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Fisioterapia na Tendinite de Ombro O tendão é uma estrutura fibrosa que une o músculo ao osso. Qualquer inflamação, inchaço ou lesão sofrida por ele desenvolve a tendinite. A doença também pode surgir como consequência do envelhecimento, nesse caso, o tendão perde gradativamente a elasticidade, à medida que a idade avança. Pessoas que realizam movimentos repetitivos para desempenhar suas funções no trabalho, por exemplo, também estão submetidas a riscos, em virtude do desgaste que acaba sendo gerado nos tendões. Causas de tendinite Os tendões não são tão fortes quanto os ossos e os músculos, então qualquer sobrecarga nas articulações pode gerar inflamação e dor. Embora a tendinite possa ser causada por uma lesão súbita, na maioria dos casos ela aparece após a realização constante de um exercício específico sem o alongamento muscular adequado. Isso é comum em empregos ou hobbies que envolvem movimentos repetitivos. Assim, as principais causas de tendinite englobam: ● Falta de alongamento e flexibilidade de algum grupo muscular; ● Falta de aquecimento antes da prática de atividades físicas; ● Excesso de movimentos repetitivos, tanto no trabalho quanto em exercícios; ● Neuropatias que conduzem a alterações musculares; ● Alterações na estabilidade das articulações; ● Alterações na postura corporal; ● Sobrecarga nos treinamentos; ● Uso de calçados inadequados; ● Doenças autoimunes; ● Traumatismos; ● Estresse. Embora os tipos de tendinites sejam complicadas de lidar, quando ela atinge o ombro é ainda mais perigoso. E isso ocorre tanto pelas demais juntas já estarem lesionadas, como a própria tendinite no ombro afetá-las de imediato, como consequência. Daí a importância de identificar os seus sintomas, e buscar os tratamentos de acordo. Tendinite no ombro é causada por esforços repetitivos ou por algum trauma (queda, batida). Acomete geralmente quem faz muito esforço com os braços, como trabalhadoras e trabalhadores da limpeza, passadeiras e cabeleireiras. Pessoas que trabalham constantemente com os braços frequentemente estão sujeitas a contrair tendinite no ombro. Especialmente quando este esforço é realizado com os membros superiores acima da cabeça. Praticantes de esportes também podem estar sujeitos a contrair tendinite no ombro. Particularmente nas modalidades em que se precisa lançar uma bola, um peso etc. Quanto mais você movimenta o braço acima da cabeça, levantando peso de forma repetitiva, maiores são as possibilidades de você se lesionar. AFINAL, O QUE É A TENDINITE NO OMBRO? É uma inflamação do tendão, uma parte do tecido que une o músculo ao osso. Os músculos fazem nossos ossos trabalharem, mas para mexerem eles têm de estar colados em cima do osso. Essa ligação que transmite a força do músculo para o osso chama-se tendão. Logo, a tendinite de ombro, no caso, é uma inflamação no tendão do ombro. O ombro tem diversos tendões, e cada um deles pode ficar inflamado e causar tendinite. Ou até mais que um ao mesmo tempo. O conjunto de tendões do ombro é chamado de ‘Manguito Rotador‘, por isso muitas vezes refere-se à tendinite no ombro como Síndrome do Manguito Rotador. Você sabia que esse tipo de tendinite está entre as patologias do ombro mais diagnosticadas? Sufixo ‘ITE’ Na maioria dos casos, se termina com ‘ite’ (do grego itis) trata-se de alguma inflamação no órgão. Eis alguns exemplos: ● Tendinite; ● Bursite; ● Artrite. Os sintomas da tendinite no ombro Embora os ombros sejam uma das áreas mais comuns a se desenvolver tendinite, seus sintomas comuns são bem parecidos com os demais tipos. Vejamos em detalhes. Edemas É um sintoma mais avançado. Devido a inflamação agravada na região, forma-se um inchaço mais intenso por conta da retenção de líquido na região. Muitas vezes, o próprio edema pode levar a uma tendinite, dependendo da causa com a qual o problema surgiu. Inchaços Um dos primeiros sintomas para o quadro avançado de tendinite. A região do ombro, além de dolorida, possui um inchaço expressivo. Como eles são causados por vários tipos de lesões, o inchaço já é um sinal claro de que a tendinite avançou mais do que o normal no ombro. Dor Localizada É o primeiro sintoma de tendinites. Normalmente, ela costuma ser confundida com o cansaço devido ao esforço constante, ou por exercícios mal feitos, o que realmente costumam ser causas da inflamação. Porém, devido a falta de atenção, a dor constante, principalmente com os movimentos, torna o sintoma mais evidente. Vermelhidão Começa a vir depois da dor localizada, ou junto a mesma. Vermelhidões deixam mais evidente qual é a região afetada pela tendinite, além de ser uma mensagem direta para o problema. Caso perceba