Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA CAMPUS BACABAL DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXTAS E NATURAIS - DECEN CURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - BACHARELADO PROFESSOR: RAIMUNDO GIERDSON ABREU MACEDO ALUNO: FRANCINAYRA COSTA DAMASCENO CÓDIGO: 20180066122 DATA: 18/12/2020 ATIVIDADE AVALIATIVA IA BIOGEOGRAFIA Os coronavírus são uma grande família de vírus comuns em muitas espécies diferentes de animais, incluindo camelos, gado, gatos e morcegos, veja a imagem abaixo. Raramente, os coronavírus que infectam animais podem infectar pessoas, como exemplo do MERS-CoV e SARS-CoV. Recentemente, em dezembro de 2019, houve a transmissão de um novo coronavírus (SARS-CoV-2), o qual foi identificado em Wuhan na China e causou a COVID-19, sendo em seguida disseminada e transmitida pessoa a pessoa. A biogeografia estuda as relações entre a distribuição das espécies de seres vivos e as características climáticas e geológicas das regiões geográficas. Diante de exposto, elabore um texto dissertativo comparando a distribuição Geográfica do SARS-CoV (vírus causador da SARS) com o SARS-CoV 2 (vírus causador da CoVID 19), envolvendo os aspectos da Biogeografia. Obs: Texto com no mínimo, 40 linhas. Data da entrega: 18 de Dezembro de 2020 até às 23:00h Valor da atividade: 0,5 ponto. Envie em PDF para o e-mail: gierdsonbio@gmail.com UMA PERSPECTIVA SOBRE A DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA ENTRE A EPIDEMIA DO SARS-COV EM 2002 E A PANDEMIA DO SARS-COV 2 EM 2019 Um dos maiores motivos para se estudar história, é aprender com ela (COX, 2008). Em razão disso, para entender a distribuição geográfica dos vírus SARS-CoV e SARS-CoV 2 e compara – los, faz – se necessário compreender como esses microrganismos tornaram-se protagonistas sob a luz de um microscópio, e as semelhanças entre os surtos causados pelo SARS em 2002 e em 2019. Os vírus existem há bilhões de anos atrás, muito antes do surgimento do homem no planeta. Porém, a sua descoberta, tornou – se possível só após a invenção do microscópio eletrônico. Por volta da década de 1930, os cientistas começaram a usar a palavra vírus, palavra que no latim significa veneno mailto:gierdsonbio@gmail.com (TORTORA, 2017). Antes do microscópio, os cientistas já imaginavam que existiam partículas submicroscópicas capazes de causar infecções em plantas, animais e até mesmo aos seres humanos. Antes do microscópio óptico e eletrônico muitas doenças letais causadas por microrganismos acometeram a humanidade, e por consequência muitas pessoas morreram sem saber como lidar com tais doenças. Atualmente, sabe-se a importância do estudo desses seres microscópicos. Não é novidade dizer que os vírus propagam – se facilmente. Além de sofrer transformações em sua estrutura genética para um melhor desempenho em suas funções e para uma melhor distribuição geográfica. Por exemplo, o vírus da influenza do tipo A é o mais mutável. E geralmente as epidemias e as pandemias estão associadas a este tipo de vírus. Isso ocorre por que sua transmissão é facilitada através das partículas de secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou através do contato das mãos que, após contato com o local recentemente contaminado por uma pessoa infectada leva o vírus para o nariz, boca ou olhos. Em novembro de 2002, surgiu na China um vírus letal, capaz de causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave – SARS-CoV. E em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, e mais uma vez na China, surgiu outro vírus da mesma família (Coronaviridae) que recebeu o nome de SARS-CoV 2. Ambos chamados de coronavírus por possuir um formato de uma bola com uma coroa de espinhos. Esses “espinhos”, são na verdade proteínas que evoluíram para se encaixar como chaves na membrana da célula hospedeira. Nota-se que há uma diferença de 17 anos entre a epidemia de 2002 e a pandemia de 2019. Porém, dois eventos considerados semelhantes de acordo com o contexto histórico; o vírus começou a atravessar fronteiras, esvaziando cidades, praças, comércios, cinemas, etc.; pessoas usando máscaras, entrando em quarentena, comunicando-se através de aparelhos de telecomunicação, etc. Desse modo, dois eventos que trouxeram consequências devastadoras. Além do número de pessoas mortas pela doença, houve e há muitos impactos econômicos e sociais. Entretanto, vale ressaltar a diferença entre epidemia e pandemia. Uma epidemia é quando ocorrem surtos em várias regiões. Assim, a Síndrome Respiratória Aguda em 2002 se espalhou em muitas cidades chineses, como Xangai, Pequim, Vietnã, Hong Kong, Taiwan, Cingapura e depois para mais longe gerando várias mortes. Já uma pandemia é a disseminação mundial de uma doença. Desse modo, o novo coronavírus em 2019 teve um avanço muito maior, pois partiu de uma cidade da China, se espalhou nas cidades dessa região e logo após, sendo mais evoluído se propagou nos países do mundo inteiro. Isso ocorreu porque o vírus eclodiu durante a maior migração humana anual, quando centenas de milhões de pessoas voltavam para casa no Ano Novo chinês. Diversas ações foram e estão sendo feitas para controlar a propagação desse vírus. A má gestão do surto do SARS-CoV em 2002 reflete o surto do SARS-CoV 2 em 2019. E isso contribuiu fundamentalmente com a distribuição geográfica desses agentes. Pesquisadores da Universidade Griffith, diz que a epidemia de 2002 foi agravada por uma enorme tentativa de ocultação por parte dos chineses. Inicialmente, autoridades de saúde fracassaram em alertar a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2019, com uma globalização mais avançada o problema foi com a rapidez que o novo coronavírus, mais evoluído, sem nenhum problema em se instalar em diversas regiões do planeta, se espalhou na humanidade. Um dos fatores foi a falta de precauções de higiene iniciais dos indivíduos e pela falta de estrutura no sistema de saúde de cada país, principalmente nos menos desenvolvidos, capaz de atender uma demanda muito alta de pessoas contaminadas com casos graves de Covid-19. Atualmente, o número de mortes de pessoas causadas pelo novo coronavírus ultrapassa o registro de um milhão no mundo inteiro. Diante disso, é possível afirmar que a evolução dos seres vivos, nesse caso, os coronavírus, favorece uma ampla distribuição geográfica. Por esse motivo, deve-se buscar meios de investimentos financeiros em três principais pilares essenciais da humanidade: educação, saúde e pesquisa. Assim, o ser humano não será uma presa fácil para a seleção natural.