Prévia do material em texto
1º DIA CADERNO 2 EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: DIGITAL* 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 dispostas da seguinte maneira: a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; b) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões relativas à língua estrangeira escolhida (inglês ou espanhol)**. 2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. 3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão. 4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas. 5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA. 6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue o CARTÃO-RESPOSTA. 8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova. * Este caderno de provas reproduz as questões aplicadas no 3° Poliedro Enem Digital. ** Se nenhuma opção for indicada, a correção considerará o gabarito de inglês. 1o DIA CADERNO 1 AZUL PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 2 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 45 Questões de 01 a 05 (opção inglês) QUESTÃO 01 _ 20_ENEM_ING_LZ_L2_Q03 What would happen if GPS – the Global Positioning System – stopped working? For a start, we would all have to engage our brains and pay attention to the world around us when getting from A to B. Devices that use GPS usually stop us from getting lost. If it failed, the roads would be clogged with drivers slowing to peer at signs or stopping to consult maps. Phone for a taxi, and you’d find a harassed operator trying to keep track of her fleet by calling the drivers. Open the Uber app, and – well, you get the picture. With no GPS, emergency services would start struggling: operators wouldn’t be able to locate callers from their phone signal, or identify the nearest ambulance or police car. Gaps could appear on supermarket shelves as “just- -in-time” logistics systems judder to a halt. Farming, construction, fishing, surveying – these are other industries mentioned by a UK government report that pegs the cost of GPS going down at about $ 1bn (£ 820m) a day for the first five days. HARFORD, Tim. BBC News, 6 nov. 2019. Disponível em: <https://www.bbc.com>. Acesso em: 27 fev. 2020. O texto apresentado trabalha com a hipótese de uma pane no sistema de posicionamento global (GPS). Segundo o autor, caso essa hipótese se concretizasse, os A motoristas teriam que se orientar de outras maneiras, como por meio de mapas ou de placas de sinalização. B aplicativos como o Uber parariam de funcionar, e seria necessário recorrer ao serviço de táxi, que não faz uso dessa tecnologia. C alimentos entrariam em falta nas prateleiras dos supermercados devido à impossibilidade de fabricação de determinados produtos. D sistemas de emergência encerrariam suas atividades, pois os operadores teriam dificuldades para identificar as pessoas que solicitaram serviços. E condutores de veículos voltariam a depender de pedidos de informação nas estradas para conseguirem chegar a destinos desconhecidos. QUESTÃO 02 _ 20_ENEM_ING_LZ_L2_Q01 In a landmark ruling, Tanzania’s Supreme Court of Appeal has upheld a 2016 ruling banning parents from marrying off girls as young as 14. The previous ruling found that Tanzania’s marriage act was unconstitutional. It directed the government to raise the legal age of marriage to 18 years within a year. However this was challenged by the Attorney General with the argument that it interfered with the culture of the land. Yvette Kathurima Muhia, Head of Africa Engagement at Girls Not Brides: The Global Partnership to End Child Marriage, said, “We welcome the Supreme Court’s ruling, which is an encouraging step towards addressing child marriage in a country where 3 in 10 girls become child brides. However, laws alone won’t end child marriage. While laws and policies are essential in preventing child marriage, we also need to change the attitudes that make it acceptable in the first place,” she said. BAILEY-KING, Ettie. “Tanzania’s Supreme Court Declares Child Marriage Unconstitutional”. Disponível em: <https://www.girlsnotbrides.org>. Acesso em: 16 abr. 2020. O artigo noticia o reconhecimento da inconstitucionalidade do casamento infantil na Tanzânia e informa que A as leis são capazes de alterar atitudes retrógradas culturalmente aceitas. B a nova lei estabelece 14 anos como a idade legal para que meninas se casem. C os pais que obrigarem suas filhas a se casarem na infância serão banidos do país. D a lei é um passo em direção ao combate ao casamento infantil, apesar de não garantir o fim dele. E a decisão da Suprema Corte foi aceita e reconhecida pelo procurador-geral como parte da cultura da Tanzânia. QUESTÃO 03 _ 20_2EM_1S_ING_LZ_L1_Q01 And... nobody's around to actually know I'm doing it! Disponível em: <http://mbsenglish.blogspot.com>. Acesso em: 16 jan. 2020. (Adaptado) No cartum, o advérbio “actually” é usado no balão de fala para A corrigir o que foi dito anteriormente pela personagem. B enfatizar que o feito da personagem é surpreendente. C indicar o que contribuiu para o desempenho do atleta. D ressaltar que o ato foi realizado no momento presente. E mostrar que a ideia do texto visual contradiz a do verbal. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 3 QUESTÃO 04 _ 20_ENEM_ING_LZ_L2_Q02 She packed my bags last night pre-flight Zero hour: 9:00 a.m. And I’m gonna be high as a kite by then I miss the Earth so much, I miss my wife It’s lonely out in space On such a timeless flight And I think it’s gonna be a long, long time ‘Till touchdown brings me ‘round again to find I’m not the man they think I am at home Oh no, no, no I’m a rocket man Rocket man burning out his fuse up here alone Mars ain’t the kind of place to raise your kids In fact, it’s cold as hell And there’s no one there to raise them if you did And all this science I don’t understand It’s just my job five days a week A rocket man, a rocket man TAUPIN, Bernie. “Rocket Man”. Intérprete: Elton John. In: Honky Château. MCA, 1972. Na canção, o eu lírico expressa um sentimento de A preocupação, por ser obrigado a criar os filhos em um planeta muito frio. B ansiedade, por perceber a proximidade do momento de retorno à Terra. C arrependimento, por voltar para casa antes do fim da missão. D entusiasmo, por compor a tripulação de um foguete. E solidão, por ter que trabalhar no espaço sideral. QUESTÃO 05 _ 20_ENEM_ING_LZ_L2_Q04 HART, Johnny. Disponível em: <https://www.gocomics.com>. Acesso em: 27 fev. 2020. Na tirinha, constrói-se uma crítica bem-humorada ao(à) A burocratização excessiva da vida. B excesso de apatia do ser humano. C falta de produtividade da classe média. D rigorosidade das leis em uma sociedade. E taxação desnecessária de atividades humanas. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 45 Questões de 01 a 05 (opção espanhol) QUESTÃO 01_ 20_ENEM_ESP_CF_L2_Q01 ¿Por qué Frida Kahlo es tan reconocida y admirada? • Por ser una mujer con ideas políticas, ya que “el sexo débil” en aquel entonces no acostumbraba opinar sobre el tema. • Porque es símbolo de las mujeres que sufren. Gran parte de la vida de Frida estuvo acompañada de continuo e interminable dolor provocado por la fibromialgia que padecía. • Por su influencia en la ideología y visión de la mujer en la actualidad, que se caracteriza por romper la imagen de la mujer sumisa y dedicada al hogar. • Por su peculiar manera de vestir, la cual era frecuentemente ataviada con vestimentas, collares y accesorios inspirados en el folclore mexicano. Frida Kahlo se ha convertido en uno de los símbolos de la cultura popular mexicana del siglo XX. Al final, sus logros, sus luchas y sus pasiones están plasmados en su trabajo, que nos acompañará por mucho tiempo y podrá seguir cautivando nuevas generaciones. CRUZ, Omar. Disponível em: <https://www.sopitas.com>. Acesso em: 28 fev. 2020. A pergunta do título é respondida no decorrer do texto. De acordo com o que se expõe, Frida Kahlo A afirmou a superioridade da cultura mexicana sobre as demais em sua obra. B revolucionou o cenário político mexicano com sua atuação partidária. C influenciou uma perspectiva disruptiva sobre o papel social da mulher. D extinguiu sua dor usando a arte como elemento de transcendência espiritual. E transformou as tradições folclóricas mexicanas por meio de suas vestimentas. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 4 QUESTÃO 02 _ 20_ENEM_ESP_CF_L2_Q06 “No, gracias, no hace falta”. Cada vez más gente da esa respuesta cuando le ofrecen un sorbete plástico con la botella de gaseosa. Ahora, el Gobierno porteño busca que esa actitud se extienda a los comerciantes. Es por eso que entrará en vigencia una resolución del Ministerio de Ambiente que establece que no podrán ofrecerse o colocarse sorbetes plásticos a la vista del cliente. Y que, dentro de seis meses, directamente quedarán prohibidos su uso, entrega y expendio. “Confiamos en que suceda algo similar a lo que ocurrió con el cese de entrega de bolsas, que los vecinos lo tomaron como algo natural”, destaca el ministro Eduardo Macchiavelli. Aunque los sorbetes representan una fracción pequeña de toda la basura plástica que se genera en la Ciudad, resulta preocupante que sólo en patios de comidas de shoppings porteños se consuman dos millones de unidades por mes. Quienes no puedan o quieran prescindir de los sorbetes, pueden optar por los de cartón. ”En el costo del trago, una pajita de cartón no les cambia la ecuación a los comerciantes. Usualmente salen apenas unos pocos centavos más”, advierte Macchiavelli. Para vigilar el cumplimiento de la norma cuando los sorbetes queden prohibidos, se prevé un esquema de sanciones. “De cualquier forma, no creemos que haga falta llegar a eso. Tendremos un tiempo de adaptación”, enfatiza Macchiavelli. NIEBLA, Karina. Disponível em: <https://www.clarin.com>. Acesso em: 16 abr. 2020. De acordo com a reportagem sobre a resolução do governo de Buenos Aires, o ministro Eduardo Macchiavelli afirmou que o(s) A comerciantes de Buenos Aires aceitaram substituir as sacolas plásticas por sacolas confeccionadas com material natural. B custo de canudos de material alternativo ao plástico não é muito mais oneroso para o comerciante do que o do produto de plástico. C governo de Buenos Aires optou por expandir a proibição do uso de materiais plásticos inclusive aos locais nos quais se comercializa sorvete. D vendedores que não acatarem à resolução do governo sofrerão sanções e que o Ministério do Meio Ambiente acredita que as penalidades não tardarão a ocorrer. E volume de resíduos descartáveis nas praças de alimentação dos shoppings de Buenos Aires é preocupante, uma vez que esse material compõe a maior parte do lixo plástico gerado na cidade. QUESTÃO 03 _ 20_ENEM_ESP_NB_L2_Q04 Envejecer es un proceso natural, pero envejecer saludablemente supone pasar a la acción. Así lo considera al menos la Organización Mundial de la Salud que, al declarar 2020-2030 como la Década del Envejecimiento Saludable, señala que no se trata tanto de llegar a la vejez libre de enfermedades sino de fomentar y mantener la capacidad funcional que permite el bienestar en la vejez. Es decir, ser capaz de hacer durante el máximo tiempo posible las cosas a las que damos valor. Desde una perspectiva biológica el envejecimiento implica una reducción progresiva de las capacidades físicas y mentales. En los últimos años, debido a cambios en la alimentación o a hábitos de vida poco saludables, entre otros aspectos, ha aumentado la prevalencia de las enfermedades crónicas. IBARRARÁN, Pablo. “Soy viejo y hago lo que quiero”. Disponível em: <https://elpais.com>. Acesso em: 16 abr. 2020. De acordo com o texto, envelhecer de forma saudável significa A praticar atividades físicas. B mudar os hábitos de alimentação. C chegar a essa fase da vida livre de doenças. D conservar a capacidade de realizar atividades que possibilita o bem-estar. E aceitar que a velhice limita a capacidade de realizar coisas às quais se dá valor. QUESTÃO 04 _ 20_ENEM_ESP_CF_L2_Q04 PEÑA, Alvaro. Disponível em: <http://infoeao.blogspot.com>. Acesso em: 28 fev. 2020. A charge é um gênero textual no qual se expõem críticas de forma bem-humorada. A charge apresentada se caracteriza por mostrar o(a) A antagonismo entre as falas do político. B falta de consenso sobre a definição de diálogo. C intolerância como traço comum aos políticos mandatários. D diálogo como fruto de uma política baseada na tolerância. E dificuldade de diferenciar tolerância de diálogo e de consenso. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 5 QUESTÃO 05 _ 20_ENEM_ESP_PM_L2_Q05 Cada vez son más frecuentes las historias de parejas que, evitando el gasto de dinero y energía en celebraciones pomposas, deciden casarse en una ceremonia privada. Para ello suelen buscar un lugar paradisíaco donde sellar su amor. Entre esas opciones de ensueño, Puerto Rico se destaca. Este tipo de boda conocido como “elope” o “elopement” atrae incluso a figuras públicas. La fotógrafa especializada en bodas de destino Marisol Pesquera, quien lleva unos tres años ejerciendo la profesión, describió a Puerto Rico como un destino ideal para este tipo de celebración. Pesquera ha observado que “el cliente de elopement tiende a ser de entre los 27 a 35 años, son parejas jóvenes, profesionales pero que de repente no están tan interesados en lo que conlleva hacer una boda grande y prefieren escoger un location tropical, diferente a lo que ellos están acostumbrados en su país o estado, y casarse en privado y compartir con su pareja, celebrar esa unión y que eso sea el centro, ellos dos”. ARGUINZONI, Aurora Rivera. Disponível em: <https://www.magacin.com>. Acesso em: 9 mar. 2020. No texto sobre a tendência de parceiros que preferem se casar em cerimônias privadas, o perfil apresentado dos que optam por esse tipo de celebração é de casais A famosos, que desejam algo simples para evitar a cobertura da imprensa. B desprovidos de recursos financeiros, que buscam cerimônias de baixo custo. C jovens, que gostam de lugares tropicais e não desejam uma cerimônia grandiosa. D antissociais, que não gostam de conviver com outras pessoas além de seu consorte. E porto-riquenhos, que podem desfrutar de cenários tropicais paradisíacos em seu próprio país. Questões de 06 a 45 QUESTÃO 06 _ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q14 DAHMER, André. Disponível em: <https://twitter.com/malvados>. Acessoem: 25 mar. 2020. Na tirinha, que faz uma crítica relacionada à contradição entre o avanço tecnológico do século XXI e a manutenção de um ideologia associada ao século XIX, as personagens A negam o desenvolvimento tecnológico. B trabalham confinadas em espaços fechados. C têm sua autonomia reforçada pela tecnologia. D evidenciam a transformação das relações de trabalho. E demonstram esperança de mudança no processo laboral. QUESTÃO 07 _ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q13 Descolonizada Uma onça braba com olhar já me dizia Eu hoje estou arredia! Ansiedade É tanto assunto Uma agonia, mas podemos conversar Eu sou sua mente Prazer! Me olhe de frente! A gente pode se entender Negociar um equilíbrio, um bom lugar Eu sou sua mente! Se aproxime, me olhe de frente! Eu sei que emito uns rugidos de repente É o meu desejo de gritar! Não deixe que a corrida maluca da vida louca Te jogue num precipício de emoções Garota! Não deixe que tentem te colonizar Te converter, te doutrinar, te alienar Eu quero voar Escrever o meu enredo Liberdade é não ter medo! Eu não vou entrar nessa jaula Eu não nasci pra ser adestrada Me deixa correr no espaço Deixa eu exibir a minha pele pintada LUZ, Larissa. In: Território conquistado. Nzinga, 2016. Na canção de Larissa Luz, o(a) A colonização está relacionada a um processo de animalização do ser humano. B uso da metalinguagem marca uma reflexão sobre a ansiedade diante de tanta informação. C palavra “garota” no final da primeira estrofe indica que a letra é voltada para o público feminino. D voz poética do primeiro verso é diferente da que se manifesta no restante do texto. E título comprova que a letra da música se volta para o passado histórico do país. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 6 QUESTÃO 08 _ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q15 Romeu & Julieta Concepção e Direção Geral: Gabriel Villela Ao atualizar o sentido da maior história de amor da humanidade, Gabriel Villela e o Grupo Galpão transpõem a tragédia de dois jovens apaixonados para o contexto da cultura popular brasileira, evocada por elementos presentes no cenário, nos adereços, na música e na figura do narrador, que rege toda a peça com uma linguagem inspirada em Guimarães Rosa e no sertão mineiro. “Romeu & Julieta: Sinopse”. Disponível em: <http://www.grupogalpao.com.br>. Acesso em: 18 mar. 2020. O texto apresentado é uma sinopse, gênero textual no qual se destaca a função referencial da linguagem, que, no fragmento, caracteriza-se pelo(a) A exortação ao leitor para que assista ao espetáculo. B busca pela manutenção do contato com o leitor do texto. C subjetividade com que se conta a história de dois jovens apaixonados. D uso da terceira pessoa para transmitir uma informação de forma impessoal. E importância da estrutura, do ritmo e da sonoridade na peça shakespeariana. QUESTÃO 09 _ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q09 Crítica: Parasita traz vibrante visão moderna da luta de classes No Festival de Cannes, Parasita, de Bong Joon-ho, foi precedido por uma carta do próprio diretor sul-coreano, pedindo aos jornalistas que não revelassem o enredo do filme depois de um ponto específico. Foi o mesmo pedido feito pelos criadores do outro lançamento recente, Era uma vez em Hollywood, de Tarantino. Mas enquanto este filme é nostálgico por uma época de 50 anos atrás, Parasita é um ponto de vista moderno sobre a relação entre as classes econômicas de uma sociedade. Os temas e as escolhas narrativas deste filme são similares a outro recente sucesso, Nós, de Jordan Peele. Dois cineastas trabalhando em culturas, línguas e países separados, eles sincronizaram seus filmes de maneiras que revelam como é necessário que populações e governos procurem soluções para a desigualdade entre classes. A descida da comédia para o confronto, como se verifica em ambos os filmes, assombra as mentes de cineastas de todo o mundo. OLIVEIRA, Luiz. Disponível em: <https://www.metropoles.com>. Acesso em: 26 mar. 2020. (Adaptado) A crítica cinematográfica apresenta a ideia de que o filme Parasita A transita pela comédia para abordar questões sociais complexas, como a desigualdade. B representa de modo inusitado o confronto entre a população sul-coreana e seu governo. C está em sintonia com a produção hollywoodiana na sua abordagem nostálgica da história. D atende ao anseio da indústria de cinema norte- -americana por explicitar a luta de classes. E tem codireção de Jordan Peele, que dirigiu com Bong Joon-ho outro filme, intitulado Nós. QUESTÃO 10 _ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q09 A primeira tentativa de transformação sofrida na então habitual arte de interpretar aconteceu a partir de meados do século XIX, quando a escola realista francesa entrou como novidade nos nossos palcos. Imagens da realidade, personagens contemporâneas, discussões a respeito de questões sociais requeriam um tipo de falar bem longe do saborear das palavras e do estilo tonitruante tão caro aos atores românticos. Fazer com que o espectador estivesse “diante da vida como ela é” foi uma proclamação do naturalismo teatral. Está claro que o estilo realista/naturalista de interpretação não fez com que a maioria dos nossos intérpretes do passado abandonasse de todo o hábito de “dizer bem”, preocupação primordial de muitos deles até os anos de 1940. O culto à fala não deixou de ser um perigo para os maus atores. “Diziam” sem dar muita importância ao significado mais profundo do que falavam. Entre os elementos que constituíam o atrativo e o encanto natural do espetáculo, destacava-se a “beleza literária da peça” e “a dicção, o canto e o encanto da voz humana”. Só depois desses fatores vinha o interesse despertado pela intriga e pelas situações. VARGAS, Maria Thereza. “A modernização da arte do ator”. In: FARIA, João Roberto (Org.). História do teatro brasileiro: do Modernismo às tendências contemporâneas. vol. 2. Sâo Paulo: Perspectiva; Edições SESC, 2013. p. 96. No conjunto do texto, “saborear das palavras”, “estilo tonitruante”, “hábito de ‘dizer bem’”, “culto à fala”, “‘a dicção, o canto e o encanto da voz humana’” correspondem a A cacoetes interpretativos e expressivos diretamente associados à tradição romântica e melodramática, por meio dos quais se privilegiava o conteúdo do texto. B métodos de atuação, de declamação e de expressão vocal que, embora superados, estimulavam a reflexão sobre o conteúdo social das novas peças. C formas específicas de expressão vocal que diziam respeito a conteúdos menos afeitos ao debate de caráter social do teatro realista/naturalista. D resultados híbridos e incipientes da tentativa de atores de ajustar os conteúdos da “vida como ela é” às novas formas de atuar e de enunciar. E técnicas de atuação e de expressão vocal cujo propósito primordial era atrair a atenção do público para enredos e personagens. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 14-08-2020 (17:37) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 7 QUESTÃO 11 _ 20_ENEM_POR_HT_L1_Q9 Circuito fechado Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos. Mesa, cadeiras, xícara e pires. Pasta, carro. Mesa e poltrona, cadeira, papéis, telefone, agenda. Bandeja, xícara pequena. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, telefone interno, externo, papel e caneta. Carro. Paletó, gravata. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Televisor, poltrona. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama,espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro. RAMOS, Ricardo. Circuito fechado. Rio de Janeiro: Record, 1978. (Adaptado) Na narrativa que se apresenta, a passagem do tempo é indicada pelo(a) A recorrência de certos vocábulos, a fim de fazer referência a uma rotina. B uso de grafia incorreta, indicando ao leitor a velocidade com que o texto foi escrito. C utilização de palavras associadas à liberdade, que se remetem ao desejo de escapar de determinada situação. D presença de formas verbais diversas, demonstrando as ações realizadas pela personagem. E ausência de critério na utilização de pontos-finais, vírgulas e ponto e vírgula. QUESTÃO 12 _ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q06 O surf é uma das várias modalidades que têm sido identificadas como esporte de aventura. Essa denominação é atribuída a um conjunto de práticas esportivas caracterizadas pela interação do praticante com a natureza, a valorização pessoal dos próprios desafios, a exigência de uma consciência dos riscos inerentes à prática e pela possibilidade de o praticante estar relativamente isento de regras rígidas de conduta, favorecendo a independência e a autonomia. No que diz respeito ao conhecimento sobre os papéis que o treinador de surf pode assumir, predomina o de amigo. A necessidade de o treinador fazer com que o aprendiz confie em sua orientação, sobretudo por se tratar de uma prática em um ambiente instável, complexo, composto de muitos outros elementos vivos e naturais, implicando risco para ambos, exige que o treinador se torne um amigo porque ele acaba desenvolvendo um relacionamento de intimidade, de confiança com o aprendiz. Esse papel está associado às orientações que o treinador fornece ao principiante e que influenciam suas atitudes, escolhas, e até mesmo a incorporação de valores de vida, isto é, um tipo de compartilhamento do estilo de vida surf ou lifestyle. BRASIL, V. et al. “Os conhecimentos de base para intervenção pedagógica do treinador de surf”. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. v. 31. n. 4, 2017. p. 807-17. No texto, caracteriza-se o surfe como esporte de aventura e descreve-se o treinador como amigo. Considerando essas duas apresentações gerais, segundo o autor, a prática desse esporte A anula as instabilidades e imprevisibilidades do ambiente em que ocorre por meio do exercício subjetivo da amizade. B privilegia o exclusivismo e o culto da personalidade, uma vez que se baseia na valorização pessoal dos próprios desafios e em um lifestyle individualista. C é indissociável de um repertório compartilhado afetivamente que inclui autoconhecimento, conhecimento do ambiente e absorção de um modo de vida específico. D potencializa vínculos afetivos densos, como a amizade entre treinador e aprendiz, mas não sistematiza um conjunto de técnicas específicas para a prática do esporte. E prescinde do preparo profissional do treinador, porque privilegia um saber não técnico, adquirido pela circulação no ambiente da natureza e nas interações sociais do mundo do surfe. QUESTÃO 13 _ 20_ENEM_POR_NB_L1_Q13 Disponível em: <https://portal.tjsc.jus.br>. Acesso em: 10 maio 2020. O cartaz lido tem como principal finalidade A denunciar crimes de violência contra crianças e adolescentes. B inaugurar um canal de denúncias de crimes contra crianças e adolescentes. C influenciar as pessoas a denunciarem crimes contra crianças e adolescentes. D revelar a negligência de testemunhas de crimes contra crianças e adolescentes. E criminalizar aqueles que se omitem diante de crimes contra crianças e adolescentes. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 8 QUESTÃO 14 _ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q04 Retomada Tem uma indústria que quer fazer um condomínio para os ricos. Só que se esqueceram de que querem montar isso de frente às praias tupinambá, onde não tem morador. Só tem a praia e o mangue. Será que todo mundo estudou para ficar maluco? Com mangue não se mexe! Manguezal é o berço da natureza entre a terra e o mar! Para que tem cientista nesse país, se não serve para dizer que num berçário não se mexe? Nunca estudei em uma universidade. Mas sei que, se você aterra um lugar de água, aquela água vai para outro lugar. Se você aterrar três quilômetros de mar aberto, você vai mudar até a corrente marítima daquela região e desorientar os peixes que passam ali, os golfinhos, as tartarugas. As pessoas que se dizem inteligentes, que constroem o saber, que ensinam, que vão a Marte, que fabricam tudo o que é importante não sabem o básico. Sabem o final, mas desconhecem o começo. E aí é que está o problema. Cacique Babau. "Retomada". Piseagrama, Belo Horizonte, n. 13, p. 98-105, 2019. No texto, o cacique tupinambá Babau expressa suas percepções sobre a relação que a sociedade não indígena estabelece com a natureza. Em suas considerações, o cacique A denuncia a ação deliberada da Ciência contra a preservação da natureza, objetivando o lucro. B invalida a possibilidade de que a educação constitua ferramenta de combate ao desrespeito à natureza. C expõe uma contradição entre o conhecimento tecnológico e a ignorância sobre o funcionamento da natureza. D afirma que não é necessário frequentar uma universidade para ter conhecimentos científicos específicos. E faz uma crítica à Ciência por ela se dedicar à construção de saberes muito complexos, como a investigação espacial. QUESTÃO 15 _ 20_ENEM_POR_MR_L3_Q07 Seiscentos e sessenta e seis A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em [casa. Quando se vê, já são 6 horas: há tempo… Quando se vê, já é 6a-feira… Quando se vê, passaram 60 anos! Agora, é tarde demais para ser reprovado… E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade, eu nem olhava o relógio seguia sempre em frente… E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil [das horas. QUINTANA, Mário. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005. p. 479. No poema, para o eu lírico, a vida é A didática; por isso, pode-se aprender a viver bem. B repleta de atribulações; por isso, torna-se cansativa. C divertida; por isso, é preciso gozar cada instante dela. D fugaz; por isso, deve ser aproveitada sem postergação. E calma; por isso, os seres têm a eternidade para desfrutá-la. QUESTÃO 16 _ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q14 Os comentários a respeito do nascimento do cinema nos fins do século passado e seu prodigioso desenvolvimento nos primórdios do nosso exageram o caráter da novidade. Sociólogos e psicólogos falam de necessidades novas por ele suscitadas, e estetas procuram configurá-lo em termos de arte intrinsecamente diferente das outras. Na realidade, um mínimo de reflexão é suficiente para indicar que, do ponto de vista sociológico, a revolução do cinema consistiu apenas em modificar as condições de produção do entretenimento. Num mundo em que a Revolução Industrial, pelo menos nos países mais adiantados, já tinha introduzido a fabricação em série e em larga escala dos bens materiais de consumo, continuava artesanal a produção das diversões, da arte popular e do folclore. O cinema significou a extensão da Revolução Industrial ao entretenimento, isto é, a fabricação em massa dos bens espirituais de consumo. GOMES, Paulo Emílio Sales. “Formação de Georges Méliès”. O cinema no século. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 57-8. No fragmento, apresenta-se um ponto de vista a respeito de interpretações sobre a origem do cinema. Para o autor do texto, essa forma de arte A atualizava, no plano do entretenimento, o que já havia ocorrido na produção e no consumo, revolucionando a tradição artística. B tinha caráter revolucionário do ponto de vista estético, mas ficava aquém das inovações já operadas no plano do trabalho e do consumo. C se constituiu como fenômeno não original e não inovador, na medida em que sualinguagem já se manifestava na arte popular e no folclore. D suscitava novas experiências psíquicas e sociais, daí seu caráter radicalmente inovador do ponto de vista estético e o surgimento de sua nova linguagem. E era, no nascedouro, uma arte estética e radicalmente nova, que predispunha o público a novas necessidades de trabalho e de consumo. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 9 QUESTÃO 17 _ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q30 Eu tenho um ermo enorme dentro do olho. Por motivo do ermo não fui um menino peralta. E com esta senectez atual me voltou a criancês. Acho que o que faço agora é o que não pude fazer na infância. Faço outro tipo de peraltagem. Quando era criança eu deveria pular o muro do vizinho para catar goiaba. Mas não havia vizinho. Em vez de peraltagem eu fazia solidão. Brincava de fingir que pedra era lagarto. Que lata era navio. Eu tinha mais comunhão com as coisas do que comparação. Porque se a gente fala a partir de ser criança, a gente faz comunhão: de um orvalho e sua aranha, de uma tarde e suas garças. Então eu trago a visão comungante e oblíqua das coisas. Eu sei dizer sem pudor que o escuro me ilumina. É um paradoxo que ajuda a poesia. Eu tenho que essa visão oblíqua vem de eu ter sido criança em algum lugar perdido onde havia transfusão da natureza e comunhão com ela. Era o menino e os bichinhos. Era o menino e o sol. O menino e o rio. BARROS, Manoel de. “Manoel por Manoel”. Meu quintal é maior que o mundo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015. p. 15. (Adaptado) Para o autor do texto, a infância A consistiu em uma experiência marcada pela solidão e pela integração do sujeito com as coisas, ressignificada, na maturidade, por meio da linguagem. B se enraíza em aventuras marcadas por peraltices desviantes, as quais se caracterizam pela transgressão dos costumes, com a natureza como parceira. C perde valor experiencial e simbólico quando comparada ao presente, porque nela não havia linguagem poética nem laços afetivos com pessoas e coisas. D é descrita por meio da metáfora associada ao vocábulo “ermo”, que sintetiza uma experiência infantil despovoada e incoerente, preenchida por meio da poesia. E se tornou algo que não deixou saudade, pela solidão e pela impossibilidade de desenvolver atividades típicas de criança, como a peraltice de roubar frutas do vizinho e desfrutar da natureza. QUESTÃO 18 _ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q10 Antônio João da Silva tinha uma letra bonita e sabia soletrar alguma coisa. Dava trabalho ler. Juntar letra por letra e no final a palavra. Depois juntar palavra por palavra. Antônio João da Silva – Totó – apelido de cachorro, não fazia mal, cachorro é amigo de homem. Um dia, ele, depois de juntar as letras e as palavras, leu isto: Mais vale um cachorro amigo do que um amigo cachorro. Não entendeu de prontidão o que queria dizer. Juntou novamente as letras, em seguida as palavras, e quase deu um grito de alegria. É mesmo, mais valia ser cachorro e amigo do dono, do que ser homem e nunca ser amigo. Quando menino, foi chamado de Totó. Por que Totó e não Totonho ou Tonico ou até mesmo Joãozinho? Já homem, Sô Totó, agora velho, Tio Totó. Era tio de seus sobrinhos e dos sobrinhos dos outros. EVARISTO, Conceição. Becos da memória. Rio de Janeiro: Pallas, 2017. Conceição Evaristo apresenta recorrentemente a história de personagens negras e socialmente marginalizadas. No excerto transcrito, o(a) A repetição do nome completo da personagem marca a sua humanidade. B pergunta sobre outros possíveis apelidos revela que não se trata de um narrador onisciente. C universo interior da personagem se assemelha ao de um cão, o que se revela por meio de seu apelido. D apelido era uma marca da infância da personagem, que o abandonou para assumir seu nome verdadeiro. E experiência de leitura da personagem é um indicativo de sua incapacidade de se comunicar e de entender o mundo. QUESTÃO 19 _ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q29 De onde o escritor tira suas ideias? A alternativa óbvia é considerar que a origem das histórias se dá na experiência pessoal ou na própria literatura. No meu caso, foram fundamentais as revistas em quadrinhos seriadas do tipo “to be continued” (“continua”). Quando eu as encontrava, as aventuras já estavam iniciadas em números anteriores, assim como o desfecho só se daria nos volumes seguintes, aos quais eu não tinha acesso. Sem os capítulos anteriores e seguintes, eu não conhecia o início e o final das aventuras. Só me restava imaginá-los. A leitura nada tem de passiva, isso deveria ser claro, mas não costuma ser. Se metade do trabalho corresponde ao autor, ao leitor não sobra menos do que a outra metade. A originalidade surge nos interstícios de dados variáveis, brotando como erva daninha e se multiplicando a partir daquilo que não se conhece, pois à mente só resta inventar. TERRON, Joca Reiners. “Continua na próxima semana”. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 28 abr. 2020. De acordo com o que se apresenta no texto, para o autor, a impossibilidade de acompanhar as histórias em quadrinhos desde o início até o desfecho A teve importância fundamental no desenvolvimento de sua criatividade, apesar de constituir um aspecto prejudicial à sua formação de escritor. B consiste em uma experiência pessoal que não teve implicações diretas na sua produção literária, devido à displicência com que ele desfrutava dessas leituras. C lhe permitiu desenvolver a imaginação, sob a ressalva de que é a criatividade do autor que dita os rumos das narrativas e orienta o desfrute da experiência da leitura. D lhe possibilitou concluir que a criatividade dos leitores é tão importante quanto a dos autores e que a originalidade inventiva emerge das lacunas entre dados distintos. E é representada, no texto, por meio da comparação final com a erva daninha, na qual é avaliada desfavoravelmente, apesar de ter contribuído na formação do autor. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 10 QUESTÃO 20 _ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q06 TEXTO I Sujeito de sorte Presentemente eu posso me considerar um sujeito de [sorte Porque, apesar de muito moço, me sinto são e salvo [e forte [...] Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro Belchior. “Sujeito de sorte”. In: Alucinação. Polygram, 1976. TEXTO II AmarElo Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes Elas são coadjuvantes, Não, melhor, figurantes, que nem devia tá aqui Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes Tanta dor rouba nossa voz, sabe o que resta de nós? Alvos passeando por aí Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes Se isso é sobre vivência, me resumir à sobrevivência É roubar o pouco de bom que vivi Por fim, permita que eu fale, não as minhas cicatrizes Achar que me definem é o pior dos crimes É dar o troféu pro nosso algoz e fazer nós sumir Emicida. “AmarElo”. In: AmarElo. Laboratório Fantasma, 2019. A percepção da intertextualidade entre as canções de Belchior e de Emicida evidencia tanto elementos comuns aos textos como aspectos divergentes entre ambos. Levando isso em consideração, o A Texto II apresenta linguagem conotativa, e o Texto I não. B Texto I expressa tom otimista, e o Texto II expressa tom pessimista. C Texto I e o Texto II configuram atestados de que a luta pela sobrevivência é vã. D Texto I expõe a experiência de uma coletividade, e o Texto II expõe a experiência de um indivíduo. E Texto II reflete sobre o modo de atuação da figura opressora que age contra o eu lírico, eo Texto I não. QUESTÃO 21 _ 20_ENEM_POR_MR_L3_Q02 Para que a Declaração de Regularidade da Situação do Contribuinte Individual seja emitida, é necessário que o cadastro do cidadão esteja devidamente atualizado. O sistema também verifica o seguinte requisito: Se o cidadão não possuir contribuições como contribuinte individual, mas exerce concomitantemente atividade como empregado, empregado doméstico ou trabalhador avulso, com registro de remuneração igual ou acima do limite máximo do salário de contribuição na outra atividade, deverão haver registros de recolhimentos em número de competências igual ou superior ao mínimo exigido nos itens anteriores. Disponível em: <https://www.inss.gov.br>. Acesso em: 23 mar. 2020. No fragmento, a palavra “concomitantemente”, em destaque, caracteriza a ideia de A simultaneidade. B confirmação. C intensidade. D oposição. E negação. QUESTÃO 22 _ 20_ENEM_POR_MB_L1_Q16 Disponível em: <https://abraccine.org>. Acesso em: 23 mar. 2020. Na peça publicitária, os recursos visuais e o enunciado “Vários sotaques. Uma só língua.” estabelecem uma relação de A exemplificação, pois cada um dos indivíduos apresentado no plano visual remete a uma região do país. B complementaridade, devido à impossibilidade de compreensão do texto verbal sem a mediação do texto não verbal. C analogia, pois a Kombi, veículo icônico da memória coletiva do Brasil, alude, no plano verbal, à ideia de “vários sotaques”. D ironia, visto que a premissa expressa pela declaração de que existe uma só língua não encontra correspondência no plano visual. E convergência de sentido, pois ambos exploram a ideia de que a cultura brasileira é múltipla e diversificada, sem que, entretanto, haja uma perda de unidade. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 11 QUESTÃO 23 _ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q05 COUTINHO, Laerte. Disponível em: <https://twitter.com>. Acesso em: 24 mar. 2020. (Adaptado) A poeta Hilda Hilst é um dos principais nomes da literatura brasileira contemporânea. Quanto às funções da linguagem, levando em conta a interação que seus versos mantêm com os quadrinhos de Laerte, o(a) A tirinha ressalta a função referencial do texto, modificando o sentido dos elementos verbais. B texto não verbal e a linguagem conotativa expõem a função conativa dos versos de Hilda Hilst. C diálogo entre as linguagens artísticas ressalta a função apelativa expressa nos quatro primeiros quadrinhos. D transformação da mulher em um animal selvagem está relacionada à abordagem metalinguística do poema. E cabeça de tigre que a personagem da tira revela e o diálogo literário com o desejo destacam a função emotiva. QUESTÃO 24 _ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q26 “O que há de mais profundo no homem é a pele” – a se concluir das palavras de Paul Valéry, todo tipo de inscrição estampada na superfície dos corpos deveria ser objeto de atenção. A começar pelas tatuagens, que nada teriam de superficial. Ao contrário, elas ostentariam a rara capacidade de condensar, em fórmulas singelas, algumas das mais candentes inquietações humanas. Como, porém, atribuir tal profundidade a toscas inscrições de nomes próprios ou a repetidas figuras marinhas que se oferecem como matrizes do imaginário tradicional da tatuagem? As tatuagens mais grosseiras constituem material de riqueza simbólica para a elaboração das vivências corporais, não raro ocultas pelas representações idealizadas da figura humana. Não surpreende que tais aspectos ganhem evidência nos corpos de homens e mulheres que, vivendo à margem do tecido social, estiveram mais distantes da norma e menos comprometidos com as supostas imagens ideais da forma humana. Mais que evidências, essas inscrições são, elas mesmas, singelas interpretações da experiência de ter um corpo singular e contraditório. MORAES, Eliane Robert. “Corações de mãe, sereias e serpentes”. Revista Quatro Cinco Um, n. 20, dez. 2019/jan. 2020. p. 24-5. (Adaptado) Para a autora, o caráter tosco das tatuagens tradicionais A invalida o paradoxo de Paul Valéry, porque não contém mais do que a superficialidade da experiência estética de sujeitos sociais marginalizados. B sintetiza a riqueza das experiências vividas pelos tatuados, que, graças às inscrições na pele, se deslocam da marginalidade para o núcleo da moda. C reafirma, no corpo dos tatuados, a submissão às modas e aos ideais de beleza, cujas contradições desaparecem na superficialidade da pele. D inscreve simbólica e concretamente na pele das pessoas tatuadas a vivência de não corresponder aos modelos ideais de corpo. E redunda em aceitação social, pois inscreve definitivamente no corpo do tatuado a natureza marginal de sua experiência. QUESTÃO 25 _ 20_ENEM_POR_CE_L3_Q05 — Não posso falar muito, mãe. Como se faz café? — Com água, com... Mas onde é que você está, Duda? — Estou trabalhando de “au pair” num apartamento. Ih, não posso falar mais. Estão chegando. Tchau! O pai quis saber detalhes. Onde ela estava morando? — Falou alguma coisa sobre “opér”. — Deve ser “operá”. O francês dela não melhorou... Dias depois, outra ligação. Apressada como a primeira. A Duda queria saber como se mudava fralda. Por um momento, a mãe teve um pensamento louco. A Duda teve um filho de um francês! Não, que bobagem, não dava tempo. Por que você quer saber, minha filha? — Rápido, mãe. A criança tá borrada! VERISSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. (Adaptado) Nesse excerto da crônica de Luis Fernando Verissimo, depreende-se a progressão temporal por meio da A atribuição de diferentes tempos verbais às ações da menina. B alternância entre as perguntas dos pais e as respostas da filha. C discussão entre os pais sobre o que poderia ter acontecido à filha. D presença de conectivos marcando a duração e a sequência dos eventos. E sucessão de falas e da inserção de referência temporal no discurso do narrador. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 12 QUESTÃO 26 _ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q12 Hoje vi um quadro Hoje vi um quadro numa padaria aqui perto parecia feito por uma mulher que estava em casa e que algum dia fez um curso de pintura ou quem sabe era enfermeira e pintava como hobby. era uma imagem de um pátio colonial o piso xadrez vários vasos com arbustos e um poço. A pintura era extremamente tosca mas me comoveu porque me reconheci nela senti que meus poemas – este por exemplo – eram seu equivalente. O fato de estar numa padaria também me fez pensar que meus poemas eram como biscoitinhos de canela mal-assados, uns biscoitinhos que uma mulher que não sabe nada de cozinha decide fazer num domingo à tarde quando não tem que ir trabalhar. PAVÓN, Cecilia. Discoteca selvagem. Jabuticaba, 2019. No poema, ao apresentar elementos relacionados à vida cotidiana, o(a) A escrita se apresenta como atividade elitista. B padaria é uma metáfora do confinamento doméstico. C eu lírico se identifica com o trabalho de outras mulheres. D crítica ao próprio fazer poético desencadeia efeito de humor. E quadro representa o colonialismo europeu em seu apreço formal. QUESTÃO 27 _ 20_ENEM_POR_NB_L5_Q01 Etimologia No suor do rosto o gosto do nosso pão diário sal: salário PAES, José Paulo; PAIXÃO, Fernando (Org.). O melhor poeta da minha rua. São Paulo: Ática, 2008. No poema de José Paulo Paes, o título e o texto estabelecem entre si uma relação A contraditória, pois o termo que constitui o título se refere ao estudo da origem das palavras. B aleatória, já que o sentido do poema não tem base na conexão entre título e versos. C semântica, uma vez que o poema se refere à origem dosustento do trabalhador. D persuasiva, porque se convida o leitor a descobrir o significado das palavras do poema. E de antecipação temática, pois o título indica que o poema tratará da origem da palavra “sal”. QUESTÃO 28 _ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q12 Procuro traçar uma interpretação da arte brasileira. Não é apenas por petição de princípio que evito a sobreposição de um esquema teórico aos trabalhos individuais. Acontece que mesmo os raciocínios mais abrangentes que orientam meu estudo nasceram de um corpo a corpo com as obras analisadas, e talvez o esforço de sistematização decorra fundamentalmente da necessidade de estabelecer relações que melhorem a compreensão e ampliem o significado da nossa produção, livrando-nos de uma proximidade sufocante. Beneficiei-me de análises que, principalmente nos últimos quarenta anos, têm ampliado o entendimento da produção plástica no Brasil. E as próprias obras vêm ajudando nessa tarefa, na medida em que, progressivamente, revelam filiações e cruzamentos que até então escapavam à análise. O adensamento de um meio artístico parece conduzir inevitavelmente a uma certa reflexividade, que acentua os vínculos das obras com a tradição. Nossa produção, até meados da década de 1970 – talvez com exceção do barroco mineiro –, foi irregular e esparsa, dificultando a constituição de um meio mais rigoroso e enriquecedor. Todos que lidam com as artes plásticas nacionais já experimentaram a sensação de trabalhar com um material incerto, que parece pôr em dúvida sua própria existência. Talvez nenhuma outra área artística brasileira tenha menor penetração pública. NAVES, Rodrigo. A forma difícil: ensaios sobre a arte brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 15-6. (Adaptado) As observações iniciais da obra A forma difícil, apresentadas no fragmento, partem do pressuposto de que A o adensamento do ambiente artístico se dá por meio do corpo a corpo do crítico com as obras de arte por ele analisadas. B as próprias obras de arte podem servir de guia para a análise e o método da crítica, dispensando o repertório interpretativo do passado. C a irregularidade da produção artística brasileira se inscreve nas próprias obras de arte, de modo que dificulta a sistematização e a análise. D a apresentação de esquemas teóricos anteriores à análise de obras específicas é o método mais adequado a ambientes artísticos menos densos. E a reflexividade do meio artístico brasileiro se adensou a partir de 1970, privilegiando esquemas teóricos em detrimento da análise de obras específicas. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 13 QUESTÃO 29 _ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q18 Disponível em: <http://www.benoliveira.com>. Acesso em: 12 mar. 2020. (Adaptado) O infográfico apresentado leva à conclusão de que o alívio do estresse por meio da leitura A implica processos de alienação política e ideológica do leitor. B pressupõe um hábito de leitura que ganhe progressão no tempo. C ocorre devido à interação da inventividade do autor com a criatividade do leitor. D está correlacionado ao tipo de livro escolhido, cuja temática pode causar sofrimento. E está diretamente associado à interação dessa atividade com outras de mesmo efeito. QUESTÃO 30 _ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q22 TEXTO I Em Caipira picando fumo, a sombra aumenta, por contraste, a força do sol. E fica difícil não pensar em Mulheres no jardim (1866-7), de Manet, no qual também foi usado esse recurso. O que importa é o contraste entre a aridez do ambiente e a relativa serenidade do caboclo. Se a atitude absorta do caipira o livra em parte do castigo do sol, isso ocorre por renúncia em lugar de uma atividade que submeta a natureza a desígnios humanos. O sol é o grande personagem. O que domina o quadro é a exterioridade majestosa da luz e do calor que parecem apenas tolerar a presença daquilo que ainda não foi reduzido a eles. Para os impressionistas, a luz era o elemento evidenciador de que o olhar adquirira um novo estatuto diante da realidade. Ele não mais espelhava o mundo, dando como aceita a sua feição. Ele agia sobre as coisas. No mundo de Almeida Júnior, essa desenvoltura era impensável. O meio brasileiro social e tecnologicamente atrasado não permitia que a luz tornasse a vida e a realidade mais porosas e plásticas. NAVES, Rodrigo. “Almeida Júnior: o sol no meio do caminho”. A forma difícil: ensaios sobre arte brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. (Adaptado) TEXTO II Almeida Júnior, Caipira picando fumo, 1893, óleo sobre tela, 202 cm × 141 cm, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo. O Texto I, que é uma análise sobre o Texto II, evidencia que, a respeito das influências impressionistas na obra de Almeida Júnior, A os artistas do Impressionismo usavam recursos similares aos utilizados pelo pintor para representar a opressão do clima europeu sobre as personagens. B o pintor revela, em sua tela, a impermeabilidade do meio brasileiro à ação do olhar dos impressionistas, embora use recurso similar ao de Manet. C a serenidade do caboclo contrasta com a aridez abrasiva do ambiente em que se insere, de modo a encenar o enfrentamento ostensivo do homem contra o meio. D o sol é a grande personagem do quadro devido à adesão do pintor ao Impressionismo, no qual a luz do sol representa a capacidade humana de resistência ao meio. E a resignação do caboclo é expressão simbólica da capacidade do artista brasileiro de não se submeter às modas da pintura europeia, representadas pela força do sol. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 14 QUESTÃO 31 _ 20_ENEM_POR_MR_L3_Q04 WATTERSON, Bill. Calvin e Haroldo. Nos três primeiros quadrinhos da tira, o menino Calvin utiliza um discurso em terceira pessoa para A evitar se tornar um inseto humano para sempre. B constatar se sua carta seria lida por um familiar. C adotar característica de narrador em seu enredo. D conseguir se transformar em um inseto humano. E mostrar que ele não usou a máquina de escrever. QUESTÃO 32 _ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q01 O discurso de medo na sessão do Senado que aprovou a abolição “Enfim senhores, decreta-se que neste país não há propriedade, que tudo pode ser destruído por meio de uma lei!”. Com estas palavras inflamadas, o barão de Cotegipe, líder da bancada escravagista no Senado, criticou a Lei Áurea em 12 de maio de 1888, às vésperas de sua aprovação. O parlamentar baiano aproveitou a sessão que discutia a abolição para lançar mão de um discurso de medo, associando a libertação dos escravizados a uma temida reforma agrária. “Sabeis quais as consequências? Daqui a pouco se pedirá a divisão das terras, seja de graça ou por preço mínimo, e o Estado poderá decretar a expropriação sem indenização!”. À época a causa abolicionista contava com grande apoio em diversos setores urbanos da sociedade – inclusive por parte da princesa Isabel. Isso não impediu que um grupo de parlamentares ligados ao agronegócio sustentado pela mão de obra escrava tentasse barrar o texto. Alguns deputados abolicionistas cometeram erros ao traçar um panorama do que viria com o fim do regime escravocrata. Manoel Francisco Correia, do Paraná, tentou prever o que aconteceria. Suas palavras, vistas à luz da situação de racismo e violência que o negro ainda sofre, não poderiam soar mais equivocadas: “A escravidão será em poucos anos apenas uma sombra no passado, sem perturbar as alegrias do futuro”. ALESSO, Gil. El País, 21 nov. 2019. Disponível em: <https://brasil.elpais.com>. Acesso em: 24 mar. 2020. No texto, que aborda o debate acerca da Lei Áurea, evidencia-se que o(a) A reforma agrária eo fim da escravidão eram medidas previstas por essa lei, porém apenas a última foi aprovada. B discurso do parlamentar antiabolicionista equipara a escravidão à propriedade privada, usando o medo como estratégia. C aprovação dessa lei não foi um consenso, sendo dificultada, inclusive, por erros cometidos por alguns deputados abolicionistas. D discurso de medo em relação à abolição da escravidão foi construído com base na ideia de que o Estado iria à falência sem a mão de obra escrava. E totalidade das autoridades e dos setores mais abastados da sociedade brasileira eram contra a abolição da escravidão, como comprova a fala do senador baiano. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 15 QUESTÃO 33 _ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q07 Em vez do chuveirinho, ou da troca de passes, o futebol brasileiro se caracterizou pela estratégia do drible, corporificada em sua potência mais ampla por Mané Garrincha. O drible consiste na tentativa de burlar o inimigo pelo deslocamento do corpo/bola para o espaço vazio. Ao subverter a norma da marcação e propor o ritmo quebrado, necessariamente inusitado, capaz de deslocar o jogo para a brecha, Garrincha abre o campo, amplia o horizonte de possibilidades que podem levar ao gol. Surpreendentemente, entretanto, era comum também que Garrincha interrompesse a marcha em direção ao gol para retornar ao ponto de origem da jogada: o drible. Exasperados com o que aparentemente seria falta de objetividade do craque, alguns técnicos e comentaristas acusavam Mané de preferir, ao gol, a finta. E era isso mesmo. Garrincha era senhor do tempo da partida. Garrinchar o pensamento é subverter a lógica do jogo e entender que o processo – drible – pode ser mais importante que o objetivo final: gol. Arriscar o deslocamento para o vazio, fugir da previsibilidade, chamar o marcador para a roda, entender o que o corpo pede, transitar entre o atleta e o dançarino, refazer a jogada, produzir o espanto, gargalhar na cara do zagueiro, sincopar o tempo para encontrar, no próprio tempo, o ritmo adequado: é do jogo. SIMAS, Luiz Antonio. “Drible e flecha de fulni-ô”. Revista Cult. ed. 254, fev. 2020, p. 33-4. Para o autor do texto, além de ser uma estratégia futebolística que se manifesta por meio da expressão corporal, o drible A metaforiza o processo de “garrinchar o pensamento”, que consiste na utilização do drible para alcançar o gol. B tem sua força simbólica e seu potencial filosófico limitados tecnicamente pela marcação tradicional e pelas imposições do cronômetro. C rompe a linearidade previsível do andamento do jogo, suscitando suspeitar da própria lógica organizadora da partida tradicional. D ressignifica a partida de futebol, renovando-a com base em uma lógica que lhe é alheia, na qual não importa o gol, mas o exibicionismo do craque. E viola as melhores práticas de fair play, de modo que sintetiza a depreciação do futebol brasileiro no contexto mundial, embora não fira as regras oficiais. QUESTÃO 34 _ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q33 Os Vanuatu acabam de ser considerados o povo mais feliz da Terra. Vivem do que colhem, não depredam o meio ambiente, não têm telefone. Quem garante que são felizes é uma ONG que, para chegar à conclusão, levou em conta apenas três fatores: expectativa de vida, bem-estar e extensão dos danos ambientais causados – o segundo deles subjetivo. Segundo a pesquisa, os Vanuatu seriam felizes porque, não conhecendo outras culturas, o que têm lhes parece suficiente. A ideia de que a felicidade é um bem a ser conquistado soaria para eles como alucinação. Bertrand Russel diz que a felicidade está na integração e na coordenação entre o ser e a sociedade: “O homem feliz é aquele cuja personalidade não está nem dividida contra si mesmo, nem voltada contra o mundo. Tal homem se sente cidadão do universo”. Ser cidadão do universo talvez não esteja nas cogitações dos Vanuatu. Mas o mais provável é que sejam tão assustados, inseguros, sofridos quanto qualquer grupo humano. Apenas, quando à noite olham as estrelas e têm vontade de chorar, não chamam a isso tristeza. COLASANTI, Marina. “Os mais felizes deste latifúndio”. Melhores crônicas. São Paulo: Global, 2016. p. 207-8. (Adaptado) Levando em consideração a avaliação da autora a respeito dos critérios de felicidade da ONG e de Bertrand Russel, os Vanuatu A se reconhecem mais felizes do que as sociedades que os chamam de primitivos, porque eles vivem a perfeita felicidade proposta nos termos de Bertrand Russel. B desconhecem o conceito de felicidade devido ao primitivismo de sua cultura, aquém da faculdade de formular conceitos ou de experimentar as sensações de alegria ou tristeza. C gozam do desconhecimento de conceitos e realidades que acabariam por torná-los menos felizes, no entanto não são mais felizes ou infelizes do que qualquer outro povo do mundo. D acreditam que a felicidade deva ser conquistada por meio da preservação do meio ambiente, o que não corresponde ao modelo de felicidade das sociedades que os consideram primitivos. E são, de fato, infelizes, devido à sua incapacidade de buscarem a felicidade, de formularem conceitos abstratos e de se tornarem cidadãos do mundo, integrados a si mesmos e à sociedade. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 16 O Texto I é um fragmento do romance romântico A viuvinha, de José Alencar, e o Texto II é um fragmento do romance realista Dom Casmurro, de Machado de Assis. Quanto ao modo como se apresentam as personagens femininas nos trechos, a representação da mulher A revela o pensamento feminino como aspecto invariavelmente imprevisível e complexo. B é feita de forma caricatural, reforçando estereótipos desenvolvidos sob a perspectiva feminina. C demonstra traços estéticos específicos dos autores, que rejeitam influências do contexto histórico e cultural. D descreve traços físicos, porém não se preocupa em abranger aspectos psicológicos e emocionais femininos. E traduz as características de estéticas literárias diferentes, apesar de ser filtrada pela subjetividade dos autores. QUESTÃO 37 _ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q10 No dorso fugidio da nuca – que se desdobra – os aromas dos cheiros de tudo. Das fragrâncias e ausências das linguagens do que não tem fim e dos sentidos. Nas percepções dos atos no ventre do epitélio no muco e nos cílios da vida o – quase – eterno. – das perenidades – Bulbo de mantras versados por impulsos. Dos estímulos, das provocações dos viciantes sinais do cheiro no dorso fugidio da nuca. SCORTECCI, João. Dos cheiros de tudo: memórias do olfato. São Paulo: Scortecci, 2019. No poema transcrito, as impressões olfativas que o eu lírico tem do mundo são arranjadas de maneira tal que A a solidez insistente do mundo externo suplante a fugacidade viciosa dos sentidos. B os estímulos rebaixados se decantem e o poema se refira apenas a cheiros agradáveis. C os impulsos passageiros dos sentidos transcendam e ganhem formas espirituais elevadas. D os órgãos do corpo sirvam de receptores de uma dinâmica alternada entre efêmero e contínuo. E as ações refletidas e acabadas com base na percepção sensorial predominem sobre o contingente. QUESTÃO 35 _ 20_ENEM_POR_NB_L1_Q27 Poema de desintoxicação Em densas noites com medo de tudo: de um anjo que é cego de um anjo que é mudo. Raízes de árvores Enlaçam-me os sonhos No ar sem aves vagando tristonhos. Eu penso o poema da face sonhada, metade de flor metade apagada. O poema inquieta o papel e a sala. Ante a face sonhada o vazio se cala. Ó face sonhada de um silêncio de lua, na noite da lâmpada pressiono a tua. Ó nascidas manhãs que uma fada vai rindo,sou o vulto longínquo de um homem dormindo. MELO NETO, João Cabral de. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. p. 55. O eu lírico do metapoema de João Cabral de Melo Neto A se expressa em uma estrutura que evidencia afastamento do rigor poético. B sugere que o poema é uma arte que se realiza somente nos sonhos do poeta. C expressa o que sente sobre o fazer poético ilustrando o momento de criação da poesia. D se concentra em imagens concretas e táteis para explicar o processo da criação poética. E considera que os elementos da natureza são matéria- -prima indispensável à criação do texto. QUESTÃO 36 _ 20_ENEM_POR_NB_L2_Q07 TEXTO I Nesse momento viu ajoelhada ao pé da grade que separa a capela, uma menina de quinze anos, quando muito: o perfil suave e delicado, os longos cílios que vendavam seus olhos negros e brilhantes, as tranças que realçavam a sua fronte pura, o impressionaram. Começou a contemplar aquela menina como se fosse uma santa [...] ALENCAR, José de. A viuvinha. TEXTO II Capitu, apesar daqueles olhos que o Diabo lhe deu... Você já reparou nos olhos dela? São assim de cigana oblíqua e dissimulada. Pois, apesar deles, poderia passar, se não fosse a vaidade e a adulação. Oh! a adulação! ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 17 QUESTÃO 38 _ 20_ENEM_POR_HT_L2_Q11 Entrevista: Miriam Alves A literatura teria poder de cura, de resistência? Sim, a literatura também é lugar de sonhar com possibilidades. Não só a cartografia da dor ou do racismo que agora ganha mais visibilidade. Para a literatura que escrevo, é hora de traçar caminhos para resgatar dignidade por meio da construção de memória. Vê-se, hoje, a presença de escritoras negras em evidência. Quais seriam as possíveis estratégias para que essa prática não seja apenas fruto de um modismo? Sinceramente, eu quero é mais. Para escrever de forma não excludente, podemos ter muitas escritoras, como temáticas e formas de escrita. Só o tempo dirá sobre a venalidade. Quero tantos livros e autoras e autores negros como têm nas livrarias os autores brancos. Como você avalia a representação dos brancos nas obras de autores negros? Não tem muita. Um dos autores negros que representou pessoas brancas, que foi branqueado e agora é redescoberto como autor negro, foi Machado de Assis, que enfocou e ironizou comportamentos da sociedade branca da época. Na literatura negra que estamos fazendo, esse não é o enfoque. O enfoque é da personagem negra. No entanto, gosto de desafios e acredito que faço literatura negra mesmo tratando de personagens brancos. Recebi um comentário de uma leitora dizendo que havia achado interessante falar do escravocrata e do período escravista sem colocar personagens negras em supliciamento. “Entrevista: Miriam Alves”. Suplemento Pernambuco, 14 out. 2019. Disponível em: <http://suplementopernambuco.com.br>. Acesso em: 24 mar. 2020. (Adaptado) Na entrevista de Miriam Alves, ao expressar sua percepção sobre a literatura de autoria negra, a escritora A evidencia a existência de um modismo hoje sobre a imagem das mulheres negras. B sugere que a literatura tem abordado apenas a dor do racismo e a memória da escravidão. C evita apresentar personagens brancas em sua obra, diferentemente de Machado de Assis. D admite que a visão do autor negro sobre personagens brancas ainda é incomum no Brasil. E acredita que o número de autores negros nas livrarias tem se equiparado ao de autores brancos. QUESTÃO 39 _ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q01 Nada além Uma palavra quente rente à boca Alguma roupa rota ou assinada Nada além de esconderijo Tudo bem Muito além de tudo isso Tudo sem Nem pudor, nem compromisso Anseios temperados com receios Paranoias e outras dúvidas Ter que acordar Sorrir Cumprir Cumprimentar Admitir Fingir Dançar, dançar, dançar... No infinitivo perpétuo De 24 lentas horas de 24 horas Nosso pequeno moderno mundo pequeno moderno Nada doce, nada eterno Uma infinidade de termos Para sermos iguais Nada além do que satisfaz. SOARES, Diogo et al. “Nada além”. Intérprete: Los Porongas. In: Los Porongas. Brasília: Senhor F Discos, 2007. Na canção “Nada além”, da banda de rock acriana Los Porongas, por meio da escolha dos vocábulos em destaque, o eu lírico A abona pequenos esconderijos subjetivos, por meio dos quais é possível sobreviver. B deprecia as pequenas tristezas e satisfações do cotidiano, valorizando o mundo moderno. C reconfigura as inquietações modernas, oferecendo saída redentora por meio da repetição. D vincula a felicidade à reiteração, à revelia do discurso dominante do trabalho e dos costumes. E inscreve na letra a perpetuidade impessoal das práticas sociais dominantes, que igualam sujeitos. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 18 QUESTÃO 40 _ 20_ENEM_POR_CE_L2_Q09 Aos 50 anos, internet ainda precisa ser levada a mais brasileiros Conforme dados da pesquisa TIC Domicílios 2018, elaborada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, em 2018, 70% dos brasileiros estavam conectados à internet. Dez anos antes, o índice estava em 34%, e a média mundial em 48,5%. Contudo, a participação é muito desigual. No tocante à renda, enquanto o percentual nas classes A e B é de 92%, nas classes D e E, fica em 48%. A penetração da rede mundial de computadores atinge 74% nos centros urbanos, mas não alcança metade (49%) nas áreas rurais. Enquanto entre as pessoas com ensino fundamental completo o índice foi de 65%, entre os que completaram o nível superior, chega a 98%. VALENTE, Jonas. Agência Brasil, 3 nov. 2019. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br>. Acesso em: 18 mar. 2020. No texto sobre o uso da internet no Brasil, o título faz referência ao problema do(a) A permanência excessiva dos brasileiros nas redes sociais. B consequência do crescimento acelerado do acesso à internet no Brasil. C alcance ainda deficiente da internet pela maior parte da população mundial. D discrepância do acesso à internet pelos diversos grupos de cidadãos brasileiros. E aumento da desigualdade social em decorrência da impossibilidade de acesso à internet pelos grupos mais pobres. QUESTÃO 41 _ 20_ENEM_POR_NB_L1_Q20 D iv ul ga çã o Nas propagandas, empregam-se diferentes recursos verbais e não verbais para buscar o engajamento do leitor. Entre esses recursos, no texto, destaca-se o uso A da função apelativa da linguagem com vistas a promover uma instituição. B de sinal matemático no discurso não verbal em oposição ao enunciado verbal. C do modo subjuntivo para orientar o leitor a realizar uma ação. D de expressões linguísticas específicas da modalidade oral. E de símbolo gráfico típico dos meios digitais. QUESTÃO 42 _ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q20 O Rio de Janeiro ardia sob o sol de dezembro, que escaldava as pedras, bafejando um ar de fornalha na atmosfera. Toda a rua de S. Bento, atravancada por veículos pesadões e estrepitosos, cheirava a café cru. Era hora do trabalho. Ao cheiro do café misturava-se o do suor daqueles corpos agitados, cujo sangue se via palpitar nas veias entumescidas do pescoço e dos braços. No desespero da pressa, o carroceiro soltava imprecações, aos berros, contra os outros carroceiros. Os outros respondiam com iguais impropérios, que os cocheiros dos tílburis, em esperas forçadas, ouviam rindo, mastigando o cigarro. Os carregadores serpeavam por meio de tudo aquilo, como formigas em correição, com a cabeça vergada ao peso da saca, roçando o corpo latejante nas ancas lustrosas dos burros. Dominava ali o trabalhoviril, a força física, movida por músculos de aço e peitos decididos a ganhar duramente a vida. E esses corpos de atletas, e essas vozes que soavam alto num estridor de clarins de guerra, davam à velha rua a pulsação que o sangue vivo e moço dá a uma artéria, correndo sempre com vigor e com ímpeto. ALMEIDA, Júlia Lopes de. A falência. Campinas: Editora da Unicamp, 2018. p. 51-3. (Adaptado) O excerto transcrito pertence ao capítulo inicial do romance A falência, de Júlia Lopes de Almeida, publicado no ano de 1901. Levando em consideração o contexto econômico e político do ano de publicação, bem como as tendências do romance nesse período, verifica-se no fragmento o(a) A progressão semântica que culmina com a personificação da rua de S. Bento. B enaltecimento da indústria do café por meio da exaltação da virilidade do trabalhador. C tentativa de equiparar o desenvolvimento da indústria do café à indústria pesada europeia. D projeto da época de inscrever na linguagem do romance as variantes populares de linguagem. E propósito de zoomorfizar o trabalhador manual de modo a censurar-lhe a brutalidade grosseira. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 19 QUESTÃO 43 _ 20_ENEM_ART_CE_L4_Q02 Mesmo como ouvintes, somente na segunda metade do século XIX as mulheres começaram a frequentar as plateias do teatro. Uma mulher com carreira artística não era vista com bons olhos. Seria algo realmente impensável para as moças da “boa família” carioca. Mesmo os homens brasileiros músicos profissionais eram geralmente das classes mais baixas, pois, como nos lembra Vasco Mariz, o músico “era nivelado socialmente aos criados ou empregados”. Muitos deles eram mulatos que viam na música uma ótima forma de inclusão social. PACHECO, Alberto José Vieira. Cantoria joanina: a prática vocal carioca sob influência da Corte de D. João VI, castrati e outros virtuoses. Tese (Doutorado) – Unicamp. Campinas, 2007. O texto traz algumas problemáticas do cenário no qual se desenvolveu a música brasileira. De acordo com o que se apresenta, o artista musical era, sob uma perspectiva geral, encarado no século XIX como um(a) A cidadão oriundo de uma família tradicional. B criado incluído socialmente por meio da arte. C pessoa que conquistou espaço na cena pública. D artista elevado em relação às demais formas artísticas. E trabalhador subordinado aos interesses das classes mais ricas. QUESTÃO 44 _ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q19 Verdades vestidas de mentiras “Há muitas formas de dizer a verdade. Talvez a mais persuasiva seja a que tem aparência de mentira”. A frase epigrafa A tradição da fábula, seleção do gênero que contempla autores de língua grega e desemboca em La Fontaine. Ainda que o livro não explore a relação entre as fábulas antigas e as releituras contemporâneas, as traduções são um convite para explorarmos um mundo cheio de animais falantes e de situações esquisitas. Um mundo que, apesar de não conhecermos de fato, temos a sensação de reconhecer quando lemos. Muitas dessas histórias habitam nosso imaginário, como a da formiga que trabalha enquanto a cigarra canta. “Fábula (mythos) é uma fala (logos) ficcional que retrata uma verdade”, diz Teón de Alexandria. Modismo na Grécia do século 5 a.C., as fábulas funcionavam como um recurso dos oradores para cativar seu público – para que eles pudessem dizer o que queriam sem ofender nem implicar diretamente ninguém. Porque parte do trabalho retórico de convencimento é encontrar roupas novas para fantasiar coisas velhas: não necessariamente mentir, mas revestir com cores diferentes as verdades com as quais ninguém mais se importa, ou que ninguém mais vê. CARTUM, Leda. “Verdades vestidas de mentiras”. Revista Quatro Cinco Um. n. 30, jan. 2020. p. 13. (Adaptado) Para a autora da resenha, a obra A tradição da fábula A contradiz a ideia da própria epígrafe, porque não explora a relação entre fábulas antigas e contemporâneas. B ativa no leitor um repertório coletivo, tradicional, construído e reconstruído no tempo para dizer a verdade com distintas roupagens. C repudia a metáfora das “verdades revestidas de cores diferentes”, devido à urgência de trazer à luz as verdades que ninguém mais vê. D revela que as fábulas contemporâneas são menos fiéis à tradição, uma vez que versam sobre um mundo desconhecido dos leitores atuais. E evidencia os efeitos falseadores das fábulas tradicionais, na exata medida em que as associa a recursos retóricos de convencimento do público. QUESTÃO 45 _ 20_ENEM_POR_CR_L4_Q13 Sou aldeã Onde esteja sou camponesa. Desorganizo a vida em nome da tradição. Assim, instalada em uma pensão, reorganizo o quarto como se fosse ali ficar para sempre. Também a alma tende a se adaptar no afã de acompanhar o corpo. Quero a vida em torno do catre, um espaço privilegiado para brincar e dançar com quem esteja. Entretenho-me com modestas celebrações. Com o que me fala do apogeu da vida, e me faz esquecer a decrepitude. Prestes a dormir, mergulho no próprio espírito, nos meus escombros. Antes enalteço algum lugar que considero profano. Em casa, passo da cozinha para a sala com naturalidade. E quando convidada para jantar, na moradia alheia, majestosa ou modesta, vivo as excelências do banquete que me oferecem com as especiarias da vida. Falta-me vocação para ser triste. Tenho riso fácil. No entanto, sem aparentar, tenho feroz vocação para a solidão, que é o lugar metafísico onde melhor me encontro. PIÑON, Nélida. Uma furtiva lágrima. 2 ed. Rio de Janeiro: Record, 2019. A identidade da narradora como “aldeã”, isto é, como habitante de um pequeno lugarejo simples e rústico, constitui-se a partir de uma dinâmica de A conservação rigorosa do passado, à revelia das mudanças. B perpetuação e mudança, em que permanente e instável se alternam. C empobrecimento material planejado, avesso à modernização e aos luxos. D arcaísmos que se substituem um ao outro, em valorização do envelhecimento. E leviandade e gravidade, ao sabor da gargalhada coletiva e dos caprichos pessoais. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 20 _ 20_ENEM_RED_DA_L4_Q01 INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO 1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 linhas. 3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para a contagem de linhas. 4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”. 4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. 