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Prévia do material em texto

Autora: Profa. Cristiane Vianna Guzzoni
Colaboradoras: Profa. Vanessa Santhiago
 Profa. Christiane Mazur Doi
Políticas Públicas de Lazer
Professora conteudista: Cristiane Vianna Guzzoni
Mestrado em Estudos do Lazer pela Universidade de Campinas (Unicamp) e graduação em Educação Física pela 
Universidade Estadual do Paraná (Unioeste) com especialização em Recreação e Lazer pela mesma universidade. Atua 
há mais de 25 anos como docente no Ensino Superior, tendo experiência também na Educação Básica em escolas 
públicas e particulares. Essa experiência permite ampla atuação nas diversas disciplinas do curso de licenciatura e 
bacharelado em Educação Física. Atualmente é docente na Universidade Paulista (UNIP) nas seguintes disciplinas: 
Filosofia e Dimensões Históricas da Educação Física, Corporeidade e Motricidade Humana, Recreação, Ginástica para 
Todos e orientadora de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) e Estágios Supervisionados Obrigatórios. Por fim, está 
vinculada ao curso de EAD desta instituição atuando nas aulas práticas das disciplinas de Recreação e Ginástica 
para Todos, além de orientar Projetos de Produção Científica e TCCs.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
G993p Guzzoni, Cristiane Vianna.
Políticas Públicas de Lazer / Cristiane Vianna Guzzoni. – São 
Paulo: Editora Sol, 2024.
76 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.
1. Lazer. 2. Políticas. 3. Atividade. I. Título.
CDU 379.8:20
U519.34 – 24
G993p
Profa. Sandra Miessa
Reitora
Profa. Dra. Marilia Ancona Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Profa. Dra. Marina Ancona Lopez Soligo
Vice-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Claudia Meucci Andreatini
Vice-Reitora de Administração e Finanças
Prof. Dr. Paschoal Laercio Armonia
Vice-Reitor de Extensão
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora das Unidades Universitárias
Profa. Silvia Gomes Miessa
Vice-Reitora de Recursos Humanos e de Pessoal
Profa. Laura Ancona Lee
Vice-Reitora de Relações Internacionais
Prof. Marcus Vinícius Mathias
Vice-Reitor de Assuntos da Comunidade Universitária
UNIP EaD
Profa. Elisabete Brihy
Profa. M. Isabel Cristina Satie Yoshida Tonetto
Prof. M. Ivan Daliberto Frugoli
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Material Didático
Comissão editorial: 
 Profa. Dra. Christiane Mazur Doi
 Profa. Dra. Ronilda Ribeiro
Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista
 Profa. M. Deise Alcantara Carreiro
 Profa. Ana Paula Tôrres de Novaes Menezes
Projeto gráfico: Revisão:
 Prof. Alexandre Ponzetto Kleber Souza
 Luiza Gomyde
Sumário
Políticas Públicas de Lazer
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................8
Unidade I
1 O ENTENDIMENTO DO LAZER: UMA INTRODUÇÃO ..............................................................................9
1.1 Sobre o lazer, o trabalho e o tempo.................................................................................................9
1.2 Conceitos e reflexões sobre o lazer ............................................................................................... 10
1.3 Os conteúdos culturais do lazer ..................................................................................................... 11
1.4 As barreiras e os preconceitos sobre vivências do lazer ....................................................... 12
2 O LAZER COMO DIREITO SOCIAL ............................................................................................................... 14
2.1 Lazer: um direito garantido constitucionalmente .................................................................. 14
2.2 Duplo aspecto educativo do lazer ................................................................................................. 15
2.3 Patrimônio ambiental urbano ......................................................................................................... 17
2.4 A cidade como um espaço de lazer .............................................................................................. 19
3 CONSIDERAÇÕES SOBRE O LAZER E AS FASES DA VIDA ................................................................ 24
4 O LAZER E A EDUCAÇÃO FÍSICA ................................................................................................................ 25
4.1 Relações entre o lazer e a educação física ................................................................................ 25
4.2 A atuação do profissional de educação física no lazer ......................................................... 26
4.2.1 O animador sociocultural .................................................................................................................... 28
4.2.2 Competências a serem desenvolvidas pelo animador sociocultural ................................. 28
Unidade II
5 ATUAÇÃO PROFISSIONAL NO LAZER ....................................................................................................... 38
5.1 Democratização do lazer e o animador sociocultural ........................................................... 38
5.2 O animador sociocultural e o poder público ............................................................................. 40
5.3 O animador sociocultural e a iniciativa privada ...................................................................... 40
5.4 O animador sociocultural e o terceiro setor (Sistema S e ONGs) ..................................... 40
6 GESTÃO PÚBLICA DAS POLÍTICAS DE LAZER NO BRASIL ................................................................ 41
6.1 O papel do estado nas políticas sociais: as políticas de lazer no Brasil ......................... 41
6.2 Pressupostos de ação comunitária ............................................................................................... 42
6.3 Políticas públicas de formação e desenvolvimento de pessoal ......................................... 43
6.4 Políticas públicas de espaços e equipamentos de lazer ....................................................... 44
7 ELABORAÇÃO DE PROJETOS PARA O LAZER NA ÁREA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ...................... 46
7.1 Por que propor um projeto de lazer? ........................................................................................... 46
7.2 Como elaborar um projeto de lazer? ............................................................................................ 46
7.3 Tipos de propostas de eventos para a área do lazer .............................................................. 49
7.3.1 Eventos sazonais ..................................................................................................................................... 49
7.3.2 Eventos permanentes ............................................................................................................................ 51
7.3.3 Eventos itinerantes ................................................................................................................................. 54
7.3.4 Eventos temáticos .................................................................................................................................. 55
8 SUGESTÕES DE PROPOSTAS DE LAZER PARA AS DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS 
E NECESSIDADES ................................................................................................................................................. 57
7
APRESENTAÇÃO
Caroa realidade histórica e a especificidade 
dessa vivência.
É correto o que se afirma em:
A) III, apenas.
B) I e II, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I e III, apenas.
E) I, II e III.
Resposta correta: alternativa E.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: segundo Joffre Dumazedier, o lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo 
pode entregar-se, de livre vontade, a fim de repousar, divertir-se, recrear-se, entreter-se ou desenvolver 
sua informação (ou formação) desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre 
capacidade criadora.
36
Unidade I
II – Afirmativa correta.
Justificativa: segundo Nelson Carvalho Marcellino, o lazer é a cultura compreendida no seu sentido 
mais amplo, sendo vivenciada no chamado “tempo disponível”. Para o pensador, devemos considerar 
o caráter “desinteressado” dessa vivência. No lazer, buscamos basicamente a satisfação provocada 
pela situação.
III – Afirmativa correta.
Justificativa: segundo Christianne Luce Gomes, o lazer é uma dimensão da cultura que compõe um 
campo de práticas sociais vivenciadas ludicamente pelos praticantes e está presente na vida cotidiana 
em diferentes tempos e lugares.
Questão 2. Vimos, no livro-texto, que a vivência do lazer é um aspecto fundamental da 
qualidade  de vida. No entanto, esta vivência pode ser afetada por várias barreiras e por preconceitos, 
fatores que, de alguma forma, impedem ou diminuem o acesso das pessoas a experimentarem o seu 
tempo de lazer de maneira plena, inclusiva e prazerosa.
Em relação a esse tema, considere os itens a seguir.
I – Barreiras financeiras.
II – Barreiras físicas.
III – Barreiras culturais e étnicas.
IV – Barreiras de gênero.
V – Barreiras de idade.
VI – Estigma e discriminação.
São barreiras e/ou preconceitos que podem impactar a vivência do lazer os mostrados em:
A) I, II, III, IV, V e VI.
B) I, II, III, IV e V, apenas.
C) II, III, IV, V e VI, apenas.
D) I, III e V, apenas.
E) II, IV e VI, apenas.
Resposta correta: alternativa A.
37
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER
Análise da questão
Algumas das principais barreiras e alguns dos principais preconceitos que podem impactar a vivência 
do lazer são:
• Barreiras financeiras: a falta de recursos financeiros pode impedir o acesso a atividades de lazer, 
a viagens, a ingressos para eventos culturais ou esportivos e até mesmo à participação em clubes 
ou associações.
• Barreiras físicas: a falta de acessibilidade em espaços de lazer, como parques, praias e instalações 
esportivas, pode limitar a participação de pessoas com mobilidade reduzida, pessoas idosas ou 
pessoas com deficiências físicas.
• Barreiras culturais e étnicas: preconceitos culturais e étnicos podem restringir o acesso de 
pessoas a atividades de lazer, especialmente em contextos em que a diversidade cultural não é 
respeitada ou valorizada.
• Barreiras de gênero: normas de gênero rígidas podem influenciar as escolhas de lazer das 
pessoas, limitando as oportunidades e impondo expectativas.
• Barreiras de idade: a idade também pode ser uma barreira, especialmente para os jovens e as 
pessoas idosas. Os jovens podem enfrentar restrições de acesso a determinadas atividades com 
base em regulamentações etárias, enquanto as pessoas idosas podem ser vistas como inadequadas 
para participar de certas práticas de lazer.
