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Portuguesa. Tema: Figuras de Linguagem Exercícios 01. (Guarda Municipal – Pref. do RJ 2011) A metáfora é um recurso amplamente usado no cotidiano; por exemplo, em “40% do que nós compramos é lixo”, a autora a emprega para enfatizar a ideia que quer expressar. NÃO se constata conotação em: (A) A criança, distraída, caiu do balanço. (B) Aborreceu-se com os pais e caiu no mundo. (C) Este ano meu aniversário cai num domingo. (D) Essa moda ainda cai no gosto popular. 02. (Funcefet – médico Fibra 2012) Assinale o trecho em que ocorre a metáfora: A) Pare de beber: dois copos são suficientes B) Vamos comemorar no japonês? C) Meu coração é um astro cheio de luz. D) Todos corriam como foguetes. 03. (FBC – Guarda Municipal, Pref. Itatiaia 2012) Indique a alternativa em que ocorre uma hipérbole. A) Choraram baldes de lágrimas por causa da situação. B) Está feliz como pinto no lixo. C) O maratonista não foi feliz na prova. D) Para ela, a sorte sorria sempre. E) Soube notícias do pessoal: estão bem. 04. (EsPCEx 2011) “Quando eu passo no Saara amortalhada... Ai! dizem: “Lá vai África embuçada No seu branco albornoz. . .” Nem veem que o deserto é meu sudário, Que o silêncio campeia solitário Por sobre o peito meu. (…)” No texto, extraído de Vozes d’África, de Castro Alves, encontramos a seguinte figura de linguagem: a) Catacrese b) Assíndeto c) Anacoluto d) Polissíndeto e) Prosopopeia 05. (EsSA 2012) Na frase “Poderia ouvir o fogo gemer.”, há a seguinte figura de linguagem: A) prosopopeia. B) sinédoque. C) eufemismo. D) oxímoro. E) metáfora. 06. (EsSA 2012) Em “E mal acendi a luz, puf, puf, puf, puf.” encontra-se: A) sinestesia. B) antítese. C) onomatopeia. D) metonímia. E) prosopopeia. 07. (EsSA 2011) A alternativa em que podemos encontrar um exemplo de catacrese (figura de linguagem) é: A) Aquela menina é um doce de pessoa. B) Estou lendo Fernando Pessoa ultimamente. C) Coloque dois dentes de alho na comida. D) Estava triste e chorou rios de lágrimas. E) Ela faz tortas como ninguém. 08. (EsSA 2010) Assinale a figura de linguagem que consiste no emprego de um termo por outro, dada a relação de semelhança ou a possibilidade de associação entre eles. a) Metáfora b) Hipérbole. c) Catacrese. d) Sinédoque. e) Antonomásia. 09. (EsPCEx 2003) Nos versos abaixo ocorrem, respectivamente, as figuras de linguagem: Em que descansas dessa longa vida, / Da terra que nos viu passar unidos A. Metáfora e Perífrase. B. Metonímia e Onomatopeia. C. Eufemismo e Prosopopeia. D. Hipérbole e Eufemismo. E. Metáfora e Ironia. Cidade grande Que beleza, Montes Claros. Como cresceu Montes Claros. Quanta indústria em Montes Claros. Montes Claros cresceu tanto, ficou urbe tão notória, prima-rica do Rio de Janeiro, que já tem cinco favelas por enquanto, e mais promete. (Carlos Drummond de Andrade) 10. (Enem 2004) Entre os recursos expressivos empregados no texto acima, destaca-se a (A) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-se à própria linguagem. (B) intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabora outros textos. (C) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se pensa, com intenção crítica. (D) denotação, caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido próprio e objetivo. (E) prosopopeia, que consiste em personificar coisas inanimadas, atribuindo-lhes vida. Amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e não se sente; é um contentamento descontente; é dor que desatina sem doer; É um não querer mais que bem querer; é solitário andar por entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é cuidar que se ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor? Luís de Camões 11. (Enem 1998) O poema tem, como característica, a figura de linguagem denominada antítese, relação de oposição de palavras ou ideias. Assinale a opção em que essa oposição se faz claramente presente. (A) “Amor é fogo que arde sem se ver.” (B) “É um contentamento descontente.” (C) “É servir a quem se vence, o vencedor.” (D) “Mas como causar pode seu favor.” (E) “Se tão contrário a si é o mesmo Amor?” 12. (Enem 2000) Ferreira Gullar, um dos grandes poetas brasileiros da atualidade, é autor de “Bicho urbano”, poema sobre a sua relação com as pequenas e grandes cidades. Bicho urbano Se disser que prefiro morar em Pirapemas ou em outra qualquer pequena cidade do país estou mentindo ainda que lá se possa de manhã lavar o rosto no orvalho e o pão preserve aquele branco sabor de alvorada. ..................................................................... A natureza me assusta. Com seus matos sombrios suas águas suas aves que são como aparições me assusta quase tanto quanto esse abismo de gases e de estrelas aberto sob minha cabeça. (GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1991) Embora não opte por viver numa pequena cidade, o poeta reconhece elementos de valor no cotidiano das pequenas comunidades. Para expressar a relação do homem com alguns desses elementos, ele recorre à sinestesia, construção de linguagem em que se mesclam impressões sensoriais diversas. Assinale a opção em que se observa esse recurso. (A) "e o pão preserve aquele branco / sabor de alvorada" (B) "ainda que lá se possa de manhã / lavar o rosto no orvalho" (C) "A natureza me assusta. / Com seus matos sombrios suas águas" (D) "suas aves que são como aparições / me assusta quase tanto quanto" (E) "me assusta quase tanto quanto / esse abismo / de gases e de estrelas" 13. (Enem 2001) Oxímoro (ou paradoxo) é uma construção textual que agrupa significados que se excluem mutuamente. Para Garfield, a frase de saudação de Jon (tirinha abaixo) expressa o maior de todos os oxímoros. Folha de S. Paulo. 31 de julho de 2000. Nas alternativas abaixo, estão transcritos versos retirados do poema “O operário em construção”. Pode-se afirmar que ocorre um oxímoro em (A) "Era ele que erguia casas Onde antes só havia chão." (B) "... a casa que ele fazia Sendo a sua liberdade Era a sua escravidão." (C) "Naquela casa vazia Que ele mesmo levantara. Um mundo novo nascia. De que sequer suspeitava." (D) "... o operário faz a coisa. E a coisa faz o operário." (E) "Ele, um humilde operário. Um operário que sabia. Exercer a profissão." MORAES, Vinícius de. Antologia Poética. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. 14. (Enem 2007) O açúcar O branco açúcar que adoçará meu café nesta manhã de Ipanema não foi produzido por mim nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. Vejo-o puro e afável ao paladar como beijo de moça, água na pele, flor que se dissolve na boca. Mas este açúcar não foi feito por mim. Este açúcar veio da mercearia da esquina e tampouco o fez o [Oliveira, dono da mercearia. Este açúcar veio de uma usina de açúcar em Pernambuco ou no Estado do Rio e tampouco o fez o dono da usina. Este açúcar era cana e veio dos canaviais extensos que não nascem por acaso no regaço do vale. (...) Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura produziram este açúcar branco e puro com que adoço meu café esta manhã em [Ipanema. Ferreira Gullar. Toda Poesia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980, p. 227-8. A antítese que configura uma imagem da divisão social do trabalho na sociedade brasileira é expressa poeticamente na oposição entre a doçura do branco açúcar e: A) o trabalho do dono da mercearia de onde veio o açúcar. B)o beijo de moça, a água na pele e a flor que se dissolve na boca. C) o trabalho do dono do engenho em Pernambuco, onde se produz o açúcar. D) a beleza dos extensos canaviais que nascem no regaço do vale. E) o trabalho dos homens de vida amarga em usinas escuras. 