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SLIDE 24
Advogada há mais de 14 anos. Especialista em 
Direito e Processo do Trabalho e em Mediação de 
Conflitos. Professora universitária desde 2014. 
Coordenadora do Núcleo de Prática Jurídica do 
Campus Gilberto Gil do Centro Universitário Estácio 
da Bahia. Professora da Múltipla Difusão do 
Conhecimento (curso preparatório). Mediadora 
Judicial e Extrajudicial de Conflitos. Facilitadora de 
Comunicação não-violenta (CNV). 
Instagram: @falecomgrazi.
DISCIPLINA:
ARA1052 - PROCESSO DO TRABALHO
TEMA 01: 
TEORIA GERAL DO PROCESSO DO 
TRABALHO
AULA 02: 
2.2 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
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JURISDIÇÃO ESTATAL
Diz-se, comumente, que a jurisdição (juris dicere) é o
poder que o Estado avocou para si de dizer o direito, de
fazer justiça, em substituição aos particulares.
Não cumprido espontaneamente o preceito legal, diante da proibição de
autotutela, o Estado deve proporcionar instâncias aptas a promover a
entrega do bem da vida ao seu legítimo titular. Tal mister é realizado por
meio da jurisdição, pela qual o Estado, substituindo-se às partes, diz a
norma aplicável ao caso concreto com o poder imperativo de impor o seu
comando.
FONTE: FERNANDA TARTUCE. MEDIAÇÃO NOS CONFLITOS CIVIS. 5. ED, ED. GRUPO GEN. 2019. P. 3-80. | LEITE, Carlos Henrique Bezerra. 
Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383...
WEB AULA 02 TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
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JURISDIÇÃO ESTATAL
JURISDICÃO COMUM
Justiça Federal (arts. 106 a 110, CRFB/88) 
e as Justiças Estaduais ordinárias (arts. 125 e 126, CRFB/88)
JURISDICÃO ESPECIAL
Justiça do Trabalho (arts. 111 a 117, CRFB/88), 
pela Justiça Eleitoral (arts. 118 a 121, CRFB/88) 
e pela Justiça Militar (arts. 122 a 124, CRFB/88).
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
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JURISDIÇÃO ESTATAL TRABALHISTA
JURISDICÃO CONTENCIOSA
Ações individuais (dissídios individuais)
Ações coletivas (dissídios coletivos)
Ações metaindividuais (que tenham como objeto direitos difusos)
CONCEITO: visa à composição de litígios por meio de um processo
autêntico, pois existe uma lide a ser resolvida, com a presença de partes e
aplicação dos efeitos da revelia, sendo que a decisão fará coisa julgada
formal e material.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
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JURISDIÇÃO ESTATAL TRABALHISTA
JURISDICÃO VOLUNTÁRIA 
Novidade inserida pela Reforma Trabalhista
CONCEITO: visa à participação do Estado, como mero administrador de
interesses privados, para dar validade a negócios jurídicos por meio de um
procedimento judicial, pois não existe lide nem partes, mas apenas
interessados, sendo que a decisão proferida fará, tão somente, coisa
julgada formal.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
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JURISDIÇÃO ESTATAL TRABALHISTA
COMPETÊNCIA
JURISDICÃO CONTENCIOSA X JURISDICÃO VOLUNTÁRIA 
Art. 652. Compete às Varas do Trabalho:
a) conciliar e julgar:
I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado;
II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do contrato
individual de trabalho;
III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice;
IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho;
V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra -
OGMO decorrentes da relação de trabalho;
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave;
c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões;
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência;
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da
Justiça do Trabalho.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
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JURISDIÇÃO TRABALHISTA x COMPETÊNCIA
Jurisdição tem íntima relação com a 
competência. 
Tradicionalmente, fala-se que a competência é 
a medida da jurisdição de cada órgão judicial. 
É a competência que legitima o exercício do 
poder jurisdicional.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
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COMPETÊNCIA TRABALHISTA
ANTES DA EC N° 45/2004:
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho conciliar e julgar os dissídios individuais e coletivos
entre trabalhadores e empregadores, abrangidos os entes de direito público externo e da
administração pública direta e indireta dos Municípios, do Distrito Federal, dos Estados e da
União, e, na forma da lei, outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, bem como
os litígios que tenham origem no cumprimento de suas próprias sentenças, inclusive coletivas.
