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TUMORAÇÕES CERVICAIS tireoide 1 🦋 TUMORAÇÕES CERVICAIS: tireoide Tem nódulo? Esse nódulo é maligno? Produzem hormônios? Produção excessiva de T3 e T4 hipófise faz reforço negativo → inibição de TSH TSH baixo e T3/T4 alto → HIPERTIREOIDISMO PRIMARIO problema na tireoide TSH alto/normal e T3 E T4 ALTO HIPERTIREOIDISMO SECUNDÁRIO central → problema na hipófise ou no hipotálamo TIREOTOXICOSE → é mais bem definida como a síndrome clínica resultante da exposição dos tecidos a elevados níveis circulantes de hormônios tireoidianos. → na grande maioria dos casos, a tireotoxicose ocorre devido a uma hiperatividade da glândula tireoide, ou seja, ao hipertireoidismo primário. Outras causas de tireotoxicose incluem ingestão excessiva de hormônios tireoidianos (tireotoxicose factícia), excessiva liberação de hormônio tireoidiano na circulação devido a uma tireoidite destrutiva ou pelo uso de drogas, como: amiodarona (libera muito iodo), lítio e interferon alfa. Causas de hipertireoidismo primário Adenoma tóxico; Bócio multinodular tóxico. (é chamado de tóxico tudo o que é produtor/ secretor de hormônios tireoidianos) Bócio difuso tóxico (doença de Graves) 80% dos casos de hipertireoidismo Causas de tireotoxicose TUMORAÇÕES CERVICAIS tireoide 2 Hipertireoidismo primário; Tireoidite factícia; → medicação Tireoidite; Drogas (amiodarona, lítio e interferon alfa). Qualquer aumento da tireoide: bócio Quadro clinico do HIPERTIREOIDISMO Nervosismo, insônia, emagrecimento (apesar da polifagia, visto que o metabolismo está acelerado), taquicardia, palpitações, intolerância ao calor, sudorese excessiva com pele quente e úmida, tremores de extremidades, queda de cabelo,fraqueza muscular e hiperdefecação. DOENÇA DE GRAVES Etiologia + comum de hipertireoidismo, origem autoimune Autoimune: TRAb - anticorpo estimulador do receptor do TSH hipertiroidismo com bócio difuso , t3 e t4 alto e tsh baixo (feedback negativo) Quadro clínico Sintomas de hipertireoidismo (já citados anteriormente); 3 manifestações principais: hipertireoidismo com bócio difuso, oftalmopatia (orbitopatia) e dermopatia (mixedema pré- tibial). A oftalmopatia é causada pelos anticorpos que reagem provocando autoagressão intraorbitária. Podem ocorrer protrusão do globo ocular e diminuição da drenagem venosa, resultando em edema periorbital, edema da conjuntiva e hiperemia conjuntival. As manifestações oculares mais comuns na DG são a retração palpebral RP e o olhar fixo ou assustado. Mixedema pré-tibial: Consiste no espessamento da pele, particularmente na área pré-tibial, devido ao acúmulo de glicosaminoglicanos. O mixedema pré-tibial e a oftalmopatia são sinais patognomônicos de doença de Graves. DIAGNÓSTICO TUMORAÇÕES CERVICAIS tireoide 3 Avaliar a função tireoidiana TSH e T4. É esperado que o TSH apresente níveis baixos e haja elevação do T4 livre. Dosar anticorpos TRAb). Cintilografia com iodo radioativo ou tecnécio: avalia a atividade da tireoide. No hipertireoidismo primário, como é o caso da DG, a tireoide faz uma hipercaptação do iodo para produzir muito hormônio. USG de tireoide- aumentada difusamente e hipervascularização da tireoide - não se vê nódulos.. → Cintilografia da tireoide - padrão ouro TRATAMENTO O hipertireoidismo da doença de Graves é tratado pela redução da síntese dos hormônios tireoidianos, utilizando fármacos antitireoidianos ou reduzindo a quantidade de tecido tireoidiano pelo tratamento com iodo radioativo I131 ou pela tireoidectomia. Os fármacos antitireoidianos constituem a terapia predominante em muitos centros na Europa e no Japão, enquanto o iodo radioativo representa, com frequência, a primeira linha de tratamento na América do Norte. Essas diferenças refletem o fato de que nenhuma abordagem isolada é ideal e que os pacientes podem necessitar de múltiplos tratamentos para conseguir a remissão. Os principais fármacos antitireoidianos são as tionamidas, a propiltiouracila, o carbimazol TIREOIDITE