Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Brasília-DF. 
Métodos de AvAliAção dA 
CoMposição CorporAl
Atualização
Flávia Bulgarelli Vicentini
Elaboração
Sâmia Keller Luccas
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 4
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS ...................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
COMPOSIÇÃO CORPORAL ...................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
SOMATÓTIPO ......................................................................................................................... 60
CAPÍTULO 3
EQUAÇÕES DE PREDIÇÃO – PROTOCOLOS ............................................................................ 69
CAPÍTULO 4
PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL ................................................................................. 73
CAPÍTULO 5
MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO ........................................................... 77
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 89
4
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta para 
aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos 
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
6
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
7
Introdução
Uma avaliação do estado nutricional em adultos pode incluir uma avaliação 
abrangente que consiste em uma história e exame físico personalizados, avaliação 
laboratorial, antropometria, composição corporal e dados funcionais.
Nenhuma variável isolada relata com exatidão e confiabilidade o estado 
nutricional de um indivíduo em todas as situações. Ferramentas de triagem 
validadas estão disponíveis para uso em certas populações.
A avaliação in vivo da composição corporal é essencial em muitas investigações 
clínicas, a fim de descrever e monitorar com precisão o estado nutricional de 
uma série de condições médicas e processos fisiológicos, incluindo pacientes 
doentes e desnutridos, mulheres grávidas, mulheres que amamentam e idosos, 
bem como em pacientes com câncer, osteoporose e muitas outras doenças. 
Esta área de pesquisa também é importante para o campo da nutrição humana e 
fisiologia do exercício. 
Várias investigações de pesquisa indicaram a importância de medir a deposição de 
gordura em diferentes corpos e compartimentos, a fim de obter uma compreensão 
mais completa dos fatores genéticos que contribuem para a obesidade, transtornos 
relacionados à obesidade, como dislipidemia e, portanto, para uma compreensão 
mais completa dos transtornos cardiometabólicos associados à obesidade, com 
relevância para a relação entre composição corporal e gasto energético. 
A dimensão espacial e temporal, onde e quando, pode influenciar a relevância 
fisiológica e as implicações patológicas da composição gordurosa dos diferentes 
compartimentos corporais e, como tal, é um novo elemento a ser considerado na 
avaliação da composição corporal.
Objetivos
 » Definir composição corporal e sua utilidade para desportistas e 
atletas. 
 » Observar os métodos de avaliação da composição corporal para 
desportistas e atletas e distinguir sua especificidade em relação à 
população recorrente.
8
 » Conhecer as individualidades das equações de predição utilizadas 
como parâmetros de avaliação do percentual de gordura corporal 
total para desportistas e atletas.
 » Definir somatotipia e sua relação prática com a composição 
corporal.
 » Conhecer, observar e analisar os padrões recomendados pela 
literatura científica para os valores de porcentagem de gordura 
corporal total de desportistas e atletas.
9
UNIDADE I
AVALIAÇÃO 
CORPORAL DE 
ATLETAS
CAPÍTULO 1
Composição corporal
As medidas de composição corporal humana são métodos objetivos de avaliação 
nutricional e são de interesse para nutricionistas, profissionais de saúde e 
cientistas esportivos. 
Composição corporal é um método de descrição do que o corpo é feito. Inclui 
gordura, proteína, minerais e água corporal. Também desmonstra o peso com 
mais precisão do que o IMC. A análise da composição corporal pode mostrar 
com precisão as mudanças na massa gorda, massa muscular e percentual 
de gordura corporal. Isso pode ajudar a validar serviços como treinamento 
pessoal, atendimento ao paciente e bem-estar corporativo.
A antropometria é um componente chave da avaliação do estado nutricional 
em crianças e adultos. Os dados de antropometria da NHANES (National 
Health and Nutrition Examination Survey) foram usados para acompanhar o 
crescimento, o peso e as tendências na população dos EUA há mais de 30 anos. 
Os dados antropométricos para bebês e crianças refletem o estado geral de saúde 
e a adequação da dieta e são usados para rastrear tendências em crescimento 
e desenvolvimento ao longo do tempo. O CDC usou dados antropométricossubstituta da 
distribuição de gordura corporal central ou periférica. O excesso de gordura 
no corpo do androide ou em excesso é mais comum em homens, enquanto a 
gordura corporal ginoide ou em excesso é vista mais em mulheres.