§ 1° Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2° Recusando-se qualquer das partes à negociação ou à arbitragem, é facultado aos
respectivos sindicatos ajuizar dissídio coletivo, podendo a Justiça do Trabalho estabelecer
normas e condições, respeitadas as disposições convencionais e legais mínimas de proteção
ao trabalho.
§ 3° Compete ainda à Justiça do Trabalho executar, de ofício, as contribuições sociais
previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que
proferir.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
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COMPETÊNCIA TRABALHISTA
DEPOIS DA EC N° 45/2004:
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e
da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
II - as ações que envolvam exercício do direito de greve;
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores,
e entre sindicatos e empregadores;
IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado
envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto
no art. 102,1, o;
VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de
trabalho;
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 33
COMPETÊNCIA TRABALHISTA
DEPOIS DA EC N° 45/2004:
VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos
órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
§ 1° Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2° Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às
mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a
Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção
ao trabalho, bem como as convencionadasanteriormente.
§ 3° Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse
público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça
do Trabalho decidir o conflito.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
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COMPETÊNCIA TRABALHISTA MATERIAL
 COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA EM RAZÃO DA MATÉRIA
A competência em razão da matéria no processo do trabalho é delimitada
em virtude da natureza da relação jurídica material deduzida em juízo.
Tem-se entendido que a determinação da competência material da Justiça
do Trabalho é fixada em decorrência da causa de pedir e do pedido.
Assim, se o autor da demanda aduz que a relação material entre ele e o
réu é a regida pela CLT e formula pedidos de natureza trabalhista, só
há um órgão do Poder Judiciário pátrio com competência para processar e
julgar tal demanda: a Justiça do Trabalho. Por isso se diz que a Justiça do
Trabalho é uma justiça especializada em causas trabalhistas.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
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COMPETÊNCIA TRABALHISTA MATERIAL
 COMPETÊNCIA NORMATIVA
A Justiça do Trabalho é o único ramo do Poder Judiciário que possui
competência material para criar normas gerais e abstratas destinadas às
categorias profissionais ou econômicas, desde que respeitadas as
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as
convencionadas anteriormente. Trata-se do chamado poder normativo,
previsto no art. 114, § 2°, da CF, que é exercido por meio de sentença
normativa (rectius, acórdão normativo) proferida nos autos de dissídio
coletivo.
O procedimento do dissídio coletivo encontra-se regulado na CF (art. 114,
§§ 1°, 2° e 3°) e no Título X, Capítulo IV, da CLT.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
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COMPETÊNCIA TRABALHISTA MATERIAL
 DANO MORAL OU PATRIMONIAL
Por força da interpretação sistemática do art. 114 da CF, com nova redação
dada pela EC n. 45/2004, foram transferidas para a Justiça do Trabalho as
ações de indenização por dano moral ou patrimonial propostas por
EMPREGADOS e OUTROS TRABALHADORES NÃO EMPREGADOS
(eventuais, avulsos, autônomos, subordinados atípicos ou
parassubordinados) em face dos respectivos tomadores de serviço, desde
que não haja lei dispondo, expressamente, ser da Justiça Comum a
competência para processá-las e julgá-las.
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
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COMPETÊNCIA TRABALHISTA MATERIAL
 COMPETÊNCIA MATERIAL EXECUTÓRIA
Extrai-se, pois, implicitamente do art. 114 da CF que a Justiça do Trabalho
decide e executa as suas próprias decisões, tanto as de natureza individual,
quanto as de natureza coletiva, o que, como se sabe, não acontecia
quando ela, em suas origens históricas, fazia parte do Poder Executivo.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
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COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA PESSOA
Cabe, agora, indicar os critérios escolhidos pelo legislador, pois a
competência em razão das pessoas é fixada em virtude da qualidade da
parte que figura na relação jurídica processual.
Problematizando: quem são as pessoas que podem demandar na Justiça
do Trabalho?
Para enfrentar tal questão, optamos por conceituar os trabalhadores
tutelados pelo direito material do trabalho, ou seja, aqueles que são
alcançados pela expressão “trabalhadores”, contida no art. 7-, caput, da CF.
Em seguida, veremos quais as demais espécies de trabalhadores que
também estão autorizados a demandar na Justiça Especializada.
