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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA 
BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
KATHARINA DE MEDEIROS PADE 
2209868 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guarujá 
2024 
SINAIS VITAIS PEDIÁTRICO 
 
De acordo com Souza (2017) devemos ter um cuidado a mais de escolher os materiais 
de acordo com a idade e o peso do paciente, além de explicar o procedimento tanto para o 
responsável da criança quanto para a própria criança em uma linguagem que ela consiga 
entender. A autora ainda explicita que devemos seguir uma sequência correta para aferição dos 
sinais vitais em uma criança sendo: frequência respiratória (FR), frequência cardíaca (FC), 
temperatura (T) e pressão arterial (PA), a dor pode ser avaliada em qualquer momento. Seguir 
essa sequência é importante para não haver alterações como taquicardia ou taquipneia causadas 
pelo estresse e choro da criança durante a avaliação (SOUZA, 2017). 
 
Dor 
É conhecido que a experiência de dor já pode ser identificada a partir da 20ª semana de 
gestação e que a manutenção da dor ou crises recorrentes nos primeiros meses de vida influencia 
a experiência de dor futuras, como a sensibilidade a dor e como a criança reagirá a esse estímulo. 
A partir dos dois anos de idade a criança já é capaz de informar a quantidade e a qualidade da 
dor e crianças de cinco anos para cima já conseguem descrever a dor (SOUZA, 2017). 
Em crianças em fase pré-verbal devemos observar o comportamento da mesma para 
identificar a presença ou não de dor, sendo estes: presença, frequência e magnitude do choro ou 
gemido; feições de dor; movimento corporal; posição adotada; interferência em atividades do 
dia a dia (alimentação, sono, lazer) e o humor da criança (SOUZA,2017). Para além, alguns 
aspectos fisiológicos sofrem alteração na presença da dor, como o aumento da FR, FC e PA, 
presença de sudorese, diminuição da saturação e aumento do cortisol (SOUZA, 2017). 
 
Frequência Respiratória 
Verificamos a FC observando as incursões respiratórias durante um minuto, podendo 
ser observado o movimento do abdome ou da caixa torácica. Usamos a unidade de medida 
respirações por minuto (rpm), que seria um ciclo completo de inspiração seguido da expiração, 
ao avaliar a FC. Vale ressaltar que a FC varia conforme a faixa etária, conforme podemos 
verificar na listagem abaixo (COREN-MS, 2021) (SOUZA, 2017). 
• Pré-termo: 40-70rpm; 
• Recém-nascido: 30-50rpm; 
• 1 a 11 meses: 30-45rpm; 
• 1 a 2 anos: 20-30rpm; 
• 3 a 4 anos: 20-30rpm; 
• 5 a 7 anos: 20-25rpm; 
• 8 a 10 anos: 14-22rpm. 
Vale ressaltar que no recém-nascido a respiração pode se dar de forma irregular, 
apresentando pausas na respiração e momentos de taquipneia compensatória, esses momentos 
de apneia são normais se durarem até 20 segundos e não estiverem acompanhados de cianose 
ou queda da saturação (SOUZA, 2017). 
 
Frequência Cardíaca 
 A FC pode ser verificada por meio da ausculta ou da palpação contando “um batimento 
para cada ciclo completo de sístole e diástole (1ª e 2ª bulhas)” (SOUZA, 2017, p.114) pelo 
período de um minuto. Em recém-nascidos e lactentes ocorre a arritmia sinusal respiratória 
(ASR) que é a variação da FC de acordo com o ciclo ventilatório, ocorrendo o aumento da FC 
junto a inspiração (SOUZA, 2021). Assim como na FR os valores de referência da FC também 
se alteram conforme a faixa etária, conforme Coren-MS (2021): 
• Pré-termo: 120-170bpm; 
• Recém-nascido: 95-170bpm; 
• 1 a 11 meses: 90-170bpm; 
• 1 a 2 anos: 90-150bpm; 
• 3 a 4 anos: 70-130bpm; 
• 5 a 7 anos: 65-130bpm; 
• 8 a 10 anos: 70-110bpm 
Temperatura 
Souza (2017) coloca que a temperatura é o sinal vital mais aferido em crianças, sendo 
os termômetros eletrônicos do tipo axilar, auricular, de contato portátil ou conectado a 
monitores os mais recomendados em uso pediátrico. A autora ainda discorre que o termômetro 
eletrônico instantâneo auricular permite a avaliação da temperatura fidedigna pela proximidade 
ao hipotálamo, podendo ser utilizado em casos de otite média e hipotermia, mas não devem ser 
utilizados caso a criança apresente otorragia, grande quantidade de cerúmen ou haja suspeita 
(ou diagnóstico) de fratura maxilofacial ou na base do crânio. 
As temperaturas elevadas podem causar taquipneia, taquicardia, diminuição do nível de 
atividade da criança e do seu apetite. Danos neurológicos podem ocorrer se a temperatura 
chegar a 42ºC, mas em bebês com três meses ou menos 39ºC já é considerado perigoso. 
Importante ressaltar que a temperatura corporal varia ao longo do dia, da temperatura do 
ambiente, da idade e também do tipo de termômetro que está sendo utilizado (SOUZA, 2017). 
Os valores de referência para temperatura axilar em crianças são: 
• Normotermia: entre 36ºC e 37ºC; 
• Hipotermia: abaixo de 36ºC; 
• Subfebril: 37ºC a 37,5ºC; 
• Febre Baixa: 37,5ºC a 38ºC; 
• Febre Alta: a partir de 38,5ºC (COREN-MS, 2021). 
A febre pode também ser classificada de acordo com a sua duração: 
• Contínua: manutenção da temperatura acima do normal; 
• Intermitente: ciclos de pirexia (febre) e apirexia (ausência de febre); 
• Recorrente ou ondulante: possui períodos longos de apirexia; 
• Remitente: variação de 1ºC na temperatura com ausência de momentos de apirexia; 
• Irregular ou séptica: picos não previsíveis de pirexia e apirexia (SOUZA, 2017). 
 
 
Pressão Arterial 
É o sinal vital menos aferido em crianças e adolescentes, mas é muito importante na 
triagem precoce de crianças e adolescentes hipertensos pois os níveis pressóricos nessa faixa 
etária são preditores dos níveis de PA na vida adulta. Dessa forma, é necessária a aferição da 
PA em crianças a partir dos três anos de idade anualmente, em caso de presença de fatores de 
risco como doenças renais, colesterol elevado ou histórico familiar a aferição pode ser feita 
antes de atingir essa idade (SOUZA, 2017). 
 Uma dificuldade amplamente encontrada para realizar a aferição da PA de crianças é a 
falta de material apropriado disponível nas unidades de saúde. Em recém-nascidos e lactentes 
Souza (2017) recomenda dois métodos de verificação da PA: 
No método flush, (...), a mão é comprimida até empalidecer e o manguito é insuflado 
até 90mmHg – 120mmHg; após alcançar o valor de referência máximo, obtido quando 
o pulso desaparece, soltar a mão e liberar o manguito em uma velocidade de 
2mmGh/segundo. Observar visualmente o retorno da circulação sanguínea da 
extremidade, registrando-se a PA sistólica quando a mão se mostrar corada. O método 
sofre interferência em presença de anemia, hipotermia, hipotensão, edema. A pressão 
arterial sistólica pode ser determinada pela técnica da oximetria de pulso, que consiste 
em insuflar o manguito, posicionado no mesmo membro, numa velocidade de 
2mmHg/segundo a 5mmHg/segundo até o desaparecimento do traçado na tela do 
monitor de O2 (insuflar 20mmHg além); em seguida, o manguito é desinsuflado 
lentamente; registrar o valor da PA sistólica quando de verificar o retorno da onda. 
(SOUZA, 2017, p. 116-117) 
 
De acordo com o Departamento Científico de Nefrologia (2019) da Sociedade Brasileira 
de Pediatria a PA de crianças menores de 13 anos varia de acordo com sua idade, sexo, peso e 
altura. De forma geral Souza (2017) sugere utilizar o cálculo: PAS = (2 × idade) ÷ 10+9 (+8 
para meninos) e PAD = (PAS ÷ 2) +1. Para facilitar no momento de interpretar os resultados 
obtidos podemos usar a tabela abaixo. Crianças e adolescentes com PA maior ou igual a 
120mmHg x 80mmHg são consideradas pré-hipertensas e precisam ser acompanhadas 
(SOUZA, 2017). 
 
