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4 Contribuição da Neuropsicologia na Reabilitação de Pacientes de Acidente Vascular Cerebral (AVC) Catherine Silva da Cunha – catherinescpsi@gmail.com Neuropsicologia Dalmass Escola de Líderes / Faculdade de Tecnologia - GAP Macapá, AP, 09/11/2024 Resumo Esta pesquisa aborda a temática da contribuição e importância da neuropsicologia como uma ferramenta crucial em sua avaliação, intervenção e acompanhamento no processo de reabilitação de pacientes com quadro de acidente vascular cerebral (AVC). A escolha deste tema foi importante para aprofundar estratégias neuropsicológicas na avaliação e reabilitação cognitiva e emocional dos pacientes afetados e seus familiares. Afim de orientar esse estudo, a questão norteadora dessa problematização é: Como a neuropsicologia contribuir de forma efetiva para a reabilitação de pacientes que sofreram um AVC, considerando aspectos cognitivos e emocionais? É importante destacar as dificuldades que os profissionais enfrentam em sua prática, advinda falta de recurso, adesão e complexidade. Com isso, é relevante para a pesquisa, oferecer ferramentas para melhorar abordagem da neuropsicologia no contexto da teoria e da prática nas intervenções terapêuticas. Para embasar essa pesquisa, apresenta-se como objetivo geral: Identificar as contribuições da neuropsicologia na reabilitação de pacientes acometidas pelo AVC, com foco cognitivo e emocional. Para delinear a pesquisa busca-se aprofundar a temática de forma qualitativa, descritiva e exploratória por meios de artigos científicos, livros, dissertações em sites e bases de dados, como: Google Acadêmico, Scientific Electronic Library Online (SciELO). A pesquisa resulta-se em dizer que a reabilitação neuropsicológica importante na recuperação de pacientes que sofreram um acidente vascular cerebral (AVC), uma vez que déficits cognitivos e emocionais podem ocasionar lesões cerebrais afetando a memória, a linguagem, a atenção e as funções executivas e com isso avaliar estratégias terapêuticas capazes de melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Palavras-chave: Neuropsicologia; Acidente vascular cerebral, Reabilitação. Abstract This research addresses the contribution and importance of neuropsychology as a crucial tool in the in its assessment, intervention and follow-up in the rehabilitation process of stroke patients. The choice of this topic was important in order to deepen neuropsychological strategies in the assessment and rehabilitation of cognitive and emotional rehabilitation of affected patients and their families. In order to guide this study, the guiding question is: How can neuropsychology contribute effectively to the rehabilitation of patients rehabilitation of patients who have suffered a stroke, considering cognitive and emotional aspects? cognitive and emotional aspects? It is important to highlight the difficulties that professionals in their practice, due to a lack of resources, adherence and complexity. This Therefore, it is relevant to the research to offer tools to improve the approach to neuropsychology in the context of theory and practice in therapeutic interventions. In order to support this research, the general objective is: To identify the contributions of neuropsychology in the rehabilitation of patients affected by stroke, with a cognitive and emotional focus. In order to outline the research, the aim is to delve deeper into the subject in a qualitative, descriptive and the subject in a qualitative, descriptive and exploratory way using scientific articles, books and dissertations on websites and databases such as Google Scholar, Scientific Electronic Library Online (SciELO). The research results in saying that neuropsychological rehabilitation is important in patient recovery. Keywords: Neuropsychology; Cerebrovascular Accident, Rehabilitation 1 Introdução Esta pesquisa aborda a temática da contribuição e importância da neuropsicologia como uma ferramenta crucial em sua avaliação, intervenção e acompanhamento no processo de reabilitação de pacientes com quadro de acidente vascular cerebral (AVC), com objetivo de ressaltar os principais pontos da Neuropsicologia possibilitando conhecer sua contextualização e definição e importância na área da neurologia. Sua avaliação consiste em verificar mudanças quanto as funções cognitivas, emocionais e comportamentais e déficits específicos comprometidos ou não pelo AVC, com a intenção de compreender se a lesão cerebral traz algum prejuízo para o paciente pelo evento neurológico. A neuropsicologia mapeia estratégias de reabilitação frisando a área cognitiva, como a memória, linguagem, atenção. Nesse