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
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COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA PESSOA
 TRABALHADORES QUE PODEM DEMANDAR NA JT
A interpretação sistemática e teleológica dos incisos I e IX do art. 114 da CF autoriza-nos a
dizer que as lides entre os trabalhadores subordinados típicos (empregados urbano e rural) e
os tomadores de seus serviços (empregadores) são dirimidas pela Justiça do Trabalho.
Já as lides entre os trabalhadores subordinados atípicos (doméstico, avulso, temporário,
eventual) e tomadores de seus serviços somente serão da competência da Justiça do
Trabalho:
a) se houver permissão infraconstitucional em tal sentido;
b) se não existir norma infraconstitucional específica prevendo a competência da Justiça
Comum;
c) ou, nessa última hipótese, se sobrevier lei deslocando a competência para a Justiça do
Trabalho.
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 40
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA PESSOA
 TRABALHADORES QUE PODEM DEMANDAR NA JT
 Empregados típicos (urbanos e rurais);
 Eventual;
 Avulso;
 Temporário;
 Terceirizado;
 Em âmbito residencial (LC 150/15);
 Servidor público CELETISTA;
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 41
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA PESSOA
 TRABALHADORES QUE PODEM DEMANDAR NA JT
 Autônomos;
 empreiteiro pessoa física;
 Corretores;
 Profissionais liberais em face dos tomadores de seus serviços (salvo se
se tratar de ação oriunda da relação de consumo);
 Cooperados em face das cooperativas de trabalho;
 Servidores de cartórios extrajudiciais.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 42
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA FUNÇÃO
A competência funcional (ou em razão da função) é fixada em virtude de certas
atribuições especiais conferidas aos órgãos judiciais em determinados
processos.
A competência funcional pode ser vertical (hierárquica ou por graus), fixada
com base no sistema hierarquizado de distribuição de competências entre os
diversos órgãos judiciais, ou horizontal, atribuída aos órgãos judiciais do
mesmo grau de jurisdição.
As competências recursais são competências funcionais verticais, portanto o
critério adotado é o hierárquico.
Tomando-se por base os órgãos que compõem a Justiça do Trabalho,
podemos dizer que há competência funcional das Varas do Trabalho,
dos Tribunais Regionais do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 43
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA FUNÇÃO
 VARAS DO TRABALHO
Art. 652. Compete às Varas do Trabalho:
a) conciliar e julgar:
I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado;
II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do contrato
individual de trabalho;
III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice;
IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho;
V - as ações entre trabalhadores portuáriose os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra -
OGMO decorrentes da relação de trabalho;
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave;
c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões;
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência;
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do Trabalho.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 44
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA FUNÇÃO
 VARAS DO TRABALHO
Art. 653 - Compete, ainda, às Juntas de Conciliação e Julgamento
a) requisitar às autoridades competentes a realização das diligências necessárias ao esclarecimento dos
feitos sob sua apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais requisições;
b) realizar as diligências e praticar os atos processuais ordenados pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou
pelo Tribunal Superior do Trabalho;
c) julgar as suspeições arguidas contra os seus membros;
d) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas;
e) expedir precatórias e cumprir as que lhes forem deprecadas;
f) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, quaisquer outras atribuições que decorram da sua
jurisdição.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 45
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA FUNÇÃO
 TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
Art. 678 - Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete:
I - ao Tribunal Pleno, especialmente:
a) processar, conciliar e julgar originàriamente os dissídios coletivos;
b) processar e julgar originàriamente:
1) as revisões de sentenças normativas;
2) a extensão das decisões proferidas em dissídios coletivos;
3) os mandados de segurança;
4) as impugnações à investidura de vogais e seus suplentes nas Juntas de Conciliação e
Julgamento;
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 46
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA FUNÇÃO
 TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
c) processar e julgar em última instância:
1) os recursos das multas impostas pelas Turmas;
2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e Julgamento, dos juízes de
direito investidos na jurisdição trabalhista, das Turmas e de seus próprios acórdãos;
3) os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas, os juízes de direito investidos na jurisdição
trabalhista, as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou entre aquêles e estas;
d) julgar em única ou última instâncias:
1) os processos e os recursos de natureza administrativa atinentes aos seus serviços
auxiliares e respectivos servidores;
2) as reclamações contra atos administrativos de seu presidente ou de qualquer de seus
membros, assim como dos juízes de primeira instância e de seus funcionários.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 47
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA FUNÇÃO
 TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
II - às Turmas:
a) julgar os recursos ordinários previstos no art. 895, alínea a ;
b) julgar os agravos de petição e de instrumento, êstes de decisões denegatórias de recursos
de sua alçada;
c) impor multas e demais penalidades relativas e atos de sua competência jurisdicional, e
julgar os recursos interpostos das decisões das Juntas dos juízes de direito que as
impuserem.
