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Emblemas Humanitários - CICV

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USO PROTETOR
QUEM TEM DIREITO A USAR OS EMBLEMAS? 
Em período de conflito armado
n os serviços sanitários e o pessoal religioso das forças armadas;
n o pessoal médico, as unidades e os meios de transporte sanitários 
das Sociedades Nacionais, quando se colocam à disposição dos ser-
viços sanitários das forças armadas, sujeito às leis e normas militares;
n com a autorização expressa do governo e sob seu controle, os hos-
pitais civis, todos os centros de saúde civis, as sociedades de ajuda 
voluntária e centros médicos e seu pessoal, bem como os meios 
de transporte de serviços sanitários civis designados para oferecer 
atendimento e transportar os feridos, enfermos e náufragos. 
Em período de paz
n o pessoal dos serviços sanitários e os religiosos das forças armadas;
n os centros de saúde e meios de transporte das Sociedades Nacio-
nais que funcionem como tais, com o consentimento das autori-
dades, em caso de conflito armado.
O CICV e a Federação Internacional estão autorizados a utilizar os 
emblemas a qualquer momento (em período de paz e de guerra) 
e sem nenhuma restrição.
Os três emblemas podem ser utilizados a título protetor
O Protocolo III estabelece que os serviços sanitários e o pessoal reli-
gioso das forças armadas de um Estado podem utilizar temporaria-
mente qualquer emblema reconhecido, sem prejuízo dos emblemas 
que já usam, se esta medida fortalecer a sua proteção.
O CICV, a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Ver-
melha e do Crescente Vermelho, assim como suas equipes devi-
damente autorizadas, manterão seus nomes e emblemas atuais. 
Contudo, poderão usar o cristal vermelho em circunstâncias ex-
cepcionais e para facilitar seu trabalho.
EMBLEMAS 
HUMANITÁRIOS 
Em 1859, o cidadão suíço Henry Dunant, em viagem de 
negócios na Itália, foi testemunha das consequências 
devastadoras da batalha de Solferino.
De volta a Genebra, Dunant publicou Lembrança de Solferino, um 
testemunho no qual propõe duas ideias destinadas a melhorar a 
ajuda às vítimas de guerra:
n fundar, em período de paz e em todos os países, sociedades de 
voluntários treinados para prestar assistência aos feridos em pe-
ríodo de guerra, e
n conseguir que os países concordassem em proteger os socorris-
tas e os feridos no campo de batalha.
A primeira proposta se materializou com a criação das Sociedades 
Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. Atualmen-
te, existem mais de 180 Sociedades Nacionais reconhecidas pelo 
Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Ver-
melho (o Movimento). A segunda proposta abriu o caminho para 
a elaboração das quatro Convenções de Genebra de 1949, hoje 
aceitas por todos os Estados.
A aprovação de um símbolo distintivo único, que conferisse prote-
ção jurídica aos serviços sanitários das forças armadas, aos socor-
ristas voluntários e às vítimas dos conflitos armados, era um dos 
principais objetivos do comitê de cinco membros que se reuniu 
em 17 de fevereiro de 1863 para analisar as propostas de Dunant. 
Mais adiante, o comitê daria origem ao Comitê Internacional da 
Cruz Vermelha (CICV). O símbolo ou emblema, como passou a ser 
chamado mais tarde, deveria ser simples, possível de ser identifi-
cado de longe, conhecido por todos e igualmente idêntico para 
amigos e inimigos.
Uma conferência diplomática ocorrida em Genebra em agosto de 
1864 aprovou a cruz vermelha sobre um fundo branco, as cores 
da bandeira suíça invertidas. No entanto, na guerra entre a Rússia 
e a Turquia, entre 1876 e 1878, o Império Otomano declarou que 
utilizaria o crescente vermelho, embora tenha concordado em 
respeitar o símbolo da cruz vermelha da parte adversária. A Pérsia 
também escolheu um símbolo diferente: o leão e o sol vermelhos. 
Ambos os emblemas foram reconhecidos em uma conferência 
diplomática ocorrida em 1929. Em 1980, a República Islâmica do 
Irã resolveu utilizar o crescente vermelho no lugar do leão e sol 
vermelhos.
Conforme o Direito Internacional, os emblemas da cruz verme-
lha e do crescente vermelho devem ser plenamente respeitados. 
Contudo, às vezes se considera que os emblemas tenham uma 
conotação cultural, religiosa ou política, o que põe em perigo 
a proteção que conferem às vítimas dos conflitos armados, aos 
serviços sanitários das forças armadas e aos colaboradores hu-
manitários.
Além disso, até pouco tempo atrás, as Sociedades Nacionais que 
não desejavam utilizar a cruz vermelha ou o crescente vermelho 
não podiam ser reconhecidas como membros de pleno direito 
no Movimento. Isto, por sua vez, impedia que o Movimento con-
seguisse a universalidade, um dos Princípios Fundamentais, e 
trazia a perspectiva de uma possível proliferação de emblemas.
