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Intervenção Neuropsicopedagógicas: estímulos às possibilidades cognitivas Neuropsicopedgogo no espaço escolar. Edson Antônio Faculdade Facuminas Ltda, Brasil Rua Duque de Caxias, 366 - Centro Coronel Fabriciano - Minas Gerais CEP: 35170-009 E-mail: edson1970antonio@gmail.com março de 2024 Alta Floresta /MT RESUMO: Com a junção das neurociências, da psicologia e da pedagogia originou-se uma nova ciência transdisciplinar, a Neuropsicopedagogia, cujo objetivo é compreender as funções cerebrais para o processo de aprendizagem, com intuito na reabilitação e prevenção dos eventuais problemas detectados nos indivíduos. A neuropsicopedagogia é vista como um nuance da neurociência que tem grande importância para potencialização da aprendizagem. Este trabalho é um estudo de caso realizado através de estágio em um curso de neuropsicopedagogia com uma criança com Paralisia Cerebral a partir de intervenções neuropsicopedagógicas. O objetivo deste é analisar as emoções cognitivas no paciente e as possibilidades de desenvolvimento cognitivo considerando os conceitos da plasticidade cerebral. Palavras-chave: Neuropsicopdagogia; cérebro; plasticidade cerebral; diagnóstico de TDAH; Cotidiano Escolar. . INTRODUÇÃO: O presente artigo propõe uma discussão teórica que tem como base as pesquisas realizadas podem ser classificadas como qualitativa e de cunho bibliográfico, feita através do levantamento de referências teóricas já analisadas e publicadas por meio escritos e eletrônicos, buscando discutir sobre a importância da intervenção neuropsicopedagógica nas dificuldades de aprendizagem na educação básica. “A neuropsicopedagogia e a união da neuro ciências, psicologia e pedagogia originou-se uma nova ciência transdisciplinar, a neuropsicopedagogia que procura reunir e integrar os estudos do desenvolvimento, das estruturas, das funções e das disfunções do cérebro, ao mesmo tempo que estuda os processos psicocognitivos responsáveis pela aprendizagem e os processos psicopedagógicos responsáveis pelo ensino” (FONSECA, 2014, p.1). Segundo (Dalgalarrondo, 2008) É de particular interesse da neuropsicologia o estudo das funções cognitivas, porém ao abordar sua complexidade, torna-se necessário compreender, em primeiro lugar, o que é função. Os estudos pioneiros de Luria (1981) sobre os fundamentos da neuropsicologia como ciência fazem referência ao conceito de função, situando o termo no campo sistêmico, tendo em vista que função, quando se trata da análise do comportamento humano, não diz respeito exclusivamente à “função de um tecido” em particular, como afirmaram os primeiros estudos de localização das zonas corticais. “A neuropsicopedagogia é uma ciência que estuda o sistema nervoso e sua atuação no comportamento humano, tendo como enfoque a aprendizagem. Para isso, a Neuropsicopedagogia busca relações entre os estudos das neurociências com os conhecimentos da psicologia cognitiva e da pedagogia. Sendo assim, essa é uma ciência transdisciplinar que estuda a relação entre o funcionamento do sistema nervoso e a aprendizagem humana. Seu objetivo é promover a reintegração pessoal, social e educacional a partir da identificação, do diagnóstico, da reabilitação e da prevenção de dificuldades e distúrbios da aprendizagem. “O cérebro é sem dúvida o órgão mais importante, essencial para a vida humana. Esse minucioso “computador” fica situado na caixa craniana. É para o cérebro que são enviadas todas as informações que recebemos. “A plasticidade cerebral é a capacidade que o cérebro possui de se modificar de acordo com a necessidade, estímulo e ambiente. Esse fenômeno que por muito tempo foi considerado uma característica exclusiva do desenvolvimento cerebral na infância e adolescência, tem se mostrado uma capacidade notável que se estende ao longo de toda a vida. “O diagnóstico clínico do TDAH é atualmente o único meio pelo qual essa condição pode ser definitivamente identificada. Mesmo os métodos mais avançados, como ressonância magnética funcional, PET, SPECT, eletroencefalograma digital ou testes de substâncias específicas no sangue ou nos fios de cabelo, não são suficientes para determinar o TDAH por conta própria. Para diagnosticar com precisão esta condição, várias avaliações são necessárias, muitas vezes usando uma abordagem multidisciplinar (SAUVE, 2014). Neuropsicopedagogia seu objetivo: A Neuropsicopedagogia é uma ciência que estuda o sistema nervoso e sua atuação no comportamento humano, tendo como enfoque a aprendizagem. Para isso, a Neuropsicopedagogia