Esse índice é definido como a razão entre a menor circunferência da cintura e a 
maior circunferência do quadril. 
Uma alta RCQ sugere aumento do risco de problemas de saúde relacionados 
à obesidade. A precisão da RCQ na avaliação da gordura visceral diminui com o 
aumento dos níveis de gordura. A RCQ é calculada dividindo-se a circunferência 
da cintura pela circunferência do quadril e os indicadores de risco são ≥1,0 para 
homens e ≥0,85 para mulheres
RCQ = circun ferência da cintura
circun ferência da cintura
43
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
DICA: a avaliação antropométrica no idoso deve levar em consideração a 
especificidade desse grupo etário e as referências desenvolvidas a partir de 
amostras representativas de idosos.
Figura 7. Pontos de medidas do perímetro corporal.
Braço relaxado 
Antebraço 
Punho 
Coxa 
Panturrilha 
Peito 
Cintura 
Braço 
Quadril 
Coxa 
Panturrilha 
Fonte: Oh, 2012.
Índice de conicidade
Vários índices antropométricos têm sido utilizados para avaliar o risco de 
desenvolver doença, incluindo índice de massa corporal, circunferência da 
cintura e relação cintura-quadril. 
Em 1991, Rodolfo Valdez propôs o índice de conicidade (IC) para avaliar 
a obesidade e a distribuição da gordura corporal, sob o argumento de que a 
obesidade central, e não a geral, está associada à doença cardiovascular, ou 
seja as pessoas que possuem menor acúmulo de gordura na região abdominal 
possuem a forma semelhante à de um cilindro e aqueles com maior acúmulo 
teriam a semelhança com um duplo cone, tendo uma base em comum, dispostos 
um sobre o outro.
De acordo com alguns estudos o índice de conicidade (IC), foi classificado como 
uma boa ferramenta para avaliar a distribuição da massa gorda em adultos 
jovens. 
44
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Embora os índices ajustados de IC tenham valor potencial na aplicação clínica, 
pouco se sabe sobre o papel da gordura corporal total ajustada pelo IC, na 
avaliação de doenças metabólicas.
O IC é calculado usando a circunferência da cintura e a altura em m e o peso em 
kg pela seguinte fórmula:
Índice Conicidade = Circunferência da cintura (m)
peso corporal (kg)
estatura(m)
0,109
O valor de 0,109 é a constante que resulta da raiz da razão entre 4π (advindo 
da dedução do perímetro do círculo de um cilindro) e a densidade média do ser 
humano de 1,050kg/m³. (ARRUDA NETA et al., 2017)
Para o cálculo do risco cardiovascular, os valores propostos por Pitanga et al. 
foram utilizados, ou seja, ≥ 1.18 para mulheres e ≥ 1.25 para homens.
Perímetro do pescoço
O perímetro do pescoço surgiu como um novo índice antropométrico para estimar 
a obesidade. Esse método é relativamente novo e classifica entre normal e anormal a 
distribuição de gordura. 
A medida é realizada no ponto logo abaixo da laringe (cartilagem tireoide) e 
perpendicular ao longo do eixo do pescoço (com a linha de fita na frente do 
pescoço na mesma altura que a linha de fita na parte de trás do pescoço) usando 
uma fita métrica inelástica.
Existe uma forte relação entre outros parâmetros antropométricos e fatores de 
risco cardiovasculares relacionados à obesidade, como síndrome metabólica e 
resistência à insulina. Além disso, a circunferência do pescoço tem se mostrado 
um bom preditor de doenças cardiovasculares. 
Vários estudos epidemiológicos de base populacional demonstraram fortes 
correlações entre circunferência do pescoço e índice de massa corporal (IMC); e 
circunferência da cintura e circunferência do pescoço.
Essa medida foi demonstrada como melhor indicador de avaliação da obesidade 
em comparação com outros índices antropométricos devido às vantagens de ser 
estável e a medição conveniente em um marco anatômico explícito com pouca 
flutuação relacionada à dieta e condições respiratórias.
45
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
Outros estudos relataram que a medida da circunferência do pescoço ou gordura 
do pescoço é positivamente correlacionada com o conteúdo de gordura visceral. 
