Prévia do material em texto
Fibrose Cística 1 Fibrose Cística O que é a fibrose cística? doença genética autossômica recessiva (transmite pelo pai e mãe → embora nenhum dos dois manifeste a doença), mutação no gene CFTR, responsável pela alteração no transporte de íons através das membranas das células, mais indivíduos da raça branca. qual o comprometimento da fibrose cística: funcionamento das glânsulas exócrinas que produzem substâncias → muco, suor ou enzimas pancreáticas) mais espessas e de difícil eliminação como avalia a insuficiência pancreática na fibrose cística: avaliação da insuficiência pancreática na fibrose cística → pelo teste da elastase fecal e pode estar usando a enzima pancreática que não interfere no resultado do exame. no início vamos ter alteração no pâncreas exócrino. Qual é o gene afetado na fibrose cística? gene afetado na fibrose cística é o CFTR, que codifica a proteína regulador de condutância transmembrana. Como é feita a triagem neonatal para fibrose cística no Brasil? determinações dos níveis de tripsinogênio imunorreativo, sendo a segunda realizada até 30 dias de vida, se for positiva 2 determinações positivas), o teste do suor é realizado para confirmar ou descartar a fibrose cística. Qual valor de cloreto no suor confirma o diagnóstico de fibrose cística? concentrações de cloreto no suor 60 mmol/L, medidas por métodos quantitativos, em duas amostras, confirmam o diagnóstico. O que é o íleo meconial? Fibrose Cística 2 primeiras manifestações clínicas da fibrose cística pode ser o íleo meconial, obstrução do íleo por mecônio espesso, Manifesta-se nas primeiras 48 horas de vida por distensão abdominal, vômitos biliosos e ausência de eliminação de mecônio → relacionada a alteração pancreática → levando a síndrome da má absorção intestinal, também dificuldade de absorção de vitaminas A,D, E e K hipoalbuminemia → não consegue absorver proteína, edema e anemia Um resultado positivo ou negativo do teste de triagem neonatal confirma ou descarta o diagnóstico de fibrose cística? Não. A triagem neonatal para fibrose cística identifica recém-nascidos em risco para a doença, mas não confirma o diagnóstico quais os critérios diagnósticos para fibrose cística : � presença de uma ou + características clínicas e ou � hx familiar de FC e ou � teste de triagem neonatal → teste do pezinho positivo para imunotripsina reativa Associado a: evidência anormalidade CFTR � teste do suor positivo ou � presença de 2 mutações características (estudo genético) ou � Diferença de potencial nasal alterada quais as doenças testadas na triagem (teste do pézinho) neonatal no Brasil: fenilcetonúria hipotireoidismo anemia falciforme e outras hemoglobinopatias fibrose cística Fibrose Cística 3 hiperplasia congênita da suprarrenal deficiência da biotinidase toxoplasmose Todos os pacientes com fibrose cística devem passar por testes genéticos? sim, identificação de mutações no CFTRgene, tem implicações no prognóstico e no planejamento familiar. e na questões de medicamentos que atuam em mutações específicas Quando o diagnóstico de fibrose cística é confirmado pelo teste do suor? confirmado quando 2 exames com valores de cloreto acima de 60mmol qual a tríade clínica da fibrose cística : baixo ganho ponderoestatural, estatorreia e infecções pulmonares de repetição. Qual é o padrão-ouro para o diagnóstico de fibrose cística? teste do cloro no suor é o padrão-ouro para o diagnóstico de fibrose cística. qual o principal acometimento da fibrose cística: ocorre no trato respiratório → acompanhamento da colonização pulmonar orienta medidas terapêuticas exacerbação pulmonar da fibrose cística: aumento da tosse, alterações na aparência da secreção, febre, anormalidades na ausculta pulmonar, diminuição do VEF, diminuição da saturação, anormalidades radiológicas e perda de peso. quadro que mata na fibrose cística como é o tto da fibrose cística? baseado no controle dos sintomas e correção das disfunções orgânicas, medicamentos iniciados conforme a evolução do paciente quais as alterações no trato gastrointestinal na fibrose cística: íleo meconial e icterícia colestática no período neonatal, baixo ganho de peso, fezes malcheirosas, volumosas e gordurosas → esteatorreia. Fibrose Cística 4 má absorção de gorduras e de vitaminas lipossolúveis A, D, E, K e proteínas exames de imagem nos pacientes com fibrose cística quando são realizados: radiografia de tórax mais usada na avaliação dos pacientes tomografia computadorizada de tórax mais precisa para o diagnóstico e acompanhamento das lesões → bronquiectasias, espessamento da parede da via aérea, aprisionamento aéreo e atelectasias como é a fisiopatologia da fibrose cística ? mutação do gene da fibrose cística → defeito no transporte iônico → diminuição na secreção de fluídos (água) → aumento na concentração de macromoléculas → tubulopatia obstrutiva → pulmões, testículos, intestino, pâncreas, fígado. o que abordar na consulta da fibrose cística: toda consulta devemos fazer cultura de escarro nos pacientes com fibrose cística, pois eles possuem maior colonização bacteriana, que muda conforme envelhecimento do paciente. Por que lactentes com fibrose cística têm maior risco de desidratação e desequilíbrios eletrolíticos? Lactentes com fibrose cística têm maior risco de desidratação com alcalose hipoclorêmica, hiponatremia e possível redução de potássio → secreção excessiva de cloro e sódio no suor. sintomatologia da fibrose cística nos sistemas do corpo: intestinos → íleo meconial, DIOS pâncreas → insuf. pâncreas exócrino, pancreatite, DRFC pulmões → doença pulmonar crônica, penumonia recorrente testículos → infertilidade hepatobiliar → fibrose biliar focal, cirrose multilobular e colelitíase