contexto, paciente acometidos pelo AVC, enfrentam alguns desafios como depressão ou mesmo dificuldades de adaptar a nova realidade, sendo necessário o apoio emocional e psicológico. O AVC é uma das principais causas de incapacidades ou mortes no mundo, pois ocasiona sequelas com impactos devastadores, causando déficits leves ou graves, dependendo da extensão e local da lesão. A escolha deste tema foi importante para aprofundar estratégias neuropsicológicas na avaliação e reabilitação cognitiva e emocional dos pacientes afetados e seus familiares. A neuropsicologia como uma área interdisciplinar, tem apresentado avanços na terapêutica e diagnostico ganhando reconhecimento em sua abrangência no contexto contemporâneo através de intervenções baseadas em qualidade de vida para esse pacientes pós-AVC, tornando o papel desse profissional cada dia mais relevante. Justifica-se o tema diante da alta prevalência de casos de AVCs bem como sequelas cognitivas e emocionais e os impactos na vida dos pacientes, mesmo diante dos avanços que tem contribuído para essa reabilitação. Então, promover e divulgar a neuropsicologia como um papel importante para intervenções direcionadas no cuidado e que podem ajudar na recuperação funcional e no ajuste emocional. Afim de orientar esse estudo, a questão norteadora dessa problematização é: Como a neuropsicologia contribuir de forma efetiva para a reabilitação de pacientes que sofreram um AVC, considerando aspectos cognitivos e emocionais? É importante destacar as dificuldades que os profissionais enfrentam em sua prática, advinda falta de recurso, adesão e complexidade. Com isso, é relevante para a pesquisa, oferecer ferramentas para melhorar abordagem da neuropsicologia no contexto da teoria e da prática nas intervenções terapêuticas. A hipótese central é que intervenções neuropsicológicas A hipótese confirma que, intervenções neuropsicológicas traz para os pacientes pós-AVC melhorias sistematizadas e individualizadas nas funções cognitivas e emocionais através de uma reabilitação eficaz, trazendo qualidade de vida. Para embasar essa pesquisa, apresenta-se como objetivo geral: Identificar as contribuições da neuropsicologia na reabilitação de pacientes acometidas pelo AVC, com foco cognitivo e emocional. A respeito dos objetivos específicos: Analisar como a neuropsicologia aborda a reabilitação diante das sequelas cognitivas e emocionais associadas ao AVC; Descrever as intervenções neuropsicológicas que devem ser utilizadas para a terapêutica desses pacientes pôs-AVC: Avaliar das intervenções neuropsicológicas na qualidade de vida e seu impacto nas funções cognitivas dos pacientes em reabilitação pós-AVC; Investigar a neuropsicologia e seus desafios e limitações na reabilitação. 2 Fundamentação Teorica da Neuropsicologia 2.1 Breve Contextualização Na Grécia Antiga, os filósofos pré-socráticos, foram os pioneiros associando o cérebro as funções mentais, como Alcmeão de Crotona, que propôs o cérebro como o centro do pensamento e da percepção e o coração centro das funções mentais. Em relação a Hipócrates (460-370 a.C.), considerado o "pai da medicina", explicava que o cérebro interpretava a consciência e que as lesões ocasionadas nele podiam afetar o comportamento humano em suas emoções e cognição. Na Idade Média, Platão (428-348 a.C) explicava em sua teoria de dualismo cartesiano associada ao pensamento deDescartes, que o corpo do homem era algo que durava muito tempo e que também pode ser mudado, enquanto a alma, durava eternamente e não podia sofrer mutação, marcando as funções psíquicas fundamentais. Aristóteles (384-322 a.C) explicava que atividade mental vinha do coração que era a sede das funções mentais. Após a era grega, Galeno (130-201 a.C), médico romano explicava em sua teoria que as estruturas do cérebro como os ventrículos eram a sede da mente e do corpo, combinando filosofia e medicina, o que revolucionou a neuropsicologia, fazendo críticas em sua abordagem ao pensamento de Aristóteles e seguindo os as teorias de Platão. Segundo Avicena (980-1037), estudioso árabe, sua teoria explicava a interação entre cérebro, mente e comportamento. René Descartes (1596-1650), na época do Renascimento e com avanço da anatomia e da fisiologia, em sua teoria o cérebro é o mediador das interações entre a mente e o corpo. Durante o século XIX, a neuropsicologia consolida como disciplina, através das contribuições de Franz Joseph Gall (1758-1828) com a teoria de fenologia a neurociência como o estudo das relações intelectual e motora ligada a áreas especificas do cérebro, as faculdades intelectuais e insanidades são inatas E Paul Broca (1824-1880), essas áreas especificas, corticais relacionadas