• Estigma e discriminação: o estigma e a discriminação em relação a grupos específicos, como 
LGBTQIAPN+ ou pessoas com transtornos de saúde mental, podem afetar sua disposição para 
participar de atividades de lazer em ambientes que não são acolhedores ou inclusivos.
• Barreiras psicológicas: fatores psicológicos, como baixa autoestima, ansiedade social ou 
depressão, podem dificultar o envolvimento em atividades de lazer.
• Barreiras de tempo: pressões de tempo relacionadas a trabalho, cuidados familiares ou outras 
obrigações podem limitar a disponibilidade para o lazer.
• Barreiras geográficas: a localização geográfica, como viver em áreas rurais isoladas, pode limitar 
o acesso a opções de lazer, devido à falta de instalações e eventos disponíveis.
• Falta de conhecimento e informação: a falta de conhecimento sobre as oportunidades 
de lazer disponíveis na comunidade pode impedir que as pessoas participem ativamente 
dessas atividades.aluno,
Este livro-texto foi elaborado visando cobrir os aspectos fundamentais referentes ao lazer e às 
políticas públicas de lazer. O lazer é um direito garantido constitucionalmente, porém, assim como 
tantos outros direitos sociais, acaba negligenciado em função de uma série de problemas, inclusive o 
desconhecimento da importância desta prática para a qualidade de vida e a saúde do indivíduo.
Neste sentido, o objetivo aqui é contribuir para o conhecimento e a formação de profissionais que 
estejam aptos a propor projetos e atividades de lazer de acordo com as necessidades e expectativas dos 
diferentes públicos.
Os capítulos estão em uma sequência pensada de acordo com o aprofundamento progressivo em 
temas e aspectos que contribuem para a ampliação de suas competências como animador sociocultural 
e/ou gestor de lazer.
Bom estudo!
8
INTRODUÇÃO
Este livro-texto exibe os principais temas acerca do lazer e das políticas públicas de lazer que 
contribuem na formação de estudantes do curso de Educação Física. Introduz-se o tema através de 
elementos que possibilitam a sua compreensão de modo mais abrangente. Trataremos dos conceitos e 
significados do lazer para diferentes autores, a relação intrínseca entre lazer e trabalho, e as barreiras 
e os preconceitos que podem impossibilitar as vivências do lazer.
Abordaremos o lazer como um direito social e sua potencialidade educativa, entendendo a cidade 
como um espaço privilegiado para a aplicação de políticas públicas de lazer e o espaço urbano como 
um patrimônio social que deve, a partir das políticas públicas, possibilitar um amplo espectro de 
ofertas de lazer.
Refletiremos acerca do papel do lazer nas diferentes fases da vida, estabelecendo aspectos  e 
características que contribuem para a aderência a programas de lazer de acordo com interesses 
e especificidades de cada praticante. Discutiremos ainda a necessidade de propostas de atividades que 
estejam alinhadas às expectativas nas diferentes faixas etárias.
Buscaremos estabelecer as relações possíveis entre o lazer e a Educação Física, bem como 
apresentaremos diferentes possibilidades de atuação para o profissional da área.
Discutiremos a necessidade de formação de um profissional qualificado para a atuação nas diferentes 
áreas e interesses de lazer –, o denominado animador sociocultural, e exibiremos diversas possibilidades 
de atuação profissional. Também falaremos da importância da democratização do lazer, tanto em relação 
à oferta de espaços e equipamentos quanto à ampliação das propostas.
Em sequência, exporemos temas específicos referentes às políticas públicas de lazer no Brasil e 
sua estreita relação com as ações comunitárias, a formação de agentes de lazer, e os processos de 
construção de equipamentos e espaços de lazer. Avaliaremos, também, o papel do Estado na proposição 
e gestão de políticas públicas de lazer.
Apresentaremos os principais critérios para o desenvolvimento de projetos e suas diferentes formas 
e possibilidades de elaboração. Por fim, sugeriremos atividades que possam compor projetos visando 
atender às demandas das diferentes faixas etárias.
Esperamos que ao final deste material os alunos tenham desenvolvido competências que 
possibilitem uma atuação efetiva nesta área.
9
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER
Unidade I
1 O ENTENDIMENTO DO LAZER: UMA INTRODUÇÃO
1.1 Sobre o lazer, o trabalho e o tempo
Antes de começarmos a nossa jornada em busca da compreensão mais efetiva dos elementos que 
permeiam o universo do lazer, precisamos entender que lazer e trabalho estão relacionados de maneira 
intrínseca, uma vez que o lazer se refere a um tempo de não trabalho, denominado disponível ou livre.
De acordo com Huizinga (1999), é importante salientar que o lúdico, a diversão, o jogo, sempre 
fez parte da cultura humana. Há registros desses elementos no cotidiano da humanidade desde seus 
primeiros tempos.
Porém, essas atividades estavam incorporadas às práticas cotidianas e misturavam-se aos fazeres 
cotidianos ou, como no caso dos trabalhadores do campo: elas estavam reguladas pelos diferentes períodos 
entre o plantio e a colheita, ou seja, seguiam o ritmo do tempo natural, da luz do dia e das estações do ano.
Segundo Melo e Alves Junior (2003, p. 2),
Por certo existem similaridades com o que foi vivido em momentos 
anteriores – e mesmo por isso devemos conhecê-los – mas o que hoje 
entendemos como lazer guarda peculiaridades que somente podem 
ser compreendidas em sua existência concreta atual. O fato de haver 
equivalências não significa que os fenômenos sejam os mesmos. [...] É 
somente a partir de determinado momento da história que se começa a 
utilizar a palavra lazer.
A Revolução Industrial é, sem dúvida, um dos fatores mais importantes para o surgimento do que 
chamamos hoje de lazer. Em meados do século XVIII, o trabalho em fábricas exigia uma dedicação de 
tempo muito grande por parte dos trabalhadores (entre 12 e 16 horas diárias). O tempo passou a ser 
medido de uma nova maneira, dividido artificialmente (em horas) e não mais pelo tempo natural 
(dia e noite). A partir disso, surge um tempo de trabalho e um tempo de não trabalho que passa a 
ser denominado de lazer (Melo; Alves Junior, 2003).
Esse processo não foi rápido e nem pacífico. A diminuição da jornada de trabalho e a reivindicação 
de melhores condições de trabalho foram, ao longo dos anos, redefinindo os tempos de trabalho e de 
lazer até chegarmos à configuração atual, com as leis trabalhistas estabelecendo tais períodos.
10
Unidade I
Outra consideração importante é que não se pode falar sobre lazer sem levar em conta as 
especificidades a que estamos nos referindo, dado que essa compreensão não é universal.
Conforme Gomes (2014, p. 3),
As experiências de lazer são aqui concebidas como práticas sociais que 
possibilitam o desfrute da vida e a compreensão de mundo, detendo assim 
um grande potencial para a mediação cultural. [...] Por essa razão, é preciso 
entendê-lo de modo situado em cada território, ou seja, levando em conta 
algumas das peculiaridades históricas, culturais, sociais, políticas, éticas e 
estéticas, entre outras, que expressam diversidades e singularidades locais.
1.2 Conceitos e reflexões sobre o lazer
Apresentaremos na sequência o que pensam em relação ao lazer Joffre Dumazedier, Nelson Carvalho 
Marcellino e Christianne Luce Gomes.
Joffre Dumazedier, sociólogo francês, é o precursor dos estudos sobre o lazer, e inspirou o início 
dos estudos sobre o tema no Brasil. Seu conceito acerca do assunto reflete principalmente o caráter 
desinteressado das práticas – o que não quer dizer que o praticante não tenha interesse no que faz, 
mas sim que a sua escolha pela atividade talvez não tenha vínculos com o trabalho ou que seja uma 
exigência deste.
Ainda de acordo com ele (Dumazedier, 1976), o lazer trata-se de um conjunto de ocupações às 
quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, para divertir-se, recrear-se e 
entreter-se, ou ainda para desenvolver informações ou formações desinteressadas, sua participação 
social voluntária ou sua livre capacidade criadora.
Já para Nelson Carvalho Marcellino (2000), lazer é cultura – compreendida no seu sentido mais 
amplo – vivenciada (praticada ou fruída) no “tempo disponível”; nesse caso, o caráter “desinteressado” 
da vivência é característica fundamental e traço definidor de lazer para o autor. Não se busca, pelo 
menos em princípio, outra recompensa que não a satisfação provocada pela situação.
Neste conceito apresentado pelo autor, além da reafirmação do caráter descompromissado do lazer – 
já afirmado por Dumazedier – evidencia-se a amplitude das possibilidades de compreensão e de vivência do 
lazer a partir de uma ampliação também da compreensão dos sentidos de cultura. Se entendermos a 
cultura como o conjunto das práticas e tradições que caracterizam determinado povo, perceberemos 
que há inúmeras formas de ela se expressar e, portanto, diferentes possibilidades devivenciá-la.
