber app, and – well, you get the picture.
With no GPS, emergency services would start struggling: 
operators wouldn’t be able to locate callers from their phone 
signal, or identify the nearest ambulance or police car.
Gaps could appear on supermarket shelves as “just-
-in-time” logistics systems judder to a halt. Farming, 
construction, fishing, surveying – these are other industries 
mentioned by a UK government report that pegs the cost of 
GPS going down at about $ 1bn (£ 820m) a day for the first 
five days.
HARFORD, Tim. BBC News, 6 nov. 2019. Disponível em: <https://www.bbc.com>. 
Acesso em: 27 fev. 2020.
O texto apresentado trabalha com a hipótese de uma pane 
no sistema de posicionamento global (GPS). Segundo o 
autor, caso essa hipótese se concretizasse, os
A motoristas teriam que se orientar de outras maneiras, 
como por meio de mapas ou de placas de sinalização.
B aplicativos como o Uber parariam de funcionar, e seria 
necessário recorrer ao serviço de táxi, que não faz uso 
dessa tecnologia.
C alimentos entrariam em falta nas prateleiras dos 
supermercados devido à impossibilidade de fabricação 
de determinados produtos.
D sistemas de emergência encerrariam suas atividades, 
pois os operadores teriam dificuldades para identificar 
as pessoas que solicitaram serviços.
E condutores de veículos voltariam a depender de 
pedidos de informação nas estradas para conseguirem 
chegar a destinos desconhecidos.
QUESTÃO 02 
_ 20_ENEM_ING_LZ_L2_Q01
In a landmark ruling, Tanzania’s Supreme Court of 
Appeal has upheld a 2016 ruling banning parents from 
marrying off girls as young as 14. The previous ruling 
found that Tanzania’s marriage act was unconstitutional. It 
directed the government to raise the legal age of marriage 
to 18 years within a year. However this was challenged by 
the Attorney General with the argument that it interfered 
with the culture of the land.
Yvette Kathurima Muhia, Head of Africa Engagement 
at Girls Not Brides: The Global Partnership to End Child 
Marriage, said, “We welcome the Supreme Court’s ruling, 
which is an encouraging step towards addressing child 
marriage in a country where 3 in 10 girls become child 
brides. However, laws alone won’t end child marriage. 
While laws and policies are essential in preventing child 
marriage, we also need to change the attitudes that make it 
acceptable in the first place,” she said.
BAILEY-KING, Ettie. “Tanzania’s Supreme Court Declares Child Marriage Unconstitutional”. 
Disponível em: <https://www.girlsnotbrides.org>. Acesso em: 16 abr. 2020.
O artigo noticia o reconhecimento da inconstitucionalidade 
do casamento infantil na Tanzânia e informa que
A as leis são capazes de alterar atitudes retrógradas 
culturalmente aceitas.
B a nova lei estabelece 14 anos como a idade legal para 
que meninas se casem.
C os pais que obrigarem suas filhas a se casarem na 
infância serão banidos do país.
D a lei é um passo em direção ao combate ao casamento 
infantil, apesar de não garantir o fim dele.
E a decisão da Suprema Corte foi aceita e reconhecida 
pelo procurador-geral como parte da cultura da 
Tanzânia.
QUESTÃO 03 
_ 20_2EM_1S_ING_LZ_L1_Q01
And... nobody's around to actually know I'm doing it!
Disponível em: <http://mbsenglish.blogspot.com>. Acesso em: 16 jan. 2020. (Adaptado)
No cartum, o advérbio “actually” é usado no balão de fala 
para
A corrigir o que foi dito anteriormente pela personagem.
B enfatizar que o feito da personagem é surpreendente.
C indicar o que contribuiu para o desempenho do atleta.
D ressaltar que o ato foi realizado no momento presente.
E mostrar que a ideia do texto visual contradiz a do verbal.
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34)
LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 3
QUESTÃO 04 
_ 20_ENEM_ING_LZ_L2_Q02
She packed my bags last night pre-flight
Zero hour: 9:00 a.m.
And I’m gonna be high as a kite by then
I miss the Earth so much, I miss my wife
It’s lonely out in space
On such a timeless flight
And I think it’s gonna be a long, long time
‘Till touchdown brings me ‘round again to find
I’m not the man they think I am at home
Oh no, no, no
I’m a rocket man
Rocket man burning out his fuse up here alone
Mars ain’t the kind of place to raise your kids
In fact, it’s cold as hell
And there’s no one there to raise them if you did
And all this science I don’t understand
It’s just my job five days a week
A rocket man, a rocket man
TAUPIN, Bernie. “Rocket Man”. Intérprete: Elton John. In: Honky Château. MCA, 1972.
Na canção, o eu lírico expressa um sentimento de
A preocupação, por ser obrigado a criar os filhos em um 
planeta muito frio.
B ansiedade, por perceber a proximidade do momento de 
retorno à Terra.
C arrependimento, por voltar para casa antes do fim da 
missão.
D entusiasmo, por compor a tripulação de um foguete.
E solidão, por ter que trabalhar no espaço sideral.
QUESTÃO 05 
_ 20_ENEM_ING_LZ_L2_Q04
HART, Johnny. Disponível em: <https://www.gocomics.com>. Acesso em: 27 fev. 2020.
Na tirinha, constrói-se uma crítica bem-humorada ao(à)
A burocratização excessiva da vida.
B excesso de apatia do ser humano.
C falta de produtividade da classe média.
D rigorosidade das leis em uma sociedade.
E taxação desnecessária de atividades humanas.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01_ 20_ENEM_ESP_CF_L2_Q01
¿Por qué Frida Kahlo es tan reconocida y admirada?
• Por ser una mujer con ideas políticas, ya que “el sexo 
débil” en aquel entonces no acostumbraba opinar 
sobre el tema.
• Porque es símbolo de las mujeres que sufren. 
Gran parte de la vida de Frida estuvo acompañada 
de continuo e interminable dolor provocado por la 
fibromialgia que padecía.
• Por su influencia en la ideología y visión de la mujer 
en la actualidad, que se caracteriza por romper la 
imagen de la mujer sumisa y dedicada al hogar.
• Por su peculiar manera de vestir, la cual era 
frecuentemente ataviada con vestimentas, collares y 
accesorios inspirados en el folclore mexicano.
Frida Kahlo se ha convertido en uno de los símbolos 
de la cultura popular mexicana del siglo XX. Al final, sus 
logros, sus luchas y sus pasiones están plasmados en su 
trabajo, que nos acompañará por mucho tiempo y podrá 
seguir cautivando nuevas generaciones.
CRUZ, Omar. Disponível em: <https://www.sopitas.com>. Acesso em: 28 fev. 2020.
A pergunta do título é respondida no decorrer do texto. De 
acordo com o que se expõe, Frida Kahlo
A afirmou a superioridade da cultura mexicana sobre as 
demais em sua obra.
B revolucionou o cenário político mexicano com sua 
atuação partidária.
C influenciou uma perspectiva disruptiva sobre o papel 
social da mulher.
D extinguiu sua dor usando a arte como elemento de 
transcendência espiritual.
E transformou as tradições folclóricas mexicanas por 
meio de suas vestimentas.
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34)
LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 4
QUESTÃO 02 
_ 20_ENEM_ESP_CF_L2_Q06
“No, gracias, no hace falta”. Cada vez más gente da 
esa respuesta cuando le ofrecen un sorbete plástico con 
la botella de gaseosa. Ahora, el Gobierno porteño busca 
que esa actitud se extienda a los comerciantes. Es por 
eso que entrará en vigencia una resolución del Ministerio 
de Ambiente que establece que no podrán ofrecerse o 
colocarse sorbetes plásticos a la vista del cliente. Y que, 
dentro de seis meses, directamente quedarán prohibidos 
su uso, entrega y expendio.
“Confiamos en que suceda algo similar a lo que ocurrió 
con el cese de entrega de bolsas, que los vecinos lo 
tomaron como algo natural”, destaca el ministro Eduardo 
Macchiavelli.
Aunque los sorbetes representan una fracción pequeña 
de toda la basura plástica que se genera en la Ciudad, 
resulta preocupante que sólo en patios de comidas de 
shoppings porteños se consuman dos millones de unidades 
por mes.
Quienes no puedan o quieran prescindir de los 
sorbetes, pueden optar por los de cartón. ”En el costo del 
trago, una pajita de cartón no les cambia la ecuación a 
los comerciantes. Usualmente salen apenas unos pocos 
centavos más”, advierte Macchiavelli.
Para vigilar el cumplimiento de la norma cuando los 
sorbetes queden prohibidos, se prevé un esquema de 
sanciones. “De cualquier forma, no creemos que haga falta 
llegar a eso. Tendremos un tiempo de adaptación”, enfatiza 
Macchiavelli.
NIEBLA, Karina. Disponível em: <https://www.clarin.com>. Acesso em: 16 abr. 2020.
De acordo com a reportagem sobre a resolução do governo 
de Buenos Aires, o ministro Eduardo Macchiavelli afirmou 
que o(s)
A comerciantes de Buenos Aires aceitaram substituir 
as sacolas plásticas por sacolas confeccionadas com 
material natural.
B custo de canudos de material alternativo ao plástico 
não é muito mais oneroso para o comerciante do que o 
do produto de plástico.
C governo de Buenos Aires optou por expandir a proibição 
do uso de materiais plásticos inclusive aos locais nos 
quais se comercializa sorvete.
D vendedores que não acatarem à resolução do governo 
sofrerão sanções e que o Ministério do Meio Ambiente 
acredita que as penalidades não tardarão a ocorrer.
E volume de resíduos descartáveis nas praças de 
alimentação dos shoppings de Buenos Aires é 
preocupante, uma vez que esse material compõe a 
maior parte do lixo plástico gerado na cidade.
QUESTÃO 03 
_ 20_ENEM_ESP_NB_L2_Q04
Envejecer es un proceso natural, pero envejecer 
saludablemente supone pasar a la acción. Así lo considera 
al menos la Organización Mundial de la Salud que, al 
declarar 2020-2030 como la Década del Envejecimiento 
Saludable, señala que no se trata tanto de llegar a la vejez 
libre de enfermedades sino de fomentar y mantener la 
capacidad funcional que permite el bienestar en la vejez. 
Es decir, ser capaz de hacer durante el máximo tiempo 
posible las cosas a las que damos valor.
Desde una perspectiva biológica el envejecimiento 
implica una reducción progresiva de las capacidades 
físicas y mentales. En los últimos años, debido a cambios 
en la alimentación o a hábitos de vida poco saludables, 
entre otros aspectos, ha aumentado la prevalencia de las 
enfermedades crónicas.
IBARRARÁN, Pablo. “Soy viejo y hago lo que quiero”. 
Disponível em: <https://elpais.com>. Acesso em: 16 abr. 2020.
De acordo com o texto, envelhecer de forma saudável 
significa
A praticar atividades físicas.
B mudar os hábitos de alimentação.
C chegar a essa fase da vida livre de doenças.
D conservar a capacidade de realizar atividades que 
possibilita o bem-estar.
E aceitar que a velhice limita a capacidade de realizar 
coisas às quais se dá valor.
QUESTÃO 04 
_ 20_ENEM_ESP_CF_L2_Q04
PEÑA, Alvaro. Disponível em: <http://infoeao.blogspot.com>. Acesso em: 28 fev. 2020.
A charge é um gênero textual no qual se expõem críticas de 
forma bem-humorada. A charge apresentada se caracteriza 
por mostrar o(a)
A antagonismo entre as falas do político.
B falta de consenso sobre a definição de diálogo.
C intolerância como traço comum aos políticos 
mandatários.
D diálogo como fruto de uma política baseada na 
tolerância.
E dificuldade de diferenciar tolerância de diálogo e de 
consenso.
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LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 5
QUESTÃO 05 
_ 20_ENEM_ESP_PM_L2_Q05
Cada vez son más frecuentes las historias de parejas 
que, evitando el gasto de dinero y energía en celebraciones 
pomposas, deciden casarse en una ceremonia privada.
Para ello suelen buscar un lugar paradisíaco donde 
sellar su amor. Entre esas opciones de ensueño, Puerto 
Rico se destaca. Este tipo de boda conocido como “elope” 
o “elopement” atrae incluso a figuras públicas.
La fotógrafa especializada en bodas de destino 
Marisol Pesquera, quien lleva unos tres años ejerciendo la 
profesión, describió a Puerto Rico como un destino ideal 
para este tipo de celebración.
Pesquera ha observado que “el cliente de elopement 
tiende a ser de entre los 27 a 35 años, son parejas jóvenes, 
profesionales pero que de repente no están tan interesados 
en lo que conlleva hacer una boda grande y prefieren 
escoger un location tropical, diferente a lo que ellos están 
acostumbrados en su país o estado, y casarse en privado y 
compartir con su pareja, celebrar esa unión y que eso sea 
el centro, ellos dos”.
ARGUINZONI, Aurora Rivera. Disponível em: <https://www.magacin.com>. 
Acesso em: 9 mar. 2020.
No texto sobre a tendência de parceiros que preferem se 
casar em cerimônias privadas, o perfil apresentado dos que 
optam por esse tipo de celebração é de casais
A famosos, que desejam algo simples para evitar a 
cobertura da imprensa.
B desprovidos de recursos financeiros, que buscam 
cerimônias de baixo custo.
C jovens, que gostam de lugares tropicais e não desejam 
uma cerimônia grandiosa.
D antissociais, que não gostam de conviver com outras 
pessoas além de seu consorte.
E porto-riquenhos, que podem desfrutar de cenários 
tropicais paradisíacos em seu próprio país.
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06 
_ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q14
DAHMER, André. Disponível em: <https://twitter.com/malvados>. Acessoem: 25 mar. 2020.
Na tirinha, que faz uma crítica relacionada à contradição 
entre o avanço tecnológico do século XXI e a manutenção 
de um ideologia associada ao século XIX, as personagens
A negam o desenvolvimento tecnológico.
B trabalham confinadas em espaços fechados.
C têm sua autonomia reforçada pela tecnologia.
D evidenciam a transformação das relações de trabalho.
E demonstram esperança de mudança no processo 
laboral.
QUESTÃO 07 
_ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q13
Descolonizada
Uma onça braba com olhar já me dizia
Eu hoje estou arredia!
Ansiedade
É tanto assunto
Uma agonia, mas podemos conversar
Eu sou sua mente
Prazer! Me olhe de frente!
A gente pode se entender 
Negociar um equilíbrio, um bom lugar
Eu sou sua mente!
Se aproxime, me olhe de frente!
Eu sei que emito uns rugidos de repente
É o meu desejo de gritar!
Não deixe que a corrida maluca da vida louca
Te jogue num precipício de emoções
Garota!
Não deixe que tentem te colonizar
Te converter, te doutrinar, te alienar
Eu quero voar
Escrever o meu enredo
Liberdade é não ter medo!
Eu não vou entrar nessa jaula
Eu não nasci pra ser adestrada
Me deixa correr no espaço
Deixa eu exibir a minha pele pintada
LUZ, Larissa. In: Território conquistado. Nzinga, 2016.
Na canção de Larissa Luz, o(a)
A colonização está relacionada a um processo de 
animalização do ser humano.
B uso da metalinguagem marca uma reflexão sobre a 
ansiedade diante de tanta informação.
C palavra “garota” no final da primeira estrofe indica que 
a letra é voltada para o público feminino.
D voz poética do primeiro verso é diferente da que se 
manifesta no restante do texto.
E título comprova que a letra da música se volta para o 
passado histórico do país.