com a linguagem, na sua teoria das localizações cerebrais. Em 1861, Broca descreve seu paciente M. Leborgne com distúrbios na fala ao descrever seu cérebro para as imagens motoras das palavras, ou seja, localizações cerebrais. E em 1870, surge a Neuropsicologia, converge teorias associacionista e das localizações. Conforme Bell (1774-1842), por meio da fisiologia é possível diferenciar nervos sensórios dos motores. Müller (1801-1858), explica a teoria das energias através dos nervos. Ao contrário das teorias localizacionistas, estão as ideias associacionistas, destacando Wernicke, Henry Charlton Bastian (1837-1915), Ludwig Lichteim (1845-1928), Jean Martin Charcot (1825-1893) e Joseph-Jules Dejerine (1849-1917) que defendem as teorias na forma de diagramas. E a respeito a contradição das duas teorias, estão a globalista com estudos de Théophile Alajouanine, que defende a iniciativa de pesquisa neuropsicológica afim de incorporar outras áreas, como psicologia e linguística. Para Hécaen e Albert (1978), essas áreas representam o estudo das funções que se relacionam mental e estrutural. Dessa forma, em 1904, Toulouse, Vaschide e Pieron, conduzem os processos psíquicos através de um exame rigoroso, abordado em seu livro “Técnicas de Psicologia Experimental”. A partir da década de 20, Luria (1902-1977), os processos mentais são indivisíveis e isolados das áreas do cérebro. Na concepção de Luria, “desde uma perspectiva da localização sistemática das funções, consideramos os processos corticais superiores como sistemas funcionais complexos dinamicamente localizados” (Luria, 1966, p. 468). A neuropsicologia desde o início do Séc. XX até aos dias de hoje apresenta-se com novas ideias e descobertas através de avanços da Psicologia e da Neurociências, seja pelo diagnostico – baterias e provas de função anátomo-cognitiva ou através de programas de intervenções em suas técnicas verbais, estimulação e reabilitação computadorizadas. 2.2 Definição De acordo com a obra Psicologia: Teoria e Pesquisa (2021) apresentam conceito e fundamentos da neuropsicologia: "A neuropsicologia representa uma ciência dedicada a estudar a expressão comportamental das disfunções cerebrais, embasada em princípios fundamentais acerca da cognição. Ela pode ser segmentada em módulos que incluem funções receptivas, memória e aprendizagem, processamento do pensamento e funções expressivas, todas relacionadas ao funcionamento cerebral e suas implicações no comportamento humano". No presente contexto, a Neuropsicologia é o campo de estudo entre duas grandes ciências: a psicologia e a neurologia, buscando atrelar um parâmetro entre o funcionamento cerebral e o comportamento, ou seja, ampliando o desenvolvimento dos recursos terapêuticos para uma melhor reabilitação neuropsicológica do paciente, que foi acometido por alguma doença, atuando assim nas funções mentais superiores (PAVAN et al., 2015). A neuropsicologia é uma ciência onde estuda uma área específica que aborda o comportamento humano e compreendendo como condições de doenças, lesões ou disfunções impactam em suas funções cerebrais e na estrutura psíquica, sua intersecção ocorreu entre duas vertentes, a ciências do comportamento e a Neurociências. No livro Neuropsicologia: Teoria e Prática, Fuentes et al. (2014), apresentam sobre os conceitos de neuropsicologia como ideia central: "A neuropsicologia é o estudo das relações entre o cérebro e o comportamento, englobando tanto os aspectos normais quanto os patológicos, com o objetivo de compreender como funções cognitivas, emocionais e comportamentais são mediadas por estruturas cerebrais específicas" (FUENTES et al., 2014). A neuropsicologia que divide entre duas vertentes, como: Neuropsicologia Experimental, focada em associar diferentes áreas do cérebro a funções como memoria, linguagem e percepção, e a Neuropsicologia Clínica, diagnostico, avaliação e reabilitação com condições neurológicas, através de acometimento do AVC, demências, lesões. No princípio, a neuropsicologia teve como objetivo principal dar resposta a questões relacionadas com a localização das lesões e do diagnóstico diferencial (Mendes, 2014), que conclui em sua origem a neuropsicologia afirmando no contexto da evidência da lesão cerebral, tendo na atualidade uma natural aceitação da sua extensão a todos os fenómenos que resultam em alterações do estado mental, avaliar alterações cerebrais através de déficits cognitivos e comportamentais, contribuir com estratégias de reabilitação promovendo a qualidade de vida dos pacientes. Embora os primórdios da neuropsicologia aplicada tenham sido em contexto neurocirúrgico, com Luria e seu trabalho com os feridos de guerra, atualmente esse