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DIREÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DAS RELAÇÕES DOS MEMBROS DA 
ORGANIZAÇÃO 
Atualmente o terceiro setor está se tornando cada vez mais importante para 
manter os diferentes interesses da sociedade dentro de uma só coesão. Vem 
despontando como uma área de reconhecida eficácia nos processos de gestão, 
principalmente no uso dos recursos. 
Assim, busca cada vez mais o aprimoramento de seus serviços através da 
qualificação de seus recursos humanos, fazendo com que as pessoas envolvidas 
neste setor procurem aperfeiçoar-se para tangibilizar o conhecimento. Desta forma, 
as inovações em gestão orientada para os resultados, torna-se relevante para o 
desenvolvimento de competências gerenciais, visando o conhecimento, habilidades 
e atitudes no desempenho do gerenciamento destas organizações. 
Na área da prestação de serviços, notadamente na de saúde, estas 
organizações tem se destacado e competido no mercado, com qualidade. 
Os enfermeiros precisam ter habilidades específicas e responsabilidades que 
não são usuais. É frequentemente dito que os gestores de enfermagem no Terceiro 
Setor devem possuir um contato real com a missão da organização, devem ter 
feeling político. O gestor, concebido como trabalhador com o conhecimento, a 
habilidade e a atitude, aplica e cria as condições para resolver problemas 
específicos das organizações. Há um virtual consenso entre estudiosos e pessoas 
envolvidas no cotidiano de organizações sem fins lucrativos de que, no Brasil, a 
deficiência no gerenciamento destas organizações é um dos maiores problemas do 
setor, e que o aperfeiçoamento da gestão, através da aprendizagem e da aplicação 
de técnicas oriundas das lideranças, é um caminho necessário para atingi-lo 
melhores resultados. O problema fundamental do terceiro setor, nesta visão, é um 
problema de gerenciamento. 
O enfermeiro como um trabalhador desta área, deve pois, estar preparado 
para responder a essas demandas, pois tem um papel importante neste contexto. E 
para tanto, necessitam desenvolverem-se como gestores voltados à busca de 
resultados, trabalhando em equipe e fortalecendo o trabalho multiprofissional. 
No mundo globalizado, cada vez mais o sucesso das organizações depende 
da qualidade da sua administração. E o mercado de trabalho, atualmente, espera 
que o enfermeiro tenha capacidade para gerenciar (incluindo todas as funções 
administrativas), argumentar e concretizar mudanças, fazer negociações, solucionar 
conflitos, criar e empreender, tudo isso com o propósito de melhorar a qualidade da 
assistência prestada ao cliente e atender às necessidades organizacionais e 
estruturais do processo de trabalho na área da saúde. 
E, se o mercado espera isso, investimentos em capacitação profissional são 
importantes para o desenvolvimento do enfermeiro, pois o conhecimento é o 
principal instrumento de crescimento profissional neste século. 
Funções da administração 
1 – Planejamento – inclui definição dos objetivos, determinação da 
necessidade de recursos e criação e estabelecimento de estratégias para o alcance 
dos objetivos. Basicamente, é definir o que deve ser feito. 
O planejamento deve proporcionar senso de direção, analisar os pontos fortes 
e fracos da instituição, reconhecer os fatores do ambiente que afetam o sucesso da 
organização, ser capaz de ajustar-se rapidamente às mudanças, atuar como fonte 
de motivação e comprometimento, definir parâmetros de controle, entre outros. 
Tipos de planejamento 
 Estratégico – refere-se à alta administração (diretores), tem foco 
na organização como um todo, com orientação a longo prazo e com objetivos 
gerais e planos genéricos 
 Tático – refere-se à administração intermediária (gerentes), tem 
foco na unidade ou departamento, com orientação a médio prazo e com 
definição de projetos e das principais ações para serem realizadas pela 
unidade 
 Operacional – refere-se à administração direta (supervisores), 
tem foco em atividades rotineiras, com orientação a curto prazo e com 
definição de procedimentos ou processos específicos 
Uma ferramenta muito utilizada nessa função é análise SWOT (análise do 
ambiente interno e externo). 
