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30 Æ TERMOS INTEGRANTES (OBJETO DIRETO E INDIRETO, COMPLEMENTO NOMINAL E AGENTE DA PASSIVA) 112. (CESGRANRIO – 2010) Não transforme o seu futuro em um passado de que você possa arrepender-se O futuro é construído a cada instante da vida, nas toma- das de decisões, nas aceitações e recusas, nos caminhos per- corridos ou não. Esse movimento é feito por nós diariamente sem percebermos e sem muito impacto, contudo, quando analisado em um período de tempo maior, ficam nítidos os erros e acertos. Sabemos, internamente, dos melhores cami- nhos, entretanto, pelas inseguranças, medos e raivas(A), diversas vezes adotamos posturas impensadas que impactam pelo resto da vida(B), comprometendo trilhas que poderiam ser melhores ou mais tranquilas. Como podemos superar esses momentos? Como fazer para evitar esses erros súbitos? Perguntas a que também que- ro responder, afinal, sou humano e cometo todos os erros ine- rentes a minha condição, contudo, posso afirmar que o mundo não acaba amanhã e, retirando a morte, as decisões podem ser adiadas, lembrando que algumas delas geram ônus e multas. No direito e na medicina isso é mais complexo(C), mas em muitas outras áreas isso é perfeitamente aceito. A máxima de que “não deixe para fazer amanhã o que você pode fazer hoje” não é tão máxima assim. Devemos lembrar que nada é absoluto, mas relativo. Uma coisa faz muito sentido nesse tema: não deixe entrar aquilo de que você tem dúvida; se deixar, limite o espaço. A pessoa mais importante da vida é o seu proprietário, o nos- so maior erro é ser inquilino dela, deixar entrar algo que se acha errado ou não se quer é tornar-se inquilino do que é seu, pagando aluguel e preocupado com o final do contrato da sua vida. Não cometa esse erro. A felicidade atual depende do passado, assim como a tristeza, a pobreza, a saúde e muitas outras coisas. Nunca se esqueça disso, nunca. Torne mais flexível o seu orgulho, algo que hoje não deu certo, pode ser perfeitamente aplicável daqui a um tempo(D). O orgulho impede de você tentar de novo. Não minta para você, essa é a forma mais rápida de se perder. Quando tiver dúvida, fale alto com você mesmo, escute as suas palavras e pense muito. É melhor ser taxado de louco do que ser infeliz. Aceite que erramos, mas lembre que cometer os mesmos erros é burrice. O ideal é aprender com os erros dos outros; para que isso aconteça, observe o que acontece com o mun- do ao seu redor, invariavelmente o seu problema já foi vivido por outras pessoas. Você não foi o primeiro a cometer erros e, com absoluta certeza(E), não será o último. A observação é o melhor caminho para um futuro mais tranquilo, mais equili- brado, mais pleno. Temos que separar um tempo do nosso dia para a reflexão e meditação. Utilize-se de profissionais especialistas, não cometa a bobagem de escutar amigos acerca de um problema, eles são passionais e tendenciosos pelo nosso lado. Com eles, sentimo- -nos seguros para imaginarmos soluções perfeitas que nunca se concretizarão. O fracasso nessas ideias geniais soluciona- doras dos seus problemas, tipo “seus problemas acabaram” causam frustrações e raivas, sentimentos que atacam nossa autoestima e podem prejudicar o resto de nossa vida. Cuidado com isso. Por fim, tente ser feliz, tente amar, ajude as pessoas que precisam, seja bom. Nunca, mas nunca mesmo, machuque as pessoas de caso pensado, só por vingança ou maldade, esse é com absoluta certeza o mais vil de todos os pecados que um ser humano pode fazer. Quando machucar por outro motivo, arrependa-se e peça desculpas sinceras e tente nunca mais machucar, tente com afinco. Evite criticar as pessoas; como o mundo dá muitas voltas, um dia você pode ser o criticado. Aceite as pessoas como são, não tente mudá-las, seja humilde e aceite os seus erros. Esses comportamentos não