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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA. PSICOLOGIA, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM. 09/09/2024 José Cavalcante do Nascimento Atividade Avaliativa - 1° unidade, 2024.2. A autora destaca que com a evolução, a aprendizagem ganha maior importância, substituindo progressivamente os comportamentos inatos. Isso indica que, em animais mais complexos, a capacidade de adaptação e desenvolvimento através da aprendizagem se torna essencial para a sobrevivência e o desenvolvimento humano. Dinah destaca que a aprendizagem esta presente e em constante transformação no ser humano desde o nascimento ate a morte, nos animais a aprendizagem se torna limitada pelas repostas inatas que são suficientes para atender as necessidades desses indivíduos, o que faz com que a aprendizagem seja quase irrelevante em suas vidas, eles se conformam com o que aprendem para sua sobrevivência. Já no ser humano, a aprendizagem é central para o desenvolvimento. A longa infância permite um extenso período de aprendizado e desenvolvimento, fazendo com que a maioria dessas repostas e comportamentos sejam adquiridos, em vez de instintivos no processo de crescimento e a busca de mais conhecimentos, não só para a sobrevivência mas também para adaptação em novas situações e a maturação que traz consigo novos gostos e a formação de uma identidade pessoal, determinando suas crenças, valores e formas de agir. A aprendizagem é uma característica intrínseca e indispensável para o desenvolvimento humano em todas as fases da vida, é o motor que impulsiona o crescimento pessoal e social, permitindo que cada geração se beneficie e construa sobre o legado anterior, promovendo o avanço da cultura e da sociedade. A história da aprendizagem sempre foi um tema de interesse para filósofos, que a viam como um processo ligado ao conhecimento e à compreensão de ideias. Sócrates, por exemplo, acreditava que o saber já estava presente em nós e aprender era apenas trazer à tona essas ideias inatas. Platão, via a aprendizagem como uma lembrança de experiências passadas, algo que a alma já havia vivido. Aristóteles, defendia que todo aprendizado vinha das nossas percepções sensoriais e desenvolveu a base para o ensino através da observação e da lógica. ele acreditava que nada se aprende sem antes ser captado pelos sentidos. Já Santo Agostinho buscava entender o aprendizado olhando para dentro de si mesmo, enquanto Santo Tomás de Aquino via o processo de aprender como algo dinâmico, onde a ação do aluno era fundamental. Por fim, Juan Luís Vives reforçou a importância de abordagens experimentais e observacionais para compreender o aprendizado. Já na era moderna, a aprendizagem passou a ser guiada pela observação e experimentação científica. Locke rejeitou a ideia de conhecimento inato, defendendo que tudo vem dos sentidos e que a mente é uma "tábula rasa". Herbart organizou o ensino em etapas, enquanto Lloyd Morgan, com sua teoria de "ensaio e erro", trouxe o comportamento como base do aprendizado, influenciado pelo darwinismo. No Brasil, Rui Barbosa destacou o método intuitivo, trazendo novas perspectivas para o ensino. Essas contribuições moldaram a compreensão moderna da educação e da aprendizagem. Destaca-se também que as teorias contemporâneas de aprendizagem foram desenvolvidas por pensadores como Herbart, Binet, Dewey e Piaget, além de Pavlov e os comportamentalistas. A psicanálise de Freud, a fenomenologia e o existencialismo também impactaram o estudo da aprendizagem. Skinner, com sua abordagem de condicionamento operante e ensino programado, fez importantes contribuições para o entendimento moderno do processo educativo. A aprendizagem é vista como um processo dinâmico que resulta em mudanças no comportamento, influenciado pela prática e pela experiência. Essas mudanças não ocorrem apenas em ações físicas, mas também em reações simbólicas, como o uso da linguagem, gestos e processos mentais, como compreender e pensar de forma mais elaborada. A prática não deve ser entendida como uma repetição mecânica, mas sim como um esforço contínuo de adaptação a novas situações. Nesse contexto, a aprendizagem se torna um processo de ajuste progressivo, onde as ações e os pensamentos vão se tornando cada vez mais complexos e integrados. É essencial distinguir a aprendizagem de outras mudanças, como as que ocorrem devido ao crescimento ou à maturação. Aprender envolve um processo ativo de adaptação, que leva à transformação do comportamento e do pensamento em resposta às experiências vividas. “uma análise exaustiva das definições de aprendizagem dos diversos autores conduzirá a conclusão de que...” (p.24). No trecho destaca que a Aprendizagem é a mudança no comportamento que acontece devido à prática ou repetição e é influenciada por fatores ambientais e condições do corpo. Nesse processo, a mudança no comportamento é o resultado (ou variável dependente), enquanto os fatores ambientais e orgânicos são as influências que causam essas mudanças (ou variáveis independentes). Portanto, a aprendizagem é a interação entre essas mudanças no comportamento e as condições que afetam o indivíduo. A aprendizagem não deve ser vista apenas como a aquisição de habilidades básicas, como ler ou escrever, mas como um processo mais amplo que inclui aprender valores culturais, papéis sociais e aspectos emocionais. É uma tentativa de restaurar o equilíbrio vital quando se enfrenta uma nova situação que não é bem compreendida. A verdadeira aprendizagem ocorre quando há um esforço real para resolver problemas e ajustar o comportamento a novas situações, enquanto a pseudo-aprendizagem é apenas uma repetição superficial sem verdadeira compreensão. A aprendizagem é um processo dinâmico e ativo, envolvendo participação física, mental e emocional. Na escola, por exemplo, os alunos aprendem mais através da interação e da atividade do que apenas pela memorização de conteúdos. A aprendizagem é contínua e está presente desde o início da vida, passando por diferentes fases e situações. É importante que os métodos de ensino e os conteúdos abordados ajudem no desenvolvimento positivo e na adaptação do indivíduo ao longo da vida. E por Fim, sobre os critérios de conceituação da aprendizagem, segundo Aurora Garcia, ela classifica as definições de aprendizagem em três grupos principais: A primeira abordagem integra genética e experiência, sugerindo que aprendizagem e maturação estão interligadas e se influenciam mutuamente ao longo da vida. A segunda abordagem distingue claramente a aprendizagem da maturação, vendo cada uma como um processo separado. A aprendizagem é entendida como uma adaptação a mudanças externas, enquanto a maturação é vista como um processo biológico interno. A terceira abordagem foca apenas nos aspectos adquiridos da aprendizagem, desconsiderando a influência genética. Aqui, a aprendizagem é vista como uma mudança no comportamento provocada pela experiência, sem considerar a maturação. 1