 
 
Faixa Etária PAS (mmHg) PAD (mmHg) 
3-5 anos 91-95 46-53 
6-8 anos 96-99 55-59 
9-11 anos 100-104 60 
12-14 anos 106-110 62 
15-17 anos 113-118 64-67 
Tabela 1: PA por faixa etária 
Fonte: SOUZA, 2017 
PERÍMETROS 
 
Os perímetros cefálico (PC), torácico (PT), abdominal (PAd) e braquial (PB), 
juntamente com o peso e altura/comprimento da criançasão importantes dados para avaliarmos 
o crescimento e a saúde de bebês e crianças até dois anos de idade, depois dessa faixa etária 
monitoramos o peso, altura, PB e IMC (índice de massa corpórea) (SOUZA, 2017). 
 
Perímetro Cefálico 
 O perímetro cefálico está relacionado com o tamanho do encéfalo até os dois anos de 
idade e deve ser avaliado em conjunto com o desenvolvimento neuropsicomotor. Ao nascer o 
PC costuma ser entre 2 a 5cm maior do que o PT, aos seis meses esses perímetros se igualam e, 
a partir dos dois anos de idade o PT passa a ser maior que o PC (SOUZA, 2017). Ao nascer, o 
PC fica entre 33 e 35cm. Podemos acompanhar o crescimento cefálico através do gráfico de 
crescimento cefálico, sendo esse dividido por gênero, como podemos observar nas imagens 
abaixo. 
 
 
 
Quando o PC em recém-nascidos e lactentes está acima do percentil normal 
(macrocefalia) pode indicar hidrocefalia, hemorragia intracraniana ou a presença de algum 
tumor. Já quando o PC está abaixo (microcefalia) devemos desconfiar de mal formação 
Figura 1: PC meninas Figura 2: PC meninos 
Fonte: COSTA, 2022 Fonte: COSTA, 2022 
cromossômica, infecções no período gestacional, atraso do crescimento cerebral ou calcificação 
precoce das suturas do crânio (SOUZA, 2017). 
 
Perímetro Torácico 
 É utilizado em comparação com o PC para avaliar o desenvolvimento do bebê, e também 
seu estado nutricional – no recém-nascido fica entre 30cm e 33 cm. Deve ser realizado com a 
criança em decúbito dorsal e utilizar os mamilos como ponto de referência (SOUZA, 2017). 
 
Perímetro Abdominal 
 É um valor bastante variável se alterando conforme o horário da sua última alimentação, 
presença de gases, constipação dentre outros. Nos auxilia a identificar hérnias, ascite e 
visceromegalias, além de refletir indiretamente a adiposidade na região do abdômen. Em recém-
nascido e lactentes medimos o PAb na linha da cicatriz umbilical, em crianças mais velhas e 
mensuração deve ser feita cerca de 2 dedos acima da cicatriz umbilical. Importante ressaltar 
que a PAd possui correlação com dislipidemia, hipertensão e resistência a insulina (SOUZA, 
2017). 
 
Perímetro Braquial 
 O PB é uma ótima medida para avaliar o estado nutricional de recém-nascidos e 
crianças, estando correlacionado com o peso. Deve ser mensurado no ponto médio entre o a 
acrômio e o olecrano do úmero, mantendo o antebraço fletido a 90º (SOUZA, 2017). 
 
 
 
 
 
 
SONDA GÁSTRICA E NASOENTERAL EM PEDIATRIA 
 O processo de inserção da sonda nasogástrica e da nasoenteral causa desconforto e dor, 
e ao ser realizada em lactentes e crianças o enfermeiro deve adotar algumas medidas para 
diminuir os riscos para o paciente e também o deixar mais confortável. Algumas dessas medidas 
são: permitir que os responsáveis pela criança permaneçam com a mesma e os auxiliem a 
manter a postura correta durante o procedimento – crianças em idade escolar e adolescentes 
precisam cooperar para a realização do procedimento pois a imobilização destes não costuma 
ser efetiva. Já recém-nascidos e lactentes podem ser enrolados em um lençol ou manta para 
serem imobilizador por no máximo 30 minutos. É muito importante também explicar o 
procedimento ao paciente em termos que este consiga entender, podendo ser utilizado 
brinquedos (SOUZA, 2017). 
 Em recém-nascido ou lactentes pequenos não é indicada a passagem das sondas 
gástricas ou enterais através da narina, devido ao tamanho destas a sonda obstrui a passagem 
de ar o que leva ao aumento do esforço ventilatório. Para além, o procedimento é contraindicado 
quando há a presença de atresia ou estenose do esôfago, varizes esofágicas sem sangramento, 
pós-operatório de cirurgias realizadas através das narinas (sondas nasais), algumas fraturas 
faciais e cranianas. A sondagem pode causar rinite, sinusite, otite, irritação nasofaríngea, 
alteração metabólica dos íons de fosfato, cálcio e magnésio (síndrome da realimentação), 
diarreia, refluxo, broncoaspiração e fratura da base do crânio (SOUZA, 2017). 
 
