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ANESTÉSICOS GERAIS INTRAVENOSOS RESUMO NAVE 
 
Anestésico ideal: 
-Estável em solução 
-Rápido equilíbrio entre a concentração do 
sangue e do cérebro 
-Deve promover estabilidade 
cardiopulmonar 
-Deve ser de fácil biotransformação e 
gerar metabólitos inativos 
-Promover recuperação rápida e suave 
 
!Lembrando que nenhum desse 
medicamentos promove analgesia! 
 
No entanto nenhum anestésicos que tenha 
todas essas características, por isso a 
importância de se fazer associações e ter 
uma anestesia balanceada 
 
Tiopental, etomidato, propofol e 
alfaxalona: 
Base da anestesia geral intravenosa 
Tiopental e etomidato são utilizadas 
apenas na indução para depois manter o 
animal, por exemplo, em anestesia 
inalatória 
Propofol e alfaxalona pode ser usado para 
indução e para a manutenção anestésica 
Mecanismo de ação: Promovem 
depressão generalizada do cérebro 
atuando nos neurônios GABAérgicos 
(assim como os benzodiazepínicos, no 
entanto aqui o canal fica aberto por muito 
mais tempo, provocando o efeito 
anestésico). 
 
Barbitúricos: Tiopental e pentobarbital 
 
Cruzam rapidamente a barreira 
hematoencefálica e placentária atingindo 
concentrações elevadas do LCR e no feto 
 
cardiovasculares: 
Dose clínicas promovem: 
Diminuem o volume sistólico, 
Diminuem a contratilidade cardíaca 
(inotropismo) 
Hipotensão (pode acontecer aumento da 
Fc em resposta, mas não é muito 
relevante) (diminuição do fluxo hepático e 
renal, prejudicando a biotransformação e 
excreção de medicamento) 
Resultando em diminuição do débito 
cardíaco 
Arritmia cardíaca com extrassístoles 
ventriculares 
 
Alterações pulmonares: 
Diminuição da frequência respiratória, que 
pode chegar a apneia 
Diminuição da amplitude respiratória 
Resultando em diminuição do Vm (volume 
minuto) e acidose respiratória. 
 
obs: todo animal que for submetido a 
anestesia geral ele deve ser intubado e 
receber suporte ventilatório. 
 
obs2: essas efeitos podem ser 
contornados com uso de vasoativos, 
fluidoterapia e suporte ventilatório 
 
O problema do tiopental está mais 
relacionado com a farmacocinética do que 
com a farmacodinâmica: 
Por ser altamente lipossolúvel, e 
consequentemente ganha a circulação 
atingindo os órgãos altamente 
vascularizados como cérebro e fígado. 
A anestesia ocorre muito rápida, esses 
medicamentos se conjugam com a 
albumina plasmática e em torno de 30 s o 
animal já entra em plano anestésico, e 
estabelece o sono, com duração de 10 a 
15 minutos. 
O problema é a fase de redistribuição, 
quando feita doses complementares, que o 
anestésico sai dos órgão bem 
vascularizados e vai para os órgão pouco 
vascularizados e fica depositado no tecido 
adiposo por várias horas até dias, isso 
atrapalha a biotransformação do 
medicamento. 
Biotransformado exclusivamente pelo 
fígado por oxidação e a completa 
biotransformação do tiopental pode durar 
até 3 dias. 
Comentado [1]: ?????????? 
 
 
 
 
 
Esse efeito de redistribuição que vai para o 
tecido adiposo, dá a característica de efeito 
cumulativo 
 
Quando mais doses menor era o tempo 
anestésico e maior o tempo para 
recuperação do paciente. 
Sensação de ressaca na recuperação, 
hipotermia, movimentos de pedalar, 
excitação e ganinidos. 
 
Evitar em: 
Cardiopatas 
Pneumopatas 
Hepatopatas 
Obesos 
 
Hoje basicamente é usado para eutanasia 
 
Doses: 
 
Esses medicamentos podem provocar 
flebite e até necrose se forem feitos por via 
extravascular por conta do Ph da solução. 
 
Compostos Imidazólicos: Etomidato 
 
Surgiu como nova alternativa melhor ao 
tiopental 
Características: 
Não altera a função cardiovascular, nem 
mesmo em doses altas, se tornando uma 
excelente opção para cardiopatas. 
Biotransformado no fígado por hidrólise, 
então em algumas horas o medicamento é 
quebrado, sendo também quebrado por 
esterases plasmáticas, sendo uma boa 
opção para hepatopatas. 
 
Efeitos adversos: 
-Inibe a síntese de Cortisol, com apenas 
uma dose pode haver inibição por 6 horas 
-Mioclonia no momento da indução, o que 
pode dificultar a intubação pela presença 
de espasmos mandibulares, porém a 
utilização de midazolam 1 min antes IV 
como condutor pode reverter a mioclonia 
-Muito diluído- volume grande 
-Emese pós operatória 
-Dor na aplicação 
-Alto custo 
 
Doses: 
basicamente usado em cães e gatos 
Comentado [2]: ou uso unico? 
 
 
 
 
Usado como indutor anestésico 
Não é utilizado em espécies de grande 
porte porque o volume é muito grande e 
inviável financeiramente. 
 
Alquilfenóis: Propofol 
 
Não há efeito cumulativo 
 
começou a ser usado da década de 70 e 
foi considerado o melhor anestesia geral 
intravenosa pela rapida indução e 
recuperação, ausência de emese e 
ressaca pós operatória 
 
Rápida biotransformação: pelo fígado por 
glicuronidação e pelo pulmão e rim, se uma 
boa opção para hepatopatas. 
 
Começou a ser usado como base da 
anestesia geral iv e também passou a ser 
utilizada para manter pacientes em coma 
induzido. 
 
contrapontos: 
Formulação: Não é hidrossolúvel, então 
precisa de uma solução especial para o 
tornar misível e aplicar no paciente. Esse 
solvente é formado por 10% de óleo de 
soja, 2,25% de glicerol e 1.2% de 
fosfolipídio de ovo purificado. Essa 
formação é um excelente meio de cultura o 
que se torna um problema. 
Ao abrir uma ampola de propofol o restante 
não pode ser conservado e deve ser 
descartado. 
Se for feito infusão contínua, o equipo de 
soro que está com propofol tem que ser 
descartado a cada 12 h. 
 
 
Efeitos cardiovasculares: 
Pode comprometer ainda mais o sistema 
do que o tiopental (mas aqui não há 
elevação compensatória da FC) 
Hipotensão 
Diminuição do VS 
Vasodilatação 
 
Duração é menor do que o do tiopental, 
mas a utilização de propofol em pacientes 
cardiopatas é muito muito complicada. 
 
Uma pequena parcela dos pacientes que 
recebem propofol apresentam mioclonia, 
logo depois da aplicação os pacientes 
começam a apresentar, rigidez muscular, 
movimentos de pedalagem. 1-1,5% - 
antagonismo nos receptores de glicina na 
medula espinhal, mas não está bem 
esclarecido. 
 
Propofol em gatos: a biotransformação é 
complicada pois os gatos apresentam 
deficiência de glicuronidação. Mas pode 
ser feito no gato, mas infusões contínuas 
não devem ultrapassar de 2 h senão a 
recuperação vai ser bem prolongada (em 
gatos a metabolização é pulmonar) 
 
 
obs: esses efeitos indesejáveis listados 
são decorrentes de uso único, por isso que 
é feita associações para que se tenha os 
efeitos indesejáveis dos medicamentos e 
diminuir o efeito dos indesejáveis 
 
Doses: 
 
 
 
 
O propofol pode ser associado a uma série 
de medicamentos, tanto da indução quanto 
na manutenção o que certamente 
influenciará a dose e a taxa de infusão 
 
Anestesia geral IV não barbitúrica - 
Alfaxalona 
 
A alfaxalona foi desenvolvida na década 
de 70, mas na época o diluente utilizado, o 
cremofor, causa hipotensão, edema, 
cianose e salivação. 
 