ambos os sintomas, é ideal buscar tanto auxílio médico e fisioterápico, como reduzir as atividades que lhe causam dores imediatamente. Sensação de Fraqueza É um sintoma um pouco mais sutil, mas ainda assim muito frequente nos casos de tendinite no ombro. A região fica mais fraca, o que tanto significa mais dificuldade para pegar pesos, como uma mobilidade mais lenta. Caso sinta um peso a mais no ombro, mesmo quando não houver algum tipo de peso, considere a possibilidade de ser tendinite. As causas da Tendinite no ombro A maior parte das causas da tendinite no ombro estão relacionadas a movimentos e lesões. Tal como os demais tipos de inflamações nos ligamentos, elas podem vir tanto de um esforço constante, ou mesmo de esforço algum. Vamos conferir em maiores detalhes. Sobrecargas no ombro Pessoas que levam peso constantemente nos ombros, como mochilas, bolsas, ou mesmo trabalham com materiais pesados todos os dias, tendem a desenvolver inflamações na região, quando não equilibram o peso, ou quando não buscam realizar os materiais de acordo. Traumas Pancadas e acidentes não levam imediatamente a tendinites – é mais comum que sejam lesões leves ou luxações. Mas sem o tratamento adequado, com fisioterapia ou medicamentos, a possibilidade de desenvolver uma inflamação é bem grande, mesmo que não haja algum tipo de esforço repetitivo. Exercícios físicos Atividades físicas, por si só, não causam tendinite no ombro. O que pode levar ao problema é o mau direcionamento desses exercícios. Quando a região não é trabalhada de maneira correta, a tendência, ao invés de um fortalecimento dos músculos e tendões, é a deterioração deles. Daí a importância de se realizar atividades físicas com acompanhamento profissional. Movimentos repetitivos É uma das principais causas da tendinite, se não for a principal de fato. Ao realizar os mesmos movimentos diariamente, que podem ser desde o levantamento de pesos em locais de trabalho, digitação (seja em smartphones ou computadores), bem como trabalhos repetitivos em alguns tipos de máquinas, como as de costurar, por exemplo, é muito provável que se desenvolva uma tendinite. Tendinite Calcificante É um tipo específico de tendinite nos ombros. Aqui, ocorre a calcificação do fosfato de cálcio nas articulações, que causam uma dor ainda maior do que nos casos mais regulares de tendinite. Como o diagnóstico da mesma é feita por alguns exames físicos e raio-x, é muito importante que, ao ser identificado uma quantidade incomum de fosfato de cálcio nos ombros, seja feito um tratamento adequado, antes que seu depósito entre na fase de reabsorção, causando os efeitos mais drásticos. Quais as complicações da tendinite no ombro sem tratamento? A calcificação é o problema mais comum e também o mais preocupante quando se desenvolve uma tendinite no ombro. Além de dificultar uma possível resolução, ela causa dores constantes e em um determinado momento insuportáveis. Mas a consequência mais grave, sem dúvidas, é a ruptura do tendão. Uma vez que a inflamação ocorre em um ligamento, órgão que está constantemente em uso para manter suas atividades, o rompimento do mesmo acarreta na diminuiçãoou mesmo na perda dos movimentos no ombro, o que por consequência também ocorre no braço. Nesse caso, apenas um procedimento cirúrgico pode resolver o problema. Tratamento Fisioterapêutico Para Ombro Doloroso Fase Aguda O objetivo na fase aguda é controlar a dor e a inflamação, manter a amplitude de movimento, já que nessa fase o paciente tende a manter o membro com menor movimentação por causa da dor, manter o trofismo muscular, estimular o paciente a manter a postura e manter o condicionamento físico geral. Para esses objetivos, as condutas a serem seguidas são: ● Eliminar qualquer atividade que cause dor; ● Uso de termoterapia e eletroterapia para controlar a dor e a inflamação: gelo e TENS; ● Mobilização articular e alongamentos para manutenção de ADM, de músculos da cintura escapular e cervical; ● Treino de fortalecimento passivo e ativo assistido ● Exercícios isométricos para manguito rotador (em posição neutra ou plano da escápula; ● Exercícios isométricos para estabilizadores de escápula Fase Subaguda Nessa fase o objetivo é conseguir restabelecer a amplitude de movimento normal, diminuir a dor na realização de atividades de vida diária e melhorar a força muscular, além de estimular a cicatrização da lesão. As condutas para essa fase são: ● Alongamentos em todos os planos, musculares e para as cápsulas anterior e posterior; ● Uso de termoterapia e fototerapia para diminuir a inflamação e estimular a cicatrização: ultrassom e laser terapêutico; ● Manter os treinos de fortalecimento passivos e ativos assistidos ● Com