Sondagem Gástrica 
 Em recém-nascidos e lactentes devemos optar por uma sonda mais curta – cerca de 40 
cm – já para crianças e adolescente podemos utilizar sondas de 110-120cm. Quanto ao diâmetro, 
para recém-nascido e lactentes normalmente utilizamos os números 4 e 10Fr, e para crianças e 
adolescente 8 ou 12 Fr. Os materiais e a técnica para inserção da sonda são praticamente os 
mesmos da passagem da sonda em adultos (abordado em disciplinas anteriores), a principal 
diferença é a atenção que deve ser dada para medir a porção do catéter que será inserido 
(SOUZA, 2017). Souza (2017) discorre que o método NEX (nariz, orelha, xifoide) deve ser 
evitado pois tem grande risco de a sonda ser posicionada acima da junção gastroesofágica, em 
seu lugar recomenda o método NEMU (nariz, orelha, terço médio entre o processo xifoide e a 
cicatriz umbilical). 
Outro método exemplificado por Souza (2017) é o criado por Beckstrand e seus 
colaboradores, em 2007, que consiste em uma equação matemática que considera a altura e 
idade da criança para calcular a distância entre o nariz e o estômago: 
• Para crianças entre 2 anos e 3 meses e 8 anos e 3 meses: 21,1+ 0,197 × (altura em cm); 
• Para crianças entre 8 anos e 3 meses e 10 anos: 18,7 + 0,218 × (altura em cm); 
• Para crianças acima de 10 anos: 21,2 + 0,218 × (altura em cm). 
Um outro estudo realizado pela Ana Raquel M. Beck em 2009 também utiliza uma 
equação matemática: 18 + 0,22 × (altura em cm). Souza (2017) aconselha a utilizar dois 
métodos de mensuração da sonda e compará-los antes de iniciar o procedimento para garantir 
maior segurança do paciente. 
 
Sondagem Enteral 
A sondagem enteral tem menor risco de broncoaspiração e favorece a absorção dos 
nutrientes além de ser melhor para a integridade da mucosa, o que evita sangramentos e 
enterocolite necrosante em recém-nascidos (SOUZA, 2017). As sondas utilizadas na sondagem 
enteral são mais resistentes do que as utilizadas na sondagem gástrica podendo permanecer por 
até 12 semanas, além de serem mais flexíveis. Para recém-nascidos recomenda-se as sondas de 
numeração 5 e 7 Fr, já para crianças e adolescentes as número 8 e 12 Fr (SOUZA, 2017). 
Os materiais e procedimento para a inserção da sonda nasoenteral em pacientes 
pediátricos e adultos é a mesma – já estudado em disciplinas anteriores. Vale se atentar para a 
medição da sonda que neste caso deve ser mensurado da ponta do nariz até o lóbulo da orelha 
e em seguida até a cicatriz umbilical. Em pacientes com poucos meses de vida a mensuração 
pode ser realizada da glabela até o maléolo medial (SOUZA, 2017). 
 