contexto se mostra pouco explorado, caracterizando-se como uma especialidade ainda emergente na Psicologia (Stranjalis & Liouta, 2018). Portanto, o trabalho do neuropsicólogo visto como um campo atual e em ascensão, necessita de maiores discussões em diferentes literaturas. Em estudo realizado em um hospital na Espanha por Luna-Lario et al. (2014), discutiu-se que apesar do número de neuropsicólogos ter aumentado consideravelmente nos últimos anos, hoje a especialidade ainda não está integrada em todos serviços de neurologia e neurocirurgia e que a inserção do neuropsicólogo em serviços públicos de saúde ainda está em fase de desenvolvimento. O neuropsicólogo é convocado pela equipe médica responsável pela investigação diagnóstica, acompanhamento e tratamento do paciente, principalmente quando existe uma pergunta sobre o funcionamento cognitivo desse indivíduo (KERNKRAUT et al., 2017). Um dos pioneiros em estudar a Neuropsicologia no Brasil, foi Antônio Frederico Branco Lefèvre (1916-1981), na relação dos distúrbios de linguagem, se desenvolvendo na Neuropediatria, publicando obra de referência na área, como: Estudo Neuropsicológico da Afasia em Crianças, de 1976 e em 1980 a obra Estudo Neuropsicológico de uma Criança com Síndrome Convulsiva e Dificuldades no Aprendizado Escolar (Dislexia). Enquanto ciência, a neuropsicologia tem se desenvolvido ao longo do tempo através de estudos sobre técnicas possibilitando no exame de neuroimagem estruturas cerebrais. Se antes concentrava seu objetivo em conhecer a localização cerebral das funções cognitivas, atualmente, com o advento e avanço dos exames de neuroimagem in vivo que são: tomografia computadorizada (TC), Eletroencefalografia (EGG), ressonância magnética(RNM), a Tomografia por emissão de pósitrons (PET), a Tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT), e a Ressonância Magnética Funcional e seu olhar passa a ser ampliado, incluindo contribuições para o processo de diagnóstico, prognósticoe tratamento, conseguindo captar alterações neuropsicológicas sutis (Merlin, 2017). Ressalta-se que a neuropsicologia utiliza também como ferramentas alguns testes fundamentais para pacientes que sofreram AVC e intervenções das funções que foram prejudicadas. 2.3 Avaliação Neuropsicológica A avaliação neuropsicológica é um procedimento clinico e cientifico capaz de diagnosticar, identificar, quantificar e planejar intervenções explicando as alterações cognitivas, emocionais e de comportamento como raciocínio, cálculos, planeamento associadas a diagnósticos diferenciais, lesões cerebrais, transtornos, demências. de raciocínio, cálculo, abstração, planeamento, e seus diagnósticos diferenciais. Nos últimos anos, a avaliação neuropsicológica tem se beneficiado de avanços tecnológicos, como ferramentas digitais e técnicas de neuroimagem. Esses recursos complementam os métodos tradicionais, aumentando a precisão diagnóstica e a eficácia das intervenções (Psicologia: Teoria e Pesquisa, 2021). Além disso, a aplicação da avaliação neuropsicológica em diferentes contextos culturais tem expandido a compreensão das influências socioculturais sobre a cognição, destacando a necessidade de normas adaptadas (Wajman et al., 2014). Segundo Fuentes et al. (2014), "a avaliação neuropsicológica é uma ferramenta essencial para mapear déficits e potencialidades cognitivas, contribuindo para a formulação de estratégias terapêuticas personalizadas. De acordo com Malloy-Diniz et al. (2014), "permitem ao profissional compreender como diferentes áreas cerebrais estão relacionadas às manifestações clínicas do paciente." Através de testes neuropsicológicos afim de avaliar funções específicas, como memória, atenção, linguagem e habilidades visual e espaciais. Segundo De Toni, Romanelli, & De Salvo (2024), "a avaliação neuropsicológica não se limita a medir déficits, mas também explora as capacidades remanescentes do indivíduo, promovendo um enfoque mais holístico e funcional." No entanto, é muito importante que o profissional observe por meio da avaliação neuropsicológica, qual é o grau de comprometimento apresentado pelo indivíduo, dessa forma objetiva traçar quais os cuidados necessários e as possíveis estratégias de reabilitação, a fim de preservar as funções cerebrais não afetadas, e contribuir para o impedimento das futuras sequelas de origem permanente que o paciente possa apresentar (FUENTES et al., 2014). Para aprimorar essa avaliação neuropsicologia, é importante seguir três etapas importantes, como: Entrevista Clinica: Histórico pessoal médico e social do paciente focando em queixas cognitivas; Testes padronizados: Tarefas especificas; Análise integrativa: Resultados de entrevista e