Por fim, Christianne Luce Gomes (2014) considera o lazer como uma dimensão da cultura que 
constitui um campo de práticas sociais vivenciadas ludicamente pelos sujeitos, estando presente na 
vida cotidiana em diferentes tempos e lugares.
11
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER
Para a autora, assim como para seus colegas vistos anteriormente, o lazer é compreendido como 
uma dimensão da cultura; entretanto, sua conceituação chama a atenção para a necessidade de 
considerarmos a realidade histórica e a especificidade dessa vivência, dado que, este conceito de lazer 
nos traz uma referência importante sobre o contexto no qual essas práticas são vivenciadas.
 Observação
Os três autores escolhidos para apresentar os conceitos de lazer 
visaram ampliar as possibilidades de compreensão do termo e abordar a 
constante reformulação e ressignificação do conceito a partir do avanço 
e aprofundamento de estudos antropológicos, sociais, econômicos, 
filosóficos e outros.
1.3 Os conteúdos culturais do lazer
O termo “conteúdos culturais do lazer” foi proposto por Joffre Dumazedier (1973) ao determinar 
cinco áreas distintas que caracterizam os interesses de praticantes de lazer: interesses físicos, manuais, 
artísticos, intelectuais e sociais. Mais recentemente, foram incorporados os interesses turísticos 
(Camargo, 1980) e virtuais (Schwartz, 2003) em virtude da ampliação de citações deste tipo de prática 
nas pesquisas e relatos sobre as atividades realizadas nos períodos de lazer.
Interesse pode ser compreendido como a motivação mais forte, que faz com que o praticante 
procure determinada atividade; no entanto, é possível que mais de um estímulo encoraje a busca de 
uma atividade, dado que é possível conjugar diversos benefícios em uma única prática de acordo com 
interesses próprios e subjetivos.
É importante frisar que, para serem considerados lazer, esses interesses não podem ser motivados 
por necessidades laborais ou de aperfeiçoamento profissional.
Listamos a que se referem cada um dos termos que formam os conteúdos culturais do lazer:
• Interesses físicos: ligados a práticas corporais e de esportes, caracterizam-se pela utilização do 
corpo como instrumento na vivência do tempo de lazer. Por exemplo: corrida, ginástica, lutas, 
caminhadas, jogos, dança, ciclismo, entre outros.
• Interesses manuais: ligados a práticas de atividades em que a manipulação de objetos é o prazer 
principal. Por exemplo: carpintaria, marcenaria, construção de objetos, artesanato, jardinagem, 
pintura, tricô, crochê, culinária, entre outros.
• Interesses artísticos: ligados à prática ou fruição de atividades de cunho artístico, podem ser 
definidos como uma busca pela experiência estética, como peças de teatro, visitas a museus, 
espetáculos de dança, circo, cinema e centros culturais.
12
Unidade I
• Interesses intelectuais: buscam aproximação ao conhecimento ou raciocínio, às atividades de 
aprendizagem ou desenvolvimento pessoal. Por exemplo: cursos, palestras, aulas livres.
• Interesses sociais: envolvem a participação em grupo, o encontro com pessoas, trocas de experiências 
e sociabilização. Como exemplo podemos citar reuniões sociais, encontros em bares, festas, programas 
noturnos, restaurantes, passeios em grupos.
• Interesses turísticos: envolvem passeios e viagens, em grupo ou individualmente. O interesse aqui 
pode ser de conhecer lugares e culturas novas ou mudar de ambiente, de clima, de realidade 
sociocultural.
• Interesses virtuais: o atual desenvolvimento tecnológico e o crescente acesso a computadores, tablets 
e celulares por grande parte da população tornou o acesso virtual uma das grandes possibilidades 
da pós-modernidade. Atualmente podemos acessar de forma remota quase tudo: bancos, escolas, 
faculdades, bibliotecas, museus, cidades, supermercados, lojas e outros. Essas alternativas criaram várias 
atividades que podem ser desenvolvidas de maneira virtual, ou seja, sem a necessidade de estar presente 
fisicamente, o que permite a criação, por exemplo, de uma realidade imaginária (como no caso dos jogos 
e/ou dos óculos que simulam uma realidade inventada). Podemos afirmar então que os interesses virtuais 
são caracterizados por tipos de atividades de lazer realizadas com uso da tecnologia.
 Observação
A possibilidade de que haja mais de um interesse envolvido não nega 
a análise de Dumazedier, apenas reforça a ideia sobre a complexidade das 
relações de interesses e motivações na vida cotidiana.
1.4 As barreiras e os preconceitos sobre vivências do lazer
A vivência do lazer é um aspecto fundamental para a qualidade de vida. No entanto, essa vivência 
pode ser afetada por várias barreiras e preconceitos, fatores que, de alguma forma, impedem ou 
diminuem o acesso das pessoas a seu tempo de lazer de maneira plena, inclusiva e prazerosa.
Algumas das principais barreiras e preconceitos capazes de impactar a vivência do lazer são:
• Barreiras financeiras: a falta de recursos financeiros pode impedir o acesso a atividades de lazer, 
a viagens, a ingressos para eventos culturais ou esportivos e até mesmo à participação em clubes 
ou associações.
• Barreiras físicas: a falta de acessibilidade em espaços de lazer, como parques, praias e instalações 
esportivas, pode limitar a participação de pessoas com mobilidade reduzida, pessoas idosas ou 
pessoas com deficiências físicas.
13
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER
• Barreiras culturais e étnicas: preconceitos culturais e étnicos podem restringir o acesso a 
atividades de lazer, especialmente em contextos em que a diversidade cultural não é respeitada 
ou valorizada.
• Barreiras de gênero: normas de gênero rígidas podem influenciar as escolhas de lazer das 
pessoas, limitando as oportunidades e impondo expectativas.
• Barreiras de idade: a idade também pode ser uma barreira, especialmente para os jovens e pessoas 
idosas. Os jovens podem enfrentar restrições de acesso a determinadas atividades com base em 
regulamentações etárias, enquanto as pessoas idosas podem ser vistas como inadequadas para 
praticar certas atividades de lazer.
• Estigma e discriminação: o estigma e a discriminação em relação a grupos específicos, como 
pessoas LGBTQ+ ou com transtornos de saúde mental, podem afetar a disposição para participar 
de atividades de lazer em ambientes que não são acolhedores ou inclusivos.
• Barreiras psicológicas: fatores psicológicos, como baixa autoestima, ansiedade social ou depressão, 
podem dificultar o envolvimento em atividades de lazer.
• Barreiras de tempo: pressões de tempo relacionadas a trabalho, cuidados familiares ou outras 
obrigações podem limitar a disponibilidade para o lazer.
• Geografia: a localização geográfica, como viver em áreas rurais isoladas, pode limitar o acesso a 
opções de lazer devido à falta de instalações e eventos disponíveis.
• Falta de conhecimento e informação: a falta de conhecimento sobre as oportunidades de lazer 
disponíveis na comunidade pode impedir que as pessoas participem ativamente delas.
O fator econômico é um dos grandes impeditivos para a vivência do lazer, principalmente por 
indivíduos que têm interesses artísticos como fonte motivadora. Sabemos que ingressos para espetáculos, 
entradas para cinema, teatro ou eventos acabam pesando no orçamento.
Segundo Marcellino (2000), a faixa etária é um aspecto que também pode ser considerado uma 
barreira para a prática do lazer, visto que crianças e pessoas idosas tendem a ser negligenciadas: 
as crianças por não terem ainda entrado no mercado produtivo, e as pessoas idosas por já terem saído 
desse mesmo mercado.
O gênero também é um fator que contribui como barreira para a plena vivência do lazer, pois as 
mulheres ainda são responsáveis pela maioria das tarefas domésticas e, quando trabalham, enfrentam 
uma jornada dupla de trabalho. Este aspecto se reflete principalmente na geração mais velha, cuja 
divisão de tarefas domésticas não é um hábito comum.
Dessa forma, a classe social, a faixa etária e o gênero, entre outrosfatores, limitam o lazer a 
uma parcela da população, principalmente se consideramos a frequência da prática e sua qualidade 
(Marcellino, 2000).
14
Unidade I
 Lembrete
Para promover a vivência do lazer de forma mais inclusiva e igualitária, 
é importante reconhecer essas barreiras e preconceitos e adotar medidas 
para superá-los. Isso pode incluir políticas de acessibilidade, educação e 
conscientização sobre a diversidade, promoção da igualdade de gênero 
e aceitação cultural, bem como a criação de oportunidades de lazer 
acessíveis a todos, independentemente de sua situação financeira, idade 
ou habilidades. O lazer é um direito fundamental que deve estar ao alcance 
de todos, sem discriminação.
2 O LAZER COMO DIREITO SOCIAL
2.1 Lazer: um direito garantido constitucionalmente
A Constituição Federal de 1988, em seu capítulo II, que trata dos direitos sociais, afirma o seguinte:
 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a 
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção 
à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição (Brasil, 2015).