 
 
 
 
SONDAGEM VESICAL EM PEDIATRIA 
 
 Os materiais e procedimento realizado para a inserção da sonda vesical em pacientes 
pediátricos são os mesmos dos utilizados nos pacientes adultos já estudados em disciplinas 
anteriores. Souza (2017) recomenda catéteres números 6, 8 e 10 Fr para crianças até 40kg, 
crianças com peso superior podem utilizar a mesma numeração que pacientes adultos – 12 ou 
14 Fr. 
 Souza (2017) e Hockenberry e Wilson (2011) enfatizam a importância de se explicar 
cuidadosamente o procedimento para os pacientes pediátricos, podendo se utilizar de desenhos 
para demostrar os passos do procedimento. Deve-se orientar o paciente a relaxar os músculos 
pélvicos – crianças devem ser instruídas a exalar como se estivesse soprando uma vela e 
pressionar o quadril contra o leito, tais ações causam o relaxamento da musculação pélvica. Se, 
durante a passagem da sonda o paciente contrair a musculatura pélvica a sonda não pode ser 
avançada e nem removida, é preciso parar e relembrar o paciente a relaxar as técnicas para o 
relaxamento da musculatura (HOCKENBERRY; WILSON, 2011). 
Este procedimento pode trazer grande ansiedade e desconforto para os pacientes, os pais 
podem auxiliar segurando a mão da criança e a reconfortando duranteo procedimento, crianças 
menores podem ser distraídas com brinquedos pequenos, músicas ou com a leitura de um livro. 
Quando o paciente é adolescente é importante questionar sobre o seu desejo de ter um de seus 
responsáveis junto durante o procedimento, essa decisão deve ser do paciente e respeitada – 
assim como feita antes da exposição da genital e abertura dos materiais (HOCKENBERRY; 
WILSON, 2011). 
Hockenberry e Wilson (2011) destacam que em recém-nascidos e lactentes do sexo 
masculino não circuncidados o prepúcio pode estar aderido a ao corpo do pênis, sendo 
necessário ter bastante cuidado ao retraí-lo. Os autores também alertam que alguns pais e 
responsáveis podem ser contra a sondagem por acreditarem que o procedimento pode afetar a 
“virgindade” da criança/adolescente. Nestes casos é importante que o enfermeiro explique sobre 
a anatomia feminina, se possível, utilizando modelos anatômicos para que a visualização seja 
mais clara. 
 
 
CALENDÁRIO VACINAL 
 Seguindo o calendário de vacinação disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) 
as crianças são vacinadas: ao nascer, mensalmente entre o segundo mês de vida e o sétimo, aos 
nove, doze e quinze meses, depois aos 4, 5 e 9-10 anos (BRASIL, 2023). As vacinas 
disponibilizadas pelo SUS de acordo com a faixa etária são, segundo Brasil (2023): 
• Ao nascer: 
o BCG – dose única – protege contra as formas graves de tuberculose. Vacina 
composta pela bactéria viva atenuada. 
o Hepatite B (recombinante) – dose única – protege contra a hepatite B. Vacina 
composta pelo antígeno recombinante de superfície do vírus purificado. 
• 2 meses: 
o DTP/HB/Hib (Penta) – 1ª dose – protege contra difteria, tétano, coqueluche, 
Haemophilus influenzae B e hepatite B. Essa vacinação necessita de 3 doses e 2 
reforços com a DTP. 
o VIP – 1ª dose – protege contra poliomielite 1, 2 e 3. Contém o vírus inativado, 
sendo necessário 3 doses e 2 reforços com a VOP. 
o Pneumocócica 10 (Pneumo 10) – 1ª dose – protege contra pneumonias, 
meningites, otites, sinusites causadas pelos sorotipos que compõem a vacina. 
Necessita de 2 doses e um reforço com a mesma vacina. 
o Rotavírus humano – 1ª dose – protege contra a diarreia por rotavírus. É feita com 
o vírus vivo atenuado sendo necessário duas doses. 
• 3 meses: 
o Meningocócica C (Meningo C) – 1ª dose – protege contra a meningite 
meningocócica tipo C. Necessita de 2 doses e um reforço com a mesma vacina. 
• 4 meses: 
o DTP/HB/Hib (Penta) – 2ª dose. 
o VIP – 2ª dose. 
o Pneumocócica 10 (Pneumo 10) – 2ª dose. 
o Rotavírus humano – 2ª dose. 
• 5 meses: 
o Meningocócica C (Meningo C) – 2ª dose. 
• 6 meses: 
o DTP/HB/Hib (Penta) – 3ª dose. 
o VIP – 3ª dose. 
o Infuenza – vacina anual. 
o Covid-19 – 1ª dose – protege contra formas graves e óbitos por covid- 19, 
causada pelo SARS-CoV-2. Necessita de duas doses. 
• 7 meses: 
o Covid-19 – 2ª dose. 
• 9 meses: 
o Febre amarela – dose única – protege contra a febre amarela. É necessário 
reforço aos 4 anos. 
• 12 meses: 
o Pneumocócica 10 (Pneumo 10) – reforço. 
o Meningocócica C (Meningo C) – reforço. 
o SCR atenuada (Tríplice viral) – 1ª dose – protege contra sarampo, caxumba e 
rubéola. Necessita de duas doses. 
• 15 meses: 
o Difteria, Tétano e Pertussis (DTP) – 1 º reforço da Penta – protege contra 
difteria, tétano e pertussis. Necessário mais um reforço. 
o VOP – 1º reforço da VIP – protege contra a poliomielite 1 e 3. Necessário mais 
um reforço. 
o Hepatite A – dose única – protege contra hepatite A. 
o Tetraviral – dose única – protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela. 
Essa vacina conta como a 2ª dose da tríplice viral e como a 1ª dose da varicela. 
• 4 anos: 
o Difteria, Tétano e Pertussis (DTP) – 2 º reforço da Penta. 
o Febre amarela – reforço. 
o VOP – 2º reforço da VIP – protege contra a poliomielite 1 e 3. Necessário mais 
um reforço. 
o Varicela – dose única – protege contra a varicela (catapora). 
• 5 anos: 
o Pneumocócica 23-valent (Pneumo 23) – 1ª dose – protege contra meningites 
bacterianas, pneumonias, sinusite e outros. É ofertada para os povos indígenas. 
o Febre amarela – 2ª dose – caso a segunda dose não tenha sido realizada com 4 
anos. 
• 6 anos: 
o Pneumocócica 23-valent (Pneumo 23) –2ª dose – é ofertada para os povos 
indígenas. 
• 9 e 10 anos: 
o HPV Papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 – dose única– protege contra alguns 
tipos do vírus HPV. 
• 11 a 14 anos: 
o Meningocócica ACWY – dose única – protege contra meningite meningocócica 
sorogrupos A, C, W e Y. 
• A qualquer momento: 
o Hepatite B – caso não tenho iniciado ou completado as 3 doses quando criança. 
o Difteria e Tétano (dT) – a cada 10 anos. Em caso de ferimentos graves e 
comunicantes de difteria, deve-se reduzir este intervalo para 5 anos. 
o Febre amarela – dose única – caso de reforço, caso a pessoa tenha recebido uma 
dose da vacina antes de completar 5 anos de idade. 
o Tríplice Viral – caso não tenho iniciado ou completado as 3 doses quando 
criança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
BRASIL. Departamento do Programa Nacional de Imunizações. Secretaria de Vigilância em 
Saúde e Ambiente. Calendário Nacional de Vacinação da Criança. Brasília: Ministério da 
Saúde, 2023. Disponível em: file:///C:/Users/kath-
/Downloads/Calend%C3%A1rio%20T%C3%A9cnico%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o
%20-%20Crian%C3%A7a.pdf. Acesso em: 22 ago. 2024. 
 
COREN-MS (Mato Grosso do Sul). Coren (org.). PROTOCOLO DE ENFERMAGEM NA 
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: saúde da criança. Campo Grande: Coren-Ms, 2021. 
Disponível em: https://www.corenms.gov.br/wp-
content/uploads/2022/01/COREN_MS_PROTOCOLO_Saude-do-Crian%C3%A7a.pdf. 
Acesso em: 21 ago. 2024. 
 
COSTA, Lidiana Flora Vidôto da. Propedêutica e Processo de Cuidar na Saúde da Criança 
e do Adolescente. São Paulo: Editora Sol, 2022. 
 
DEPARTAMENTO CIENTÍFICO DE NEFROLOGIA. Sociedade Brasileira de 
Pediatria. Hipertensão arterial na infância e adolescência. 2. ed. [S.L]: Sociedade Brasileira 
de Pediatria, 2019. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/21635c-
MO_-_Hipertensao_Arterial_Infanc_e_Adolesc.pdf. Acesso em: 22 ago. 2024. 
 
 HOCKENBERRY, Marilyn J; WILSON, David. Wong: fundamentos de enfermagem 
pediátrica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 
 
SOUZA, Aspásia Basile Gesteira. Manual prático de enfermagem pediátrica. 1. ed. São 
Paulo: Atheneu, 2017. E-book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 
22 ago. 2024.

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