Prévia do material em texto
SLIDE 80 Advogada há mais de 14 anos. Especialista em Direito e Processo do Trabalho e em Mediação de Conflitos. Professora universitária desde 2014. Coordenadora do Núcleo de Prática Jurídica do Campus Gilberto Gil do Centro Universitário Estácio da Bahia. Professora da Múltipla Difusão do Conhecimento (curso preparatório). Mediadora Judicial e Extrajudicial de Conflitos. Facilitadora de Comunicação não-violenta (CNV). Instagram: @falecomgrazi. DISCIPLINA: ARA1052 - PROCESSO DO TRABALHO TEMA 01: TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO AULA 03: 3.3 PARTES E TERCEIROS SLIDE 81 SUJEITOS DO PROCESSO E SUJEITOS DA LIDE FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 503-554. WEB AULA 03 SUJEITOS DO PROCESSO SUJEITOS DA LIDE AUXILIARES DA JUSTIÇA: PERMANENTES: distribuidor, secretário de audiência, oficial de justiça) EVENTUAIS: peritos, tradutores, intérpretes e outros; OUTROS: advogados, MPT AUTOR (PARTE) RÉU (PARTE) JUÍZ TERCEIROS INTERVENIENTES PARCIALIDADE X IMPARCIALIDADE TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 82 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 503-554. WEB AULA 03 LITISCONSÓRCIO É possível, no entanto, que haja pluralidade de pessoas no polo ativo ou no polo passivo da relação processual, ou em ambos. Dá-se, em tais situações, o fenômeno do litisconsórcio, que é a cumulação de lides que se ligam no plano subjetivo. OJ Nº 310 SDI-I, TST: LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º, DO CPC DE 2015. ART. 191 DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016. Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 83 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 503-554. WEB AULA 03 LITISCONSÓRCIO 1. ATIVO, PASSIVO E MISTO 2. INICIAL OU ULTERIOR 3. FACULTATIVO E NECESSÁRIO TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 84 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 503-554. WEB AULA 03 CAPACIDADE DE SER PARTE, CAPACIDADE PROCESSUAL E CAPACIDADE POSTULATÓRIA 1. CAPACIDADE DE SER PARTE: todo ser humano tem capacidade de ser parte, independentemente de sua idade ou condição psíquica ou mental, seja para propor ação, seja para defender-se, seja para intervir na relação processual. É, pois, um direito universal conferido a toda pessoa humana. Além das pessoas naturais, os ordenamentos jurídicos reconhecem às pessoas jurídicas a capacidade de ser parte, uma vez que também podem ser titulares de direitos e obrigações. Existem, ainda, outros entes abstratos não reconhecidos juridicamente como pessoas jurídicas, mas que têm capacidade de ser parte, tal como ocorre com a massa falida, o espólio, o Ministério Público etc.. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 85 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 503-554. WEB AULA 03 CAPACIDADE DE SER PARTE, CAPACIDADE PROCESSUAL E CAPACIDADE POSTULATÓRIA 2. CAPACIDADE PROCESSUAL: A capacidade processual, ou capacidade de estar em juízo, é outorgada pelo direito positivo às pessoas que possuem a capacidade civil (art. 70 do CPC). Entende-se por capacidade civil a faculdade que tem a pessoa de praticar todos os atos da vida civil e de administrar os seus bens (maiores de 18 anos e emancipados). Em conclusão: toda pessoa que possui capacidade civil plena (CC/2002, art. 5- e seu parágrafo único) também possui capacidade processual, isto é, capacidade para estar em juízo na condição de autor, réu ou terceiro. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 86 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 503-554. WEB AULA 03 CAPACIDADE DE SER PARTE, CAPACIDADE PROCESSUAL E CAPACIDADE POSTULATÓRIA 3. CAPACIDADE POSTULATÓRIA (JUS POSTULANDI): é a capacidade para postular em juízo. Trata- se de autorização reconhecida a alguém pelo ordenamento jurídico para praticar atos processuais. No processo civil, salvo exceções previstas em lei, o Jus postulandi é conferido monopolisticamente aos advogados. Trata-se, aqui, de um pressuposto processual referente às partes, pois estas devem estar representadas em juízo por advogados. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 87 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 503-554. WEB AULA 03 CAPACIDADE DE SER PARTE, CAPACIDADE PROCESSUAL E CAPACIDADE POSTULATÓRIA 3. CAPACIDADE POSTULATÓRIA (JUS POSTULANDI): ART. 791, CLT. OS EMPREGADOS E OS EMPREGADORES PODERÃO RECLAMAR PESSOALMENTE PERANTE A JUSTIÇA DO TRABALHO E ACOMPANHAR AS SUAS RECLAMAÇÕES ATÉ O FINAL. SÚMULA Nº 425 DO TST: JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. RES. 165/2010, DEJT DIVULGADO EM 30.04.2010 E 03 E 04.05.2010. O JUS POSTULANDI DAS PARTES, ESTABELECIDO NO ART. 791 DA CLT, LIMITA-SE ÀS VARAS DO TRABALHO E AOS TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO, NÃO ALCANÇANDO A AÇÃO RESCISÓRIA, A AÇÃO CAUTELAR, O MANDADO DE SEGURANÇA E OS RECURSOS DE COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 88 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 503-554. WEB AULA 03 REPRESENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA Em linguagem processualística, podemos dizer que a representação ocorre quando alguém figura num dos polos da relação jurídica processual em nome e na defesa de interesse de outrem. Já a assistência possui, em termos processuais, multifários significados, como a assistência interventiva, a litisconsorcial, a assistência judiciária, a assistência judicial dos menores etc. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 89 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 503-554. WEB AULA 03 REPRESENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA ART. 843, CLT - NA AUDIÊNCIA DE JULGAMENTO DEVERÃO ESTAR PRESENTES O RECLAMANTE E O RECLAMADO, INDEPENDENTEMENTE DO COMPARECIMENTO DE SEUS REPRESENTANTES SALVO, NOS CASOS DE RECLAMATÓRIAS PLÚRIMAS OU AÇÕES DE CUMPRIMENTO, QUANDO OS EMPREGADOS PODERÃO FAZER-SE REPRESENTAR PELO SINDICATO DE SUA CATEGORIA. § 1º É FACULTADO AO EMPREGADOR FAZER-SE SUBSTITUIR PELO GERENTE, OU QUALQUER OUTRO PREPOSTO QUE TENHA CONHECIMENTO DO FATO, E CUJAS DECLARAÇÕES OBRIGARÃO O PROPONENTE. § 2º SE POR DOENÇA OU QUALQUER OUTRO MOTIVO PODEROSO, DEVIDAMENTE COMPROVADO, NÃO FOR POSSÍVEL AO EMPREGADO COMPARECER PESSOALMENTE, PODERÁ FAZER-SE REPRESENTAR POR OUTRO EMPREGADO QUE PERTENÇA À MESMA PROFISSÃO, OU PELO SEU SINDICATO. § 3O O PREPOSTO A QUE SE REFERE O § 1O DESTE ARTIGO NÃO PRECISA SER EMPREGADO DA PARTE RECLAMADA. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 90 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 503-554. WEB AULA 03 REPRESENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA 1. REPRESENTAÇÃO POR SINDICATO: Nas ações individuais trabalhistas, os empregados e os empregadores poderão fazer-se representar por intermédio do respectivo sindicato representativo da categoria - profissional ou econômica - a que pertencem, nos termos do art. 791, § 1º, combinado com o art. 513, “a”, da CLT. A representação do trabalhador pelo sindicato de sua categoria profissional independe de ser ele sócio ou não da associação sindical correspondente. TEORIAGERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 91 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 503-554. WEB AULA 03 REPRESENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA 2. REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS NA RECLAMATÓRIA PLÚRIMA E NA AÇÃO DE CUMPRIMENTO: No primeiro caso, está-se diante do litisconsórcio ativo e, no segundo, de substituição processual. O sindicato não representa os litisconsortes; geralmente, quem o faz é o advogado do próprio sindicato. Na ação de cumprimento, o sindicato atua como substituto processual, em função do que atua em nome próprio, defendendo direitos alheios (individuais homogêneos), independentemente de autorização dos substituídos. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 92 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 503-554. WEB AULA 03 REPRESENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA 3. REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS MENORES: ART. 793, CLT. A RECLAMAÇÃO TRABALHISTA DO MENOR DE 18 ANOS SERÁ FEITA POR SEUS REPRESENTANTES LEGAIS E, NA FALTA DESTES, PELA PROCURADORIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO, PELO SINDICATO, PELO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL OU CURADOR NOMEADO EM JUÍZO. Art. 5º, CC/02: A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 93 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 503-554. WEB AULA 03 REPRESENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA 4. REPRESENTAÇÃO DO EMPREGADO FALECIDO: Como a regra do processo civil pressupõe a abertura de inventário dos bens deixados pelo de cujus, e considerando que nem sempre é aberto inventário do empregado, ou porque não deixou bens, ou porque os seus familiares negligenciam em promoverem a abertura do inventário, o certo é que, na prática do processo laborai, no qual prevalece o princípio da instrumentalidade das formas, tem-se admitido que o empregado falecido seja representado por seus herdeiros ou dependentes ou, ainda, pelo seu espólio. Art. 75, CPC/15: Serão representados em juízo, ativa e passivamente: VII - o espólio, pelo inventariante; TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 94 WEB AULA 03 REPRESENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA 5. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA, BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA: Justiça Gratuita ≠ Assistência Judiciária Gratuita – Lei 5.584/70 Artigo 2º da Lei nº 1.060/50 + Arts. 790, §3º + Art. 790-A + Art. 790-B Artigo 790, § 3º, da CLT: É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (R$ 6.433,57) → 40% = R$ 2.573,428). TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 95 WEB AULA 03 REPRESENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA 5. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA, BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA : 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 96 WEB AULA 03 REPRESENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA 5. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA, BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA: GRATUIDADE DE JUSTIÇA (ART. 790, CLT) CPC/2015 – Arts. 98 a 102 (Há entendimento que revogou a Lei 1.060/50) Se usava o termo Assistência Judiciária Gratuita; A REFORMA ajustou a terminologia: GRATUIDADE DE JUSTIÇA; Esclareceu que pode ser concedida ao EMPREGADO ou EMPREGADOR; Concedida à parte que ganhe (2021) até R$ 2.573,428 (objetivo) – 40% INSS; Aos demais, deverá ser provada (subjetivo); Não abrange as multas de litigância de má-fé e ato atentatório à dignidade da justiça, nos termos do CPC, art. 98, §4º. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 97 WEB AULA 03 REPRESENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA 6. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA X CONTRATUAIS: Hipótese 1: empregado assistido por advogado PARTICULAR: Estabelece o art. 791-A da CLT que ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 98 WEB AULA 03 REPRESENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA 6. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA X CONTRATUAIS: Hipótese 2: empregado assistido por advogado DO SINDICATO: Estabelece o art. 791-A, § 1º que os honorários são devidos também nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. Ainda, prevê o art. 14 e 16 da Lei 5584/70 que os honorários do advogado pagos pelo vencido reverterão em favor do Sindicato assistente. Estando o autor assistido por advogado e sendo beneficiário da justiça gratuita, requer-se a condenação do empregador em honorários advocatícios no importe de no mínimo 5% e no máximo 15%. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 99 FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 503-554. WEB AULA 03 SUCESSÃO PROCESSUAL A sucessão processual da parte, quando esta é pessoa física, ocorre com a morte. Assim, falecendo empregado ou empregador durante o processo, serão substituídos pelo espólio, que é, segundo já vimos, representado pelo inventariante. Quando o empregador for pessoa jurídica, haverá sucessão processual nas hipóteses previstas nos arts. 10 e 448 da CLT, in verbis: Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 100 WEB AULA 03 SUCESSÃO PROCESSUAL Art. 448-A, CLT – INSERIDO PELA REFORMA Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. Parágrafo único: A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência. OJ 261, SDI-I, TST. BANCOS. SUCESSÃO TRABALHISTA (inserida em 27.09.2002) As obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para o banco sucedido, são de responsabilidade do sucessor, uma vez que a este foram transferidos os ativos, as agências, os direitos e deveres contratuais, caracterizando típica sucessão trabalhista.TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 101FONTE: IVAN KERTZMAN E ANTÔNIO NETO DA LAPA. CURSO PRÁTICO DE DIREITO DO TRABALHO. ED. JUSPODIVM. 2020. p. 231--247. WEB AULA 03 SUCESSÃO PROCESSUAL REQUISITOS: 1. MUDANÇA DE EMPREGADOR – a empresa sucedida era a empregadora, mas a nova empregadora é a sucessora – o empregador era o BANEB e passou a ser o Bradesco. 2. A EMPRESA SUCESSORA DEVE CONTINUAR NO MESMO RAMO DE ATIVIDADE DA EMPRESA SUCEDIDA – ex: BANEB e Bradesco – atividade: banco. 3. CONTINUIDADE DOS CONTRATOS DE TRABALHO DA EMPRESA SUCEDIDA COM A SUCESSORA – os empregados do BANEB continuaram trabalhando no Bradesco. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 102FONTE: VÓLIA BOMFIM CASSAR, 2017, LFG. WEB AULA 03 SUCESSÃO PROCESSUAL ENTENDIMENTO ESTE QUE JÁ ERA CONSOLIDADO PELA JURISPRUDÊNCIA ANTES DA REFORMA: PJ SUCEDIDA (quem vende) Não responde, salvo fraude PJ SUCESSORA (quem compra) Responde por todo o período, inclusive o anterior TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 103FONTE: IVAN KERTZMAN E ANTÔNIO NETO DA LAPA. CURSO PRÁTICO DE DIREITO DO TRABALHO. ED. JUSPODIVM. 2020. p. 231--247. WEB AULA 03 SUCESSÃO PROCESSUAL CLÁUSULA DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE Do ponto de vista trabalhista, esta cláusula é absolutamente inválida, embora possua validade na área cível, gerando, consequentemente, direito de regresso da empresa sucessora em face da empresa sucedida, sempre que aquela for condenada judicialmente a pagar débitos trabalhistas relativas ao período que não era responsável. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 104FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 503-554. WEB AULA 03 LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ Podemos dizer que a boa-fé é norma (princípio, valor e regra) fundamental do direito processual (civil e trabalhista) brasileiro, tal como já vimos no Capítulo I deste livro. Na verdade, o princípio da boa-fé encontra- se expressamente previsto nos arts. 5º, 322, § 2º, e 489, § 3º, do CPC. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou (CPC, art. 81). TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 105FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 503-554. WEB AULA 03 LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ CPC/15: Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente. Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; II - alterar a verdade dos fatos; III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; VI - provocar incidente manifestamente infundado; VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO SLIDE 106FONTE: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direto processual do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 503-554. WEB AULA 03 LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ CPC/15: Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou. § 1º Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária. § 2º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo. § 3º O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos. TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO