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Asfixia perinatal e encefalopatia hipóxico-isquêmica 1 🐳 Asfixia perinatal e encefalopatia hipóxico- isquêmica anóxia → completa falta de oxigênio hipóxia → disponibilidade diminuida de oxigênio hipoxemia → concentração arterial de O2 diminuida isquemia → fluxo sanguíneo insuficiente para células ou órgãos, resultando em redução do metabolismo e morte celular asfixia perinatal, o que é? privação de oxigênio nos recém nascidos que causa lesões, especialmente ao cérebro (mas ocorre no corpo todo) pode ser um desastre : frequentemente antes do evento é um feto normal sobreviventes podem sofrer problemas significantes → problemas motores surdez cegueira epilepsia atraso global do desenvolvimento impacto da asfixia na saúde pública : incidência de 16 cada 1000 nascidos vivos 815.000 mortes por ano responsável por 9% da mortalidade em 5 anos de idade Asfixia perinatal e encefalopatia hipóxico-isquêmica 2 primeira causa de transtornos de desenvolvimento em crianças quais causas da asfixia neonatal : interrupção do fluxo sanguíneo pelo cordão umbilical insuficiente troca de gases pela placenta DPP perfusão placentária inadequada do lado materno (hipotensão) ; feto comprometido que não tolera o estresse do trabalho de parto falha de inflar o pulmão logo após o nascimento escore de Apgar : avalia no 1, 5 e 10 minuto. escore de apgar ainda é relevante Apgar 03 5ʼ→ mortalidade de 25% Apgar 710 5ʼ → mortalidade 0,02% apgar baixo é melhor preditor que pH baixo Asfixia perinatal e encefalopatia hipóxico-isquêmica 3 asfixia perinatal quando podemos ter? pH artéria umbilical 7 escore de apgar 5ʼ menor ou 3 encefalopatia neonatal evidência de disfunção em múltiplos órgãos fase de apneia primária, como funciona : quando é privado de oxigênio → breve período de respiração rápida se a asfixia continua → respiração cessa, FC começa a cair , tônus muscular vai diminuindo e entra em um período de apneia primária esse processo estimula a respiração apneia secundária, como funciona : entre primária e secundária conseguimos reverter se a asfixia continuar evolui para gasping , a FC continua a cair, a PA cai e o baby fica flácido a respiração fica cada vez mais fraca e entra na apneia secundária. quais os efeitos da asfixia perinatal : lesões em múltiplos órgãos, coração, pulmão, fígado, rins e intestinos lesões no cérebro + preocupantes → deficiência motoras e intelectuais TDI TRANSTORONO DO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL, PC Asfixia perinatal e encefalopatia hipóxico-isquêmica 4 (PARALISIA CEREBRAL deficiência motora devido a lesão cerebral) o que é encefalopatia hipóxico-isquêmica manifestações neurológicas após a asfixia perinatal 35/1000 nascidos vivos 50% moderados ou severos quais os processos da encefalopatia : falta de respiração adequada falta de oferta de oxigênio ao coração bombeamento inadequado do sangue hipóxia + isquemia em múltiplos órgãos (especialmente cérebro) longa parada >> infarto isquêmico >> morte cerebral áreas cerebrais mais vulneráveis a encefalopatia : hipocampo células de purkinje no cerebelo gânglios da base tronco cerebral o que temos durante o insulto da encefalopatia : hipóxia perda da regulação do fluxo sanguíneo metabolismo anaeróbio redução do fluxo sanguíneo o que temos depois do insulto da encefalopatia : fase primária baixa perfusão falha energética distúrbio hidroeletrolítico fase secundária da EHI inflamação Asfixia perinatal e encefalopatia hipóxico-isquêmica 5 apoptose supressão da síntese proteica quando a lesão cerebral ocorre na EHI? morte celular ocorre nas primeiras 2 horas apoptose ocorre depois de 6 a 72 horas asfixia perinatal, É previsível ? cardiotocografia ECG fetal lactato por scalp o que se pode fazer para a asfixia perinatal ? reanimação perinatal monitoramento hipotermia neuroproteção ? reanimação neonatal como funciona ? oxigenação/ ventilação perfusão temperatura corporal glicemia monitorização na asfixia perinatal ? evitar hipo ou hiperoxia evitar hipo ou hipercabia manter perfusão adequada monitorar e controlar : temperatura, eletrólitos, glicose, fluídos, convulsões podemos fazer monitorização por EEG de amplitude integrada → ajuda no px e ver se convulsiona , valor preditivo para desfechos ruins. hipotermia na asfixia perinatal : Asfixia perinatal e encefalopatia hipóxico-isquêmica 6 altera positivamente o processo entre as fases primária e secundária da encefalopatia hipóxico-isquêmica dados animais sugerem que ‘ʼjanela terapêuticaʼʼ deve ser até 6 horas depois da hipoxemia. hipotermia induzida como funciona : fase 1 indução 30 min fase 2 manutenção de 72 horas 33,5graus fase 3 reaquecer após 72 horas → de forma lenta neuroproteção para asfixia neonatal? anticonvulsivantes → topiramato, fenobarbital, levetiracetam melatonina antes da alta hospitalar : ressonância magnética encefálica avaliação fonológica e deglutição avaliação fisioterápica informações claras e organizadas sobre risco de desenvolvimento. após alta hospitalar , qual a conduta : seguimento em ambulatório especializado e ou equipe multidisciplinar. resumo asfixia neonatal : sempre monitorar para encefalopatia hipóxico isquêmica após asfixia → com labs e UTIN monitorar e manejar todos os parâmetros vitais monitorar e manejar convulsões hipotermia induzida reduz risco de EHI Outras medidas de neuroproteção em investigação SEMPRE fazer seguimento após alta