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17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 1 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Olá, CONCURSEIRO(A) DE PLANTÃO!! Sou Érica Oliveira, Professora, Enfermeira, Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará e Especialista em Concursos e Residências na área da Saúde. Gostaria de desejar bons estudos com a leitura do material e afirmar com toda certeza que você terá acesso a um material diferenciado, de qualidade e direcionado para o objetivo da sua APROVAÇÃO! Todos sabemos que o caminho para o sucesso é árduo, porém, todo o esforço e dedicação valem muito a pena. Conte comigo para auxiliá-lo na trilha do caminho de seu SUCESSO!!! Minha missão é DIRECIONAR você para conquistar a sua APROVAÇÃO!! E lembre-se: Agora, o seu sonho não é mais seu, ele é NOSSO!! Estamos juntos nessa caminhada rumo à aprovação! VAMOS COM FOCO TOTAL!! DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO!! 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 2 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. BIOSSEGURANÇA ``O tamanho do passo não importa, a direção sim!!`` A biossegurança compreende um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, mitigar ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam interferir na qualidade de vida ou comprometê-la, além de expor a perigo também a saúde humana e o meio ambiente. Dessa forma, a biossegurança caracteriza-se como estratégica e essencial para o desenvolvimento de atividades de assistência à saúde, sendo de fundamental importância para garantir a segurança e prevenção dos possíveis riscos ocupacionais (BRASIL, 2010). Ao longo dos anos, os profissionais de saúde têm se deparado com vários desafios decorrentes de suas atividades laborais, com risco de exposição e transmissão de diversas doenças em nível ocupacional, como o HIV/AIDS, hepatites virais, entre outras que vêm surgindo, como exemplo a COVID-19, transmitida pelo coronavírus, SARS-CoV-2, que deflagrou uma pandemia vitimizando muitos profissionais, sobretudo aqueles atuantes na linha de frente desse surto (MARZIALE;RODRIGUES, 2002; MIRANDA et al., 2020). Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC As medidas de proteção coletiva visam controlar os perigos, criando uma barreira entre o trabalhador e a fonte de risco. Em sua maioria, são inerentes à própria instalação ou processo de trabalho e abrangem o coletivo dos profissionais, usuários e terceiros expostos à mesma condição (BRASIL, 2019). São exemplos de EPC: • Extintores de incêndio; • Redes de Proteção; • Sistemas de ventilação e exaustão; • Proteção de circuitos e equipamentos elétricos; • Proteção contra ruídos (isolantes acústicos) e vibrações; • Sensores de presença; • Barreiras contra luminosidade intensa e descargas atmosféricas; • Placas de sinalização; • Fitas antiderrapantes de degrau de escada. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 3 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Equipamentos de Proteção Individual – EPI De acordo com a Norma Regulamentadora (NR) nº 6, considera-se EPI todo dispositivo ou produto de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção aos riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e saúde no trabalho(BRASIL, 2018). Além disso, deve conter a indicação do Certificado de Aprovação (CA), que atesta a eficácia do produto na proteção contra os agentes nocivos à saúde. Norma Regulamentadora (NR) nº 6 Responsabilidades do empregador Responsabilidades do trabalhador Cabe ao empregador quanto ao EPI: a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) exigir seu uso; c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, g) comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) qualquer irregularidade observada. h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico. Cabe ao empregado quanto ao EPI: a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 4 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Os riscos no ambiente laboral podem ser classificados em cinco tipos, conforme o quadro a seguir: RISCOS COR DE IDENTIFICAÇÃO DESCRIÇÃO Físicos Verde Ruído, calor, frio, pressões, umidade, radiações ionizantes e não ionizantes, vibrações, etc. Químicos Vermelho Poeiras, fumos, gases, vapores, névoas, neblinas, etc. Biológicos Marrom Fungos, vírus, parasitas, bactérias, protozoários, insetos, etc. Ergonômicos Amarela Levantamento e transporte manual de peso, monotonia, repetitividade, responsabilidade, ritmo excessivo, posturas inadequadas de trabalho, trabalho em turnos, etc. Acidentes Azul Arranjo físico inadequado, iluminação inadequada, incêndio e explosão, eletricidade, máquinas e equipamentos sem proteção, quedas e animais peçonhentos. Tipos de riscos: 1. Risco de acidentes: Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral. Exemplos: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 5 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. 2. Risco ergonômico: Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou afetando sua saúde. Exemplo: o levantamento e transporte manual de peso, o ritmo excessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade, a responsabilidade excessiva, a postura inadequada de trabalho, o trabalho em turnos, etc. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 6 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. 3. Risco físico: Formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores. Exemplo: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, ultra-som, etc. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 7 MATERIAL ELABORADOobservância das regras relativas à classificação do Anexo I desta Resolução. Art. 13 Os RSS no estado sólido, quando não houver orientação específica, devem ser acondicionados em saco constituído de material resistente a ruptura, vazamento e impermeável. § 1º Devem ser respeitados os limites de peso de cada saco, assim como o limite de 2/3 (dois terços) de sua capacidade, garantindo-se sua integridade e fechamento. § 2º É proibido o esvaziamento ou reaproveitamento dos sacos. Art. 14 Os sacos para acondicionamento de RSS do grupo A devem ser substituídos ao atingirem o limite de 2/3 (dois terços) de sua capacidade ou então a cada 48 (quarenta e oito) horas, independentemente do volume, visando o conforto ambiental e a segurança dos usuários e profissionais. Parágrafo único. Os sacos contendo RSS do grupo A de fácil putrefação devem ser substituídos no máximo a cada 24 (vinte e quatro) horas, independentemente do volume. Art. 15 Os RSS do Grupo A que não precisam ser obrigatoriamente tratados e os RSS após o tratamento são considerados rejeitos e devem ser acondicionados em saco branco leitoso. Parágrafo único. Os rejeitos, tratados ou não, acondicionados em sacos brancos leitosos devem ser encaminhados para disposição final ambientalmente adequada. Art. 16 Quando houver a obrigação do tratamento dos RSS do Grupo A, estes devem ser acondicionados em sacos vermelhos. Parágrafo único. O saco vermelho pode ser substituído pelo saco branco leitoso sempre que as regulamentações estaduais, municipais ou do Distrito Federal exigirem o tratamento indiscriminado de todos os RSS do Grupo A, exceto para acondicionamento dos RSS do subgrupo A5. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 32 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Art. 17 O coletor do saco para acondicionamento dos RSS deve ser de material liso, lavável, resistente à punctura, ruptura, vazamento e tombamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados. § 1º O coletor não necessitará de tampa para fechamento sempre que ocorrer a substituição imediata do saco para acondicionamento após a realização de cada procedimento. § 2ºApós sua substituição, o saco para acondicionamento usado deve ser fechado e transferido para o carro de coleta. Art. 18 Os RSS líquidos devem ser acondicionados em recipientes constituídos de material compatível com o líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques, com tampa que garanta a contenção do RSS e identificação conforme o Anexo II desta resolução. Art. 19 Os recipientes de acondicionamento para RSS químicos no estado sólido devem ser constituídos de material rígido, resistente, compatível com as características do produto químico acondicionado e identificados conforme o Anexo II desta Resolução. Art. 20 Os rejeitos radioativos devem ser acondicionados conforme procedimentos definidos pelo supervisor de proteção radiológica, com certificado de qualificação emitido pela CNEN, ou equivalente de acordo com normas da CNEN, na área de atuação correspondente. Art. 21 Os RSS do Grupo D devem ser acondicionados de acordo com as orientações dos órgãos locais responsáveis pelo serviço de limpeza urbana. Art. 22 A identificação dos RSS deve estar afixada nos carros de coleta, nos locais de armazenamento e nos sacos que acondicionam os resíduos. § 1º Os sacos que acondicionam os RSS do Grupo D não precisam ser identificados. § 2º A identificação de que trata este artigo deve estar afixada em local de fácil visualização, de forma clara e legível, utilizando-se símbolos e expressões descritos no Anexo II, cores e frases, e outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e à periculosidade específica de cada grupo de RSS. § 3º A identificação dos sacos para acondicionamento deve estar impressa, sendo vedado o uso de adesivo. Art. 23 Os RSS gerados pelos serviços de atenção domiciliar, devem ser acondicionados e recolhidos pelos próprios agentes de atendimento ou por pessoa treinada para a atividade e encaminhados à destinação final ambientalmente adequada. Parágrafo único. O transporte destes RSS pode ser feito no próprio veículo utilizado para o atendimento e deve ser realizado em coletores de material resistente, rígido, identificados e com sistema de fechamento dotado de dispositivo de vedação, garantindo a estanqueidade e o não tombamento. Art. 24 O descarte de produtos para saúde oriundos de explante deve seguir o disposto na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 15, de 2012, ou outra que vier a substituí-la. Seção II Coleta e transporte interno Art. 25 O transporte interno dos RSS deve ser realizado atendendo a rota e a horários previamente definidos, em coletor identificado de acordo com o Anexo II desta Resolução. Art. 26 O coletor utilizado para transporte interno deve ser constituído de material liso, rígido, lavável, impermeável, provido de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e bordas arredondados. Parágrafo Único. Os coletores com mais de quatrocentos litros de capacidade devem possuir válvula de dreno no fundo. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 33 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Seção III Armazenamento interno, temporário e externo Art. 27 No armazenamento temporário e externo de RSS é obrigatório manter os sacos acondicionados dentro de coletores com a tampa fechada. Art. 28 Os procedimentos para o armazenamento interno devem ser descritos e incorporados ao PGRSS do serviço. Parágrafo único. A coleta e o transporte externo dos RSS devem ser compatíveis com os Planos Municipais e do Distrito Federal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e com as demais normativas aplicáveis. Art. 29 O abrigo temporário de RSS deve: I - ser provido de pisos e paredes revestidos de material resistente, lavável e impermeável; II - possuir ponto de iluminação artificial e de água, tomada elétrica alta e ralo sifonado com tampa; III - quando provido de área de ventilação, esta deve ser dotada de tela de proteção contra roedores e vetores; IV - ter porta de largura compatível com as dimensões dos coletores; e V - estar identificado como "ABRIGO TEMPORÁRIO DE RESÍDUOS". Art. 30 O armazenamento temporário pode ser dispensado no caso em que o fluxo de recolhimento e transporte justifique. Art. 31 A sala de utilidades ou expurgo pode ser compartilhada para o armazenamento temporário dos RSS dos Grupos A, E e D, devendo ser compatível com a área a ser ocupada pelos coletores em uso. Parágrafo único. Na hipótese descrita no caput, a sala de utilidades ou expurgo deve conter também a identificação com a inscrição "ABRIGO TEMPORÁRIO DE RESÍDUOS". Art. 32 RSS de fácil putrefação devem ser submetidos a método de conservação em caso de armazenamento por período superior a vinte e quatro horas. Art. 33 O gerenciamento de rejeitos radioativos, grupo C, deve obedecer ao Plano de Proteção Radiológica do Serviço, as Normas da CNEN e demais normas aplicáveis. Art. 34 O abrigo externo deve ter, no mínimo, um ambiente para armazenar os coletores dos RSS do Grupo A, podendo também conter os RSS do grupo E, e outro ambiente exclusivo para armazenar os coletores de RSS do grupo D. Art. 35 O abrigo externo deve: I - permitir fácil acesso às operações do transporte interno; II - permitir fácil acesso aos veículos de coleta externa; III - ser dimensionado com capacidade de armazenagem mínima equivalente à ausência de uma coleta regular, obedecendo à frequência de coleta de cada grupo de RSS; IV - ser construídocom piso, paredes e teto de material resistente, lavável e de fácil higienização, com aberturas para ventilação e com tela de proteção contra acesso de vetores; V - ser identificado conforme os Grupos de RSS armazenados; VI - ser de acesso restrito às pessoas envolvidas no manejo de RSS; VII - possuir porta com abertura para fora, provida de proteção inferior contra roedores e vetores, com dimensões compatíveis com as dos coletores utilizados; VIII - ter ponto de iluminação; IX - possuir canaletas para o escoamento dos efluentes de lavagem, direcionadas para a rede 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 34 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. de esgoto, com ralo sifonado com tampa; X - possuir área coberta para pesagem dos RSS, quando couber; XI - possuir área coberta, com ponto de saída de água, para higienização e limpeza dos coletores utilizados. Art. 36 O abrigo externo dos RSS do Grupo B deve, ainda: I - respeitar a segregação das categorias de RSS químicos e incompatibilidade química, conforme os Anexos III e IV desta Resolução; II - estar identificado com a simbologia de risco associado à periculosidade do RSS químico, conforme Anexo II desta Resolução; III - possuir caixa de retenção a montante das canaletas para o armazenamento de RSS líquidos ou outra forma de contenção validada; IV - possuir sistema elétrico e de combate a incêndio, que atendam os requisitos de proteção estabelecidos pelos órgãos competentes. Art. 37 É proibido o armazenamento dos coletores em uso fora de abrigos. Parágrafo Único. O armazenamento interno de RSS químico ou rejeito radioativo pode ser feito no local de trabalho onde foram gerados. Seção IV Coleta e transporte externos Art. 38 Os veículos de transporte externo dos RSS não podem ser dotados de sistema de compactação ou outro sistema que danifique os sacos contendo os RSS, exceto para os RSS do Grupo D. Art. 39 O transporte externo de rejeitos radioativos, deve seguir normas específicas, caso existam e as normas da CNEN. Seção V Destinação Art. 40 Os RSS que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico podem ser encaminhados para reciclagem, recuperação, reutilização, compostagem, aproveitamento energético ou logística reversa. Art. 41 Os rejeitos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico devem ser encaminhados para disposição final ambientalmente adequada. Art. 42 As embalagens primárias vazias de medicamentos cujas classes farmacêuticas constem no Art. 59 desta Resolução devem ser descartadas como rejeitos e não precisam de tratamento prévio à sua destinação. Art. 43 Sempre que não houver indicação específica, o tratamento do RSS pode ser realizado dentro ou fora da unidade geradora. Parágrafo único. Os RSS tratados devem ser considerados como rejeitos. Art. 44 O tratamento dos RSS que apresentem múltiplos riscos deve obedecer à seguinte sequência: I - na presença de risco radiológico associado, armazenar para decaimento da atividade do radionuclídeo até que o nível de dispensa seja atingido; II - na presença de risco biológico associado contendo agente biológico classe de risco 4, encaminhar para tratamento; e III - na presença de riscos químico e biológico, o tratamento deve ser compatível com ambos os riscos associados. Parágrafo único. Após o tratamento, o símbolo de identificação relativo ao risco do resíduo tratado deve ser 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 35 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. retirado. Art. 45 A destinação dos medicamentos recolhidos ou apreendidos, objetos de ações de fiscalização sanitária, deve seguir a determinação prevista no art. 59 desta Resolução. Parágrafo Único. É responsabilidade do serviço providenciar o tratamento previsto no Art. 59 desta resolução. CAPÍTULO IV DO GERENCIAMENTO DOS GRUPOS DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Seção I Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A - Subgrupo A1 Art. 46 As culturas e os estoques de microrganismos; os resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os de medicamentos hemoderivados; os meios de cultura e os instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; e os resíduos de laboratórios de manipulação genética devem ser tratados. § 1º Devem ser submetidos a tratamento, utilizando processos que vierem a ser validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível com Nível III de inativação microbiana. § 2º As culturas e os estoques de microrganismos, bem como os meios de cultura e os instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas contendo microrganismos das classes de risco 1 e 2 podem ser tratados fora da unidade geradora, desde que este tratamento ocorra nas dependências do serviço de saúde. § 3º As culturas e os estoques de microrganismos, bem como os meios de cultura e os instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas contendo microrganismos das classes de risco 3 e 4 devem ser tratados na unidade geradora. § 4º Estes RSS devem ser acondicionados de maneira compatível com o processo de tratamento. § 5º Após o tratamento, os rejeitos devem ser encaminhados para disposição final ambientalmente adequada. Art. 47 Os RSS resultantes de atividades de vacinação com microrganismos vivos, atenuados ou inativados incluindo frascos de vacinas com expiração do prazo de validade, com conteúdo inutilizado ou com restos do produto e seringas, quando desconectadas, devem ser tratados antes da disposição final ambientalmente adequada. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 36 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Parágrafo Único. As agulhas e o conjunto seringa-agulha utilizadas na aplicação de vacinas, quando não desconectadas, devem atender às regras de manejo dos resíduos perfurocortantes. Art. 48 Os RSS resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4, por microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação, causadores de doença emergente que se tornem epidemiologicamente importantes, ou cujos mecanismos de transmissão sejam desconhecidos, devem ser tratados antes da disposição final ambientalmente adequada. Art. 49 As bolsas de sangue e de hemocomponentes rejeitadas por contaminação, por má conservação, com prazo de validade vencido e oriundas de coleta incompleta; as sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos; bem como os recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre, devem ser tratados antes da disposição final ambientalmente adequada. § 1º As sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos podem ser descartadas diretamente no sistema de coleta de esgotos, desde que atendam respectivamente as regras estabelecidas pelos órgãos ambientais e pelos serviços de saneamento competentes. § 2º Caso o tratamento venha a ser realizado fora da unidade geradora ou do serviço, estes RSS devem ser acondicionados em saco vermelho e transportados em recipiente rígido, impermeável, resistente à punctura, ruptura, vazamento, com tampa provida de controle de fechamento e identificado. Seção II Resíduos de Serviços de Saúde doGrupo A - Subgrupo A2 Art. 50 Os RSS do Subgrupo A2 devem ser tratados antes da disposição final ambientalmente adequada. § 1º Os RSS referidos no caput devem ser acondicionados de maneira compatível com o processo de tratamento. § 2º O tratamento pode ser realizado fora da unidade geradora, desde que ocorra nas dependências do serviço. § 3º Quando houver necessidade de outra solução, em função do porte do animal, deve haver autorização prévia dos órgãos de saúde e ambiental competentes. § 4º Após o tratamento, os rejeitos devem ser acondicionados em saco branco leitoso e identificados com a inscrição "PEÇAS ANATÔMICAS DE ANIMAIS". Art. 51 Os RSS do Subgrupo A2 contendo microrganismos com alto risco de transmissibilidade, alto potencial de letalidade ou que representem risco caso sejam disseminados no meio ambiente, devem ser submetidos, na unidade geradora, a tratamento que atenda ao Nível III de Inativação Microbiana. Parágrafo único. Quando houver necessidade de outra solução, em função do porte do animal, deve haver autorização prévia dos órgãos de saúde e ambiental competentes. Seção III Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A - Subgrupo A3 Art. 52 Os RSS do Subgrupo A3 devem ser destinados para sepultamento, cremação, incineração ou outra destinação licenciada pelo órgão ambiental competente. Parágrafo único. Quando forem encaminhados para incineração, os RSS devem ser acondicionados em sacos vermelhos e identificados com a inscrição "PEÇAS ANATÔMICAS". 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 37 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Seção IV Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A - Subgrupo A4 Art. 53 Os RSS do Subgrupo A4 não necessitam de tratamento prévio. Parágrafo único. Os RSS do Subgrupo A4 devem ser acondicionados em saco branco leitoso e encaminhados para a disposição final ambientalmente adequada. Art. 54 Os cadáveres e as carcaças de animais podem ter acondicionamento e transporte diferenciados, conforme o porte do animal, de acordo com a regulamentação definida pelos órgãos ambientais e sanitários. Seção V Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A - Subgrupo A5 Art. 55 Os RSS do Subgrupo A5 devem ser encaminhados para tratamento por incineração. Parágrafo único. Os RSS referidos no caput devem ser segregados e acondicionados em saco vermelho duplo, como barreira de proteção, e contidos em recipiente exclusivo devidamente identificado. Seção VI Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo B Art. 56 O gerenciamento dos RSS do Grupo B deve observar a periculosidade das substâncias presentes, decorrentes das características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Parágrafo único. As características dos produtos químicos estão identificadas nas Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), não se aplicando aos produtos farmacêuticos e cosméticos. Art. 57 Os RSS do Grupo B, no estado sólido e com características de periculosidade, sempre que considerados rejeitos, devem ser dispostos em aterro de resíduos perigosos - Classe I. Art. 58 Os RSS do Grupo B com características de periculosidade, no estado líquido, devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final ambientalmente adequada. § 1º Quando submetidos a processo de solidificação devem ser destinados conforme o risco presente. § 2º É vedado o encaminhamento de RSS na forma líquida para disposição final em aterros sanitários. Art. 59 Os resíduos de medicamentos contendo produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos, imunomoduladores; anti-retrovirais, quando descartados por serviços assistenciais de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos, devem ser submetidos a tratamento ou dispostos em aterro de resíduos perigosos - Classe I. Art. 60 Para o acondicionamento dos RSS do Grupo B devem ser observadas as incompatibilidades químicas descritas no Anexos IV e V desta Resolução. Parágrafo único. Os RSS do Grupo B destinados à recuperação ou reutilização devem ser acondicionados em recipientes individualizados, observados os requisitos de segurança e compatibilidade. Art. 61 As embalagens e os materiais contaminados por produtos químicos, exceto as embalagens primárias vazias de medicamentos cujas classes farmacêuticas constem no Art. 59 desta Resolução, devem ser submetidos ao mesmo manejo do produto químico que os contaminou. § 1º As embalagens primárias vazias podem ser utilizadas para acondicionamento de RSS do Grupo B, observada a compatibilidade química, conforme Anexo IV desta Resolução. § 2º As embalagens primárias vazias de produtos químicos com algum tipo de periculosidade, submetidas à limpeza com técnicas validadas ou reconhecidas, são consideradas rejeitos e devem ser encaminhadas para disposição final ambientalmente adequada. § 3º Somente as embalagens vazias de produtos químicos sem periculosidade podem ser encaminhadas 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 38 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. para processos de reciclagem. Art. 62 As embalagens secundárias de medicamentos não contaminadas devem ser descaracterizadas quanto às informações de rotulagem, podendo ser encaminhadas para reciclagem. Art. 63 As excretas de pacientes tratados com quimioterápicos antineoplásicos podem ser lançadas em rede coletora de esgotos sanitários, conectada à estação de tratamento, desde que atendam às normas e diretrizes da concessionária do sistema de coleta e tratamento de esgotos sanitários ou lançadas diretamente em corpos hídricos após tratamento próprio no serviço. Art. 64 Os medicamentos hemoderivados devem ter seu manejo como resíduo do Grupo B sem periculosidade. Art. 65 Os resíduos de produtos e insumos farmacêuticos sujeitos a controle especial devem atender à regulamentação sanitária em vigor. Art. 66 Os reveladores utilizados em radiologia devem ser tratados, podendo ser submetidos a processo de neutralização para alcançarem pH entre 7 e 9 e serem posteriormente lançados na rede coletora de esgoto com tratamento, atendendo às determinações dos órgãos de meio ambiente e do serviço de saneamento. Art. 67 Os fixadores usados em radiologia, quando não submetidos a processo de recuperação da prata, devem ser encaminhados para tratamento antes da disposição final ambientalmente adequada. Art. 68 Os RSS sólidos contendo metais pesados, quando não submetidos a tratamento devem ser dispostos em aterro de resíduos perigosos - Classe I, conforme orientação do órgão ambiental competente. Parágrafo único. O descarte de pilhas, baterias, acumuladores de carga e lâmpadas fluorescentes deve ser feito de acordo com as normas ambientais vigentes. Art. 69 A destinação dos RSS líquidos contendo metais pesados acima dos limites de descarte deve obedecer as orientações dos órgãos ambientais competentes. Parágrafo único. Os RSS contendo mercúrio (Hg) na forma líquida devem ser acondicionados em recipientes sob selo d'água e encaminhados para recuperação ou para outra destinação que esteja de acordo com as regras definidas pelo órgão ambiental competente. Art. 70 Os RSS do Grupo B que não apresentem periculosidade à saúde pública ou ao meio ambiente não necessitam de tratamento, podendo ser submetidos a processo de recuperação ou reutilização. Art. 71 A destinação dos resíduos dos equipamentos automatizados e dos reagentes de laboratórios clínicos, incluindo os produtos para diagnóstico de uso in vitro deve considerar todos os riscos presentes,conforme normas ambientais vigentes. Seção VII Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo C - Rejeitos Radioativos Art. 72 Os rejeitos radioativos devem ser segregados de acordo com o radionuclídeo ou natureza da radiação, estado físico, concentração e taxa de exposição. Art. 73 Os recipientes de acondicionamento de rejeitos radioativos devem ser adequados às características físicas, químicas, biológicas e radiológicas dos rejeitos, possuir vedação e ter o seu conteúdo identificado, conforme especificado nas normas vigentes. Art. 74 Os RSS químicos radioativos devem ser acondicionados em coletores próprios, identificados quanto aos riscos radiológico e químico presentes, e armazenados no local de decaimento até atingir o limite de dispensa. Art. 75 Os RSS perfurocortantes radioativos devem ser transportados do local de geração até o local de 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 39 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. armazenamento para decaimento em recipiente blindado. Parágrafo único. É vedada a separação do conjunto seringa agulha contendo radionuclídeos, assim como reencape manual de agulhas. Art. 76 Os rejeitos radioativos devem ser armazenados em condições adequadas, para o decaimento do elemento radioativo, podendo ser realizado na própria sala de manipulação ou em sala específica, identificada como "SALA DE DECAIMENTO". Parágrafo único. O armazenamento de rejeitos radioativos líquidos deve ser feito sobre bacia de contenção, bandeja, recipiente ou material absorvente com capacidade de conter ou absorver o dobro do volume do líquido presente na embalagem. Art. 77 Os RSS de fácil putrefação contaminados com radionuclídeos, depois de acondicionados e identificados como rejeito radioativo, devem ser mantidos sob refrigeração ou por outro processo que evite a decomposição, durante o período de armazenamento para decaimento. Art. 78 As sobras de alimentos provenientes de pacientes submetidos à terapia com iodo 131, depois de acondicionadas, devem ter seu nível de radiação medido. §1º Quando os valores de atividade ou de concentração de atividade forem superiores aos níveis de dispensa, o RSS deve ser considerado como rejeito radioativo e deve observar as condições de conservação de RSS de fácil putrefação. §2ºComo alternativa ao disposto no §1º, as sobras destes alimentos podem ser trituradas na sala de decaimento ou nas instalações sanitárias do quarto terapêutico, e posteriormente direcionadas para a rede coletora de esgotos com tratamento. § 3º Quando os valores de atividade ou de concentração de atividade forem inferiores ou iguais aos níveis de dispensa, os resíduos sólidos podem ser descartados como resíduos do Grupo D e os resíduos líquidos na rede coletora de esgotos com tratamento. Art. 79 Quando o processo de decaimento do elemento radioativo atingir o nível do limite de dispensa estabelecido pelas normas vigentes, o rótulo de "REJEITO RADIOATIVO" deve ser retirado, permanecendo a identificação dos demais riscos presentes. Parágrafo único. A retirada da identificação de risco radiológico deve ser precedida de medição da radiação. Seção VIII Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo D Art. 80 Os RSS do Grupo D, quando não encaminhados para reutilização, recuperação, reciclagem, compostagem, logística reversa ou aproveitamento energético, devem ser classificados como rejeitos. § 1º Os rejeitos sólidos devem ser dispostos conforme as normas ambientais vigentes § 2º Os efluentes líquidos podem ser lançados em rede coletora de esgotos. Art. 81 O lançamento de rejeitos líquidos em rede coletora de esgotos, conectada à estação de tratamento, deve atender às normas ambientais e às diretrizes do serviço de saneamento. Parágrafo único. Quando não houver acesso à sistema de coleta e tratamento de esgoto por empresa de saneamento, estes efluentes devem ser tratados em sistema ambientalmente licenciado antes do lançamento em corpo receptor. Art. 82 Artigos e materiais utilizados na área de trabalho, incluindo vestimentas e Equipamento de Proteção 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 40 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Individual (EPI), desde que não apresentem sinais ou suspeita de contaminação química, biológica ou radiológica, podem ter seu manejo realizado como RSS do Grupo D. Art. 83 Os procedimentos de segregação, acondicionamento e identificação dos coletores dos resíduos do Grupo D, para fins de reciclagem, devem estar descritos no PGRSS. Art. 84 Só podem ser destinados para compostagem forrações de animais de biotérios que não tenham risco biológico associado, os resíduos de flores, podas de árvores, jardinagem, sobras de alimentos e de seu pré- preparo, restos alimentares de refeitórios e restos alimentares de pacientes que não estejam em isolamento. Art. 85 Os restos e sobras de alimentos só podem ser utilizados como ração animal, se forem submetidos a processo que garanta a inocuidade do composto, com a concordância do órgão competente do Ministério da Agricultura e de Vigilância Sanitária. Seção IX Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo E Art. 86 Os materiais perfurocortantes devem ser descartados em recipientes identificados, rígidos, providos com tampa, resistentes à punctura, ruptura e vazamento. Art. 87 Os recipientes de acondicionamento dos RSS do Grupo E devem ser substituídos de acordo com a demanda ou quando o nível de preenchimento atingir 3/4 (três quartos) da capacidade ou de acordo com as instruções do fabricante, sendo proibidos seu esvaziamento manual e seu reaproveitamento. Parágrafo único. Admite-se o emprego de tecnologia que promova o esvaziamento automatizado de recipientes plásticos específicos com posterior descontaminação, possibilitando sua reutilização. Art. 88 Os RSS do Grupo E, quando contaminados por agentes biológicos, químicos e substâncias radioativas, devem ter seu manejo de acordo com cada classe de risco associada. Parágrafo único. O recipiente de acondicionamento deve conter a identificação de todos os riscos presentes. Art. 89 As seringas e agulhas, inclusive as usadas na coleta laboratorial de amostra de doadores e de pacientes, e os demais materiais perfurocortantes que não apresentem risco químico, biológico ou radiológico não necessitam de tratamento prévio à disposição final ambientalmente adequada. Parágrafo único. É permitida a separação do conjunto seringa agulha com auxílio de dispositivos de segurança, sendo vedada a desconexão e o reencape manual de agulhas. CAPÍTULO V DA SEGURANÇA OCUPACIONAL Art. 90 O serviço deve garantir que os trabalhadores sejam avaliados periodicamente, seguindo a legislação específica, em relação à saúde ocupacional, mantendo registros desta avaliação. Art. 91 O serviço deve manter um programa de educação continuada para os trabalhadores e todos os envolvidos nas atividades de gerenciamento de resíduos, mesmo os que atuam temporariamente, que contemplem os seguintes temas: I - sistema adotado para o gerenciamento dos RSS; II - prática de segregação dos RSS; III - símbolos, expressões, padrões de cores adotadas para o gerenciamento de RSS; IV - localização dos ambientes de armazenamento e dos abrigos de RSS; 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 41 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. V - ciclo de vida dos materiais; VI - regulamentação ambiental, de limpeza pública ede vigilância sanitária, relativas aos RSS; VII - definições, tipo, classificação e risco no manejo dos RSS; VIII - formas de reduzir a geração de RSS e reutilização de materiais; IX - responsabilidades e tarefas; X - identificação dos grupos de RSS; XI - utilização dos coletores dos RSS; XII - uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Coletiva (EPC); XIII - biossegurança; XIV - orientações quanto à higiene pessoal e dos ambientes; XV - orientações especiais e treinamento em proteção radiológica quando houver rejeitos radioativos; XVI - providências a serem tomadas em caso de acidentes e de situações emergenciais; XVII - visão básica do gerenciamento dos resíduos sólidos no município ou Distrito Federal; XVIII - noções básicas de controle de infecção e de contaminação química; e XIX - conhecimento dos instrumentos de avaliação e controle do PGRSS. CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 92 Fica revogada a Resolução da Diretoria Colegiada RDC Anvisa nº 306, de 7 de dezembro de 2004, a partir da entrada em vigor desta Resolução. Art. 93 Fica revogado o item 7 do Anexo 2 da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 305, de 14 de novembro de 2002. Art. 94 O descumprimento das disposições contidas nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis. Art. 95 Esta Resolução entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias a partir da data da sua publicação. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 42 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. SIMBOLOGIA DOS TIPOS DE RESÍDUOS Objetivos: Reconhecer os tipos de resíduos contidos nos sacos e recipientes fornecendo informações para seu correto manejo. Justificativa: Os recipientes de coleta interna e externa, assim como os locais de armazenamento onde são colocados os RSS, devem ser identificados em: - local de fácil visualização; - de forma indelével; - utilizando símbolos, cores e frases; - outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e aos riscos específicos de cada grupo de resíduos. GRUPO A Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção. É proibido o esvaziamento ou reaproveitamento dos sacos. Conforme a RDC 222/2018, Os sacos para acondicionamento de RSS do grupo A devem ser substituídos ao atingirem o limite de 2/3 (dois terços) de sua capacidade ou então a cada 48 (quarenta e oito) horas, independentemente do volume, visando o conforto ambiental e a segurança dos usuários e profissionais. Os sacos contendo RSS do grupo A de fácil putrefação devem ser substituídos no máximo a cada 24 (vinte e quatro) horas, independentemente do volume. O grupo A é identificado, no mínimo, pelo símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da expressão RESÍDUO INFECTANTE. Grupo B Resíduos contendo produtos químicos que apresentam periculosidade à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade, mutagenicidade e quantidade. São identificados através do símbolo de risco associado e com discriminação de substância química e frases de risco. Grupo C Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos níveis de dispensa especificados em norma da CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. - Enquadra- se neste grupo o rejeito radioativo, proveniente de laboratório de pesquisa e ensino na área da saúde, laboratório de análise clínica, serviço de medicina nuclear e radioterapia, segundo Resolução da CNEN e Plano de Proteção Radiológica aprovado para a instalação radiativa. O grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta ou púrpura) em rótulo 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 43 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. de fundo amarelo, acrescido da expressão MATERIAL RADIOATIVO, REJEITO RADIOATIVO ou RADIOATIVO. Grupo D Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Podem ser destinados à reciclagem ou à reutilização. Quando adotada a reciclagem, sua identificação deve ser feita nos recipientes e nos abrigos de guarda de recipientes, usando códigos de cores e suas correspondentes nomeações, baseada na Resolução CONAMA N 275/01, e símbolos de tipo de material reciclável. Para os demais resíduos do Grupo D deve ser utilizada a cor cinza ou preta nos recipientes. O grupo D deve ser identificado conforme definido pelo órgão de limpeza urbana. Vidro →verde Plástico → vermelho Papel → azul Metal → amarelo Orgânico → marrom Grupo E Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; ponteiras de micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares Conforme a RDC 222/2018, Os recipientes de acondicionamento dos RSS do Grupo E devem ser substituídos de acordo com a demanda ou quando o nível de preenchimento atingir ¾ (três quartos) da capacidade ou de acordo com as instruções do fabricante, sendo proibidos seu esvaziamento manual e seu reaproveitamento. O grupo E é identificado pelo símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo branco, desenho e contorno preto, acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 44 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. #DESPENCA EM PROVAS! GRUPO A Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção. Subgrupo A1 - Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os medicamentos hemoderivados; descarte de vacinas de microrganismos vivos, atenuados ou inativados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética. - Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido. - Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta. - Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. PROVA!!! Seguindo a Classificação deRisco todos os resíduos provenientes da assistência a pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) devem ser enquadrados na categoria A1, conforme Resolução RDC/Anvisa nº 222, de 28 de março de 2018. Subgrupo A1 Subgrupo A2 Subgrupo A3Subgrupo A4 Subgrupo A5 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 45 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Subgrupo A2 - Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica. Subgrupo A3 - Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou seus familiares. Subgrupo A4 - Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados. - Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico- hospitalar e de pesquisa, entre outros similares. - Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes classe de risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons. - Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo. - Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. - Peças anatômicas (órgãos e tecidos), incluindo a placenta, e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica. - Cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos. - Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão. Subgrupo A5 Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para príons, de casos suspeitos ou confirmados, bem como quaisquer materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, suspeitos ou confirmados, e que tiveram contato com órgãos, tecidos e fluidos de alta infectividade para príons. - Tecidos de alta infectividade para príons são aqueles assim definidos em documentos oficiais pelos órgãos sanitários competentes. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 46 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. A1 Caso o tratamento venha a ser realizado fora da unidade geradora ou do serviço, estes RSS devem ser acondicionados em saco vermelho e transportados em recipiente rígido, impermeável, resistente à punctura, ruptura, vazamento, com tampa provida de controle de fechamento e identificado. A2 Art. 50 Os RSS do Subgrupo A2 devem ser tratados antes da disposição final ambientalmente adequada. § 4º Após o tratamento, os rejeitos devem ser acondicionados em saco branco leitoso e identificados com a inscrição "PEÇAS ANATÔMICAS DE ANIMAIS". A3 Art. 52 Os RSS do Subgrupo A3 devem ser destinados para sepultamento, cremação, incineração ou outra destinação licenciada pelo órgão ambiental competente. Parágrafo único. Quando forem encaminhados para incineração, os RSS devem ser acondicionados em sacos vermelhos e identificados com a inscrição "PEÇAS ANATÔMICAS". A4 Art. 53 Os RSS do Subgrupo A4 não necessitam de tratamento prévio. Parágrafo único. Os RSS do Subgrupo A4 devem ser acondicionados em saco branco leitoso e encaminhados para a disposição final ambientalmente adequada. A5 Os RSS referidos no caput devem ser segregados e acondicionados em saco vermelho duplo, como barreira de proteção, e contidos em recipiente exclusivo devidamente identificado. GRUPO B Resíduos contendo produtos químicos que apresentam periculosidade à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade, mutagenicidade e quantidade. - Produtos farmacêuticos - Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes. - Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores). - Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas. - Demais produtos considerados perigosos: tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos. GRUPO C Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos níveis de dispensa especificados em norma da CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. - Enquadra-se neste grupo o rejeito radioativo, proveniente de laboratório de pesquisa e ensino na área da saúde, laboratório de análise clínica, serviço de medicina nuclear e radioterapia, segundo Resolução da CNEN e Plano de Proteção Radiológica aprovado para a instalação radiativa. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 47 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. GRUPO D Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. - Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, gorros e máscaras descartáveis, resto alimentar de paciente, material utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, luvas de procedimentos que não entraram em contato com sangue ou líquidos corpóreos, equipo de soro, abaixadores de língua e outros similares não classificados como A1. - Sobras de alimentos e do preparo de alimentos. - Resto alimentar de refeitório. - Resíduos provenientes das áreas administrativas. - Resíduos de varrição, flores, podas e jardins. - Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde. - Forrações de animais de biotérios sem risco biológico associado. - Resíduos recicláveis sem contaminação biológica, química e radiológica associada. - Pelos de animais. GRUPO E Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; ponteiras de micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 48 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. MANEJO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOSDE SAÚDE Manejo dos resíduos de serviços de saúde: atividade de manuseio dos resíduos de serviços de saúde, cujas etapas são Segregação: Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos. Acondicionamento: Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamento e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. Identificação: Consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS. A identificação atende aos parâmetros referenciados na norma NBR 7.500 da ABNT. Transporte interno de resíduos de serviços de saúde: Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a coleta. Armazenamento temporário de resíduos de serviços de saúde: Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, destinados à apresentação para a coleta externa. Não poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento. TRATAMENTODE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE: Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente. Pode ser aplicado no próprio estabelecimento gerador ou em outro estabelecimento. Os sistemas para o tratamento de resíduos de serviços de saúde devem ser objeto de licenciamento ambiental, de acordo com a Resolução CONAMA 237/97. segregação acondicionamento identificação transporte interno armazenamento temporário armazenamento externo coleta interna transporte externo destinação disposição final ambientalmente adequada 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 49 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. - Incineração - Autoclave - Microondas - Aterro Sanitário (vala séptica) - Radiação Ionizante ou Irradiação Armazenamento externo de resíduos de serviços de saúde: Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores. No armazenamento externo não é permitida a manutenção dos sacos de resíduos fora dos recipientes ali estacionados. Disposição final de resíduos de serviços de saúde: Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução CONAMA 237/97. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 50 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. IDENTIFICAÇÃO DOS GRUPOS DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE O grupo A é identificado, no mínimo, pelo símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da expressão resíduo infectante. O grupo B é identificado por meio de símbolo e frase de risco associado à periculosidade do resíduo químico. O grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta ou púrpura) em rótulo de fundo amarelo, acrescido da expressão material radioativo, rejeito radioativo ou radioativo. O grupo D deve ser identificado conforme definido pelo órgão de limpeza urbana. O grupo E é identificado pelo símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo branco, desenho e contorno preto, acrescido da inscrição de resíduo perfurocortante. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 51 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 52 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. ACIDENTES DE TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO E PERFURO-CORTANTES No atendimento inicial após a exposição ao HIV, faz-se necessário que o profissional avalie como e quando ocorreu a exposição, além de investigar a condição sorológica da pessoa exposta e da pessoa fonte da infecção. Assim, a partir da avaliação desses critérios objetivos será possível definir se há ou não indicação de início da profilaxia pós-exposição. A indicação de PEP requer a avaliação do risco da exposição, o que inclui: 1. O tipo de material biológico envolvido; 2. O tipo de exposição; 3. O tempo transcorrido entre a exposição e o atendimento; 4. A condição sorológica para HIV da pessoa exposta e da pessoa fonte Tipo de material biológico Existem materiais biológicos sabidamente infectantes e envolvidos na transmissão do HIV. Assim, a exposição a esses materiais constitui situações nas quais a PEP está recomendada. Classificam-se os materiais em: 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 53 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Tipos de exposições que podem trazer riscos de transmissão ocupacional do HIV e dos vírus das hepatites B (HBV) e C (HCV) são definidas como: Exposição com risco de transmissão do HIV: » Percutânea – Exemplos: lesões causadas por agulhas ou outros instrumentos perfurantes e/ou cortantes; » Membranas mucosas – Exemplos: exposição sexual desprotegida; respingos em olhos, nariz e boca; » Cutâneas envolvendo pele não íntegra – Exemplos: presença de dermatites ou feridas abertas; » Mordeduras com presença de sangue – Nesses casos, os riscos devem ser avaliados tanto para a pessoa que sofreu a lesão quanto para aquela que a provocou. Exposição sem risco de transmissão do HIV: » Cutâneas, exclusivamente, quando a pele exposta se encontra íntegra; » Mordedura sem a presença de sangue. O primeiro atendimento após a exposição ao HIV é uma urgência. A PEP deve ser iniciada o mais precocemente possível, tendo como limite as 72 horas subsequentes à exposição. As situações de exposição ao HIV constituem atendimento de urgência, em função da necessidade de início precoce da profilaxia para maior eficácia da intervenção. Não há benefício da profilaxia com ARV após 72 horas da exposição (TSAI et al., 1995, TSAI et al., 1998, OTTEN et al., 2000). Nos casos em que o atendimento ocorrer após 72 horas da exposição, não está mais indicada a profilaxia ARV. A indicação ou não de PEP irá depender do status sorológico para HIV da pessoa exposta, que deve sempre ser avaliado por meio de teste rápido (TR) em situações de exposições consideradas de risco: Status sorológico da pessoa exposta Se TR reagente: a PEP não está indicada. A infecção pelo HIV ocorreuantes da exposição que motivou o atendimento e a pessoa deve ser encaminhada para acompanhamento clínico e início da TARV. Se TR não reagente: a PEP está indicada, pois a pessoa exposta é susceptível ao HIV. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 54 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Status sorológico da pessoa-fonte Esse critério é o único não obrigatório, pois nem sempre a pessoa-fonte está presente e disponível para realizar a testagem. • Se TR reagente: a PEP está indicada para a pessoa exposta. • Se TR não reagente: a PEP não está indicada. Contudo, a PEP poderá ser indicada quando a pessoa-fonte tiver história de exposição de risco nos últimos 30 dias, devido à possibilidade de resultados falso-negativos de testes imunológicos de diagnóstico (rápidos ou laboratoriais) durante o período de janela imunológica. No caso de utilização de testes de fluido oral, considerar janela imunológica de 90 dias. • Se desconhecido: avaliar caso a caso. Nos casos envolvendo acidentes com fonte desconhecida (ex.: agulha em lixo comum, lavanderia, coletor de material perfurocortante) ou fonte conhecida com sorologia desconhecida (ex.: pessoa-fonte que faleceu ou que não se apresenta ao serviço para testagem), a decisão sobre instituir a PEP deve ser individualizada. Deve-se considerar a gravidade da exposição e a probabilidade clínica e epidemiológica de infecção pelo HIV naquela exposição (área de alta prevalência para HIV, pacientes internados com infecção pelo HIV naquele ambiente, etc.). Existem muitos casos em que a PEP não está indicada, em função do risco extremamente baixo de transmissão do HIV. O esquema preferencial (TDF + 3TC + DTG) possui menor número de efeitos adversos e baixa interação medicamentosa, o que propicia melhor adesão e manejo clínico. Além disso, apresenta alta barreira genética, aumentando a segurança para evitar a resistência transmitida, principalmente quando a pessoa- fonte é multiexperimentada. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 55 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. PREVENÇÃO DA EXPOSIÇÃO A MATERIAIS BIOLÓGICOS A prevenção da exposição ao sangue ou a outros materiais biológicos é a principal medida para que não ocorra contaminação por patógenos de transmissão sanguínea nos serviços de saúde. Precauções básicas ou precauções padrão são normatizações que visam reduzir a exposição aos materiais biológicos. Essas medidas devem ser utilizadas na manipulação de artigos médico-hospitalares e na assistência a todos os pacientes, independente do diagnóstico definido ou presumido de doença infecciosa (HIV/aids, hepatites B e C). Recomenda-se o uso rotineiro de barreiras de proteção (luvas, capotes, óculos de proteção ou protetores faciais) quando o contato mucocutâneo com sangue ou outros materiais biológicos puder ser previsto. Incluem-se ainda as precauções necessárias na manipulação de agulhas ou outros materiais cortantes, para prevenir exposições percutâneas; e os cuidados necessários de desinfecção e esterilização na reutilização de instrumentos usados em procedimentos invasivos. ATENÇÃO! Entre as recomendações específicas que devem ser seguidas, durante a realização de procedimentos que envolvam a manipulação de material perfurocortante, destacam-se a importância de: • Ter a máxima atenção durante a realização dos procedimentos; • Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que envolvam materiais perfurocortantes; • As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou retiradas da seringa com as mãos; • Não utilizar agulhas para fixar papéis; • Todo material perfurocortante (agulhas, scalp, lâminas de bisturi, vidrarias, entre outros), mesmo que estéril, deve ser desprezado em recipientes resistentes à perfuração e com tampa; • Os coletores específicos para descarte de material perfurocortante não devem ser preenchidos acima do limite de sua capacidade total e devem ser colocados sempre próximos do local onde é realizado o procedimento. PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS NOS CASOS DE EXPOSIÇÃO AOS MATERIAIS BIOLÓGICOS -CUIDADOS IMEDIATOS COM A ÁREA DE EXPOSIÇÃO Recomenda-se como primeira conduta, após a exposição a material biológico, os cuidados imediatos com a área atingida. Essas medidas incluem a lavagem exaustiva do local exposto com água e sabão nos casos de exposições percutâneas ou cutâneas. Apesar de não haver nenhum estudo que demonstre o benefício adicional ao uso do sabão neutro nesses casos, a utilização de soluções anti-sépticas degermantes é uma opção. Não há nenhum estudo que justifique a realização de expressão do local exposto como forma de facilitar o sangramento espontâneo. Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou com solução salina fisiológica. Procedimentos que aumentam a área exposta (cortes, injeções locais) e a utilização de soluções irritantes como éter, hipoclorito ou glutaraldeído são contra-indicados. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 56 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. ATENÇÃO! PROVA!! Quando indicada, a PEP deverá ser iniciada o mais rápido possível, idealmente, nas primeiras DUAS horas após o acidente. Recomenda-se que o prazo máximo, para início de PEP, seja de até 72h após o acidente. A duração da quimioprofilaxia é de 28 dias. Esquema preferencial O seguinte esquema antirretroviral está indicado para realização da profilaxia pós-exposição, independentemente do tipo de exposição e material biológico envolvido: ATENÇÃO! ANTES O MINISTÉRIO DA SAÚDE RECOMENDAVA O SEGUINTE ESQUEMA! Esquema preferencial para PEP Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Atazanavir/ritonavir (ATV/r) A duração da PEP é de 28 dias. A PARTIR DE 2017, O MINISTÉRIO DA SAÚDE RECOMENDA O SEGUINTE ESQUEMA! TDF: tenofovir 3TC: lamivudina DTG: dolutegravir QUIMIOPROFILAXIA PARA O HBV A vacinação pré-exposição contra a hepatite B é a principal medida de prevenção de hepatite B ocupacional entre profissionais de saúde. Idealmente a vacinação deverá ser feita antes da admissão do profissional (ou estudante, estagiário) nos serviços de saúde. Está indicada para todos aqueles que podem estar expostos aos materiais biológicos durante suas atividades, inclusive os que não trabalham diretamente na assistência ao paciente como, por exemplo, as equipes de higienização e de apoio. Para todos estes profissionais, a vacina está disponível nas unidades básicas de saúde. O esquema vacinal é composto por uma série de três doses da vacina com intervalos de zero, um e seis meses. Um a dois meses após a última dose (com intervalo máximo de 6 meses), o teste sorológico anti-HBs pode ser realizado para confirmação da resposta vacinal (presença de anticorpos protetores com títulos acima de 10 mUI/ml). A imunidade é prolongada não sendo recomendadas doses de reforço após o esquema vacinal completo em profissionais imunocompetentes. Observamos ainda que outras vacinas podem ser aplicadas simultaneamente sem o risco de interferência na produção de anticorpos para as outras vacinas. Quando o esquema vacinal for interrompido não há necessidade de recomeçá-lo. Profissionais que tenham parado o esquema vacinal após a 1ª dose deverão realizar a 2ª dose logo quepossível e a 3ª dose está indicada com um intervalo de pelo menos 2 meses da dose anterior. Profissionais de saúde, que tenham interrompido o esquema vacinal após a 2ª dose, deverão realizar a 3ª dose da vacina tão logo seja possível. O aumento de intervalo entre a 2ª e a 3ª doses aumenta o título final de anticorpos. Nos esquemas incompletos de vacinação recomenda-se a comprovação da resposta vacinal através da solicitação do antiHBs um a dois meses após a última dose (com intervalo máximo de 6 meses). Esquema preferencial para PEP TDF + 3TC + DTG A duração da PEP é de 28 dias. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 57 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Caso ocorra uma exposição a materiais biológicos com risco conhecido, ou provável, de infecção pelo HBV, o não respondedor deve utilizar a imunoglobulina hiperimune contra hepatite B. A imunoglobulina hiperimune contra hepatite B (IGHAHB) também deve ser aplicada por via IM. Ela fornece imunidade provisória por um período de 3 a 6 meses após a administração. É constituída por mais de 100.000 UI de anti-HBs; sendo produzida a partir de plasma de indivíduos que desenvolvem altos títulos de anti-HBs quando são submetidos à imunização ativa contra a hepatite B. A gravidez e a lactação não são contra- indicações para a utilização da IGHAHB. Existe maior eficácia na profilaxia pós-exposição quando a imunoglobulina é utilizada dentro das primeiras 24 a 48 horas após o acidente. Não existe benefício comprovado após uma semana da exposição. MEDIDAS RELACIONADAS AO HCV Não existe nenhuma medida específica eficaz para redução do risco de transmissão do vírus da hepatite C após exposição ocupacional. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 58 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO ``O tamanho do passo não importa, a direção sim!!`` A Lei Federal 9.431 de 1997 → institui a obrigatoriedade da existência da CCIH e de um Programa de Controle de Infecções Hospitalares. PORTARIA Nº 2616, DE 12 DE MAIO DE 1998 Programa de Controle de Infecção Hospitalar ORGANIZAÇÃO • Para a adequada execução do PCIH os hospitais deverão constituir Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de execução das ações de controle de infecção hospitalar. • A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente designados. • Os membros da CCIH serão de dois tipos: consultores e executores. • 0 presidente ou coordenador da CCIH será qualquer um dos membros da mesma, indicado pela direção do hospital. • Os membros consultores serão representantes, dos seguintes serviços: • Os membros executores da CCIH representam o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar e, portanto, são encarregados da execução das ações programadas de controle de infecção hospitalar; • Os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior da área de saúde para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número com carga horária diária, mínima, de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais profissionais. • Um dos membros executores deve ser, preferencialmente, um enfermeiro. • Nos hospitais com leitos destinados a pacientes críticos, a CCIH deverá ser acrescida de outros profissionais de nível superior da área de saúde. Os membros executores terão acrescidas 2 (duas) horas semanais de trabalho para cada 10 (dez) leitos ou fração; • é um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares. Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) serviço médico; serviço de enfermagem; serviço de farmácia; laboratório de microbiologia; administração. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 59 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. ATENÇÃO!!! PORTARIA 2.616/98 • Nos hospitais com leitos destinados a pacientes críticos, a CCIH deverá ser acrescida de outros profissionais de nível superior da área de saúde. Os membros executores terão acrescidas 2 (duas) horas semanais de trabalho para cada 10 (dez) leitos ou fração; • Em hospitais com regime exclusivo de internação tipo paciente-dia, a carga de trabalho dos profissionais será de 2 (duas) horas diárias para o enfermeiro e 1 hora para os demais profissionais, independente do número de leitos da instituição. Para fins desta Portaria, consideram-se pacientes críticos: • pacientes de terapia intensiva (adulto, pediátrico, e neonatal); • pacientes de berçário de alto risco; • pacientes queimados; • pacientes submetidos a transplantes de órgãos; • pacientes hemato-oncológicos; • pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. COMPETÊNCIAS A CCIH do hospital deverá: • Elaborar, implementar, manter e avaliar programa de controle de infecção hospitalar, adequado às características e necessidades da instituição, contemplando, no mínimo, ações relativas a: ✓ implantação de um Sistema de Vigjlância Epidemiológica das Infecções Hospitalares, de acordo com o Anexo III, ✓ adequação, implementação e supervisão das normas e rotinas técnico-operacionais, visando à prevenção e controle das infecções hospitalares; ✓ capacitação do quadro de funcionários e profissionais da instituição, no que diz respeito à prevenção e controle das infecções hospitalares; ✓ uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares; • avaliar, periódica e sistematicamente, as informações providas pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares e aprovar as medidas de controle propostas pelos membros executores da CCIH; • realizar investigação epidemiológica de casos e surtos, sempre que indicado, e implantar medidas imediatas de controle; • elaborar e divulgar, regularmente, relatórios e comunicar, periodicamente, à autoridade máxima de instituição e às chefias de todos os setores do hospital a situação do controle das infecções hospitalares, promovendo seu amplo debate na comunidade hospitalar, • elaborar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-operacionais, visando limitar a disseminação de agentes presentes nas infecções em curso no hospital, por meio de medidas de precaução e de isolamento; • adequar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-operacionais, visando à prevenção e ao tratamento das infecções hospitalares; • definir, em cooperação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica, política de utilização de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares para a instituição; 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 60 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. • cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se pelo treinamento, com vistas a obter capacitação adequada do quadro de funcionários e profissionais, no que diz respeito ao controle das infecções hospitalares; • elaborar regimento interno para a Comissão de Controle deInfecção Hospitalar; • cooperar com a ação do órgão de gestão do SUS, bem como fornecer, prontamente, as informações epidemiológicas solicitadas pelas autoridades competentes; • notificar, na ausência de um núcleo de epidemiologia, ao organismo de gestão do SUS, os casos diagnosticados ou suspeitos de outras doenças sob Vigilância epidemiológica (notificação compulsória), atendidos em qualquer dos serviços ou unidades do hospital, e atuar cooperativamente com os serviços de saúde coletiva; • notificar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica e Sanitária do organismo de gestão do SUS, os casos e surtos diagnosticados ou suspeitos de infecções associadas à utilização de insumos e/ou produtos industrializados. Caberá à autoridade máxima da instituição: • constituir formalmente a CCIH; • nomear os componentes da CCIH por meio de ato próprio; • propiciar a infra-estrutura necessária à correta operacionalização da CCIH; • aprovar e fazer respeitar o regimento interno da CCIH • garantir a participação do Presidente da CCIH nos órgãos colegiados deliberativos e formuladores de política da instituição, como, por exemplo, os conselhos técnicos, independente da natureza da entidade mantenedora da instituição de saúde; • garantir o cumprimento das recomendações formuladas pela Coordenação Municipal/Distrital de Controle de Infecção Hospitalar; • informar o órgão oficial municipal ou estadual quanto à composição da CCIH, e às alterações que venham a ocorrer; • fomentar a educação e o treinamento de todo o pessoal hospitalar. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 61 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. CONCEITOS E CRITÉRIOS DIAGNOSTICOS DAS INFECÇÕES HOSPITALARES Conceitos básicos • Infecção comunitária (IC): é aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital. São também comunitárias: a infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente na admissão, a menos que haja troca de microrganismos com sinais ou sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção; a infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que tornou-se evidente logo após o nascimento (exemplo: herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS); as infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro) horas. • Infecção hospitalar (IH): é aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. Critérios para diagnóstico de infecção hospitalar, previamente estabelecidos e descritos. Princípios: o diagnóstico das infecções hospitalares deverá valorizar informações oriundas de: evidência clínica, derivada da observação direta do paciente ou da análise de seu prontuário; resultados de exames de laboratório, ressaltando-se os exames microbiológicos, a pesquisa de antígenos, anticorpos e métodos de visualização. evidências de estudos com métodos de imagem; endoscopia; biópsia e outros. • Critérios gerais: ✓ quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária, for isolado um germe diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do paciente, o caso deverá ser considerado como infecção hospitalar; ✓ quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de 72 (setenta e duas) horas após a admissão; ✓ são também convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 (setenta e duas) horas da internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticas, realizados durante este período; ✓ as infecções no recém-nascido são hospitalares, com exceção das transmitidas de forma transplacentária e aquelas associadas a bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro) horas; ✓ os pacientes provenientes de outro hospital que se internam com infecção, são considerados portadores de infecção hospitalar do hospital de origem infecção. Nestes casos, a Coordenação Estadual/Distrital/Municipal e/ou o hospital de origem deverão ser informados para computar o episódio como infecção hospitalar naquele hospital. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 62 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Classificação das cirurgias por potencial de contaminação da incisão cirúrgica • as infecções pós-cirúrgicas devem ser analisadas conforme o potencial de contaminação da ferida cirúrgica, entendido como o número de microrganismos presentes no tecido a ser operado; • a classificação das cirurgias deverá ser feita no final do ato cirúrgico, pelo cirurgião, de acordo com as seguintes indicações: Cirurgias Limpas são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras, cirurgias eletivas com cicatrização de primeira intenção e sem drenagem aberta. Cirurgias em que não ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário; Cirurgias Potencialmente Contaminadas são aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas discretas no transoperatório. Cirurgias com drenagem aberta enquadram-se nesta categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa. Cirurgias Contaminadas são aquelas realizadas em tecidos recentemente traumatizados e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, cuja descontaminação seja difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração local. Na presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção, ou grande contaminação a partir do tubo digestivo. Obstrução biliar ou urinária também se incluem nesta categoria. Cirurgias lnfectadas são todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 63 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGlCA E INDICADORES EPIDEMIOLÓGlCOS DAS INFECÇÕES HOSPITALARES • Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares é a observação ativa, sistemática e contínua de sua ocorrência e de sua distribuição entre pacientes, hospitalizados ou não, e dos eventos e condições que afetam o risco de sua ocorrência, com vistas à execução oportuna das ações de prevenção e controle. • A CCIH deverá escolher o método de Vigilância Epidemiológica mais adequado às características do hospital à estrutura de pessoal e à natureza do risco da assistência, com base em critérios de magnitude, gravidade, redutibilidade das taxas ou custo. • São indicados os métodos prospectivos, retrospectivos e transversais, visando determinar taxas de incidência ou prevalência. • São recomendadosPELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. 4. Risco químico: Substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo ser absorvido pelo mesmo ou por ingestão. Exemplo: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, etc. 5. Risco biológico: Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, vírus. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 8 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE AGENTES BIOLÓGICOS A avaliação de risco de agentes biológicos considera critérios que permitem o reconhecimento, a identificação e a probabilidade do dano decorrente destes, estabelecendo a sua classificação em classes de risco distintas de acordo com a gravidade dos danos. CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS A importância da avaliação de risco dos agentes biológicos está: Para isso, consideram-se alguns critérios, entre os quais se destacam: Natureza do Agente Biológico organismos ou moléculas com potencial ação biológica infecciosa sobre o homem, animais, plantas ou o meio ambiente em geral, incluindo vírus, bactérias, archaea, fungos, protozoários, parasitos, ou entidades acelulares como prions, RNA ou DNA (RNAi, ácidos nucleicos infecciosos, aptâmeros, genes e elementos genéticos sintéticos, etc) e partículas virais (VPL). Virulência é a capacidade patogênica de um agente biológico, medida pelo seu poder de aderir, invadir, multiplicar e disseminar em determinados sítios de infecção e tecidos do hospedeiro, considerando os índices de morbi-mortalidade que ele produz. A virulência pode ser avaliada por meio dos coeficientes de mortalidade e de gravidade. O coeficiente de mortalidade indica o percentual de casos da doença que são mortais, e o coeficiente de gravidade, o percentual dos casos considerados graves. Modo de transmissão é o percurso feito pelo agente biológico a partir da fonte de exposição até o hospedeiro. O conhecimento do modo de transmissão do agente biológico é de fundamental importância para a aplicação de medidas que visem conter a disseminação do patógeno. Estabilidade é a capacidade de manutenção do potencial infeccioso de um agente biológico no meio ambiente, inclusive em condições adversas tais como a exposição à luz, à radiação ultravioleta, à temperatura, à umidade relativa e aos agentes químicos. Concentração e volume a concentração está relacionada à quantidade de agentes biológicos por unidade de volume. Assim, quanto maior a concentração, maior o risco. O volume do agente biológico também é importante, pois na maioria dos casos os fatores de risco aumentam proporcionalmente ao aumento do volume. Origem do agente biológico potencialmente patogênico deve ser considerada a origem do hospedeiro do agente biológico (humano ou animal), como também a localização geográfica (áreas endêmicas) e o vetor. Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes estas incluem profilaxia por vacinação, agentes antimicrobianos, antissoros e imunoglobulinas. Inclui ainda, a adoção de medidas sanitárias, controle de vetores e medidas de quarentena em movimentos transfronteiriços. Quando essas medidas estão disponíveis, o risco é reduzido. na estimativa do risco no dimensionamento da estrutura para a contenção e na tomada de decisão para o gerenciamento dos riscos. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 9 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Disponibilidade de tratamento eficaz tratamento capaz de prover a contenção do agravamento e a cura da doença causada pela exposição ao agente biológico. Inclui a utilização de antissoros, vacinas pós-exposição e medicamentos terapêuticos específicos. Deve ser considerada a possibilidade de ocorrência de resistência a antimicrobianos entre os agentes biológicos envolvidos. Dose infectante consiste no número mínimo de agentes biológicos necessários para causar doença. Varia de acordo com a virulência do agente biológico e a susceptibilidade do indivíduo à infecção. Manipulação do agente biológico a manipulação pode potencializar o risco, como por exemplo, em procedimentos para multiplicação, sonicação, liofilização e centrifugação. Além disto, deve-se destacar que nos procedimentos de manipulação envolvendo a inoculação experimental em animais, os riscos irão variar de acordo com as espécies e protocolos utilizados. Deve ser considerado ainda risco de infecções latentes que são mais comuns em animais capturados na natureza. Eliminação do agente biológico o conhecimento das vias de eliminação do agente é importante para a adoção de medidas de contingenciamento. A eliminação por excreções ou secreções de agentes biológicos pelos organismos infectados, em especial, aqueles transmitidos por via respiratória, podem exigir medidas adicionais de contenção. As pessoas que lidam com animais experimentalmente infectados com agentes biológicos patogênicos apresentam um risco maior de exposição devido à possibilidade de mordidas, arranhões e inalação de aerossóis. ATENÇÃO! Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): Agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças no homem ou nos animais adultos sadios. Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade): Inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes. Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): Inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão por via respiratória e que causam patologias humanas ou animais, potencialmente letais, para as quais existem usualmente medidas de tratamento ou de prevenção. Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa. Classe de risco 4 (elevado risco individual e elevado risco para a comunidade): Classificação do ministério da saúde que inclui agentes biológicos que representam grande ameaça para o ser humano e para os animais, implicando grande risco a quem os manipula, com grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro, não existindo medidas preventivas e de tratamento para esses agentes. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 10 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Classe de risco especial Agentes biológicos que oferecem alto risco de causar doença animal grave e de disseminação no meio ambiente de doença animal não existente no país e que, embora não sejam obrigatoriamente patógenos de importância para o homem, podem gerar graves perdas econômicas e/ou na produção de alimentos. Alguns exemplos: Vírus da cólera suína, Vírus da doença de Borna, Vírus da doença de New Castle (amostras asiáticas), Vírus da doença de Teschen, Vírus da doença de Wesselbron, Vírus da influenza A aviária (amostras de epizootias), Vírus da peste aviária, Vírus da peste bovina (Brasil, 2006a). Classe de risco Risco individual Risco à coletividade Profilaxia ou terapia eficaz 1 Baixo Baixo Existe 2 Moderado Baixo Existe 3 Elevado Moderado Usualmente Existeos métodos de busca ativos de coleta de dados para Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares. • Todas as alterações de comportamento epidemiológico deverão ser objeto de investigação epidemiológica específica. Relatórios e Notificações • A CCIH deverá elaborar periodicamente um relatório com os indicadores epidemiológicos interpretados e analisados. Esse relatório deverá ser divulgado a todos os serviços e à direção, promovendo-se seu debate na comunidade hospitalar. • O relatório deverá conter informações sobre o nível endêmico das infecções hospitalares sob vigilância e as alterações de comportamento epidemiológico detectadas, bem como as medidas de controle adotadas e os resultados obtidos. • É desejável que cada cirurgião receba, anualmente, relatório com as taxas de infecção em cirurgias limpas referentes às suas atividades, e a taxa média de infecção de cirurgias limpas entre pacientes de outros cirurgiões de mesma especialidade ou equivalente. • O relatório da vigilância epidemiológica e os relatórios de investigações epidemiológicas deverão ser enviados às Coordenações Estaduais/ Distrital/Municipais e à Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar do Ministério da Saúde, conforme as normas específicas das referidas Coordenações. LAVAGEM DAS MÃOS 1. Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda a superfície das mãos e punhos, utilizando- se sabão/detergente, seguida de enxágüe abundante em água corrente. 2. A lavagem das mãos é, isoladamente, a ação mais importante para a prevenção e controle das infecções hospitalares. 3. O uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos antes e após contatos que envolvam mucosas, sangue outros fluidos corpóreos, secreções ou excreções. 4. A lavagem das mãos deve ser realizada tantas vezes quanto necessária, durante a assistência a um único paciente, sempre que envolver contato com diversos sítios corporais, entre cada uma das atividades. 4.1 A lavagem e anti-sepsia cirúrgica das mãos é realizada sempre antes dos procedimentos cirúrgicos. 5. A decisão para a lavagem das mãos com uso de anti-séptico deve considerar o tipo de contato, o grau de contaminação, as condições do paciente e o procedimento a ser realizado. 5.1 A lavagem das mãos com anti-séptico é recomendada em: · realização de procedimentos invasivos; · prestação de cuidados a pacientes críticos; · contato direto com feridas e/ou dispositivos invasivos, tais como cateteres e drenos. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 64 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. 6. Devem ser empregadas medidas e recursos com o objetivo de incorporar a prática da lavagem das mãos em todos os níveis da assistência hospitalar. 6.1 A distribuição e a locação de unidades ou pias para Iavagem das mãos, de forma a atender à necessidade nas diversas áreas hospitalares, além da presença dos produtos, é fundamental para a obrigatoriedade da prática. • Não são recomendadas, para a finalidade de anti-sepsia, as formulações contendo mercúrios orgânicos, acetona, quaternário de amônio, líquido de Dakin, éter e clorofórmio. RECOMENDAÇÕES GERAIS 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 65 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados. A pele das mãos alberga, principalmente, duas populações de microrganismos: os pertencentes à microbiota residente e à microbiota transitória. A microbiota residente é constituída por microrganismos de baixa virulência, como estafilococos, corinebactérias e micrococos, pouco associados às infecções veiculadas pelas mãos. É mais difícil de ser removida pela higienização das mãos com água e sabão, uma vez que coloniza as camadas mais internas da pele. A microbiota transitória coloniza a camada mais superficial da pele, o que permite sua remoção mecânica pela higienização das mãos com água e sabão, sendo eliminada com mais facilidade quando se utiliza uma solução anti- séptica. É representada, tipicamente, pelas bactérias Gram-negativas, como enterobactérias (Ex: Escherichia coli), bactérias não fermentadoras (Ex: Pseudomonas aeruginosa), além de fungos e vírus. A higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades: • Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células descamativas e da microbiota da pele, interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato; • Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas. O termo engloba a higienização simples, a higienização anti-séptica, a fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das mãos (degermação). 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 66 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Higienização Finalidade Duração Higienização simples das mãos Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos. 40 a 60 segundos Higienização anti-séptica das mãos Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com auxílio de um anti- séptico. 40 a 60 segundos Fricção anti- séptica com preparação alcoólica Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel alcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a higienização com água e sabão quando as mãos não estiverem visivelmente sujas. 20 a 30 segundos Degermação Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional. As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não com anti- séptico e de uso exclusivo em leito ungueal e subungueal. 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes DEGERMAÇÃO 1° procedimento do dia 3 a 5 minutos Para cirurgias subsequentes, se realizadas dentro de 1 hora após a primeira fricção 2 a 3 minutos 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 67 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. ATENÇÃO! SEMPRE EM PROVAS OS 5 MOMENTOS PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS. • O secador elétrico não é indicado nos serviços de saúde para a higienização das mãos, pois raramente o tempo necessário para a secagem é obedecido, além de haver dificuldade no seu acionamento. Eles podem, ainda, carrear microrganismos. O acionamento manual de certos modelos de aparelho também pode permitir a recontaminação das mãos das mãos. • Ressalta-se ainda, queo papel toalha utilizado para a secagem das mãos deve ser suave, composto com 100% de fibras celulósicas, sem fragrância, impureza ou furos, não liberar partículas e possuir boa propriedade de secagem. • O uso coletivo de toalhas de tecido é contra-indicado, pois estas podem permanecer úmidas, favorecendo a proliferação bacteriana. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVACÃO! 68 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. ANVISA • Os sabonetes para uso em serviços de saúde podem ser apresentados sob várias formas: em barra, em preparações líquidas (as mais comuns) e em espuma. • Os álcoois apresentam rápida ação e excelente atividade bactericida e fungicida entre todos agentes utilizados na higienização das mãos. • Soluções alcoólicas entre 60 a 80% são mais efetivas e concentrações mais altas são menos potentes, pois as proteínas não se desnaturam com facilidade na ausência de água. • Iodóforos são moléculas complexas compostas de iodo e de um polímero carreador chamado “polivinilpirrolidona”, cuja combinação aumenta a solubilidade do iodo e provê um reservatório de iodo, liberando-o ao ser utilizado e reduzindo o ressecamento da pele. • A clorexidina tem efeito residual importante, em torno de 6 horas. • O uso de clorexidina para a higienização das mãos nos serviços de saúde é seguro e a absorção pela pele é mínima, senão nula. • O triclosan é incolor, pouco solúvel em água, mas solúvel em álcool e detergentes aniônicos. A velocidade de ação antimicrobiana é intermediária, tem efeito residual na pele como a clorexidina e é minimamente afetada por matéria orgânica. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVACÃO! 69 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. QUESTÕES PARA FIXAÇÃO 01. A prevenção da transmissão por aerossóis deve ser aplicada em pacientes que necessitem de isolamento respiratório. Assim sendo, assinale a alternativa CORRETA. A) Faz-se necessário o uso de máscara simples para manejo desses pacientes. B) Aerossóis são partículas de tamanho maior ou igual a 5 micra. C) O transporte desses pacientes deve ser limitado. Quando necessário, o paciente deve sair do quarto utilizando máscara do tipo N-95. D) As máscaras N-95 ou PFF-2 são de uso profissional, portanto podem ser compartilhadas com outros profissionais, desde que o paciente em questão seja o mesmo. E) O paciente deve, preferencialmente, permanecer em quarto privativo a pressão negativa. 02. Dentre as ações possíveis de serem realizadas pelo profissional que trabalha com biossegurança, analise as afirmativas a seguir e marque a opção INCORRETA. A) Higienização das mãos. B) Cuidados com artigos como roupas, equipamentos e superfícies. C) Usar, quando verificar que for conveniente, equipamento de proteção individuais (EPI). D) Promover a consciência sanitária sobre a importância do meio ambiente na manipulação e no descarte de resíduos químicos, tóxicos e infectantes. E) Preocupações com riscos físicos e ergonômicos. 03. Analise as afirmativas a seguir sobre a prática de higiene das mãos em serviços de saúde e marque (V) VERDADEIRAS e (F) FALSAS. ( ) A higienização simples das mãos deve ter duração mínima de 40 a 60 segundos. ( ) Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou manchadas de sangue, outros fluidos corporais ou após uso do banheiro devem ser higienizadas com preparação alcoólica. ( ) A fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica é a aplicação de preparação alcoólica nas mãos para reduzir a carga de microrganismos com a necessidade de enxágue em água e secagem com papel toalha ou outros equipamentos. Marque a opção que apresenta a sequência CORRETA. A) V – F – V. B) F – V – F. C) V – F – F. D) F – V – V. E) F – F – F. 04. É a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas à prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e vegetal e ao ambiente. Essa afirmativa se refere ao conceito de A) análise de risco. B) agentes biológicos. C) barreiras de contenção. D) biossegurança. E) classe de risco. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVACÃO! 70 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. 05. Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): inclui os agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças no ser humano ou nos animais adultos sadios. Sendo esse: A) schistosoma mansoni. B) bacillus anthracis. C) vírus da imunodeficiência humana (HIV). D) lactobacillus spp. E) ebola. 