4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto. TEXTOS MOTIVADORES TEXTO I Epidemia é a concentração de determinados casos de uma doença em um mesmo local e época, em excesso em relação ao que seria teoricamente esperado. O termo tem origem no grego: epi (sobre) + demos (povo). “Na história, sete epidemias foram decisivas para o ser humano: tuberculose, varíola, gripe espanhola, tifo, sarampo, malária e Aids. Infelizmente, cepas de vírus mutantes, doenças recrudescentes e o descaso com a saúde preventiva são fatores determinantes para o retorno das epidemias antes eliminadas, como o sarampo”, explica o Dr. Kauê de Cezaro dos Santos, coordenador do Pronto Atendimento do Hospital Albert Sabin. “Epidemias em 2020: órgãos como OMS e Ministério da Saúde alertam sobreos riscos”. Disponível em: <https://newslab.com.br>. Acesso em: 31 mar. 2020. (Adaptado) TEXTO II O Protocolo de Tratamento do Novo Coronavírus, elaborado como parte da estratégia prevista no Plano Nacional de Resposta às Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde, tem como objetivo orientar o Sistema Único de Saúde (SUS) para atuação na identificação, notificação e manejo de casos suspeitos de infecção. O novo coronavírus é identificado como a causa de um surto de doença respiratória. Desde 2005, o SUS está aprimorando sua capacidade de responder às emergências por síndromes respiratórias, dispondo de protocolos para resposta às emergências. A vigilância epidemiológica de infecção pelo vírus está sendo construída à medida que a Organização Mundial da Saúde consolida as informações recebidas dos países afetados e novas evidências são publicadas. O documento está sendo estruturado com base nas ações já existentes para notificação, registro, investigação, manejo e adoção de medidas preventivas, em analogia ao conhecimento acumulado sobre o Sars-CoV e o Mers-CoV. “Ministério da Saúde lança Protocolo de Tratamento do Covid-19”. Disponível em: <https://portal.fiocruz.br>. Acesso em: 31 mar. 2020. (Adaptado) PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Prevenção e controle de epidemias no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. TEXTO III O Brasil registrou 1 544 987 casos de dengue em 2019, um aumento de 488% em relação a 2018, segundo dados do Ministério da Saúde. No ano passado, o Brasil também registrou 10 708 casos de zika e 132 205 ocorrências de chikungunya, um aumento, respectivamente, de 52% e de 30% em relação aos casos de 2018. O Ministério da Saúde publicou um comunicado alertando que o verão é a época mais propícia à proliferação do mosquito Aedes aegypti, por causa das chuvas, e convocando a população a continuar com a mobilização pelo combate ao mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya, que podem gerar outras enfermidades, como microcefalia e Guillain-Barré. “Brasil teve aumento de 488% nos casos de dengue em 2019”. G1, 13 jan. 2020. Disponível em: <https://g1.globo.com>. Acesso em: 31 mar. 2020. (Adaptado) TEXTO IV “A violência do não vacinar”. Revista Esquinas, São Paulo, 64 ed., 2019. Disponível em: <https://revistaesquinas.casperlibero.edu.br>. Acesso em: 31 mar. 2020. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 21 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 46 a 90 QUESTÃO 46 _ 20_ENEM_SOC_PT_L4_Q06 BECK, Alexandre. Armandinho. Na tirinha anterior, as considerações de Armandinho têm relação direta com questões ligadas ao(à) A direito ao divórcio. B liberdade individual. C emancipação de gênero. D nuclearização das famílias. E desvalorização do gênero masculino. QUESTÃO 47 _ 20_ENEM_HIS_LT_L4_Q01 No período mais produtivo das minas, o quinto devido à Coroa portuguesa fora determinado pelo mínimo de 100 arrobas anuais. A partir de 1751, foi ficando cada vez mais difícil pagá-lo e o déficit tornou-se a regra; a dívida para com a Coroa, portanto, não cessava de aumentar. MESGRAVIS, Laima. História do Brasil Colônia. São Paulo: Contexto, 2018. p. 132. Os fatos mencionados no texto serviram para A reduzir as tensões entre colônia e metrópole. B suspender os tributos sobre o ouro produzido. C tornar o café o principal produto de exportação. D aumentar o sentimento antilusitano dos colonos. E promover uma reforma política favorável aos colonos. QUESTÃO 48 _ 20_ENEM_GEO_JP_L4_Q01 No final do século XIX, Henry Ford introduziu seus conceitos de produção, conseguindo reduzir dramaticamente custos e melhorar substancialmente a qualidade de seus automóveis. As mudanças implantadas permitiram reduzir o esforço humano na montagem dos veículos, aumentar a produtividade e diminuir os custos da produção proporcionalmente à elevação do volume produzido. Além disso, os carros Ford foram projetados para uma facilidade de operação e manutenção sem precedentes na indústria. WOOD JR., T. “Fordismo, toyotismo e volvismo: os caminhos da indústria em busca do tempo perdido”. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 32, n. 4, set./out. 1992. (Adaptado) Uma característica do método de organização empresarial adotado por Ford é a A identificação de falhas de forma antecipada. B redução de estoques para evitar desperdícios. C produção no ritmo das máquinas e das esteiras. D diversificação de produtos para atender ao cliente. E capacitação de colaboradores em múltiplas tarefas. QUESTÃO 49 _ 20_ENEM_HIS_BM_L4_Q02 Confiar aos pobres os cargos mais importantes não é seguro, por causa de sua corrupção e de sua ignorância, que fariam com que cometessem grandes injustiças e graves erros, e privá-los de toda participação seria perigoso, por isso Sólon e alguns outros legisladores lhes concedem as eleições e a censura dos magistrados, sem, contudo, tolerar que exerçam sozinhos alguma função pública. Embora cada um em particular não tenha condições de julgar, reunidos eles têm bom senso suficiente e podem ser de alguma utilidade. ARISTÓTELES. A política. Roberto Leal Ferreira (Trad.). São Paulo: Martins Fontes, 1998. p. 173. (Adaptado) A interpretação de Aristóteles sobre a democracia ateniense reflete sua A defesa do poder popular como parâmetro de justiça. B objeção à participação popular nas decisões da pólis. C ressalva ao modelo, que deveria ser mediado por legisladores. D visão elitista, pois defendia um governo sem participação popular. E oposição a Sólon, que entregou ao povo o controle político da pólis. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 22 QUESTÃO 50 _ 20_ENEM_SOC_PT_L4_Q08 [...] Mídia e Ministério Público (MP) poupam comandantes, governos e estrutura, que humilha a base policial para torná-la feroz contra a sociedade. A estrutura da corporação ajuda a manter o princípio hierarquizante, tipicamente militar que aplica punições apenas aos “substituíveis” de baixo, como a dada a um soldado do Rio Grande do Norte, punido com 15 dias de prisão disciplinar por reclamar, em 2016, nas redes sociais, da estrutura policialesca do Estado brasileiro. Disponível em: <https://outraspalavras.net>. Acesso em: 15 abr. 2020. (Adaptado) Com relação ao sistema de segurança pública no Brasil, o trecho anterior mostra que os policiais da base policial, como praças e soldados, A necessitam de uma formação mais rigorosa. B são punidos com o mesmo rigor de seus superiores. C recebem penas proporcionais às infrações cometidas. D sofrem violação de seus direitos humanos na corporação. E desfrutam de uma carreira valorizada pela mídia e pelo MP. QUESTÃO 51 _ 20_ENEM_GEO_BW_L4_Q02 Embora o Quadrilátero Ferrífero seja uma província com uma história de exploração que remonta ao século XVII, novos depósitos continuam sendo descobertos, mesmo nos últimos tempos. Os dados incluem três minas que iniciaram suas operações no início do século XIX, quatro depósitos descobertos em meados da primeira metade do século XX, cinco depósitos descobertos no final do século XX e um depósito contendo quase 40 t de ouro contido, descoberto nos últimos 20 anos. COSTA, I. S. L.; DA SILVA, G. F.; FERREIRA, M. V. “Application of Zipf’s law to estimate undiscovered gold endowmentin the Quadrilátero Ferrífero Province, Brazil”. Journal of the Geological Survey of Brazil, v. 2, n. 3, p. 165-72, 13 dez. 2019. (Adaptado) As descobertas de novos depósitos no Quadrilátero Ferrífero A resultaram da evolução das tecnologias de extração. B culminaram na diminuição da importância do ouro. C foram causadas pela formação de novos minérios. D causaram o esgotamento das minas conhecidas. E fizeram a região perder sua importância. QUESTÃO 52 _ 20_ENEM_HIS_LT_L4_Q03 Tendo-me constado, que os Prélos, que se achão nessa Capital erão os destinados para a Secretaria de Estado dos Negocios Estrangeiros, e attendendo à necessidade que ha da Officina de Impressão nesses Meus Estados; Sou servido, que a Caza, onde elles se estabelecerão, sirva interinamente de Impressão Regia, onde se imprimão exclusivamente toda a Legislação, e Papeis Diplomaticos que emanarem de qualquer Repartição do Meu Real Serviço e se possão imprimir todas, e quaesquer outras Obras; ficando interinamente pertencendo o seu governo, e administração à mesma Secretaria [...] CAMARGO, Ana Maria de Almeida; MORAES, Rubens Borba de. Bibliografia da Impressão Régia do Rio de Janeiro (1808-1822). São Paulo: Edusp/Kosmos, 1993. p. XVII. O texto anterior é um decreto de Dom João VI que A proíbe a circulação de livros. B condena a censura à imprensa. C funda um ciclo educativo público. D permite a impressão de jornais e livros. E concede liberdade à imprensa independente. QUESTÃO 53 _ 20_ENEM_GEO_BW_L4_Q10 E João aceitou sua proposta E num ônibus entrou no Planalto Central Ele ficou bestificado com a cidade Saindo da rodoviária, viu as luzes de Natal Meu Deus, mas que cidade linda No Ano Novo eu começo a trabalhar Cortar madeira, aprendiz de carpinteiro Ganhava cem mil por mês em Taguatinga [...] E Santo Cristo até a morte trabalhava Mas o dinheiro não dava pra ele se alimentar E ouvia às sete horas o noticiário Que sempre dizia que o seu ministro ia ajudar MANFREDINI JR., Renato. “Faroeste caboclo”. Intérprete: Legião Urbana. In: Que País É Este. São Paulo: Emi, 1987. As promessas de melhoria de vida impulsionam muitas pessoas a migrarem, como a personagem da canção anterior. Para as cidades receptoras, como Brasília, uma das consequências do aumento da migração é a A fundação de novas empresas. B retração do mercado de trabalho. C saturação dos postos de trabalho. D criação de novos postos de trabalho. E escassez de mão de obra qualificada. QUESTÃO 54 _ 20_ENEM_HIS_LM_L4_Q12 Dois meses depois do armistício, em janeiro de 1919, a Conferência de Paz de Paris elaborou o tratado que pôs fim à Grande Guerra e criou a Liga das Nações. A base do Tratado de Versalhes seriam os catorze pontos apresentados pelo presidente Wilson, os quais incluíram o estabelecimento de fronteiras segundo o critério da nacionalidade. ARARIPE, Luiz de Alencar. “Primeira Guerra Mundial”. In: MAGNOLI, D. (Org.). História das guerras. 3 ed. São Paulo: Contexto, 2007. p. 344-6. (Adaptado) O tratado mencionado no texto anterior A fortaleceu os impérios europeus. B recuperou a economia da Alemanha. C pôs fim à disputa alemã por territórios. D responsabilizou a Alemanha pela guerra. E criou Estados culturalmente homogêneos. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 23 QUESTÃO 55 _ 20_ENEM_SOC_FA_L2_Q07 TEXTO I [...] É legítimo supor que essas grandes sociedades políticas também só se podem manter em equilíbrio graças à especialização das tarefas; que a divisão do trabalho é a fonte, se não única, pelo menos principal da solidariedade social. DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. Eduardo Brandão (Trad.). 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. p. 29. TEXTO II [...] A valorização do mundo das coisas aumenta em proporção direta à desvalorização do mundo dos homens. O trabalho não produz somente mercadorias; ele produz a si mesmo e ao trabalhador como uma mercadoria, e isto na medida em que produz, de fato, mercadorias em geral. MARX, Karl. “Trabalho estranhado e propriedade privada”. Manuscritos econômico-filosóficos. Jesus Ranieri (Trad.). São Paulo: Boitempo, 2008. p. 80. As compreensões de Émile Durkheim e Karl Marx acerca do trabalho se opõem por causa dos núcleos conceituais com base nos quais os autores tratam especificamente dessa atividade. São eles, respectivamente, o(a) A coesão e a produção. B equilíbrio e a desigualdade. C unidade e a desvalorização. D solidariedade e a exploração. E especialização e a contradição. QUESTÃO 56 _ 20_ENEM_GEO_BW_L4_Q03 Outro controle essencial sobre a temperatura é a maneira como a terra e a água respondem à insolação. A Terra apresenta essas duas superfícies em uma disposição irregular de continentes e oceanos. Cada um deles absorve e armazena energia de forma diferente do outro e, portanto, contribui com o padrão global de temperatura. Os corpos líquidos tendem a produzir padrões moderadores de temperatura, ao passo que ocorrem temperaturas mais extremas no interior continental. CHRISTOPHERSON, Robert W. Geossistemas: uma introdução à Geografia Física. 7 ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. p. 118. A maritimidade e a continentalidade são fatores climáticos que definem as A correntes marítimas. B amplitudes térmicas. C mudanças climáticas. D tempestades tropicais. E camadas atmosféricas. QUESTÃO 57 _ 20_ENEM_HIS_LT_L4_Q05 Com relação aos direitos políticos, a Carta [de 1824] acompanhou o projeto [de 1823]. Em primeiro lugar, trazia em seu bojo a diferenciação entre cidadania civil e cidadania política. Todos os homens e mulheres livres, nascidos no Brasil (com exceção dos indígenas), gozavam de cidadania civil, ou seja, o Estado reconhecia que deveria respeitar e proteger esses indivíduos. Mas o direito de votar e se candidatar, a cidadania política, só era concedida a quem preenchesse determinados requisitos. DOLHINIKOFF, Miriam. História do Brasil Império. São Paulo: Contexto, 2017. p. 40. (Adaptado) A disposição dos direitos descrita no texto anterior indica que o Estado brasileiro de 1824 era A igualitário e censitário. B democrático e popular. C constitucional e elitista. D estamental e escravista. E absolutista e hierárquico. QUESTÃO 58 _ 20_ENEM_GEO_JP_L4_Q04 Evolução da matriz elétrica brasileira Hidráulica Biomassa Eólica Solar Gás natural Derivados de petróleo Nuclear Carvão e derivados 2008 2019 66,6% 85,4% 8,5% 4,5% 7,6% 0,1% 2,5% 2,6% 3,3% 1,4% 0,0% 0,5% 3,2% 8,6% 2,8% 2,4% Fonte: EPE. Disponível em: <http://www.epe.gov.br>. Acesso em: 10 jan. 2020. (Adaptado) Com relação às formas limpas de geração de eletricidade, a mudança observada na matriz elétrica brasileira explica- -se pelo(a) A dependência de fontes não renováveis. B fim da dependência de geração por hidrelétricas. C adoção de óleos minerais como fontes principais. D investimento em fontes de energia de caráter intermitente. E criação de um novo projeto para construir usinas nucleares. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 24 QUESTÃO 59 _ 20_ENEM_HIS_LM_L4_Q01 O desmoronamento do Império Carolíngio tinha acabado de arruinar o último poder suficientemente inteligente para se preocupar com os trabalhos públicos, suficientemente poderoso para fazer executar pelo menos alguns deles. Até as antigas vias romanas, menos solidamente construídas do que por vezes foi suposto, se danificavam por falta de manutenção. Sobretudo as pontes, que já não eram reparadas, faltavam em um grande número de sítios. BLOCH, Marc. A sociedade feudal. Lisboa: Edições 70, 2009. p. 84. A nova configuração social e política estabelecida na Europa medieval levou ao(à)A enfraquecimento dos senhores feudais. B reconstrução da infraestrutura romana. C descentralização do poder dos reis. D ascensão econômica da burguesia. E fortalecimento do poder dos reis. QUESTÃO 60 _ 20_ENEM_SOC_PT_L4_Q02 O rendimento médio mensal obtido com trabalho do 1% mais rico da população atingiu, em 2018, o equivalente a 33,8 vezes o ganho obtido pelos 50% mais pobres. No topo, o rendimento médio foi de R$ 27 744; na metade mais pobre, de R$ 820. [...] A diferença entre os rendimentos obtidos pelo 1% mais rico e pelos 50% mais pobres no ano passado é recorde na série histórica do PNADC (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua) do IBGE, iniciada em 2012. “Diferença de rendimentos entre pobres e ricos é recorde, aponta IBGE”. Folha de S.Paulo, 16 out. 2019. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 16 abr. 2020. Com relação à desigualdade brasileira, os dados apresentados no excerto mostram que, no período analisado, a pobreza A esteve limitada à posse de propriedades materiais. B foi reduzida e a pirâmide de renda brasileira se inverteu. C diminuiu devido à flexibilização das relações de trabalho. D decresceu devido ao aumento da população empregada. E aumentou devido à desigualdade nos rendimentos médios mensais. QUESTÃO 61 _ 20_ENEM_GEO_BW_L4_Q05 3722 m 3000 m 2000 m 1000 m 9 m 5 km 10 km 15 km 20 km 25 km 30 km 35 km 40,3 km C B A Google Earth, 2020. Analisando o perfil topográfico anterior, o ponto B corresponde ao(à) A planície fluvial dos rios de origem em A e C. B estuário dos rios nascidos nos pontos A e C. C divisor de bacias hidrográficas dos pontos A e C. D origem de rios anastomosados com foz em A e C. E curso inferior de cursos de água com foz em A e C. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:52) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:52) CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 25 QUESTÃO 62 _ 20_ENEM_HIS_LT_L4_Q07 O regime inicialmente adotado era o de parceria, no qual a renda do colono era sempre incerta, cabendo-lhe a metade do risco que corria o grande senhor de terras. A perda de uma colheita podia acarretar a miséria para o colono, dada a sua precária situação financeira. A partir dos anos 1860, introduziu-se um sistema misto pelo qual o colono tinha garantida a parte principal de sua renda. FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p.186. A adoção de um sistema misto de trabalho se explica pelo(a) A necessidade de mais mão de obra. B valorização dos preços do açúcar. C fortalecimento do tráfico negreiro. D regulamentação trabalhista. E industrialização crescente. QUESTÃO 63 _ 20_ENEM_GEO_JP_L4_Q06 TEXTO I O Conselho de Segurança é formado por cinco membros permanentes com direito a veto (EUA, Rússia, Reino Unido, França e China) e dez membros não permanentes, eleitos pela Assembleia Geral por dois anos. Todos os membros das Nações Unidas devem aceitar e cumprir as decisões do Conselho. ONU Brasil. Disponível em: <https://nacoesunidas.org>. Acesso em: 15 fev. 2020. (Adaptado) TEXTO II EUA e Reino Unido ignoraram a necessidade de aprovação do Conselho para invadir o Iraque e destituir Saddam Hussein. Os dois países acusavam Hussein de desenvolver ogivas nucleares, o que nunca foi provado. Em 2016, o governo britânico finalizou um relatório concluindo que a ação foi um erro, porém essas nações não sofreram qualquer tipo de punição. IANDOLI, Rafael. Nexo Jornal, 23 set. 2016. Disponível em: <https://www.nexojornal.com.br>. Acesso em: 15 fev. 2020. (Adaptado) Os países que são membros permanentes do Conselho de Segurança ocupam essa posição privilegiada em relação aos demais porque A acatam as decisões tomadas pela maioria soberana. B têm liberdade para barrar quaisquer ações terroristas. C são as potências vitoriosas da Segunda Guerra Mundial. D conseguiram a ampliação do número de assentos vitalícios. E respeitam o princípio global de autodeterminação dos povos. QUESTÃO 64 _ 20_ENEM_HIS_LM_L4_Q05 Quando os trabalhadores perdiam seu emprego – o que podia acontecer ao fim da tarefa, da semana, do dia ou mesmo da hora – recorriam às suas economias, à sua associação de amparo ou ao seu sindicato, ao seu crédito junto a lojistas locais, aos seus vizinhos e amigos ou ao penhorista. [...] Quando envelheciam ou ficavam enfermos, estavam perdidos, a menos que fossem amparados por seus filhos, pois o seguro ou os planos de pensão só existiam para alguns. HOBSBAWM, E. Da Revolução Industrial inglesa ao imperialismo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000. p. 144. (Adaptado) Um dos motivos que explica essa situação da classe trabalhadora na Inglaterra dos séculos XVIII e XIX é o(a) A acesso restrito a direitos trabalhistas. B proteção social oferecida pela rede privada. C grave recessão econômica que marcou o século XIX. D falta de mobilização popular contra as injustiças sociais. E carga tributária elevada, que reduzia os lucros das fábricas. QUESTÃO 65 _ 20_ENEM_FIL_FA_L4_Q02 Do dado infiro a existência de outra coisa que não está dada: creio. César está morto, Roma existiu, o sol se erguerá amanhã, o pão nutre. Na mesma operação, ao mesmo tempo, julgo e me ponho como sujeito: ultrapassando o dado. Afirmo mais do que sei. Assim sendo, o problema da verdade deve ser apresentado e enunciado como o problema crítico da própria subjetividade: com que direito o homem afirma mais do que sabe? DELEUZE, Gilles. Empirismo e subjetividade: ensaio sobre a natureza humana segundo Hume. Luiz B. L. Orlandi (Trad.). São Paulo: Edições 34, 2001. p. 76. A ideia de que a problemática da subjetividade gira em torno do impasse entre o saber e o dizer, entre o acesso ao dado e a enunciação que o ultrapassa, alinha-se à concepção empirista do(a) A mente como fonte das informações. B experiência como confirmação das ideias. C crença como equivalente da racionalidade. D hábito como consequência da causalidade. E sensibilidade como origem do conhecimento. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:52) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:52) CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 26 QUESTÃO 66 _ 20_ENEM_GEO_BW_L4_Q09 Rendimento habitual médio mensal de todos os trabalhadores e razão de rendimentos, por sexo 2 500,00 (R$) 73,7% 2012 Homens 2013 2014 2015 2016 73,5% 74,6% 75,6% 76,5% 2 000,00 1 500,00 1000,00 500,00 Mulheres Razão mulheres/homens Taxa de frequência escolar líquida no Ensino Médio, por sexo (%) 63,2Homens Mulheres 73,5 Fonte: IBGE. Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br>. Acesso em: 24 fev. 2020. (Adaptado) No mundo todo, os rendimentos auferidos no mercado de trabalho estão relacionados ao grau de instrução do trabalhador. Diante desse contexto, os dados apresentados revelam que, no Brasil, em relação aos rendimentos médios mensais, os salários A das mulheres são equivalentes aos dos homens. B das mulheres destoam de sua frequência escolar. C de ambos os sexos se explicam pela frequência escolar. D dos homens são maiores por causa de sua frequência escolar. E dos homens são menores por causa de sua frequência escolar. QUESTÃO 67 _ 20_ENEM_HIS_LT_L4_Q08 No Brasil, pode dizer-se que só excepcionalmente tivemos um sistema administrativo e um corpo de funcionários puramente dedicados a interesses objetivos e fundados nesses interesses. Ao contrário, é possível acompanhar, ao longo de nossa história, o predomínio constante das vontades particulares que encontram seu ambiente próprio em círculos fechados e pouco acessíveis a uma ordenação impessoal. HOLANDA, Sérgio Buarque de. O homem cordial. São Paulo: Penguin/Companhia das Letras, 2012. p. 52 O texto se remete às seguintes características da Primeira República (1894-1930): A centralismo e corrupção. B liberalismoe sindicalismo. C clientelismo e regionalismo. D voto censitário e pessoalismo. E igualitarismo e impessoalidade. QUESTÃO 68 _ 20_ENEM_GEO_JP_L4_Q07 O governo dos EUA tentou indicar que o ataque preventivo e sem o aval de organismos internacionais não seria feito indefinidamente na Guerra ao Terror e que a ele se somariam ações como a integração da inteligência e a avaliação comum das ameaças com os aliados. Porém, na prática, o que marcou os primeiros anos da política de segurança dos EUA no pós-11 de setembro foi mesmo a doutrina da guerra preventiva. MELLO E SOUZA, A. de et al. Do 11 de setembro de 2001 à Guerra ao Terror: reflexões sobre o terrorismo no século XXI. Brasília: Ipea, 2014. p. 52-3. (Adaptado) A estratégia estadunidense de atacar preventivamente países considerados terroristas sem a chancela de organismos internacionais resultou na A apreensão de armas de destruição em massa pelos EUA. B redução do poder de articulação de grupos terroristas. C sobreposição da força bélica dos EUA às normas oficiais. D hegemonia estadunidense na Nova Ordem Mundial. E adesão dos países aliados às invasões estadunidenses. QUESTÃO 69 _ 20_ENEM_HIS_LT_L4_Q11 Em 1940 Lá no morro começaram o recenseamento E o agente recenseador Esmiuçou a minha vida Que foi um horror E quando viu a minha mão sem aliança Encarou para a criança Que no chão dormia E perguntou se meu moreno era decente Se era do batente ou se era da folia Obediente como a tudo que é da lei Fiquei logo sossegada e falei então: O meu moreno é brasileiro, é fuzileiro, É o que sai com a bandeira do seu batalhão! A nossa casa não tem nada de grandeza Nós vivemos na fartura sem dever tostão Tem um pandeiro, um cavaquinho, um tamborim Um reco-reco, uma cuíca e um violão VALENTE, Assis. “Recenseamento”. In: Assis Valente – MPB Compositores. São Paulo: RGE Discos, 1997. O samba anterior deixa transparecer que o Estado Novo caracteriza-se pelo nacionalismo e pelo(a) A regionalismo. B regime democrático. C distribuição de renda. D combate aos militares. E abuso de poder estatal. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 27 QUESTÃO 70 _ 20_ENEM_HIS_LM_L4_Q04 Em sua maioria, as cidades pagavam de uma a quatro vezes por ano, dependendo da natureza das mercadorias e produtos que forneciam. Com essa finalidade, funcionários imperiais, os calpixque, assistidos por escribas, mantinham em dia os registros de tributos, promovendo a arrecadação e o transporte, e assegurando que, em caso de não haver pagamento, fossem cultivadas terras cujos produtos seriam encaminhados ao México. SOUSTELLE, Jacques. A civilização asteca. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. p. 25. O trecho refere-se a um aspecto do Império Asteca que é a A prática inovadora de cobrança de impostos. B dificuldade em organizar a vida pública da cidade. C variedade reduzida de produtos agrícolas na região. D política exploratória aplicada por seus governantes. E boa convivência entre as cidades mesoamericanas. QUESTÃO 71 _ 20_ENEM_GEO_JP_L4_Q03 China assume liderança na energia solarChina assume liderança na energia solar P ot ên ci a in st al ad a po r an o em g ig aw at t 30 25 20 15 10 5 0 China EUA Japão Índia Europa Alemanha 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Fonte: Mercom Capital Group/Irena. Disponível em: <https://www.dw.com>. Acesso em: 18 fev. 2020. De acordo com o gráfico, a China assumiu a liderança na potência energética solar instalada. Os investimentos chineses em energia solar têm como objetivo A exportá-la para outros países. B substituir o carvão como fonte principal. C desencorajar a utilização de fontes perenes. D estimular o consumo de fontes não renováveis. E descumprir as metas de redução de gases estufa. QUESTÃO 72 _ 20_ENEM_GEO_JP_L4_Q08 A novidade do BRICS é seu discurso e suas proposições sobre a geopolítica global, centradas no direito de todos os países ao desenvolvimento, com ênfase na cooperação e na busca da paz. É a primeira vez que grandes potências perseguem como prioridade os objetivos de paz e cooperação, e não os de hegemonia e guerra. LOBATO, L. V. C. “A questão social no projeto do BRICS”. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 23, n. 7, jul. 2018. p. 2 134. (Adaptado) Ao contrário de diversos agrupamentos de países, o BRICS adota como princípio, no contexto internacional de globalização, o A antagonismo bélico. B unilateralismo político. C isolacionismo comercial. D protecionismo econômico. E multilateralismo diplomático. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 28 QUESTÃO 73 _ 20_ENEM_HIS_LT_L4_Q09 Apesar da derrota de 1922, os militares críticos ao governo continuavam acreditando que o Exército deveria “salvar” a nação brasileira do liberalismo elitista e oligárquico, e passaram a se organizar para uma “segunda revolta” tenentista. [...] Instauraram a Comuna de Manaus, grupo que durante um mês implantou um governo local muito próximo de um socialismo de matiz nacionalista, com imposição de impostos aos mais ricos, confisco de bens bancários e cobrança de impostos atrasados de empresas inglesas. NAPOLITANO, Marcos. História do Brasil República. São Paulo: Contexto, 2018. p. 83-5. (Adaptado) O sentido dado ao tenentismo, pelo texto, é o de A agremiação ditatorial e antidemocrática. B indefinição programática e ideológica. C organização abertamente entreguista. D comunidade cosmopolita e religiosa. E movimento político oligárquico. QUESTÃO 74 _ 20_ENEM_FIL_FA_L4_Q03 Ora, a época em que viveu D’Alembert sentiu- -se empolgada por um movimento pujante e, longe de abandonar-se a esse movimento, empenhou-se em compreender-lhe a origem e o destino. O conhecimento de seus próprios atos, a autoconsciência e a previsão intelectual, eis o que lhe parecia ser o verdadeiro sentido do pensamento [...] Não se trata apenas de que o pensamento se esforça por alcançar novas metas, desconhecidas até então; é que quer agora saber para onde o seu curso o leva e quer, sobretudo, dirigir o seu próprio curso. CASSIRER, Ernst. A filosofia do Iluminismo. Álvaro Cabral (Trad.). Campinas: Editora da Unicamp, 1992. p. 21. No texto, o movimento iluminista tem como principal bandeira o(a) A crença no destino. B engajamento político. C respeito às tradições. D pensamento autônomo. E empolgação temporária. QUESTÃO 75 _ 20_ENEM_SOC_PT_L4_Q04 O bode expiatório é um indivíduo, grupo ou categoria de pessoas usados como objeto de culpa no sistema social. Essa figura fornece um mecanismo para dar vazão à raiva, à frustração, ao ressentimento, ao medo e a outras emoções que, de outra forma, seriam expressas de maneiras que danificariam a coesão social, contestariam o status quo ou atacariam os grupos dominantes e seus interesses. JOHNSON, Allan G. Dicionário de Sociologia: guia prático da linguagem sociológica. Ruy Jungman (Trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 27. (Adaptado) No Brasil, um exemplo de consequência social do processo de criação de bodes expiatórios é a A estigmatização dos grupos vulneráveis. B culpabilização de culturas majoritárias. C perseguição às elites econômicas. D ampliação sistemática dos direitos. E integração social dos imigrantes. QUESTÃO 76 _ 20_ENEM_GEO_BW_L4_Q11 O planejamento físico-territorial consiste na concepção do planejamento como a atividade de elaboração de planos de ordenamento para a “cidade ideal”. Trata-se de planos nos quais se projeta a imagem desejada em um futuro menos ou mais remoto, funcionando o plano como um conjunto de diretrizes a serem seguidas e metas a serem perseguidas (quanto aos usos da terra, ao traçado urbanístico,ao controle da expansão e do adensamento urbanos, à provisão de áreas verdes e sistema de circulação). SOUZA, Marcelo Lopes de. Mudar a cidade: uma introdução crítica ao planejamento e à gestão urbanos. 