No entanto, esses estudos foram realizados em pessoas infectadas pelo HIV ou 
pacientes graves com amostras pequenas, limitando o grau em que os resultados 
podem ser generalizados.
Diâmetros
Os diâmetros corporais compreendem, na maioria dos casos, medidas lineares 
transversais, e são divididos em diâmetros do tronco e diâmetros ósseos.
Os diâmetros de tronco são caracterizados pelo comprimento de linhas 
imaginárias que unem dois pontos simétricos do tronco. As medidas podem ser 
realizadas com um compasso de pontas rombas ou com um antropômetro de 
deslizamento. 
Os diâmetros ósseos são obtidos pela distância entre duas estruturas de um 
determinado osso, situadas transversalmente. As medidas são efetuadas 
geralmente com o paquímetro ósseo.
Convencionalmente, os diâmetros são medidos do lado direito do indivíduo 
avaliado. Abaixo segue uma relação dos diâmetros que podem ser utilizados 
como medidas adicionais à avaliação da composição corporal.
 » biacromial;
 » torácico transverso;
 » torácico ântero-posterior;
 » biiliocristal;
 » bitrocanteriano;
 » biepicondiliano umeral;
 » biestiloide;
 » bicondiliano femural;
 » bimaleolar.
46
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Dobras cutâneas
São utilizadas como medidas isoladas para simples acompanhamento das 
medidas ou como somatória das dobras, o que permite um acompanhamento 
mais preciso.
A medição consiste na avaliação realizada por adipômetros, permitindo 
a possibilidade de acompanhar a evolução do indivíduo, avaliando 
individualmente a gordura nas dobras por meio do pinçamento e por meio 
de cálculos da somatória das dobras, para que seja estimado o percentual de 
gordura corporal e também a quantidade de massa magra. Esse cálculo pode 
ser obtido por meio de equações específicas ou generalizadas.
O procedimento é rápido, o equipamento é portátil e, portanto, pode ser realizado 
na maioria das avaliações em saúde e nutrição clínica. Uma variedade de 
adipômetros de precisão estão disponíveis (por exemplo, Harpenden, Holtain ou 
Lange) até de plástico (por exemplo, Slimguide). No entanto, as medidas podem 
diferir entre o tipo de adipômetro, os de plástico podem ser menos precisos, 
mas podem ser uma opção para medições seriadas ou quando for necessário 
equipamento descartável.
Além da impossibilidade de avaliar o acesso da gordura intra-abdominal e 
o impacto de diferentes padrões de distribuição de gordura, existem outras 
limitações da antropometria das dobras cutâneas que incluem: constância da 
compressibilidade e espessura da pele e a variabilidade das medições quando 
realizada por avaliadores com formação e experiência limitadas. Contudo, usando 
técnicas padronizadas, prática e monitoramento, pode haver a confiabilidade das 
medidas das dobras cutâneas para fornecer dados úteis quando métodos mais 
complexos de avaliação não estão disponíveis ou são inapropriados.
Algumas complicações que contribuem para elevar ainda mais a estimativa 
de erro nesse tipo de avaliação incluem o nível de hidratação do indivíduo 
avaliado, edema ou inchaço por ele apresentado no dia da avaliação, grande 
acúmulo de gordura, como em indivíduos obesos, e a estrutura da pele, em 
idosos. 
O nível de variação de erro técnico das dobras cutâneas entre um profissional 
habilitado pode ser de ≤ 5%, enquanto ≤ 7.5% é considerado aceitável para um 
praticante inexperiente.
47
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
Segundo o NHANES (2012), alguns procedimentos gerais devem ser adotados 
para tomar medidas de dobras cutâneas:
 » Antes de medir a dobra cutânea, marque cuidadosamente o local 
apropriado com um lápis dermográfico. Faça todas as marcas no lado 
direito do corpo.
 » Segure a dobra cutânea entre o polegar eo indicador aproximadamente 
2,0 cm acima à marca de medição. A quantidade capturada variará 
dependendo da espessura do tecido adiposo sob a pele. Puxe as 
dobras cutâneas para longe do corpo, separe a gordura do músculo 
subjacente. Os lados da dobra devem ser mais ou menos paralelos.
 » Com a mão livre, coloque o adipômetro perpendicular ao comprimento 
da dobra.
 » Continue a segurar a dobra cutânea com o polegar e o indicador. 