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LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 6
QUESTÃO 08 
_ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q15
Romeu & Julieta
Concepção e Direção Geral: Gabriel Villela
Ao atualizar o sentido da maior história de amor da 
humanidade, Gabriel Villela e o Grupo Galpão transpõem 
a tragédia de dois jovens apaixonados para o contexto 
da cultura popular brasileira, evocada por elementos 
presentes no cenário, nos adereços, na música e na figura 
do narrador, que rege toda a peça com uma linguagem 
inspirada em Guimarães Rosa e no sertão mineiro.
“Romeu & Julieta: Sinopse”. Disponível em: <http://www.grupogalpao.com.br>. 
Acesso em: 18 mar. 2020.
O texto apresentado é uma sinopse, gênero textual no 
qual se destaca a função referencial da linguagem, que, no 
fragmento, caracteriza-se pelo(a)
A exortação ao leitor para que assista ao espetáculo.
B busca pela manutenção do contato com o leitor do 
texto.
C subjetividade com que se conta a história de dois 
jovens apaixonados.
D uso da terceira pessoa para transmitir uma informação 
de forma impessoal.
E importância da estrutura, do ritmo e da sonoridade na 
peça shakespeariana.
QUESTÃO 09 
_ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q09
Crítica: Parasita traz vibrante visão 
moderna da luta de classes
No Festival de Cannes, Parasita, de Bong Joon-ho, 
foi precedido por uma carta do próprio diretor sul-coreano, 
pedindo aos jornalistas que não revelassem o enredo do 
filme depois de um ponto específico. Foi o mesmo pedido 
feito pelos criadores do outro lançamento recente, Era uma 
vez em Hollywood, de Tarantino. Mas enquanto este filme é 
nostálgico por uma época de 50 anos atrás, Parasita é um 
ponto de vista moderno sobre a relação entre as classes 
econômicas de uma sociedade.
Os temas e as escolhas narrativas deste filme são 
similares a outro recente sucesso, Nós, de Jordan Peele. 
Dois cineastas trabalhando em culturas, línguas e países 
separados, eles sincronizaram seus filmes de maneiras que 
revelam como é necessário que populações e governos 
procurem soluções para a desigualdade entre classes. A 
descida da comédia para o confronto, como se verifica em 
ambos os filmes, assombra as mentes de cineastas de todo 
o mundo.
OLIVEIRA, Luiz. Disponível em: <https://www.metropoles.com>. 
Acesso em: 26 mar. 2020. (Adaptado)
A crítica cinematográfica apresenta a ideia de que o filme 
Parasita
A transita pela comédia para abordar questões sociais 
complexas, como a desigualdade.
B representa de modo inusitado o confronto entre a 
população sul-coreana e seu governo.
C está em sintonia com a produção hollywoodiana na sua 
abordagem nostálgica da história.
D atende ao anseio da indústria de cinema norte- 
-americana por explicitar a luta de classes.
E tem codireção de Jordan Peele, que dirigiu com Bong 
Joon-ho outro filme, intitulado Nós.
QUESTÃO 10 
_ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q09
A primeira tentativa de transformação sofrida na então 
habitual arte de interpretar aconteceu a partir de meados 
do século XIX, quando a escola realista francesa entrou 
como novidade nos nossos palcos. Imagens da realidade, 
personagens contemporâneas, discussões a respeito de 
questões sociais requeriam um tipo de falar bem longe do 
saborear das palavras e do estilo tonitruante tão caro aos 
atores românticos. Fazer com que o espectador estivesse 
“diante da vida como ela é” foi uma proclamação do 
naturalismo teatral.
Está claro que o estilo realista/naturalista de 
interpretação não fez com que a maioria dos nossos 
intérpretes do passado abandonasse de todo o hábito de 
“dizer bem”, preocupação primordial de muitos deles até os 
anos de 1940. O culto à fala não deixou de ser um perigo 
para os maus atores. “Diziam” sem dar muita importância 
ao significado mais profundo do que falavam. Entre os 
elementos que constituíam o atrativo e o encanto natural 
do espetáculo, destacava-se a “beleza literária da peça” e 
“a dicção, o canto e o encanto da voz humana”. Só depois 
desses fatores vinha o interesse despertado pela intriga e 
pelas situações.
VARGAS, Maria Thereza. “A modernização da arte do ator”. In: FARIA, João Roberto (Org.). 
História do teatro brasileiro: do Modernismo às tendências contemporâneas. vol. 2. 
Sâo Paulo: Perspectiva; Edições SESC, 2013. p. 96.
No conjunto do texto, “saborear das palavras”, “estilo 
tonitruante”, “hábito de ‘dizer bem’”, “culto à fala”, “‘a dicção, 
o canto e o encanto da voz humana’” correspondem a
A cacoetes interpretativos e expressivos diretamente 
associados à tradição romântica e melodramática, por 
meio dos quais se privilegiava o conteúdo do texto.
B métodos de atuação, de declamação e de expressão 
vocal que, embora superados, estimulavam a reflexão 
sobre o conteúdo social das novas peças.
C formas específicas de expressão vocal que diziam 
respeito a conteúdos menos afeitos ao debate de 
caráter social do teatro realista/naturalista.
D resultados híbridos e incipientes da tentativa de atores 
de ajustar os conteúdos da “vida como ela é” às novas 
formas de atuar e de enunciar.
E técnicas de atuação e de expressão vocal cujo propósito 
primordial era atrair a atenção do público para enredos 
e personagens.
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 14-08-2020 (17:37)
LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 7
QUESTÃO 11 
_ 20_ENEM_POR_HT_L1_Q9
Circuito fechado
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, 
creme dental. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, 
sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos. 
Mesa, cadeiras, xícara e pires. Pasta, carro. Mesa e 
poltrona, cadeira, papéis, telefone, agenda. Bandeja, 
xícara pequena. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, 
vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. 
Relógio. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, 
copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. 
Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, 
telefone, revista, copo de papel, telefone interno, externo, 
papel e caneta. Carro. Paletó, gravata. Mesa, cadeiras, 
pratos, talheres, copos, guardanapos. Televisor, poltrona. 
Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama,espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.
RAMOS, Ricardo. Circuito fechado. Rio de Janeiro: Record, 1978. (Adaptado)
Na narrativa que se apresenta, a passagem do tempo é 
indicada pelo(a)
A recorrência de certos vocábulos, a fim de fazer 
referência a uma rotina.
B uso de grafia incorreta, indicando ao leitor a velocidade 
com que o texto foi escrito.
C utilização de palavras associadas à liberdade, que 
se remetem ao desejo de escapar de determinada 
situação.
D presença de formas verbais diversas, demonstrando as 
ações realizadas pela personagem.
E ausência de critério na utilização de pontos-finais, 
vírgulas e ponto e vírgula.
QUESTÃO 12 
_ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q06
O surf é uma das várias modalidades que têm sido 
identificadas como esporte de aventura. Essa denominação 
é atribuída a um conjunto de práticas esportivas 
caracterizadas pela interação do praticante com a natureza, 
a valorização pessoal dos próprios desafios, a exigência 
de uma consciência dos riscos inerentes à prática e pela 
possibilidade de o praticante estar relativamente isento de 
regras rígidas de conduta, favorecendo a independência e 
a autonomia.
No que diz respeito ao conhecimento sobre os papéis 
que o treinador de surf pode assumir, predomina o de amigo. 
A necessidade de o treinador fazer com que o aprendiz 
confie em sua orientação, sobretudo por se tratar de uma 
prática em um ambiente instável, complexo, composto de 
muitos outros elementos vivos e naturais, implicando risco 
para ambos, exige que o treinador se torne um amigo 
porque ele acaba desenvolvendo um relacionamento 
de intimidade, de confiança com o aprendiz. Esse papel 
está associado às orientações que o treinador fornece ao 
principiante e que influenciam suas atitudes, escolhas, e 
até mesmo a incorporação de valores de vida, isto é, um 
tipo de compartilhamento do estilo de vida surf ou lifestyle.
BRASIL, V. et al. “Os conhecimentos de base para intervenção pedagógica do treinador de 
surf”. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. v. 31. n. 4, 2017. p. 807-17.
No texto, caracteriza-se o surfe como esporte de aventura e 
descreve-se o treinador como amigo. Considerando essas 
duas apresentações gerais, segundo o autor, a prática 
desse esporte
A anula as instabilidades e imprevisibilidades do ambiente 
em que ocorre por meio do exercício subjetivo da 
amizade.
B privilegia o exclusivismo e o culto da personalidade, 
uma vez que se baseia na valorização pessoal dos 
próprios desafios e em um lifestyle individualista.
C é indissociável de um repertório compartilhado 
afetivamente que inclui autoconhecimento, 
conhecimento do ambiente e absorção de um modo de 
vida específico.
D potencializa vínculos afetivos densos, como a amizade 
entre treinador e aprendiz, mas não sistematiza um 
conjunto de técnicas específicas para a prática do 
esporte.
E prescinde do preparo profissional do treinador, 
porque privilegia um saber não técnico, adquirido pela 
circulação no ambiente da natureza e nas interações 
sociais do mundo do surfe.
QUESTÃO 13 
_ 20_ENEM_POR_NB_L1_Q13
Disponível em: <https://portal.tjsc.jus.br>. Acesso em: 10 maio 2020.
O cartaz lido tem como principal finalidade
A denunciar crimes de violência contra crianças e 
adolescentes.
B inaugurar um canal de denúncias de crimes contra 
crianças e adolescentes.
C influenciar as pessoas a denunciarem crimes contra 
crianças e adolescentes.
D revelar a negligência de testemunhas de crimes contra 
crianças e adolescentes.
E criminalizar aqueles que se omitem diante de crimes 
contra crianças e adolescentes.
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LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 8
QUESTÃO 14 
_ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q04
Retomada
Tem uma indústria que quer fazer um condomínio para 
os ricos. Só que se esqueceram de que querem montar 
isso de frente às praias tupinambá, onde não tem morador. 
Só tem a praia e o mangue. Será que todo mundo estudou 
para ficar maluco? Com mangue não se mexe! Manguezal 
é o berço da natureza entre a terra e o mar! Para que tem 
cientista nesse país, se não serve para dizer que num 
berçário não se mexe?
Nunca estudei em uma universidade. Mas sei que, se 
você aterra um lugar de água, aquela água vai para outro 
lugar. Se você aterrar três quilômetros de mar aberto, 
você vai mudar até a corrente marítima daquela região 
e desorientar os peixes que passam ali, os golfinhos, as 
tartarugas.
As pessoas que se dizem inteligentes, que constroem o 
saber, que ensinam, que vão a Marte, que fabricam tudo o 
que é importante não sabem o básico. Sabem o final, mas 
desconhecem o começo. E aí é que está o problema.
Cacique Babau. "Retomada". Piseagrama, Belo Horizonte, n. 13, p. 98-105, 2019.
No texto, o cacique tupinambá Babau expressa suas 
percepções sobre a relação que a sociedade não indígena 
estabelece com a natureza. Em suas considerações, o 
cacique
A denuncia a ação deliberada da Ciência contra a 
preservação da natureza, objetivando o lucro.
B invalida a possibilidade de que a educação constitua 
ferramenta de combate ao desrespeito à natureza.
C expõe uma contradição entre o conhecimento 
tecnológico e a ignorância sobre o funcionamento da 
natureza.
D afirma que não é necessário frequentar uma 
universidade para ter conhecimentos científicos 
específicos.
E faz uma crítica à Ciência por ela se dedicar à construção 
de saberes muito complexos, como a investigação 
espacial.
QUESTÃO 15 
_ 20_ENEM_POR_MR_L3_Q07
Seiscentos e sessenta e seis
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em 
[casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…
Quando se vê, já é 6a-feira…
Quando se vê, passaram 60 anos!
Agora, é tarde demais para ser reprovado…
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre em frente…
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil 
[das horas.
QUINTANA, Mário. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005. p. 479.
No poema, para o eu lírico, a vida é
A didática; por isso, pode-se aprender a viver bem.
B repleta de atribulações; por isso, torna-se cansativa.
C divertida; por isso, é preciso gozar cada instante dela.
D fugaz; por isso, deve ser aproveitada sem postergação.
E calma; por isso, os seres têm a eternidade para 
desfrutá-la.
QUESTÃO 16 
_ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q14
Os comentários a respeito do nascimento do cinema nos 
fins do século passado e seu prodigioso desenvolvimento 
nos primórdios do nosso exageram o caráter da novidade. 
Sociólogos e psicólogos falam de necessidades novas 
por ele suscitadas, e estetas procuram configurá-lo em 
termos de arte intrinsecamente diferente das outras. Na 
realidade, um mínimo de reflexão é suficiente para indicar 
que, do ponto de vista sociológico, a revolução do cinema 
consistiu apenas em modificar as condições de produção 
do entretenimento. Num mundo em que a Revolução 
Industrial, pelo menos nos países mais adiantados, já 
tinha introduzido a fabricação em série e em larga escala 
dos bens materiais de consumo, continuava artesanal a 
produção das diversões, da arte popular e do folclore. O 
cinema significou a extensão da Revolução Industrial ao 
entretenimento, isto é, a fabricação em massa dos bens 
espirituais de consumo.
GOMES, Paulo Emílio Sales. “Formação de Georges Méliès”. O cinema no século. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 57-8.
No fragmento, apresenta-se um ponto de vista a respeito 
de interpretações sobre a origem do cinema. Para o autor 
do texto, essa forma de arte
A atualizava, no plano do entretenimento, o que já havia 
ocorrido na produção e no consumo, revolucionando a 
tradição artística.
B tinha caráter revolucionário do ponto de vista estético, 
mas ficava aquém das inovações já operadas no plano 
do trabalho e do consumo.
C se constituiu como fenômeno não original e não 
inovador, na medida em que sualinguagem já se 
manifestava na arte popular e no folclore.
D suscitava novas experiências psíquicas e sociais, daí 
seu caráter radicalmente inovador do ponto de vista 
estético e o surgimento de sua nova linguagem.
E era, no nascedouro, uma arte estética e radicalmente 
nova, que predispunha o público a novas necessidades 
de trabalho e de consumo.
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LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 9
QUESTÃO 17 
_ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q30
Eu tenho um ermo enorme dentro do olho. Por motivo 
do ermo não fui um menino peralta. E com esta senectez 
atual me voltou a criancês. Acho que o que faço agora 
é o que não pude fazer na infância. Faço outro tipo de 
peraltagem. Quando era criança eu deveria pular o muro do 
vizinho para catar goiaba. Mas não havia vizinho. Em vez 
de peraltagem eu fazia solidão. Brincava de fingir que pedra 
era lagarto. Que lata era navio. Eu tinha mais comunhão 
com as coisas do que comparação. Porque se a gente 
fala a partir de ser criança, a gente faz comunhão: de um 
orvalho e sua aranha, de uma tarde e suas garças. Então 
eu trago a visão comungante e oblíqua das coisas. Eu sei 
dizer sem pudor que o escuro me ilumina. É um paradoxo 
que ajuda a poesia. Eu tenho que essa visão oblíqua vem 
de eu ter sido criança em algum lugar perdido onde havia 
transfusão da natureza e comunhão com ela. Era o menino 
e os bichinhos. Era o menino e o sol. O menino e o rio.
BARROS, Manoel de. “Manoel por Manoel”. Meu quintal é maior que o mundo. 
Rio de Janeiro: Objetiva, 2015. p. 15. (Adaptado)
Para o autor do texto, a infância
A consistiu em uma experiência marcada pela solidão e 
pela integração do sujeito com as coisas, ressignificada, 
na maturidade, por meio da linguagem.
B se enraíza em aventuras marcadas por peraltices 
desviantes, as quais se caracterizam pela transgressão 
dos costumes, com a natureza como parceira.
C perde valor experiencial e simbólico quando comparada 
ao presente, porque nela não havia linguagem poética 
nem laços afetivos com pessoas e coisas.
