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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA • Epidemiologia o Sobrevida após 5 anos do dx é de 35% o BR uma das maiores taxas de mortalidade por IC no mundo • Definições → é uma síndrome clínica complexa, caracterizada pela incapacidade do m. cardíaco em desenvolver sua função natural o ICFER → IC com fração de ejeção reduzida; FE ventrículo esquerdo 49%, alteração estrutural e/ou disfunção DIÁSTOLICA o ICFEM → IC com fração de ejeção melhorada; pacientes que trataram e melhoraram • Classificação o Aguda/crônica o Congênito/adquirida o Sistólica/diastólica o Esquerda/direita • Etiologia o Doença isquêmica (angina, DAC...) o HAS o Doença de chagas o Cardiomiopatia (miocardites, hipertrófica, dilatada, restritiva e displasia arritmogênica do VD) o Uso de medicações (bloqueador do canal de Ca+, agentes citotóxicos) o Uso de drogas (álcool, cocaína...) o Doenças endócrinas (DM, tireoide, Cushing, insuficiência adrenal, excesso de GH, feocromocitoma) o Nutricional (obesidade, caquexia, falta de selênio, tiamina, carnitina) o Infiltrativas (sarcoidose, amiloidose, hemocromatose) o Doença extra-cardíaca (fístula arteriovenosa, beribéri, doença de Paget, anemia, DRC, periparto...) • Fisiopatologia o Lesão miocárdica ou estresse mecânico (valvulopatia, HAS, miocardia, IAM) → ocorre: ▪ 1) remodelamento cardíaco → isquemia → apoptose → fibrose de cardiomiócitos ▪ 2) disfunção endotelial ▪ 3) hiperatividade de mecanismos compensatórios = SNA simpático e SRAA ▪ 4) liberação de citocinas pró-inflamatórias o Déficit contrátil do m. cardíaco → DC insuficiente → déficit perfusional sistêmico o Déficit diastólico do m. cardíaco → déficit de enchimento ventricular → congestão vascular retrógada → liberação de BNP-tipo B o SNA simpático → aumento da FC e contratilidade miocárdica → aumento do consumo de O2 → isquemia → lesão do cardiomiócito o SRAA → vasoconstrição periférica E sobrecarga de volume (aldosterona reabsorve +Na e água) → aumenta tensão parietal → aumento do consumo de O2 E gera hipertrofia para aumentar força de contração → redução da contratilidade • Evolução clínica o Normal → assintomática, exercício +, FEVE > 50% o Disfunção de VE assintomática → assintomática, exercício +, FEVE 100 = IC possível; se > 400 = IC muito provável ▪ No ambulatório, se > 50 = IC possível o NT-proBNP ▪ Na emergência, em pacientes 300 = IC possível; se > 450 = IC muito provável ▪ Na emergência, em pacientes 50-75 anos, se > 300 = IC possível; se > 900 = IC muito provável ▪ Na emergência, em pacientes >75 anos, se > 300 = IC possível; se > 1800 = IC muito provável ▪ No ambulatório, se > 125 = IC possível o RX tórax o RNM cardíaca o Angiografia coronária o Cintilografia miocárdica • TRATAMENTO = farmacológico e NÃO farmacológico (restrição de Na+ e água, cessar tabagismo e etilismo, perda de peso...) o IECA/BRA → inibem remodelamento cardíaco; IECA>BRA ▪ Na fisiologia, angiotensina 2 → aumenta FC, aumenta reabsorção de Na+, hiperatividade simpática... → Por um tempo é bom, mas depois é prejudicial ▪ Mais uso → ENALAPRIL, CAPTOPRIL ▪ Suspender somente se: K+>5,5; Creat>3,5 ou TFG 5,5; Creat>2,5 ou TFG 70 e ritmo sinusal ▪ NÃO USAR EM FA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA • Definição o Níveis pressóricos, em que os benefícios do tratamento (não medicamentoso e/ou medicamentoso) superam os riscos o Elevação persistente da pressão arterial (PA), ou seja, PA sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg, medida com a técnica correta ▪ PRIMÁRIA → 95% ▪ SECUNDÁRIA → síndrome da hipoapneia do sono, obesidade grave, hiperaldosteronismo • Pensa-se em jovens ouidosos > 70 anos • Ou HAS muito elevadas discrepantes • Importância o Fator de risco INDEPENDENTE para DCV o Consequências → cardíacas, neurológicas, renais, oftalmológicas... ▪ LOA → lesão de órgão-alvo → tratamento mais agressivo, será de alto risco (perde a janela terapêutica) • Epidemiologia o HAS está associada em 45% das mortes por DAC e IC e 51% das mortes por doença cardiovascular o 71,7% das pessoas > 70 anos terão HAS o Doenças cardiovasculares continuam a ser principal causa de morte o + HOMENS • Fator de risco o Genética o Negros (podem ter resistência a IECA) tem HAS mais grave o Sobrepeso e obesidade (aumento do tecido adiposo, aumenta inflamação, aumenta a RVP) o Ingestão de Na+ aumenta risco o Ingestão de K+ e Mg+ diminui risco o Álcool (toxêmico = volêmico) o Fatores socioeconômicos o SAHOS (síndrome de hipoapneia do sono) • Fisiopatologia o PA= DC x RVP o