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OBRIGAÇÕES E RESPONSAB.CIVIL
Ivana Formigheri Jacob
TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
 A obrigação, em geral, não é um vínculo pessoal imobilizado, de modo que poderá se transferir, ativamente (crédito) ou passivamente (débito), segundo as normas previstas na legislação existente (QUESTÃO HISTÓRICA).
 Assim, as três modalidades de transmissão:
a cessão de crédito;
a cessão de débito;
a cessão de contrato
CESSÃO DE CRÉDITO
1) Conceito e espécies: 
	A cessão de crédito consiste em um negócio jurídico por meio do qual o credor (cedente) transmite total ou parcialmente o seu crédito a um terceiro (cessionário), mantendo-se a relação obrigacional primitiva com o mesmo devedor (cedido) – crítica da doutrina com relação à expressão..
	Em sua grande maioria é oneroso (com fim lucrativo), mas nada obsta a transmissão gratuita do crédito. Essa forma negocial é a mais importante. A doutrina reconhece a existência de cessão judicial (atribui ao herdeiro ou legatário um crédito do falecido) e a cessão legal, que se dá por força de lei (cessão dos acessórios da dívida – garantias, juros, cláusula penal – artigo 287 do CC).
É necessário o consentimento prévio do devedor para ocorrer a cessão? 
Institutos parecidos:
Qual a diferença entre cessão de crédito e novação? Diferente do que acontece com a novação, a obrigação não é extinta na cessão, operando-se, apenas, a transmissão da qualidade creditória a um terceiro, inexistindo, da mesma forma, o animus novandi, necessário para caracterização desse instituto.
Qual a diferença entre cessão de crédito e sub-rogação legal? O sub-rogado não poderá exercer os direitos e ações do credor além dos limites do desembolso, o que não se aplica à cessão de crédito. Se a sub-rogação, todavia, for convencional, o tratamento dado pela lei é o mesmo da cessão de crédito – artigo 348 do CC.
Esquematização:
enquanto na cessão de crédito a origem é uma declaração de vontade, na sub-rogação, nasce do pagamento do crédito original.
a cessão de crédito pode ser a título gratuito, o que não ocorre com a sub-rogação
c) na cessão de crédito, conserva-se o vínculo obrigacional, enquanto a sub-rogação pressupõe o seu cumprimento por parte de um terceiro, direta ou indiretamente.
Exemplo: A emprestou R$5000,00 a B, pelo prazo de três anos, sendo afiançada a dívida pelo C. Depois de um ano, o mutuante (A) precisa inesperadamente do dinheiro e como não pode exigir ainda a restituição da quantia, vende o crédito por R$4.200,00 a D, que adquire, pela confiança quem tem no pagamento pelo fiador, na pior das hipóteses. 
E se A não tivesse vendido??? Pode o contrato proibir a venda? Presunção? Normas dispositivas – vontade das partes. 
ART. 286 do CC – Quando pode ocorrer a cessão? Observâncias dos pressupostos gerais de validade (capacidade e legitimidade das partes)
Se a natureza da obrigação for incompatível com a cessão (alimentando, direitos da personalidade);
2) Se houver vedação legal (artigo 520 do CC –direito de preferência);
3) Se houver cláusula contratual proibitiva.
Eficácia erga omnes: artigo 288 do CC: Para que a cessão de crédito tenha eficácia perante terceiros, deverá constar de instrumento público ou, se for celebrada por instrumento particular, deverá se revestir das solenidades previstas no artigo 654, §1º do CC: indicação do lugar em que foi passado, qualificação das partes, a data, o seu objetivo e conteúdo, mostrando-se indispensável o registro do ato, para que tenha eficácia erga omnes.
Cessão de direitos hereditários e de créditos hipotecário – artigo 289 do CC – só admite celebração por instrumento público.
Art. 287 – Acessórios seguem principal, caso não tenha havido disposição em sentido contrário.
Notificação do devedor: Art. 290 do CC
	O devedor não precisa autorizar a cessão, todavia, deve ser notificado (judicial ou extrajudicialmente) a respeito do ato, a fim de que tome conhecimento a quem deverá pagar a dívida (cessionário e não mais cedente). BOA-FÉ 
	E se o devedor, por escrito público ou particular, se declara ciente? E se antes de tomar conhecimento, o devedor paga ao credor original? 