D é descrita por meio da metáfora associada ao 
vocábulo “ermo”, que sintetiza uma experiência infantil 
despovoada e incoerente, preenchida por meio da 
poesia.
E se tornou algo que não deixou saudade, pela solidão e 
pela impossibilidade de desenvolver atividades típicas 
de criança, como a peraltice de roubar frutas do vizinho 
e desfrutar da natureza.
QUESTÃO 18 
_ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q10
Antônio João da Silva tinha uma letra bonita e sabia 
soletrar alguma coisa. Dava trabalho ler. Juntar letra por 
letra e no final a palavra. Depois juntar palavra por palavra.
Antônio João da Silva – Totó – apelido de cachorro, não 
fazia mal, cachorro é amigo de homem. Um dia, ele, depois 
de juntar as letras e as palavras, leu isto:
Mais vale um cachorro amigo do que um amigo 
cachorro.
Não entendeu de prontidão o que queria dizer. Juntou 
novamente as letras, em seguida as palavras, e quase deu 
um grito de alegria. É mesmo, mais valia ser cachorro e 
amigo do dono, do que ser homem e nunca ser amigo.
Quando menino, foi chamado de Totó. Por que Totó 
e não Totonho ou Tonico ou até mesmo Joãozinho? Já 
homem, Sô Totó, agora velho, Tio Totó. Era tio de seus 
sobrinhos e dos sobrinhos dos outros.
EVARISTO, Conceição. Becos da memória. Rio de Janeiro: Pallas, 2017.
Conceição Evaristo apresenta recorrentemente a história 
de personagens negras e socialmente marginalizadas. No 
excerto transcrito, o(a)
A repetição do nome completo da personagem marca a 
sua humanidade.
B pergunta sobre outros possíveis apelidos revela que 
não se trata de um narrador onisciente.
C universo interior da personagem se assemelha ao de 
um cão, o que se revela por meio de seu apelido.
D apelido era uma marca da infância da personagem, 
que o abandonou para assumir seu nome verdadeiro.
E experiência de leitura da personagem é um indicativo 
de sua incapacidade de se comunicar e de entender o 
mundo.
QUESTÃO 19 
_ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q29
De onde o escritor tira suas ideias? A alternativa 
óbvia é considerar que a origem das histórias se dá na 
experiência pessoal ou na própria literatura.
No meu caso, foram fundamentais as revistas em 
quadrinhos seriadas do tipo “to be continued” (“continua”). 
Quando eu as encontrava, as aventuras já estavam 
iniciadas em números anteriores, assim como o desfecho 
só se daria nos volumes seguintes, aos quais eu não tinha 
acesso. Sem os capítulos anteriores e seguintes, eu não 
conhecia o início e o final das aventuras. Só me restava 
imaginá-los.
A leitura nada tem de passiva, isso deveria ser claro, 
mas não costuma ser. Se metade do trabalho corresponde 
ao autor, ao leitor não sobra menos do que a outra metade. 
A originalidade surge nos interstícios de dados variáveis, 
brotando como erva daninha e se multiplicando a partir 
daquilo que não se conhece, pois à mente só resta inventar.
TERRON, Joca Reiners. “Continua na próxima semana”. 
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 28 abr. 2020.
De acordo com o que se apresenta no texto, para o autor, a 
impossibilidade de acompanhar as histórias em quadrinhos 
desde o início até o desfecho
A teve importância fundamental no desenvolvimento 
de sua criatividade, apesar de constituir um aspecto 
prejudicial à sua formação de escritor.
B consiste em uma experiência pessoal que não teve 
implicações diretas na sua produção literária, devido 
à displicência com que ele desfrutava dessas leituras.
C lhe permitiu desenvolver a imaginação, sob a ressalva 
de que é a criatividade do autor que dita os rumos das 
narrativas e orienta o desfrute da experiência da leitura.
D lhe possibilitou concluir que a criatividade dos 
leitores é tão importante quanto a dos autores e que 
a originalidade inventiva emerge das lacunas entre 
dados distintos.
E é representada, no texto, por meio da comparação final 
com a erva daninha, na qual é avaliada desfavoravelmente, 
apesar de ter contribuído na formação do autor.
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LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 10
QUESTÃO 20 
_ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q06
TEXTO I
Sujeito de sorte
Presentemente eu posso me considerar um sujeito de 
[sorte
Porque, apesar de muito moço, me sinto são e salvo 
[e forte [...]
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro
Belchior. “Sujeito de sorte”. In: Alucinação. Polygram, 1976.
TEXTO II
AmarElo
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Elas são coadjuvantes,
Não, melhor, figurantes, que nem devia tá aqui
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Tanta dor rouba nossa voz, sabe o que resta de nós?
Alvos passeando por aí
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Se isso é sobre vivência, me resumir à sobrevivência
É roubar o pouco de bom que vivi
Por fim, permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Achar que me definem é o pior dos crimes
É dar o troféu pro nosso algoz e fazer nós sumir
Emicida. “AmarElo”. In: AmarElo. Laboratório Fantasma, 2019.
A percepção da intertextualidade entre as canções de 
Belchior e de Emicida evidencia tanto elementos comuns 
aos textos como aspectos divergentes entre ambos. 
Levando isso em consideração, o
A Texto II apresenta linguagem conotativa, e o Texto I 
não.
B Texto I expressa tom otimista, e o Texto II expressa tom 
pessimista.
C Texto I e o Texto II configuram atestados de que a luta 
pela sobrevivência é vã.
D Texto I expõe a experiência de uma coletividade, e o 
Texto II expõe a experiência de um indivíduo.
E Texto II reflete sobre o modo de atuação da figura 
opressora que age contra o eu lírico, eo Texto I não.
QUESTÃO 21 
_ 20_ENEM_POR_MR_L3_Q02
Para que a Declaração de Regularidade da Situação 
do Contribuinte Individual seja emitida, é necessário que 
o cadastro do cidadão esteja devidamente atualizado. O 
sistema também verifica o seguinte requisito:
Se o cidadão não possuir contribuições como 
contribuinte individual, mas exerce concomitantemente 
atividade como empregado, empregado doméstico ou 
trabalhador avulso, com registro de remuneração igual 
ou acima do limite máximo do salário de contribuição na 
outra atividade, deverão haver registros de recolhimentos 
em número de competências igual ou superior ao mínimo 
exigido nos itens anteriores.
Disponível em: <https://www.inss.gov.br>. Acesso em: 23 mar. 2020.
No fragmento, a palavra “concomitantemente”, em 
destaque, caracteriza a ideia de
A simultaneidade.
B confirmação.
C intensidade.
D oposição.
E negação.
QUESTÃO 22 
_ 20_ENEM_POR_MB_L1_Q16
Disponível em: <https://abraccine.org>. Acesso em: 23 mar. 2020.
Na peça publicitária, os recursos visuais e o enunciado 
“Vários sotaques. Uma só língua.” estabelecem uma 
relação de
A exemplificação, pois cada um dos indivíduos 
apresentado no plano visual remete a uma região do 
país.
B complementaridade, devido à impossibilidade de 
compreensão do texto verbal sem a mediação do texto 
não verbal.
C analogia, pois a Kombi, veículo icônico da memória 
coletiva do Brasil, alude, no plano verbal, à ideia de 
“vários sotaques”.
D ironia, visto que a premissa expressa pela declaração de 
que existe uma só língua não encontra correspondência 
no plano visual.
E convergência de sentido, pois ambos exploram a ideia 
de que a cultura brasileira é múltipla e diversificada, 
sem que, entretanto, haja uma perda de unidade.
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QUESTÃO 23 
_ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q05
COUTINHO, Laerte. Disponível em: <https://twitter.com>. 
Acesso em: 24 mar. 2020. (Adaptado)
A poeta Hilda Hilst é um dos principais nomes da literatura 
brasileira contemporânea. Quanto às funções da linguagem, 
levando em conta a interação que seus versos mantêm 
com os quadrinhos de Laerte, o(a)
A tirinha ressalta a função referencial do texto, 
modificando o sentido dos elementos verbais.
B texto não verbal e a linguagem conotativa expõem a 
função conativa dos versos de Hilda Hilst.
C diálogo entre as linguagens artísticas ressalta a função 
apelativa expressa nos quatro primeiros quadrinhos.
D transformação da mulher em um animal selvagem está 
relacionada à abordagem metalinguística do poema.
E cabeça de tigre que a personagem da tira revela e 
o diálogo literário com o desejo destacam a função 
emotiva.
QUESTÃO 24 
_ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q26
“O que há de mais profundo no homem é a pele” – 
a se concluir das palavras de Paul Valéry, todo tipo de 
inscrição estampada na superfície dos corpos deveria ser 
objeto de atenção. A começar pelas tatuagens, que nada 
teriam de superficial. Ao contrário, elas ostentariam a rara 
capacidade de condensar, em fórmulas singelas, algumas 
das mais candentes inquietações humanas.
Como, porém, atribuir tal profundidade a toscas 
inscrições de nomes próprios ou a repetidas figuras 
marinhas que se oferecem como matrizes do imaginário 
tradicional da tatuagem?
As tatuagens mais grosseiras constituem material de 
riqueza simbólica para a elaboração das vivências corporais, 
não raro ocultas pelas representações idealizadas da 
figura humana. Não surpreende que tais aspectos ganhem 
evidência nos corpos de homens e mulheres que, vivendo 
à margem do tecido social, estiveram mais distantes da 
norma e menos comprometidos com as supostas imagens 
ideais da forma humana. Mais que evidências, essas 
inscrições são, elas mesmas, singelas interpretações da 
experiência de ter um corpo singular e contraditório.
MORAES, Eliane Robert. “Corações de mãe, sereias e serpentes”. 
Revista Quatro Cinco Um, n. 20, dez. 2019/jan. 2020. p. 24-5. (Adaptado)
Para a autora, o caráter tosco das tatuagens tradicionais
A invalida o paradoxo de Paul Valéry, porque não contém 
mais do que a superficialidade da experiência estética 
de sujeitos sociais marginalizados.
B sintetiza a riqueza das experiências vividas pelos 
tatuados, que, graças às inscrições na pele, se 
deslocam da marginalidade para o núcleo da moda.
C reafirma, no corpo dos tatuados, a submissão às 
modas e aos ideais de beleza, cujas contradições 
desaparecem na superficialidade da pele.
D inscreve simbólica e concretamente na pele das 
pessoas tatuadas a vivência de não corresponder aos 
modelos ideais de corpo.
E redunda em aceitação social, pois inscreve 
definitivamente no corpo do tatuado a natureza 
marginal de sua experiência.
QUESTÃO 25 
_ 20_ENEM_POR_CE_L3_Q05
— Não posso falar muito, mãe. Como se faz café?
— Com água, com... Mas onde é que você está, Duda?
— Estou trabalhando de “au pair” num apartamento. Ih, 
não posso falar mais. Estão chegando. Tchau!
O pai quis saber detalhes. Onde ela estava morando?
— Falou alguma coisa sobre “opér”.
— Deve ser “operá”. O francês dela não melhorou...
Dias depois, outra ligação. Apressada como a primeira. 
A Duda queria saber como se mudava fralda. Por um 
momento, a mãe teve um pensamento louco. A Duda teve 
um filho de um francês! Não, que bobagem, não dava 
tempo. Por que você quer saber, minha filha?
— Rápido, mãe. A criança tá borrada!
VERISSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. 
Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. (Adaptado)
Nesse excerto da crônica de Luis Fernando Verissimo, 
depreende-se a progressão temporal por meio da
A atribuição de diferentes tempos verbais às ações da 
menina.
B alternância entre as perguntas dos pais e as respostas 
da filha.
C discussão entre os pais sobre o que poderia ter 
acontecido à filha.
D presença de conectivos marcando a duração e a 
sequência dos eventos.
E sucessão de falas e da inserção de referência temporal 
no discurso do narrador.
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LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 12
QUESTÃO 26 
_ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q12
Hoje vi um quadro
Hoje vi um quadro numa padaria aqui perto
parecia feito por uma mulher que estava em casa e que
algum dia fez um curso de pintura ou quem sabe
era enfermeira e pintava como hobby.
era uma imagem de um pátio colonial
o piso xadrez
vários vasos com arbustos
e um poço.
A pintura era extremamente tosca
mas me comoveu porque me reconheci nela
senti que meus poemas – este por exemplo – 
eram seu equivalente.
O fato de estar numa padaria
também me fez pensar
que meus poemas eram como biscoitinhos
de canela mal-assados,
uns biscoitinhos que uma mulher
que não sabe nada de cozinha
decide fazer num domingo à tarde
quando não tem que ir trabalhar.
PAVÓN, Cecilia. Discoteca selvagem. Jabuticaba, 2019.
No poema, ao apresentar elementos relacionados à vida 
cotidiana, o(a)
A escrita se apresenta como atividade elitista.
B padaria é uma metáfora do confinamento doméstico.
C eu lírico se identifica com o trabalho de outras mulheres.
D crítica ao próprio fazer poético desencadeia efeito de 
humor.
E quadro representa o colonialismo europeu em seu 
apreço formal.
QUESTÃO 27 
_ 20_ENEM_POR_NB_L5_Q01
Etimologia
No suor do rosto
o gosto
do nosso pão diário
sal: salário
PAES, José Paulo; PAIXÃO, Fernando (Org.). O melhor poeta da minha rua. 
São Paulo: Ática, 2008. 
No poema de José Paulo Paes, o título e o texto estabelecem 
entre si uma relação 
A contraditória, pois o termo que constitui o título se 
refere ao estudo da origem das palavras. 
B aleatória, já que o sentido do poema não tem base na 
conexão entre título e versos.
C semântica, uma vez que o poema se refere à origem dosustento do trabalhador.
D persuasiva, porque se convida o leitor a descobrir o 
significado das palavras do poema.
E de antecipação temática, pois o título indica que o 
poema tratará da origem da palavra “sal”.
QUESTÃO 28 
_ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q12
Procuro traçar uma interpretação da arte brasileira. Não 
é apenas por petição de princípio que evito a sobreposição 
de um esquema teórico aos trabalhos individuais. Acontece 
que mesmo os raciocínios mais abrangentes que orientam 
meu estudo nasceram de um corpo a corpo com as obras 
analisadas, e talvez o esforço de sistematização decorra 
fundamentalmente da necessidade de estabelecer 
relações que melhorem a compreensão e ampliem o 
significado da nossa produção, livrando-nos de uma 
proximidade sufocante. Beneficiei-me de análises que, 
principalmente nos últimos quarenta anos, têm ampliado o 
entendimento da produção plástica no Brasil. E as próprias 
obras vêm ajudando nessa tarefa, na medida em que, 
progressivamente, revelam filiações e cruzamentos que 
até então escapavam à análise. O adensamento de um 
meio artístico parece conduzir inevitavelmente a uma certa 
reflexividade, que acentua os vínculos das obras com a 
tradição.
Nossa produção, até meados da década de 1970 
– talvez com exceção do barroco mineiro –, foi irregular 
e esparsa, dificultando a constituição de um meio mais 
rigoroso e enriquecedor. Todos que lidam com as artes 
plásticas nacionais já experimentaram a sensação de 
trabalhar com um material incerto, que parece pôr em 
dúvida sua própria existência. Talvez nenhuma outra área 
artística brasileira tenha menor penetração pública.
NAVES, Rodrigo. A forma difícil: ensaios sobre a arte brasileira. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 15-6. (Adaptado)
As observações iniciais da obra A forma difícil, 
apresentadas no fragmento, partem do pressuposto de 
que
A o adensamento do ambiente artístico se dá por meio 
do corpo a corpo do crítico com as obras de arte por 
ele analisadas.