O lazer é um elemento fundamental da qualidade de vida e do bem-estar das pessoas, e, em muitas 
sociedades, é reconhecido como um direito humano. Embora o seu reconhecimento como um direito 
garantido constitucionalmente possa variar entre os países, muitas constituições incluem princípios 
que apoiam o direito ao lazer e ao descanso. O lazer é frequentemente incorporado em documentos 
constitucionais e legais:
• Descanso e lazer: muitas constituições afirmam o direito ao descanso e ao lazer como parte dos 
direitos fundamentais dos cidadãos. Por exemplo, a Constituição da República Federativa do Brasil 
de 1988 afirma, em seu Artigo 6, que o direito ao lazer é um dos direitos sociais (Brasil, 1988; 2015).
• Igualdade e não discriminação: as constituições frequentemente proíbem a discriminação com 
base em várias categorias, como gênero, idade, raça e orientação sexual. Isso significa que todas 
as pessoas têm direito ao lazer, independentemente de suas características pessoais.
• Participação na vida cultural e social: algumas constituições garantem o direito à participação 
na vida cultural e social da comunidade, o que inclui o direito de desfrutar de atividades de lazer 
e culturais.
• Direitos da criança e do adolescente: muitos países têm leis específicas que protegem os 
direitos das crianças e dos adolescentes, incluindo o direito ao lazer e à recreação como parte de 
seu desenvolvimento saudável.
15
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER
• Acesso à cultura e à educação: a cultura e a educação desempenham um papel fundamental 
nas atividades de lazer, e muitas constituições abordam o direito ao acesso a essas áreas.
• Políticas públicas: as constituições também podem estabelecer a responsabilidade do Estado em 
garantir o acesso a oportunidades de lazer, muitas vezes por meio da implementação de políticas 
públicas e programas.
• Proteção do meio ambiente: o acesso a áreas naturais e à recreação ao ar livre também é 
frequentemente protegido por leis ambientais e constitucionais.
Embora o reconhecimento do lazer como um direito garantido constitucionalmente seja uma realidade 
em muitos locais, a sua implementação prática pode variar amplamente. Em alguns lugares,  a  oferta 
de oportunidades de lazer pode ser mais abrangente e acessível do que em outros. Portanto, a sociedade, as 
instituições governamentais e as organizações da sociedade civil desempenham um papel fundamental 
na promoção e proteção do direito ao lazer e na busca por garantir que todas as pessoas tenham a 
oportunidade de desfrutar dele de forma plena e igualitária. Portanto, o lazer precisa ser compreendido 
como um dos fatores importantes para a garantia da qualidade de vida do brasileiro e não apenas como 
um privilégio ou algo menos importante – como ocorre frequentemente quando temos que racionar as 
despesas e decidir entre coisas “mais importantes” do que a diversão, dado que é comum a associação do 
lazer ao consumo ou a gastos desnecessários. A proposta aqui é justamente desmistificar essa noção de 
que o lazer precisa ser “comprado”, e tentar estabelecer aspectos que contribuam para a compreensão 
da importância de políticas públicas que tanto garantam o acesso da população ao lazer como permitam 
a participação da comunidade nas decisões acerca das ações a serem propostas.
Para tanto, precisamos investir em duas frentes: a educação para as vivências do lazer e o lazer como 
uma possibilidade educativa. Trataremos desses temas a seguir.
2.2 Duplo aspecto educativo do lazer
Segundo Marcellino (1990, p. 58-59), é necessário compreender que o lazer comporta em si 
duas possibilidades relacionadas à educação: “a primeira, que o lazer é um veículo privilegiado de 
educação; e a segunda, que para a prática positiva das atividades de lazer é necessário o aprendizado, 
o estímulo, a iniciação”.
Vamos pensar um pouco sobre isso?
Muito se fala sobre todas as potencialidades que o lazer tem de ampliar conhecimentos e de 
desenvolver outras competências que não apenas as relacionadas ao trabalho, a que dedicamos grande 
parte de nossa vida na educação formal? Você já se perguntou ou parou para pensar quanto de nossas 
aprendizagens estão diretamente relacionadas a aspectos utilitaristas, ou seja, a coisas que aprendemos 
em função de necessidades do nosso cotidiano, como trabalho, alimentação, economia e saúde?
16
Unidade I
Trata-se então de começarmos a pensar que, para que o lazer seja vivenciado ao máximo e que todas 
as suas potencialidades sejam de fato aproveitadas, é necessário que sejam desenvolvidas políticas que 
possibilitem a educação para reconhecer essas vivências, não apenas a fim de usufruí-las, mas também 
de reivindicá-las, uma vez que as necessidades e as preferências das atividades de lazer precisam ser 
discutidas com a população em geral.
Precisamos criar formas de educar as pessoas para aproveitar o lazer e vivenciar de forma positiva o seu 
tempo disponível; do contrário, as possibilidades educativas presentes no lazer estarão sempre cerceadas 
pelas ofertas generalistas do poder público – que, na maioria das vezes, não considera as peculiaridades 
e especificidades da comunidade local – ou pelo consumo, sempre associado a modismos (ou ainda a 
preconceitos que consideram que especialistas seriam melhores para decidir o que é bom para os leigos).
A importância da educação para o lazer é reafirmada por Marcellino “como uma forma de resistência, 
uma espécie de formação de arcabouço que permita atitudes críticas, criativas, não só na prática como 
no consumo – na vivência do lazer” (1990, p. 77).
O lazer pode ainda ser considerado a partir de duas perspectivas educacionais: educação formal e 
educação informal. A primeira é aquela que ocorre em ambientes educacionais sempre norteados por 
currículos e projetos pedagógicos de acordo com as normas e legislação vigente. A segunda, por outro 
lado, acontece em todos os tempos e lugares, quando estamos em contato com as pessoas e com a 
cultura local – ou seja, não é necessário estar em uma escola para aprender. Aliás, muitas das coisas 
que sabemos sobre a vida e o mundo, aprendemos cotidianamente em ambientes não formais como em 
casa, com amigos e com pessoas da família.
Aspecto educativo informal
• Aprendizado autônomo: o lazer proporciona oportunidades de aprendizado autônomo, o que 
permite que as pessoas explorem interesses pessoais e adquiram novos conhecimentos por conta 
própria. Isso pode envolver livros, documentários, cursos on-line ou buscar informações por 
tópicos de interesse pessoal.
• Desenvolvimento de habilidades: muitas atividades de lazer envolvem o desenvolvimento de 
habilidades práticas, como aprender a tocar um instrumento musical, cozinhar pratos novos ou 
praticar esportes.
• Exploração cultural e social: o lazer permite que as pessoas explorem diferentes culturas,tradições 
e formas de expressão artística, o que promove a compreensão intercultural e a apreciação 
da diversidade.
• Desenvolvimento de competências sociais: a participação de atividades de lazer em grupo, 
como esportes de equipe ou clubes, ajuda a desenvolver competências sociais, como trabalho em 
equipe, empatia e comunicação.
• Conscientização ambiental: atividades ao ar livre, como caminhadas e observação de aves, 
podem aumentar a consciência ambiental e o apreço pela natureza.
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER
Aspecto educativo formal
• Educação não formal: em muitas sociedades, programas de educação não formal incorporam 
atividades de lazer que ensinam habilidades práticas, conhecimento cultural e valores. Exemplos 
incluem oficinas comunitárias, clubes de leitura e cursos de artesanato.
• Educação física e esportes: as escolas frequentemente oferecem aulas de educação física e 
esportes com um aspecto educativo formal como parte do currículo, ensinando habilidades 
motoras, princípios de saúde e condicionamento físico.
• Arte e cultura nas escolas: a educação artística e cultural nas escolas formaliza o aprendizado 
em áreas como música, arte, dança e teatro.
• Turismo e história local: o turismo educativo e as visitas a locais históricos podem fazer parte do 
currículo escolar, proporcionando oportunidades formais para aprender sobre a história, a cultura 
e o patrimônio local.
• Aprendizado ao longo da vida: a educação ao longo da vida promove a continuidade do 
aprendizado confirme o avanço da idade, e o lazer é uma parte significativa desse processo. Isso 
pode incluir cursos para adultos, workshops e palestras.
 Lembrete
Precisamos educar a população (educação para o lazer) para que 
esta aproveite da melhor maneira todas as possibilidades educativas do 
lazer (educação pelo lazer), pois ele oferece um ambiente rico para a 
aprendizagem – seja ela informal, permitindo que as pessoas explorem 
interesses pessoais e adquiram habilidades e conhecimentos por conta 
própria, ou formal, por meio de programas educativos não formais e 
extracurriculares. Ambos os aspectos educativos do lazer são cruciais 
para o desenvolvimento pessoal, o enriquecimento cultural e a promoção 
da  educação contínua ao longo da vida. A isso denominamos duplo 
aspecto educativo do lazer.
2.3 Patrimônio ambiental urbano
O patrimônio cultural urbano refere-se a elementos culturais e históricos que fazem parte da 
identidade de uma cidade e que são preservados como parte de seu legado cultural. Ele pode assumir 
várias formas e desempenhar um papel importante no enriquecimento da vida urbana.