dos testes afins de indicar alguma alteração neurológica. É importante ressaltar que a pratica da avaliação neuropsicológica em paciente acometidos pelo AVC é fundamental para reabilitar esses pacientes. Estudos recentes, como os revisados por Kapczinski & Narvaez (2021), apontam que a integração da avaliação neuropsicológica com equipes interdisciplinares melhora significativamente os resultados terapêuticos e a qualidade de vida dos pacientes. A avaliação neuropsicológica é considerada hoje um procedimento fundamental, que visa investigar e esclarecer questões relacionadas ao funcionamento cognitivo, comportamental e emocional de pacientes (Malloy-Diniz et al., 2016). Atualmente essa investigação tem como principal foco avaliar os prejuízos cognitivos, emocionais, comportamentais e sociais gerados pelas doenças que afetam o Sistema Nervoso Central (SNC) de um indivíduo (Camargo et al., 2014). No entanto, é muito importante que o profissional observe por meio da avaliação neuropsicológica, qual é o grau de comprometimento apresentado pelo indivíduo, dessa forma objetiva traçar quais os cuidados necessários e as possíveis estratégias de reabilitação, a fim de preservar as funções cerebrais não afetadas, e contribuir para o impedimento das futuras sequelas de origem permanente que o paciente possa apresentar (FUENTES ET AL., 2014). Desse modo, a ciência neuropsicológica não deve apenas se ater a doença já instalada, mas procurar ampliar as mudanças em nível biopsicossocial do doente, pois o conjunto das práticas da reabilitação devem estar atreladas à recuperação das disfunções cognitivas lesionadas, da adaptação à nova realidade imposta pela doença, portanto, o comportamento do paciente também muda e sofre alteração durante o processo da recuperação que também pode acarretar sérios problemas psicológicos (CAMPOS, 2016). Sendo assim, a avaliação neuropsicológica permeia caminhos a serem percorridos através de novas formas de atuação e possíveis terapêuticas buscando aprimorar suas técnicas em possível resolução ao problema. 2.4 Acidente Vascular Cerebral (AVC) Em 1927, o termo Acidente Vascular Cerebral (AVC) foi, pela primeira vez, apresentado e em 1990, introduz-se o termo ataque cerebral em uma linguagem coloquial “para sublinhar a natureza aguda do AVC” (Pérez,2018, p. 13). O AVC é uma das principais causas de lesões, déficits cognitivos, motores e emocionais trazendo prejuízos a qualidade de vida das pessoas, podendo levar até a morte, ou seja, significa um déficit neurológico focal repentino, decorrente de uma lesão cerebral, em decorrência de um distúrbio vascular e não traumático. Com isso, a avaliação neuropsicológica em seu papel importante para o diagnóstico e terapêutica de comprometimento e de intervenções. Segundo Malloy-Diniz et al. (2014), "o impacto do AVC nas funções cognitivas varia de acordo com a localização e a extensão da lesão cerebral, exigindo uma avaliação personalizada para compreender as alterações de cada paciente. Conforme "Fuentes et al. (2014) destacam que "esses déficits podem interferir significativamente na autonomia funcional dos indivíduos, tornando a avaliação neuropsicológica crucial para identificar áreas preservadas e comprometidas." Dessa forma, incluem prejuízos em memória, atenção, linguagem e funções executivas. Estudos indicam que lesões lateralizadas e intervenção pós-AVC influenciam em sua gravidade, conforme De Toni, Romanelli, & De Salvo (2024) apontam que "lesões no hemisfério esquerdo tendem a causar déficits em linguagem e processamento lógico, enquanto lesões no hemisfério direito estão associadas a prejuízos em habilidades viso espaciais e emocionais." De acordo com Pavan et al. (2015, p. 833): Os AVCs, sejam isquêmicos ou hemorrágicos, tendem a acarretar sequelas transitórias ou permanentes, tais como de saúde neurológica geral – prejuízos da função motora (paresias e plegias), sensitiva (parestesias) e do estado da consciência (coma) –, além de alterações neuropsicológicas, que podem ser cognitivas, comunicativas e/ou emocionais. Déficits cognitivos pós-AVC são muito frequentes e podem ter grande impacto no indivíduo e em sua família. Aproximadamente 65% dos pacientes que sobrevivem a um AVC apresentam prejuízos cognitivos. A ocorrência de alterações cognitivas está fortemente relacionada à dificuldade de recuperação do paciente e de seu benefício com a reabilitação, assim como à ocorrência de um segundo episódio de AVC. (PAVAN et al.2015, p. 833) Outra classificação do AVCi é apresentada por Pérez (2018), subdividindo-o em: Lacunar, Trombótico e Embólico. O AVCi Lacunar (20% dos casos de AVC) pode ocorrer na artéria cerebral anterior, média e posterior, na