busca relações entre os estudos das neurociências com os conhecimentos da psicologia cognitiva e da pedagogia. Sendo assim, essa é uma ciência transdisciplinar que estuda a relação entre o funcionamento do sistema nervoso e a aprendizagem humana. Seu objetivo é promover a reintegração pessoal, social e educacional a partir da identificação, do diagnóstico, da reabilitação e da prevenção de dificuldades e distúrbios da aprendizagem. Sobre as novas perspectivas educativas da Neuropsicopedagogia, os autores argumentam que a neuropsicopedagogia ajuda na motivação para o estudo por meio de estímulos e métodos personalizados para cada aluno. Isso valoriza os métodos e canais de aprendizagem, avaliação cognitiva, autonomia intelectual e emocional de cada aluno, à medida em que ele é estimulado através da curiosidade e criatividade. A conclusão dos pesquisadores é que a Neuropsicopedagogia é uma nova área no campo educacional “que requer o desconstruído para reconstruir, transformando o processo de aprendizagem dos alunos”. Ao entender o funcionamento do cérebro, a Neuropsicopedagogia pode identificar as causas subjacentes dos problemas de aprendizagem e desenvolver abordagens personalizadas para ajudar cada aluno a superar essas barreiras. Ela não apenas auxilia na identificação de dificuldades de aprendizagem, como dislexia e TDAH, mas também fornece ferramentas práticas para promover o desenvolvimento cognitivo e acadêmico de todos os alunos. Os transtornos do neurodesenvolvimento são um grupo de condições com início no período do desenvolvimento, em geral, antes de a criança ingressar na escola, sendo caracterizados como déficits de desenvolvimento que acarretam prejuízos no funcionamento pessoal, social, acadêmico ou profissional (APA, 2014, p. 31). Englobado nos transtornos do neurodesenvolvimento, o TDAH é caracterizado por um padrão persistente voltado à desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade, cujos sintomas devem estar presentes antes dos 12 anos e serem perceptíveis em pelo menos dois contextos diferenciados (APA, 2023). A desatenção podeser percebida pelo comportamento de negligenciar ou deixar passar detalhes na realização das atividades; dificuldade de manter o foco durante aulas, conversas ou leituras prolongadas; começar as tarefas, mas rapidamente perder o foco e facilmente perder o rumo; dificuldade em gerenciar tarefas sequenciais; dificuldade em manter materiais e objetos pessoais em ordem; trabalho desorganizado e desleixado; prejuízos no gerenciamento do tempo; dificuldade em cumprir prazo. A hiperatividade se mostra através de atividade motora excessiva ou inapropriada (batucar, remexer, entre outros), ou seja, dificuldade para permanecer parado durante muito tempo. TDAH: UM TRANSTORNO DO NEURODESENVOLVIMENTO QUE REQUER DIAGNÓSTICO CLÍNICO A impulsividade faz menção às ações precipitadas sem levar em consideração as consequências que tais ações podem acarretar, tais como meter-se nas conversas, em jogos ou atividades de outros; usar as coisas de outras pessoas sem pedir ou receber permissão. Para fins de diagnóstico, o Manual Estatístico de Transtorno Mentais (DSM-5 TR) descreve 5 (cinco) critérios: A, B, C, D e E. Critérios diagnósticos para TDAH conforme o DSM-5 TR (2023) Critérios e Sintomas A Um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento ou desenvolvimento, caracterizado por desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade, por pelo menos pelo menos 6 meses para um grau que é inconsistente com o nível de desenvolvimento e que impacta negativamente diretamente nas atividades sociais e acadêmicas/ocupacionais. Inclui-se 9 sintomas de desatenção e 9 de hiperatividade/ impulsividade, sendo que para fins de diagnóstico a criança deve ter ao menos 6 sintomas de desatenção e/ou hiperatividade ocorrendo de forma persistente B vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade estavam presentes antes da idade de 12 anos. C vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade estão presentes em dois ou mais ambientes (por exemplo, em casa, escola ou trabalho; com amigos ou parentes; em outras atividades). D há evidências claras de que os sintomas interferem ou reduzem a qualidade de funcionamento social, acadêmico ou ocupacional. E os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de esquizofrenia ou outro transtorno psicótico e não são mais bem explicados por outro transtorno mental (por exemplo, transtorno de humor, transtorno de ansiedade, transtorno dissociativo, transtorno de personalidade, intoxicação