Para resolver esses problemas, foi proposta a introdução de um 
emblema adicional que fosse aceitável para todos os Estados e 
Sociedades Nacionais. Essa ideia, firmemente apoiada pelo Mo-
vimento, tornou-se realidade em dezembro de 2005, quando 
uma conferência reconheceu o cristal vermelho como símbolo 
distintivo, ao lado da cruz vermelha e do crescente vermelho.
NO PROTOCOLO III
 
Reconhece-se um emblema adicional que:
n não tem nenhuma conotação de caráter religioso, cultural ou político;
n tem o mesmo status jurídico que a cruz vermelha e o crescente verme-
lho, e pode ser utilizado da mesma forma ou em condições iguais;
n	como a cruz vermelha e o crescente vermelho, os serviços sanitários das 
forças armadas podem utilizá-lo temporariamente em substituição aos 
emblemas que já usam, quando for necessário e para fortalecer sua pro-
teção;
n em circunstâncias excepcionais, pode ser utilizado para facilitar o 
trabalho do CICV, da Federação Internacional de Sociedades da Cruz 
Vermelha e do Crescente Vermelho (a Federação Internacional) e das 
Sociedades Nacionais.
O Protocolo oferece aos Estados e às Sociedades Nacionais maior 
flexibilidade no uso dos emblemas e permite que aquelas que não 
podem utilizar a cruz vermelha ou o crescente vermelho sejam in-
corporadas ao Movimento como membros de pleno direito, sem-
pre que reúnam as demais condições para tal reconhecimento. 
O CRISTAL VERMELHO
n não substitui a cruz vermelha nem o crescente vermelho;
n oferece mais possibilidades na escolha de emblemas;
n contribui para a universalidade do Movimento;
n fortalece o valor protetor dos emblemas;
n busca maior flexibilidade no uso dos emblemas;
n evita a proliferação de emblemas.
UM EMBLEMA 
ADICIONAL
Em 8 de dezembro de 2005, os Estados Parte nas Con-
venções de Genebra de 1949 aprovaram o Protocolo III 
adicional às Convenções de Genebra, no qual se estabele-
ce um símbolo adicional.
A TÍTULO PROTETOR
Nos conflitos armados, os emblemas de símbolo visível expressam 
a proteção que conferem as Convenções de Genebra e seus Pro-
tocolos Adicionais aos colaboradores humanitários, às unidades 
e aos meios de transporte sanitários. Nesses casos, os emblemas 
devem ser de tamanho grande e devem ser exibidos sem o acrés-
cimo de outras informações.
A TÍTULO INDICATIVO
Os emblemas indicam que uma pessoa ou um bem estão vincula-
dos ao Movimento. Nesses casos, os emblemas devem exibir infor-
mação adicional (por exemplo, o nome ou as iniciais da Sociedade 
Nacional). O tamanho deve ser pequeno e não podem ser coloca-
dos em braçadeiras nem sobre os telhados dos edifícios, a fim de 
evitar confusão com os emblemas utilizados a título protetor.
USO DOS 
EMBLEMAS 
IMITAÇÃO
A utilização de qualquer símbolo que, em virtude de sua forma 
e/ou cor, possa ser confundido com um dos emblemas.
USO INDEVIDO
A utilização de um símbolo distintivo em contravenção às nor-
mas relativas ao Direito Internacional Humanitário. A utilização 
de um emblema por pessoas ou entidades que não têm direito 
a fazê-lo (empresas comerciais, farmacêuticas, médicos particu-
lares, ONGs, pessoas físicas) ou para fins que não estão de acor-
do com os Princípios Fundamentais do Movimento.
PERFÍDIA
A utilização do emblema distintivo durante um conflito arma-
do para proteger os combatentes ou o equipamentode guerra 
com a intenção de enganar o adversário. O uso pérfido do em-
blema é considerado um crime de guerra quando for causa de 
morte ou lesões pessoais graves.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), é uma 
organização imparcial, neutra e independente cuja missão 
exclusivamente humanitária é proteger a vida e a dignidade das 
vítimas dos conflitos armados e outras situações de violência, e de 
prestar-lhes assistência. 
O CICV também se esforça para evitar o sofrimento mediante 
a promoção e o fortalecimento do direito e dos princípios 
humanitários universais.
Fundado em 1863, o CICV deu origem às Convenções de Genebra 
e ao Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente 
Vermelho. Dirige e coordena as atividades internacionais 
conduzidas pelo Movimento nos conflitos armados e em outras 
situações de violência.
A Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha 
e do Crescente Vermelho é a maior organização humanitária 
do mundo. É formada por mais de 180 Sociedades Nacionais e 
conta com o apoio de 100 milhões de voluntários e membros 
em escala mundial. As atividades da Federação Internacional 
e das Sociedades Nacionais que a formam se orientam no 
sentido de reduzir o impacto de tragédias e doenças por meio 
de atividades de socorro e desenvolvimento. O trabalho da 
organização é norteado por sete Princípios Fundamentais: 
humanidade, imparcialidade, neutralidade, independência, 
voluntariado, unidade e universalidade. Durante os próximos 
cinco anos, a Federação Internacional concentrará seus esforços 
coletivos em sua Agenda Global, visando a alcançar os Objetivos 
de Desenvolvimento do Milênio. 
