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Quais são os principais aspectos do Absolutismo? O Absolutismo, sistema político dominante na Europa entre os séculos XVI e XVIII, centralizou o poder absoluto nas mãos de um único monarca. Este período marcante, repleto de transformações, merece aprofundamento. Para facilitar sua exploração, preparamos 50 perguntas que desvendam diferentes facetas do Absolutismo, desde suas origens e características até seu legado duradouro. por . -*.- O que caracterizava o Absolutismo? O Absolutismo, sistema político dominante na Europa entre os séculos XVI e XVIII, centralizava o poder nas mãos do monarca. Este detinha autoridade total e irrestrita sobre o Estado e seus súditos, sem qualquer tipo de controle externo. Fundamentado na crença do direito divino dos reis, o monarca era visto como representante de Deus na Terra. Essa legitimidade divina lhe conferia soberania absoluta, dispensando a necessidade de consultar parlamentos ou outros órgãos representativos. Seus poderes abrangiam a legislação, a justiça, a arrecadação de impostos, a declaração de guerra e paz, além do controle da Igreja e da sociedade. O rei concentrava os poderes de chefe de Estado e de Governo. O poder real era justificado pela crença de que emanava de Deus. O monarca detinha o poder legislativo, judiciário e o controle sobre a Igreja e a sociedade. O Absolutismo visava centralizar o poder e fortalecer o Estado, criando instituições como exércitos permanentes e burocracias centralizadas. O Absolutismo teve profundo impacto na história europeia, moldando a política, a sociedade e a cultura da época. Sua influência perdura em algumas instituições e práticas políticas contemporâneas. Quais as principais características do Absolutismo? Concentração do Poder O rei detinha o poder absoluto, sem qualquer restrição ou controle de outros órgãos, como o parlamento ou a nobreza. Era a personificação do Estado, com poderes legislativo, executivo e judiciário concentrados em suas mãos. Assim, controlava os aspectos políticos, militares, econômicos e religiosos da nação. Centralização do Estado O Estado absolutista centralizava o poder na figura do rei. A estrutura estatal era hierárquica, com a autoridade real estendendo-se por todo o território. O monarca unificava o Estado, detendo o poder de legislar, tributar, julgar e comandar o exército. Divindade por Direito Divino O rei era considerado o representante de Deus na Terra, justificando seu poder absoluto e tornando qualquer oposição uma afronta à vontade divina. Essa crença conferia legitimidade e perpetuidade ao seu reinado. Mercantilismo O Absolutismo floresceu em um período de transformações econômicas, com o mercantilismo em ascensão. Essa doutrina defendia a intervenção estatal na economia para enriquecer a nação e fortalecer o poder real. O Estado controlava produção, comércio e acúmulo de metais preciosos, empregando políticas protecionistas. Quando surgiu o Absolutismo? O Absolutismo, como forma de governo, surgiu na Europa na transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, predominantemente entre os séculos XV e XVIII. Seu crescimento foi impulsionado por fatores como o declínio do feudalismo, o fortalecimento das monarquias nacionais e a consolidação do poder centralizado. Eventos como a Guerra dos Cem Anos (1337-1453), na França, e a Reconquista Ibérica (718-1492) contribuíram significativamente para a centralização do poder real e o fortalecimento da autoridade dos monarcas. No entanto, foi com o Renascimento (século XV) e a Reforma Protestante (século XVI) que o Absolutismo se consolidou, desafiando o poder da Igreja e estabelecendo a figura do "Rei Absoluto" com autoridade suprema. O Absolutismo se manifestou em diversas regiões da Europa, com características específicas em cada país. A França, sob Luís XIV, exemplifica seu auge, resumido na famosa frase "O Estado sou eu". Inglaterra, Espanha, Portugal e Estados italianos também vivenciaram regimes absolutistas.