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Unidade I
Alguns aspectos importantes relacionados ao patrimônio cultural urbano são:
• Arquitetura histórica: edifícios, casas, igrejas e estruturas antigas são parte do patrimônio 
cultural de uma cidade. Preservar e restaurar essas obras pode ajudar a contar a história da cidade 
e manter sua identidade visual única.
• Centros históricos: muitas cidades têm bairros ou distritos históricos que contêm edifícios e 
estruturas preservadas que refletem a arquitetura e o estilo de vida de épocas passadas.
• Monumentos e esculturas: estátuas, monumentos e esculturas com significado cultural ou 
histórico são muito encontrados em áreas urbanas, lembrando eventos, figuras importantes e 
valores culturais.
• Museus e galerias de arte: museus urbanos abrigam coleções de arte, artefatos históricos e 
exposições que ajudam a educar as pessoas sobre a história e a cultura da cidade e do país.
• Sítios arqueológicos: algumas cidades têm sítios arqueológicos que revelam vestígios de 
civilizações antigas, permitindo que as pessoas aprendam sobre a Pré-História.
• Teatros e espaços culturais: teatros históricos e locais de entretenimento cultural são essenciais 
para a preservação das artes e da cultura.
• Bibliotecas antigas: bibliotecas cujo acervo contém coleções raras e históricas desempenham 
um papel importante na preservação da literatura e do conhecimento.
• Eventos culturais e festivais: as cidades frequentemente realizam festivais e eventos que 
celebram sua herança cultural, com atrações de música, dança, culinária, arte e tradições locais.
• Preservação da história local: histórias orais, tradições locais e memoriais comunitários 
também fazem parte do patrimônio cultural de uma cidade.
A preservação do patrimônio cultural urbano é fundamental para manter a identidade e a história 
de uma cidade viva. Isso não apenas enriquece a vida dos habitantes urbanos, mas também atrai turistas 
e investidores interessados em experimentar a cultura e a história local. Além disso, a preservação do 
patrimônio cultural urbano desempenha papel importante na construção de um senso de comunidade 
e no fortalecimento das raízes culturais em um ambiente em constante mudança.
Desde a década de 1980 percebe-se uma crescente preocupação pela preservação e proteção 
pública dos bens culturais, o que resultou no aumento de bens tutelados pelo Estado.
Segundo Tourinho e Rodrigues (2020, p. 1):
Diante da inexistência ou insuficiência de políticas públicas promotoras da 
preservação de bens e práticas culturais, em períodos mais recentes vêm 
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER
se verificando, especialmente nos grandes centros urbanos, movimentos 
independentes de valorização de marcos, lugares e práticas, constituídos pelas 
próprias comunidades, organizadas em torno da preservação de suas referências 
culturais.
Conforme as autoras, a necessidade dessa proteção se justifica pela necessidade de identificar, 
proteger, conservar, valorizar e transmitir para as futuras gerações esse patrimônio histórico, cultural 
e natural a partir de políticas que visem o bem coletivo e proteger o patrimônio.
No Brasil, essa recomendação foi atendida com a criação do Iphan Instituto do Patrimônio Histórico 
e Artístico Nacional (Iphan), no ano de 1973, cuja administração foi dividida entre membros indicados 
pelos Ministérios da Cultura, da Educação, da Indústria e do Comércio e Planejamento dando origem ao 
Programa de Cidades Históricas (PCH), cujo início efetivo se deu a partir de 1974. O principal objetivo era 
a preservação de bens tombados, e sua sustentação econômica seria por meio de atividades turísticas.
Como pode-se imaginar, os recursos para este fim nem sempre são suficientes, e a preservação do 
patrimônio muitas vezes sofre degradação e abandono. Em muitos casos, mobilizações da população 
ou de coletivos organizados da sociedade civil acabam assumindo a responsabilidade pela preservação 
dos patrimônios.
Apesar de todas as dificuldades enfrentadas, percebe-se o aumento da conscientização popular sobre 
a importância da preservação do patrimônio público e da compreensão das cidades como um grande 
espaço de possibilidades para a vivência do lazer. É importante reafirmar que este tipo de conscientização 
e de apropriação do espaço urbano como um espaço público e democrático somente será efetivado a 
partir de um processo educacional que valorize o espaço coletivo como uma conquista social.
 Saiba mais
Com o objetivo de conhecer quais são os principais patrimônios culturais 
urbanos do Brasil e descobrir acerca de nossa riqueza histórica, acesse o 
site do Iphan:
BRASIL. Ministério da Cultura. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico 
Nacional. [Homepage]. c2023. Disponível em: http://tinyurl.com/3stxnsxk. 
Acesso em: 24 nov. 2023.
2.4 A cidade como um espaço de lazer
Se existe um espaço que pode ser caracterizado como um “espaço público de lazer”, este local são as 
cidades. No entanto, temos a tendência a caracterizar o espaço público e, principalmente as ruas, como 
espaços nos quais as práticas morais, aprendidas na vida privada, não se sustentam.
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Unidade I
Segundo DaMatta (1985), a rua é sempre um lugar onde coisas ruins podem acontecer, onde 
pessoas desconhecidas e suspeitas transitam, e nela deve-se evitar a permanência – exceto em caso de 
necessidade, como nos deslocamentos para o trabalhoou outras obrigações cotidianas. Enfim, temos a 
percepção que a rua não é o melhor lugar para se estar, em contraponto à casa, tida como um ambiente 
seguro, confortável, onde podemos nos “soltar”. Ainda de acordo com o autor, a fuga da rua permite que 
dela se apropriem pessoas e eventos que acabam por legitimar a perspectiva descrita, e o espaço público 
perde toda a sua potencialidade enquanto espaço de construção coletiva.
Figura 1
Disponível em: https://tinyurl.com/3px3f6ca. Acesso em: 24 nov. 2023.
Os espaços nas cidades tendem a ser definidos a partir dos conceitos de centro e periferia e, assim 
como em relação às condições de moradia, ambos refletem a indiscutível distinção socioeconômica 
entre aqueles que pertencem a esses grupos. Morar no centro, ou em bairros nobres, significa ter 
acesso a transporte, trabalho, educação, saúde, saneamento básico e lazer de mais qualidade e em 
maior quantidade.
Os bairros de periferia são costumeiramente considerados como “dormitórios”, ou seja, locais para 
onde as pessoas voltam apenas para dormir, já que grande parte de seu tempo é dedicado ao trabalho, cuja 
oferta ocorre majoritariamente nas regiões centrais. Nas grandes cidades, esses problemas se ampliam 
consideravelmente, dado que é comum gastar muito tempo com o deslocamento entre casa e trabalho.
No caso do lazer, não raramente os principais espaços e equipamentos públicos estão localizados 
longe dos subúrbios e, quando os encontramos na periferia, eles estão degradados, abandonados, 
subutilizados ou não correspondem às expectativas ou necessidades da população local que, na maioria 
das vezes, sequer foi consultada antes da construção do equipamento.
21
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER
As cidades desempenham um papel crucial na oferta de espaços de lazer para seus habitantes. 
Elas podem ser projetadas e adaptadas para disponibilizar uma ampla gama de opções de lazer para 
indivíduos de todas as idades e origens. Constam a seguir algumas formas pelas quais as cidades podem 
ser um espaço de lazer:
• Parques e áreas verdes: parques urbanos, praças e jardins dispõem de espaços para atividades ao 
ar livre, como piqueniques, esportes, caminhadas e relaxamento. Eles também contribuem para a 
qualidade do ar e fornecem um refúgio da agitação da cidade.
Figura 2
Disponível em: https://tinyurl.com/kdmkwvhp. Acesso em: 24 nov. 2023.
• Ciclovias e calçadas: a oferta de caminhos para pedestres e ciclistas promove um estilo de vida 
saudável, incentiva a mobilidade sustentável e cria oportunidades de lazer ao ar livre.
• Áreas de recreação aquática: cidades próximas a corpos d’água podem oferecer praias, cais, 
marinas e oportunidades para esportes aquáticos, como natação, canoagem e vela.
• Eventos culturais e festivais: muitas cidades organizam eventos culturais, festivais, shows e 
exposições que proporcionam entretenimento e educação para a população.
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Unidade I
Figura 3
Disponível em: https://tinyurl.com/5c6xr5jk. Acesso em: 24 nov. 2023.
• Passeios a pé e tours: muitas cidades oferecem passeios a pé, tours históricos e visitas guiadas 
que permitem que os moradores e turistas explorem a história e a cultura locais.
• Centros culturais e teatros: a presença de teatros, museus, galerias de arte e centros culturais 
criam oportunidades de lazer intelectual e cultural.
• Praças e espaços públicos de encontro: praças e áreas de encontro público são locais onde as 
pessoas podem se reunir, socializar, praticar esportes e participar de eventos comunitários.
• Bibliotecas públicas: bibliotecas não apenas oferecem acesso a uma ampla gama de recursos, 
mas também promovem leitura e pesquisa como atividades de lazer.
• Restaurantes e cafés ao ar livre: uma ampla variedade de opções de restaurantes, cafés e bares 
com espaços ao ar livre convida as pessoas a socializar e desfrutar de refeições ao ar livre.
• Comércio de rua e feiras: ruas comerciais movimentadas e feiras de rua podem ser lugares onde 
as pessoas fazem compras, degustam alimentos e bebidas e desfrutam de atividades culturais.
• Instalações esportivas: campos esportivos, quadras e ginásios públicos possibilitam a prática de 
esportes e atividades físicas.
• Espaços para animais de estimação: áreas para animais de estimação, como parques de cães, 
criam oportunidades para proprietários de animais interagirem e seus pets brincarem.
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER
Figura 4
Disponível em: https://tinyurl.com/yhzzcd5s. Acesso em: 24 nov. 2023.
As cidades que priorizam o lazer como parte fundamental de sua infraestrutura urbana geralmente 
têm cidadãos mais satisfeitos e saudáveis. Além disso, a promoção de espaços de lazer acessíveis e 
inclusivos contribui para a coesão social e o bem-estar da comunidade.
É muito importante resgatar a rua como um espaço privilegiado de lazer: praças, parques, ruas (que 
se transformam em espaços transitórios ou em equipamentos temporários), são locais importantes de 
vivências coletivas que permitem que pessoas das mais diferentes faixas etárias, de maneira individual 
ou coletiva (família, amigos etc.), possam experimentar diferentes possibilidades de lazer a partir dos 
mais diferentes interesses culturais. Para tanto, as atividades devem contemplar diversas propostas: 
atividades físicas, artísticas, manuais, sociais etc., visando atender a variadas demandas e levando em 
consideração as variadas faixas etárias.
Exemplo de aplicação
Pesquise locais e atividades oferecidas pelo poder público de sua cidade que permitem a vivência de 
lazer e de ocupação dos espaços públicos de maneira democrática, como praças, ruas, parques, quadras, 
teatros, escolas, entre outros. Procure visitar algum desses projetos e avalie seus pontos positivos e 
negativos, e pense sobre quais sugestões poderiam ser enviadas aos responsáveis a fim de melhorar a 
qualidade de manutenção e desenvolvimento destes.
24
Unidade I
3 CONSIDERAÇÕES SOBRE O LAZER E AS FASES DA VIDA
Assim como tudo o que se refere aos interesses e expectativas dos seres humanos depende da idade 
e da maturidade (características físico-motoras, cognitivas, emocionais e psicossociais), as atividades 
de lazer também tendem a se modificar nos diferentes períodos da vida.
Essas características e tendências devem ser observadas pelos profissionais e responsáveis pelos 
projetos e propostas para oferecer atividades adequadas aos diferentes indivíduos.
A recreação e o lazer desempenham papéis importantes em todas as fases da vida, proporcionando 
oportunidades para relaxar, se divertir, aprender e socializar.
Independentemente da fase da vida, a recreação e o lazer têm um papel importante na promoção 
do bem-estar físico e mental, no fortalecimento de relacionamentos e na promoção da felicidade e 
qualidade de vida. É importante adaptar as atividades de lazer às preferências e capacidades individuais 
em cada fase da vida.
Deve-se ressaltar ainda que pode haver diferenças e singularidades nestas práticas e, para tanto, 
precisa-se considerar a individualidade dos sujeitos. Por exemplo, não é porque a pessoa completou 
60 anos que tem que praticar atividades mais leves ou tranquilas – tudo depende de seu histórico e de 
suas condições físicas; assim como também não é toda a criança ou jovem que estará apto a realizar 
atividades físicas intensas se, no seu cotidiano, não há esse costume.
Enfim, atividades de lazer devem, prioritariamente, oferecer a possibilidade de vivências lúdicas, 
permitindo ao participante divertir-se e encontrar satisfação na prática escolhida. Por isso, é função do 
profissional ser capaz de preparar um ambiente adequado e devidamente seguro para que esse ideal de 
prática se concretize.
Seguem algumas considerações sobre as características e necessidades de cada uma dessas fases:
• Lazer na infância: o lazer na infância é uma oportunidade para as crianças explorarem seus 
interesses, desenvolverem habilidades, fortalecerem sua imaginação e criar memórias preciosas. 
Além disso, ele promoveum estilo de vida saudável e ativo, que é fundamental para o crescimento 
e o desenvolvimento infantil. É importante que os pais e cuidadores incentivem o lazer equilibrado, 
fornecendo oportunidades para explorar, aprender e se divertir.
• Lazer na juventude: o lazer desempenha um papel importante na vida dos jovens, oferecendo 
oportunidades de relaxamento, desenvolvimento de habilidades, socialização e autoexpressão. 
Durante essa fase, os interesses e atividades de lazer muitas vezes se tornam mais diversos 
e complexos.
 Sobre a adolescência em específico, é fundamental que os pais e cuidadores apoiem e incentivem 
as atividades de lazer, ajudando a criar um ambiente seguro e saudável para a exploração de 
interesses próprios. O lazer na adolescência desempenha um papel crucial no desenvolvimento 
25
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER
pessoal, na construção da identidade, nas amizades e na aquisição de habilidades que serão 
valiosas ao longo da vida.
• Lazer na fase adulta: o lazer na vida adulta desempenha um papel crucial na redução do estresse, 
no desenvolvimento de relacionamentos, na expansão do conhecimento e na promoção da saúde 
física e mental. É importante dedicar tempo para o lazer e encontrar atividades satisfatórias e 
que proporcionem enriquecimento pessoal. Isso não apenas melhora a qualidade de vida, mas 
também contribui para a resiliência e o bem-estar ao longo da vida adulta.
• Lazer e a pessoa idosa: o lazer na vida das pessoas idosas é fundamental para a promoção do 
envelhecimento ativo, que se concentra na manutenção da saúde e do bem-estar, na participação 
ativa na comunidade e na busca da realização pessoal. Oferecer oportunidades para o lazer é 
importante para garantir que as pessoas idosas desfrutem de uma qualidade de vida satisfatória 
e  permaneçam engajadas em práticas que deem alegria e satisfação. Além disso, o lazer na 
terceira idade contribui para o combate ao isolamento e à solidão, promovendo uma vida ativa 
e social.
• Lazer e as pessoas com deficiências: o lazer é parte importante da vida de todas as pessoas, 
independentemente de suas capacidades. Promover a inclusão de pessoas com deficiência no lazer 
é uma expressão de respeito pelos direitos humanos e da valorização da diversidade. As sociedades 
inclusivas oferecem oportunidades para que todos desfrutem de uma ampla gama de atividades de 
lazer e alcancem melhor qualidade de vida.
Exemplo de aplicação
Faça uma proposta de atividade que envolva todas as faixas etárias mencionadas anteriormente, 
e que também inclua pessoas com deficiência. De que maneira você proporia um sábado no parque, 
em que crianças, adolescentes, jovens, adultos e pessoas idosas pudessem participar de atividades 
recreativas? Que atividades você desenvolveria?
4 O LAZER E A EDUCAÇÃO FÍSICA
4.1 Relações entre o lazer e a educação física
A área de educação física se relaciona com o lazer por meio de duas possibilidades: a primeira 
a partir de seus interesses culturais, como jogos, esportes e recreação, que são algumas das 
atividades preferidas quando se trata de aproveitar os períodos de lazer. O segundo é na atuação 
profissional, como animador sociocultural. Este segundo tema trataremos posteriormente.
O lazer, conforme já abordado, é um dos fatores que constituem os direitos sociais do cidadão 
brasileiro, segundo o previsto no artigo 6º do Capítulo II da Constituição Federal de 1988 (Brasil, 1988). 
Além disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) fundamenta esse entendimento quando inclui o 
lazer como um dos fatores essenciais na avaliação da qualidade de vida das pessoas.
26
Unidade I
Segundo a OMS (2013), qualidade de vida é a percepção do indivíduo de sua inserção na vida, no 
contexto de cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, 
padrões e preocupações. Esta definição envolve, além da influência da saúde física e psicológica, o nível 
de independência, as relações sociais e as crenças pessoais. Na maioria das vezes, trata-se de uma 
avaliação subjetiva, ou seja, da satisfação do indivíduo no que diz respeito à sua vida cotidiana.
É importante não confundir qualidade de vida com padrão de vida: o primeiro refere-se a uma 
percepção/sensação subjetiva, enquanto o segundo calcula a qualidade e quantidade de bens e 
serviços disponíveis.
 Observação
Quando falamos em qualidade de vida, estamos nos referindo às 
sensações/percepções sobre fatores como a autoestima e o bem-estar 
pessoal, o que compreende vários aspectos: a capacidade funcional, o 
nível socioeconômico, o estado emocional, a interação social, a atividade 
intelectual, o autocuidado, o suporte familiar, o estado de saúde, os 
valores culturais, éticos e religiosos, o estilo de vida, a satisfação com o 
emprego e/ou com atividades diárias e com o ambiente em que se vive. 
O padrão de vida, por sua vez, pode garantir qualidade de vida, mas não 
necessariamente: não é raro que a busca pela manutenção deste padrão 
acabe por sacrificar vários dos fatores envolvidos na qualidade de vida 
(alimentação, sono, atividades físicas, lazer).
4.2 A atuação do profissional de educação física no lazer
Os profissionais de educação física desempenham um papel fundamental ao promover atividades 
de lazer saudáveis e na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Existem diversas possibilidades de 
atuação desses profissionais no campo do lazer, tais como:
• Instrutor de atividades físicas: os profissionais de educação física podem liderar grupos de 
exercícios em academias, clubes, parques e outros locais de recreação. Eles ajudam as pessoas a se 
manterem ativas e saudáveis, orientando sobre exercícios adequados e desenvolvendo programas 
de treinamento personalizados.
• Treinador esportivo: muitos esportes e atividades físicas fazem parte das opções de lazer das 
pessoas. Os profissionais de educação física podem atuar como treinadores esportivos, ajudando 
indivíduos ou equipes a melhorar habilidades e desempenho em esportes e jogos recreativos.
27
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER
• Organização de eventos esportivos e recreativos: profissionais de educação física podem 
desempenhar um papel importante na organização de competições esportivas, torneios e eventos 
recreativos em suas comunidades. Isso envolve planejamento, logística, arbitragem e gestão 
de competições.
• Lazer adaptado: alguns profissionais de educação física se especializam em lazer adaptado, 
trabalhando com pessoas com deficiência para garantir que elas tenham acesso a atividades de 
lazer apropriadas e seguras.
• Recreação em espaços públicos: profissionais de educação física podem atuar na gestão e 
animação de espaços públicos de lazer, como parques, praças e centros recreativos, planejando 
e coordenando atividades para a comunidade local.
• Educação e promoção de saúde: eles podem desempenhar um papel essencial na educação e 
promoção de hábitos de vida saudáveis, ensinando a importância do lazer ativo e de atividades 
físicas regulares.
• Consultoria em lazer: alguns profissionais de educação física disponibilizam consultoria a 
organizações e empresas que desejam promover o bem-estar de seus funcionários ou oferecer 
atividades de lazer a seus clientes.
• Gestão de programas de lazer: profissionais de educação física podem gerenciar programas de 
lazer, como clubes esportivos, academias, centros de recreação e resorts, assegurando que esses 
locais ofereçam atividades de qualidade e seguras.
• Pesquisa em lazer: alguns profissionais se dedicam à pesquisa acadêmica em lazer, contribuindo 
para a compreensão dos benefícios do lazer e desenvolvendo novas abordagens e estratégias para 
melhorar a experiência de lazer das pessoas.
Essas são apenas algumas das possibilidades de atuação dos profissionais de educação física no 
campo do lazer. A área é diversificada e oferece oportunidades para atender às necessidades de 
pessoas de todas as idades e capacidades, contribuindo para uma sociedade mais ativa, saudávele 
bem equilibrada.
 Saiba mais
Com o objetivo de melhor compreender como funciona o mercado de 
atuação do profissional em educação física, acesse:
EDUCAÇÃO física: saiba tudo sobre o curso e o mercado. Guia da 
Carreira, [s. l.], 7 jan. 2023. Disponível em: https://tinyurl.com/yv534ddw. 
Acesso em: 24 nov. 2023.
28
Unidade I
4.2.1 O animador sociocultural
O animador sociocultural é um profissional especializado para trabalhar com o lazer, porém, 
diferentemente do que a palavra “especialização” costuma caracterizar, essa atividade exige uma 
formação generalista ou que desenvolva competências diversificadas, que envolvam temas como 
cultura, educação, esportes, artes, política, sociologia, e outros. Marcellino (1995) sugere que se formem 
equipes pluri, multi ou interdisciplinares, a fim de ampliar as possibilidades das propostas, uma vez que 
diferentes profissionais proporcionariam uma abordagem mais ampla e diversificada sobre os temas. 
Ainda segundo o autor (1995, p. 20-21):
A compreensão mais ampla das questões relativas ao lazer e de seu significado 
para o homem contemporâneo, pelas suas próprias características abrangentes, 
não pode ficar na dependência exclusiva de uma disciplina, exigindo a 
contribuição de várias ciências humanas, de  filosofia e de profissionais 
ligados direta ou indiretamente, como arquitetos, professores de educação 
física, terapeutas ocupacionais, trabalhadores sociais, arte educadores.
A “especificidade concreta” do lazer, exige um novo especialista, não um 
“especialista tradicional” – superficial e unidimensional – mas o que domine a 
sua especialidade dentro de uma visão de totalidade. E para contemplar essa 
visão são exigidos, pelo menos, dois requisitos: uma sólida cultura geral – 
que permita perceber os pontos de intersecção entre a problemática do lazer 
e as demais dimensões da ação humana e a contribuição de outras áreas de 
ação/investigação – e o exercício constante da reflexão.
Portanto, não devemos imaginar que os únicos profissionais a trabalharem na área serão 
educadores físicos formados, uma vez que atividades e projetos de lazer incluem muito mais do que 
atividades físico-esportivas. O mais comum é a participação de diferentes pessoas nos projetos de 
lazer, principalmente no que se refere às políticas públicas.
Então, quais são as competências que um profissional de educação física que pretenda trabalhar 
nessa área deve desenvolver? Veremos a seguir.
4.2.2 Competências a serem desenvolvidas pelo animador sociocultural
Constam a seguir as competências a serem desenvolvidas de acordo com Marcellino (1995):
Formação e informação
O profissional do lazer não necessariamente precisa ter formação superior, apesar de desejável. Um 
curso superior qualifica um profissional para atuar no lazer, pois contribui para sua capacitação técnica 
e seu desempenho. Cursos como Turismo, Educação Física, Educação Artística, Sociologia e Pedagogia 
são sempre valorizados.
29
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER
O profissional deve ser muito bem-informado e estar à par do que está acontecendo no seu tempo 
(na sua cidade, estado, país e no mundo) e em seu campo profissional. Nesta área de atuação, assim 
como em várias outras atualmente, a formação constante é um requisito fundamental.
Comportamento e atitude
O profissional do lazer deve ser alguém que goste de trabalhar com pessoas, que compreenda os 
limites entre as relações pessoais e profissionais e que tenha facilidade em relacionar-se bem com 
todos os indivíduos indistintamente. Deve ser alguém capaz de lidar com imprevistos e mediar conflitos, 
sendo acima de tudo um agregador, além de exigir do profissional estar atualizado social e culturalmente, 
sempre em dia com os acontecimentos e fatos da comunidade.
Criatividade e cooperação
A criatividade e a cooperação são dois conceitos interligados e essenciais em muitos aspectos da 
vida humana, desde a resolução de problemas até o desenvolvimento de projetos inovadores. Exibiremos 
cada um desses conceitos e como eles se relacionam:
• A criatividade é a capacidade de pensar de maneira original, inventar novas ideias, abordagens 
e soluções para problemas. Ela envolve a habilidade de pensar de modo inovador, fazer conexões 
entre conceitos aparentemente desconexos e produzir algo novo e significativo. A criatividade 
não se limita ao domínio das artes, mas é uma qualidade que pode ser aplicada em diversas áreas 
da vida, incluindo negócios, ciência, tecnologia, educação e muito mais.
• A cooperação é uma ação de trabalho com outras pessoas ou grupos para alcançar objetivos 
comuns ou resolver problemas. Envolve a colaboração, a comunicação eficaz e o compartilhamento 
de recursos, conhecimentos e esforços entre indivíduos ou entidades com interesses semelhantes. 
Trata-se de uma característica fundamental da interação social e desempenha um papel crucial 
em diversos contextos.
Portanto, criar e cooperar são elementos essenciais em um projeto coletivo e multidisciplinar, que é 
o que caracteriza o trabalho de animadores culturais.
Comunicação e linguagem
A comunicação e a linguagem são responsáveis pela transmissão e captação de informações, e 
tão importante quanto saber falar bem é saber ouvir bem. A comunicação permite que as pessoas 
compartilhem dados, conhecimentos e experiências. Isso é crucial para a disseminação de informações 
importantes, educação e aprendizado.
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Unidade I
 Observação
Competências são conjuntos de habilidades a serem desenvolvidas pelo 
profissional a fim de exercer de maneira significativa e eficiente o seu papel 
social. Elas não são imutáveis, e sempre sofrerão as interferências de seus 
contextos históricos. Por exemplo: o desenvolvimento tecnológico exigiu 
o avanço de competências que não existiam nas décadas anteriores. Da 
mesma forma que algumas competências deixam de ser essenciais à medida 
que a sociedade, o comportamento ou a realidade vivida se transformam, 
pense em quantas coisas que já existiram e, aos poucos, foram perdendo 
importância e cedendo lugar a outras. Portanto, é sempre necessário 
estarmos atentos às tendências e a formação permanente do profissional é 
muito importante para acompanhar essas mudanças.