Art. 292 do CC – várias cessões/direito de preferência
Defesa do devedor: art. 294 do CC. Poderá utilizar das armas disponíveis que utilizaria contra cedente (credor original). SIMULAÇÃO (NULIDADE ABSOLUTA)
FIADOR – para eficácia e validade da relação jurídica obrigacional
RESPONSABILIDADE: art. 295 do CC – Na cessão a título oneroso, o cedente fica responsável pela existência do crédito, ainda que não fique como responsável pela solvabilidade do devedor (cessão pro soluto). Na gratuita, só tem responsabilidade se o cedente procedeu de má-fé. Pode o cedente ter responsabilidade pela solvência do devedor? Cessão pro solvendo – artigo 296, necessita estar no contrato.
Cessão legal e judicial – credor originário não responde pela realidade da dívida (circunstância excepcional).
E se penhorado o crédito? Não poderá ser transferido pelo credor que souber da penhora. Se o devedor não tiver conhecimento da penhora e pagar ao cessionário, ficará desobrigado, restando ao terceiro prejudicado resolver a situação com o credor - Art. 298 do CC
CESSÃO DE DÉBITO (ASSUNÇÃO DE DÍVIDA)
Disciplina legal: artigos 299 a 303 do CC
É um negócio jurídico por meio do qual o devedor, com o consentimento do credor, transfere a um terceiro a sua obrigação. Cuida-se de transferência debitória, com mudança subjetiva na relação obrigacional. A relação obrigacional segue a mesma, diferente, portanto, da novação passiva.
O credor deverá anuir expressamente para que seja válida e eficaz. Pode ser TÁCITA??
E se terceiro, a quem se transmitiu obrigação for INSOLVENTE? Não analisa má-fé do cedente, basta que o credor não tenha conhecimento do estado de insolvência preexiste à cessão de débito – retornando o devedor primitivo.
Pressupostos para a cessão de débito: (além dos gerais)
1) presença de uma relação jurídica obrigacional juridicamente válida (o que pressupõe a existência, nos planos do negócio jurídico);
2) substituição do devedor, mantendo-se a relação jurídica originária;
3) a anuência expressa do credor.
Ex.: venda de estabelecimento comercial
Formas de substituição:
Por delegação: decorre de negócio pactuado entre devedor originário e o terceiro, com a devida anuência do credor. O devedor-cedente é o delegante, o terceiro-cessionário é o delegado e o credor é o delegatário. Poderá ter efeito exclusivamente liberatório, não remanescendo qualquer responsabilidade para o devedor originário, como também pode ser convencionada a subsistência da responsabilidade do delegante, que responde pelo débito em caso de inadimplência do novo devedor.
Por expromissão: O terceiro assume a obrigação independentemente do consentimento do devedor primitivo. Poderá ter eficácia liberatória ou, em situações mais raras, o terceiro pode vincular-se solidariamente ao cumprimento da obrigação ao lado do devedor originário. No último caso, há um reforço pessoal da obrigação.
	Nos termos do artigo 302 do CC, o novo devedor não pode opor ao credor exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo, o que não abrange as exceções comuns.
	Além disso, nos termos do artigo 300 do CC, salvo consentimento do devedor, consideram-se extintas, a partir da assunção de dívida, as garantias especiais dadas por ele ao credor. E imóvel hipotecado – artigo 303 do CC.
CESSÃO DE CONTRATO
 	O cedente transfere a sua própria posição contratual (compreendendo créditos e débitos) a um terceiro (cessionário), que passa a substituí-lo na relação jurídica originária. É considerada negócio jurídico atípico pela doutrina.
	A cessão de contrato opera a transferência da posição contratual como um todo, sem que se possa identificar a fragmentação (ou amortização) dos elementos jurídicos componentes da posição contratual.
	Para ser considerada válida, a cessão deve observar: a) a celebração de um negócio jurídico entre cedente e cessionário, b) a integralidade da cessão (cessão global) e c) aanuência expressa da outra parte (cedido).
As obrigações de natureza personalíssima não admitem a cessão. Como por exemplo, a confecção de uma obra de arte por pintor famoso.
Existem obrigações que, mesmo não sendo intuito personae, proíbem a cessão, mas isso deve estar expresso. Não havendo cláusula proibitiva, a cessão de posição contratual é possível, desde que haja expresso consentimento da outra parte. Se não houver, o cedente continuará obrigado à satisfação do crédito.
Exemplos de cessão de contrato: 1) cessão de locação; 2) compromisso de compra e venda (sem o consentimento – responsabilidade solidária entre cedente e cessionário); 3) empreitada; 4) contrato de mandato
Referências Bibliográficas
GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO, Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito Civil: Obrigações, volume 2. 14ª ed. ver. atual e ampl. São Paulo: Saraiva, 2013.
GOMES, Orlando. Obrigações. 19ª ed. ver. atual. Rio de Janeiro: Forense, 2019.
TARTUCE, Flávio. Direito Civil: Direito das Obrigações e Responsabilidade Civil. 11ª ed. rev. atual e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2016.

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