ou abstinência de substância). FONTE APA (2023) O indivíduo com TDAH poderá ser diagnosticado com a descrição de “apresentação combinada”, quando ele preencher o critério A, tanto de desatenção quanto de hiperatividade/impulsividade, “apresentação predominantemente desatenta”, quando somente preencher o critério A de desatenção ou “apresentação predominantemente hiperativa/impulsiva”, quando preencher somente o critério A voltado a estes itens. Durante o processo de avaliação clínica com hipótese de TDAH, o profissional leva em consideração os critérios diagnósticos apresentados no DSM-5 TR, o que faz com que profissionais da neuropsicopedagogia façam uso de uma avaliação abrangente, na qual visa coletar dados em ambientes diferenciados, envolvendo escalas, relatórios, interação com a escola, além de coleta da história de vida do paciente. O TDAH é frequente em parentes biológicos de primeiro grau com o transtorno (APA, 2014; POSNER; POLANCZYK; SONUGA-BARKE, 2020; DE FREITAS DE SOUZA et al, 2020), sendo que a herdabilidade é de aproximadamente 74% (APA, 2023). Além disso, existem fatores ambientais voltados a muito baixo peso ao nascer e grau de prematuridade, exposição pré-natal ao tabagismo, além de que uma minoria de casos pode estar relacionada a reações a aspectos da dieta. A exposição a neurotoxinas (por exemplo, chumbo), infecções (por exemplo, encefalite) e exposição ao álcool no útero também são fatores que podem originar o TDAH (APA, 2023). Dessa forma, podemos entender que o TDAH tem a sua origem em fatores genéticos; em fatores epigenéticos (quando um fator ambiental, gera uma mudança nos genes); e em diferentes fatores ambientais, tais como: uso de álcool, drogas, agrotóxicos, ingestão de antidepressivos na gravidez. Estes fatores ambientais apresentam maior probabilidade de ocorrerem entre a terceira e a sexta semana de gestação. Estudos de neuroimagens estruturais mostram que indivíduos com TDAH apresentam um amadurecimento cerebral mais lento em comparação com os que não apresentam o transtorno, e este atraso, que equivale a 3 anos, é mais expressivo nas regiões pré-frontais (Rohde et al., 2019), impactando diretamente o funcionamento adequado do controle inibitório, do planejamento e da memória de trabalho (funções executivas), além de impactar na regulação emocional, no controle do tempo ao lidar com tarefas longas, na organização e sequência de metas para fins de alcançar os objetivos, no controle de impulsos e da atenção sustentada (BARKLEY, 2020). A compreensão do funcionamento cerebral de indivíduos TDAH oportuniza o entendimento que a alteração na captação de neurotransmissores implica em prejuízos funcionais na vida acadêmica, social e emocional, portanto em alguns casos será necessário o uso de fármacos para regular a produção dos neurotransmissores envolvidos. Entretanto, Hodgson, Hutchinson e Denson (2014), em estudo de meta-análise, descrevem a eficácia de 7 tratamentos não farmacológicos: terapia de neurofeedback, tratamento psicossocial multimodal, programas escolares, treinamento de memória de trabalho, treinamento de pais e auto monitoramento. O CÉREBRO DE UM INDIVÍDUO COM TDAH Schmitz et al. (2011) alerta que os estudos voltados à neurobiologia do TDAH apontam para disfunções em estruturas cerebrais, nas quais o Córtex Pré-Frontal (CPF) e o cingulado dorso anterior, juntamente às conexões com o corpo estriado (núcleo caudado e putame) e o cerebelo trazem inúmeras informações acerca da fisiopatologia envolvida neste transtorno. Picon (2014) ressalta que os estudos de Ressonância Magnética Funcional e de Ressonância Magnética Estrutural permitiram comparar cérebros de indivíduos típicos com os de TDAH, detectando quais regiões cerebrais são mais ou menos ativadas diante da realização de determinada atividade, evidenciando que algumas amostras de indivíduos TDAH apresentam redução de volume em regiões relacionadas ao córtex pré-frontal, considerado o lóbulo associativo (COSENZA e GUERRA, 2011; HERCULANO-HOUZEL, 2010), por conta de sua conectividade com as demais regiões corticais. Além disso, Picon (2014) e Rohde et al. (2019) ressaltam que em pesquisas com Ressonância Magnética Estrutural (CASTELLANOS et al., 2002; DURSTON et al., 2004) se verificou que a maturação da espessura cortical em indivíduos que faziam parte do grupo de controle ocorria aos 7.5 anos de idade, no entanto em indivíduos TDAH este pico só foi alcançado aos 10.5 anos de idade. Portanto, este atraso de 3 anos compromete significativamente os processos cognitivos, às Funções