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SLIDE 24 Advogada há mais de 14 anos. Especialista em Direito e Processo do Trabalho e em Mediação de Conflitos. Professora universitária desde 2014. Coordenadora do Núcleo de Prática Jurídica do Campus Gilberto Gil do Centro Universitário Estácio da Bahia. Professora da Múltipla Difusão do Conhecimento (curso preparatório). Mediadora Judicial e Extrajudicial de Conflitos. Facilitadora de Comunicação não-violenta (CNV). Instagram: @falecomgrazi. DISCIPLINA: ARA1052 - PROCESSO DO TRABALHO TEMA 01: TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO AULA 02: 2.2 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO SLIDE 25 JURISDIÇÃO ESTATAL Diz-se, comumente, que a jurisdição (juris dicere) é o poder que o Estado avocou para si de dizer o direito, de fazer justiça, em substituição aos particulares. Não cumprido espontaneamente o preceito legal, diante da proibição de autotutela, o Estado deve proporcionar instâncias aptas a promover a entrega do bem da vida ao seu legítimo titular. Tal mister é realizado por meio da jurisdição, pela qual o Estado, substituindo-se às partes, diz a norma aplicável ao caso concreto com o poder imperativo de impor o seu comando. FONTE: FERNANDA TARTUCE. MEDIAÇÃO NOS CONFLITOS CIVIS. 5. ED, ED. GRUPO GEN. 2019. P. 3-80. | LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383... WEB AULA 02 TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 26 JURISDIÇÃO ESTATAL JURISDICÃO COMUM Justiça Federal (arts. 106 a 110, CRFB/88) e as Justiças Estaduais ordinárias (arts. 125 e 126, CRFB/88) JURISDICÃO ESPECIAL Justiça do Trabalho (arts. 111 a 117, CRFB/88), pela Justiça Eleitoral (arts. 118 a 121, CRFB/88) e pela Justiça Militar (arts. 122 a 124, CRFB/88). WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 27 JURISDIÇÃO ESTATAL TRABALHISTA JURISDICÃO CONTENCIOSA Ações individuais (dissídios individuais) Ações coletivas (dissídios coletivos) Ações metaindividuais (que tenham como objeto direitos difusos) CONCEITO: visa à composição de litígios por meio de um processo autêntico, pois existe uma lide a ser resolvida, com a presença de partes e aplicação dos efeitos da revelia, sendo que a decisão fará coisa julgada formal e material. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 28 JURISDIÇÃO ESTATAL TRABALHISTA JURISDICÃO VOLUNTÁRIA Novidade inserida pela Reforma Trabalhista CONCEITO: visa à participação do Estado, como mero administrador de interesses privados, para dar validade a negócios jurídicos por meio de um procedimento judicial, pois não existe lide nem partes, mas apenas interessados, sendo que a decisão proferida fará, tão somente, coisa julgada formal. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 29 JURISDIÇÃO ESTATAL TRABALHISTA COMPETÊNCIA JURISDICÃO CONTENCIOSA X JURISDICÃO VOLUNTÁRIA Art. 652. Compete às Varas do Trabalho: a) conciliar e julgar: I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado; II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do contrato individual de trabalho; III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice; IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho; V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho; b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave; c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões; d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência; f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do Trabalho. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 30 JURISDIÇÃO TRABALHISTA x COMPETÊNCIA Jurisdição tem íntima relação com a competência. Tradicionalmente, fala-se que a competência é a medida da jurisdição de cada órgão judicial. É a competência que legitima o exercício do poder jurisdicional. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 31 COMPETÊNCIA TRABALHISTA ANTES DA EC N° 45/2004: Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho conciliar e julgar os dissídios individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta dos Municípios, do Distrito Federal, dos Estados e da União, e, na forma da lei, outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, bem como os litígios que tenham origem no cumprimento de suas próprias sentenças, inclusive coletivas. § 1° Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. § 2° Recusando-se qualquer das partes à negociação ou à arbitragem, é facultado aos respectivos sindicatos ajuizar dissídio coletivo, podendo a Justiça do Trabalho estabelecer normas e condições, respeitadas as disposições convencionais e legais mínimas de proteção ao trabalho. § 3° Compete ainda à Justiça do Trabalho executar, de ofício, as contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 32 COMPETÊNCIA TRABALHISTA DEPOIS DA EC N° 45/2004: Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102,1, o; VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 33 COMPETÊNCIA TRABALHISTA DEPOIS DA EC N° 45/2004: VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. § 1° Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. § 2° Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadasanteriormente. § 3° Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 34 COMPETÊNCIA TRABALHISTA MATERIAL COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA EM RAZÃO DA MATÉRIA A competência em razão da matéria no processo do trabalho é delimitada em virtude da natureza da relação jurídica material deduzida em juízo. Tem-se entendido que a determinação da competência material da Justiça do Trabalho é fixada em decorrência da causa de pedir e do pedido. Assim, se o autor da demanda aduz que a relação material entre ele e o réu é a regida pela CLT e formula pedidos de natureza trabalhista, só há um órgão do Poder Judiciário pátrio com competência para processar e julgar tal demanda: a Justiça do Trabalho. Por isso se diz que a Justiça do Trabalho é uma justiça especializada em causas trabalhistas. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 35 COMPETÊNCIA TRABALHISTA MATERIAL COMPETÊNCIA NORMATIVA A Justiça do Trabalho é o único ramo do Poder Judiciário que possui competência material para criar normas gerais e abstratas destinadas às categorias profissionais ou econômicas, desde que respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. Trata-se do chamado poder normativo, previsto no art. 114, § 2°, da CF, que é exercido por meio de sentença normativa (rectius, acórdão normativo) proferida nos autos de dissídio coletivo. O procedimento do dissídio coletivo encontra-se regulado na CF (art. 114, §§ 1°, 2° e 3°) e no Título X, Capítulo IV, da CLT. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 36 COMPETÊNCIA TRABALHISTA MATERIAL DANO MORAL OU PATRIMONIAL Por força da interpretação sistemática do art. 114 da CF, com nova redação dada pela EC n. 45/2004, foram transferidas para a Justiça do Trabalho as ações de indenização por dano moral ou patrimonial propostas por EMPREGADOS e OUTROS TRABALHADORES NÃO EMPREGADOS (eventuais, avulsos, autônomos, subordinados atípicos ou parassubordinados) em face dos respectivos tomadores de serviço, desde que não haja lei dispondo, expressamente, ser da Justiça Comum a competência para processá-las e julgá-las. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 37 COMPETÊNCIA TRABALHISTA MATERIAL COMPETÊNCIA MATERIAL EXECUTÓRIA Extrai-se, pois, implicitamente do art. 114 da CF que a Justiça do Trabalho decide e executa as suas próprias decisões, tanto as de natureza individual, quanto as de natureza coletiva, o que, como se sabe, não acontecia quando ela, em suas origens históricas, fazia parte do Poder Executivo. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 38 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA PESSOA Cabe, agora, indicar os critérios escolhidos pelo legislador, pois a competência em razão das pessoas é fixada em virtude da qualidade da parte que figura na relação jurídica processual. Problematizando: quem são as pessoas que podem demandar na Justiça do Trabalho? Para enfrentar tal questão, optamos por conceituar os trabalhadores tutelados pelo direito material do trabalho, ou seja, aqueles que são alcançados pela expressão “trabalhadores”, contida no art. 7-, caput, da CF. Em seguida, veremos quais as demais espécies de trabalhadores que também estão autorizados a demandar na Justiça Especializada. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 39 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA PESSOA TRABALHADORES QUE PODEM DEMANDAR NA JT A interpretação sistemática e teleológica dos incisos I e IX do art. 114 da CF autoriza-nos a dizer que as lides entre os trabalhadores subordinados típicos (empregados urbano e rural) e os tomadores de seus serviços (empregadores) são dirimidas pela Justiça do Trabalho. Já as lides entre os trabalhadores subordinados atípicos (doméstico, avulso, temporário, eventual) e tomadores de seus serviços somente serão da competência da Justiça do Trabalho: a) se houver permissão infraconstitucional em tal sentido; b) se não existir norma infraconstitucional específica prevendo a competência da Justiça Comum; c) ou, nessa última hipótese, se sobrevier lei deslocando a competência para a Justiça do Trabalho. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 40 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA PESSOA TRABALHADORES QUE PODEM DEMANDAR NA JT Empregados típicos (urbanos e rurais); Eventual; Avulso; Temporário; Terceirizado; Em âmbito residencial (LC 150/15); Servidor público CELETISTA; WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 41 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA PESSOA TRABALHADORES QUE PODEM DEMANDAR NA JT Autônomos; empreiteiro pessoa física; Corretores; Profissionais liberais em face dos tomadores de seus serviços (salvo se se tratar de ação oriunda da relação de consumo); Cooperados em face das cooperativas de trabalho; Servidores de cartórios extrajudiciais. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 42 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA FUNÇÃO A competência funcional (ou em razão da função) é fixada em virtude de certas atribuições especiais conferidas aos órgãos judiciais em determinados processos. A competência funcional pode ser vertical (hierárquica ou por graus), fixada com base no sistema hierarquizado de distribuição de competências entre os diversos órgãos judiciais, ou horizontal, atribuída aos órgãos judiciais do mesmo grau de jurisdição. As competências recursais são competências funcionais verticais, portanto o critério adotado é o hierárquico. Tomando-se por base os órgãos que compõem a Justiça do Trabalho, podemos dizer que há competência funcional das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 43 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA FUNÇÃO VARAS DO TRABALHO Art. 652. Compete às Varas do Trabalho: a) conciliar e julgar: I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado; II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do contrato individual de trabalho; III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice; IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho; V - as ações entre trabalhadores portuáriose os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho; b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave; c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões; d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência; f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do Trabalho. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 44 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA FUNÇÃO VARAS DO TRABALHO Art. 653 - Compete, ainda, às Juntas de Conciliação e Julgamento a) requisitar às autoridades competentes a realização das diligências necessárias ao esclarecimento dos feitos sob sua apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais requisições; b) realizar as diligências e praticar os atos processuais ordenados pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou pelo Tribunal Superior do Trabalho; c) julgar as suspeições arguidas contra os seus membros; d) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas; e) expedir precatórias e cumprir as que lhes forem deprecadas; f) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, quaisquer outras atribuições que decorram da sua jurisdição. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 45 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA FUNÇÃO TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO Art. 678 - Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete: I - ao Tribunal Pleno, especialmente: a) processar, conciliar e julgar originàriamente os dissídios coletivos; b) processar e julgar originàriamente: 1) as revisões de sentenças normativas; 2) a extensão das decisões proferidas em dissídios coletivos; 3) os mandados de segurança; 4) as impugnações à investidura de vogais e seus suplentes nas Juntas de Conciliação e Julgamento; WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 46 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA FUNÇÃO TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO c) processar e julgar em última instância: 1) os recursos das multas impostas pelas Turmas; 2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e Julgamento, dos juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, das Turmas e de seus próprios acórdãos; 3) os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas, os juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou entre aquêles e estas; d) julgar em única ou última instâncias: 1) os processos e os recursos de natureza administrativa atinentes aos seus serviços auxiliares e respectivos servidores; 2) as reclamações contra atos administrativos de seu presidente ou de qualquer de seus membros, assim como dos juízes de primeira instância e de seus funcionários. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 47 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA FUNÇÃO TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO II - às Turmas: a) julgar os recursos ordinários previstos no art. 895, alínea a ; b) julgar os agravos de petição e de instrumento, êstes de decisões denegatórias de recursos de sua alçada; c) impor multas e demais penalidades relativas e atos de sua competência jurisdicional, e julgar os recursos interpostos das decisões das Juntas dos juízes de direito que as impuserem. Parágrafo único. Das decisões das Turmas não caberá recurso para o Tribunal Pleno, exceto no caso do item I, alínea "c" , inciso 1, dêste artigo. . WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 48 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA FUNÇÃO TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO Art. 680. Compete, ainda, aos Tribunais Regionais, ou suas Turmas: a) determinar às Juntas e aos juízes de direito a realização dos atos processuais e diligências necessárias ao julgamento dos feitos sob sua apreciação; b) fiscalizar o comprimento de suas próprias decisões; c) declarar a nulidade dos atos praticados com infração de suas decisões; d) julgar as suspeições arguidas contra seus membros; e) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas; f) requisitar às autoridades competentes as diligências necessárias ao esclarecimento dos feitos sob apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais requisições; g) exercer, em geral, no interêsse da Justiça do Trabalho, as demais atribuições que decorram de sua Jurisdição. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 49 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA FUNÇÃO TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO Art. 680. Compete, ainda, aos Tribunais Regionais, ou suas Turmas: a) determinar às Juntas e aos juízes de direito a realização dos atos processuais e diligências necessárias ao julgamento dos feitos sob sua apreciação; b) fiscalizar o comprimento de suas próprias decisões; c) declarar a nulidade dos atos praticados com infração de suas decisões; d) julgar as suspeições arguidas contra seus membros; e) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas; f) requisitar às autoridades competentes as diligências necessárias ao esclarecimento dos feitos sob apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais requisições; g) exercer, em geral, no interêsse da Justiça do Trabalho, as demais atribuições que decorram de sua Jurisdição. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 50 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA FUNÇÃO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO A competência do TST está disciplinada no art. 702 da CLT, na Lei n. 7.701, de 21 de dezembro de 1988, e na Resolução Administrativa n. 1.937, de 20 de novembro de 2017, que instituiu o Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho - RITST. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 51 COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA RELATIVA COMPETÊNCIA ABSOLUTA As competências em razão da matéria, da pessoa e da função só permitem o exercício da jurisdição pelo juiz que estiver legalmente autorizado a exercê-la. Diz-se, portanto, que todas essas competências são de natureza absoluta, razão pela qual a sua inobservância contamina todos os atos praticados no processo. Não pode ser prorrogada e deve ser decretada ex officio pelo juiz em qualquer tempo e grau de jurisdição. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 52 COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA RELATIVA COMPETÊNCIA RELATIVA A competência em razão do território é de natureza relativa. Isso significa que um juiz do trabalho, territorialmente incompetente para a causa, pode tornar-se validamente competente para processá-la e julgá-la, desde que o réu não oponha exceção de incompetência. Dito de outro modo, a incompetência territorial pode ser convalidada se a parte a quem ela aproveita não manifestar oportunamenteo seu inconformismo, mediante exceção de incompetência, que é matéria de defesa. É vedado ao juiz declarar, de ofício, a incompetência relativa. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 53 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR (FORO) A competência em razão do lugar (ratione loci), também chamada de competência territorial, é determinada com base na circunscrição geográfica sobre a qual atua o órgão jurisdicional. Geralmente, a competência ratione loci é atribuída às Varas do Trabalho, que são os órgãos de primeira instância da Justiça do Trabalho. A competência territorial das Varas do Trabalho é determinada por lei federal. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 54 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR (FORO) Cumpre ressaltar, no entanto, que os Tribunais Regionais do Trabalho têm competência para processar e julgar as causas trabalhistas, originariamente (ex.: dissídio coletivo) ou em grau de recurso (ex.: recurso ordinário), dentro do espaço geográfico, normalmente correspondente a um Estado da Federação. Vale dizer, o TRT tem competência territorial limitada a determinada região, que, geralmente, coincide com a área de um Estado. Na mesma linha, o TST possui competência territorial para processar e julgar, originariamente, os dissídios coletivos que extrapolem a área geográfica de uma região (ou melhor, ultrapassem a área territorial sob a jurisdição de um Tribunal Regional do Trabalho) e, em grau recursal, as decisões dos TRTs nos dissídios individuais ou coletivos. Numa palavra, o TST possui competência ratione loci sobre todo o território brasileiro. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 55 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR (FORO) A competência territorial das Varas do Trabalho pode ser classificada: a) quanto ao local da prestação do serviço; b) quando se tratar de empregado agente ou viajante comercial; c) de empregado brasileiro que trabalhe no estrangeiro; ou d) de empresa que promova atividade fora do lugar da celebração do contrato. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 56 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR (FORO) LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. Marcelo Moura afirma que o juiz do trabalho “deverá temperar a aplicação da regra do art. 651, caput, da CLT, permitindo a propositura da ação no foro do domicílio do empregado, sempre que a regra do local da prestação de serviço impedir, ou tornar muito oneroso, o acesso à justiça”. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 57 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR (FORO) LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Caso o empregado tenha prestado serviços em diversos estabelecimentos da empresa e em locais diferentes do seu domicílio, a competência territorial da Vara do Trabalho deve ser fixada em razão do derradeiro lugar da prestação (execução) do serviço, e não de cada local dos estabelecimentos da empresa no qual tenha prestado serviços. Neste caso, pelas mesmas razões defendidas alhures, também pensamos que a competência territorial poderá ser a do foro do domicílio do empregado. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 58 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR (FORO) LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS No que tange ao empregado contratado no estrangeiro para prestar serviços no Brasil, a competência territorial também poderá ser, segundo pensamos, da Vara do Trabalho do local da prestação do serviço ou, se ele alegar e comprovar dificuldade de acesso à justiça, do seu domicílio. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 59 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR (FORO) AGENTE VIAJANTE OU COMERCIAL § 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. . WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 60 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR (FORO) EMPREGADO BRASILEIRO QUE TRABALHA NO ESTRANGEIRO § 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 61 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR (FORO) EMPREGADO BRASILEIRO QUE TRABALHA NO ESTRANGEIRO Pouco importa se a empresa é brasileira ou estrangeira, pois o critério específico adotado pelo art. 651, § 2°, da CLT diz respeito ao empregado brasileiro, nato ou naturalizado, que prestar serviços no estrangeiro e desde que não exista tratado internacional fixando outro critério de competência. Quanto à Vara do Trabalho competente para julgar a ação, alguns entendem que será a da sede ou filial da empresa no Brasil ou do local da contratação antes de o empregado ir para o exterior. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 62 COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR (FORO) EMPRESA QUE PROMOVE ATIVIDADE FORA DO LUGAR DA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO § 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 63 FORO DE ELEIÇÃO A CLT não menciona essa possibilidade e, majoritariamente, não entende-se ser possível a aplicação da regra de eleição do direito comum ao direito do trabalho. Existe uma tendência jurisprudencial do TST em não admitir o foro de eleição no âmbito das ações trabalhistas individuais (dissídios individuais simples ou plúrimos). WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 64 COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA RELATIVA MODIFICAÇÕESDE COMPETÊNCIA: PRORROGAÇÃO Art. 65, CPC/15: Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação. A prorrogação da competência territorial pode se dar por: • aceitação do autor, quando propõe a ação perante órgão judicial que ele já sabe (ou deveria saber) de antemão ser incompetente ratione loci; • aceitação do réu, quando deixa de opor, no prazo legal, a exceção declinatória do foro. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 65 COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA RELATIVA MODIFICAÇÕES DE COMPETÊNCIA: CONEXÃO Art. 55, CPC/15: Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido OU a causa de pedir. (conexão objetiva) Existe uma corrente que sustenta a interpretação extensiva deste artigo, fazendo incluir a conexão subjetiva também (identidade de partes). Neste caso, conexão ocorreria quando houvesse a coincidência ou de PARTES ou de pedidos ou causa de pedir; A CLT é omissa e , portanto, aplica-se a regra do art. 58 do CPC, na qual reconhece conexão como matéria de ordem pública, podendo ser reconhecida de ofício ou alegada pela parte (art. 337, VIII e §5°, CPC/15). WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 66 COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA RELATIVA MODIFICAÇÕES DE COMPETÊNCIA: CONEXÃO Art. 55, CPC/15: Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido OU a causa de pedir. § 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. Com efeito, se numa ação já existe sentença, não há razão para a reunião com outra ação, ainda que conexa, pois isso desaguaria em sérios transtornos, até mesmo para a segurança das decisões e eficiência da prestação jurisdicional, porquanto em tais casos haveria prejulgamento em relação à segunda ação que ainda aguarda a prolação da sentença. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 67 COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA RELATIVA MODIFICAÇÕES DE COMPETÊNCIA: CONTINÊNCIA Art. 56, CPC: Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes E à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. É uma espécie de “parente” próximo da conexão; O pedido menor está contido no outro maior; O pedido menor é distribuído sempre primeiro; A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento (simples protocolo da petição inicial). WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 68 COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA RELATIVA MODIFICAÇÕES DE COMPETÊNCIA: PREVENÇÃO E DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA A prevenção não é causa de modificação de competência, mas efeito da existência da conexão ou continência, uma vez que, nos termos do art. 58 do CPC: “A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente”. O protocolo da petição inicial é o ato que fixa a prevenção (CLT, art. 841). WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 69 CONFLITOS DE COMPETÊNCIA Conflito de competência, cognominado pela CLT de conflito de jurisdição, é um incidente processual que ocorre quando dois órgãos judiciais se proclamam competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito negativo) para processar e julgar determinado processo. De acordo com o Art. 803, CLT, os conflitos de jurisdição podem ocorrer entre: a) Juízos do Trabalho e Juízes de Direito investidos na jurisdição da Justiça do Trabalho; b) Tribunais Regionais do Trabalho; c) Juízos e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Ordinária. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 70 CONFLITOS DE COMPETÊNCIA Súmula nº 420 do TST: COMPETÊNCIA FUNCIONAL. CONFLITO NEGATIVO. TRT E VARA DO TRABALHO DE IDÊNTICA REGIÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 115 da SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005. Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. (ex-OJ nº 115 da SBDI-2 - DJ 11.08.2003). “Conflito de competência só pode ocorrer entre juízos com a mesma hierarquia, podendo ocorrer conflito entre juízos de hierarquia diferente apenas quando entre eles não houver vinculação”. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 71 CONFLITOS DE COMPETÊNCIA De acordo com o Art. 808, CLT, os conflitos de jurisdição de que trata o art. 803 serão resolvidos: a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Juízes do Trabalho e entre Juízos de Direito investidos na jurisdição trabalhista, ou entre umas e outras, nas respectivas regiões; b) pelo Tribunal Superior do Trabalho, os suscitados entre Tribunais Regionais, ou entre Juízes do Trabalho e Juízos de Direito sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais diferentes. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 72 CONFLITOS DE COMPETÊNCIA O processamento do conflito de competência na esfera trabalhista é regulado pelos arts. 809 e 810 da CLT. Recomenda-se, outrossim, a consulta aos Regimentos Internos dos Tribunais, pois neles pode haver normas específicas sobre o procedimento a ser observado nos conflitos de competência. WEB AULA 02 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 73 WEB AULA 02 INCOMPETÊNCIA RELATIVA PARTES EXCEPTO – quem suporta a exceção EXCIPIENTE – quem entra com a exceção FONTE: JOUBERTO DE QUADROS PESSOA CAVALCANTE E FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO, 2018, P. 130-150 | MAURO SCHIAVI. MANUAL DE DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO. SÃO PAULO, LTR, 2020. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 74 WEB AULA 02 INCOMPETÊNCIA RELATIVA A INCOMPETÊNCIA RELATIVA NÃO É MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA, VEZ QUE REPRESENTA O INTERESSE PARTICULAR DAS PARTES, MOTIVO PELO QUAL NÃO PODE SER DECLARADA EX OFFÍCIO FONTE: JOUBERTO DE QUADROS PESSOA CAVALCANTE E FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO, 2018, P. 130-150 | MAURO SCHIAVI. MANUAL DE DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO. SÃO PAULO, LTR, 2020. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 75 WEB AULA 02 INCOMPETÊNCIA RELATIVA A REFORMA TRABALHISTA, COM VISTAS À ECONOMIA PROCESSUAL, PARA QUE A PARTE RÉ NÃO PRECISASSE SE DESLOCAR ATÉ O JUÍZO QUE ALEGA SER INCOMPETENTE, CRIOU UM PROCEDIMENTO DIFERENCIADO. VEJAMOS: FONTE: JOUBERTO DE QUADROS PESSOA CAVALCANTE E FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO, 2018, P. 130-150 | MAURO SCHIAVI. MANUAL DE DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO. SÃO PAULO, LTR, 2020. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 76 WEB AULA 02 INCOMPETÊNCIA RELATIVA Art. 800, CLT: Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação, antesda audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo. § 1o Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção. § 2o Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias. § 3o Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este houver indicado como competente. § 4o Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo competente. FONTE: JOUBERTO DE QUADROS PESSOA CAVALCANTE E FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO, 2018, P. 130-150 | MAURO SCHIAVI. MANUAL DE DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO. SÃO PAULO, LTR, 2020. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 77 WEB AULA 02 INCOMPETÊNCIA RELATIVA ASSIM, ULTRAPASSADO O PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DA EXCEÇÃO SEM A DEVIDA ARGUIÇÃO, PRORROGA-SE A COMPETÊNCIA. Ou seja, o Juízo, antes incompetente, passa a ser competente. FONTE: JOUBERTO DE QUADROS PESSOA CAVALCANTE E FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO, 2018, P. 130-150 | MAURO SCHIAVI. MANUAL DE DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO. SÃO PAULO, LTR, 2020. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 78 WEB AULA 02 INCOMPETÊNCIA RELATIVA Natureza jurídica da decisão que acolhe ou afasta a incompetência relativa DECISÃO INTERLOCUTÓRIA FONTE: JOUBERTO DE QUADROS PESSOA CAVALCANTE E FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO, 2018, P. 130-150 | MAURO SCHIAVI. MANUAL DE DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO. SÃO PAULO, LTR, 2020. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 79 WEB AULA 02 INCOMPETÊNCIA RELATIVA FONTE: JOUBERTO DE QUADROS PESSOA CAVALCANTE E FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO, 2018, P. 130-150 | MAURO SCHIAVI. MANUAL DE DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO. SÃO PAULO, LTR, 2020. ARGUIDA A INCOMPETÊNCIA RELATIVA ACOLHIDA AUTOS ENCAMINHADOS PARA O JUÍZO COMPETENTE NÃO ACOLHIDA PROCESSO SEGUE O CURSO NORMAL TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO