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TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICS)- EIXO :SISTEMA ORGÂNICOS INTEGRADOS TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO Cetoacidose Diabética Professor(a): Francílio Discente:Joice de Almondes Sousa Curso: Medicina Período: 5º Teresina, 12 de novembro de 2024 TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICS)- EIXO :SISTEMA ORGÂNICOS INTEGRADOS Qual o motivo do paciente com cetoacidose diabética apresentar hiperpotassemia? Como é o hálito destes pacientes? A cetoacidose diabética (CAD) é uma complicação aguda e potencialmente fatal do diabetes mellitus, caracterizada por hiperglicemia, acidose metabólica e cetonemia. Um dos aspectos intrigantes da CAD é a ocorrência frequente de hiperpotassemia, apesar do deplecionamento total de potássio corporal. A hiperglicemia severa na CAD resulta em um aumento do movimento osmótico de água das células para o espaço extracelular, levando ao deslocamento do potássio intracelular para o espaço extracelular. Adicionalmente, a acidose metabólica contribui para a hiperpotassemia, uma vez que, em um esforço para equilibrar o pH, os íons H⁺ entram nas células, empurrando os íons K⁺ para fora. Este quadro aparenta uma falsa elevação do potássio sérico, mas, na realidade, o organismo encontra-se em um estado de déficit de potássio. É fundamental que os profissionais de saúde compreendam esse mecanismo para evitar a administração inadequada de terapia hipocalêmica, que poderia agravar o quadro clínico desses pacientes (SMITH, 2022). O hálito de indivíduos com CAD é frequentemente descrito como "frutado" ou semelhante ao odor de acetona. Este fenômeno ocorre devido ao aumento da produção de corpos cetônicos, como acetona, acetoacetato e beta-hidroxibutirato, durante a lipólise induzida pela deficiência de insulina. A acetona, uma das cetonas voláteis produzidas, é eliminada em parte pelos pulmões, conferindo ao hálito o odor característico. Este sinal clínico pode ser um indicativo valioso para a identificação precoce da CAD, particularmente em ambientes onde a disponibilidade de testes laboratoriais é limitada. Contudo, a presença deste sintoma deve ser sempre associada a outros sinais e sintomas clínicos para o diagnóstico diferencial adequado e a instituição de terapia apropriada (JONES, 2023). Ambas as manifestações, a hiperpotassemia paradoxal e o odor cetônico do hálito, ilustram a complexidade da fisiopatologia da CAD e destacam a necessidade de uma abordagem cuidadosa e informada para o manejo desses pacientes. A compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes a esses sinais pode facilitar intervenções terapêuticas mais eficazes, minimizando o risco de complicações graves e melhorando os desfechos a longo prazo para os pacientes (WILLIAMS, 2021). RELAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA A cetoacidose diabética (CAD) é uma condição metabólica aguda que requer uma abordagem diagnóstica criteriosa, começando pela anamnese detalhada, progredindo pelo exame físico minucioso, complementando com exames laboratoriais e culminando no diagnóstico clínico. Durante a anamnese, é imperativo obter uma história clínica abrangente, incluindo a duração da diabetes, adesão a tratamentos prévios, controle glicêmico recente e histórico de infecções ou outros fatores precipitantes, como estresse ou traumas que possam ter desencadeado a CAD. Sintomas comuns relatados incluem poliúria, polidipsia, perda de peso não intencional, dor abdominal, náuseas, vômitos e, em casos mais graves, confusão mental. O exame físico deve focar na identificação de sinais de desidratação, como ressecamento das mucosas, turgor cutâneo diminuído e taquicardia. Além disso, deve-se observar o padrão respiratório do paciente, procurando por respiração de Kussmaul, um sinal característico da CAD, e detectar possíveis odores cetônicos no hálito. Os exames laboratoriais são essenciais para confirmar o diagnóstico e incluem, principalmente, a mensuração da glicemia capilar, que geralmente se apresenta elevada. No entanto, a característica diagnóstica da CAD é a presença de cetonúria ou cetonemia e acidose metabólica, evidenciada por bicarbonato sérico baixo (