Executivas (FEs), que são processos relacionados à memória operacional, ao controle inibitório, à flexibilidade cognitiva, ao planejamento. Além das mudanças morfológicas, também foram detectadas alterações químicas, sobretudo, nas áreas dopaminérgicas e noradrenérgicas (redução na produção de importantes neurotransmissores responsáveis pela atenção, memória, quietação, ânimo e prazer); mudanças funcionais no cerebelo (alterações motoras) e no hipocampo (onde ocorre a consolidação e evocação da memória). (FARAONE, et al 2015; DE FREITAS DE SOUZA, et al., 2020). Os neurotransmissores desempenham papéis fundamentais, poisestão intimamente ligados a processos cognitivos e executivos, além de estimularem respostas motoras, sendo que a dopamina e noradrenalina exercem funções importantes na atenção e concentração, além de funções cognitivas como motivação, interesse e aprendizado de tarefas (ANDRADE, VASCONCELOS, 2018). Indivíduos TDAH apresentam um hipofuncionamento na produção de dopamina, noradrenalina e, bem como evidenciam estudos mais recentes, em outros neurotransmissores, tal como na serotonina (PICON, 2014; ROHDE, 2019). A acetilcolina, opioides e glutamato também apresentam alterações em indivíduos TDAH e levam a prejuízos relacionados às funções executivas, memória operacional, regulação emocional e processamento de recompensas (ANDRADE, VASCONCELOS, 2018). Neuroplasticidade, também conhecida como plasticidade neuronal ou plasticidade cerebral. Refere-se à capacidade do sistema nervoso central de adaptar-se e moldar-se a novas situações. O sistema nervoso central é uma estrutura que está em constante mudança, da qual a neuroplasticidade é uma propriedade integral, e a consequência de cada entrada sensorial, ato motor, associação, sinal de recompensa, plano de ação ou consciência. Assim, a neuroplasticidade não é um estado ocasional, mas sim o estado normal e contínuo do sistema nervoso central ao longo da vida. Dessa forma, o sistema nervoso central é um sistema dinâmico, com possibilidades imensuráveis de adaptação, relativas às funções exigidas, às novas demandas ambientais, ou até mesmo, às limitações funcionais impostas por patologias, esta característica única faz com que os circuitos neuronais, que são coleções de neurônios agrupados em sistemas anatomicamente separados, sejam maleáveis, sendo a base da formação da memória e da aprendizagem. A aprendizagem de novas competências é feita inicialmente através do reforço das conexões preexistentes, resultantes do sistema neural geneticamente controlado e diferente entre indivíduos, esse reforço é possível por meio influências ambientais, entrada aferente e demanda eferente. O comportamento é a manifestação do funcionamento coordenado de todo o sistema nervoso. Desde que a via de saída responsável por manifestar o comportamento seja preservada (mesmo que vias alternativas precisem ser desvendadas ou facilitadas), mudanças na atividade numa rede neural distribuída podem ser capazes de estabelecer novos padrões de ativação cerebral e sustentar a função. Tipos de neuroplasticidade: Plasticidade sináptica, Plasticidade hebbiana (que permite o controlo dinâmico da passagem de informação através da correlação coordenada entre neurônios). Plasticidade homeostática (que promove a estabilidade dos circuitos neuronais). Plasticidade de circuitos/redes neuronais; A plasticidade de circuitos pode ser considerada, então, como a mudança na atividade e nas relações entre neurônios sincronizados em um circuito e a interligação que é feita com outros neurocircuitos; dois exemplos muito comuns são a plasticidade ao nível do córtex cerebral e a neurogénese. Plasticidade do córtex cerebral adulto; O córtex cerebral tem capacidade plástica, a qual é importante em situação de lesão ao permitir que a perda de aferências específicas (e.g., amputação) são compensadas. No caso dessa perda não ultrapassar os limites anatômicos requeridos para que neurônios vizinhos tenham a capacidade de "se mudar" e projetar novas ramificações para campos adjacentes. De maneira que, acorrerá uma substituição dos campos receptores de uma maneira reversível, assim a zona do córtex das imediações irá assumir a função deste. Instrumentos de Avaliação Neuropsicopedagógica. Para realizar o diagnóstico clínico, o Neuropsicopedagogo utiliza diversos recursos. Esses recursos se constituem num importante instrumento de linguagem e revelam dados sobre a nossa vida, que muitas vezes são segredos para nós mesmos. Com base nesses dados é elaborado o plano de intervenção. Os instrumentos de avaliação podem incluir diferentes modalidades de atividades e testes padronizados, utilizados de acordo com a habilitação profissional e da composição da equipe multidisciplinar da clínica de educação. Em geral, realiza-se uma análise do material escolar; questionários; atividades matemáticas, como resolução de cálculos, problemas, exercícios de lógica; escrita livre e dirigida, visando avaliar a grafia (qualidade da letra ou caligrafia); ortografia e produção textual; leitura (decodificação e compreensão); desenhos; jogos de construção, jogos simbólicos e com regras; testes psicomotrizes; interações grupais e usa-se também testes de neurofeedbacks. O processo que avaliação inclui numerosas atividades entrelaçadas e interdependentes entre si. Vamos iniciar pela anamnese. A palavra anamnese tem origem grega e significa – ana= trazer novamente – mnesis= memória. É uma entrevista que o profissional da área da saúde ou educação vai realizar com o responsável pelo aluno, em seu primeiro encontro, tentando relembrar fatos ocorridos. Os objetivos da anamnese são os seguintes: Saber qual a queixa dos pacientes para melhor direcionar o tratamento; Obter informações desde o período intrauterino para pesquisar possíveis causas da patologia atual; Levantar a hipótese diagnóstica (HD); Providenciar os encaminhamentos necessários para avaliações de outros especialistas. profissional da área da saúde ou educação vai realizar com o responsável pelo aluno, em seu primeiro encontro, tentando relembrar fatos ocorridos. As famílias vêm em busca do atendimento neuropsicopedagógico a partir de uma queixa voltada ao rendimento acadêmico da criança/adolescente, sendo que a entrevista de anamnese é a etapa inicial e fundamental no processo de atendimento clínico neuropsicopedagógico. A avaliação neuropsicopedagógica tem se caracterizado por suas diversas possibilidades de levantamento, análise e interpretação de fenômenos relacionados ao funcionamento do sistema nervoso e a aprendizagem humana, os quais oportunizam ao neuropsicopedagogo respaldar-se para a tomada de decisões e delineamento de intervenções. A próxima etapa engloba uma sessão lúdica, diretamente ao paciente, como forma de estabelecer vínculos, identificar fatores funcionais e disfuncionais de modo ecológico (jogos, diálogo e demais tarefas), além de informar ao paciente o direcionamento dos próximos encontros. As próximas 3 (três) ou 4 (quatro) sessões são pautadas em aplicações de testagens padronizadas, tarefas qualitativas e coleta de informações mediante aplicação de escalas junto a família ou escola. A realização destas etapas iniciais proporciona ao clínico realizar uma análise dos resultados, fazendo uso do raciocínio clínico para a elaboração dos resultados dos atendimentos através do RAN (Relatório de Avaliação Neuropsicopedagógico). Na entrega de devolutiva aos familiares, são explicitados os resultados obtidos e, em casos necessários, o paciente é encaminhado para avaliações com demais profissionais, bem como é proposta a família um plano de intervenção que poderá culminar em demais atendimentos com fins interventivos. a) sessão – Anamnese (esta pode ser elaborada de acordo com as características do trabalho de cada profissional e a queixa/contexto de cada atendimento); b) 3 a 4 sessões de 1h1/2 para avaliação. Pode ocorrer em até 3 vezes na semana, viabilizando a entrega rápida ao profissional de saúde solicitante ou escola, visando ao processo, se necessário, adequações pedagógicas; c) Uma sessão para devolutiva aos pais e responsáveis, sendo possível a entrega de laudo técnico para encaminhar aos profissionais de saúde para fechamento de diagnósticos embasados no trabalho em equipe multiprofissional; d) Contato com a escola para orientações acadêmicas, visando à melhoria da aprendizagem do aluno (SBNPp, 2017). Nesse sentido, é indispensávelque, durante o atendimento, você siga se um processo: 1. Criar um diálogo aberto e franco com o seu paciente; 2. Esteja disposto a ouvi-lo, deixe que o seu paciente conte tudo e não esconda nada! 3. Interrompa-o o mínimo possível; 4. Mostre se que está interessado não só na doença em si, isso é fundamental para um atendimento mais humano; 5. Seja profissional, tenha controle emocional, dignidade e a confiabilidade do sigilo das informações compartilhadas Etapas da anamnese? A anamnese é composta por alguns elementos indispensáveis, de acordo com o que se quer descobrir. Conheça alguns deles! 