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Características Gerais O Cromo é um elemento químico de símbolo Cr, numero atômico 24(24 prótons e 24 elétrons) e massa atômica 52 u, solido em temperatura ambiente. É um metal encontrado no grupo 6 da Classificação Periódica Dos Elementos, empregado especialmente em metalurgia em processos denominados eletrodeposição. Alguns de seus óxidos e cromatos são usados como corantes. Foi descoberto em 1797 por Louis Nicolas Vauquelin no mineral crocoíta encontrado na Rússia. O cromo é um metal de transição, duro, frágil, de coloração cinza semelhante ao aço. É muito resistente a corrosão. A forma oxidada trivalente é natural no meio ambiente, enquanto que as formas 0 e +6 são geralmente produzidas por processos industriais, principalmente na fabricação d ligas metálicas. Seu maior estado de oxidação é +6(hexavalente), ainda que estes compostos sejam muito oxidantes. O estado mais estável e +3(trivalente) sob condições de redução. Aplicações Compostos de cromo são usados na produção de ferrocromo, eletroplatina, produção de pigmentos e curtimentos. Os principais usos de cromo são no processamento metalúrgico de ferrocromo e outros produtos metalúrgicos, principalmente, aço inoxidável, e de uma maneira bem mais secundaria, no processamento de refratários de tijolos de cromo e processos químicos para produzir ácidos de crômio e cromatos. Cromatos são sados na oxidação de vários materiais orgânicos, na purificação de químicos e, na oxidação inorgânica, e na produção de pigmentos. Uma grande porcentagem do acido crômico é usado em revestimentos. O crômio é empregado principalmente em metalurgia para aumentar a resistência à corrosão e dar um acabamento brilhante. Em ligas metálicas. O aço inoxidável, por exemplo, apresenta quantidades acima de 11% de crômio. Em processos de cromagem que é depositar sobre uma peça uma capa protetora de crômio através da eletrodeposição. Também é utilizado em anodizado de alumínio. Seus cromatos e óxidos são empregados em corantes e pinturas. Em geral, seus sais são empregados, devido às suas cores variadas, como mordentes. O dicromato de potássio (K2Cr2O7) é um reativo químico usado para a limpeza de materiais de vidro de laboratório e em análises volumétricas. É comum o uso do crômio e de alguns de seus óxidos como catalisadores, por exemplo, na síntese do amoníaco (NH3). O mineral cromita (Cr2O3·FeO) é empregado em moldes para a fabricação de ladrilhos, geralmente materiais refratários. Entretanto, uma grande parte de cromita é empregada para obter o crômio ou em ligas metálicas. No curtimento de couros é comum empregar o denominado "curtido ao cromo", sendo este o produto de maior consumo na curtição de couros e peles, consistindo em utilizar o hidroxissulfato de crômio(III) (CrOHSO4). Para preservar a madeira costuma-se utilizar substâncias químicas que se fixam a ela, protegendo-a. Entre essas substâncias, aquela usada para proteger a madeira é o óxido de crômio (VI) (CrO3). O dióxido de crômio (CrO2) é usado para a produção do material magnético empregado em fitas-cassetes para gravação de som, produzindo melhores resultados do que aquelas com óxido de ferro (Fe2O3) devido à sua maior coercitividade. Historia Em 1761, Johann Gottlob Lehmann encontrou nos Urais (Rússia) um mineral de cor laranja avermelhada que denominou de "chumbo vermelho da Sibéria". Esse mineral era a crocoíta (PbCrO4), e acreditou-se, na época, que era um composto de chumbo com selênio e ferro. Em 1770, Peter Simon Pallas escavou no mesmo lugar e encontrou o mineral, verificando ser muito útil, devido às suas propriedades, como pigmento, em pinturas. Essa aplicação como pigmento difundiu-se rapidamente. Em 1797, Louis Nicolas Vauquelin recebeu amostras desse material. Foi capaz de, a partir dele, produzir o óxido de crômio (CrO3) misturando crocoíta com ácido clorídrico (HCl). Em 1798, descobriu que se podia isolar o crômio aquecendo o óxido em um forno de carvão. Também se pôde detectar traços de crômio em pedras preciosas, como por exemplo, em rubis e esmeraldas. Denominou o elemento de crômio (do grego "chroma", que significa "cor") devido às diferentes colorações que apresentam os compostos desse elemento. O crômio foi empregado principalmente como corante em pinturas. No final do século XIX começou a ser utilizado como aditivo em aço. Atualmente, em torno de 85% do crômio consumido é utilizado em ligas metálicas. Benefícios do Cromo Para a Saúde A principal função desse mineral é trabalhar auxiliando a insulina, hormônio secretado pelo pâncreas e responsável pela distribuição do açúcar que vem dos alimentos para o corpo. Quando há deficiência de cromo na dieta, pode ocorrer uma perda na sensibilidade da ação da insulina. Com isso, a pessoa passa a absorver muito mais rápido o açúcar de doces e pães, o que consequentemente, leva à diminuição da saciedade e ao aumento do peso, gerando, entre outras doenças, o diabetes tipo 2. Estudos recentes em países ocidentais mostraram que o consumo do cromo é menor que a quantidade diária recomendada. Atualmente, estima-se que 90% dos norte-americanos com mais de 50 anos de idade tem deficiência de cromo. No Brasil, a deficiência de cromo é bem parecida. É preciso levar em conta que o nível do mineral diminui com a idade. Além disso, menos de 1% do cromo ingerido é absorvido. O cromo é eliminado pelo suor, por isso as pessoas que malham e têm sudorese excessiva podem apresentar deficiência. O cromo tem outros benefícios também como o controle do colesterol ruim, a redução das variações do humor, alívio dos sintomas da depressão, melhora da fadiga, aumento da capacidade do corpo em ganhar massa muscular e auxilia no tratamento do diabetes tipo 2. Os principais alimentos ricos em cromo são: Carnes, frango e frutos do mar; Ovos; Leite e derivados; Grãos integrais como aveia, linhaça e chia; Alimentos integrais, como arroz e pão; Frutas, como uva, maçã e laranja; Vegetais, como espinafre, brócolis, alho e tomate; Leguminosas, como feijão, soja e milho.