15. (Enem 2009) Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. Considerando a definição apresentada, o fragmento poético daobra Cantares, de Hilda Hilst, publicada em 2004, em que pode ser encontrada a referida figura de retórica é: A) “Dos dois contemplo rigor e fixidez. Passado e sentimento me contemplam” (p. 91). B) “De sol e lua. De fogo e vento. Te enlaço” (p. 101). C) “Areia, vou sorvendo A água do teu rio” (p. 93). D) “Ritualiza a matança de quem só te deu vida. E me deixa viver nessa que morre” (p.62). E) “O bisturi e o verso. Dois instrumentos entre as minhas mãos” (p. 95). 16. (UEL – PR) CUITELINHO Cheguei na beira do porto onde as ondas se espaia. As garça dá meia volta, senta na beira da praia. E o cuitelinho não gosta que o botão de rosa caia. Ai quando eu vim de minha terra, despedi da parentaia. Eu entrei no Mato Grosso, dei em terras paraguaia. Lá tinha revolução, enfrentei fortes bataia. A tua saudade corta como aço de navaia. O coração fica aflito, bate uma a outra faia. E os óio se enche d’água que até a vista se atrapaia. Fonte: Tema folclórico. Adaptação Musical: Wagner Tiso e Milton Nascimento. Texto poético: Paulo Vanzolini e Antônio Xandó. IN: NASCIMENTO, M. Milton Nascimento ao Vivo. São Paulo: Polygram, 1983.25 Em relação ao verso “A tua saudade corta como aço de navaia”, quais figuras de linguagem foram utilizadas pelo autor? A) Silepse de pessoa e onomatopeia. B) Metáfora e metonímia. C) Aliteração e prosopopeia. D) Prosopopeia e comparação. E) Onomatopeia e catacrese. 17. (UDESC) De manhã escureço De dia tardo De tarde anoiteço De noite ardo. Os versos acima fazem parte do poema Poética, de Vinicius de Moraes. Em relação a eles, é correto afirmar que predominam as figuras de linguagem: A) gradação e prosopopeia. B) antítese e metáfora. C) antítese e gradação. D) metáfora e prosopopeia. E) anáfora e metáfora. 18. (Unama – AM) O CÍRIO DE NAZARÉ Na romaria de Nazaré, o melhor dia é a noite da transladação, diziam os namorados. Noite em que a Virgem de Nazaré saía do Instituto Gentil Bittencourt, um colégio de moças, para a Catedral na Cidade Velha, passando a procissão pelas três janelas da família Alcântara. Da velha e bela Sé, o Círio, na manhã seguinte, novamente passando pelos Alcântaras, levaria a santa na sua berlinda para a Basílica ainda e sempre em construção. [...] Nas passagens “...passando a procissão pelas três janelas da família Alcântara”. E “...novamente passando pelos Alcântaras...”, o autor organizou seu pensamento de modo especial para relacionar o ir-e-vir da procissão do Círi com os Alcântaras e a residência deles. Para isso, valeu-se da: A) metonímia. B) prosopopeia. C) antítese. D) hipérbole. 19. (Unemat – MT) A RUA A rua mastiga os homens: mandíbulas de asfalto, argamassa, cimento, pedra e aço. A rua deglute os homens: e nutre com eles seu sôfrego, omnívoro esôfago. A rua digere os homens: mistério dos seus cabos subterrâneos com cabos e canos. A rua dejecta os homens: o poeta, o agiota, o larápio, o bêbado e o sábio. Guilherme de Almeida O texto estrutura-se numa linguagem conotativa e a única figura de linguagem que não está presente no poema é: A) metonímia. B) metáfora. C) personificação. D) gradação. E) silepse. 