Solte a haste do compasso para aplicar a tensão e mantenha essa 
posição por aproximadamente 3 segundos, para depois fazer a 
leitura da medição. Durante esse tempo, a agulha no mostrador 
do calibrador se acomodará em uma posição que representa a 
verdadeira espessura da dobra.
 » Faça a leitura com sua linha de visão diretamente na frente do valor 
de medição, em vez de em um ângulo. Meça a espessura ao décimo 
de milímetro mais próximo (0,1 mm). Observe que o mostrador da 
pinça mostra incrementos de 0,2 mm. A agulha da pinça geralmente 
cai em um desses incrementos. No entanto, não ignore os décimos 
ímpares. Se após 3 segundos você observar que a agulha realmente 
fica entre duas linhas no mostrador, por exemplo, entre 10,6 mm e 
10,8 mm, usa-se o número ímpar entre os dois, por exemplo, 10,7, 
como a medição.
 » Finalmente, remova as mandíbulas do calibrador e solte a dobra. 
Execute todas as medidas de dobras cutâneas de acordo com os 
procedimentos acima.
Lembre-se:
Para aferição das dobras cutâneas, é necessário:
 » Identificar e marcar o local a ser medido.
48
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
 » Segurar a prega formada pela pele e pelo tecido adiposo com os 
dedos polegar e indicador da mão esquerda.
 » Pinçar a prega exatamente no local marcado, usando o adipômetro.
 » Manter a prega entre os dedos até o término da aferição.
Também é importante relembrar que para o sucesso de uma avaliação 
antropométrica, principalmente a realizada por dobras cutâneas, os indivíduos 
devem ser orientados a prestar atenção em alguns detalhes antes de realizar 
o procedimento de avaliação, pois alguns fatores podem alterar os resultados 
obtidos, tais como:
 » Não treinar (musculação ou aeróbio) antes (1 hora ou 2 horas 
antes) de realizar a avaliação antropométrica.
 » Alimentar-se com moderação (normalmente) 1 dia antes da 
avaliação.
 » Não fazer a avaliação nos dias do ciclo menstrual e nem 7 dias antes 
(TPM).
 » Usar, preferencialmente, shorts curtos, top ou sutiã para as mulheres.
Para a estimativa da porcentagem de gordura corporal total utilizando-se 
a técnica de dobras cutâneas podem ser utilizadas equações específicas ou 
generalizadas ou por meio da somatória de quatro pregas cutâneas (bicipital, 
tricipital, subescapular e suprailíaca) de acordo com a equação de Durnin e 
Womersley (1974):
Densidade corporal (DC) = (A –B) x log somatória das 4 pregas
Os coeficientes A e B podem ser visualizados no Apêndice Densidade Corporal e 
variam de acordo com a idade e o gênero para o cálculo da densidade corporal. 
Após ser encontrada a DC, a porcentagem de gordura corporal total é determinada 
pela fórmula de Siri (1961):
4,95
DCGordura corporal (%) = [ - 4,50] x 100
A seguir, alguns dos compassos, piclômetros ou adipômetros, utilizados 
comumente para a aferição das dobras cutâneas:
 » compasso tipo Lange (1);
 » compasso tipo Harpenden (2);
49
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
 » Sanny clínico e científico (3);
 » compasso tipo Cescorf: de fabricação nacional (pode ser estudantil, 
clínico e científico) (4)
 » compasso Slim Guide;
 » compasso Ross;
 » compasso Skyndex (digital).
Figura 8. Modelos de compasso.
 
 
1 2 
3 4 
Fonte: Cookie, 2017.
Dobras cutâneas do tríceps
A dobra cutânea tricipital é necessária para o cálculo da circunferência 
muscular do braço. Sua espessura fornece informações sobre as reservas de 
gordura do corpo, enquanto a massa muscular calculada fornece informações 
sobre as reservas de proteína. Frisancho (1981) publicou tabelas mostrando 
os percentis para a espessura da dobra cutânea tricipital. Abaixo de P15, o 
paciente está desnutrido. É melhor repetir as medições para uma boa indicação 
de mudanças no estado nutricional e na massa de gordura corporal. 
50
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Figura 9. Ponto anatômico para medida da dobra cutânea tricipital.
Fonte: Souza, 2016.
A adequação é calculada com base na seguinte equação:
Adequação da PCT (%) = PCT obtida (mm) x 100
PCT percentil 50
A tabela abaixo relaciona o estado nutricional de acordo com a porcentagem de 
adequação da prega cutânea tricipital:
Tabela 17. Porcentagem de adequação da prega do tríceps e sua relação com o estado nutricional.
Estado nutricional Prega tríceps
desnutrição grave 120%
Fonte: Blackburn; Thornton, 1979 apud Kamimura et al., 2002.
Dobra cutânea subscapular
A prega cutânea subescapular é medida no ângulo inferior da escápula direita. 
Marque o local de medição utilizando um lápis dermográfico. A medida da prega 
subescapular é realizada de forma oblíqua em relação ao eixo longitudinal, de 
acordo com a orientação dos arcos costais, localizada a dois centímetros abaixo do 
ângulo inferior da escápula. Usando o lápis dermográfico, marque uma cruz (+) no 
ângulo inferior. Faça a primeira linha a 45 graus da coluna e cruze isso com uma 
linha que divide o ângulo inferior da escápula.
51
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
Observação: Se tiver dificuldade em localizar o ângulo inferior da escápula, peça 
que o paciente leve o braço para trás das costas, fazendo com que a escápula se 
projete. Então, depois de localizar o local, solicite que relaxe o braço, reexamine 
o local e faça uma marca tomando cuidado para não marcar o local quando a pele 
está esticada.
Figura 10. Ponto anatômico para medida da dobra subescapular.
Fonte: Souza, 2016.
Dobra cutânea do bíceps
Corresponde à medida da face anterior do braço, no sentido do eixo 
longitudinal, no ponto de maior circunferência aparente do ventre muscular 
do bíceps.
A medida deverá ser realizada na superfície anterior do braço acima do 
músculo bíceps braquial, no mesmo nível do perímetro do braço, que deve estar 
completamente relaxado, com a palma da mão voltada para a frente. A medição 
será no ângulo vertical.
Figura 11. Ponto anatômico para medida da dobra do bíceps.
Fonte: Souza, 2016.
52
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Dobra cutânea torácica ou peitoral
Corresponde à medida oblíqua em relação ao eixo longitudinal, na metade 
da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo, para homens e, para as 
mulheres, a um terço da linha axilar anterior.
Figura 12. Ponto anatômico para medida da dobra torácica ou peitoral.
Fonte: Souza, 2016.
Dobra cutânea axilar média
Corresponde à medida efetuada no ponto de interseção entre a linha axilar média 
e uma linha imaginária transversal situada na altura do apêndice xifoide do 
esterno, de forma oblíqua ao eixo longitudinal. O braço do avaliado deve estar 
deslocado para trás, para facilitar a obtenção da prega.
Figura 13. Ponto anatômico para medida da dobra axilar média.
Fonte: Souza, 2016.
53
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
Dobra cutânea suprailíaca
Corresponde à medida obtida obliquamente em relação ao eixo longitudinal, 
na metade da distância entre o último arco costal e a crista ilíaca, sobre a linha 
axilar medial. É importante que o avaliado afaste o braço para trás para a 
execução da prega.
Figura 14. Ponto anatômico para medida da dobra cutânea suprailíaca.
Fonte: Souza, 2016.
Dobra cutânea supraespinhal
Corresponde à dobra efetuada entre cinco a sete centímetros acima da espinha 
ilíaca anterior, sobre uma linha que vai da borda axilar anterior para baixo e para 
a região medial, formando um ângulo de 45º.
Dobra cutânea abdominal
A avaliação da dobra cutânea abdominal é um dosmétodos mais usados para 
a avaliação da gordura corpora, esse método compreende a medida obtida 
paralelamente ao eixo longitudinal, cerca de dois centímetros à direita da cicatriz 
umbilical.
Figura 15. Ponto anatômico para medida da dobra cutânea abdominal.
Fonte: Souza, 2016.
54
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Dobra cutânea da coxa
Corresponde à medida efetuada paralelamente ao eixo longitudinal, sobre o 
músculo reto femoral a um terço da distância do ligamento inguinal e a borda 
superior da patela, segundo protocolo de Guedes (1985). Pollock e Wilmore 
(1993) recomendam que a medida seja efetuada na metade da distância do 
ligamento inguinal e na borda superior da patela.