B as próprias obras de arte podem servir de guia para a 
análise e o método da crítica, dispensando o repertório 
interpretativo do passado.
C a irregularidade da produção artística brasileira se 
inscreve nas próprias obras de arte, de modo que 
dificulta a sistematização e a análise.
D a apresentação de esquemas teóricos anteriores à 
análise de obras específicas é o método mais adequado 
a ambientes artísticos menos densos.
E a reflexividade do meio artístico brasileiro se adensou 
a partir de 1970, privilegiando esquemas teóricos em 
detrimento da análise de obras específicas.
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LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 13
QUESTÃO 29 
_ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q18
Disponível em: <http://www.benoliveira.com>. Acesso em: 12 mar. 2020. (Adaptado)
O infográfico apresentado leva à conclusão de que o alívio 
do estresse por meio da leitura
A implica processos de alienação política e ideológica do 
leitor.
B pressupõe um hábito de leitura que ganhe progressão 
no tempo.
C ocorre devido à interação da inventividade do autor 
com a criatividade do leitor.
D está correlacionado ao tipo de livro escolhido, cuja 
temática pode causar sofrimento.
E está diretamente associado à interação dessa atividade 
com outras de mesmo efeito.
QUESTÃO 30 
_ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q22
TEXTO I
Em Caipira picando fumo, a sombra aumenta, por 
contraste, a força do sol. E fica difícil não pensar em 
Mulheres no jardim (1866-7), de Manet, no qual também foi 
usado esse recurso.
O que importa é o contraste entre a aridez do ambiente 
e a relativa serenidade do caboclo. Se a atitude absorta do 
caipira o livra em parte do castigo do sol, isso ocorre por 
renúncia em lugar de uma atividade que submeta a natureza 
a desígnios humanos. O sol é o grande personagem. O que 
domina o quadro é a exterioridade majestosa da luz e do 
calor que parecem apenas tolerar a presença daquilo que 
ainda não foi reduzido a eles.
Para os impressionistas, a luz era o elemento 
evidenciador de que o olhar adquirira um novo estatuto 
diante da realidade. Ele não mais espelhava o mundo, 
dando como aceita a sua feição. Ele agia sobre as coisas. 
No mundo de Almeida Júnior, essa desenvoltura era 
impensável. O meio brasileiro social e tecnologicamente 
atrasado não permitia que a luz tornasse a vida e a 
realidade mais porosas e plásticas.
NAVES, Rodrigo. “Almeida Júnior: o sol no meio do caminho”. A forma difícil: ensaios sobre 
arte brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. (Adaptado) 
TEXTO II
Almeida Júnior, Caipira picando fumo, 1893, óleo sobre tela, 202 cm × 141 cm, 
Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo.
O Texto I, que é uma análise sobre o Texto II, evidencia 
que, a respeito das influências impressionistas na obra de 
Almeida Júnior,
A os artistas do Impressionismo usavam recursos 
similares aos utilizados pelo pintor para representar a 
opressão do clima europeu sobre as personagens.
B o pintor revela, em sua tela, a impermeabilidade do 
meio brasileiro à ação do olhar dos impressionistas, 
embora use recurso similar ao de Manet.
C a serenidade do caboclo contrasta com a aridez 
abrasiva do ambiente em que se insere, de modo a 
encenar o enfrentamento ostensivo do homem contra 
o meio.
D o sol é a grande personagem do quadro devido à 
adesão do pintor ao Impressionismo, no qual a luz do 
sol representa a capacidade humana de resistência ao 
meio.
E a resignação do caboclo é expressão simbólica da 
capacidade do artista brasileiro de não se submeter às 
modas da pintura europeia, representadas pela força 
do sol.
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LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 14
QUESTÃO 31 
_ 20_ENEM_POR_MR_L3_Q04
WATTERSON, Bill. Calvin e Haroldo.
Nos três primeiros quadrinhos da tira, o menino Calvin 
utiliza um discurso em terceira pessoa para
A evitar se tornar um inseto humano para sempre.
B constatar se sua carta seria lida por um familiar.
C adotar característica de narrador em seu enredo.
D conseguir se transformar em um inseto humano.
E mostrar que ele não usou a máquina de escrever.
QUESTÃO 32 
_ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q01
O discurso de medo na sessão 
do Senado que aprovou a abolição
“Enfim senhores, decreta-se que neste país não há 
propriedade, que tudo pode ser destruído por meio de uma 
lei!”. Com estas palavras inflamadas, o barão de Cotegipe, 
líder da bancada escravagista no Senado, criticou a 
Lei Áurea em 12 de maio de 1888, às vésperas de sua 
aprovação. O parlamentar baiano aproveitou a sessão 
que discutia a abolição para lançar mão de um discurso 
de medo, associando a libertação dos escravizados a uma 
temida reforma agrária. “Sabeis quais as consequências? 
Daqui a pouco se pedirá a divisão das terras, seja de 
graça ou por preço mínimo, e o Estado poderá decretar a 
expropriação sem indenização!”.
À época a causa abolicionista contava com grande apoio 
em diversos setores urbanos da sociedade – inclusive por 
parte da princesa Isabel. Isso não impediu que um grupo 
de parlamentares ligados ao agronegócio sustentado pela 
mão de obra escrava tentasse barrar o texto.
Alguns deputados abolicionistas cometeram erros 
ao traçar um panorama do que viria com o fim do regime 
escravocrata. Manoel Francisco Correia, do Paraná, tentou 
prever o que aconteceria. Suas palavras, vistas à luz da 
situação de racismo e violência que o negro ainda sofre, 
não poderiam soar mais equivocadas: “A escravidão será 
em poucos anos apenas uma sombra no passado, sem 
perturbar as alegrias do futuro”.
ALESSO, Gil. El País, 21 nov. 2019. Disponível em: <https://brasil.elpais.com>. 
Acesso em: 24 mar. 2020.
No texto, que aborda o debate acerca da Lei Áurea, 
evidencia-se que o(a)
A reforma agrária eo fim da escravidão eram medidas 
previstas por essa lei, porém apenas a última foi 
aprovada.
B discurso do parlamentar antiabolicionista equipara a 
escravidão à propriedade privada, usando o medo 
como estratégia.
C aprovação dessa lei não foi um consenso, sendo 
dificultada, inclusive, por erros cometidos por alguns 
deputados abolicionistas.
D discurso de medo em relação à abolição da escravidão 
foi construído com base na ideia de que o Estado iria à 
falência sem a mão de obra escrava.
E totalidade das autoridades e dos setores mais abastados 
da sociedade brasileira eram contra a abolição da 
escravidão, como comprova a fala do senador baiano.
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LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 15
QUESTÃO 33 
_ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q07
Em vez do chuveirinho, ou da troca de passes, o 
futebol brasileiro se caracterizou pela estratégia do drible, 
corporificada em sua potência mais ampla por Mané 
Garrincha. O drible consiste na tentativa de burlar o inimigo 
pelo deslocamento do corpo/bola para o espaço vazio.
Ao subverter a norma da marcação e propor o ritmo 
quebrado, necessariamente inusitado, capaz de deslocar 
o jogo para a brecha, Garrincha abre o campo, amplia o 
horizonte de possibilidades que podem levar ao gol.
Surpreendentemente, entretanto, era comum também 
que Garrincha interrompesse a marcha em direção ao 
gol para retornar ao ponto de origem da jogada: o drible. 
Exasperados com o que aparentemente seria falta de 
objetividade do craque, alguns técnicos e comentaristas 
acusavam Mané de preferir, ao gol, a finta. E era isso 
mesmo. Garrincha era senhor do tempo da partida.
Garrinchar o pensamento é subverter a lógica do 
jogo e entender que o processo – drible – pode ser mais 
importante que o objetivo final: gol. Arriscar o deslocamento 
para o vazio, fugir da previsibilidade, chamar o marcador 
para a roda, entender o que o corpo pede, transitar entre o 
atleta e o dançarino, refazer a jogada, produzir o espanto, 
gargalhar na cara do zagueiro, sincopar o tempo para 
encontrar, no próprio tempo, o ritmo adequado: é do jogo.
SIMAS, Luiz Antonio. “Drible e flecha de fulni-ô”. Revista Cult. ed. 254, fev. 2020, p. 33-4.
Para o autor do texto, além de ser uma estratégia 
futebolística que se manifesta por meio da expressão 
corporal, o drible
A metaforiza o processo de “garrinchar o pensamento”, 
que consiste na utilização do drible para alcançar o gol.
B tem sua força simbólica e seu potencial filosófico 
limitados tecnicamente pela marcação tradicional e 
pelas imposições do cronômetro.
C rompe a linearidade previsível do andamento do jogo, 
suscitando suspeitar da própria lógica organizadora da 
partida tradicional.
D ressignifica a partida de futebol, renovando-a com base 
em uma lógica que lhe é alheia, na qual não importa o 
gol, mas o exibicionismo do craque.
E viola as melhores práticas de fair play, de modo que 
sintetiza a depreciação do futebol brasileiro no contexto 
mundial, embora não fira as regras oficiais.
QUESTÃO 34 
_ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q33
Os Vanuatu acabam de ser considerados o povo mais 
feliz da Terra. Vivem do que colhem, não depredam o 
meio ambiente, não têm telefone. Quem garante que são 
felizes é uma ONG que, para chegar à conclusão, levou em 
conta apenas três fatores: expectativa de vida, bem-estar 
e extensão dos danos ambientais causados – o segundo 
deles subjetivo. Segundo a pesquisa, os Vanuatu seriam 
felizes porque, não conhecendo outras culturas, o que têm 
lhes parece suficiente. A ideia de que a felicidade é um bem 
a ser conquistado soaria para eles como alucinação.
Bertrand Russel diz que a felicidade está na integração 
e na coordenação entre o ser e a sociedade: “O homem 
feliz é aquele cuja personalidade não está nem dividida 
contra si mesmo, nem voltada contra o mundo. Tal homem 
se sente cidadão do universo”. Ser cidadão do universo 
talvez não esteja nas cogitações dos Vanuatu. Mas o mais 
provável é que sejam tão assustados, inseguros, sofridos 
quanto qualquer grupo humano. Apenas, quando à noite 
olham as estrelas e têm vontade de chorar, não chamam 
a isso tristeza.
COLASANTI, Marina. “Os mais felizes deste latifúndio”. Melhores crônicas. 
São Paulo: Global, 2016. p. 207-8. (Adaptado)
Levando em consideração a avaliação da autora a respeito 
dos critérios de felicidade da ONG e de Bertrand Russel, 
os Vanuatu
A se reconhecem mais felizes do que as sociedades que 
os chamam de primitivos, porque eles vivem a perfeita 
felicidade proposta nos termos de Bertrand Russel.
B desconhecem o conceito de felicidade devido ao 
primitivismo de sua cultura, aquém da faculdade de 
formular conceitos ou de experimentar as sensações 
de alegria ou tristeza.
C gozam do desconhecimento de conceitos e realidades 
que acabariam por torná-los menos felizes, no entanto 
não são mais felizes ou infelizes do que qualquer outro 
povo do mundo.
D acreditam que a felicidade deva ser conquistada por 
meio da preservação do meio ambiente, o que não 
corresponde ao modelo de felicidade das sociedades 
que os consideram primitivos.
E são, de fato, infelizes, devido à sua incapacidade 
de buscarem a felicidade, de formularem conceitos 
abstratos e de se tornarem cidadãos do mundo, 
integrados a si mesmos e à sociedade.
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LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 16
O Texto I é um fragmento do romance romântico A viuvinha, 
de José Alencar, e o Texto II é um fragmento do romance 
realista Dom Casmurro, de Machado de Assis. Quanto ao 
modo como se apresentam as personagens femininas nos 
trechos, a representação da mulher
A revela o pensamento feminino como aspecto 
invariavelmente imprevisível e complexo.
B é feita de forma caricatural, reforçando estereótipos 
desenvolvidos sob a perspectiva feminina.
C demonstra traços estéticos específicos dos autores, 
que rejeitam influências do contexto histórico e cultural.
D descreve traços físicos, porém não se preocupa 
em abranger aspectos psicológicos e emocionais 
femininos.
E traduz as características de estéticas literárias 
diferentes, apesar de ser filtrada pela subjetividade dos 
autores.
QUESTÃO 37 
_ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q10
No dorso fugidio da nuca – que se desdobra –
os aromas dos cheiros de tudo.
Das fragrâncias e ausências
das linguagens do que não tem fim
e dos sentidos.
Nas percepções dos atos
no ventre do epitélio
no muco e nos cílios da vida
o – quase – eterno.
– das perenidades –
Bulbo de mantras
versados por impulsos.
Dos estímulos, das provocações
dos viciantes sinais do cheiro
no dorso fugidio da nuca.
SCORTECCI, João. Dos cheiros de tudo: memórias do olfato. São Paulo: Scortecci, 2019.
No poema transcrito, as impressões olfativas que o eu lírico 
tem do mundo são arranjadas de maneira tal que
A a solidez insistente do mundo externo suplante a 
fugacidade viciosa dos sentidos.
B os estímulos rebaixados se decantem e o poema se 
refira apenas a cheiros agradáveis.
C os impulsos passageiros dos sentidos transcendam e 
ganhem formas espirituais elevadas.
D os órgãos do corpo sirvam de receptores de uma 
dinâmica alternada entre efêmero e contínuo.
E as ações refletidas e acabadas com base na percepção 
sensorial predominem sobre o contingente.
QUESTÃO 35 
_ 20_ENEM_POR_NB_L1_Q27
Poema de desintoxicação
Em densas noites
com medo de tudo:
de um anjo que é cego
de um anjo que é mudo.
Raízes de árvores
Enlaçam-me os sonhos
No ar sem aves
vagando tristonhos.
Eu penso o poema
da face sonhada,
metade de flor
metade apagada.
O poema inquieta
o papel e a sala.
Ante a face sonhada
o vazio se cala.
Ó face sonhada
de um silêncio de lua,
na noite da lâmpada
pressiono a tua.
Ó nascidas manhãs
que uma fada vai rindo,sou o vulto longínquo
de um homem dormindo.
MELO NETO, João Cabral de. Poesia completa e prosa. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. p. 55.
O eu lírico do metapoema de João Cabral de Melo Neto
A se expressa em uma estrutura que evidencia 
afastamento do rigor poético.
B sugere que o poema é uma arte que se realiza somente 
nos sonhos do poeta.
C expressa o que sente sobre o fazer poético ilustrando o 
momento de criação da poesia.
D se concentra em imagens concretas e táteis para 
explicar o processo da criação poética.
E considera que os elementos da natureza são matéria- 
-prima indispensável à criação do texto.
QUESTÃO 36 
_ 20_ENEM_POR_NB_L2_Q07
TEXTO I
Nesse momento viu ajoelhada ao pé da grade que 
separa a capela, uma menina de quinze anos, quando 
muito: o perfil suave e delicado, os longos cílios que 
vendavam seus olhos negros e brilhantes, as tranças que 
realçavam a sua fronte pura, o impressionaram. Começou 
a contemplar aquela menina como se fosse uma santa [...]
ALENCAR, José de. A viuvinha.
TEXTO II
Capitu, apesar daqueles olhos que o Diabo lhe deu... 
Você já reparou nos olhos dela? São assim de cigana 
oblíqua e dissimulada. Pois, apesar deles, poderia passar, 
se não fosse a vaidade e a adulação. Oh! a adulação!
ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. 
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LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 17
QUESTÃO 38 
_ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q11
Entrevista: Miriam Alves
A literatura teria poder de cura, de resistência?
Sim, a literatura também é lugar de sonhar com 
possibilidades. Não só a cartografia da dor ou do racismo 
que agora ganha mais visibilidade. Para a literatura que 
escrevo, é hora de traçar caminhos para resgatar dignidade 
por meio da construção de memória.