20. (UERJ 2013) No título do texto, a palavra Hollywood é empregada por causa da identificação entre a indústria cinematográfica e uma localidade dos Estados Unidos que concentra empresas do ramo. Esse emprego, portanto, configura uma figura de linguagem conhecida como: (A) metáfora (B) hipérbole (C) metonímia (D) eufemismo 21. (Makiyama-Eletroacre profissional de sup. 2011) Na frase: “A condição humana é uma droga” – Qual figura de linguagem podemos identificar nela? A Hipérbole B Eufemismo C Metáfora D Alienação E Catacrese 22. (Makiyama-Pref. Jundiaí SP ag. sup. adm II 2012) Observe as frases a seguir: I “A gente não sabemos escolher presidente”. II “Tudo é silêncio, tudo é calma, tudo é mudez.” III “Oh! Prodígios inauditos vistos com os olhos, palpados com as mãos e pisados com os pés.” A partir da leitura e análise dos excertos, as figuras de sintaxe utilizadas, respectivamente, são: A metáfora, ironia, metonímia. B silepse, anáfora, pleonasmo. C elipse, pleonasmo, zeugma. D polissíndeto, anáfora, elipse. E metonímia, personificação, metáfora. Me encontra (Charlie Brown Jr) Hoje eu vou sair para encontrar o amor Que espero há tanto tempo e ainda não rolou. O vento diz que é hoje em meio à multidão Que eu vou encontrar a dona do meu coração. E aí sempre... Sorrir, chorar e ter alguém pra compartilhar sempre Viver para alguém que me ama e dividir sempre Felicidade e amor. [...] Extraído de http://www.vagalume.com.br/charlie-brown jr/meencontra. html#ixzz283IKhB8h Acesso em 01/10/2012 23. (Makiyama-Pref. Jundiaí-SP aux. cons. dentário, 2012) [...] “O vento diz que é hoje em meio à multidão/ Que eu vou encontrar a dona do meu coração.” Que figura de linguagem encontramos no trecho acima? A Antítese. B Hipérbole. C Personificação. D Aliteração. E Ironia. Texto A Felicidade Tristeza não tem fim felicidade sim. A felicidade é como a pluma que o vento vai levando pelo ar, voa tão leve, mas tem a vida breve precisa que haja vento sem parar. A felicidade do pobre parece a grande ilusão do carnaval a gente trabalha o ano inteiro por um momento de sonho pra fazer a fantasia de rei ou de pirata ou jardineira pra tudo se acabar na quarta-feira. A felicidade é como a gota de orvalho numa pétala de flor, brilha tranquila depois de leve oscila e cai como uma lágrima de amor. A minha felicidade está sonhando nos olhos da minha namorada É como esta noite, passando, passando em busca da madrugada Fale baixo por favor pra que ela acorde alegre com o dia oferecendo beijos de amor. MORAES, Vinicius e JOBIM, Tom. As mais belas serestas brasileiras. 9ª ed. Belo Horizonte: Barvalle Indústria Gráfica Ltda, 1989. 24. (Epcar 2013) Nas duas primeiras estrofes, há uma tentativa de se definir a felicidade, para isso o eu-lírico vale-se de a) comparações. c) metonímias. b) metáforas. d) hipérboles. 25. (UERJ-vestibular 2010 1ªfase 1ºexame) Mas, recusando o colóquio, desintegrou-se no ar constelado de problemas. O estranhamento provocado no verso sublinhado constitui um caso de: (A) pleonasmo (B) metonímia (C) hipérbole (D) metáfora 26. (EEAR – controlador de voo 2012) Em qual dos versos abaixo há prosopopeia? a) Ai, a Lua que no céu surgiu Não é a mesma que te viu Nascer dos braços meus... b) O desenho, o projeto, o número; o engenheiro pensa o mundo justo, mundo que nenhum véu encobre. c) Ao redor da vida do homem há certas caixas de vidro, dentro das quais, como em jaula, se ouve palpitar um bicho. d) Mulheres vão e vêm nadando em rios invisíveis Automóveis como peixes cegos compõem minhas visões mecânicas. 27. (FGV- Banco do Nordeste, 2014, analista bancário1) A alternativa em que o termo sublinhado está empregado em sentido lógico ou denotativo é: (A) “Este ano, a tônicaforam as vaias que os camaradas deram às autoridades federais, estaduais e municipais”; (B) “Com os suculentos escândalos (mensalão, Petrobrás e outros menos votados), as manifestações contra os 12 anos de PT,...”; (C) “... que começaram no ano passado, só não tiveram maior destaque porque a mídia deu preferência mais que merecida aos 20 anos da morte do nosso maior ídolo esportivo”; (D) “Depois de Ayrton Senna, o prestígio de nossas cores está em baixa...”; (E) “Sim, teremos uma Copa do Mundo para exorcizar o gol de Alcides Gighia, na Copa de 1950...”.