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RESUMO IESC Maria Eduarda Costa Silveira CONCEITO DE SAÚDE: Conceito político: direito de todos e dever do Estado, visando a redução do risco de doenças e agravos e o acesso universal e igualitário. Conceito para a OMS: estado de completo bem estar físico, mental e social, além da ausência de doenças. Conceito contemporâneo: é um bem coletivo que é compartilhado individualmente por todos os cidadãos dimensão individual e coletiva. Exemplo: vizinho que deixa a água parada no quintal e pode acarretar em dengue na vizinhança toda. SUS: É uma formulação política e organizacional para o reordenamento dos serviços e ações em saúde estabelecida pela Constituição de 1988 e posteriormente pelas leis que o regulamentam (Lei 8.080 e 8.142). É um modelo social democrata. Obs¹: os SUS surgiu em 1988, mas “nasceu” em 1990. Obs²: o SUS está em todos os lugares (motéis – camisinha, cachorro quente, shampoo, pizzaria, etc). Obs³: depois que foi instituído, a mortalidade materna e infantil diminiu. É o sistema de saúde que mais faz transplantes e imunizações no mundo, tem o maior programa contra DST e realiza mais de 1,5 milhões de atendimentos por dia. Desafios: Ampliação da cobertura e correta utilização da ESF; Visão de Políticas Públicas de Saúde de forma regionalizada e não apenas municipalista; Redução da cultura hospitalar; Sensibilizar a população sobre sua responsabilidade no processo de saúde-doença; Falta de conhecimento da população; Cortes de recursos nas áreas de pesquisa, ciência, tecnologia e humanidades; Financiamento; Concorrência com o setor privado (troca de receitas e exames); Valorização dos profissionais; Número elevado de exames mal prescritos (negativos); Garantia de estrutura adequada para o bom funcionamento do sistema; Leitos de CTI. DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE (DSS): Fatores sociais, econômicos, culturais, psicológicos, comportamentais e étnicos/raciais moradia, alimentação, emprego, renda e escolaridade. Biologia humana (20%), estilo de vida (51%), ambiente (19%) e serviços de saúde (10%). CAUSA DAS CAUSAS: determinações socioeconômicas mais gerais do processo saúde-doença. Intervenções: ações no sistema de atenção à saúde, ampliação da autonomia dos sujeitos, mudança nos modelos assistenciais e nas condições socioeconômicas, ambientais e culturais através da intersetorialidade e subordinação da economia ao bem-estar social (distribuição mais equânime dos recursos). COMISSÃO NACIONAL SOBRE OS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE (CNDSS): Brasil, 2006 – decreto presidencial. As intervenções sobre DSS devem promover a equidade em saúde. Objetivos: produzir conhecimentos, apoiar o desenvolvimento de políticas e programas, e promover atividades de mobilização da sociedade civil. PROMOÇÃO x PREVENÇÃO: Promoção: evitar o surgimento de determinada situação. Não tem um público alvo; Ações desenvolvidas para o bem estar coletivo; Medidas que visem a aumentar a saúde e o bem estar sem foco em doença específica. Exemplos: palestras em escolas sobre determinado assunto; não deixar água parada para não causar dengue; incentivo à alimentação saudável, à prática de exercícios físicos e ao abandono do tabaco e do álcool. Prevenção: evitar o agravamento de determinada situação e tem até 5 estágios. Tem público alvo; Ação antecipada evitar o surgimento de doenças específicas; Exemplos: cuidados que o diabético tem que ter no dia a dia; exercício físico e dieta para obesos não desenvolverem obesidade mórbida; evitar a transmissão de uma determinada doença infecciosa. NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE: 1. ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: são ações, de caráter individual ou coletivo, relacionadas à promoção da saúde, à prevenção de agravos, o tratamento e a reabilitação. Concentra as ações relacionadas à diminuição do risco de doenças e à proteção da saúde. Exemplo: imunização, dieta e exercício físico para obesos. É a maior rede de serviços de saúde (+ 36 mil unidades). É capaz de resolver 85% dos problemas de saúde quando estão em bom funcionamento, evitando internações desnecessárias e melhorando a qualidade de vida da população. Responde de forma regionalizada, contínua e sistematizada. Porta de entrada dos usuários no SUS. Funciona como um filtro capaz de organizar o fluxo de serviços nas redes de saúde. Há uma continuidade da relação médico-paciente ao longo da vida, independentemente se o paciente está doente ou não. Abordagem integral e universal das pessoas. Reconhecimento do amplo espectro de necessidades da população. Acolhimento: Vínculo entre profissional e paciente, com responsabilidade, resolutividade e autonomização. UBS. PERÍODO DE PRÉ-PATOGÊNESE: as manifestações clínicas da doença ainda não se manifestaram, mas as condições para o desenvolvimento da doença já existem no indivíduo ou no ambiente em que ele vive. ÉTICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: beneficência (fazer o bem), não maleficência (evitar danos), autonomia (a pessoa escolhe) e justiça (priorizar com equidade). 2. ATENÇÃO SECUNDÁRIA À SAÚDE: diagnóstico precoce, tratamento imediato, diminuindo complicações e morte. Clínicas especializadas, urgência e emergência. Exemplo: rastreamento, mamografia de rotina, diagnóstico precoce. Ambulatórios, policlínicas, centros de especialidades médicas. PERÍODO DE PATOGÊNESE: processos mórbidos são reconhecíveis e são foco de ações para evitar ou retardar a sua progressão. 3. ATENÇÃO TERCIÁRIA À SAÚDE: recuperação e reabilitação do indivíduo de sequelas deixadas pela doença. Serviços de alta complexidade. Exemplo: cirurgias, prevenir complicações do diabetes e da obesidade, reabilitar pacientes após IAM ou AVC. Hospital, serviços de urgência e emergência, UPA (ponto de equilíbrio entre nível secundário e terciário, mas Ministério da Saúde considera como terciário). 4. PREVENÇÃO/ATENÇÃO QUATERNÁRIA: evitar danos quando o tratamento é pior que a doença. Depende de uma decisão do paciente. Exemplo: cuidados paliativos do paciente com câncer (por exemplo, diminuir a dor). PRINCÍPIOS DO SUS PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS: são a base/tripé do SUS. 1. UNIVERSALIDADE: a saúde é para todos, independentemente da etnia, cor, classe social, sexo, gênero, idade, etc. 2. EQUIDADE: tratar as pessoas de acordo com as necessidades. Tratar desigualmente para acabar com a desigualdade. 3. INTEGRALIDADE: ver a pessoa como um ser holístico, como um todo (biológico, espiritual, etc); rede integrada de serviços (conexão entre UBS, UPA, hospitais). PRINCÍPIOS OPERACIONAIS: 1. REGIONALIZAÇÃO: maior organização no atendimento/fluxo dado ao paciente. Em uma região, cidades menores se referenciam às cidades maiores, todas interconectadas, para oferecer o tratamento necessário ao paciente. 2. HIERARQUIZAÇÃO: a organização do sistema de saúde deve acontecer em níveis crescentes de complexidade, considerando as características específicas de cada área geográfica. Atenção Primária à Saúde Atenção Secundária à Saúde Atenção Terciária à Saúde 3. RESOLUBILIDADE: serviço de saúde deve se apresentar resolutivo até o nível de sua competência para aquilo que é proposto. A gestão deve dar as condições necessárias para que o serviço seja feito. 4. DESCENTRALIZAÇÃO: redistribuição das responsabilidades sobre a saúde da população entre as esferas municipais, estaduais e federais. Quanto mais próxima do problema a solução estiver, maior a chance do problema ser resolvido. Maior controle da população, pois quem está próximo da população é quem a conhece melhor. 5. PARTICIPAÇÃO/CONTROLE SOCIAL: valorização da população nos processos decisórios em relação à saúde Reforma sanitária e Lei 8.142 LEI 8.080: Lei Orgânica da Saúde. 