Vê-se, hoje, a presença de escritoras negras em 
evidência. Quais seriam as possíveis estratégias para 
que essa prática não seja apenas fruto de um modismo?
Sinceramente, eu quero é mais. Para escrever de 
forma não excludente, podemos ter muitas escritoras, como 
temáticas e formas de escrita. Só o tempo dirá sobre a 
venalidade. Quero tantos livros e autoras e autores negros 
como têm nas livrarias os autores brancos. 
Como você avalia a representação dos brancos nas 
obras de autores negros?
Não tem muita. Um dos autores negros que 
representou pessoas brancas, que foi branqueado e agora 
é redescoberto como autor negro, foi Machado de Assis, 
que enfocou e ironizou comportamentos da sociedade 
branca da época. Na literatura negra que estamos fazendo, 
esse não é o enfoque. O enfoque é da personagem negra. 
No entanto, gosto de desafios e acredito que faço literatura 
negra mesmo tratando de personagens brancos. Recebi 
um comentário de uma leitora dizendo que havia achado 
interessante falar do escravocrata e do período escravista 
sem colocar personagens negras em supliciamento.
“Entrevista: Miriam Alves”. Suplemento Pernambuco, 14 out. 2019. 
Disponível em: <http://suplementopernambuco.com.br>. 
Acesso em: 24 mar. 2020. (Adaptado)
Na entrevista de Miriam Alves, ao expressar sua percepção 
sobre a literatura de autoria negra, a escritora
A evidencia a existência de um modismo hoje sobre a 
imagem das mulheres negras.
B sugere que a literatura tem abordado apenas a dor do 
racismo e a memória da escravidão.
C evita apresentar personagens brancas em sua obra, 
diferentemente de Machado de Assis.
D admite que a visão do autor negro sobre personagens 
brancas ainda é incomum no Brasil.
E acredita que o número de autores negros nas livrarias 
tem se equiparado ao de autores brancos.
QUESTÃO 39 
_ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q01
Nada além
Uma palavra quente rente à boca
Alguma roupa rota ou assinada
Nada além de esconderijo
Tudo bem
Muito além de tudo isso
Tudo sem
Nem pudor, nem compromisso
Anseios temperados com receios
Paranoias e outras dúvidas
Ter que acordar
Sorrir
Cumprir
Cumprimentar
Admitir
Fingir
Dançar, dançar, dançar...
No infinitivo perpétuo
De 24 lentas horas
de 24 horas
Nosso pequeno moderno mundo pequeno moderno
Nada doce, nada eterno
Uma infinidade de termos
Para sermos iguais
Nada além do que satisfaz.
SOARES, Diogo et al. “Nada além”. Intérprete: Los Porongas. 
 In: Los Porongas. Brasília: Senhor F Discos, 2007.
Na canção “Nada além”, da banda de rock acriana Los 
Porongas, por meio da escolha dos vocábulos em destaque, 
o eu lírico
A abona pequenos esconderijos subjetivos, por meio dos 
quais é possível sobreviver.
B deprecia as pequenas tristezas e satisfações do 
cotidiano, valorizando o mundo moderno.
C reconfigura as inquietações modernas, oferecendo 
saída redentora por meio da repetição.
D vincula a felicidade à reiteração, à revelia do discurso 
dominante do trabalho e dos costumes.
E inscreve na letra a perpetuidade impessoal das práticas 
sociais dominantes, que igualam sujeitos.
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LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 18
QUESTÃO 40 
_ 20_ENEM_POR_CE_L2_Q09
Aos 50 anos, internet ainda precisa 
ser levada a mais brasileiros
Conforme dados da pesquisa TIC Domicílios 2018, 
elaborada pelo Centro Regional de Estudos para o 
Desenvolvimento da Sociedade da Informação, em 2018, 
70% dos brasileiros estavam conectados à internet. Dez 
anos antes, o índice estava em 34%, e a média mundial 
em 48,5%.
Contudo, a participação é muito desigual. No tocante 
à renda, enquanto o percentual nas classes A e B é de 
92%, nas classes D e E, fica em 48%. A penetração da 
rede mundial de computadores atinge 74% nos centros 
urbanos, mas não alcança metade (49%) nas áreas rurais. 
Enquanto entre as pessoas com ensino fundamental 
completo o índice foi de 65%, entre os que completaram o 
nível superior, chega a 98%.
VALENTE, Jonas. Agência Brasil, 3 nov. 2019. 
Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br>. Acesso em: 18 mar. 2020.
No texto sobre o uso da internet no Brasil, o título faz 
referência ao problema do(a)
A permanência excessiva dos brasileiros nas redes 
sociais.
B consequência do crescimento acelerado do acesso à 
internet no Brasil.
C alcance ainda deficiente da internet pela maior parte da 
população mundial.
D discrepância do acesso à internet pelos diversos 
grupos de cidadãos brasileiros.
E aumento da desigualdade social em decorrência da 
impossibilidade de acesso à internet pelos grupos mais 
pobres.
QUESTÃO 41 
_ 20_ENEM_POR_NB_L1_Q20
D
iv
ul
ga
çã
o
Nas propagandas, empregam-se diferentes recursos 
verbais e não verbais para buscar o engajamento do leitor. 
Entre esses recursos, no texto, destaca-se o uso
A da função apelativa da linguagem com vistas a 
promover uma instituição.
B de sinal matemático no discurso não verbal em 
oposição ao enunciado verbal.
C do modo subjuntivo para orientar o leitor a realizar uma 
ação.
D de expressões linguísticas específicas da modalidade 
oral.
E de símbolo gráfico típico dos meios digitais.
QUESTÃO 42 
_ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q20
O Rio de Janeiro ardia sob o sol de dezembro, que 
escaldava as pedras, bafejando um ar de fornalha na 
atmosfera. Toda a rua de S. Bento, atravancada por 
veículos pesadões e estrepitosos, cheirava a café cru. Era 
hora do trabalho.
Ao cheiro do café misturava-se o do suor daqueles 
corpos agitados, cujo sangue se via palpitar nas veias 
entumescidas do pescoço e dos braços.
No desespero da pressa, o carroceiro soltava 
imprecações, aos berros, contra os outros carroceiros. 
Os outros respondiam com iguais impropérios, que os 
cocheiros dos tílburis, em esperas forçadas, ouviam rindo, 
mastigando o cigarro.
Os carregadores serpeavam por meio de tudo aquilo, 
como formigas em correição, com a cabeça vergada 
ao peso da saca, roçando o corpo latejante nas ancas 
lustrosas dos burros.
Dominava ali o trabalhoviril, a força física, movida por 
músculos de aço e peitos decididos a ganhar duramente a 
vida. E esses corpos de atletas, e essas vozes que soavam 
alto num estridor de clarins de guerra, davam à velha rua 
a pulsação que o sangue vivo e moço dá a uma artéria, 
correndo sempre com vigor e com ímpeto.
ALMEIDA, Júlia Lopes de. A falência. Campinas: Editora da Unicamp, 2018. p. 51-3. (Adaptado)
O excerto transcrito pertence ao capítulo inicial do romance 
A falência, de Júlia Lopes de Almeida, publicado no ano de 
1901. Levando em consideração o contexto econômico e 
político do ano de publicação, bem como as tendências do 
romance nesse período, verifica-se no fragmento o(a)
A progressão semântica que culmina com a personificação 
da rua de S. Bento.
B enaltecimento da indústria do café por meio da 
exaltação da virilidade do trabalhador.
C tentativa de equiparar o desenvolvimento da indústria 
do café à indústria pesada europeia.
D projeto da época de inscrever na linguagem do romance 
as variantes populares de linguagem.
E propósito de zoomorfizar o trabalhador manual de 
modo a censurar-lhe a brutalidade grosseira.
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LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 19
QUESTÃO 43 
_ 20_ENEM_ART_CE_L4_Q02
Mesmo como ouvintes, somente na segunda metade 
do século XIX as mulheres começaram a frequentar as 
plateias do teatro. Uma mulher com carreira artística não 
era vista com bons olhos. Seria algo realmente impensável 
para as moças da “boa família” carioca.
Mesmo os homens brasileiros músicos profissionais 
eram geralmente das classes mais baixas, pois, como nos 
lembra Vasco Mariz, o músico “era nivelado socialmente 
aos criados ou empregados”. Muitos deles eram mulatos 
que viam na música uma ótima forma de inclusão social.
PACHECO, Alberto José Vieira. Cantoria joanina: a prática vocal carioca 
sob influência da Corte de D. João VI, castrati e outros virtuoses. 
Tese (Doutorado) – Unicamp. Campinas, 2007.
O texto traz algumas problemáticas do cenário no qual se 
desenvolveu a música brasileira. De acordo com o que se 
apresenta, o artista musical era, sob uma perspectiva geral, 
encarado no século XIX como um(a)
A cidadão oriundo de uma família tradicional.
B criado incluído socialmente por meio da arte.
C pessoa que conquistou espaço na cena pública.
D artista elevado em relação às demais formas artísticas.
E trabalhador subordinado aos interesses das classes 
mais ricas.
QUESTÃO 44 
_ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q19
Verdades vestidas de mentiras
“Há muitas formas de dizer a verdade. Talvez a mais 
persuasiva seja a que tem aparência de mentira”. A frase 
epigrafa A tradição da fábula, seleção do gênero que 
contempla autores de língua grega e desemboca em La 
Fontaine.
Ainda que o livro não explore a relação entre as fábulas 
antigas e as releituras contemporâneas, as traduções são 
um convite para explorarmos um mundo cheio de animais 
falantes e de situações esquisitas. Um mundo que, apesar 
de não conhecermos de fato, temos a sensação de 
reconhecer quando lemos. Muitas dessas histórias habitam 
nosso imaginário, como a da formiga que trabalha enquanto 
a cigarra canta.
“Fábula (mythos) é uma fala (logos) ficcional que retrata 
uma verdade”, diz Teón de Alexandria. Modismo na Grécia 
do século 5 a.C., as fábulas funcionavam como um recurso 
dos oradores para cativar seu público – para que eles 
pudessem dizer o que queriam sem ofender nem implicar 
diretamente ninguém. Porque parte do trabalho retórico de 
convencimento é encontrar roupas novas para fantasiar 
coisas velhas: não necessariamente mentir, mas revestir 
com cores diferentes as verdades com as quais ninguém 
mais se importa, ou que ninguém mais vê.
CARTUM, Leda. “Verdades vestidas de mentiras”. 
Revista Quatro Cinco Um. n. 30, jan. 2020. p. 13. (Adaptado)
Para a autora da resenha, a obra A tradição da fábula
A contradiz a ideia da própria epígrafe, porque não explora 
a relação entre fábulas antigas e contemporâneas.
B ativa no leitor um repertório coletivo, tradicional, 
construído e reconstruído no tempo para dizer a 
verdade com distintas roupagens.
C repudia a metáfora das “verdades revestidas de 
cores diferentes”, devido à urgência de trazer à luz as 
verdades que ninguém mais vê.
D revela que as fábulas contemporâneas são menos 
fiéis à tradição, uma vez que versam sobre um mundo 
desconhecido dos leitores atuais.
E evidencia os efeitos falseadores das fábulas 
tradicionais, na exata medida em que as associa a 
recursos retóricos de convencimento do público.
QUESTÃO 45 
_ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q13
Sou aldeã
Onde esteja sou camponesa. Desorganizo a vida 
em nome da tradição. Assim, instalada em uma pensão, 
reorganizo o quarto como se fosse ali ficar para sempre. 
Também a alma tende a se adaptar no afã de acompanhar 
o corpo. Quero a vida em torno do catre, um espaço 
privilegiado para brincar e dançar com quem esteja.
Entretenho-me com modestas celebrações. Com 
o que me fala do apogeu da vida, e me faz esquecer a 
decrepitude. Prestes a dormir, mergulho no próprio espírito, 
nos meus escombros. Antes enalteço algum lugar que 
considero profano.
Em casa, passo da cozinha para a sala com 
naturalidade. E quando convidada para jantar, na moradia 
alheia, majestosa ou modesta, vivo as excelências do 
banquete que me oferecem com as especiarias da vida.
Falta-me vocação para ser triste. Tenho riso fácil. No 
entanto, sem aparentar, tenho feroz vocação para a solidão, 
que é o lugar metafísico onde melhor me encontro.
PIÑON, Nélida. Uma furtiva lágrima. 2 ed. Rio de Janeiro: Record, 2019.
A identidade da narradora como “aldeã”, isto é, como 
habitante de um pequeno lugarejo simples e rústico, 
constitui-se a partir de uma dinâmica de
A conservação rigorosa do passado, à revelia das 
mudanças.
B perpetuação e mudança, em que permanente e instável 
se alternam.
C empobrecimento material planejado, avesso à 
modernização e aos luxos.
D arcaísmos que se substituem um ao outro, em 
valorização do envelhecimento.
E leviandade e gravidade, ao sabor da gargalhada 
coletiva e dos caprichos pessoais.
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LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 20
_ 20_ENEM_RED_DA_L4_Q01
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas 
desconsiderado para a contagem de linhas.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.
TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I
Epidemia é a concentração de determinados casos de 
uma doença em um mesmo local e época, em excesso em 
relação ao que seria teoricamente esperado. O termo tem 
origem no grego: epi (sobre) + demos (povo). “Na história, 
sete epidemias foram decisivas para o ser humano: 
tuberculose, varíola, gripe espanhola, tifo, sarampo, malária 
e Aids. Infelizmente, cepas de vírus mutantes, doenças 
recrudescentes e o descaso com a saúde preventiva 
são fatores determinantes para o retorno das epidemias 
antes eliminadas, como o sarampo”, explica o Dr. Kauê de 
Cezaro dos Santos, coordenador do Pronto Atendimento 
do Hospital Albert Sabin.
“Epidemias em 2020: órgãos como OMS e Ministério da Saúde alertam sobreos riscos”. 
Disponível em: <https://newslab.com.br>. Acesso em: 31 mar. 2020. (Adaptado)
TEXTO II
O Protocolo de Tratamento do Novo Coronavírus, 
elaborado como parte da estratégia prevista no Plano 
Nacional de Resposta às Emergências em Saúde Pública do 
Ministério da Saúde, tem como objetivo orientar o Sistema 
Único de Saúde (SUS) para atuação na identificação, 
notificação e manejo de casos suspeitos de infecção. 
O novo coronavírus é identificado como a causa de um 
surto de doença respiratória. Desde 2005, o SUS está 
aprimorando sua capacidade de responder às emergências 
por síndromes respiratórias, dispondo de protocolos para 
resposta às emergências. A vigilância epidemiológica de 
infecção pelo vírus está sendo construída à medida que a 
Organização Mundial da Saúde consolida as informações 
recebidas dos países afetados e novas evidências são 
publicadas. O documento está sendo estruturado com 
base nas ações já existentes para notificação, registro, 
investigação, manejo e adoção de medidas preventivas, 
em analogia ao conhecimento acumulado sobre o 
Sars-CoV e o Mers-CoV.
“Ministério da Saúde lança Protocolo de Tratamento do Covid-19”. 
Disponível em: <https://portal.fiocruz.br>. Acesso em: 31 mar. 2020. (Adaptado)
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um 
texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Prevenção e controle 
de epidemias no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e 
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO III
O Brasil registrou 1 544 987 casos de dengue em 2019, 
um aumento de 488% em relação a 2018, segundo dados 
do Ministério da Saúde. No ano passado, o Brasil também 
registrou 10 708 casos de zika e 132 205 ocorrências de 
chikungunya, um aumento, respectivamente, de 52% e de 
30% em relação aos casos de 2018. O Ministério da Saúde 
publicou um comunicado alertando que o verão é a época 
mais propícia à proliferação do mosquito Aedes aegypti, por 
causa das chuvas, e convocando a população a continuar 
com a mobilização pelo combate ao mosquito transmissor 
de dengue, zika e chikungunya, que podem gerar outras 
enfermidades, como microcefalia e Guillain-Barré.