9 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013. p. 123. (Adaptado) No tipo de planejamento citado, são desconsideradas as A regiões de maior concentração de renda. B áreas voltadas para a preservação ambiental. C redes de mobilidade urbana pública e particular. D ilhas de calor que a malha urbana pode ocasionar. E formas espontâneas de apropriação do espaço pela população. QUESTÃO 77 _ 20_ENEM_HIS_LT_L4_Q10 A nossa Pátria não pode continuar a ser retalhada pelos governadores de estados, pelos partidos, pelas classes em luta, pelos caudilhos. A nossa Pátria precisa de estar unida e forte, solidamente construída, de modo a escapar ao domínio estrangeiro, que a ameaça dia a dia, e salvar-se do comunismo internacionalista que está entrando no seu corpo, como um cancro. Manifesto de 7 de outubro de 1932. Disponível em: <https://www.integralismo.org.br>. Acesso em: 10 mar. 2020. Depreende-se do texto o seguinte conteúdo programático do integralismo brasileiro: A Alinhamento automático à política estadunidense. B Estímulo à luta de classes em âmbito nacional. C Centralização aguda dos poderes do Estado. D Instauração de um governo democrático. E Autonomia dos setores da sociedade. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 29 QUESTÃO 78 _ 20_ENEM_GEO_JP_L4_Q10 A África do Sul tem uma taxa de desemprego de quase 28%, concentrada, sobretudo, entre os negros, que representam 80% da população. Entre eles, o índice de desocupação é de 31%, chegando a 50% entre os mais jovens. Já entre os brancos, que são menos de 10% da população, o desemprego oscila ao redor de 7,5%. [...] Além disso, apesar de algumas medidas compensatórias, a distribuição da terra seguiu concentrada no pós-apartheid, com cerca de 70 mil fazendeiros brancos ocupando a maior parte das áreas férteis. CANZIAN, Fernando. Folha de S.Paulo, 12 ago. 2019. Disponível em: <https://temas.folha.uol.com.br>. Acesso em: 3 mar. 2020. (Adaptado) Apesar dos avanços econômicos, a África do Sul ainda precisa superar os efeitos provocados pela A segregação de caráter racial. B adoção de medidas compensatórias. C apropriação da cultura estrangeira. D marginalização de povos caucasianos. E existência de movimentos separatistas. QUESTÃO 79 _ 20_ENEM_FIL_FA_L4_Q05 Daí, para a genealogia, um indispensável demorar-se: marcar a singularidade dos acontecimentos, longe de toda finalidade monótona; espreitá-los lá onde menos se os esperava e naquilo que é tido como não possuindo história – os sentimentos, o amor, a consciência, os instintos; apreender seu retorno não para traçar a curva lenta de uma evolução, mas para reencontrar as diferentes cenas onde eles desempenharam papéis distintos; e até definir o ponto de sua lacuna, o momento em que eles não aconteceram. FOUCAULT, Michel. “Nietzsche, a genealogia e a história”. In: MACHADO, Roberto (Org.). Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979. p. 15. Segundo Foucault, ao elaborar e incorporar o método genealógico, Nietzsche marca uma contraposição à A ideia de eterno retorno dos fenômenos. B análise crítica das descontinuidades. C investigação do passado histórico. D explicação causal dos fenômenos. E ideia metafísica de origem linear. QUESTÃO 80 _ 20_ENEM_SOC_PT_L4_Q07 A ditadura ostensiva – sob a forma de fascismo, comunismo ou domínio militar – desapareceu em grande parte do mundo. Golpes militares e outras tomadas violentas do poder são raros. A maioria dos países realiza eleições regulares. Democracias ainda morrem, mas por meios diferentes. Desde o final da Guerra Fria, a maior parte dos colapsos democráticos não foi causada por generais e soldados, mas pelos próprios governos eleitos. Como Chávez na Venezuela, líderes eleitos subvertem as instituições democráticas [...]. O retrocesso democrático hoje começa nas urnas. LEVITSKY, Steven; ZIBLATT, Daniel. Como as democracias morrem. Renato Aguiar (Trad.). Rio de Janeiro: Zahar, 2018. (Adaptado) O trecho anterior sugere que a democracia perdura se A há um processo constante de fortalecimento institucional. B existe um líder que representa os interesses da maioria. C ocorre o silenciamento de críticas vindas da imprensa. D está nas mãos de um líder autocrático eleito. E é sustentada por meio da garantia militar. QUESTÃO 81 _ 20_ENEM_GEO_JP_L4_Q11 O inimaginável acontecia. Milhões de egípcios protestavam contra Hosni Mubarak em busca do sonho de uma democracia ser instalada no país. A queda do ditador talvez tenha sido um dos momentos mais mágicos da humanidade neste século. Parecia que o Egito, maior nação do mundo árabe, poderia rumar para uma democracia. No entanto, a Primavera Árabe se tornou um longo e sombrio inverno árabe. CHACRA, Guga. O Globo, 25 fev. 2020. Disponível em: <https://blogs.oglobo.globo.com>. Acesso em: 25 fev. 2020. (Adaptado) O “inverno árabe” foi uma consequência da Primavera Árabe devido à A adoção de posturas pacíficas após os protestos. B influência de partidos políticos durante os protestos. C divergência de reivindicações durante os protestos. D reincidência de regimes autoritários após os protestos. E crescente participação política da população após os protestos. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 14-08-2020 (17:37) CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 30 QUESTÃO 82 _ 20_ENEM_HIS_LM_L4_Q03 Os Lords espirituais e temporais e os Comuns, hoje [22 de janeiro de 1689] reunidos e constituindo em conjunto a representação plena e livre da nação para assegurar seus antigos direitos e liberdades, declaram que: 1 – o pretenso direito da autoridade real de suspender as leis ou a sua execução é ilegal; [..] 4 – qualquer levantamento de dinheiro para a Coroa ou o seu uso sem o consentimento do Parlamento é ilegal; [..] 9 – a liberdade de palavra ou das discussões ou processos no Parlamento não podem ser impedidas ou discutidas em qualquer tribunal ou lugar que não seja o próprio Parlamento. [..] Trecho da Declaração de Direitos, assinada pelo Rei Guilherme de Orange, em 1689, na Inglaterra. (Adaptado) No contexto da Inglaterra no século XVII, o documento demonstra que A o povo se tornou soberano. B a burguesia freou o poder dos reis. C a nobreza recuperou o poder perdido. D os conflitos religiosos desapareceram. E os reis se tornaram figuras decorativas. QUESTÃO 83 _ 20_ENEM_FIL_LT_L1_Q19 Parece ter havido para a poesia em geral duas causas naturais. Uma é que imitar é natural nos homens desde a infância e nisto diferem dos outros animais, pois o homem é o que tem mais capacidade de imitar e é pela imitação que adquire os seus primeiros conhecimentos; a outra é que todos sentem prazer nas imitações. Quando os homens veem as imagens, gostam dessa imitação, pois acontece que, vendo, aprendem e deduzem o que representa cada uma. ARISTÓTELES. Poética. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008. p. 42-3. (Adaptado) De acordo com o texto, a poesia, por ser A semelhança do real, é meio de aprendizado e gera satisfação. B objeto de desejo, deve se ater à reflexão pura sobre a natureza. C mera imitação humana, é uma dimensão desprezível da existência. D meio para se alcançar o pensamento crítico, é um método filosófico dedutivo. E cópia do mundo inteligível, é uma representação duvidosa do mundo material. QUESTÃO 84 _ 20_ENEM_GEO_BW_L4_Q01 De acordo com estimativas do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens e Satélites (Lapis), ligado à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), 12,85% do semiárido brasileiro enfrenta o processo de desertificação. DOMINGUES,Felipe. G1, 20 ago. 2019. Disponível em: <https://g1.globo.com>. Acesso em: 24 fev. 2020. Um dos fatores que explica o processo de desertificação no semiárido brasileiro é o(a) A uso da técnica de rotação de culturas. B intensificação das desigualdades sociais. C abandono de áreas agrícolas improdutivas. D aprimoramento de tecnologias sustentáveis. E exploração dos recursos naturais dessa região. QUESTÃO 85 _ 20_ENEM_GEO_BW_L4_Q08 Por dezenas de anos, a partir da década de 1960, a Amazônia foi apresentada ao mundo ocidental como uma região uniforme e monótona, pouco compartimentada e desprovida de diversidade fisiográfica e ecológica. Enfim, um espaço sem gente e sem história, passível de qualquer manipulação por meio de planejamentos realizados a distância ou sujeitos a propostas de obras faraônicas. AB’SÁBER, Aziz Nacib. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. p. 81. Qual a consequência para a Amazônia do modelo de desenvolvimento adotado a partir da década de 1960? A A valorização dos saberes dos povos originários. B A difusão de conhecimentos científicos sobre a floresta. C O investimento em pesquisas de preservação ambiental. D O desmatamento causado pelos programas de crescimento. E O progresso econômico da região devido à instalação de multinacionais. QUESTÃO 86 _ 20_ENEM_FIL_FA_L4_Q01 Como os pagãos, também os cristãos vivem em cidades temporais, colaboram para sua ordem e dela tiram proveito, mas, quaisquer que sejam suas cidades temporais, todos os cristãos de todos os países, de todas as línguas e de todas as épocas são unidos por seu amor comum ao mesmo Deus e pela busca comum da mesma beatitude. Formam, portanto, também eles, um povo, cujos cidadãos se recrutam em todas as cidades terrestres e cuja sede mística pode ser chamada de “Cidade de Deus”. GILSON, Étienne. A filosofia na Idade Média. Eduardo Brandão (Trad.). São Paulo: Martins Fontes, 1995. p. 156-7. (Adaptado) Na concepção agostiniana, uma das condições imprescindíveis à participação na “Cidade de Deus” é o(a) A engajamento no combate ao paganismo. B comunhão de valores e de sentimentos cristãos. C postura ética independentemente da religião. D não participação na ordem da cidade terrena. E pertencimento territorial e cultural ao Ocidente. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) CH - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 31 QUESTÃO 87 _ 20_ENEM_HIS_LM_L4_Q11 O informe oficial do governo britânico, expedido no Quênia em 1923, declarava: “O governo de Sua Majestade considera-se exercendo, por conta das populações africanas, uma tutela [...] cujo objetivo pode ser definido como a proteção e o progresso das raças indígenas”. No célebre estudo La mise em valeur des colonies françaises, Albert Sarraut, ministro francês das colônias, escrevia a propósito da França: “O único direito que ela quer conhecer é o direito de o mais forte proteger o mais fraco”. BETTS, R. “A dominação europeia: métodos e instituições”. In: BOAHEN, A. (Org.). História Geral da África, v. VII: África sob dominação colonial, 1880 – 1935. Brasília: UNESCO, 2010. p. 355. O trecho anterior revela que as potências europeias queriam A desenvolver economicamente a África. B preservar os recursos naturais africanos. C proteger as populações indígenas africanas. D justificar racialmente a colonização da África. E ajudar os africanos a manterem suas tradições. QUESTÃO 88 _ 20_ENEM_HIS_LM_L4_Q08 A Sociedade Patriótica de Caracas vinha, havia já algum tempo, servindo de espaço para o vigoroso debate sobre os direitos naturais e civis dos indivíduos. Homens como Francisco Miranda e Simón Bolívar, recém-chegados do exterior, onde também haviam participado de diferentes tipos de círculos intelectuais, compartilhavam novas leituras e ideias, promovendo, assim, o surgimento de uma noção de soberania associada a novos valores. GOUVÊA, M. “Revolução e independências: notas sobre o conceito e os processos revolucionários na América espanhola”. Estudos históricos, 1997, n. 20. p. 289. (Adaptado) Bolívar e outros homens que trouxeram novas ideias do exterior se viram frustrados com a possibilidade de mudanças na América. Algo que divergiu do projeto de Bolívar para as Américas foi a A falta de apoio das elites locais no processo de independência. B fragmentação territorial do continente após a independência. C baixa participação popular no processo revolucionário. D subserviência das colônias aos interesses espanhóis. E tentativa dos caudilhos de unificar o continente. QUESTÃO 89 _ 20_ENEM_SOC_PT_L4_Q09 Há um intenso embate sobre a redução de direitos sociais e trabalhistas e do Estado nas democracias plenas. [...] Em termos comparativos, esses países com base em sistemas tributários que geram os mais eficientes resultados distributivos, apresentam um significativo investimento em seus sistemas educacionais, em saúde, ciência, tecnologia e inovação, segurança, infraestrutura, meio ambiente, direitos humanos, proteção social e demais políticas públicas que reduzem a desigualdade e, também por isso, propiciam uma elevação na renda per capita e na capacidade estatal de arrecadação. NODER, Luiz Antônio. “O neoliberalismo e a degradação da democracia”. Le Monde Diplomatique Brasil. Disponível em: <https://diplomatique.org.br>. Acesso em: 6 abr. 2020. (Adaptado) De acordo com o texto, nos países de democracia plena, a elevação na renda per capita está associada à(s) A promoção da cidadania. B redução drástica de impostos. C políticas de austeridade fiscal. D priorização de interesses financeiros. E estatização progressiva de instituições. QUESTÃO 90 _ 20_ENEM_FIL_FA_L4_Q07 Assim, totalmente livre, indiscernível do período cujo sentido escolhi ser, tão profundamente responsável pela guerra como se eu mesmo a houvesse declarado, incapaz de viver sem integrá-la à minha situação, sem comprometer- -me integralmente nessa situação e sem imprimir nela a minha marca, devo ser sem remorsos nem pesares, assim como sou sem desculpa, pois, desde o instante de meu surgimento ao ser, carrego o peso do mundo totalmente só, sem que nada nem ninguém possa aliviá-lo. SARTRE, Jean-Paul. O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenológica. Paulo Perdigão (Trad.). Petrópolis: Vozes, 1997. p. 680. Toda a filosofia sartriana se estrutura em torno de uma concepção radical da liberdade. Para Sartre, dizer que o ser humano é livre equivale, entre outras coisas, a dizer que ele sempre A afirma sua natureza universal. B desvincula-se da realidade social. C confere sentido a tudo que lhe cerca. D tem a existência determinada pelos outros. E está ciente das consequências de seus atos. PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 2020 LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem Digital - Página 32 PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 31-07-2020 (17:34)