Corresponde a uma gama de doenças com diferentes etiologias, caracterizadas por um processo inflamatório da glândula tireoide, podendo levar à disfunção tireoidiana transitória ou permanente. Se inflama a tireoide, destrói folículos e libera muito os hormônios tireoideanos. Depois, vai para uma fase de hipotireoidismo e depois ela tenta se normalizar voltando para o hipertireoidismo. → lesão inflamatória (autoimune Hashimoto, viral,bacteriana, drogas, radiação, infecção) da glândula tireoidiana Tireoidite aguda/supurativa: bacteriana, dói. Subaguda: granulomatosa ou De Quervain, linfocítica ou indolor e pós parto TUMORAÇÕES CERVICAIS tireoide 4 Crônica: de Hashimoto e de Riedel As dolorosas são as subagudas, granulomatosas ou De Quervain. Na fase inicial, pode ter aumento da tireoide, e nas fases crônicas, há uma redução da tireoide. RAIU/24 horas: cintilografia. Captação baixa do iodo na cintilografia. Diferencia o graves e da tireoidite na fase de hipertireoidismo. Vascularização diminuída. CONDUTA Dosar TSH, T3 e T4L. O TSH apresentará níveis reduzidos e o T3 e o T4L aumentados. Cintilografia: a captação de iodo é reduzida ou ausente, uma vez que não houve aumento da função da tireoide. Tireotoxicose transitória TSH baixo e T3/ T4 alto Dolorosas: tireoidite subaguda, granulomatosa, quervain - viral (muito dolorosa) Na cintilografia e USG fica heterogênea e a vascularização está diminuída Doença de Plummer 2º causa mais comum para hipertireoidismo Significa que o paciente tem nódulo → adenoma tóxico ou multinodular Deficiência de iodo→ prejuízo da síntese dos hormônios tireoidianos→ hiperplasia da tireoide→ mutação no gene do receptor do TSH ou no gene da Gsa→ Ativação constitutiva da cascata do cAMP hiperfunção e crescimento da celular folicular da tireoide TSH baixo e T3 E T4 ALTO No usg e cintilografia: nódulo quente,tóxico, produz hormonio.. → tranquiliza pq não é CA No bócio multinodular, frequentemente nota-se uma associação de nódulos hipo e hiperfuncionantes na mesma glândula. Fisiopatologia: são nódulos autônomos, não necessitam de TSH para estimular a síntese e TUMORAÇÕES CERVICAIS tireoide 5 secreção de hormônios tireoidianos. Ou seja, é um adenoma folicular verdadeiro. Os achados clínicos podem estar associados aos sintomas compressivos da traqueia ou esôfago causados pelo aumento da tireoide e/ou aos sinais e sintomas de hipertireoidismo. Normalmente, os nódulos que causam sintomas são maiores que 3 cm. Nódulos hipofuncionantes: nódulos frios, não secretam hormônios tireoidianos, logo, não captam iodo na cintilografia. Nódulos hiperfuncionantes: nódulos quentes, secretam hormônios tireoidianos, logo, captam iodo na cintilografia. → não chama atenção! CONDUTA Dosar TSH, T4L e T3. TSH apresenta-se reduzido e o T3 e T4L aumentados. Ultrassonografia US da tireoide é útil para se avaliarem as características anatômicas da glândula tireoide, particularmente o número, o tamanho e a ecogenicidade dos nódulos. A confirmação do diagnóstico ocorre pela demonstração do nódulo hipercaptante (“quenteˮ) à cintilografia com iodo ou tecnécio. Há uma hipercaptação localizada. TRATAMENTO O tratamento sintomático do hipertireoidismo é feito com betabloqueador. Semiologia: Precisamos saber: como surgiu o nódulo, ja tem nodulo diagnostico, há quanto tempo tem o nódulo, já realizou punção, história de radiação previa? história de doença tireoidiana Sintomas de tireotoxicose: tremor, taquicardia, perda de peso, palpitações é doloroso? Há quanto tempo? Percebeu crescimento? se foi rápido TUMORAÇÕES CERVICAIS tireoide 6 HF de cancer de tireoide na familia, doença tireoidiana Como investigar USG E FUNÇÃO TIREOIDIANA TSH, FT4 e T3 USG confirmar nódulos, existência de outros nódulos não palpáveis, caracteriza cada nódulo e linfonodos. Cada nódulo: tamanho em 3 dimensões, forma (altura x largura), composição(sólido, cístico, misto), ecogenicidade (iso, hiper, hipoecóico), margem, focos ecogênicos (calcificações) Avaliar função da tireoide: TSH BAIXO CINTILOGRAFIA TSH normal ou elevado: não faz cintilografia. Avaliar características do nódulo na USG para definir conduta. Nódulo hiperfuncionante: doença de Plummer Região do nódulo hipocaptante: nódulo frio. Menor risco de câncer: iso ou hiperecóico, aparência espongiforme, cistos simples, artefato de cauda de cometa, calcificação em casca de ovo. Risco de câncer: hipoecogenicidade, micro e macro calcificações, composição sólidas, formato mais alto que largo, linfadenopatia suspeita associada, margens infiltrativas irregulares. PAAF punção aspirativa com agulha fina Composição, ecogenicidade, forma, margem e focos ecogênicos (calcificações). TIRADS classificação da tireoide. O TIRADS informa o risco do nódulo ser maligno. TR1 0 pontos, 0,3% risco de malignidade, sem biópsia. TR2 2 pontos, 1,5% risco de malignidade, sem biópsia. TR3 3 pontos, 4,8% risco de malignidade, 25 mm/2,5 cm TR4 4 a 6 pontos, 9,1% risco de malignidade, 15 mm/1,5 cm TR5 7 pontos, 35% risco de malignidade, 10 mm/1 cm Punciona os nódulos TIRADS 3, 4 e 5 dependendo do tamanho TUMORAÇÕES CERVICAIS tireoide 7 Não tem indicação de PAAF TIRADS 1 e 2. Em geral, ultrassonografia 1x por ano para acompanhamento. 6 a 12 meses para nódulos subcentimétricos com características suspeitas. 12 a 24 meses para nódulos com suspeita baixa a intermediária. 2 a 3 anos para nódulos de risco muito baixo. Geralmente nódulos espongiformes são benignos TIRADS 3 a 5, realiza a PAAF Classificação de Bethesda I não diagnóstico, 5 a 20% de risco, tem que puncionar novamente. II benigno, 2% de risco, acompanha 1x por ano com ultrassom. III atipia de significado indeterminado, encaminha para o endócrino, teste do gene molecular. IV neoplasia folicular ou neoplasia folicular oncótica, encaminha para o endócrino, teste do gene molecular. V suspeito de malignidade, 67 a 83% de risco, encaminha para a cirurgia. VI maligno, 97 a 100% de risco, encaminha para a cirurgia. TIREOIDITE SUBAGUDA GRANULOMATOSA/ QUERVAIN/ SUBAGUDA NÃO SUPURATIVA tratamento: AINES 23 dias Prednisona 40mg: melhora 1 a 2 dias Redução dose 28semanas→ até alivio da dose B-bloq: se tiver sintomas de tireotoxicose→ tremor.. Tratamento de tireoidite aguda/supurativa/infecciosa: antibiótico e drenagem e coleta de material Caso clínico: paciente 47 anos, mulher, dor na garganta e em região cervical há 10 dias. Dor irradia para mandíbula e ouvido. Queixa de mal estar, desânimo. TUMORAÇÕES CERVICAIS tireoide 8 Exame da tireoide: muito dolorosa a palpação. Exames laboratoriais: PCR 52,49 VR até 5, VHS 152 mm VR até 20 mm), TSH 0,006 VR 0,27 4,2, T4L 3,92 VR 0,93 1,7, hemograma normal. USG áreas hipoecogênicas, contornos irregulares e mal definidas, pseudonódulos, vascularização reduzida. Cintilografia: hipocaptação difusa. Diagnóstico de tireoidite. As tireoidites dolorosas são aguda/superativa (bacteriana), subaguda/granulomatosa/De Quervain/subaguda não supurativa (viral). Diferenciação da aguda e subaguda. Tireoidite subaguda: causa viral, processo inflamatório pós-viral. Labotatorial: VHS aumentado, PCR aumentado, enzimas hepáticas levemente aumentadas, tireoglobulina aumentada. Ultrassonografia: Cintilografia: captação diminuída. Tratamento: AINES 2 3 dias, prednisona 40 mg (redução da dose 2 8 semanas), beta-bloqueador se sinais de tireotoxicose. Caso Clínico: paciente 42 anos, homem, dor cervical com irradiação para garganta e ouvido, mal estar, sudorese, astenia, portador de HIV há 5 anos, parou de utilizar medicações há alguns dias. Exame de tireoide: dolorosa do lado esquerdo, nódulo com flutuação, hiperemia local. Laboratorial: VSH aumentado. TSH e T4L normais. Leucocitose e desvio a esquerda. USG abscesso. Diagnóstico: tireoidite aguda/supurativa/infecciosa Punção e drenagem de abscesso. Antibiótico. Tratamento geralmente empírico. Antibioticoterapia EV clinda, penicilina, ampicilina + sulbactan, piperaciclina + tazobactan, carapenem, metronidazol + macrolídeo. Melhora em 36 48 horas, reavaliar.