“Brasil teve aumento de 488% nos casos de dengue em 2019”. G1, 13 jan. 2020. 
Disponível em: <https://g1.globo.com>. Acesso em: 31 mar. 2020. (Adaptado)
TEXTO IV
“A violência do não vacinar”. Revista Esquinas, São Paulo, 64 ed., 2019. 
Disponível em: <https://revistaesquinas.casperlibero.edu.br>. Acesso em: 31 mar. 2020.
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CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 21
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
QUESTÃO 46 
_ 20_ENEM_SOC_PT_L4_Q06
BECK, Alexandre. Armandinho.
Na tirinha anterior, as considerações de Armandinho têm 
relação direta com questões ligadas ao(à) 
A direito ao divórcio.
B liberdade individual.
C emancipação de gênero.
D nuclearização das famílias.
E desvalorização do gênero masculino.
QUESTÃO 47 
_ 20_ENEM_HIS_LT_L4_Q01
No período mais produtivo das minas, o quinto devido 
à Coroa portuguesa fora determinado pelo mínimo de 100 
arrobas anuais. A partir de 1751, foi ficando cada vez mais 
difícil pagá-lo e o déficit tornou-se a regra; a dívida para 
com a Coroa, portanto, não cessava de aumentar.
MESGRAVIS, Laima. História do Brasil Colônia. São Paulo: Contexto, 2018. p. 132.
Os fatos mencionados no texto serviram para 
A reduzir as tensões entre colônia e metrópole.
B suspender os tributos sobre o ouro produzido.
C tornar o café o principal produto de exportação.
D aumentar o sentimento antilusitano dos colonos.
E promover uma reforma política favorável aos colonos.
QUESTÃO 48 
_ 20_ENEM_GEO_JP_L4_Q01
No final do século XIX, Henry Ford introduziu 
seus conceitos de produção, conseguindo reduzir 
dramaticamente custos e melhorar substancialmente a 
qualidade de seus automóveis. As mudanças implantadas 
permitiram reduzir o esforço humano na montagem dos 
veículos, aumentar a produtividade e diminuir os custos 
da produção proporcionalmente à elevação do volume 
produzido. Além disso, os carros Ford foram projetados 
para uma facilidade de operação e manutenção sem 
precedentes na indústria.
WOOD JR., T. “Fordismo, toyotismo e volvismo: os caminhos da indústria em busca 
do tempo perdido”. Revista de Administração de Empresas, 
São Paulo, v. 32, n. 4, set./out. 1992. (Adaptado)
Uma característica do método de organização empresarial 
adotado por Ford é a
A identificação de falhas de forma antecipada. 
B redução de estoques para evitar desperdícios.
C produção no ritmo das máquinas e das esteiras.
D diversificação de produtos para atender ao cliente.
E capacitação de colaboradores em múltiplas tarefas.
QUESTÃO 49 
_ 20_ENEM_HIS_BM_L4_Q02
Confiar aos pobres os cargos mais importantes não é 
seguro, por causa de sua corrupção e de sua ignorância, 
que fariam com que cometessem grandes injustiças e 
graves erros, e privá-los de toda participação seria perigoso, 
por isso Sólon e alguns outros legisladores lhes concedem 
as eleições e a censura dos magistrados, sem, contudo, 
tolerar que exerçam sozinhos alguma função pública. 
Embora cada um em particular não tenha condições de 
julgar, reunidos eles têm bom senso suficiente e podem ser 
de alguma utilidade.
ARISTÓTELES. A política. Roberto Leal Ferreira (Trad.). 
São Paulo: Martins Fontes, 1998. p. 173. (Adaptado)
A interpretação de Aristóteles sobre a democracia ateniense 
reflete sua
A defesa do poder popular como parâmetro de justiça.
B objeção à participação popular nas decisões da pólis.
C ressalva ao modelo, que deveria ser mediado por 
legisladores.
D visão elitista, pois defendia um governo sem 
participação popular.
E oposição a Sólon, que entregou ao povo o controle 
político da pólis.
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CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 22
QUESTÃO 50 
_ 20_ENEM_SOC_PT_L4_Q08
[...] Mídia e Ministério Público (MP) poupam 
comandantes, governos e estrutura, que humilha a base 
policial para torná-la feroz contra a sociedade. A estrutura 
da corporação ajuda a manter o princípio hierarquizante, 
tipicamente militar que aplica punições apenas aos 
“substituíveis” de baixo, como a dada a um soldado do Rio 
Grande do Norte, punido com 15 dias de prisão disciplinar 
por reclamar, em 2016, nas redes sociais, da estrutura 
policialesca do Estado brasileiro.
Disponível em: <https://outraspalavras.net>. Acesso em: 15 abr. 2020. (Adaptado)
Com relação ao sistema de segurança pública no Brasil, 
o trecho anterior mostra que os policiais da base policial, 
como praças e soldados,
A necessitam de uma formação mais rigorosa.
B são punidos com o mesmo rigor de seus superiores.
C recebem penas proporcionais às infrações cometidas.
D sofrem violação de seus direitos humanos na 
corporação.
E desfrutam de uma carreira valorizada pela mídia e pelo 
MP.
QUESTÃO 51 
_ 20_ENEM_GEO_BW_L4_Q02
Embora o Quadrilátero Ferrífero seja uma província 
com uma história de exploração que remonta ao século 
XVII, novos depósitos continuam sendo descobertos, 
mesmo nos últimos tempos. Os dados incluem três minas 
que iniciaram suas operações no início do século XIX, 
quatro depósitos descobertos em meados da primeira 
metade do século XX, cinco depósitos descobertos no final 
do século XX e um depósito contendo quase 40 t de ouro 
contido, descoberto nos últimos 20 anos. 
COSTA, I. S. L.; DA SILVA, G. F.; FERREIRA, M. V. “Application of Zipf’s law to estimate 
undiscovered gold endowmentin the Quadrilátero Ferrífero Province, Brazil”. 
Journal of the Geological Survey of Brazil, v. 2, n. 3, p. 165-72, 13 dez. 2019. (Adaptado)
As descobertas de novos depósitos no Quadrilátero 
Ferrífero
A resultaram da evolução das tecnologias de extração.
B culminaram na diminuição da importância do ouro.
C foram causadas pela formação de novos minérios.
D causaram o esgotamento das minas conhecidas.
E fizeram a região perder sua importância.
QUESTÃO 52 
_ 20_ENEM_HIS_LT_L4_Q03
Tendo-me constado, que os Prélos, que se achão nessa 
Capital erão os destinados para a Secretaria de Estado dos 
Negocios Estrangeiros, e attendendo à necessidade que 
ha da Officina de Impressão nesses Meus Estados; Sou 
servido, que a Caza, onde elles se estabelecerão, sirva 
interinamente de Impressão Regia, onde se imprimão 
exclusivamente toda a Legislação, e Papeis Diplomaticos 
que emanarem de qualquer Repartição do Meu Real 
Serviço e se possão imprimir todas, e quaesquer outras 
Obras; ficando interinamente pertencendo o seu governo, 
e administração à mesma Secretaria [...] 
CAMARGO, Ana Maria de Almeida; MORAES, Rubens Borba de. Bibliografia da Impressão 
Régia do Rio de Janeiro (1808-1822). São Paulo: Edusp/Kosmos, 1993. p. XVII. 
O texto anterior é um decreto de Dom João VI que
A proíbe a circulação de livros.
B condena a censura à imprensa.
C funda um ciclo educativo público.
D permite a impressão de jornais e livros.
E concede liberdade à imprensa independente.
QUESTÃO 53 
_ 20_ENEM_GEO_BW_L4_Q10
E João aceitou sua proposta
E num ônibus entrou no Planalto Central
Ele ficou bestificado com a cidade
Saindo da rodoviária, viu as luzes de Natal
Meu Deus, mas que cidade linda
No Ano Novo eu começo a trabalhar
Cortar madeira, aprendiz de carpinteiro
Ganhava cem mil por mês em Taguatinga
[...]
E Santo Cristo até a morte trabalhava
Mas o dinheiro não dava pra ele se alimentar
E ouvia às sete horas o noticiário
Que sempre dizia que o seu ministro ia ajudar
MANFREDINI JR., Renato. “Faroeste caboclo”. Intérprete: Legião Urbana. 
In: Que País É Este. São Paulo: Emi, 1987.
As promessas de melhoria de vida impulsionam muitas 
pessoas a migrarem, como a personagem da canção 
anterior. Para as cidades receptoras, como Brasília, uma 
das consequências do aumento da migração é a
A fundação de novas empresas.
B retração do mercado de trabalho.
C saturação dos postos de trabalho.
D criação de novos postos de trabalho.
E escassez de mão de obra qualificada.
QUESTÃO 54 
_ 20_ENEM_HIS_LM_L4_Q12
Dois meses depois do armistício, em janeiro de 1919, 
a Conferência de Paz de Paris elaborou o tratado que 
pôs fim à Grande Guerra e criou a Liga das Nações. A 
base do Tratado de Versalhes seriam os catorze pontos 
apresentados pelo presidente Wilson, os quais incluíram 
o estabelecimento de fronteiras segundo o critério da 
nacionalidade.
ARARIPE, Luiz de Alencar. “Primeira Guerra Mundial”. In: MAGNOLI, D. (Org.). 
História das guerras. 3 ed. São Paulo: Contexto, 2007. p. 344-6. (Adaptado)
O tratado mencionado no texto anterior
A fortaleceu os impérios europeus.
B recuperou a economia da Alemanha.
C pôs fim à disputa alemã por territórios.
D responsabilizou a Alemanha pela guerra.
E criou Estados culturalmente homogêneos.
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CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 23
QUESTÃO 55 
_ 20_ENEM_SOC_FA_L2_Q07
TEXTO I
[...] É legítimo supor que essas grandes sociedades 
políticas também só se podem manter em equilíbrio graças 
à especialização das tarefas; que a divisão do trabalho é a 
fonte, se não única, pelo menos principal da solidariedade 
social.
DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. Eduardo Brandão (Trad.). 2 ed. 
São Paulo: Martins Fontes, 1999. p. 29.
TEXTO II
[...] A valorização do mundo das coisas aumenta em 
proporção direta à desvalorização do mundo dos homens. 
O trabalho não produz somente mercadorias; ele produz a 
si mesmo e ao trabalhador como uma mercadoria, e isto 
na medida em que produz, de fato, mercadorias em geral.
MARX, Karl. “Trabalho estranhado e propriedade privada”. 
Manuscritos econômico-filosóficos. Jesus Ranieri (Trad.). São Paulo: Boitempo, 2008. p. 80.
As compreensões de Émile Durkheim e Karl Marx acerca 
do trabalho se opõem por causa dos núcleos conceituais 
com base nos quais os autores tratam especificamente 
dessa atividade. São eles, respectivamente, o(a)
A coesão e a produção.
B equilíbrio e a desigualdade.
C unidade e a desvalorização.
D solidariedade e a exploração.
E especialização e a contradição.
QUESTÃO 56 
_ 20_ENEM_GEO_BW_L4_Q03
Outro controle essencial sobre a temperatura é a 
maneira como a terra e a água respondem à insolação. A 
Terra apresenta essas duas superfícies em uma disposição 
irregular de continentes e oceanos. Cada um deles absorve 
e armazena energia de forma diferente do outro e, portanto, 
contribui com o padrão global de temperatura. Os corpos 
líquidos tendem a produzir padrões moderadores de 
temperatura, ao passo que ocorrem temperaturas mais 
extremas no interior continental.
CHRISTOPHERSON, Robert W. Geossistemas: uma introdução à Geografia Física. 7 ed. 
Porto Alegre: Bookman, 2012. p. 118.
A maritimidade e a continentalidade são fatores climáticos 
que definem as
A correntes marítimas.
B amplitudes térmicas.
C mudanças climáticas.
D tempestades tropicais.
E camadas atmosféricas.
QUESTÃO 57 
_ 20_ENEM_HIS_LT_L4_Q05
Com relação aos direitos políticos, a Carta [de 1824] 
acompanhou o projeto [de 1823]. Em primeiro lugar, 
trazia em seu bojo a diferenciação entre cidadania civil 
e cidadania política. Todos os homens e mulheres livres, 
nascidos no Brasil (com exceção dos indígenas), gozavam 
de cidadania civil, ou seja, o Estado reconhecia que deveria 
respeitar e proteger esses indivíduos. Mas o direito de votar 
e se candidatar, a cidadania política, só era concedida a 
quem preenchesse determinados requisitos.
DOLHINIKOFF, Miriam. História do Brasil Império. 
São Paulo: Contexto, 2017. p. 40. (Adaptado)
A disposição dos direitos descrita no texto anterior indica 
que o Estado brasileiro de 1824 era
A igualitário e censitário.
B democrático e popular.
C constitucional e elitista.
D estamental e escravista.
E absolutista e hierárquico.
QUESTÃO 58 
_ 20_ENEM_GEO_JP_L4_Q04
Evolução da matriz elétrica brasileira
Hidráulica
Biomassa
Eólica
Solar
Gás
natural
Derivados
de petróleo
Nuclear
Carvão e
derivados
2008
2019
66,6%
85,4%
8,5%
4,5%
7,6%
0,1%
2,5%
2,6%
3,3%
1,4%
0,0%
0,5%
3,2%
8,6%
2,8%
2,4%
Fonte: EPE. Disponível em: <http://www.epe.gov.br>. Acesso em: 10 jan. 2020. (Adaptado)
Com relação às formas limpas de geração de eletricidade, 
a mudança observada na matriz elétrica brasileira explica-
-se pelo(a)
A dependência de fontes não renováveis.
B fim da dependência de geração por hidrelétricas.
C adoção de óleos minerais como fontes principais.
D investimento em fontes de energia de caráter 
intermitente.
E criação de um novo projeto para construir usinas 
nucleares.
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CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 24
QUESTÃO 59 
_ 20_ENEM_HIS_LM_L4_Q01
O desmoronamento do Império Carolíngio tinha acabado de arruinar o último poder suficientemente inteligente para 
se preocupar com os trabalhos públicos, suficientemente poderoso para fazer executar pelo menos alguns deles. Até 
as antigas vias romanas, menos solidamente construídas do que por vezes foi suposto, se danificavam por falta de 
manutenção. Sobretudo as pontes, que já não eram reparadas, faltavam em um grande número de sítios.
BLOCH, Marc. A sociedade feudal. Lisboa: Edições 70, 2009. p. 84.
A nova configuração social e política estabelecida na Europa medieval levou ao(à)A enfraquecimento dos senhores feudais.
B reconstrução da infraestrutura romana.
C descentralização do poder dos reis.
D ascensão econômica da burguesia.
E fortalecimento do poder dos reis.
QUESTÃO 60 
_ 20_ENEM_SOC_PT_L4_Q02
O rendimento médio mensal obtido com trabalho do 1% mais rico da população atingiu, em 2018, o equivalente a 
33,8 vezes o ganho obtido pelos 50% mais pobres. No topo, o rendimento médio foi de R$ 27 744; na metade mais pobre, 
de R$ 820. [...] A diferença entre os rendimentos obtidos pelo 1% mais rico e pelos 50% mais pobres no ano passado é 
recorde na série histórica do PNADC (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua) do IBGE, iniciada em 2012.
“Diferença de rendimentos entre pobres e ricos é recorde, aponta IBGE”. Folha de S.Paulo, 16 out. 2019. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 16 abr. 2020.
Com relação à desigualdade brasileira, os dados apresentados no excerto mostram que, no período analisado, a pobreza
A esteve limitada à posse de propriedades materiais.
B foi reduzida e a pirâmide de renda brasileira se inverteu.
C diminuiu devido à flexibilização das relações de trabalho.
D decresceu devido ao aumento da população empregada.
E aumentou devido à desigualdade nos rendimentos médios mensais.
QUESTÃO 61 
_ 20_ENEM_GEO_BW_L4_Q05
3722 m
3000 m
2000 m
1000 m
9 m
5 km 10 km 15 km 20 km 25 km 30 km 35 km 40,3 km
C
B
A
Google Earth, 2020.
Analisando o perfil topográfico anterior, o ponto B corresponde ao(à)
A planície fluvial dos rios de origem em A e C.
B estuário dos rios nascidos nos pontos A e C.
C divisor de bacias hidrográficas dos pontos A e C.
D origem de rios anastomosados com foz em A e C.
E curso inferior de cursos de água com foz em A e C.
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CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 25
QUESTÃO 62 
_ 20_ENEM_HIS_LT_L4_Q07
O regime inicialmente adotado era o de parceria, no 
qual a renda do colono era sempre incerta, cabendo-lhe 
a metade do risco que corria o grande senhor de terras. 
A perda de uma colheita podia acarretar a miséria para o 
colono, dada a sua precária situação financeira. A partir 
dos anos 1860, introduziu-se um sistema misto pelo qual o 
colono tinha garantida a parte principal de sua renda.
FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. 
p.186.
A adoção de um sistema misto de trabalho se explica 
pelo(a)
A necessidade de mais mão de obra.
B valorização dos preços do açúcar.
C fortalecimento do tráfico negreiro.
D regulamentação trabalhista.
E industrialização crescente.
QUESTÃO 63 
_ 20_ENEM_GEO_JP_L4_Q06
TEXTO I
O Conselho de Segurança é formado por cinco membros 
permanentes com direito a veto (EUA, Rússia, Reino Unido, 
França e China) e dez membros não permanentes, eleitos 
pela Assembleia Geral por dois anos. Todos os membros 
das Nações Unidas devem aceitar e cumprir as decisões 
do Conselho.
ONU Brasil. Disponível em: <https://nacoesunidas.org>. Acesso em: 15 fev. 2020. (Adaptado)
TEXTO II
EUA e Reino Unido ignoraram a necessidade de 
aprovação do Conselho para invadir o Iraque e destituir 
Saddam Hussein. Os dois países acusavam Hussein de 
desenvolver ogivas nucleares, o que nunca foi provado. Em 
2016, o governo britânico finalizou um relatório concluindo 
que a ação foi um erro, porém essas nações não sofreram 
qualquer tipo de punição.
IANDOLI, Rafael. Nexo Jornal, 23 set. 2016. Disponível em: 
<https://www.nexojornal.com.br>. Acesso em: 15 fev. 2020. (Adaptado)
Os países que são membros permanentes do Conselho de 
Segurança ocupam essa posição privilegiada em relação 
aos demais porque
A acatam as decisões tomadas pela maioria soberana.
B têm liberdade para barrar quaisquer ações terroristas.
C são as potências vitoriosas da Segunda Guerra 
Mundial.
D conseguiram a ampliação do número de assentos 
vitalícios.
E respeitam o princípio global de autodeterminação dos 
povos.
QUESTÃO 64 
_ 20_ENEM_HIS_LM_L4_Q05
Quando os trabalhadores perdiam seu emprego – o 
que podia acontecer ao fim da tarefa, da semana, do dia 
ou mesmo da hora – recorriam às suas economias, à sua 
associação de amparo ou ao seu sindicato, ao seu crédito 
junto a lojistas locais, aos seus vizinhos e amigos ou ao 
penhorista. [...] Quando envelheciam ou ficavam enfermos, 
estavam perdidos, a menos que fossem amparados por 
seus filhos, pois o seguro ou os planos de pensão só 
existiam para alguns.
HOBSBAWM, E. Da Revolução Industrial inglesa ao imperialismo. 
Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000. p. 144. (Adaptado)
Um dos motivos que explica essa situação da classe 
trabalhadora na Inglaterra dos séculos XVIII e XIX é o(a)
A acesso restrito a direitos trabalhistas.
B proteção social oferecida pela rede privada.
C grave recessão econômica que marcou o século XIX.
D falta de mobilização popular contra as injustiças sociais.
E carga tributária elevada, que reduzia os lucros das 
fábricas.
QUESTÃO 65 
_ 20_ENEM_FIL_FA_L4_Q02
Do dado infiro a existência de outra coisa que não está 
dada: creio. César está morto, Roma existiu, o sol se erguerá 
amanhã, o pão nutre. Na mesma operação, ao mesmo 
tempo, julgo e me ponho como sujeito: ultrapassando o 
dado. Afirmo mais do que sei. Assim sendo, o problema 
da verdade deve ser apresentado e enunciado como o 
problema crítico da própria subjetividade: com que direito o 
homem afirma mais do que sabe?
DELEUZE, Gilles. Empirismo e subjetividade: ensaio sobre a natureza humana segundo 
Hume. Luiz B. L. Orlandi (Trad.). São Paulo: Edições 34, 2001. p. 76.
A ideia de que a problemática da subjetividade gira em torno 
do impasse entre o saber e o dizer, entre o acesso ao dado 
e a enunciação que o ultrapassa, alinha-se à concepção 
empirista do(a)
A mente como fonte das informações.
B experiência como confirmação das ideias.
C crença como equivalente da racionalidade.
D hábito como consequência da causalidade.
E sensibilidade como origem do conhecimento.
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CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 26
QUESTÃO 66 
_ 20_ENEM_GEO_BW_L4_Q09
Rendimento habitual médio mensal de todos
os trabalhadores e razão de rendimentos, por sexo
2 500,00
(R$)
73,7%
2012
Homens
2013 2014 2015 2016
73,5% 74,6% 75,6% 76,5%
2 000,00
1 500,00
1000,00
500,00
Mulheres Razão mulheres/homens
Taxa de frequência escolar líquida no 
Ensino Médio, por sexo (%)
63,2Homens
Mulheres 73,5
Fonte: IBGE. Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br>. 
Acesso em: 24 fev. 2020. (Adaptado)
No mundo todo, os rendimentos auferidos no mercado 
de trabalho estão relacionados ao grau de instrução do 
trabalhador. Diante desse contexto, os dados apresentados 
revelam que, no Brasil, em relação aos rendimentos médios 
mensais, os salários
A das mulheres são equivalentes aos dos homens.
B das mulheres destoam de sua frequência escolar.
C de ambos os sexos se explicam pela frequência escolar.
D dos homens são maiores por causa de sua frequência 
escolar.
E dos homens são menores por causa de sua frequência 
escolar.
QUESTÃO 67 
_ 20_ENEM_HIS_LT_L4_Q08
No Brasil, pode dizer-se que só excepcionalmente 
tivemos um sistema administrativo e um corpo de 
funcionários puramente dedicados a interesses objetivos 
e fundados nesses interesses. Ao contrário, é possível 
acompanhar, ao longo de nossa história, o predomínio 
constante das vontades particulares que encontram seu 
ambiente próprio em círculos fechados e pouco acessíveis 
a uma ordenação impessoal.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. O homem cordial. 
São Paulo: Penguin/Companhia das Letras, 2012. p. 52
O texto se remete às seguintes características da Primeira 
República (1894-1930):
A centralismo e corrupção.
B liberalismoe sindicalismo.
C clientelismo e regionalismo.
D voto censitário e pessoalismo.
E igualitarismo e impessoalidade.
QUESTÃO 68 
_ 20_ENEM_GEO_JP_L4_Q07
O governo dos EUA tentou indicar que o ataque 
preventivo e sem o aval de organismos internacionais não 
seria feito indefinidamente na Guerra ao Terror e que a ele 
se somariam ações como a integração da inteligência e a 
avaliação comum das ameaças com os aliados. Porém, 
na prática, o que marcou os primeiros anos da política de 
segurança dos EUA no pós-11 de setembro foi mesmo a 
doutrina da guerra preventiva.
MELLO E SOUZA, A. de et al. Do 11 de setembro de 2001 à Guerra ao Terror: 
reflexões sobre o terrorismo no século XXI. Brasília: Ipea, 2014. p. 52-3. (Adaptado)
A estratégia estadunidense de atacar preventivamente 
países considerados terroristas sem a chancela de 
organismos internacionais resultou na
A apreensão de armas de destruição em massa pelos 
EUA.
B redução do poder de articulação de grupos terroristas.
C sobreposição da força bélica dos EUA às normas 
oficiais.
D hegemonia estadunidense na Nova Ordem Mundial.
E adesão dos países aliados às invasões estadunidenses.
QUESTÃO 69 
_ 20_ENEM_HIS_LT_L4_Q11
Em 1940
Lá no morro começaram o recenseamento
E o agente recenseador
Esmiuçou a minha vida
Que foi um horror
E quando viu a minha mão sem aliança
Encarou para a criança
Que no chão dormia
E perguntou se meu moreno era decente
Se era do batente ou se era da folia
Obediente como a tudo que é da lei
Fiquei logo sossegada e falei então:
O meu moreno é brasileiro, é fuzileiro,
É o que sai com a bandeira do seu batalhão!
A nossa casa não tem nada de grandeza
Nós vivemos na fartura sem dever tostão
Tem um pandeiro, um cavaquinho, um tamborim
Um reco-reco, uma cuíca e um violão
VALENTE, Assis. “Recenseamento”. In: Assis Valente – MPB Compositores. 
São Paulo: RGE Discos, 1997.
O samba anterior deixa transparecer que o Estado Novo 
caracteriza-se pelo nacionalismo e pelo(a)
A regionalismo.
B regime democrático.
C distribuição de renda.
D combate aos militares.
E abuso de poder estatal.
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CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 27
QUESTÃO 70 
_ 20_ENEM_HIS_LM_L4_Q04
Em sua maioria, as cidades pagavam de uma a quatro vezes por ano, dependendo da natureza das mercadorias e 
produtos que forneciam. Com essa finalidade, funcionários imperiais, os calpixque, assistidos por escribas, mantinham 
em dia os registros de tributos, promovendo a arrecadação e o transporte, e assegurando que, em caso de não haver 
pagamento, fossem cultivadas terras cujos produtos seriam encaminhados ao México.
SOUSTELLE, Jacques. A civilização asteca. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. p. 25.
O trecho refere-se a um aspecto do Império Asteca que é a
A prática inovadora de cobrança de impostos.
B dificuldade em organizar a vida pública da cidade.
C variedade reduzida de produtos agrícolas na região.
D política exploratória aplicada por seus governantes.
E boa convivência entre as cidades mesoamericanas.
QUESTÃO 71 
_ 20_ENEM_GEO_JP_L4_Q03
China assume liderança na energia solarChina assume liderança na energia solar
P
ot
ên
ci
a 
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st
al
ad
a 
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o 
em
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30
25
20
15
10
5
0
China EUA Japão Índia Europa Alemanha
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
Fonte: Mercom Capital Group/Irena. Disponível em: <https://www.dw.com>. Acesso em: 18 fev. 2020.
De acordo com o gráfico, a China assumiu a liderança na potência energética solar instalada. Os investimentos chineses 
em energia solar têm como objetivo
A exportá-la para outros países.
B substituir o carvão como fonte principal.
C desencorajar a utilização de fontes perenes.
D estimular o consumo de fontes não renováveis.
E descumprir as metas de redução de gases estufa.
QUESTÃO 72 
_ 20_ENEM_GEO_JP_L4_Q08
A novidade do BRICS é seu discurso e suas proposições sobre a geopolítica global, centradas no direito de todos 
os países ao desenvolvimento, com ênfase na cooperação e na busca da paz. É a primeira vez que grandes potências 
perseguem como prioridade os objetivos de paz e cooperação, e não os de hegemonia e guerra. 
LOBATO, L. V. C. “A questão social no projeto do BRICS”. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 23, n. 7, jul. 2018. p. 2 134. (Adaptado)
Ao contrário de diversos agrupamentos de países, o BRICS adota como princípio, no contexto internacional de globalização, o 
A antagonismo bélico.
B unilateralismo político.
C isolacionismo comercial.
D protecionismo econômico.
E multilateralismo diplomático.
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CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 28
QUESTÃO 73 
_ 20_ENEM_HIS_LT_L4_Q09
Apesar da derrota de 1922, os militares críticos 
ao governo continuavam acreditando que o Exército 
deveria “salvar” a nação brasileira do liberalismo elitista e 
oligárquico, e passaram a se organizar para uma “segunda 
revolta” tenentista. [...] Instauraram a Comuna de Manaus, 
grupo que durante um mês implantou um governo local 
muito próximo de um socialismo de matiz nacionalista, com 
imposição de impostos aos mais ricos, confisco de bens 
bancários e cobrança de impostos atrasados de empresas 
inglesas.
NAPOLITANO, Marcos. História do Brasil República. 
São Paulo: Contexto, 2018. p. 83-5. (Adaptado)
O sentido dado ao tenentismo, pelo texto, é o de
A agremiação ditatorial e antidemocrática.
B indefinição programática e ideológica.
C organização abertamente entreguista.
D comunidade cosmopolita e religiosa.
E movimento político oligárquico.
QUESTÃO 74 
_ 20_ENEM_FIL_FA_L4_Q03
Ora, a época em que viveu D’Alembert sentiu- 
-se empolgada por um movimento pujante e, longe de 
abandonar-se a esse movimento, empenhou-se em 
compreender-lhe a origem e o destino. O conhecimento 
de seus próprios atos, a autoconsciência e a previsão 
intelectual, eis o que lhe parecia ser o verdadeiro sentido do 
pensamento [...] Não se trata apenas de que o pensamento 
se esforça por alcançar novas metas, desconhecidas até 
então; é que quer agora saber para onde o seu curso o leva 
e quer, sobretudo, dirigir o seu próprio curso.
CASSIRER, Ernst. A filosofia do Iluminismo. Álvaro Cabral (Trad.). 
Campinas: Editora da Unicamp, 1992. p. 21.
No texto, o movimento iluminista tem como principal 
bandeira o(a)
A crença no destino.
B engajamento político.
C respeito às tradições.
D pensamento autônomo.
E empolgação temporária.
QUESTÃO 75 
_ 20_ENEM_SOC_PT_L4_Q04
O bode expiatório é um indivíduo, grupo ou categoria 
de pessoas usados como objeto de culpa no sistema social. 
Essa figura fornece um mecanismo para dar vazão à raiva, à 
frustração, ao ressentimento, ao medo e a outras emoções 
que, de outra forma, seriam expressas de maneiras que 
danificariam a coesão social, contestariam o status quo ou 
atacariam os grupos dominantes e seus interesses.
JOHNSON, Allan G. Dicionário de Sociologia: guia prático da linguagem sociológica. 
Ruy Jungman (Trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 27. (Adaptado)
No Brasil, um exemplo de consequência social do processo 
de criação de bodes expiatórios é a
A estigmatização dos grupos vulneráveis.
B culpabilização de culturas majoritárias.
C perseguição às elites econômicas.
D ampliação sistemática dos direitos.
E integração social dos imigrantes.
QUESTÃO 76 
_ 20_ENEM_GEO_BW_L4_Q11
O planejamento físico-territorial consiste na concepção 
do planejamento como a atividade de elaboração de 
planos de ordenamento para a “cidade ideal”. Trata-se de 
planos nos quais se projeta a imagem desejada em um 
futuro menos ou mais remoto, funcionando o plano como 
um conjunto de diretrizes a serem seguidas e metas a 
serem perseguidas (quanto aos usos da terra, ao traçado 
urbanístico,ao controle da expansão e do adensamento 
urbanos, à provisão de áreas verdes e sistema de 
circulação).