Parágrafo único. Das decisões das Turmas não caberá recurso para o Tribunal Pleno, exceto
no caso do item I, alínea "c" , inciso 1, dêste artigo. .
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 48
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA FUNÇÃO
 TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
Art. 680. Compete, ainda, aos Tribunais Regionais, ou suas Turmas:
a) determinar às Juntas e aos juízes de direito a realização dos atos processuais e diligências
necessárias ao julgamento dos feitos sob sua apreciação;
b) fiscalizar o comprimento de suas próprias decisões;
c) declarar a nulidade dos atos praticados com infração de suas decisões;
d) julgar as suspeições arguidas contra seus membros;
e) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas;
f) requisitar às autoridades competentes as diligências necessárias ao esclarecimento dos
feitos sob apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais requisições;
g) exercer, em geral, no interêsse da Justiça do Trabalho, as demais atribuições que decorram
de sua Jurisdição.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 49
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA FUNÇÃO
 TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
Art. 680. Compete, ainda, aos Tribunais Regionais, ou suas Turmas:
a) determinar às Juntas e aos juízes de direito a realização dos atos processuais e diligências
necessárias ao julgamento dos feitos sob sua apreciação;
b) fiscalizar o comprimento de suas próprias decisões;
c) declarar a nulidade dos atos praticados com infração de suas decisões;
d) julgar as suspeições arguidas contra seus membros;
e) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas;
f) requisitar às autoridades competentes as diligências necessárias ao esclarecimento dos
feitos sob apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais requisições;
g) exercer, em geral, no interêsse da Justiça do Trabalho, as demais atribuições que decorram
de sua Jurisdição.
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 50
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DA FUNÇÃO
 TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
A competência do TST está disciplinada no art. 702 da CLT, na
Lei n. 7.701, de 21 de dezembro de 1988, e na Resolução
Administrativa n. 1.937, de 20 de novembro de 2017, que
instituiu o Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho
- RITST.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 51
COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA RELATIVA
 COMPETÊNCIA ABSOLUTA
As competências em razão da matéria, da pessoa e da função só
permitem o exercício da jurisdição pelo juiz que estiver legalmente
autorizado a exercê-la. Diz-se, portanto, que todas essas
competências são de natureza absoluta, razão pela qual a sua
inobservância contamina todos os atos praticados no processo.
Não pode ser prorrogada e deve ser decretada ex officio pelo juiz
em qualquer tempo e grau de jurisdição.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 52
COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA RELATIVA
 COMPETÊNCIA RELATIVA
A competência em razão do território é de natureza relativa. Isso significa
que um juiz do trabalho, territorialmente incompetente para a causa, pode
tornar-se validamente competente para processá-la e julgá-la, desde que o
réu não oponha exceção de incompetência.
Dito de outro modo, a incompetência territorial pode ser convalidada se a
parte a quem ela aproveita não manifestar oportunamenteo seu
inconformismo, mediante exceção de incompetência, que é matéria de
defesa.
É vedado ao juiz declarar, de ofício, a incompetência relativa.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 53
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR
(FORO)
A competência em razão do lugar (ratione loci), também chamada de
competência territorial, é determinada com base na circunscrição
geográfica sobre a qual atua o órgão jurisdicional.
Geralmente, a competência ratione loci é atribuída às Varas do Trabalho,
que são os órgãos de primeira instância da Justiça do Trabalho.
A competência territorial das Varas do Trabalho é determinada por lei
federal.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 54
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR
(FORO)
Cumpre ressaltar, no entanto, que os Tribunais Regionais do Trabalho têm
competência para processar e julgar as causas trabalhistas, originariamente (ex.:
dissídio coletivo) ou em grau de recurso (ex.: recurso ordinário), dentro do espaço
geográfico, normalmente correspondente a um Estado da Federação. Vale dizer, o
TRT tem competência territorial limitada a determinada região, que, geralmente,
coincide com a área de um Estado.