a progressão, incluir exercícios isométricos resistidos com elástico para manguito rotador, estabilizadores de escápula e músculos primários e acessórios da articulação do ombro; ● Iniciar o treino proprioceptivo de ombro. Fase Crônica Na fase crônica, o tratamento visa diminuição da dor crônica, alongamentos para restabelecimento da amplitude normal de movimento e restabelecimento da força muscular total, até que o paciente consiga realizar todas as suas atividades sem dor. As condutas nessa fase são: ● Uso de termoterapia e eletroterapia para controle de dor: ondas curtas, ultrassom e TENS; ● Alongamentos gerais musculares e para cápsula articular; ● Fortalecimento com exercícios ativos, evoluindo para resistidos, para músculos do manguito rotador, estabilizadores de escápula, primários e acessórios do ombro, utilizando elástico e halteres; ● Exercícios proprioceptivos em cadeia cinética fechada e aberta; ● Exercícios pliométricos. Melhores Exercícios para a Reabilitação do Ombro Doloroso Exercício Pendular Paciente em pé, apoiado em uma cadeira ou maca pelo membro sadio, com flexão do quadril a 90º tendo a coluna como ponto móvel. Solicitar que realize movimentos circulatórios de pêndulo o ombro do membro acometido, invertendo a direção periodicamente. Exercícios Isométricos Para Manguito Rotador Paciente em pé, de frente para uma parede, com punhos fechados e cotovelos estendidos. Solicitar que empurre a parede com as mãos fechadas, para fortalecimento isométrico de flexores de ombro. O mesmo movimento pode ser feito com o paciente de costas para a parede, empurrando-a para trás, para fortalecimento isométrico de extensores de ombro. Para fortalecimento de rotadores internos e externos do ombro, o paciente pode ficar de pé, com o membro superior junto ao tronco e cotovelo fletido a 90º, com os punhos em posição neutra. O terapeuta aplica uma resistência na região palmar para fortalecimento de rotadores internos e resistência na região dorsal das mãos para fortalecimento de rotadores externos. Fortalecimento Resistido ● Paciente sentado, com um halter em cada mão. Solicitar que realize uma abdução de ombros para fortalecimento de deltoide médio. ● Paciente em pé, ao lado de um espaldar, com um elástico preso na altura do antebraço do paciente. Solicitar que realize uma rotação interna e depois, rotação externa, para fortalecimento de rotadores de ombro. Propriocepção Paciente de pé, de frente para uma parede, com as mãos apoiadas na altura dos ombros. Solicitar que realize uma flexão contra a parede, para fortalecimento em cadeia cinética fechada e treino de propriocepção. Exercícios Pliométricos Solicitar o paciente que jogue uma bola para o terapeuta, em diversas alturas e direções. O terapeuta deverá jogar a bola novamente e o paciente terá que pegá-la. Papel do Fisioterapeuta O fisioterapeuta, com a utilização de seus conhecimentos e recursos terapêuticos, pode proporcionar o alívio dos sintomas e das condições etiológicas do ombro doloroso, restabelecendo a função normal do complexo articular do ombro. A fisioterapia se destaca por utilizar em seus processos de reabilitação técnicas não invasivas e que não trazem transtornos ao paciente, sendo uma maneira de acolhê-lo e demonstrar uma resolução de um problema que traz consequências diretas na sua qualidade de vida. Cuidados e Restrições com o Paciente com Ombro Doloroso Na fase aguda do ombro doloroso é necessário tomar cuidado com os movimentos dolorosos, retirando toda e qualquer atividade que cause dor. Exercícios de fortalecimento com carga também estão contraindicados na fase aguda, assim como uso de calor superficial e uso de ultrassom no modo contínuo. Conclusão O ombro é uma articulação extremamente complexa e é a mais móvel do corpo humano. Por causa de sua anatomia articular, é considerada uma articulação pouco estável e por isso é alvo de inúmeras afecções não só na articulação, mas também em seus tendões, músculos, ligamentos e bursas. O ombro doloroso é uma síndrome que causa dor e impotência funcional, sendo bastante comum em indivíduos que praticam esportes e utilizam bastante o ombro em movimentos acima da cabeça. A maioria das doenças do ombro doloroso possuem tratamento conservador e a fisioterapia tem se mostrado muito eficiente na reabilitação dessas lesões, utilizando técnicas e recursos não invasivos e que trazem bons resultados na melhora dos sintomas e no restabelecimento da função. É importante que o fisioterapeuta tenha conhecimento sobre o complexo do ombro, os mecanismos envolvidos nas suas disfunções e na sua evolução, avaliando a articulação como um todo e não de maneira isolada. 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