Lembre-se que para desenvolver um bom planejamento você deve: 
 Definir claramente os objetivos 
 Guiar-se pela política da organização 
 Estabelecer prioridades 
 Formular um plano de ação realista (de acordo com as 
possibilidades em relação a recurso humanos, materiais, físicos e financeiros) 
 Desenvolver uma sequência estruturada e lógica das atividades 
 Buscar o melhor método para alcançar os objetivos propostos 
2 – Organização – inclui a distribuição das atividades e recursos pelos 
membros e unidades da organização agrupando-as em uma estrutura lógica, o 
estabelecimento dos mecanismos de comunicação e a coordenação dos esforços. 
Basicamente é definir e como deve ser feito. 
Alguns instrumentos são utilizados nessa função como: organogramas, 
manuais, fluxogramas, regimentos. 
3 – Direção – inclui a liderança, condução, orientação e motivação dos 
profissionais para um propósito comum, a comunicação e o gerenciamento de 
conflitos e mudanças. Basicamente é administração das relações dos membros 
da organização. 
Entre vários aspectos que fazem parte dessa função, como a estrutura, a 
cultura e o clima organizacionais, um deles requer atenção especial: a liderança, 
que está intimamente relacionada com a direção e a motivação dos profissionais. 
Muitas queixas são feitas em relação ao tipo de liderança adotado pelos 
enfermeiros. 
Na liderança autocrática ou autoritária o enfermeiro não comunica os 
objetivos traçados, define e distribui as atividades sem conversar com o grupo, usa a 
crítica de maneira destrutiva, não informa ao avaliado os critérios utilizados na 
avaliação de desempenho. 
Na liderança permissiva (laissez-faire) o enfermeiro não assume a direção e 
orientação do grupo, não toma decisões e não demonstra iniciativa, os conflitos são 
resolvidos pelos outros e avalia o desempenho do colaborador de modo subjetivo 
para não se comprometer. 
Na liderança democrática o enfermeiro discute com o grupo a forma de 
trabalho e a definição de estratégias para atingir os objetivos, incentiva a 
participação do grupo na tomada de decisões, delega autoridade e procura ser 
objetivo nas avaliações de desempenho. 
Na liderança situacional o enfermeiro adapta o tipo de liderança de acordo 
com a situação apresentada ou com a maturidade de colaborador, e isso requer 
flexibilidade, habilidade na comunicação, inteligência emocional e vivência 
profissional, pois tem ênfase na estruturação do trabalho e no relacionamento 
interpessoal. 
4 – Controle – inclui a mensuração do desempenho e comparação com 
padrões pré-definidos, detecção e correção de desvios. Basicamente, é manter a 
organização no rumo correto. 
Existem vários instrumentos para auxiliar a função controle, como por 
exemplo: o controle financeiro (indicadores financeiros – gestão de custos), os 
sistemas de informação gerencial (sistema informatizado com dados para apoio à 
tomada de decisão), a auditoria (exame pericial para avaliação da eficácia e 
eficiência do serviço), o Balanced Scorecard (controle de desempenho por meio de 
indicadores financeiros e não-financeiros), o Benchmarking (processo de 
comparação de práticas e métodos de trabalho com outras organizações, de forma a 
identificar fatores que conduzam a um desempenho melhor) 
Uma outra ferramenta utilizada nessa função, e de fácil aplicação, é o ciclo 
PDCA, também chamado ciclo de Deming ou ciclo de Shewhart composto por 
quatro etapas. 
 Planejar – (Plan): nessa etapa você deve delimitar o problema e 
definir o objetivo, as metas e o método para resolvê-lo, ou seja, o plano de 
ação 
 Fazer – (Do): nessa etapa você executará o que foi planejado, 
treinando os envolvidos e implementando as ações necessárias 
 Checar – (Check): nessa etapa você deve verificaros resultados 
obtidos 
 Agir – (Act): nessa etapa você agirá de acordo com o resultado – 
no insucesso: implementará ações corretivas dos desvios, e no sucesso: 
padronizará os resultados positivos 
Os conceitos de gestão e de assistência ainda são vistos separadamente por 
muitos enfermeiros, apesar do gerenciamento em enfermagem ser um dos pilares 
de sustentação para uma assistência de qualidade 
Portanto, é fundamental refletir sobre o assunto e buscar conhecimentos e 
referenciais teóricos que tenham como alicerce, além do processo de trabalho, 
também os princípios éticos, para adotar modelos de gestão pautados na excelência 
do atendimento aos pacientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFDICAS: 
http://saudeexperts.com.br/gerenciamento-em-enfermagem/

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