19/09/1990. SUS passou a funcionar. Promoção, proteção e recuperação da saúde, organização e funcionamento dos serviços e regula as ações e serviços de saúde em todo o território nacional. O governo federal define as questões sobre a saúde, o governo estadual coordena e o governo municipal executa. A assistência privada deve atuar de forma complementar ao SUS (se o SUS não tiver determinado tipo de serviço, ele contrata o setor privado para realizá-lo – terceirização do serviço). Adaptação da legislação às condições regionais, pois cada região tem uma condição de vida. Conceito mais abrangente de saúde (meio físico, socioeconômico e cultural). Controle da saúde. Prioridade de realizar o serviço na menor distância e no menor espaço de tempo possíveis. Rede regionalizada (rede de saúde nas diferentes regiões), hierarquizada (assistencial e administrativa) e descentralizada (município com poder nas políticas de saúde de acordo com as necessidades da região). Fala sobre os objetivos do SUS: 1. Objetivo 1: a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; 2. Objetivo 2: formulação das políticas de saúde; 3. Objetivo 3: a assistência às pessoas através de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. LEI 8.142 – Lei Complementar da Saúde (complementa a Lei 8.080), 1990: objetivo de colocar em prática a participação social na saúde, através dos Conselhos de Saúde (compostos por prestadores de serviço, profissionais da saúde e usuários nas 3 esferas de governo) e a transferência de recurso financeiro entre os 3 governos. Os Conselhos convocam conferências que acontecem de 4 em 4 anos. Lei Eloy Chaves: 1923 – base da previdência social brasileira. Criação da Caixa de Aposentadoria e Pensões (CAP). Cada empresa ferroviária deveria criar sua própria CAP, custeada parcialmente com fundos do empregador, além de delimitar com clareza o grau de contribuição dos trabalhadores e os benefícios oferecidos a quem aderisse ao plano. Desigualdade de acesso na qualidade e quantidade de serviços; Foco da saúde pública centrado na assistência curativa, individual e assistencialista; Foco em tratar a doença e não em prevenir; Cultura hospitalocêntrica; Saúde como questão de polícia – pessoas eram obrigadas a vacinar. INAMPS: empregador e trabalhador (de carteira assinada) depositavam 8% do salário cada para o INAMPS, fazendo um fundo para quando o trabalhador precisasse de assistência médica ou aposentadoria. Obs: os trabalhadores autônomos/rurais depositavam 16% para o mesmo fim. Conferência de Alma-Ata: Conferência Internacional Sobre os Cuidados Primários de Saúde. 1978, Cazaquistão. Necessidade de ação urgente de todos os governos, de todos os que trabalham nos campos da saúde e do desenvolvimento e da comunidade mundial para promover a saúde de todos os povos do mundo. Foco na prevenção de doenças e reabilitação dos pacientes com sequelas. Priorizar o acesso básico à saúde para diminuir os custos e aumentar o índice de saúde. Deixar o modelo e o acesso à saúde mais iguais. Saúde para Todos até o ano 2000. Um país que todos tem acesso à saúde, é um país que se desenvolve melhor. 8ª Conferência Mundial de Saúde: 1986, Brasil. Baseada na Reforma Sanitária. Base para a criação do SUS nos princípios da solidariedade e universalidade, na Constituição de 1988 (saúde é direito de todos e dever do Estado). Acesso e conceito ampliado da saúde não é só ter acesso à saúde; saúde é alimentação saudável, bem-estar, lazer, habitação, etc. REFORMA SANITÁRIA: movimento contra a ditadura no final da década de 1970. Saúde é um bem público construído com a participação solidária de todos os setores da sociedade brasileira. Conferência de Ottawa – Primeira Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde: 1986, Canadá. Reafirmou a Conferência de Alma-Ata Saúde para todos até o ano 2000. As ações de promoção objetivam fazer com que os fatores políticos, econômicos, sociais, culturais, ambientais, comportamentais e biológicos favoreçam a saúde. A promoção da saúde depende da intersetorialidade e tem como foco alcançar a equidade (reduzindo as diferenças no estado de saúde da população e assegurando oportunidades e recursos igualitários para capacitar todas as pessoas a realizar completamente seu potencial de saúde). PRÉ-REQUISITOS PARA SE TER SAÚDE: paz, habitação, educação, alimentação, renda, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade. CAMPOS