Na mesma linha, o TST possui competência territorial para processar e julgar,
originariamente, os dissídios coletivos que extrapolem a área geográfica de uma
região (ou melhor, ultrapassem a área territorial sob a jurisdição de um Tribunal
Regional do Trabalho) e, em grau recursal, as decisões dos TRTs nos dissídios
individuais ou coletivos. Numa palavra, o TST possui competência ratione loci sobre
todo o território brasileiro.
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 55
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR
(FORO)
A competência territorial das Varas do Trabalho pode ser
classificada:
a) quanto ao local da prestação do serviço;
b) quando se tratar de empregado agente ou viajante
comercial;
c) de empregado brasileiro que trabalhe no estrangeiro; ou
d) de empresa que promova atividade fora do lugar da
celebração do contrato.
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
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DO TRABALHO
SLIDE 56
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR
(FORO)
 LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é
determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado,
prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro
local ou no estrangeiro.
Marcelo Moura afirma que o juiz do trabalho “deverá temperar a aplicação
da regra do art. 651, caput, da CLT, permitindo a propositura da ação no
foro do domicílio do empregado, sempre que a regra do local da prestação
de serviço impedir, ou tornar muito oneroso, o acesso à justiça”.
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
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SLIDE 57
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR
(FORO)
 LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Caso o empregado tenha prestado serviços em diversos estabelecimentos
da empresa e em locais diferentes do seu domicílio, a competência
territorial da Vara do Trabalho deve ser fixada em razão do derradeiro
lugar da prestação (execução) do serviço, e não de cada local dos
estabelecimentos da empresa no qual tenha prestado serviços.
Neste caso, pelas mesmas razões defendidas alhures, também pensamos
que a competência territorial poderá ser a do foro do domicílio do
empregado.
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
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DO TRABALHO
SLIDE 58
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR
(FORO)
 LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
No que tange ao empregado contratado no estrangeiro para
prestar serviços no Brasil, a competência territorial também
poderá ser, segundo pensamos, da Vara do Trabalho do local
da prestação do serviço ou, se ele alegar e comprovar
dificuldade de acesso à justiça, do seu domicílio.
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
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SLIDE 59
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR
(FORO)
 AGENTE VIAJANTE OU COMERCIAL
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a
competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha
agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta,
será competente a Junta da localização em que o empregado tenha
domicílio ou a localidade mais próxima.
.
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
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SLIDE 60
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR
(FORO)
 EMPREGADO BRASILEIRO QUE TRABALHA NO
ESTRANGEIRO
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida
neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção
internacional dispondo em contrário.
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
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SLIDE 61
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR
(FORO)
 EMPREGADO BRASILEIRO QUE TRABALHA NO
ESTRANGEIRO
Pouco importa se a empresa é brasileira ou estrangeira, pois o critério
específico adotado pelo art. 651, § 2°, da CLT diz respeito ao empregado
brasileiro, nato ou naturalizado, que prestar serviços no estrangeiro e desde
que não exista tratado internacional fixando outro critério de competência.
Quanto à Vara do Trabalho competente para julgar a ação, alguns
entendem que será a da sede ou filial da empresa no Brasil ou do local
da contratação antes de o empregado ir para o exterior.
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
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SLIDE 62
COMPETÊNCIA TRABALHISTA EM RAZÃO DO LUGAR
(FORO)
 EMPRESA QUE PROMOVE ATIVIDADE FORA DO LUGAR
DA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades
fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado
apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da
prestação dos respectivos serviços.
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
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SLIDE 63
FORO DE ELEIÇÃO
A CLT não menciona essa possibilidade e, majoritariamente,
não entende-se ser possível a aplicação da regra de eleição
do direito comum ao direito do trabalho.
Existe uma tendência jurisprudencial do TST em não admitir o
foro de eleição no âmbito das ações trabalhistas individuais
(dissídios individuais simples ou plúrimos).
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
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SLIDE 64
COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA RELATIVA
 MODIFICAÇÕESDE COMPETÊNCIA: PRORROGAÇÃO
Art. 65, CPC/15: Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar
a incompetência em preliminar de contestação.
A prorrogação da competência territorial pode se dar por:
• aceitação do autor, quando propõe a ação perante órgão judicial que ele
já sabe (ou deveria saber) de antemão ser incompetente ratione loci;
• aceitação do réu, quando deixa de opor, no prazo legal, a exceção
declinatória do foro.