1. Identificação do paciente: Identifique seu paciente a partir de informações triviais, como: nome, idade e a data de nascimento, o peso, altura etc. 2. Queixa principal (QP): A Queixa Principal (QP) é o momento para perguntar ao paciente o motivo dele ter procurado ajuda, isso significa que o neuropsicopedagogo precisa extrair do paciente o motivo principal da sua presença no consultório. Usa-se a pergunta mais clássica: “como posso te ajudar?” ou “o que você está sentindo?”, além de poder personalizá-las de acordo com as suas necessidades. Registre as queixas do paciente, com as mesmas palavras utilizadas por ele, ou seja, nada de termos técnicos. Analisar o encerramento, nos casos específicos de dificuldades de aprendizagem transitórias; Partindo desse princípio, e da relevância do tema: “A Importância da Avaliação Neuropsicopedagógica”, ainda sob a visão de Luckesi (1999), “a avaliação é uma ferramenta da qual o ser humano não se livra. Ela faz parte de seu modo de agir, e por isso é necessário que seja usada da melhor forma possível”. Avaliar, segundo o autor é um ato amoroso e afetivo, onde o sujeito aprendente é o centro do processo. Antes de conhecer sobre as práticas avaliativas, faz -se necessário compreender sobre a abordagem Neuropsicopedagógica e como ela se comunica com o meio escolar. A saber, o Código de Ética Técnico Profissional da Neuropsicopedagogia, traz no seu Artigo 10º. A Neuropsicopedagogia é uma ciência transdisciplinar, fundamentada nos conhecimentos da Neurociência aplicada à educação, com interfaces da Psicologia e Pedagogia que tem como objeto formal de estudo a relação entre o funcionamento do sistema nervoso e a aprendizagem humana numa perspectiva de reintegração pessoal, social e escolar. (SBNPP, 2018ª). O processo de aprendizagem é imprescindível em qualquer etapa da vida e o sistema nervoso atua nas diferentes formas que o sujeito aprende. A Neuropsicopedagogia estuda como esse processo acontece a partir da compreensão dos aspectos neuronais. É uma ciência transdisciplinar que prima pela integração pessoal, social e educacional humana. A avaliação Neuropsicopedagógica ocorre em colaboração com o aluno, a família, a escola e outros profissionais que façam parte do acompanhamento do indivíduo. Segundo Coll; Marchesi; Palacios (2007), a avaliação irá fornecer informações importantes em relação às necessidades do indivíduo, bem como de seu contexto escolar, familiar e social, e ainda irá justificar se há ou não necessidade de introduzir mudanças na oferta educacional. Num primeiro contato na consulta inicial, a queixa vinda da família deve ser observada cuidadosamente, pois o motivo da procura de um especialista, muitas vezes não descreve apenas o “sintoma”, mas também dá pistas que indicam o caminho para o início de uma investigação. “A versão que os pais transmitem sobre a problemática e principalmente a forma de descrever o sintoma, dão-nos importantes chaves para nos aproximarmos do significado que a dificuldade de aprender tem na família” (FERNÁNDEZ, 1991, p. 144). Essa parceria é deveras importante para que haja uma melhor aproximação da realidade de quem se avalia. Tais aspectos estão intrinsecamente relacionados a uma boa coleta de dados referente à natureza da dificuldade apresentada pela família e uma sondagem e análise de informações acerca das características das partes já citadas (escolar, familiar e social). A avaliação não se reduz a uma atuação pontual e esporádica. Trata-se de uma continuidade de atuações inter-relacionadas, destinadas a pesquisar e compreender a dinâmica de ensinar a aprender. Fonte: elaborado pelas autoras com base em SBNPP (2017). artigo 66º ressalta que “[…] a escolha dos instrumentos ficará restrita àqueles abertos à Neuropsicopedagogia e validados na população brasileira, tendo seus resultados embasados cientificamente, pedagogicamente e clinicamente”. A nota técnica 02/2017 sugere como etapas do atendimento clínico avaliativo. Intervenções neuropsicopedagógicas As intervenções também podem ser uma fala/comentário ou um diálogo compreensivo, um assinalamento ⎯ quando o agente da interferência aponta um comportamento específico ou geral ⎯ ou uma interpretação ao identificar as possíveis causas para determinada ideia, comportamento ou emoções, mas sempre com a finalidade de revelar os padrões de relacionamento do sujeito com o mundo, consigo mesmo, com o conhecimento e a aprendizagem. O Neuropsicopedagogo trabalha no cerne cognitivo: A Intervenção neuropsicopedagógica, visa a solução dos problemas de aprendizagem; no desejo e na "vontade de aprender" melhorando e ampliando habilidades e talentos