SOUZA, Marcelo Lopes de. Mudar a cidade: uma introdução crítica ao planejamento e à 
gestão urbanos. 9 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013. p. 123. (Adaptado)
No tipo de planejamento citado, são desconsideradas as
A regiões de maior concentração de renda.
B áreas voltadas para a preservação ambiental.
C redes de mobilidade urbana pública e particular.
D ilhas de calor que a malha urbana pode ocasionar.
E formas espontâneas de apropriação do espaço pela 
população.
QUESTÃO 77 
_ 20_ENEM_HIS_LT_L4_Q10
A nossa Pátria não pode continuar a ser retalhada pelos 
governadores de estados, pelos partidos, pelas classes em 
luta, pelos caudilhos. A nossa Pátria precisa de estar unida 
e forte, solidamente construída, de modo a escapar ao 
domínio estrangeiro, que a ameaça dia a dia, e salvar-se 
do comunismo internacionalista que está entrando no seu 
corpo, como um cancro.
Manifesto de 7 de outubro de 1932. 
Disponível em: <https://www.integralismo.org.br>. Acesso em: 10 mar. 2020.
Depreende-se do texto o seguinte conteúdo programático 
do integralismo brasileiro:
A Alinhamento automático à política estadunidense.
B Estímulo à luta de classes em âmbito nacional.
C Centralização aguda dos poderes do Estado.
D Instauração de um governo democrático.
E Autonomia dos setores da sociedade.
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CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 29
QUESTÃO 78 
_ 20_ENEM_GEO_JP_L4_Q10
A África do Sul tem uma taxa de desemprego de 
quase 28%, concentrada, sobretudo, entre os negros, que 
representam 80% da população. Entre eles, o índice de 
desocupação é de 31%, chegando a 50% entre os mais 
jovens. Já entre os brancos, que são menos de 10% da 
população, o desemprego oscila ao redor de 7,5%. [...] 
Além disso, apesar de algumas medidas compensatórias, a 
distribuição da terra seguiu concentrada no pós-apartheid, 
com cerca de 70 mil fazendeiros brancos ocupando a maior 
parte das áreas férteis.
CANZIAN, Fernando. Folha de S.Paulo, 12 ago. 2019. Disponível em: 
<https://temas.folha.uol.com.br>. Acesso em: 3 mar. 2020. (Adaptado)
Apesar dos avanços econômicos, a África do Sul ainda 
precisa superar os efeitos provocados pela 
A segregação de caráter racial.
B adoção de medidas compensatórias.
C apropriação da cultura estrangeira.
D marginalização de povos caucasianos.
E existência de movimentos separatistas.
QUESTÃO 79 
_ 20_ENEM_FIL_FA_L4_Q05
Daí, para a genealogia, um indispensável demorar-se: 
marcar a singularidade dos acontecimentos, longe de toda 
finalidade monótona; espreitá-los lá onde menos se os 
esperava e naquilo que é tido como não possuindo história 
– os sentimentos, o amor, a consciência, os instintos; 
apreender seu retorno não para traçar a curva lenta de uma 
evolução, mas para reencontrar as diferentes cenas onde 
eles desempenharam papéis distintos; e até definir o ponto 
de sua lacuna, o momento em que eles não aconteceram.
FOUCAULT, Michel. “Nietzsche, a genealogia e a história”. In: MACHADO, Roberto (Org.). 
Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979. p. 15.
Segundo Foucault, ao elaborar e incorporar o método 
genealógico, Nietzsche marca uma contraposição à
A ideia de eterno retorno dos fenômenos.
B análise crítica das descontinuidades.
C investigação do passado histórico.
D explicação causal dos fenômenos.
E ideia metafísica de origem linear.
QUESTÃO 80 
_ 20_ENEM_SOC_PT_L4_Q07
A ditadura ostensiva – sob a forma de fascismo, 
comunismo ou domínio militar – desapareceu em grande 
parte do mundo. Golpes militares e outras tomadas 
violentas do poder são raros. A maioria dos países realiza 
eleições regulares. Democracias ainda morrem, mas por 
meios diferentes. Desde o final da Guerra Fria, a maior 
parte dos colapsos democráticos não foi causada por 
generais e soldados, mas pelos próprios governos eleitos. 
Como Chávez na Venezuela, líderes eleitos subvertem as 
instituições democráticas [...]. O retrocesso democrático 
hoje começa nas urnas.
LEVITSKY, Steven; ZIBLATT, Daniel. Como as democracias morrem. Renato Aguiar (Trad.). 
Rio de Janeiro: Zahar, 2018. (Adaptado)
O trecho anterior sugere que a democracia perdura se
A há um processo constante de fortalecimento 
institucional.
B existe um líder que representa os interesses da maioria.
C ocorre o silenciamento de críticas vindas da imprensa.
D está nas mãos de um líder autocrático eleito.
E é sustentada por meio da garantia militar.
QUESTÃO 81 
_ 20_ENEM_GEO_JP_L4_Q11
O inimaginável acontecia. Milhões de egípcios 
protestavam contra Hosni Mubarak em busca do sonho de 
uma democracia ser instalada no país. A queda do ditador 
talvez tenha sido um dos momentos mais mágicos da 
humanidade neste século. Parecia que o Egito, maior nação 
do mundo árabe, poderia rumar para uma democracia. No 
entanto, a Primavera Árabe se tornou um longo e sombrio 
inverno árabe.
CHACRA, Guga. O Globo, 25 fev. 2020. Disponível em: <https://blogs.oglobo.globo.com>. 
Acesso em: 25 fev. 2020. (Adaptado)
O “inverno árabe” foi uma consequência da Primavera 
Árabe devido à
A adoção de posturas pacíficas após os protestos.
B influência de partidos políticos durante os protestos.
C divergência de reivindicações durante os protestos.
D reincidência de regimes autoritários após os protestos.
E crescente participação política da população após os 
protestos.
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CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 30
QUESTÃO 82 
_ 20_ENEM_HIS_LM_L4_Q03
Os Lords espirituais e temporais e os Comuns, hoje [22 
de janeiro de 1689] reunidos e constituindo em conjunto a 
representação plena e livre da nação para assegurar seus 
antigos direitos e liberdades, declaram que:
1 – o pretenso direito da autoridade real de suspender 
as leis ou a sua execução é ilegal; [..]
4 – qualquer levantamento de dinheiro para a Coroa ou 
o seu uso sem o consentimento do Parlamento é ilegal; [..]
9 – a liberdade de palavra ou das discussões ou 
processos no Parlamento não podem ser impedidas ou 
discutidas em qualquer tribunal ou lugar que não seja o 
próprio Parlamento. [..]
Trecho da Declaração de Direitos, assinada pelo Rei Guilherme de Orange, 
em 1689, na Inglaterra. (Adaptado)
No contexto da Inglaterra no século XVII, o documento 
demonstra que
A o povo se tornou soberano.
B a burguesia freou o poder dos reis.
C a nobreza recuperou o poder perdido.
D os conflitos religiosos desapareceram.
E os reis se tornaram figuras decorativas.
QUESTÃO 83 
_ 20_ENEM_FIL_LT_L1_Q19 
Parece ter havido para a poesia em geral duas causas 
naturais. Uma é que imitar é natural nos homens desde a 
infância e nisto diferem dos outros animais, pois o homem é 
o que tem mais capacidade de imitar e é pela imitação que 
adquire os seus primeiros conhecimentos; a outra é que todos 
sentem prazer nas imitações. Quando os homens veem as 
imagens, gostam dessa imitação, pois acontece que, vendo, 
aprendem e deduzem o que representa cada uma. 
ARISTÓTELES. Poética. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008. p. 42-3. (Adaptado) 
De acordo com o texto, a poesia, por ser 
A semelhança do real, é meio de aprendizado e gera 
satisfação. 
B objeto de desejo, deve se ater à reflexão pura sobre a 
natureza. 
C mera imitação humana, é uma dimensão desprezível 
da existência. 
D meio para se alcançar o pensamento crítico, é um 
método filosófico dedutivo. 
E cópia do mundo inteligível, é uma representação 
duvidosa do mundo material.
QUESTÃO 84 
_ 20_ENEM_GEO_BW_L4_Q01
De acordo com estimativas do Laboratório de Análise 
e Processamento de Imagens e Satélites (Lapis), ligado 
à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), 12,85% do 
semiárido brasileiro enfrenta o processo de desertificação.
DOMINGUES,Felipe. G1, 20 ago. 2019. Disponível em: <https://g1.globo.com>. 
Acesso em: 24 fev. 2020.
Um dos fatores que explica o processo de desertificação no 
semiárido brasileiro é o(a)
A uso da técnica de rotação de culturas.
B intensificação das desigualdades sociais.
C abandono de áreas agrícolas improdutivas.
D aprimoramento de tecnologias sustentáveis.
E exploração dos recursos naturais dessa região.
QUESTÃO 85 
_ 20_ENEM_GEO_BW_L4_Q08
Por dezenas de anos, a partir da década de 1960, a 
Amazônia foi apresentada ao mundo ocidental como uma 
região uniforme e monótona, pouco compartimentada e 
desprovida de diversidade fisiográfica e ecológica. Enfim, 
um espaço sem gente e sem história, passível de qualquer 
manipulação por meio de planejamentos realizados a 
distância ou sujeitos a propostas de obras faraônicas.
AB’SÁBER, Aziz Nacib. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. 
São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. p. 81.
Qual a consequência para a Amazônia do modelo de 
desenvolvimento adotado a partir da década de 1960?
A A valorização dos saberes dos povos originários.
B A difusão de conhecimentos científicos sobre a floresta.
C O investimento em pesquisas de preservação 
ambiental.
D O desmatamento causado pelos programas de 
crescimento.
E O progresso econômico da região devido à instalação 
de multinacionais.
QUESTÃO 86 
_ 20_ENEM_FIL_FA_L4_Q01
Como os pagãos, também os cristãos vivem em 
cidades temporais, colaboram para sua ordem e dela 
tiram proveito, mas, quaisquer que sejam suas cidades 
temporais, todos os cristãos de todos os países, de todas 
as línguas e de todas as épocas são unidos por seu amor 
comum ao mesmo Deus e pela busca comum da mesma 
beatitude. Formam, portanto, também eles, um povo, cujos 
cidadãos se recrutam em todas as cidades terrestres e cuja 
sede mística pode ser chamada de “Cidade de Deus”.
GILSON, Étienne. A filosofia na Idade Média. Eduardo Brandão (Trad.). 
São Paulo: Martins Fontes, 1995. p. 156-7. (Adaptado)
Na concepção agostiniana, uma das condições 
imprescindíveis à participação na “Cidade de Deus” é o(a)
A engajamento no combate ao paganismo.
B comunhão de valores e de sentimentos cristãos.
C postura ética independentemente da religião.
D não participação na ordem da cidade terrena.
E pertencimento territorial e cultural ao Ocidente.
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CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 31
QUESTÃO 87 
_ 20_ENEM_HIS_LM_L4_Q11
O informe oficial do governo britânico, expedido no 
Quênia em 1923, declarava: “O governo de Sua Majestade 
considera-se exercendo, por conta das populações 
africanas, uma tutela [...] cujo objetivo pode ser definido 
como a proteção e o progresso das raças indígenas”. No 
célebre estudo La mise em valeur des colonies françaises, 
Albert Sarraut, ministro francês das colônias, escrevia a 
propósito da França: “O único direito que ela quer conhecer 
é o direito de o mais forte proteger o mais fraco”.
BETTS, R. “A dominação europeia: métodos e instituições”. In: BOAHEN, A. (Org.). 
História Geral da África, v. VII: África sob dominação colonial, 1880 – 1935. 
Brasília: UNESCO, 2010. p. 355.
O trecho anterior revela que as potências europeias queriam
A desenvolver economicamente a África.
B preservar os recursos naturais africanos.
C proteger as populações indígenas africanas.
D justificar racialmente a colonização da África.
E ajudar os africanos a manterem suas tradições.
QUESTÃO 88 
_ 20_ENEM_HIS_LM_L4_Q08
A Sociedade Patriótica de Caracas vinha, havia já 
algum tempo, servindo de espaço para o vigoroso debate 
sobre os direitos naturais e civis dos indivíduos. Homens 
como Francisco Miranda e Simón Bolívar, recém-chegados 
do exterior, onde também haviam participado de diferentes 
tipos de círculos intelectuais, compartilhavam novas leituras 
e ideias, promovendo, assim, o surgimento de uma noção 
de soberania associada a novos valores.
GOUVÊA, M. “Revolução e independências: notas sobre o conceito e os processos 
revolucionários na América espanhola”. Estudos históricos, 1997, n. 20. p. 289. (Adaptado)
Bolívar e outros homens que trouxeram novas ideias 
do exterior se viram frustrados com a possibilidade de 
mudanças na América. Algo que divergiu do projeto de 
Bolívar para as Américas foi a
A falta de apoio das elites locais no processo de 
independência.
B fragmentação territorial do continente após a 
independência.
C baixa participação popular no processo revolucionário.
D subserviência das colônias aos interesses espanhóis.
E tentativa dos caudilhos de unificar o continente.
QUESTÃO 89 
_ 20_ENEM_SOC_PT_L4_Q09
Há um intenso embate sobre a redução de direitos 
sociais e trabalhistas e do Estado nas democracias plenas. 
[...] Em termos comparativos, esses países com base 
em sistemas tributários que geram os mais eficientes 
resultados distributivos, apresentam um significativo 
investimento em seus sistemas educacionais, em saúde, 
ciência, tecnologia e inovação, segurança, infraestrutura, 
meio ambiente, direitos humanos, proteção social e demais 
políticas públicas que reduzem a desigualdade e, também 
por isso, propiciam uma elevação na renda per capita e na 
capacidade estatal de arrecadação.
NODER, Luiz Antônio. “O neoliberalismo e a degradação da democracia”. 
Le Monde Diplomatique Brasil. Disponível em: <https://diplomatique.org.br>. 
Acesso em: 6 abr. 2020. (Adaptado)
De acordo com o texto, nos países de democracia plena, a 
elevação na renda per capita está associada à(s)
A promoção da cidadania.
B redução drástica de impostos.
C políticas de austeridade fiscal.
D priorização de interesses financeiros.
E estatização progressiva de instituições.
QUESTÃO 90 
_ 20_ENEM_FIL_FA_L4_Q07
Assim, totalmente livre, indiscernível do período cujo 
sentido escolhi ser, tão profundamente responsável pela 
guerra como se eu mesmo a houvesse declarado, incapaz 
de viver sem integrá-la à minha situação, sem comprometer-
-me integralmente nessa situação e sem imprimir nela a 
minha marca, devo ser sem remorsos nem pesares, assim 
como sou sem desculpa, pois, desde o instante de meu 
surgimento ao ser, carrego o peso do mundo totalmente só, 
sem que nada nem ninguém possa aliviá-lo.
SARTRE, Jean-Paul. O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenológica. 
Paulo Perdigão (Trad.). Petrópolis: Vozes, 1997. p. 680.
Toda a filosofia sartriana se estrutura em torno de uma 
concepção radical da liberdade. Para Sartre, dizer que o 
ser humano é livre equivale, entre outras coisas, a dizer 
que ele sempre
A afirma sua natureza universal.
B desvincula-se da realidade social.
C confere sentido a tudo que lhe cerca.
D tem a existência determinada pelos outros.
E está ciente das consequências de seus atos.
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LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 32
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