DC= FC x VS ▪ FC → SNA controla ▪ VS → depende da: • Capacidade de contratilidade miocárdica • Pré-carga (volume diastólico ventricular final ou comprimento da fibra ao final da diástole que determina a tensão necessária de ejeção ventricular) = retorno venoso, volemia, tônus muscular periférico • Pós-carga (determina a pressão que o ventrículo precisa vencer para ejetar o sangue) = resistência valvular aórtica, complacência da aorta, RVP ▪ Natriurese pressórica → capacidade renal de controlar a saída de sódio; mácula densa capta a quantidade de NaCl → menos Cl – captado → envia sinalização para secreção de renina para que haja secreção de angiotensina II → + vasoconstrição periférica + vasoconstrição de a. eferente → filtra + NaCl → mantendo a pressão controlada • DRC = perde-se essa capacidade; DRC é causa e consequência de HAS ▪ Sensibilidade ao Na+ → o limiar de sódio, tolerância é individual ▪ SRAA → a hiper estimulação é RUIM, gera: • Vasoconstrição periférica • Retenção de Na+ • Vasoconstrição de arteríola eferente ▪ SNA → aumenta FC, vasoconstrição, aumenta força contrátil cardíaca • MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL o Medir PA em toda consulta ▪ Idealmente medir 3 TRÊS VEZES com intervalo de 1 a 2 minutos→ se não tiver diferença, não precisa mensurar novamente; SE DIFERENÇA > 10mmHg: faz-se + medidas ▪ As primeiras 2 DUAS medidas devem ser simultâneas nos dois braços ▪ Nas próximas consultas, as medidas subsequentes devem ser no braço de maior pressão o Em casa precisa seguir um calendário, anotando o HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA → idosos, diabéticos e quadros demenciais; HAS cai mais que 20mmHg e diastólica cai mais que 10mmHg quando paciente levanta ▪ Medir no paciente deitado ▪ Medir no paciente de pé no 1 e 3min o Como medir? ▪ Paciente NÃO DEVE: 1) estar de bexiga cheia; 2) ter praticado atividade física na última hora; 3) ingerido bebidas alcoólicas, café ou alimentos; 4) fumos na meia hora anterior ▪ Manguitos MENORES que o tamanho adequado podem superestimar a pressão do paciente; PAS de 120mmHg mede-se 170mmHg o PAD ZERO → problemas de válvulas; anota-se o HIATO AUSCULTATÓRIO → pode ocorrer em idosos, com enrijecimento arterial e arterioesclerose o PSEUDO-HIPERTENSÃO → suspeita em casos de internamento e hipertensos de longa data SEM LOA ▪ Mais comum acima de 70 anos ▪ MANOBRA DE OSLER → Deve-se inflar o manguito acima da PAS e, diz-se que a manobra é positiva, quando as artérias permanecem palpáveis, mas sem pulsações • DIAGNÓSTICO o No consultório, deve haver medidas em 2 consultas o No consultório + em casa, se forem divergentes: HIPERTENSÃO DO AVENTAL BRANCO ou HIPERTENSÃO MASCARADA • CLASSIFICAÇÃO o PA ÓTIMA → 10m/s (medido em ecodoppler; velocidade da onda de pulso) o RETINOPATIA HIPERTENSIVA = principal LOA • ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO o Fatores de risco adicionais ▪ > 55 H e > 65 M ▪ DCV prematura em parentes de 1º grau ▪ Tabagismo ▪ Dislipidemia ▪ DM ▪ Obesidade o Sem risco → Pré- HAS + ausência de fatores de risco o Risco baixo → META: PAvasodilatação via NO o Carvedilol = 3ª geração; bom uso para IC, - bradicardia o Bisoprolol = bom uso para IC • Simpaticomiméticos de ação central = agonistas alfa-2 adrenérgicos o Clonidina = uso CRISE de HAS • Vasodilatadores diretos o Hidralazina = pode gerar síndrome lúpus-like; anti-histona + • HIPERTENSÃO ARTERIAL RESISTENTE → uso de 3 drogas ou mais, sendo 1 delas um diurético, SEM controle da HAS o Acrescentar ESPIRONOLACTONA como 4ª droga = tentativa • HIPERTENSÃO ARTERIAL REFRATÁRIA → uso de 5 drogas SEM controle da HAS o Pode-se submeter a ações radicais: 1) ABLAÇÃO DE A. AFERENTE ou 2) STENT ARTERIAL • HIPERTENSÃO ARTERIAL SECUNDÁRIA o Suspeita-se quando: ▪ Início precoce 60 anos ▪ Início súbito ▪ HAS grave estágio 3 ▪ HAS resistente ou refratária ▪ Piora inexplicável de PA controlada ▪ Palpitação, sudorese e cefaleia ▪ Assimetria de pulsos ▪ Sopros abdominais ▪ Piora da função renal ▪ Proteinúria ou hematúria ▪ Uso de fármacos que podem aumentar PA DISLIPIDEMIAS • Dislipidemia → qualquer alteração dos níveis lipídicos do organismo; consequências: o DCV e aterosclerose = hipercolesterolemia o Pancreatite = hipertriglicerideos (não há aumento do risco de DCV) o ATEROSCLEROSE → deposição crônica de placas de gordura na parede das artérias ▪ DM (LDL pequenas e densas que penetram + nas células, HDL baixo e TL alto – a HB glicada alta em si já aumenta TL), HAS → lesam o endotélio e geram aumento do acúmulo ▪ COMPLICAÇÕES • Estenoses → mesentérica (angina após comer), coronariana (angina), femoral (claudicação) • Aneurisma ▪ Arterioesclerose → enrijecimento dos vasos • Em quem dosar o DCV o > de 20 anos (se normal, repetir a cada 5 anos) o 2-19 dosar se parente de 1 grau tem dislipidemia ou DCV precoce o 2-19 se xantomas, obesidade, pancreatite ou outros RCV o Uso de TRH, roucutam ou outra droga que curse com dislipidemia • METABOLISMO LIPÍDICO o Lipídeos + relevantes para o organismo: ▪ Fosfolipídeos (membranas celulares; metabolização por lipox enzimas) ▪ Colesterol (vias finais do metabolismo de gorduras, precursores de hormônios, ácidos biliares e vitamina D) ▪ Triglicerídeos (3 ácidos graxos ligados a 1 glicerol, alto armazenamento energéticos em músculos e tecido adiposo) ▪ Ácidos graxos (podem ser classificados como saturados e insaturados de acordo com o número de ligações duplas entre os átomos de carbono) o LIPOPROTEÍNAS → proteínas que facilitam o transporte plasmático de lipídeos (são hidrofóbicos) ▪ Quilomícrons = partículas proteicas que auxiliam na primeira fase de absorção intestinal; ricas em TG e muito pouco densas ▪ VLDL = verý low; origem hepática (quando gordura já foi absorvida); ricas em triglicerídeos e pouquíssimo densas ▪ LDL = low; origem hepática; ricas em colesterol e pouco densas (repelem o colesterol quando está passando pelos vasos, “não colhe o colesterol” = forma ateromas ▪ HDL = high; origem hepática; ricas em colesterol e muito densas (“imã” de colesterol no sangue) • FISIOLOGIA DA ABSORÇÃO INTESTINAL o TRIGLICERÍDEOS → lipases pancreáticas hidrolisam e transformam os triglicerídeos em AG livres → sais biliares emulsificam e solubilizam os AG em forma de micelas → micelas sofrem movimentação em borda em escova de enterócitos o COLESTEROL → Proteína de Niemann-Pick C1-Like 1 (NPC1-L1) promove a absorção de pela borda em escova enterocitária o Após a absorção intestinal as micelas (ricas em AG) são utilizadas para formação de quilomícrons → drenados pelo sistema linfático até o ducto torácico → ao retornarem para o sistema vascular, os quilomícrons sofrem processo de hidrólise por lipases endoteliais → liberam os AGs livres e quilomícrons remanescentes (degradados pelo fígado)→ AGs são captados por miócitos ou adipócitos que convertem novamente em TGL o Ciclo endógeno → lipídios são transportados pelas lipoproteínas ▪ VLDL é formada pela apoB100 e é rica em TGL, sofrem hidrólise plasmática por ação de lipases endoteliais e liberam os TGL para absorção do tecido periférico ▪ LDL é formada pela apoB100 e é rica em COLESTEROL e é captada por células que expressem em sua superfície o receptor LDL-R (presente no fígado e tecidos periféricos) • Quanto maior os níveis de síntese endógena de colesterol MENOR o nível de LDL-R e portanto maior os níveis de colesteróis plasmáticos o Metabolização dos lipídeos no hepatócito → o colesterol adentra no hepatócito e suprime atividade da HMG-CoA redutase, a qual é fundamental para a produção de colesterol no fígado → como consequência, há REDUÇÃO DA SÍNTESE DE COLESTEROL HEPÁTICO o PCSK9 (proteína convertase subtilisina/kexina tipo 9) → inibe a reciclagem do receptor LDL-R da superfície celular → reduz o número de LDL-R nas células → aumenta os níveis de LDL plasmáticos ▪ Há pesquisa de fármacos que inibem ela; faz com que haja uma hiperativação de receptores hepáticos LDL-R → +++ coleta de LDL pelo fígado o HDL →.origem hepática e composto por APO AI e AII → o colesterol livre sofre ação da enzima lecitina- colesterolaciltransferase (LCAT) o que gera estabilização do colesterol junto a molécula de HDL, que então é captado pelo tecido hepático pelos receptores SR-B1 ▪ HDL contribui para a PROTEÇÃO do leito cardiovascular, remove lípides oxidados, e inibe a fixação de LDL ao endotélio • Acúmulo de quilomícrons ou VLDL → hipertrigliceridemia o Causas: ingesta, aumento de síntese, ou diminuição de hidrólise plasmática (genética) • Acúmulo de LDL → hipercolesterolemia o Causas: doenças monogênicas por defeitos em genes do LDL-R ou nos genes da apoB100 o Consequências: colesterol vai se soltando e se depositando nas camadas vasculares • ATEROSCLEROSE → manifestação clínica da dislipidemia; doença inflamatória crônico vascular multifatorial surgimento em resposta à agressão endotelial o Fisiopatologia → há uma lesão endotelial → rasgo da túnica íntima → lipoproteínas se depositam na camada média (vai dissecando parede arteriolar) → promove estresse oxidativo ▪ Estresse oxidativo → citocinas, macrófagos, monócitos... com fagocitose de partículas de LDL oxidadas → células fagocitárias viram células espumosas → formação de corcovas gordurosas, fibróticas e cacificadas → obstruem o fluxo sanguíneo o PLACAS DURAS/ESTÁVEL → sintomas crônicos; muito fibroblastos o PLACAS MOLES/INSTÁVEIS → suscetível ao turbilhonamento sanguíneo; pouco fibroblastos ▪ Liberação do “coágulo de gordura” na circulação (altamente trombogênico = infarto) o Nenhuma placa obstrui 100%, apenas quando a placa instável sofre um estresse a mais que gera a trombolização da placa e obstrução completa • AVALIAÇÃO LABORATORIAL o 12h de jejum o Equação de Friedewald ➔ CT = LDL + HDL + TGL/5 ▪ LDL é SEMPRE INDIRETAMENTE calculado ▪ Valores de TGL > 400 NÃO permitem que a equação seja utilizada e que o cálculo do LDL possa ser feito o CT e LDL repercutem com altas taxas de morbimortalidade ▪ + comorbidades, -- o LDL deve ser (o valor de referência deve ser INDIVIDUALIZADO) ▪ Muito relacionados a genética o HDL baixas taxas de morbimortalidade o TGL não repercutem grandemente no risco CV global ▪ Acometimento patológico de outros tecidos como o pâncreas = pancreatite ▪ TGL está muito relacionado a alimentação • Classificação das dislipidemias o Hipercolesterolemia isolada: LDL > 160mg/dl; o Hipertrigliceridemia isolada: TGL > 150mg/dl; o Hiperlipidemia mista: LDL > 160mg/dl + TGL > 150mg/dl // Se TGL > 400 (não se pode calcular LDL), considerar mista se CT > 200mg/dl; o HDL baixo: Homensfatais o ++ importante é o escore de risco cardiovascular global → estima o risco não só de IAM, mas também de AVEs, DAOP, IC em 10 anos o ESCORE DE RISCO CARDIOVASCULAR GLOBAL ▪ 1) Determinação de presença de Doença aterosclerótica significativa ou de seus equivalentes (DRC, DM1 ou 2, ou aterosclerose diagnosticada na forma subclínica) • Ecodoppler arterial ou venoso • Teste ergométrico • DRC = faz hipertrigliceridemia ▪ 2) Escore de risco global (PAS, fumo, DM, idade, sexo, HDL) ▪ 3) Fatores agravantes ▪ ESTIMAR RISCO E SABERRRRR METAS o ESCORE DE RISCO PELO TEMPO DE VIDA ▪ Aplicável para pacientes > 45 anos o METAS TERAPÊUTICAS ▪ Farmacológica + MEV ▪ Quando medicalizar? • Primariamente redução de LDL, se TGL for 3x do limite superior o INDIVIDUALIZAR O TTO → escore de Castelli 1 (não é superior ao escore global) = CT/HDL ▪ Homens > 5,1 → vale a pena medicar ▪ Mulheres > 4,4 → vale a pena medicar o Cuidado com idosos > 75 anos o Pitavastina → MENOS DOR MUSCULAR ▪ Resinas ou sequestradoras de ácidos biliares • EX: Colestiramina e Colestipol • AÇÃO → substâncias que se ligam aos ácidos biliares e inibem a emulsificação de gorduras e reduzem a absorção de colesterol pelos enterócitos o Redução da absorção de colesterol enteral → provoca redução do colesterol celular global → aumento da expressão de LDL-R na superfície de hepatócitos → redução de LDL plasmático • EFEITOS COLATERAIS → aumento de VLDL e TGL • USO → associado quando estatina não atinge meta; CRIANÇAS o Não são muito prescritas ▪ Ezetimiba • AÇÃO → Inibe a absorção de colesterol na borda em escova, atuando nos receptores Niemann-Pick C1-Like Protein 1, inibindo o transporte de colesterol o Redução da absorção de colesterol enteral → provoca redução do colesterol celular global → aumento da expressão de LDL-R na superfície de hepatócitos → redução de LDL plasmático • USO → ASSOCIAR quando a meta de LDL não é atingida só com estatinas (pode-se usar sozinho também, mas é raro) ▪ Niacina (ÁCIDO NICOTÍNICO) • AÇÃO o Atua no tecido adiposo periférico, leucócitos e células de Langerhans...se liga a um receptor que inibe lipases → diminui a liberação de AGs o Inibe enzima diacilglicerol aciltransferase-2 (DGAT-2) responsável pela produção de TGL pelos hepatócitos o Aumenta níveis de HDL • USO → Não é muito utilizado; 3 ou 4 medicação • EFEITOS COLATERAIS → grandes números de efeitos colaterais com poucos terapêuticos ▪ FIbratos • AÇÃO → mimetizam a estrutura e funções biológicas dos AGs livres → ligam-se a receptores ativados pelo proliferador de peroxissomos (PPARs), expressos no tecido hepático, cardíaco, renal e muscular → a ativação dos PPARs ativa uma série de genes que promove HIDRÓLISE dos TGLs no VLDL e QUILOMICRONS, e isso degrada as moléculas em excesso o Menos triglicerídeos o Maior síntese de HDL o Maior tamanho das partículas de LDL • USO → aumento associado ou isolado de TGD o Indicações: TGL > 500mg/dl (BMJ) devido a risco de pancreatite; 190mg/dl e TGL > 800mg/dl isolados OU associados o Sempre afastar causas secundárias (DM2, Hipotireoidismo, DRC, iatrogenias...) ▪ Hipotireoidismo → SEMPRE estabilizar o hipotireoidismo ANTES DE