latentes. O atendimento e a avaliação objetivam identificar as dificuldades que estão prejudicando o aprendizado fluido, sem entraves, oferecendo ferramentas de auto superação cognitiva, intelectual e emocional, contribuindo com a crescente autoconfiança e motivação para o aprendizado. Sendo assim, o Neuropedagogo intermedia, ajuda, auxilia no despertamento da motivação da criança ou adolescente para o estudo, através de estímulos e metodologias apropriados e personalizados para cada indivíduo, respeitando seus modos e canais de aprendizagem e colaborando com a crescente autonomia cognitiva do neuroaprendiz. O exercício do pensar, refletir, atentar, memorizar, associar ideias, despertar a curiosidade, a criatividade e a inventividade, são focos permanentes do trabalho de um Neuropsicopedagogo. A Neuropsicopedagogia no campo clínico emprega como recurso principal à realização de entrevistas operativas dedicadas a expressão e a progressiva resolução da problemática individual e/ou grupal daqueles que a consultam. Neste segmento também destacamos sua atuação profissional em hospitais e clínicas. Para Sánchez (2004) existem vários tipos de intervenção: direta, quando planejada e específica; indireta, quando se aborda apenas um aspecto da não - aprendizagem para se atingir um ou mais aspectos; especializada, como no casos dos distúrbios de aprendizagem ou de dificuldades de aprendizagem generalizadas; formal, quando realizada em consultório ou informal, quando feita em uma conversa; intencional, em um processo de intervenção propriamente dito, quando se está diagnosticando; global, quando há um aspecto geral de funcionamento do aprendente a ser trabalhado como a atenção ou específica, como no caso de problemas de matemática; sistêmica, quando envolvem a escola ou parcial, quando se relacionam a uma disciplina do currículo. Em outras palavras, o neuropsicopedagogo deve sempre atuar dentro da especificidade de sua área, como afirma a Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia (SBNPP, 2016, p. 13), quando afirma que “o neuropsicopedagogo precisa ter cautela para não adentrar no espaço de atuação de outros profissionais. Isso pode ocorrer com maior facilidade no contexto clínico”. Quanto às intervenções do neuropsicopedagogo clínico, vale destacar que a sua avaliação deve ter por objetivo principal identificar no aprendente o seu desenvolvimento e a aprendizagem em relação a atenção e as funções executivas de expressão do comportamento, o aspecto da linguagem, a compreensão leitora,a memória dos processos de ensino e aprendizagem, a motivação intrínseca e extrínseca, as próprias estratégias de aprendizagem, o seu desenvolvimento neuromotor, as habilidades matemáticas, assim como as habilidades sociais de interação interpessoais. Diagnóstico Neuropsicopedagógico. É a investigação do processo de aprendizagem do indivíduo: seu modo de aprender, áreas de competência e limitações, habilidades. Tem como objetivo entender as origens das dificuldades e/ou distúrbio de aprendizagem apresentado. O Neuropsicopedagogo não busca um diagnóstico isolado. Ao contrário disso, complementa suas impressões e achados junto a outros profissionais, como o Neurologista, Psicólogo, Fonoaudiólogo, nutricionista; visando aprofundar tal investigação. Acompanhamento Neuropsicopedagógico O trabalho de acompanhamento Neuropsicopedagógico desencadeará novas necessidades, de modo a provocar o desejo de aprender e não somente uma "melhora no rendimento escolar". O foco do Neuropsicopedagogo não é o "aluno" como outrora comentou-se, mas sim o "indivíduo" o ser aprendente, em qualquer das dimensões em que ele se manifeste. Durante o acompanhamento são estabelecidos contatos periódicos ou um cronograma com o neuroaprendiz; os pais e a equipe escolar (coordenador e professores) com a finalidade de obter um melhor feedback dos avanços, melhoras e conquistas do neuroaprendiz, até que o Neuropsicopedagogo conclua que seu paciente reassumiu sua autonomia cognitiva, para conduzir seu caminho de conhecimentos. Devolutiva Familiar: A devolução familiar deve ser marcada por uma conversa tranquila e franca entre a pesquisadora e a mãe do paciente, onde foram explicados os métodos utilizados para análise do paciente e em seguida foram expostas as considerações a que se conseguiu obter durante o período em que se procederam as intervenções neuropsicopedagógicas. No momento serão apresentados os registros realizados pelo paciente no decorrer das intervenções. Receber relatos do responsável do paciente ao participar das intervenções e observar o avanço no seu entendimento em relação às brincadeiras e estímulos realizados em casa. ATUAÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA E A APRENDIZAGEM ESCOLAR: O trabalho do neuropsicopedagogo no espaço escolar torna-se cada vez mais relevante haja vista que sua formação está amparada nos conceitos da neurociência, o que assegura embasamento teórico diferenciado para lidar com as questões que envolvem o funcionamento das estruturas cerebrais, o que configura-se indispensável para o emprego de estratégias que corroborem para o desenvolvimento da criança nos aspectos relacionados à aprendizagem. De acordo com Russo (2015, p.15-16), as normativas da Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia, no artigo 29, estabelece que referente ao neuropsicopedagogo institucional, “fica delimitada sua atuação com atendimentos neuropsicopedagógicos exclusivamente em ambientes escolares e/ou instituições de atendimento coletivo”. Cabendo a este profissional a “observação, identificação e análise do ambiente escolar nas questões relacionadas ao desenvolvimento humano do aluno nas áreas motoras, cognitivas e comportamentais”. Ademais, as “neurociências possibilitam uma abordagem mais científica do processo ensino-aprendizagem, fundamentada na compreensão de processos cognitivos” (RUSSO, 2015, p. 19). Entre eles o raciocínio, a capacidade de tomar decisões, de comandar o corpo, e tantos outros em que se faz necessário formação específica para o entendimento de questões tão complexas relacionadas ao desempenho cognitivo e acadêmico das crianças. Ao conhecer as funções neurofuncionais de alunos com determinadas limitações, o neuropsicopedagogo torna-se primordial para o processo educacional ao empregar como recurso principal, entrevistas dedicadas a expressão e comportamentos em busca do diagnóstico educacional. Assim, será capaz de desenvolver um trabalho pertinente, proporcionando assim, um processo eficaz na aprendizagem dos alunos da Educação Básica. As atribuições do neuropsicopedagogo, em conhecer os distúrbios das aprendizagens e posteriormente os processos da aprendizagem humana, tem a função de identificar, diagnosticar e encaminhar a outros especialistas por meio de pareceres e laudos. Distúrbios esses, que podem estar relacionados a leitura, a escrita, a matemática, a situação problemas, a déficit visuais, motora, transtornos emocionais ou desenvolvimento intelectual. Com essas observações especificas pode-se endossar os recursos mediante a outros laudos de profissionais de saúde, a partir do quadro de sintomas existentes do aluno, e assim, trilhar o caminho para a solução do problema de aprendizagem dos mesmos. Conclusão: De acordo com a fundamentação teórica e a pesquisa bibliográfica realizada concluir-se que o neuropsicopedagogo, é um profissional que busca conhecimentos acerca dos transtornos, síndromes, patologias e distúrbios incluindo o TDAH. Esse profissional tem condições de identificar quais competências e habilidades que o TDAH possui e propor um auxílio da neuropsicopedagogia, que será acompanhada por familiares, professores, equipe pedagógica e demais que se fazem presentes na vida destes indivíduos. Quando um portador de TDAH cria uma rotina e desenvolvem hábitos os sintomas serão menores. Neuropsicopedagogia, neurociência e as capacidades da plasticidade cerebral são temas atuais que se relacionam com as pesquisas educacionais, uma vez que os estudos destas temáticas contribuem nas diversas áreas das ciências da educação. Processos de ensino e aprendizagem devem ser pesquisados e discutidos, pois os alunos são singulares entre si e seu tempo de desenvolvimento deve ser respeitado. No que tange a estimulação precoce, intervenções e discussões são válidas dentro do campo da educação especial a fim de promover e potencializar o desenvolvimento psicomotor e cognitivo das crianças. Por fim, abordagens de pesquisas correlacionando essas temáticas seriam de grande valia para o cenário científico acadêmico e trariam suporte aos profissionais no manejo com os alunos. Nessa perspectiva, a educação tem sofrido influências apontando caminhos cada vez mais atentos para os meios e recursos didáticos pedagógicos em que seja revisto o papel de todos os professionais envolvidos neste processo entre eles, o neuropsicopedagogo em seu trabalho de observação, identificação e análise para intervenção na aprendizagem, assim como também nos conteúdos formais do ensino e na organização curricular da escola. 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