artéria carótida, na artéria basilar, e na artéria vertebro basilar, sendo ocasionado por pequenos enfartes onde as artérias se ramificam em grandes vasos. O AVCi Trombótico é o tipo mais comum de AVC, representando 40% dos casos, e é causado por uma trombose cerebral, ou seja, o desenvolvimento de um coágulo de sangue (trombo) no interior das artérias cerebrais que resultam em uma isquemia ou infarto (Pérez, 2018). De acordo com Dantas et al. (2014), em sua publicação, os pacientes acometidos pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC), apresentam comprometimento cognitivo pelo menos até os três primeirosmeses logo após o acidente cerebral, e continuam apresentando os lapsos da memória, também três anos depois da sua ocorrência, levando a sérios problemas como o bradipsiquismo que é uma condição comum em pacientes com transtorno depressivo, estima-se que os 35% dos doentes no início do processo de reabilitação podem apresentar essa lentificação comprometendo a função sensório-motora, a percepção e a linguagem, limitando assim a relação ao âmbito biopsicossocial do doente. A doença cérebro vascular é a causa mais comum de morte no Brasil, superando a doença cardíaca e o câncer. De acordo com Brasil (2014): O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é uma das principais causas de morte e de sequelas no mundo e no Brasil. A doença cerebrovascular atinge 16 milhões de pessoas ao redor do globo a cada ano. Dessas, seis milhões morrem. Por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a adoção de medidas urgentes para a prevenção e tratamento da doença. [...]No Brasil, são registradas cerca de 68 mil mortes por AVC anualmente. Um número ligeiramente inferior ao registrado no ano anterior: 68,9 mil. A doença representa a primeira causa de morte e incapacidade no País, o que gera grande impacto econômico e social (BRASIL, 2014). Segundo o Ministério da Saúde (2019) O acidente vascular cerebral (AVC) pode ocorrer em todas as idades, incapacitando pessoas ainda em idade produtiva, promovendo a diminuição da força de trabalho e aumentando gastos previdenciários, a incidência em jovens e pessoas de meia idade tem crescido nas últimas décadas. Em pessoas com mais de 55 anos, a incidência aumenta a cada década de vida, com sequelas mais graves e maior taxa de mortalidade. Ainda de acordo com o Ministério da saúde, o AVC, ocupou o segundo lugar no ranking das principais causas de óbitos entre as brasileiras de todas as regiões e os brasileiros do Sul e Sudeste, com idades entre 30 a 69 anos, e tem a tendência a manter essa posição até 2030. 2.5 Reabilitação Neuropsicológica A reabilitação neuropsicológica é um processo que envolve uma abordagem terapêutica baseadas restaurar e melhorar déficits cognitivos, emocionais e comportamentais por lesões cerebrais adquiridas ou transtornos neurológicos, promovendo qualidade de vida dos pacientes. Este processo envolve a utilização de estratégias baseadas em evidências para melhorar o funcionamento cognitivo e promover a qualidade de vida dos pacientes. Segundo Fuentes et al. (2014), "a reabilitação neuropsicológica é fundamental para maximizar a funcionalidade do indivíduo, considerando não apenas os déficits identificados, mas também suas capacidades preservadas." Sendo assim, definida com o objetivo de apresentar um tratamento capaz de resgatar a autonomia desse paciente. O processo da reabilitação neuropsicológica é um dos fatores fundamentais durante o processo de reabilitar o indivíduo, a psicologia nesse contexto contribui também através das técnicas de reeducação, de treinamento, de psicoterapia. Torna-se fundamental a divulgação dessa área de conhecimento, que tem muito a ser explorada e ampliada para uma melhora do quadro clínico do doente em nível biopsicossocial (CRUZ et al., 2018). Ressalta-se que a reabilitação neuropsicológica necessita que seu trabalho envolva familiares, pacientes e terapia, proporcionando um trabalho em conjunto na recuperação de suas funções cognitivas, atingindo o bem estar em sua vida cotidiana. Segundo Kapczinski & Narvaez (2021), "a introdução de tecnologias inovadoras na reabilitação cognitiva tem possibilitado intervenções mais eficazes, especialmente em populações com comprometimentos severos." Nesse contexto, desafios limitam a reabilitação, como adesão ao tratamento neuropsicológico, com isso Fuentes et al. (2014) enfatizam que "o sucesso da reabilitação depende tanto da motivação do paciente quanto do suporte oferecido por sua rede de cuidado." 