TRATAR A DISLIPIDEMIA, pois esta pode ser consequência do hipotireoidismo; dosar após 6 meses para avaliar necessidade de tratar o Hipercolesterolemia isolada: ▪ Hipercolesterolemia familiar cogitada quando houver LDL > 190mg/dl ▪ Transmissão genética, autossômica dominante o Hipertrigliceridemia Isolada: ▪ Níveis elevados de TGL, geralmente > 1000mg ▪ Risco aumentado de pancreatite aguda ▪ FIBRATOS e NIACINA • DISLIPIDEMIA EM IDOSOS (> 75 ANOS) o A gênese das dislipidemias é secundária a outras patologias, como DM2, DRC, hipotireoidismo, menopausa, sd nefrótica, obesidade, uso de fármacos o Inicialmente propor MEV e se após 90 dias não houver melhora iniciar fármacos ▪ Estatinas → sempre em doses baixas, analisar custo-benefício, efeitos colaterais, avaliar se existe condição de progredir tratamento o Estudo PROSPER evidenciou benefícios de terapia para dislipidemias nessa faixa etária: ▪ Redução de DAC e eventos coronarianos; ▪ AVEs; ▪ Preservação de funções cognitivas • DISLIPIDEMIAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES o Investigação clínica e laboratorial somente indicada caso haja histórico familiar importante, ou: ▪ Evidência clínica de dislipidemia ▪ Doenças que podem secundariamente causar dislipidemias ▪ Uso de fármacos sabidamente “Lipêmicos” o Início de terapia → MEV SEMPRE e iniciar farmacológica somente após os 10 anos de idade ▪ NÃO TRATAR COM MEDICAMENTO antes dos 10 anos o RESINAS DE TROCA são os fármacos de escolha, estatinas em casos mais graves o Início de terapia farmacológica geralmente se: ▪ LDL > 190mg/dl ou ▪ LDL > 160mg/dl + hx familiar importante de aterosclerose • DISLIPIDEMIAS SECUNDÁRIAS o Hipotireoidismo → Tanto no hipotireoidismo clínico quanto subclínico ocorre aumento dos níveis plasmáticos de LDL e TGL, e por conta disto a terapêutica antilipêmica só deverá ser iniciada após estabilização de níveis de TSH; o Hepatopatias → Não há contraindicação absoluta do uso de estatinas; Contraindicações relativas:insuficiência hepática, Transaminases > 3xLSN, icterícia o DAI →LES, AR, Sd de Sjogren, Artrite psoriásica, Vasculites sistêmicas geralmente aumentam por si só o risco CV, e seus tratamentos frequentemente incluem fármacos que alteram o metabolismo lipídico; Indicação de uso de hipolipemiantes: Prevenção SECUNDÁRIA • DISLIPIDEMIA NA GRAVIDEZ o Sempre o controle dietético e MEV devem ser preferidas sobre terapia medicamentosa, entretanto caso haja necessidade terapia farmacológica deve ser instituída o Preferir fármacos com risco gestacional reduzido o Estatina é PROIBIDO na gestação • DISLIPIDEMIA NA MENOPAUSA o Uso de TRH em pacientes com dislipidemia conhecida deve ser evitada por conta de aumento de risco CV • DISLIPIDEMIAS EM SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS o De acordo com as evidências atuais o uso de estatinas deve ser instituído de maneira mais precoce possível no tratamento de SCA, entre o 1º e 4º dia de DX da doença o Manter pra sempre o Meta de LDL 4 TEP provável → FAZ-SE ANGIO-TC P/confirmar ▪ 1 TEP provável simplificado (significa que qualquer um dos fatores já aumenta probabilidade) ▪ “um diagnóstico alternativo menos provável” → se se descartar outros diagnósticos, pontua o ESCORE DE GENEBRA → + específico para TEP ▪ > 5 probabilidade alta o D-DÍMERO → alta sensibilidade, liberado na degradação de fibrina que surge por conta dos agentes fibrinolíticos naturais ▪ Possui VALOR PREDITIVO NEGATIVO alto → SE NEGATIVO, descartar TEP ▪ Se positivo, deve-se continuar investigando, pois pode ser muitas outras coisase TVP ▪ 4 TEP provável → FAZ-SE ANGIO-TC P/confirmar ▪ D-dímero ALTERADO o Gasometria: hipoxemia/hipocapnia (ALCALOSE RESPIRATÓRIA AGUDA) o ECG: DESCARTA INFARTO; taquicardia sinusal é característica ▪ É infrequente o achado do padrão clássico S1-Q3-T3 → sugere sobrecarga de VD; NÃO É PATOGNÔMONICO ▪ Bloqueio de ramo direito o RX tórax: descartar outras patogenias; mas tardiamente pode fazer ▪ Triângulo de Hampton → corcovas; triângulos brancos (parte infartadas do pulmão) ▪ Sinal de Fleischner → inespecífico; aumento do VD ▪ Sinal de Westermark → linhas atelectasias brancas o ECOCARDIOGRAMA transtorácica: NÃO VÊ COÁGULO; auxilia a identificar repercussão cardíaca devido à disfunção do VD; disfunção de VD, HAD, pressão aumentada em artéria pulmonar; regurgitação tricúspide o Marcadores de mau prognóstico: BNP e troponina = indicam disfunção de VD o Doppler MMII o Arteriografia pulmonar → PADRÃO-OURO, muito invasivo é feito por cateterismo, apenas pacientes que necessitam de abordagem terapêutica