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER
 Resumo
Iniciamos esta unidade buscando a compreensão do universo do lazer, 
sua relação com o trabalho, o lúdico, a diversão e a cultura humana. É 
importante percebermos que, inicialmente, o lazer, não estava relacionado 
ao tempo disponível nem separado das obrigações cotidianas; na verdade, 
ele era parte das vivências, misturava-se com as demais atividades do dia 
a dia e, muitas vezes, era baseado nessa relação. Vamos nos lembrar das 
festas e dos festivais que ocorriam em períodos Pré-Revolução Industrial: 
essas atividades faziam parte da vida das pessoas e, na maioria das vezes, 
eram dedicadas aos elementos pertencentes à cultura daquele povo como, 
por exemplo, uma colheita farta (festa do trigo, das flores e do milho) ou 
um jogo que incluía objetos com os quais elas trabalhavam (as ferramentas, 
as armas e os utensílios dos afazeres domésticos).
Com o advento da Revolução Industrial, o tempo de trabalho já não era 
mais compartilhado com as atividades lúdicas, já que havia a necessidade 
de um deslocamento para as fábricas e até mesmo uma mudança para as 
cidades; dessa forma, surge um tempo de trabalho e um tempo de não 
trabalho. Este tempo de não trabalho ainda precisa ser dedicado a outras 
obrigações: domésticas, sociais, religiosas, entre outras. O tempo disponível 
após todas essas obrigações serem cumpridas é o que chamamos de lazer.
Em seguida, foram abordados conceitos de lazer que apresentam 
diferentes considerações sobre o entendimento de alguns autores e a 
importância de compreender e situar historicamente estes conceitos, uma 
vez que as transformações culturais e sociais interferem significativamente 
nas vivências do tempo disponível (lazer). Os interesses culturais dos 
praticantes de lazer são apresentadoscomo uma forma de compreender 
a motivação que os leva a participar das atividades. Tais interesses podem 
ser físicos, culturais, sociais, artísticos, manuais, intelectuais, turísticos e, 
mais recentemente, o interesse virtual foi acrescentado, dada a mudança 
de comportamento influenciada pelo desenvolvimento tecnológico e 
surgimento da internet.
Também vimos algumas barreiras e preconceitos que podem impedir 
ou dificultar a vivência do lazer de maneira plena, inclusiva e prazerosa. 
As barreiras podem ser financeiras, físicas, étnicas e culturais, ou ainda de 
gênero e idade, falta de tempo, falta de conhecimento e de informação, 
e fatores psicológicos, como a baixa autoestima, ansiedade ou depressão. 
É importante compreendermos que, para uma vivência plena do lazer, 
tanto os cidadãos quanto o poder público precisam adotar medidas 
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Unidade I
de superação. Essas medidas devem incluir políticas de acessibilidade, 
educação, conscientização sobre diversidade cultural e de gênero, e ainda 
formas de divulgação e de acesso à informação para a população em 
geral mais democráticas e acessíveis.
O lazer, além de ser um dos itens fundamentais na avaliação da 
qualidade de vida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é garantido 
constitucionalmente como um dos direitos fundamentais do cidadão 
brasileiro, como consta em sua Constituição Federal, art. 6º (Brasil, 1988). 
Embora reconhecido constitucionalmente, percebe-se que, na prática, 
esse direito não se consolida efetivamente, sendo necessário que tanto o 
poder público quanto a população se conscientizem da importância dele e 
busquem formas de garantir o acesso e a participação de todos, tanto na 
vivência quanto na elaboração de propostas.
A melhoria das condições e ofertas de lazer para a população passa 
por um duplo aspecto educativo que, segundo Marcellino (1990), 
permite que as pessoas utilizem do caráter educativo do lazer como um 
veículo da educação (educação pelo lazer) e, em uma segunda possibilidade 
educativa, que sejam construídas formas de educar essa mesma população 
para a vivência positiva do seu tempo de lazer (a educação para o lazer). 
A  educação para o lazer deve ser promovida pelo poder público através 
das escolas, comunidades e demais instituições que tenham caráter 
educativo (formal ou informal) e a educação pelo lazer acontecerá a partir 
da participação da população no momento de apresentação das propostas 
e das demandas de suas comunidades. Dessa forma, podemos esperar a 
melhoria na qualidade e quantidade de ofertas de lazer que realmente 
correspondam às expectativas coletivas.
A cidade é considerada um dos principais locais onde o lazer acontece; 
sendo possível afirmar que ela se caracteriza como um espaço público de 
lazer. Por esse motivo, o patrimônio ambiental urbano – os monumentos 
históricos, os museus, as praças, teatros, espaços culturais, bibliotecas, 
a arquitetura das construções históricas, entre tantos outros  – deve ser 
preservado, mantido e disponibilizado para as pessoas como forma  de 
fortalecimento das raízes culturais e de construção de um senso 
de comunidade. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas, percebe-se a 
ampliação, por parte da população, da conscientização sobre a importância 
da preservação do patrimônio público e da compreensão das cidades como 
um grande espaço de possibilidades para desfrutar de lazer. É importante 
reafirmar que este tipo de conscientização e de apropriação do espaço 
urbano como um espaço público e democrático somente será efetivado a 
partir de um processo educacional que valorize o espaço coletivo como uma 
conquista social.
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER
Na sequência, falamos sobre a importância e as características do lazer 
nas diferentes fases e condições da vida: infância, juventude, vida adulta, 
para pessoas idosas e portadores de deficiências. O lazer é influenciado 
pela idade e maturidade, adaptando-se às características físicas, cognitivas, 
emocionais e psicossociais. Foram apresentadas as principais características 
e expectativas em relação às atividades de lazer em cada uma dessas 
fases. É  importante salientarmos que, independentemente da fase,  o 
lazer promove bem-estar físico e mental, fortalece relacionamentos e 
contribui para a felicidade. Individualidades devem ser consideradas; por 
exemplo, não há restrições absolutas devido à idade. O lazer na infância 
incentiva a  exploração; na juventude, é crucial para o desenvolvimento 
pessoal; na fase adulta, reduz o estresse e na terceira idade promove 
o envelhecimento ativo. A participação de pessoas com deficiência no lazer 
é essencial para sociedades inclusivas e para uma melhor qualidade de vida.
A área de educação física relaciona-se com o lazer por meio de duas 
possibilidades: a primeira ocorre a partir dos interesses culturais (por 
exemplo jogos, esportes e recreação, que são algumas das atividades 
preferidas), quando se trata de aproveitar os períodos de lazer e a segunda 
se dá na atuação profissional, na forma de animador sociocultural.
As possibilidades de atuação de um profissional da educação física 
incluem: instrução de atividades físicas, organização de eventos, recreação 
em espaços públicos e privados, consultoria de lazer, gestão de programas 
de lazer e pesquisa em lazer. Essas são apenas algumas possibilidades, uma 
vez que o campo do lazer é bastante diversificado e se aproveita de inúmeras 
oportunidades para atender a expectativas de pessoas de todas as idades 
e necessidades, contribuindo, assim, para a construção de uma sociedade 
mais ativa e saudável.
O animador sociocultural é um profissional especializado no trabalho 
com o lazer. Em relação a esse profissional, foram apresentadas diversas 
habilidades a serem desenvolvidas, uma vez que não se espera que ele 
seja formado com conhecimentos em apenas uma área. Espera-se que 
ele, diferentemente do que a palavra “especialização” costuma significar, 
domine uma ampla gama de conhecimentos que o possibilite transitar em 
diferentes áreas do saber. Segundo Marcellino (2000), é esperado que esse 
profissional integre equipes pluri e multidisciplinares a fim de ampliar as 
propostas de lazer que abarquem diversos temas que a ele se relacionam.
Foram citadas também algumas competências a serem desenvolvidas 
por este profissional, como, por exemplo, em relação a sua formação 
e informação, ao seu comportamento e sua atitude, a sua capacidade de 
utilizar a intuição e a imaginação, bem como a criatividade e cooperação em 
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Unidade I
grupo, além do desenvolvimento em comunicação e linguagem, já que esses 
últimos são fundamentais ao compartilhar informações, conhecimentos e 
experiências, contribuindo significativamente na transmissão e captação 
de informações.
Por fim, tratamos dos aspectos fundamentais que envolvem o lazer, 
seu desenvolvimento, suas características e os conceitos e as possibilidades 
envolvidos. Além disso, refletimos sobre a importância de um profissional 
qualificado para atuar na área do lazer.
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE LAZER
 Exercícios
Questão 1. Vimos, no livro-texto, que alguns conceitos sobre o que é lazer foram dados por Joffre 
Dumazedier, Nelson Carvalho Marcellino e Christianne Luce Gomes.
A respeito das concepções dos pensadores citados sobre o lazer, avalie as afirmativas.
I – O conceito de Joffre Dumazedier sobre lazer reflete principalmente o caráter desinteressado 
das práticas. Isso não significa que o praticante não tenha interesse, mas sim que a sua escolha pela 
atividade não tem vínculos com o trabalho nem é uma exigência dele.
II – Nelson Carvalho Marcellino, além de reafirmar o caráter descompromissado do lazer apresentado 
por Dumazedier, evidencia a gama de possibilidades de compreensão e de vivência do lazer, com base na 
ampliação do entendimento dos sentidos da cultura.
III – Para Christianne Luce Gomes, o lazer é uma dimensão da cultura, sendo que sua conceituação 
chama a atenção para a necessidade de considerarmos

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