USO INDICATIVO
QUEM TEM DIREITO A UTILIZAR OS EMBLEMAS?
Em período de conflito armado
n as Sociedades Nacionais,
n a Federação Internacional e
n o CICV
Em período de paz
n os organismos, pessoas e bens ligados a um dos componentes 
do Movimento: as Sociedades Nacionais, o CICV e a Federação 
Internacional;
n as ambulâncias e postos de primeiros socorros exclusivamente 
reservados para a assistência gratuita aos feridos e enfermos, 
como medida excepcional, conforme a legislação nacional e com 
expressa autorização da Sociedade Nacional.
Conforme a legislação nacional, as Sociedades Nacionais podem
utilizar um destes emblemas tanto no território nacional como 
no exterior.
As Sociedades Nacionais que decidam adotar o Cristal Vermelho
como seu símbolo de identificação poderão incorporar a ele um 
dos outros emblemas reconhecidos ou uma combinação destes 
emblemas. Também poderão incorporar, dentro do cristal ver-
melho, outro símbolo distintivo que tenha sido empregado efe-
tivamente e que tenha sido objeto de comunicacão aos outros 
Estados Parte das Convenções de Genebra e ao CICV antes da 
aprovação do Protocolo III.
USO ABUSIVO 
DOS EMBLEMAS 
Todo uso abusivo dos emblemas pode diminuir seu valor 
protetor e prejudicar a eficácia da ajuda humanitária.
A fim de garantir o respeito universal e a proteção dos emble-
mas, cada Estado Parte das Convenções de Genebra de 1949 tem 
a obrigação de aprovar leis nacionais com o objetivo de regula-
mentar o uso dos emblemas, além de evitar e punir o seu uso não 
autorizado, tanto em período de paz como de conflito armado. A 
prevenção e a repressão dos usos abusivos dos emblemas não 
podem ser obtidas unicamente mediante a adoção de medidas 
normativas e penais. As autoridades nacionais também devem 
se comprometer a informar a sociedade, as empresas e a comu-
nidade médica sobre o uso adequado dos emblemas. 
As Sociedades Nacionais também cooperam com as autoridades 
públicas para garantir o uso adequado dos emblemas.
O CICV publicou uma série de documentos nos quais descreve, 
com mais detalhe, o significado dos emblemas e as condições 
para a sua utilização. Além disso, o serviço de assessoria em Direi-
to Internacional Humanitário, oferecido pelo CICV, preparou uma 
detalhada lei modelo sobre o uso e a proteção dos emblemas. Os 
Estados são convidados a adotar este projeto de lei como base ou 
guia para elaborar suas respectivas leis nacionais. 
A Federação Internacional também presta apoio às Sociedades 
Nacionais no trabalho que realizam, a fim de proteger os emble-
mas e zelar pelo respeito dos mesmos.
MISSÃO
EMBLEMAS 
HUMANITÁRIOS 
MOVIMENTO INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA E DO CRESCENTE VERMELHO 
Federação Internacional de Sociedades 
da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho
08
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5.
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Comitê Internacional da Cruz Vermelha 
19, Avenue de la Paix
1202 Genebra, Suíça
Tel.: + 41 22 730 6001 Fax: + 41 22 733 2057
E-mail: shop.gva@icrc.org
www.cicr.org
17, Chemin des Crêts, Petit-Saconnex
1211 Genebra 19, Suíça
Tel.: + 4122 730 4222 Fax: + 41 22 733 0395
E-mail: secretariat@ifrc.org 
www.ifrc.org
Federação Internacional de Sociedades 
da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho
	EMBLEMAS HUMANITÁRIOS
	EMBLEMAS HUMANITÁRIOS
	Em 1859, o cidadão suíço Henry Dunant, em viagem de negócios na Itália, foi testemunha das consequências devastadoras da batalha de Solferino.
	UM EMBLEMA ADICIONAL
	Em 8 de dezembro de 2005, os Estados Parte nas Convençõesde Genebra de 1949 aprovaram o Protocolo III adicional às Convenções de Genebra, no qual se estabelece um símbolo adicional.
	NO PROTOCOLO III
	O CRISTAL VERMELHO
	USO DOS EMBLEMAS
	A TÍTULO PROTETOR
	A TÍTULO INDICATIVO
	USO PROTETOR
	USO INDICATIVO
	USO ABUSIVO DOS EMBLEMAS
	Todo uso abusivo dos emblemas pode diminuir seu valor protetor e prejudicar a eficácia da ajuda humanitária.
	IMITAÇÃO
	USO INDEVIDO
	PERFÍDIA
	MISSÃO

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