o Cintilografia pulmonar → quando não puder fazer angio-TC (gestação, DRC, IRA); observa-se zonas com redução ou ausência de perfusão com ventilação normal ▪ Menor captação, sugere-se que haja TEP • RASTREIO PARA DOENÇAS SUBJACENTES → SAF, neoplasia oculta... → SÓ SE FAZ SE HOUVER OUTRAS CLÍNICAS PRESENTES e descartou-se outros fatores de risco causais do TEP (suspeita de neoplasias, TEVs recorrentes, TEVs em localização atípica ...) • DD → dar diagnóstico sindrômico facilita achar outros DD o Angina instável o IAMSST ou CSST o PAC o CODIV-19 o DPOC o Asma o IC descompensada o Transtorno do pânico o Costocondrite o Tamponamento cardíaco • TRATAMENTO → impedir propagação e crescimento do trombo; NÃO DISSOLVE O TROMBO o O TROMBO RESOLVE-SE NORMALMENTE EM 7-10 DIAS POR FIBRINÓLISE OU INCORPORAÇÃO À PAREDE DA VEIA o Iniciação → 5 a 21 dias (deter estado pró-trombótico) o Tratamento → até 3 meses (prevenir novos trombos e permitir fibrinólise) o Tratamento estendido → > 3 meses (prevenção de TEV de repetição) • Manejo primário o TRATAMENTO na maioria das vezes, é INTERNAMENTO HOPITALAR para dar SUPORTE ▪ Cateter nasal para deixar Sat O2 de 94-98% (88-92% = em pacientes com IRC) ▪ IOT a depender da gravidade da insuficiência (cianose, RNC..) ▪ Expansão volêmica em casos de CHOQUE (cautela para evitar disfunção de VD) ▪ Em casos de choque, uso de drogas vasoativas (NORA= vasoconstrição venosa e arterial; melhora pré e pós-carga; DOBUTAMINA= inotropismo e cronotropismo positivo; uso quando há disfunção sistólica) • Antiacoagulação → há vários, avaliar função renal, gravidez, neoplasia, obesidade... o AAS → NÃO se usa em TEP; é inferior à anticoagulação o Ordem de preferência → NOACs > Antagonistas VIT K (Varfarina)> HBPM o HNF → anticoagulante indireto, EV ou SC; se liga a antitrombina com MENOR AFINIDADE; meia vida CURTA ▪ Antídoto → Protamina o HBPM → Enoxaparina → anticoagulante indireto, EV ou SC; se liga a antitrombina com MAIOR AFINIDADE; e anticoagulante direto, inibe fator de Xa; meia vida mais LONGA o FondaparinuX → é um tipo de heparina de uso somente SC → é preferível em trombocitopenia induzida por heparina; anticoagulante direto, inibe fator Xa o AVK → Varfarina (Marevan)→ inibe os fatores de coagulação dependentes de vitamina K (II, X, IX, VII) ▪ PRECISA DE PONTE (paciente deve fazer heparina antes) = se não fizer, paciente pode fazer necrose cutânea induzida por varfarina, ou piorar sangramento ▪ Necessita controle do TAP/INR (avalia via extrínseca) ▪ Entre 2-3 ou 2,5-3,5 (válvulas metálicas) ▪ Antídoto → Vitamina K (só usar quando INR > 6) o NOACs → RivaroXabana, ApiXabana, EdoXabana... → inibem fator Xa ▪ DabIgatrana (inibe fator II) ▪ Não são inferiores às heparinas ▪ Não interagem com alimento ▪ Não precisam de monitoramento laboratorial ▪ Rivaroxabana e Apixabana NÃO PRECISA DE PONTE (porém deve-se iniciar com DOSE MAIS ALTA e depois reduzir para dose plena) ▪ Dabigatrana e Edoxabana PRECISA DE PONTE por 5 a 10 dias (paciente deve fazer heparina antes) ▪ Antídotos → Idarucixumabe (difícil conseguir) • Recomendação de escolha da anticoagulação o Risco de sangramento → HNF (meia vida CURTA, afinidade à antitrombina BAIXA e antídoto de fácil acesso PROTAMINA) o Gestação → HBPM é preferível o Neoplasia ativa → controvérsias o Disfunção renal TFG 90 ▪ Confirmação por exames de imagem o Trombolíticos ▪ Tenecteplase (em bolus; única dose conforme peso) ▪ Alteplase SUS 100mg (diluição em 100ml de soro, máximo 1,5mg/kg de dose) o Contraindicação a trombólise ▪ Absoluta = AVE hemorrágico ou AVE sem tipo definido, neoplasias de SNC, TCE, AVE isquêmico 70 anos ▪ IC ▪ IAM ▪ AVE isquêmico ▪ Infecção ▪ Colagenose ▪ IMC > 30 o ESCORE DE PÁDUA → risco de TEV; uso para saber se deve-se fazer anticoagulação profilática o RISCO BAIXO 0-3PTS ▪ Deambulação, meias compressivas o RISCO MODERADO > 3PTS ▪ Heparina não fracionada 5000 UI SC 12h12 ▪ HPBM 40mg 1x/dia o RISCO ALTO >3PTS ▪ Varfarina manter INR 1,5-2 ▪ Heparina não fracionada 5000 UI SC 8h8 ▪ HPBM 40mg 1x/dia • Complicações TEP → hemorragia, infarto pulmonar, PCR, HAP, TIH, tromboembolismo venoso de recorrência, osteoporose pelo uso de heparina... FARMACOLOGIA CARDIOVASCULAR o Nos vasos: ▪ Noradrenalina, Dopamina e AT2 → favorecem influxo de Ca+, causando contração da m. lisa dos vasos ▪ Acetilcolina, Histamina, Serotonina → diminuem influxo de Ca+, causando dilatação da m. lisa dos vasos ▪ Receptores Alfa 1 adrenérgicos • Vasos sanguíneos, TGU e TGI • EXCITATÓRIOS = vasoconstrição • Antagonista ALFA-1 → Carvedilol, Doxazozina (gera