3 Metodologia Para delinear a pesquisa busca-se aprofundar a temática de forma qualitativa, descritiva e exploratória por meios de artigos científicos, livros, dissertações em sites e bases de dados, como: Google Acadêmico, Scientific Electronic Library Online (SciELO), descrevendo a contextualização e definição de neuropsicologia descrevendo características do acidente vascular cerebral (AVC), destacar o papel do neuropsicólogo e sua atuação com o paciente; abordar técnicas e programas capazes de reabilitar em diferentes autuações. Os descritores selecionados foram neuropsicologia, reabilitação, acidente vascular cerebral, neurociência, pacientes em sua atuação, instrumentos e técnicas e programas neuropsicológicos. Em relação ao objeto deve considerar a metodologia histórica, segundo Malloy-Diniz et al. (2014), "essa abordagem oferece uma visão dinâmica das mudanças ocorridas e como elas influenciam as práticas contemporâneas", aplicadas ao estudo da reabilitação em pacientes pós-AVC em sua teoria, pratica ou intervenções adaptando-se a novas descobertas e avanços tecnológicos e científicos. Fuentes et al. (2014) ressaltam que "os avanços iniciais, como a descoberta da localização das funções cerebrais, abriram caminho para a formulação de intervenções terapêuticas baseadas em déficits cognitivos específicos." Esses estudos feitos por Broca e Wernicke marcaram a união da neurologia e da psicologia dando origem a neuropsicologia moderna. Segundo Kapczinski & Narvaez (2021), "durante o século XX, a neuropsicologia passou a adotar modelos mais abrangentes, que consideravam a plasticidade cerebral e a interação entre fatores biológicos, psicológicos e sociais." Essa abordagem de reabilitação neuropsicológica foca em estratégias compensatórias para entender e tratar os déficits pós-AVC. De Toni, Romanelli, & De Salvo (2024) destacam que "a introdução de novas tecnologias tem transformado a abordagem da reabilitação, tornando-a mais precisa e personalizada, mas com base em uma história de desenvolvimento contínuo e interdisciplinar." Combinar métodos no entendimento da recuperação cerebral e eficácia. Podemos abordar a multidisciplinariedade, caracterizada por diferentes áreas no oferecimento de soluções complexas. De acordo com Wajman et al. (2014), "a multidisciplinaridade é essencial em campos como a neuropsicologia, onde diferentes especialidades contribuem para uma compreensão mais ampla dos fatores que influenciam os comportamentos e processos cognitivos." 4 Resultados A pesquisa resulta-se em dizer que a reabilitação neuropsicológica importante na recuperação de pacientes que sofreram um acidente vascular cerebral (AVC), uma vez que déficits cognitivos e emocionais podem ocasionar lesões cerebrais afetando a memória, a linguagem, a atenção e as funções executivas e com isso avaliar estratégias terapêuticas capazes de melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Nesse sentido, Malloy-Diniz (2016) defende a avaliação neuropsicológica como essencial na identificação dos déficits específicos causados pelo AVC e na investigação esclarecimento de questões relacionadas ao funcionamento cognitivo, comportamental emocional dos pacientes, o que permite guiar e refinar as intervenções necessárias a cada caso. Dessa forma, a avaliação neuropsicológica é importante para identificar áreas que foram prejudicadas e adotar intervenções de acordo com o nível de comprometimento das funções. Estudos mostram que a avaliação detalhada pode determinar o nível de comprometimento das funções cerebrais e ajudar na criação de estratégias terapêuticas mais eficazes, ajustadas às necessidades de cada paciente (Fuentes et al., 2014; De Toni, Romanelli, & De Salvo, 2024). Conforme Kapczinski & Narvaez (2021) conduz em sua pesquisa, a neuroimagem no uso de testes neuropsicológicos identificando déficits cognitivos no monitoramento desses pacientes o que visa facilitar adaptação diante das intervenções no tratamento favorecendo a reabilitação ativando ou compensando pós-AVC. Toni, Romanelli, & De Salvo (2024) destacam que a reabilitaçãoneuropsicológica deve ser personalizada, levando em conta o nível de comprometimento do paciente e suas preferências pessoais. As abordagens da reabilitação que podem ser de caráter restaurativa e compensatórias na recuperação das funções cerebrais por meio de repetição de exercícios, e compensatórias. As abordagens restaurativas têm como objetivo recuperar funções cerebrais danificadas por meio de exercícios específicos e repetitivos, e tem resultado em avanços promissores na fala e memória enquanto as abordagens compensatórias visam ensinar o paciente a utilizar estratégias alternativas para lidar com os déficits (Fuentes et al., 2014), em técnicas de organização e em treinamento com familiares. De acordo com a obra Psicologia: Teoria e Pesquisa (2021), tecnologias que são usadas na promoção de uma área especifica do cérebro, precisam envolver treinamento cognitivo computadorizado na eficácia da atenção e da memória nesses pacientes pós-AVC, que podem ser jogos da memória ou exercícios executados em computador, podendo ser realidade virtual capazes de desafiar funções cognitivas. Conforme mencionado ao longo da pesquisa que, novos avanços estão sendo adotados para os fins de reabilitação, estudos também apontam realidade virtual, neurofeedback e neuroplasticidade capazes de motivar os pacientes a aderirem o tratamento. A pesquisa de Malloy-Diniz et al. (2014) destaca que "a neuroplasticidade oferece uma base científica para muitas das abordagens de reabilitação que visam maximizar a recuperação, especialmente quando se utiliza um enfoque multidisciplinar." Enfatiza-se que a neuropsicologia moderna capaz de estimular a recuperação das funções cognitivas, mesmo que o AVC cause danos expressivos no cérebro reconhece a partir de treinamentos e adoção de métodos resultados importantes benéficos. Futuramente, aponta-se a necessidade da fusão de abordagens tradicionais e emergentes com inclusão de meios tecnológicos, descritos ao longo da pesquisa. Essa combinação entre terapias promete oferecer aos pacientes pós-AVC recursos capazes de transformar oportunidades de recuperação. 5 Considerações Finais Podemos concluir que a neuropsicologia tem se consolidado ao desempenhar um papel importante para a reabilitação de pacientes pós-AVC, em sua complexidade de sequelas cognitivas, emocionais e comportamentais através de tratamentos individualizados adotadas com a utilização de ferramentas tecnológicas. Embora a existência de desafios, a neuropsicologia apresenta como algo promissor com novas pesquisas e intervenções eficazes e personalizadas para cada situação do paciente, identificando déficits específicos. O AVC como abordado ao longo da pesquisa é uma condição de saúde pública onde suas informações devem ser atualizadas e revisadas para que novos pesquisadores possam aprimorar suas pesquisas no fortalecimento da teoria atendendo os objetivos estabelecidos e as práticas concernentes à temática. A avaliação neuropsicológica como tratamento personalizado melhorando a qualidade de vida dos pacientes, na prevenção de complicações e na parceria do paciente e da família, na atuação do neuropsicólogo. Apesar os significativos avanços, desafios ainda estão para serem vencidos na reabilitação neuropsicológica, pela falta de recursos e a necessidade de novas pesquisas aprimorando novas intervenções. No futuro, a neuropsicologia como os avanços que apresentam em tecnologia como novas abordagens, avaliações terapêuticas poderão oferecer novas oportunidades em reabilitação sendo elas personalizadas focando em neuroplasticidade atendendo cada paciente conforme sua demanda, e pesquisas em neurociências evoluindo para elucidar mecanismos cerebrais desenvolvendo novas terapias ainda mais precisas. A multidisciplinaridade uma abordagem que une diversas áreas como a neurologia, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, terapia ocupacional com a obtenção de sucesso depende de fatores emocionais e sociais com a intenção de motivar os pacientes para a adesão do tratamento e o suporte da família que é muito importante. Portanto, a reabilitação neuropsicológica que atua na recuperação das funções que foram prejudicadas, as também na capacidade de melhorar a qualidade de vida, trazendo para esse paciente, novas perspectivas nos resultados terapêuticos trazendo a compreensão do nível de complexidade do AVC tanto no contexto clinico e para o acadêmico. Outros estudos podem ser realizados como: Plasticidade cerebral induzida pela reabilitação, na recuperação das funções cognitivas, emocionais e comportamentais; Mecanismos neurobiológicos da recuperação, a neurogênese, a sinaptogênese e a reorganização neuronal e Papel das neurotrofinas e fatores de crescimento, promove a recuperação das funções e a plasticidade cerebral. Tecnologias Assistivas na Reabilitação, na robótica, realidade virtual e testes feitos com auxílio do computador. Fatores que Influenciam a Recuperação, idade, sexo, escolaridade, condições de saúde, moradia; Fatores psicológicos, como depressão, ansiedade para a recuperação. Integração da neuropsicologia com psicologia, neurologia, fisioterapia, fonoaudiologia. Modelo de atenção multidisciplinar, eficácia na reabilitação; Qualidade de Vida e Impacto Social, Participação social e Custo-efetividade Referências BRASIL. Acidente Vascular Cerebral (AVC): prevalência, impacto e prevenção. 2014. CAMARGO, C. H.; SANTOS, M. 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