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
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DO TRABALHO
SLIDE 65
COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA RELATIVA
 MODIFICAÇÕES DE COMPETÊNCIA: CONEXÃO
Art. 55, CPC/15: Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes
for comum o pedido OU a causa de pedir. (conexão objetiva)
 Existe uma corrente que sustenta a interpretação extensiva deste artigo,
fazendo incluir a conexão subjetiva também (identidade de partes). Neste
caso, conexão ocorreria quando houvesse a coincidência ou de PARTES ou
de pedidos ou causa de pedir;
 A CLT é omissa e , portanto, aplica-se a regra do art. 58 do CPC, na qual
reconhece conexão como matéria de ordem pública, podendo ser
reconhecida de ofício ou alegada pela parte (art. 337, VIII e §5°, CPC/15).
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
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DO TRABALHO
SLIDE 66
COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA RELATIVA
 MODIFICAÇÕES DE COMPETÊNCIA: CONEXÃO
Art. 55, CPC/15: Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes
for comum o pedido OU a causa de pedir.
§ 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta,
salvo se um deles já houver sido sentenciado.
 Com efeito, se numa ação já existe sentença, não há razão para a reunião com
outra ação, ainda que conexa, pois isso desaguaria em sérios transtornos, até
mesmo para a segurança das decisões e eficiência da prestação jurisdicional,
porquanto em tais casos haveria prejulgamento em relação à segunda ação que
ainda aguarda a prolação da sentença.
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
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SLIDE 67
COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA RELATIVA
 MODIFICAÇÕES DE COMPETÊNCIA: CONTINÊNCIA
Art. 56, CPC: Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando
houver identidade quanto às partes E à causa de pedir, mas o pedido de
uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
 É uma espécie de “parente” próximo da conexão;
 O pedido menor está contido no outro maior;
 O pedido menor é distribuído sempre primeiro;
 A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento
(simples protocolo da petição inicial).
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
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DO TRABALHO
SLIDE 68
COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA RELATIVA
 MODIFICAÇÕES DE COMPETÊNCIA: PREVENÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA
A prevenção não é causa de modificação de competência, mas efeito da
existência da conexão ou continência, uma vez que, nos termos do art. 58
do CPC: “A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo
prevento, onde serão decididas simultaneamente”.
O protocolo da petição inicial é o ato que fixa a prevenção (CLT, art. 841).
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 69
CONFLITOS DE COMPETÊNCIA
Conflito de competência, cognominado pela CLT de conflito de jurisdição, é
um incidente processual que ocorre quando dois órgãos judiciais se
proclamam competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito
negativo) para processar e julgar determinado processo.
De acordo com o Art. 803, CLT, os conflitos de jurisdição podem ocorrer
entre:
a) Juízos do Trabalho e Juízes de Direito investidos na jurisdição da
Justiça do Trabalho;
b) Tribunais Regionais do Trabalho;
c) Juízos e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Ordinária.
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
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DO TRABALHO
SLIDE 70
CONFLITOS DE COMPETÊNCIA
Súmula nº 420 do TST: COMPETÊNCIA FUNCIONAL. CONFLITO
NEGATIVO. TRT E VARA DO TRABALHO DE IDÊNTICA REGIÃO. NÃO
CONFIGURAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 115 da
SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005. Não se configura conflito
de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a
ele vinculada. (ex-OJ nº 115 da SBDI-2 - DJ 11.08.2003).
“Conflito de competência só pode ocorrer entre juízos com a mesma
hierarquia, podendo ocorrer conflito entre juízos de hierarquia diferente
apenas quando entre eles não houver vinculação”.
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FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 71
CONFLITOS DE COMPETÊNCIA
De acordo com o Art. 808, CLT, os conflitos de jurisdição de que trata o art.
803 serão resolvidos:
a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Juízes do Trabalho e
entre Juízos de Direito investidos na jurisdição trabalhista, ou entre umas e
outras, nas respectivas regiões;
b) pelo Tribunal Superior do Trabalho, os suscitados entre Tribunais
Regionais, ou entre Juízes do Trabalho e Juízos de Direito sujeitos à
jurisdição de Tribunais Regionais diferentes.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 72
CONFLITOS DE COMPETÊNCIA
O processamento do conflito de competência na esfera
trabalhista é regulado pelos arts. 809 e 810 da CLT.