resolvem os problemas, mas podem evitá-los. O nosso futuro pode ser um passado legal, depende apenas de nós. Disponível em: http://www.webartigos.com/articles/33414/1/ NAOTRANSFORME-O-SEU-FUTURO-EM-UM-PASSADO-QUE-VOCEPOSSA-SE- ARREPENDER-/pagina1.html (adaptado) Acessado em: 9 abril/2010. O termo destacado expressa uma circunstância de causa em a) “entretanto, pelas inseguranças, medos e raivas,” b) “...que impactam pelo resto da vida,” c) “No direito e na medicina isso é mais complexo,” d) “pode ser perfeitamente aplicável daqui a um tempo.” e) “...e, com absoluta certeza,” Æ ADVÉRBIO 113. (CESGRANRIO – 2014) Comércio ambulante: sob as franjas do sistema Definir uma política para a economia informal – ou mais especificamente para o comércio ambulante – significa situá-la em contextos de desigualdade, entendendo de que maneira ela se relaciona com a economia formal e de que forma ela é funcional para a manutenção dos monopólios de poder políti- co e econômico. Dependendo do contexto, o poder público formula polí- ticas considerando o caráter provisório do trabalho informal, justificando políticas de formalização com a crença de uma possível “erradicação” da informalidade. Desse ponto de vista, a falta de um plano municipal para o comércio ambulante nas grandes cidades é emblemática. Tra- ta-se de um sinal que aponta que o comércio ambulante é visto como política compensatória, reservada a alguns grupos com dificuldades de entrada no mercado de trabalho, como defi- cientes físicos, idosos e, em alguns países, veteranos de guerra. Entretanto, a realidade do comércio ambulante em São Paulo mostra que essa atividade é uma alternativa consolidada para uma parcela importante dos ocupados que não se enquadram em nenhuma das três categorias acima. [...] Há políticas que reconhecem a informalidade como exce- ção permanente do capitalismo e que acreditam que somente podem “gerenciá-la” ou “domesticá-la” se determinada ativida- de não gerar conflitos e disputas entre setores da sociedade. Nessa concepção, “gerenciar” a informalidade significa tolerá- -la, limitando-a arbitrariamente a um número ínfimo de pes- soas que podem trabalhar de forma legalizada, deixando um grande contingente de trabalhadores à mercê da falta de planejamento e vulnerável à corrupção e à violência. Esse perfil de “gestão da exceção” delimita a inclusão de poucos e se omite no planejamento para muitos. No caso de São Paulo, o número de licenças de trabalho vigentes, por exemplo, cor- responde no ano de 2013 a apenas 2,5% do contingente total de trabalhadores ambulantes. Em Nova York, apesar de toda a gestão militarizada e excludente, o percentual é de 20%. Dentro desse raciocínio, “domesticar” a informalidade sig- nifica destinar ao comércio ambulante apenas alguns espaços na cidade, mas somente os que não confrontem a lógica de reprodução do capital e, consequentemente, a imagem que se quer manter dos espaços em valorização imobiliária. Não só trabalhadores ambulantes, como catadores de material reci- clável, moradores de habitações precárias e população em situação de rua são obrigados a ocupar espaços distantes dos vetores de reconfiguração urbana e dos megaeventos corpora- tivos e midiáticos. A “demarcação” de terras onde eles podem estar, trabalhar ou circular passa a ser não uma política afirma- tiva do direito à cidade, mas do deslocamento dessa população para longe das vistas do “progresso” e do “moderno”. [...] Em resumo, a ausência de políticas de inclusão é em si uma política. Em algumas das grandes cidades brasileiras, as leis que regulam o comércio ambulante apenas aparentemen- te servem para incluir, quando, na verdade, são instrumentos de exclusão dos trabalhadores das ruas. ALCÂNTARA, A.; SAMPAIO, G.; ITIKAWA, L. Comércio ambulante: sob as franjas do sistema. Disponível em: . Acesso em: 26 dez. 2013. Adaptado.