06. Sabe-se que, no ambiente hospitalar, a higienização das mãos é essencial no que tange à prevenção de doenças e coibição da proliferação de micro-organismos patógenos. Para promover a conscientização a respeito desta temática, a Organização Mundial da Saúde (OMS) propôs cinco momentos nos quais a higienização das mãos deve ser encarada como obrigatória pelos profissionais relativos à área da Saúde. Dentre as opções relacionadas, a única que descreve um momento o qual NÃO se encaixa nas preconizações realizadas pela OMS é: A) Após contato com um paciente. B) Antes de contato com um paciente. C) Durante o manejo de produtos de limpeza. D) Após risco de exposição a fluidos corporais. 07. O paciente que é internado tem o risco de adquirir uma infecção no hospital, também chamada infecção nosocomial. É uma medida que contribui para a prevenção da transmissão de microrganismos decorrentes da principal via de transmissão durante a assistência prestada aos pacientes A) Higienização das mãos. B) Tratamento medicamentoso. C) Vacinação. D) Controle biológico. 08. Conforme da Norma Regulamentadora 32, considera-se risco biológico a probabilidade da exposição ocupacional a agentes biológicos. Portanto, uma das medidas de se analisar esse risco é estratificar os agentes biológicos aos quais os trabalhadores estão expostos, segundo sua classe de risco. Com base na classificação dos agentes biológicos por classe de risco, é CORRETO afirmar que, na A) classe de risco 1, há risco individual para o trabalhador e, para a coletividade, moderado, com média probabilidade de causar doença ao ser humano. Exemplos: Lactobacillus spp. e Bacillus subtilis. B) classe de risco 4, há risco baixo individual para o trabalhador e para a comunidade, com os agentes biológicos com pequeno poder de transmissibilidade, em especial por via respiratória, ou de transmissão desconhecida. Exemplos: vírus Ebola e vírus da varíola. C) classe de risco 2, há risco individual moderado para o trabalhador e baixa probabilidade de disseminação para a coletividade. Pode causar doenças ao ser humano, para a qual existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. Exemplo: Vírus da rubéola. D) classe de risco 3, há risco individual baixo para o trabalhador e pouca probabilidade de disseminação para a coletividade ou para causar doenças e infecções graves ao ser humano. Exemplo: Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVACÃO! 71 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. 09. Biossegurança é uma condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzirou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente. Os agentes biológicos que afetam o ser humano, os animais e as plantas são distribuídos em classes de risco (ANVISA, 2022). De acordo com o Manual de 2022 do Ministério da Saúde sobre classificação de risco dos agentes biológicos, assinale a afirmativa verdadeira: A) Classe de risco 1 (baixo risco individual e moderado risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças em animal ou doença grave em adultos sadios. Exemplos: Influenza, Lactobacillus spp e Bacillus subtilis. B) Classe de risco 2 (baixo risco individual e ilimitado risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos que provocam infecções no ser humano ou nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas profiláticas e terapêuticas conhecidas eficazes. Exemplos: Schistosoma mansoni, Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), vírus da rubéola. C) Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão, em especial por via respiratória, e que causam doenças potencialmente letais em humanos ou animais, e para as quais existem, usualmente, medidas profiláticas e terapêuticas. Os agentes biológicos representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa. Exemplos: SARS-CoV-2; Bacillus anthracis e Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). D) Classe de risco 4 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade, em especial por via respiratória, ou de transmissão desconhecida. Até o momento, não há nenhuma medida profilática ou terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por esses agentes biológicos. Eles causam doenças de alta gravidade em humanos e animais, tendo grande capacidade de disseminação na comunidade e no meio ambiente. Essa classe inclui, principalmente, os vírus. Exemplos: vírus ebola, SARS-CoV-2 e vírus da varíola. 10. O profissional de enfermagem precisou se paramentar para realizar aspiração de secreção em um paciente com suspeita de Covid-19. Nesse caso, a sequência correta de colocação dos EPIs antes da realização do procedimento é: A) avental ou capote, máscara de proteção respiratória, óculos ou protetor facial, gorro e luvas; B) máscara de proteção respiratória, avental ou capote, luvas e óculos ou protetor facial; C) luvas, avental ou capote, máscara cirúrgica, óculos ou protetor facial e gorro; D) avental ou capote, óculos ou protetor facial, gorro, luvas e máscara de proteção respiratória; E) máscara cirúrgica, avental ou capote, óculos ou protetor facial, gorro e luvas. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVACÃO! 72 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. 11. Relacione o tipo de precaução recomendado às doenças listadas a seguir: 1. Precaução por gotículas. 2. Precaução por aerossóis. 3. Precaução por contato. ( ) Infecção de pele. ( ) Tuberculose resistente ao tratamento. ( ) Coqueluche. ( ) Rubéola Assinale a alternativa que indica a sequência CORRETA: A) 2-2-3-1. B) 3-2-1-2. C) 3-2-2-2. D) 3-2-1-1. 12. A biossegurança é uma área de conhecimento constituída pelo conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos visando à saúde do homem, dos animais, à preservação do meio ambiente e à qualidade dos resultados. Uma das ferramentas para identificação dos riscos é o mapa de risco, no qual o risco biológico é representado pela cor A) marrom. B) amarela. C) verde. D) vermelha. 13. Ao prestar assistência a uma gestante com suspeita de rubéola, a equipe de saúde deve adotar medidas de precaução específicas, que incluem o uso de A) máscara N-95. B) máscara PFF2. C) máscara cirúrgica. D) luva em todos os procedimentos. 14. Resíduos químicos no estado líquido devem ser submetidos a tratamento específico, sendo vedado o seu encaminhamento para disposição final em aterros. A ANVISA classifica esses resíduos no grupo: A) B. B) C. C) D. D) Nenhuma das alternativas. 15. O termo HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS engloba, EXCETO: A) Higienização antisséptica. B) Higienização simples. C) Assepsia cirúrgica. D) Fricção antisséptica. E) Antissepsia cirúrgica. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVACÃO! 73 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. 16. Existem dois tipos de precaução a serem adotados para profissionais da saúde: as precauções padrão que devem ser seguidas para TODOS OS PACIENTES, independente da suspeita ou não de infecções, e as precauções específicas que são adotadas quando existe algum modo específico de transmissão da doença e é caracterizada pelo possível isolamento do paciente. Para a adoção da precaução para gotículas, as medidas específicas utilizadas, além da higienização das mãos, são: A) máscara PPF2 (N-95) para o profissional; máscara cirúrgica para o paciente durante o transporte; quarto privativo com porta fechada. B) máscara PPF2 (N-95) para o paciente durante o transporte; máscara cirúrgica para o profissional; quarto privativo com porta fechada C) luva e avental; óculos de proteção e máscara cirúrgica para o profissional; caixa de perfuro cortante. D) máscara cirúrgica para o profissional; máscara cirúrgica para o paciente durante o transporte; quarto privativo. E) máscara PPF2 (N-95) para o profissional; máscara PPF2 (N-95) para o paciente durante o transporte; quarto privativo. 17. Algumas doenças requerem medidas de precaução específicas que são baseadas na forma de transmissão do microrganismo. As doenças cuja precaução está relacionada ao contágio por gotículas e aerossóis, respectivamente, são: A) rubéola e sarampo; B) influenza e difteria; C) varicela e tuberculose; D) impetigo e hanseníase; E) meningite bacteriana e caxumba. 18. Adotar medidas de precauções e isolamento tem por objetivo a prevenção da transmissão de microrganismos e patologias. Diante disso, qual o tipo de precaução indicada para o atendimento aos pacientes acometidos por Sarampo? A) Precaução de contato. B) Precaução padrão e por aerossóis. C) Precaução por gotículas. D) Precaução de contato e por gotículas. E) Precaução padrão e de contato. 19. Ao prestar assistência a uma criança internada com diagnóstico de rubéola, deve ser adotada medida de precaução para prevenção de contágio por A) gotículas. B) aerossóis. C) contato. D) alimentos. 20. Em relação ao acondicionamento e descarte de resíduos de serviços de saúde (RDC nº 222/2018 e Resolução Conama nº 358/2005), é correto afirmar que A) os resíduos perfurocortantes do grupo D devem ser armazenados em sacos plásticos. B) os resíduos do grupo A são identificados pelo símbolo de substância infectante C) os resíduos do grupo C devem ser identificados através do símbolo de reciclagem. D) os resíduos do grupo E são os corrosivos, inflamáveis, reativos e/ou tóxicos. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVACÃO! 74 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. 21. A higienização simples das mãos tem a finalidade de remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirandoa sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos. A duração do procedimento é de: A) 3 a 5 minutos B) 2 a 3 minutos C) 10 segundos D) 40 a 60 segundos E) 15 a 30 segundos 22. Avalie as seguintes etapas de desparamentação de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). 1. Retirar avental. 2. Retirar o gorro. 3. Higienizar as mãos. 4. Retirar as luvas. 5. Retirar a máscara. 6. Retirar óculos de proteção. Considera-se que a sequência CORRETA para execução desses procedimentos é A) 4 – 1 – 3 – 2 – 6 – 3 – 5 – 3. B) 1 – 3 – 4 – 3 – 2 – 5 – 6 – 3. C) 6 – 4 – 3 – 1 – 5 – 3 – 2 – 3. D) 5 – 3 – 4 – 3 – 6 – 2 – 1 – 3. GABARITO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 E C C D D C A C C A 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 D A C A C D A B A B 21 22 D A 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_176674 Alto Alto Ainda não existe Classe de risco EXEMPLOS Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): • Lactobacillus spp. • Bacillus subtilis Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade): • Schistosoma mansoni • vírus da rubéola • Pseudomonas aeruginosa • Klebsiella pneumoniae • Enterobacter aerogenes/cloacae • Acinetobacter baumannii • Streptococcus pneumoniae • Plasmodium falciparum • Chlamydia trachomatis • Clostridium difficile • Helicobacter pylori • Neisseria gonorrhoeae • Treponema pallidum • Candida albicans • Ascaris lumbricoides • Giardia lamblia • Toxoplasma gondii • vírus da hepatite • Papillomavirus – Papillomavirus humano • Bacillus anthracis • Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) • SARS-COV2 • Clostridium botulinum • Coxiella burnetii • Shigella dysenteriae (tipo 1) 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 11 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): • Prions* – Formas esporádicas de encefalopatias espongiformes transmissíveis (TSEs) – agentes da Doença de Creutzfeldt-Jakob Esporádica, Insônia Fatal Esporádica, agentes prionopáticos resistentes às formas variáveis de proteases • Yersinia pestis Classe de risco 4 (elevado risco individual e elevado risco para a comunidade): • vírus Ebola • vírus da varíola • Gênero Marburgvirus – Marburg *Prions – proteínas infecciosas que possuem a capacidade de induzir modificações em outras proteínas similares transformando-as em novos prions. Os prions estão associados a quadros clínicos de encefalopatias espongiformes transmissíveis em diversos mamíferos, incluindo os humanos. Todas as doenças conhecidas afetam as estruturas cerebrais ou outros tecidos neurais, não possuem cura e são sempre fatais. Diferentemente dos vírus, os prions não possuem DNA ou RNA e não se multiplicam dentro da célula. TERMOS E CONCEITOS UTILIZADOS EM BIOSSEGURANÇA 01) COLONIZAÇÃO Aumento numérico de microorganismos, sem causar reação fisiológica. 02) INCUBAÇÃO Intervalo de tempo entre o início da infecção e o aparecimento do primeiro sintoma ou sinal da doença. 03) INFECÇÃO Penetração, alojamento, multiplicação e desenvolvimento de microorganismos patogênicos no corpo de um hospedeiro, provocando reações orgânicas patológicas. -Tipos de infecção: Infecção cruzada: é a infecção ocasionada pela transmissão de um microrganismo de um paciente para outro, geralmente pelo pessoal, ambiente ou um instrumento contaminado. Infecção endógena: decorrente da ação de microrganismos já existentes, naquela região ou tecido, de um paciente. Infecção exógena: causada por microrganismos estranhos a paciente. Infecção hospitalar: É aquela adquirida após a internação, ou mesmo após a alta, quando for possível relacioná-las com a internação ou procedimentos hospitalares. Também são consideradas aquelas que se manifestam 72 horas após internação, estando relacionadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos. Obs: As infecções dos recém-nascidos são hospitalares com exceção das de transmissão transplacentárias. Ex.: TV (transmissão vertical): mãe filho: HIV, Sífilis, toxoplasmose, citomegalovirus, hepatites, etc. Termos e conceitos utilizados em Biossegurança - PROCEDIMENTOS 01) LIMPEZA Processo que remove fisicamente microoganismos e material orgânico. Reduz a carga bacteriana natural dos artigos e remove sujidade assim como contaminantes orgânicos e inorgânicos. 02) DESINFECÇÃO É a eliminação de microrganismos patogênicos na forma vegetativa de consultório e demais ambientes da clínica, geralmente é feita por meio químicos (desinfetantes). 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 12 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. TIPOS: -Alto nível: destrói todas as bactérias vegetativas e alguns esporos. (Gluteraldeído e ácido peracético). -Nível intermediário: age em vírus e bactérias na forma vegetativa mas não age sobre os esporos. Age sobre os bacilos da tuberculose. (cloro, iodofóros,fenólicos e os álcoois). Baixo nível: ação relativa sobre fungos, age sobre bactérias vegetativas, porém não sobre vírus não lipídico. (quaternário de amônia) 03) ESTERILIZAÇÃO É a destruição dos microrganismos nas formas vegetativas e esporuladas. A esterilização pode ser por meio físico (calor) ou químico (soluções esterilizantes). 04) DESCONTAMINAÇÃO Processo realizado em instrumentos e superfícies para remoção de material contaminante (corrompido por material orgânico). 05) ASSEPSIA Método empregado para impedir que um determinado meio seja contaminado. Quando este meio for isento de bactérias chamamos de meio asséptico. 06) ANTISSEPSIA É a eliminação das formas vegetativas de bactérias patogênica e grande parte da flora residente da pele ou mucosa, através da ação de substâncias químicas (anti-sépticos). Anti-séptico: substância ou produto capaz de deter ou inibir a proliferação de microrganismos patogênicos, à temperatura ambiente, em tecidos vivos. 07) DEGERMAÇÃO É a remoção de detritos, impurezas, sujeira e microrganismos da flora transitória e alguns da flora residente depositados sobre a pele do paciente ou das mãos da equipe odontológica através da ação mecânica de detergente, sabão ou pela utilização de substâncias químicas (anti-sépticos). 08) DESINFESTAÇÃO Exterminação ou destruição de insetos, roedores e outros seres, que possam transmitir infecções ao homem. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 13 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. ÁREAS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE • As áreas dos serviços de saúde são classificadas em relação ao risco de transmissão de infecções com base nas atividades realizadas em cada local. • Essa classificação auxilia em algumas estratégias contra a transmissão de infecções, além de facilitar a elaboração de procedimentos para limpeza e desinfecção de superfícies em serviços de saúde. • O objetivo da classificação das áreas dos serviços de saúde é orientar as complexidades, a minuciosidade e o detalhamento dos serviços a serem executados nesses setores, de modo que o processo de limpeza e desinfecção de superfícies esteja adequado ao risco. • Portanto, a definição das áreas dos serviços de saúde foi feita considerando o risco potencial para a transmissão de infecções, sendo classificadas em áreas críticas, semicríticas e não- -críticas. ATENÇÃO! ÁREAS CRÍTICAS: São os ambientes onde existe risco aumentado de transmissão de infecção, onde se realizam procedimentos de risco, com ou sem pacientes ou onde se encontram pacientes imunodeprimidos. São exemplos desse tipo de área: centro cirúrgico (CC), centro obstétrico (CO), unidade de terapia intensiva (UTI), unidade de diálise, laboratório de análises clínicas, banco de sangue, setor de hemodinâmica, unidade de transplante, unidade de queimados, unidades de isolamento, berçário de alto risco, central de material e esterilização (CME), lactário, serviço de nutrição e dietética (SND), farmácia e área suja da lavanderia. ÁREAS SEMICRÍTICAS: São todos os compartimentos ocupados por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças nãoinfecciosas. São exemplos desse tipo de área: enfermarias e apartamentos, ambulatórios, banheiros, posto de enfermagem, elevador e corredores. ÁREAS NÃO-CRÍTICAS: São todos os demais compartimentos dos estabelecimentos assistenciais de saúde não ocupados por pacientes e onde não se realizam procedimentos de risco. São exemplos desse tipo de área: vestiário, copa, áreas administrativas, almoxarifados, secretaria, sala de costura. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 14 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Processos de limpeza de superfícies Os processos de limpeza de superfícies em serviços de saúde envolvem a limpeza concorrente (diária) e limpeza terminal. Limpeza concorrente É o procedimento de limpeza realizado, diariamente, em todas as unidades dos estabelecimentos de saúde com a finalidade de limpar e organizar o ambiente, repor os materiais de consumo diário (por exemplo, sabonete líquido, papel higiênico, papel toalha e outros) e recolher os resíduos, de acordo com a sua classificação. Ainda, durante a realização da limpeza concorrente é possível a detecção de materiais e equipamentos não funcionantes, auxiliando as chefias na solicitação de consertos e reparos necessários. Nesse procedimento estão incluídas a limpeza de todas as superfícies horizontais, de mobiliários e equipamentos, portas e maçanetas, parapeitos de janelas, e a limpeza do piso e instalações sanitárias. Ressalta-se que a unidade de internação do paciente é composta por cama, criado-mudo, painel de gases, painel de comunicação, suporte de soro, mesa de refeição, cesta para lixo e outros mobiliários que podem ser utilizados durante a assistência prestada nos serviços de saúde. A limpeza da unidade de internação do paciente deve ser feita diariamente ou sempre que necessária, antecedendo a limpeza concorrente de pisos. Merece maior atenção, a limpeza das superfícies horizontais que tenham maior contato com as mãos do paciente e das equipes, tais como maçanetas das portas, telefones, interruptores de luz, grades de camas, chamada de enfermagem e outras (SEHULSTER & CHINN, 2003). A distribuição das tarefas da limpeza na área próxima ao paciente depende da rotina e procedimentos da instituição. Em alguns serviços de saúde, por exemplo, a equipe de enfermagem é responsável pela limpeza e desinfecção de determinados equipamentos para a saúde (respiradores, monitores, incubadoras, dentre outros). Outras instituições conferem essa atribuição ao profissional de limpeza e desinfecção de superfícies, tornando assim imprescindível a capacitação específica desse profissional para essas atividades. Atualmente, devido à prevalência de microrganismos multirresistentes e do papel do ambiente na manutenção e propagação desses, tem-se adotado como medida de precaução na disseminação desses microrganismos a intensificação da limpeza e desinfecção das superfícies nas trocas de turno. Por exemplo, nas áreas de isolamento de contato, deve-se realizar a limpeza concorrente (a cada troca de plantão ou duas vezes ao dia), principalmente nos locais de maior contato das mãos do paciente e dos profissionais de saúde. Na limpeza concorrente de piso de corredores deve-se dar preferência aos horários de menor movimento. Em caso de uso de máquinas, devem ser utilizados os mesmos procedimentos da limpeza concorrente de piso. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 15 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Quadro – Frequência de Limpeza Concorrente. CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS FREQUÊNCIA MÌNIMA Áreas críticas 3x por dia; data e horário preestabelecidos e sempre que necessário Áreas semicríticas 2x por dia; data e horário preestabelecidos e sempre que necessário. Áreas não-críticas 1x por dia; data e horário preestabelecidos e sempre que necessário. Áreas comuns 1x por dia; data e horário preestabelecidos e sempre que necessário. Áreas externas 2x por dia; data e horário preestabelecidos e sempre que necessário. Limpeza terminal Trata-se de uma limpeza mais completa, incluindo todas as superfícies horizontais e verticais, internas e externas. É realizada na unidade do paciente após alta hospitalar, transferências, óbitos (desocupação do local) ou nas internações de longa duração (programada). As programadas devem ser realizadas no período máximo de 15 dias quando em áreas críticas (YAMAUSHI et al., 2000; PREFEITURA..., 2007). Em áreas semicríticas e não críticas o período máximo é de 30 dias. É importante que o formulário para confirmação da conclusão da limpeza terminal seja preenchido por parte da chefia do setor. Esse formulário auxilia também na programação da terminal, sinalizando impedimentos para a realização ou conclusão dessa. Nesse caso, o chefe do setor deverá justificar o impedimento da terminal programada. O procedimento inclui a limpeza de paredes, pisos, teto, painel de gases, equipamentos, todos os mobiliários como camas, colchões, macas, mesas de cabeceira, mesas de refeição, armários, bancadas, janelas, vidros, portas, peitoris, luminárias, filtros e grades de ar condicionado (YAMAUSHI et al., 2000). Nesse tipo de limpeza deve-se utilizar máquinas de lavar piso (realizando-se movimentos “oito deitado” e unidirecional), cabo regulável com esponjas sintéticas com duas faces para parede e os kits de limpeza de vidros e de teto. As paredes devem ser limpas de cima para baixo e o teto deve ser limpo em sentido unidirecional (HINRICHSEN, 2004). O uso de desinfetantes deverá ser restrito a superfícies que contenham matéria orgânica. Ainda, poderá ser utilizado na desinfecção de áreas de isolamento de contato. Em caso de surtos, recomenda-se o uso de desinfetantes em toda a extensão da superfície da área onde está ocorrendo o surto na unidade do paciente (HINRICHSEN, 2004). E importante o estabelecimento de um cronograma com a definição da periodicidade da limpeza terminal com data, dia da semana e horários, conforme a criticidade das áreas (PREFEITURA..., 2006), não se limitando aos quartos ou salas cirúrgicas. A limpeza terminal de postos de enfermagem, expurgos, depósito de material de limpeza (DML) e sala de utilidades devem ser programadas considerando horários de menor fluxo ou que não prejudique a dinâmica do setor ou a qualidade da limpeza. Essa programação (cronograma) deve ser confirmada por meio da assinatura do chefe do setor e do responsável pela equipe de limpeza e desinfecção de superfícies. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 16 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Quadro – Frequência de Limpeza Terminal Programada CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS FREQUÊNCIA Áreas críticas Semanal (data, horário, dia da semana preestabelecido). Áreas semicríticas Quinzenal (data, horário, dia da semana preestabelecido). Áreas não-críticas Mensal (data, horário, dia da semana preestabelecido). Áreas comuns (Data, horário, dia da semana preestabelecido) SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS NOS PROCEDIMENTOS DE HIGIENE E PROFILAXIA Desinfetantes (na desinfecção – área crítica) Detergentes (na limpeza – todas as áreas) Anti-sépticos (no tecido vivo – após degermação) Esterilizantes (artigos críticos) OBS: As salas de cirurgia chamamos de meio asséptico e não estéril. Medidas de precaução • Objetivo: prevençãode transmissão de um microrganismo de um paciente para outro ou para o profissional da saúde. NORMAS UNIVERSAIS DE BIOSSEGURANÇA Princípio Básico: TODOS os profissionais de saúde devem adotar normas antiinfecciosas quando houver possibilidade de contato com sangue, outras substâncias corporais, mucosa e pele não íntegra de QUALQUER paciente. As normas se baseiam em 03 fundamentos (conhecido como o TRIPÉ da Biossegurança): -Lavagem das mãos; -Uso de EPI; -Evitar acidentes (na saúde com pérfuro-cortantes). Precaução Padrão: Devem ser seguidas para TODOS OS PACIENTES, independente da suspeita ou não de infecções. Medidas adotadas por todos profissionais no contato com pacientes e manuseio de artigos contaminados, independente da presença de doença transmissível comprovada. Objetivo: Evitar exposição a transmissão por sangue, hemoderivados e outros fluidos, contato com mucosas ou pele não-íntegra. Higienização das mãos: lave com água e sabão ou friccione as mãos com álcool a 70% (se as mãos não estiverem visivelmente sujas) antes e após o contato com qualquer paciente, após a remoção das luvas e após o contato com sangue ou secreções. Use luvas apenas quando houver risco de contato com sangue, secreções ou membranas mucosas. Calce- as imediatamente antes do contato com o paciente e retire-as logo após o uso, higienizando as mãos em seguida. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 17 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Use óculos, máscara e/ou avental quando houver risco de contato de sangue ou secreções, para proteção da mucosa de olhos, boca, nariz, roupa e superfícies corporais. Descarte, em recipientes apropriados, seringas e agulhas, sem desconectá-las ou reencapá-las. PRECAUÇÃO BASEADA NA TRANSMISSÃO POR: Contato: Indicações: infecção ou colonização por microrganismo multirresistente, varicela, infecções de pele e tecidos moles com secreções não contidas no curativo, impetigo, herpes zoster disseminado ou em imunossuprimido, etc. Use luvas e avental durante toda manipulação do paciente, de cateteres e sondas, do circuito e do equipamento ventilatório e de outras superfícies próximas ao leito. Coloque-os imediatamente antes do contato com o paciente ou as superfícies e retire-os logo após o uso, higienizando as mãos em seguida. Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, a distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro. RDC 306/2004 Os recipientes mencionados no GRUPO E devem ser descartados quando o preenchimento atingir 2/3 de sua capacidade ou o nível de preenchimento ficar a 5 (cinco) cm de distância da boca do recipiente. RDC 222/2018 Os recipientes de acondicionamento dos RSS do Grupo E devem ser substituídos de acordo com a demanda ou quando o nível de preenchimento atingir 3/4 (três quartos) da capacidade. NR- 32 Para os recipientes destinados a coleta de material perfurocortante, o limite máximo de enchimento deve estar localizado 5 cm abaixo do bocal. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 18 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Equipamentos como termômetro, esfignomanômetro e estetoscópio devem ser de uso exclusivo do paciente. Gotículas Indicações: meningites bacterianas, coqueluche, difteria, caxumba, influenza, rubéola, etc. Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado com outros infectados pelo mesmo microrganismo. A distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro. O transporte do paciente deve ser evitado, mas, quando necessário, ele deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto. Aerossóis Precaução padrão: higienize as mãos antes e após o contato com o paciente, use óculos, máscara cirúrgica e/ou avental quando houver risco de contato de sangue ou secreções, descarte adequadamente os pérfuro-cortantes. Mantenha a porta do quarto SEMPRE fechada e coloque a máscara antes de entrar no quarto. Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado com outros pacientes com infecção pelo mesmo microrganismo. Pacientes com suspeita de tuberculose resistente ao tratamento não podem dividir o mesmo quarto com outros pacientes com tuberculose. O transporte do paciente deve ser evitado, mas quando necessário o paciente deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 19 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. CARACTERÍSTICA GOTÍCULAS AEROSSÓIS Tamanho da partícula >5 micraEste curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. PARAMENTAÇÃO DESPARAMENTAÇÃO CDC, 2010 Avental Máscara ou Respirador Óculos de proteção ou máscara facial Luvas Luvas Óculos de proteção Avental Máscara ou Respirador COFEN,2016 A indicação é que a utilização dos EPIs siga a seguinte ordem: Avental ou capote Máscara cirúrgica Óculos ou protetor facial Luvas A indicação é que a retirada dos EPIs siga a seguinte ordem: Luvas Avental ou capote Óculos ou protetor facial Máscara cirúrgica No caso de procedimentos geradores de aerossóis: Avental ou capote Máscara de proteção respiratória Óculos ou protetor facial Gorro ou touca Luvas No caso de procedimentos geradores de aerossóis: Luvas Avental ou capote Gorro ou touca Óculos ou protetor facial Máscara de proteção respiratória ANVISA, 2021 1. Higienizar as mãos 2. Colocar o Avental 3. Colocar a Máscara N95/PFF2 4. Colocar Gorro 5. Colocar o Óculos 6. Colocar o Protetor Facial 7. Higienizar as mãos 8. Colocar as Luvas OBS: O gorro colocado após a máscara permite uma maior proteção dos elásticos da máscara N95 1. Retirar as Luvas 2. Retirar o Avental 3. Higienizar as mãos. 4. Retirar o Protetor Facial 5. Retirar o Óculos 6. Retirar o Gorro 7. Higienizar as mãos. 8. Retirar a Máscara N95/PFF2 9. Higienizar as mãos. OBS: durante a desparamentação é o momento de maior risco de contaminação do profissional. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 22 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 23 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 24 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. PORTARIA Nº 1.683, DE 28 DE AGOSTO DE 2003 O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições, considerando: as competências do Ministério da Saúde relativas à definição de estratégias de atuação, no seu respectivo âmbito, no campo da biossegurança, em articulação com órgãos afins; à fiscalização, emissão de autorizações e registros de produtos e serviços de interesse da saúde; e à pesquisa científica e tecnologia na área da saúde; e a importância do desenvolvimento de ações conjuntas e coordenadas dos diversos órgãos e entidades do Ministério da Saúde para a definição de estratégias de atuação, avaliação e acompanhamento das atividades relacionadas à biossegurança no País, resolve: Art. 1º Instituir, no âmbito do Ministério da Saúde, a Comissão de Biossegurança em Saúde, com as seguintes atribuições: I - participar, nos âmbitos nacional e internacional, da elaboração e reformulação de normas no âmbito da biossegurança; II - proceder ao levantamento e à análise das questões referentes a biossegurança, visando identificar seus impactos e suas correlações com a saúde humana; III - propor estudos para subsidiar o posicionamento do Ministério da Saúde na tomada de decisões sobre temas relativos à biossegurança; IV - subsidiar representantes do Ministério da Saúde nos grupos interministeriais relacionados ao assunto, inclusive na Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio); V - enviar aos órgãos e entidades deste Ministério os relatórios finais e encaminhamentos resultantes de suas atividades; VI - propiciar debates públicos sobre biossegurança, por intermédio de reuniões e eventos abertos à comunidade; e VII - elaborar e aprovar seu regimento interno. Art. 2° A Comissão de Biossegurança em Saúde será composta por representantes dos seguintes órgãos e entidades: I - Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (2); II - Secretaria de Atenção à Saúde (1) III - Secretaria de Vigilância em Saúde (1); IV - Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde (1); V - Fundação Nacional de Saúde (1); VI - Fundação Oswaldo Cruz (1); e VII - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (1). Parágrafo único. Cada representante terá um suplente, ambos indicados à coordenação da Comissão pelos dirigentes dos respectivos órgãos e entidades. Art. 3º A coordenação da Comissão será exercida pelo primeiro titular da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, cabendo ao órgão ou entidade ao qual esteja vinculado a responsabilidade pelo apoio administrativo necessário ao desenvolvimento dos trabalhos e pela convocação das reuniões, elaboração de atas de reunião e encaminhamento dos documentos produzidos. 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 25 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. Art. 4º A coordenação da Comissão fica autorizada a requisitar servidores dos órgãos e entidades do Ministério da Saúde e a convidar representantes de outros órgãos da Administração Pública Federal e de entidades não governamentais, bem como especialistas em assuntos ligados ao tema, cuja presença seja considerada necessária ao cumprimento do disposto nesta Portaria. Parágrafo único. A participação na Comissão de pessoas externas ao Ministério da Saúde é considerada atividade de relevante interesse nacional e não será remunerada. Art. 5 Cessar os efeitos da Portaria n 343, publicada no DOU n 35, Seção I, de 20 de fevereiro de 2002, Seção I, página 29. Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. HUMBERTO COSTA RESÍDUOS DO SERVIÇO DE SAÚDE De acordo com a RDC ANVISA no 306/04 e a Resolução CONAMA no 358/2005, são definidos como geradores de RSS todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para a saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento, serviços de medicina legal, drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área da saúde, centro de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro, unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura, serviços de tatuagem, dentre outros similares. GRUPO A • resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção. GRUPO B • resíduos contendo produtos químicos que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. GRUPO C • rejeitos radioativos. GRUPO D • resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. GRUPO E • resíduos perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, lâminas de bisturi, lancetas, etc. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lein.º 9.610/1998. RESOLUÇÃO - RDC Nº 222, DE 28 DE MARÇO DE 2018 Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências. A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, V, §§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada, conforme deliberado em reunião realizada em 20 de março de 2018, e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação. CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS Seção I Objetivo Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os requisitos de Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde. Seção II Abrangência Art. 2º Esta Resolução se aplica aos geradores de resíduos de serviços de saúde- RSS cujas atividades envolvam qualquer etapa do gerenciamento dos RSS, sejam eles públicos e privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa. § 1º Para efeito desta resolução, definem-se como geradores de RSS todos os serviços cujas atividades estejam relacionadas com a atenção à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de piercing e tatuagem, salões de beleza e estética, dentre outros afins. § 2º Esta Resolução não se aplica a fontes radioativas seladas, que devem seguir as determinações da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, e às indústrias de produtos sob vigilância sanitária, que devem observar as condições específicas do seu licenciamento ambiental. Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições: abrigo externo: ambiente no qual ocorre o armazenamento externo dos coletores de resíduos; abrigo temporário: ambiente no qual ocorre o armazenamento temporário dos coletores de resíduos; acondicionamento: ato de embalar os resíduos segregados em sacos ou recipientes que evitem vazamentos, e quando couber, sejam resistentes às ações de punctura, ruptura e tombamento, e que sejam adequados física e quimicamente ao conteúdo acondicionado; agentes biológicos: microrganismos capazes ou não de originar algum tipo de infecção, alergia ou toxicidade no corpo humano, tais como: bactérias, fungos, vírus, clamídias, riquétsias, micoplasmas, parasitas e outros agentes, linhagens celulares, príons e toxinas; 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. armazenamento externo: guarda dos coletores de resíduos em ambiente exclusivo, com acesso facilitado para a coleta externa; armazenamento interno: guarda do resíduo contendo produto químico ou rejeito radioativo na área de trabalho, em condições definidas pela legislação e normas aplicáveis a essa atividade; armazenamento temporário: guarda temporária dos coletores de resíduos de serviços de saúde, em ambiente próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta no interior das instalações e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa; aterro de resíduos perigosos - Classe I: local de disposição final de resíduos perigosos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública, minimizando os impactos ambientais e utilizando procedimentos específicos de engenharia para o confinamento destes; carcaça de animal: produto de retalhação de animal; cadáver de animal: corpo animal após a morte; classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças no homem ou nos animais adultos sadios; classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes; classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão por via respiratória e que causam patologias humanas ou animais, potencialmente letais, para as quais existem usualmente medidas de tratamento ou de prevenção. Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa; classe de risco 4 (elevado risco individual e elevado risco para a comunidade): classificação do Ministério da Saúde que inclui agentes biológicos que representam grande ameaça para o ser humano e para os animais, implicando grande risco a quem os manipula, com grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro, não existindo medidas preventivas e de tratamento para esses agentes; coleta e transporte externos: remoção dos resíduos de serviços de saúde do abrigo externo até a unidade de tratamento ou outra destinação, ou disposição final ambientalmente adequada, utilizando-se de técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento; coletor: recipiente utilizado para acondicionar os sacos com resíduos; coletor com rodas ou carro de coleta: recipiente com rodas utilizado para acondicionar e transportar internamente os sacos com resíduos; compostagem: processo biológico que acelera a decomposição do material orgânico, tendo como produto final o composto orgânico; decaimento radioativo: desintegração natural de um núcleo atômico por meio da emissão de energia em forma de radiação; destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), entre elas a disposição final ambientalmente adequada, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos; 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 27 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos; equipamento de proteção individual (EPI): dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho; equipamento de proteção coletiva (EPC): dispositivos ou produtos de uso coletivo utilizados pelo trabalhador, destinados à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho e de terceiros; ficha de informaçõesde segurança de produtos químicos (FISPQ): ficha que contém informações essenciais detalhadas dos produtos químicos, especialmente sua identificação, seu fornecedor, sua classificação, sua periculosidade, as medidas de precaução e os procedimentos em caso de emergência; fonte radioativa selada: fonte radioativa encerrada hermeticamente em uma cápsula, ou ligada totalmente a material inativo envolvente, de forma que não possa haver dispersão de substância radioativa em condições normais e severas de uso; forma livre: saturação de um líquido em um resíduo que o absorva ou o contenha, de forma que possa produzir gotejamento, vazamento ou derramamento espontaneamente ou sob compressão mínima; gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde: conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas, técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a geração de resíduos e proporcionar um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores e a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente; hemoderivados: produtos oriundos do sangue total ou do plasma, obtidos por meio de processamento físico-químico ou biotecnológico; identificação dos resíduos de serviços de saúde: conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos riscos presentes nos resíduos acondicionados, de forma clara e legível em tamanho proporcional aos sacos, coletores e seus ambientes de armazenamento, conforme disposto no Anexo II desta Resolução; instalação radiativa: unidade ou serviço no qual se produzam, processam, manuseiam, utilizam, transportam ou armazenam fontes de radiação, excetuando-se as Instalações Nucleares definidas em norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN); licença ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que devem ser obedecidas para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadores dos recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental; licença sanitária: documento emitido pelo órgão sanitário competente dos Estados, Distrito Federal ou dos Municípios, contendo permissão para o funcionamento dos estabelecimentos que exerçam atividades sob regime de vigilância sanitária; líquidos corpóreos: líquidos originados no corpo humano, limitados para fins desta resolução, em líquidos cefalorraquidiano, pericárdico, pleural, articular, ascítico e amniótico; logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada; Manejo dos resíduos de serviços de saúde: atividade de manuseio dos resíduos de serviços de saúde, cujas 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 28 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. etapas são a segregação, acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário, armazenamento externo, coleta interna, transporte externo, destinação e disposição final ambientalmente adequada dos resíduos de serviços de saúde; metal pesado: qualquer substância ou composto contendo antimônio, cádmio, cromo (IV), chumbo, estanho, mercúrio, níquel, prata, selênio, telúrio e tálio; nível de dispensa: valor estabelecido por norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), tal que fontes de radiação com concentração de atividade ou atividade total igual ou inferior a esse valor podem ser dispensadas de controle regulatório e ser liberado pelas vias convencionais, sob os aspectos de proteção radiológica; nível III de inativação microbiana: processo físico ou outros processos para a redução ou eliminação da carga microbiana, tendo como resultado a inativação de bactérias vegetativas, fungos, vírus lipofílicos e hidrofílicos, parasitas e micobactérias com redução igual ou maior que 6Log10, e inativação de esporos do B. stearothermophilus ou de esporos do B. subtilis com redução igual ou maior que 4Log10; patogenicidade: é a capacidade que tem o agente infeccioso de, uma vez instalado no organismo do homem e dos animais, produzir sintomas em maior ou menor proporção dentre os hospedeiros infectados; periculosidade: qualidade ou estado de ser perigoso; plano de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (PGRSS): documento que aponta e descreve todas as ações relativas ao gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde, observadas suas características e riscos, contemplando os aspectos referentes à geração, identificação, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, destinação e disposição final ambientalmente adequada, bem como as ações de proteção à saúde pública, do trabalhador e do meio ambiente; plano de proteção radiológica (PPR): documento exigido para fins de licenciamento de instalações radiativas, pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN); príon: estrutura proteica alterada relacionada como agente etiológico das diversas formas de encefalite espongiforme; produto para diagnóstico de uso in vitro: reagentes, padrões, calibradores, controles, materiais, artigos e instrumentos, junto com as instruções para seu uso, que contribuem para realizar uma determinação qualitativa, quantitativa ou semiquantitativa de uma amostra biológica e que não estejam destinados a cumprir função anatômica, física ou terapêutica alguma, que não sejam ingeridos, injetados ou inoculados em seres humanos e que são utilizados unicamente para provar informação sobre amostras obtidas do organismo humano; quimioterápicos antineoplásicos: produtos químicos que atuam ao nível celular com potencial de produzirem genotoxicidade, citotoxicidade, mutagenicidade, carcinogenicidade e teratogenicidade; reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos; recipiente vazio de medicamento: embalagem primária de medicamentos usada em sua preparação ou administração, que tenha sido esvaziado em decorrência da total utilização ou transferência de seu conteúdo deste para outro recipiente; redução de carga microbiana: aplicação de processo que visa à inativação microbiana das cargas biológicas contidas nos resíduos; rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresente outra possibilidade que 17667_5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 29 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. não a disposição final ambientalmente adequada; rejeito radioativo: material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos limites de dispensa especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), para o qual a reutilização é imprópria ou não prevista; resíduos de serviços de saúde (RSS): todos os resíduos resultantes das atividades exercidas pelos geradores de resíduos de serviços de saúde, definidos nesta Resolução; resíduo perigoso: aquele que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidadee mutagenicidade, apresenta significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental ou à saúde do trabalhador, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica; resíduo sólido: material, substância, objeto ou bem descartado, resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível; resíduos de serviços de saúde do Grupo A: resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção, elencados no Anexo I desta Resolução; resíduos de serviços de saúde do Grupo B: resíduos contendo produtos químicos que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade, elencados no Anexo I desta Resolução; resíduos de serviços de saúde do Grupo C: rejeitos radioativos, elencados no Anexo I desta Resolução; resíduos de serviços de saúde do Grupo D: resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares, elencados no Anexo I desta Resolução; resíduos de serviços de saúde do Grupo E: resíduos perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, fios ortodônticos cortados, próteses bucais metálicas inutilizadas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, tubos capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri), elencados no Anexo I desta Resolução; reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-química; sala de utilidades: ambiente destinado à limpeza, desinfecção e guarda dos materiais e roupas utilizados na assistência ao usuário do serviço e guarda temporária de resíduos; segregação: separação dos resíduos, conforme a classificação dos Grupos estabelecida no Anexo I desta Resolução, no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos; transporte interno: traslado dos resíduos dos pontos de geração até o abrigo temporário ou o abrigo externo. tratamento: Etapa da destinação que consiste na aplicação de processo que modifique as características físicas, químicas ou biológicas dos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de dano ao meio ambiente ou à saúde pública; unidade geradora de resíduos de serviço de saúde: unidade funcional dentro do serviço no qual é gerado o resíduo. 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 30 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. CAPÍTULO II DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Art. 4º O gerenciamento dos RSS deve abranger todas as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos recursos materiais e da capacitação dos recursos humanos envolvidos. Art. 5º Todo serviço gerador deve dispor de um Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS), observando as regulamentações federais, estaduais, municipais ou do Distrito Federal. § 1º Para obtenção da licença sanitária, caso o serviço gere exclusivamente resíduos do Grupo D, o PGRSS pode ser substituído por uma notificação desta condição ao órgão de vigilância sanitária competente, seguindo as orientações locais. § 2º Caso o serviço gerador possua instalação radiativa, adicionalmente, deve atender às regulamentações específicas da CNEN. § 3º Os novos geradores de resíduos terão prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a partir do início do funcionamento, para apresentar o PGRSS. Art. 6º No PGRSS, o gerador de RSS deve: I - estimar a quantidade dos RSS gerados por grupos, conforme a classificação do Anexo I desta resolução; II - descrever os procedimentos relacionados ao gerenciamento dos RSS quanto à geração, à segregação, ao acondicionamento, à identificação, à coleta, ao armazenamento, ao transporte, ao tratamento e à disposição final ambientalmente adequada; III - estar em conformidade com as ações de proteção à saúde pública, do trabalhador e do meio ambiente; IV - estar em conformidade com a regulamentação sanitária e ambiental, bem como com as normas de coleta e transporte dos serviços locais de limpeza urbana; V - quando aplicável, contemplar os procedimentos locais definidos pelo processo de logística reversa para os diversos RSS; VI - estar em conformidade com as rotinas e processos de higienização e limpeza vigentes no serviço gerador de RSS; VII - descrever as ações a serem adotadas em situações de emergência e acidentes decorrentes do gerenciamento dos RSS; VIII - descrever as medidas preventivas e corretivas de controle integrado de vetores e pragas urbanas, incluindo a tecnologia utilizada e a periodicidade de sua implantação; IX - descrever os programas de capacitação desenvolvidos e implantados pelo serviço gerador abrangendo todas as unidades geradoras de RSS e o setor de limpeza e conservação; X - apresentar documento comprobatório da capacitação e treinamento dos funcionários envolvidos na prestação de serviço de limpeza e conservação que atuem no serviço, próprios ou terceiros de todas as unidades geradoras; XI - apresentar cópia do contrato de prestação de serviços e da licença ambiental das empresas prestadoras de serviços para a destinação dos RSS; e XII - apresentar documento comprobatório de operação de venda ou de doação dos RSS destinados à recuperação, à reciclagem, à compostagem e à logística reversa. Parágrafo único. Os documentos referidos nos incisos X e XII devem ser mantidos arquivados, em meio físico 5615756261ef4859b3b2cb3cc9fe9ed0_17667 APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO! 31 MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998. ou eletrônico, por no mínimo cinco anos, para fins de inspeção sanitária, a critério da autoridade sanitária competente. Art. 7º O PGRSS deve ser monitorado e mantido atualizado, conforme periodicidade definida pelo responsável por sua elaboração e implantação. Art. 8º O estabelecimento que possua serviços geradores de RSS com licenças sanitárias individualizadas deve ter PGRSS único que contemple todos os serviços existentes. Parágrafo único. Nas edificações não hospitalares nas quais houver serviços individualizados, os respectivos RSS dos Grupos A e E podem ter o armazenamento externo de forma compartilhada. Art. 9º O serviço gerador de RSS deve manter cópia do PGRSS disponível para consulta dos órgãos de vigilância sanitária ou ambientais, dos funcionários, dos pacientes ou do público em geral. Art. 10 O serviço gerador de RSS é responsável pela elaboração, implantação, implementação e monitoramento do PGRSS. Parágrafo único. A elaboração, a implantação e o monitoramento do PGRSS pode ser terceirizada. CAPÍTULO III DAS ETAPAS DO MANEJO Seção I Segregação, acondicionamento e identificação Art. 11 Os RSS devem ser segregados no momento de sua geração, conforme classificação por Grupos constante no Anexo I desta Resolução, em função do risco presente. Art. 12 Quando, no momento da geração de RSS, não for possível a segregação de acordo com os diferentes grupos, os coletores e os sacos devem ter seu manejo com