Recomenda-se, outrossim, a consulta aos Regimentos
Internos dos Tribunais, pois neles pode haver normas
específicas sobre o procedimento a ser observado nos
conflitos de competência.
WEB AULA 02
FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 198-212 E 238-383.
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DO TRABALHO
SLIDE 73
WEB AULA 02
INCOMPETÊNCIA RELATIVA
PARTES
EXCEPTO – quem suporta a exceção
EXCIPIENTE – quem entra com a exceção
FONTE: JOUBERTO DE QUADROS PESSOA CAVALCANTE E FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO, 2018, P. 130-150 |
MAURO SCHIAVI. MANUAL DE DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO. SÃO PAULO, LTR, 2020.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 74
WEB AULA 02
INCOMPETÊNCIA RELATIVA
A INCOMPETÊNCIA RELATIVA NÃO É 
MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA, VEZ QUE 
REPRESENTA O INTERESSE PARTICULAR 
DAS PARTES, MOTIVO PELO QUAL NÃO 
PODE SER DECLARADA EX OFFÍCIO
FONTE: JOUBERTO DE QUADROS PESSOA CAVALCANTE E FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO, 2018, P. 130-150 |
MAURO SCHIAVI. MANUAL DE DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO. SÃO PAULO, LTR, 2020.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 75
WEB AULA 02
INCOMPETÊNCIA RELATIVA
A REFORMA TRABALHISTA, COM VISTAS À 
ECONOMIA PROCESSUAL, PARA QUE A PARTE 
RÉ NÃO PRECISASSE SE DESLOCAR ATÉ O 
JUÍZO QUE ALEGA SER INCOMPETENTE, CRIOU 
UM PROCEDIMENTO DIFERENCIADO. VEJAMOS:
FONTE: JOUBERTO DE QUADROS PESSOA CAVALCANTE E FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO, 2018, P. 130-150 |
MAURO SCHIAVI. MANUAL DE DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO. SÃO PAULO, LTR, 2020.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 76
WEB AULA 02
INCOMPETÊNCIA RELATIVA
Art. 800, CLT: Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias
a contar da notificação, antesda audiência e em peça que sinalize a existência desta
exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo.
§ 1o Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a
que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção.
§ 2o Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se
existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias.
§ 3o Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência,
garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta
precatória, no juízo que este houver indicado como competente.
§ 4o Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso,
com a designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual
perante o juízo competente.
FONTE: JOUBERTO DE QUADROS PESSOA CAVALCANTE E FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO, 2018, P. 130-150 |
MAURO SCHIAVI. MANUAL DE DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO. SÃO PAULO, LTR, 2020.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
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SLIDE 77
WEB AULA 02
INCOMPETÊNCIA RELATIVA
ASSIM, ULTRAPASSADO O PRAZO PARA
APRESENTAÇÃO DA EXCEÇÃO SEM A DEVIDA
ARGUIÇÃO, PRORROGA-SE A COMPETÊNCIA.
Ou seja, o Juízo, antes incompetente, passa a ser
competente.
FONTE: JOUBERTO DE QUADROS PESSOA CAVALCANTE E FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO, 2018, P. 130-150 |
MAURO SCHIAVI. MANUAL DE DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO. SÃO PAULO, LTR, 2020.
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO
SLIDE 78
WEB AULA 02
INCOMPETÊNCIA RELATIVA
Natureza jurídica da decisão que acolhe ou afasta 
a incompetência relativa
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
FONTE: JOUBERTO DE QUADROS PESSOA CAVALCANTE E FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO, 2018, P. 130-150 |
MAURO SCHIAVI. MANUAL DE DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO. SÃO PAULO, LTR, 2020.
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DO TRABALHO
SLIDE 79
WEB AULA 02
INCOMPETÊNCIA RELATIVA
FONTE: JOUBERTO DE QUADROS PESSOA CAVALCANTE E FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO, 2018, P. 130-150 |
MAURO SCHIAVI. MANUAL DE DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO. SÃO PAULO, LTR, 2020.
ARGUIDA A 
INCOMPETÊNCIA 
RELATIVA
ACOLHIDA
AUTOS 
ENCAMINHADOS 
PARA O JUÍZO 
COMPETENTE
NÃO ACOLHIDA
PROCESSO SEGUE O 
CURSO NORMAL
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
DO TRABALHO

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