vasodilatação no TGU; uso em HPB, CA de próstata), alémdisso pode ser usada para terror noturno ▪ Receptores Alfa 2 adrenérgicos: • SNC pré-sinápticos • INIBITÓRIOS = paralização da neurotransmissão • Agonista ALFA-2 → Clonidina e Metildopa (geram vasodilatação periférica; uso em HAS refratária ou crise hipertensiva; Metildopa em gestante e DHET) ▪ Receptores Beta 1 adrenérgicos • Coração • EXCITATÓRIOS = aumenta contração, aumento da FC • Antagonista BETA-1 → Propanolol, Atenolol, Nebivolol, Metoprolol (cronotropismo e inotropismo negativo) ▪ Receptores Beta 2 adrenérgicos • Pulmões • INIBITÓRIOS = relaxamento brônquico e da m. lisa • Antagonista BETA-2 → Propanolol, broncoconstrição ▪ Receptores Beta 3 adrenérgicos • Vasos sanguíneos • AUMENTO de NO = vasodilatação • Nebivolol possui atuação parcial o Nos néfrons: ▪ Aparelho justaglomerular Beta-1 bloqueador Atenolol NÃO usar em ICFER Beta-1 bloqueador Metoprolol Usar em ICFER e pct com história de broncoespasmo Beta-1 bloqueador Nebivolol Impede disfunção erétil Beta-1 e Beta-2 bloqueador Propanolol Uso para ansiedade Beta-1, Beta-2 e Alfa-1 bloqueador Carvedilol Uso em IC Beta-1, Beta-2 e Alfa-1 bloqueador Labetalol Uso em hemorragia intracraniana Uso em HAS na gestação Beta-1 agonistas Pindolol Uso em HAS na gestação • Células da mácula densa no TCD → células especializadas em Na+, água e Cl- → quando há EXCESSO de Na+ Cl- → se está passando muito sódio → o rim entende que há uma HIPERFUSÃO RENAL o Se está passando MENOS Na+→ entende-se que há HIPOPERFUSÃO → ativa sistema Renina-Angiotensina- Aldosterona → AT2 → aumenta contratilidade cardíaca, vasoconstrição periférica, vasoconstrição de a. eferente (+ filtração glomerular) ▪ Gradiente osmótico • Córtex renal → interstício = hipotônico; muita reabsorção de água • Medula renal → interstício = hipertônico; muita reabsorção de soluto o Ramo ascendente espesso da Alça de Henle reabsorve grande quantidade de solutos K+, Na+, 2Cl- ▪ Tiazídicos → atuam no TCD bloqueiam reabsorção de Na+ e Cl → água é retida na urina junto com Na+ → aumenta a osmolaridade tubular • -- Na+ reabsorvido → + Ca+ reabsorvido pela ação do PTH = HIPERCALCEMIA • Efeitos colaterais → disfunção erétil + 4HIPO 4HIPER o Hipocalemia o Hipomagnesemia (K+ e Mg+ andam juntos) o Hipovolemia o Hiponatremia o Hiperuricemia (aumenta ação da xanxina oxidase) o Hiperglicemia (inibe secreção de insulina) o Hiperlipidemia (mecanismo hepático extrarenal) o Hipercalcemia • Vantagens o Bom para osteoporose/osteopenia o Previne cálculo por Ca+ • ** ter cuidado com doses elevadas ▪ De alça → atuam no ramo ascendente espesso da alça de henle; impede reabsorção de K+, Na+, 2Cl-; -- hipertonicidade da medula renal = -- ação do ADH • + potentes diuréticos • Excretam água livre • Efeito LEVE vasodilatador indireto por redução periférica da sensibilidade à AT2 = MAS NÃO SE USA EM HAS • Efeitos colaterais o Hipovolemia o Hipotensão o Hipocalemia (atua na bomba Na+K+2Cl-) o Hipomagnesemia (onde K+ vai Mg+ vai) o Hipocalcemia (favorece a cristalização urinária = favorece excreção de Ca+) o Hipernatremia (apesar de atuar na bomba Na+K+2Cl-, a perca de água é mais significativa) o Hiperuricemia (aumenta ação da xanxina oxidase) o Aumento de Creat e Ur (diurese excessiva leva redução do volume plasmático e isso reduz a perfusão renal o que pode gerar aumento de Ur e Creat) ▪ Poupadores de K+ → Atuam no ducto coletor do néfron; podem ser 1) antagonistas da aldosterona ou 2) bloqueadores dos canais de Na+→ bloqueio da aldosterona = bloqueia a excreção de K+ (e de H+) • - diurético + anti-HAS • Muito uso em HAS refratária e aumenta sobrevida na IC • SOP → leve ação anti-androgênica • Efeitos colaterais o Hipovolemia o Hipotensão o Hipercalemia ▪ Atuam no TCP (inibidores da anidrase carbônica) → bloqueiam a anidrase carbônica (responsável pela reabsorção de HCO3); pode gerar déficit de HCO3- sanguíneo (o TCP reabsorve muito HCO3-, K+, Na+ e água) • Também reduzem produção de humor aquoso e atua no SNC gerando depressão da despolarização neuronal global → uso em glaucoma e epilepsia • Efeitos colaterais o ACIDOSE TUBULAR RENAL o NECROSE INTERSTICIAL AGUDA o RASH ▪ Osmóticos → substâncias inertes osmoticamente ativas não reabsorvidas pelos túbulos renais = água gruda • EX: manitol • Uso o IRA (impede hipoperfusão renal) o HIC (impede extravasamento de liquido livre) o Glaucoma (impede extravasamento de liquido livre) • Efeitos colaterais o HIPERTENSÃO (aumenta fluido intravascular) o HIPONATREMIA o PRÉ-CARGA AUMENTADA (risco de IC de VE) DOR TORÁCICA • Conceito de isquemia → balanço de oferta e demanda o DUPLO PRODUTO (estimativa do trabalho miocárdico) → DP=FC X PAS • Síndrome coronariana crônica = Angina estável → placas duras, dor no exercício ou sob estresse • Síndromes coronarianas agudas = Angina instável e IAMs → angina pode virar IAMCSST o IAM com supra de ST → 20%; + grave; oclusão total de uma coronária ▪ ENZIMAS CARDÍACAS alteradas já que há morte celular o IAM sem supra de ST → 60% (mais detecção); no ECG, pode estar normal, onda T apiculada, inversão de onda T, infra de ST ▪ ENZIMAS CARDÍACAS alteradas já que há morte celular o Angina instável (não há morte celular) → 20%; diferença em relação ao IAM sem supra é a ausência de morte celular ▪ ECG pode estar normal ▪ NÃO HÁ MORTE CELULAR, mas troponina negativa não é sinal para dar alta • SEMIOLOGIA DA DOR TORÁCICA ISQUÊMICA = ANGINOSA o Localização → + a esquerda ▪ Retroesternal ▪ Paraesternal ▪ Precordial o Irradiação → só quando for auxiliar no DX; pode não existir as vezes ▪ MMSS D e E (+ específica quando ambos os lados) ▪ Dor mandibular, dor nos dentes (pedir ECG logo) ▪ Epigastro ▪ Dorso o Característica → “ferro de passar roupa, chapa fria...) ▪ Desconforto ▪ Ardência ▪ Aperto ▪ Dor em facada não é comum o Intensidade → variável = depende da concepção de dor ▪ Diabético (sente pouca dor, neuropatia bota-luva) ▪ Idoso (há algum grau de neuropatia) ▪ Esquizofrênicos (não sente dor) ▪ Mulher (dor mais atípica, desconforto) • Crise de ansiedade é DX DE EXCLUSÃO (ocorre muito erro diagnóstico em mulheres) o Duração → variável ▪ Teórico • 20min (infarto) ▪ Na vida real, é difícil identificar o Evolução → variável ▪ Placa dura (cálcio, muito fibrosa) → dor ao esforço na esteira, por exemplo ▪ Placa mole (muito núcleo de gordura)→ até 30% da coronária interrompida; não restringem tanto o fluxo • Podem romper e expor todo o material gorduroso que é muito trombogênico = causa obstrução total • Progressão súbita (IAM com supra ST) = geralmente pela manhã (PA, FC) = ACORDAR COM DOR é altamente sugestivo o Sintomas acompanhantes → sudorese, náusea e dispneia o Fatores desencadeantes → estresse físico ou emocional ▪ Mulher 50 anos → pode ser Cardiomiopatia de Takotsubo (doença miocárdica reversível, que simula o quadro clínico e eletrocardiográfico da síndrome coronariana aguda), ocorre por uma descarga adrenérgica muito grande no coração causando vasoconstrição intensa, sem que artérias coronárias estejam interrompidas o Fatores aliviantes → repouso e uso de nitratos • DORES DEFINITIVAMENTE NÃO ANGINOSAS o Dor que pode-se apontar o local o Reprodutível à palpação o Ventilatório dependente (dor em fincada, constante) = pode ser pleura ou pericárdio o Reprodutível à mobilização de membros o Dor torácica em rasgadura, muito intensa e irradiação para dorso → DISSECÇÃO AÓRTICA = mata mais que infarto (11% a cada hora do diagnóstico) = RX auxilia no diagnóstico; Angio-TC; ECOCARDIO • ESTRATIFICAÇÃO → HEART score para DOR TORÁCICA o Risk factors → HAS, DM, dislipidemia, tabagismo, obesidade, históriafamiliar ▪ Ex-tabagista para tirar de fator de risco é no mínimo 10 anos o HEART 7 → alto risco; estratificação invasiva; cateterismo • TRATAMENTO DO INFARTO o AAS 180 – 320mg (2 a 3cp de ATAQUE) → mais modificou mortalidade ▪ Dor no peito = usar AAS quando sente dor o Clopidogrel ▪ Sem supra – 300mg ▪ Com supra – 600mg (ativar clopidogrel rápido) para não trombosar no cateterismo o Heparina 5000UI EV em bolus ▪ Com supra – tomar cuidado já que é preciso fazer cateterismo antes o Nitrato → vasodilatador = MELHORA DOR ▪ Propatilnitrato ▪ Mononitrato ▪ Nitroglicerina = EV, efeito mais rápido o Estatina → uso para estabilizar placa o IECA → cardioprotetor (evita remodelamento) ▪ 24 horas após = sem pressa ▪ Hipotensor o Beta-bloqueador → reduz FC ▪ 24 horas após o Oxigênio → 60 anos) ▪ Hipertensão ▪ Diabetes mellitus (DM) ▪ Tabagismo ▪ Dislipidemia ▪ Doença aterosclerótica conhecida (DAC) ▪ História familiar de doença coronariana precoce (homens 2 FR ou DM ou DAC ou 60 anos • Manejo clínico o A cada 1 minuto que não é instituída a terapia de reperfusão o doente perde 11 dias de expectativa de vida!! o NÃO ESPERAR TROPONINA PARA TERAPIA o 1) monitorização 24h eletrocardiográfica o 2) O2 se Sat 75 anos 75mg o Heparina ▪ Angioplastia primária → HNF; não é obrigatório fazer, pode esperar por hemodinâmica ▪ Trombólise → HNF ou Enoxaparina; obrigatório fazer • 12 HORAS iniciais o 2 horas ou centro sem hemodinâmica ▪ 70 FA Reduz mortalidade por IC Digoxina IC quando IECA/BRA + BB e pct com FE