Recentemente foi lançado um formulação 
(na gringa) que é ausente do cremofor e 
deixa a solução estável por até 28 dias 
 
A farmacocinética da alfaxalona é muito 
semelhante do propofol, então não tem 
efeito cumulativo e pode ser feito por várias 
horas por infusão contínua. 
 
Boa opção para hepatopatas. 
 
Maior estabilidade cardiovascular, em 
relação ao propofol, mesmo em doses 
elevadas há pouquíssimas alterações 
cardiovasculares. 
 
hipotensão - 10 x a dose terapêutica 
 
Em relação ao sistema pulmonar as 
alterações são bem semelhantes, como a 
depressão em relação ao propofol, no 
entanto com a indução por alfaxalona é 
mais fácil para o paciente entrar em 
apneia. O paciente deve ser intubado e 
colocado na ventilação. 
 
Pode ser feitapor via intramuscular, 
diferente dos outros presentes aqui. 
Porém, isso não é possível em pacientes 
pequenos pq o medicamento vem muito 
diluído, então para pacientes maiores o 
volumes seria muito grande. 
 
Interessante opção em gatos 
principalmente por pode ser feita por via IM 
e SC, que é um boa boa opção para 
pacientes irascíveis 
 
Doses: 
 
 
ainda que tenhamos estudos em grandes 
animais o uso ainda é restrito nessas 
espécies. 
 
 
Eter Gliceril Guaiacol 
 
Começou a ser usado na veterinária na 
década de 50 para o tratamento da tetania. 
com o avançar da desistia de equino 
passou a ser usado como indutor 
anestésico 
-Promove excelente miorelaxamento 
levando o animal em decúbito 
-A depressão cerebral é sutil e o paciente 
não chega a ter hipnose, por isso não é 
considerado um anestésico geral 
-Durante muito tempo foi o principal co-
indutor anestésico de equinos junto com o 
Tiopental, essa associação permitia uma 
indução. Essa associação permitia uma 
indução suave e era o tempo necessário 
para intubação, levar ao centro cirúrgico e 
colocar na anestesia inalatória, por 
exemplo. 
Hoje na anestesia de equinos, 
basicamente, a indução anestésica é feita 
com anestesia dissociativa. 
 
O EGG, geralmente, é comercializado na 
forma de pó e a gente tem que diluir em 
glicose 5% ou solução fisiológica e 
administrar. 
Como é feita a diluição? aquece o soro, 
coloca a quantidade de EGG no becker e 
 
 
dilui a solução e voltar tudo isso no frasco 
de soro. Tudo isso de maneira estéril. 
 
A solução de EGG teve está em 5 e 8%, 
acima disso, pode ocorrer hemólise ou 
flebite. 
 
Praticamente não altera os parâmetros 
cardiopulmonares, é muito seguro 
fisiologicamente. Para que o animal entre 
em apneia ou tenha hipotensão é 
necessário uma dose muito alta. 
 
Desvantagem: alto volume, que pode 
chegar a 1l por cavalo. 
Pode promover necrose, caso seja feito 
fora da veia (o estrago é grande!) 
 
Por todas essas particularidades o EGG 
começou a perder espaço juntamente com 
o tiopental, e ao mesmo tempo a cetamina 
começou ficar mais barata. Hoje é 
basicamente a indução anestésica mais 
com uso de dissociativos do que fazer 
EGG com tiopental. 
EGG hoje é mais usado para manutenção 
anestésica em infusão contínua, porém ele 
não anestésico nem analgésico então se 
faz necessário adm outros medicamentos 
comitantes para que seja possível manter 
o cabelo em anestesia geral intravenosa. 
 
Doses: 
 
 
não é feito em grandes animais pelo alto 
volume e risco de flebite.

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