DE AÇÃO PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE: Elaboração e implementação de políticas públicas saudáveis; Criação de ambientes favoráveis à saúde; Reforço da ação comunitária; Desenvolvimento de habilidades individuais e coletivas; Reorientação do sistema de saúde. Declaração de Astana: 2018, Cazaquistão. Reafirma os compromissos firmados na Conferência de Alma-Ata. Recebeu críticas por associar somente a APS à cobertura universal da saúde. Garantia do bem-estar físico, mental e social, onde todos tenham acesso à atenção à saúde de que necessitem, sem medo de dificuldades financeiras. Sociedades e ambientes que priorizam e protegem a saúde das pessoas; Atenção à saúde disponível e acessível para todos, em todo lugar; Atenção à saúde qualificada que trata as pessoas com respeito e dignidade; Pessoas envolvidas na sua própria saúde. Atenção primária à saúde deve (agindo com equidade, qualidade e eficiência): 1. Empoderar as pessoas e as comunidades para que sejam autoras de sua própria saúde, defensoras das políticas que a promovem e a protegem e, ainda, corresponsáveis pela construção da saúde e dos serviços sociais que para ela contribuem; 2. Abordar os determinantes sociais, econômicos, ambientais e comerciais da saúde através de políticas com base em evidências e ações em todos os setores; 3. Assegurar uma saúde pública e uma atenção primária fortes ao longo de toda a vida das pessoas, como núcleo fundamental da prestação integrada de serviços. REGIONALIZAÇÃO DO SUS: Estado macro-região micro-região MODELOS DE SAÚDE NO MUNDO: MODELO LIBERAL: é privado. Deve-se aderir ao plano de saúde ou pagar por todo o tratamento. Exemplo: EUA. Obs: o sistema público só atende idosos e pobres – Medicare. MODELO DEMOCRATA: o governo oferece os cuidados em saúde de forma gratuita. Aderir a um plano de saúde é opcional. Exemplo: Brasil, Cuba e Espanha. MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE NO BRASIL: Medicina supletiva; Atenção Gerenciada e Sanitarista; Campanhas Sanitárias e Programas Especiais; Vigilância Sanitária, Epidemiológica e Vigilância em Saúde; Pacs/ESF e Propostas Alternativas; Oferta Organizada e Distritalização; Ações Programáticas de Saúde e ESF; Promoção da Saúde, Acolhimento e Linhas de Cuidado. SEGURO SOCIAL: é obrigatória a adesão a um plano de saúde desde que a pessoa tenha um renda mínima estipulada pelo governo. Exemplo: Alemanha. SETOR PRIVADO: Dividido em: setor lucrativo e setor não lucrativo. Não-lucrativo: instituições filantrópicas (Santas Casas de Misericórdia) e são vinculadas ao SUS. Lucrativo: não mantém vínculo com o SUS. A maior parte é Medicina Supletiva. MEDICINA SUPLETIVA: é representada pelos planos de saúde. Obs: os planos de saúde estão avançando para o modelo da ESF, pois é mais barato investir na promoção e prevenção da saúde do que em internações. MEDICINA DE GRUPO: são custeadas em sistema de pré-pagamento de usuários. Usuários pagam uma mensalidade. Exemplo: Golden Cross, Usisaúde. COOPERATIVAS MÉDICAS: cooperativismo. Prestam assistência individual e coletiva e os lucros são divididos entre os cooperadores. Exemplo: Unimed. AUTOGESTÃO: empresas públicas ou privadas, com administraçãoprópria ou contratada que atual exclusivamente no atendimento aos empregados e dependentes da empresa contratante. Exemplo: Banco do Brasil, Caci. SEGURO SAÚDE: usuário paga e é reembolsado. Exemplo: Itaú e Sul América. REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE: são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que estão interligadas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscando garantir a integralidade do cuidado. A APS é o centro da rede e toda vez que o paciente for referenciado para outro setor, ele deve ser contra-referenciado para a APS, para o bom funcionamento do sistema. Organização piramidal (modelo antigo) Organização em rede (modelo atual) OBJETIVOS: Promover a integração sistêmica de ações e serviços de saúde com atenção contínua, integral, responsável, humanizada e de qualidade; Incrementar o desempenho do sistema em acesso, equidade, eficácia clínica e sanitária; Eficiência econômica. POLÍTICIA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA: Portaria 648/2006. PSF (Programa de Saúde da Família) foi implementado pelo Ministério da Saúde em 1994 para contrapor o modelo de saúde anterior (hospitalocêntrico, sem vínculo médico-paciente e sem conhecimento dos problemas da comunidade). ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF): novo nome para PSF. É um conjunto de ações e serviços de saúde implantado em too o território nacional, que oferece assistência médica, estruturada nas necessidades da população do território em que a ESF está inserida. Visa à reorganização da atenção básica no Brasil, de acordo com os preceitos do SUS A família passa a ser objeto principal de atenção, permitindo uma compreensão ampliada do processo saúde-doença; Proximidade da equipe com os usuários – garante maior adesão do usuário aos tratamentos, fazendo com que o maior número de problemas possíveis seja resolvido na atenção básica; Promoção, prevenção, recuperação e reabilitação de forma contínua e integral; Tem território específico; Cadastramento e vinculação de usuários ACS; É responsável por todas as pessoas que vivem na sua área de abrangência. EQUIPE MULTIPROFISSIONAL: médico, enfermeiro, técnico/auxiliar de enfermagem, agentes comunitários de saúde e equipe de saúde bucal (dentista e técnico em saúde bucal). Obs: cada equipe de saúde da família deve ser responsável por 4 mil pessoas no máximo. A equipe deve: Realizar o cuidado em saúde da população adscrita e ações de atenção integral conforme a necessidade da população; Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe e das atividades de educação permamente; Garantir a integralidade da atenção; Realizar busca ativa e notificação de doenças de notificação compulsória e agravos; Realizar a escuta qualificada das necessidades dos usuários em todas as ações – atendimento humanizado e viabilização de vínculo; Identificar parceiros e recursos na comunidade para ações intersetoriais; Garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas nacionais de informação da APS; Realizar outras atividades e ações a serem definidas de acordo com as prioridades locais; Levantar um diagnóstico situacional da comunidade e fazer planejamento e programação de acordo com o diagnóstico obtido. MÉDICO: deve Realizar atividades programadas e atender à demanda espontânea, fazendo consultas clínicas ou pequenos procedimentos cirúrgicos, além de internações hospitalares ou domiciliares e acompanhar o usuário. Fazer parte das atividades de educação dos membros da equipe e participar do gerenciamento dos insumos, juntamente com o enfermeiro. Encaminhar usuários a serviços de média e alta complexidade, quando necessário; AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (ACS): devem ter uma postura pró- ativa. O número de ACS na equipe da ESF deve ser suficiente para cobrir 100% da população. Cada ESF pode ter no máximo 12 ACS, sendo que cada um pode cobrir até 750 pessoas. FUNÇÕES: Cadastrar todas as pessoas do território e manter os cadastros atualizados; Orientar as famílias sobre os serviços de saúde ofertados; Realizar visitas domiciliares, uma vez por mês para cada família, integrando a população e a equipe da ESF; Desenvolver atividades de promoção, prevenção e vigilância em saúde; Acompanhar as condicionalidades do PBF. PROGRAMA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (PACS): surgiu em 1991. As ações dos ACS eram acompanhadas e regulamentas por um enfermeiro/supervisor em uma UBS. NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF): foi criado pelo Ministério da Saúde em 2008. É composto por uma equipe de profissionais de diversas áreas que atuam juntamente com os profissionais da ESF. Objetivos: Apoiar a consolidação da atenção básica no Brasil e a inserção da ESF; Ampliar a oferta de saúde nas redes de serviço – abrangência e resolutividade; Ampliar os processos de territorialização e regionalização.