Para facilitar a aferição, o avaliado deve deslocar o peso de seu corpo para a 
perna esquerda e a perna direita deve estar semiflexionada à frente.
Figura 16. Ponto anatômico para medida da dobra cutânea da coxa.
Fonte: Souza, 2016.
Dobra cutânea da panturrilha
A dobra cutânea da panturrilha é medida no interior da perna direita ao nível da 
circunferência cervical máxima.
Peça ao paciente para se sentar no banco ou cadeira, de modo que a perna direita 
fique pendurada frouxamente com o joelho flexionado em um ângulo de 90º. 
Flexionar muito ou apertar os músculos das pernas pode produzir uma medição 
imprecisa.
Se você tiver dificuldade em separar a prega cutânea do músculo, comece 
no joelho onde o tecido tende a ficar mais solto e vai descendo até a marca. 
Certifique-se de que dobras cutâneas consistem em uma dupla espessura e fique 
perpendicular ao chão
55
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
Figura 17. Ponto anatômico para medida da dobra cutânea da panturrilha.
Fonte: Strong, 2016.
Procedimentos de higienização e manutenção dos 
equipamentos
Alguns procedimentos de higiene são necessários para garantir que o 
equipamento de antropometria funcione adequadamente, segundo o 
NHANES (2012).
Seguem algumas instruções abaixo:
 » Limpe a superfície dos calibradores de dobras cutâneas e fitas 
métricas com papel toalha ou panos limpos e álcool.
 » Limpe todas as áreas da superfície da balança e do estadiômetro (use 
toalhas de papel ou escova, se necessário).
 » Limpe a unidade de exibição da balança com um pano seco ou toalha 
de papel.
NOTA: Não permita que nenhum fluido pingue na caixa da unidade de exibição.
Bioimpedância elétrica
A análise de bioimpedância é uma abordagem amplamente aplicada usada 
em medições de composição corporal e sistemas de avaliação de saúde. Os 
56
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
fundamentos essenciais da medição de bioimpedância no corpo humano e uma 
variedade de métodos são usados para interpretar as informações obtidas. Além 
disso, há um amplo espectro de utilização da bioimpedância em instituições de 
saúde, como o prognóstico da doença e o monitoramento do estado vital do 
corpo. 
Essa técnica é usada para prever a composição corporal com base nas 
propriedades condutoras elétricas do corpo e envolve a medição da impedância 
(Z) para o fluxo de uma corrente elétrica baixa (800 μA), a uma frequência fixa 
(50 kHz). 
O dispositivo de bioimpedância pode ser de frequência única, quando opera 
a uma frequência de 50 kHz ou multifrequência, quando uma ampla faixa de 
frequências é usada. O princípio da BIA é que o tecido magro, composto de 
água e eletrólitos, é um bom condutor elétrico, enquanto a gordura, que não 
tem água, é um mau condutor. 
No final do processo, os valores de reatância e resistência apresentados pelos 
tecidos são utilizados para o cálculo dos percentuais de água corporal, massa 
magra e gordura corporal, de acordo com o software fornecido pelo fabricante 
do aparelho de bioimpedância. Para tornar mais fidedigna a avaliação, alguns 
aparelhos trazem equações específicas ou generalizadas que melhor se adaptem à 
realidade do avaliado.
As possíveis fontes de erro na BIA são diferenças no comprimento do membro, 
atividade física, estado nutricional, nível de hidratação, química do sangue, 
ovulação e colocação de eletrodos. O erro padrão de estimativa (EPE) é 
semelhante ao das dobras cutâneas (3,5%).
Com a padronização ideal de métodos, instrumentos e preparação dos 
indivíduos, a BIA pode fornecer estimativas rápidas, fáceis e relativamente 
baratas de massa magra e gordura corporal em populações saudáveis e em 
indivíduos obesos.
O instrumento BIA é portátil, seguro, fácil de usar, de custo relativamente 
baixo e com um mínimo de carga de participantes, tornando-se uma ferramenta 
útil para grandes estudos. 
Três grandes grupos de modelos de BIA existem: 
1. mão a mão, 
2. pé a pé e 
3. mão a pé. 
57
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
Diferentes tipos de modelos de análise de BIA poderiam potencialmente 
mostrar menos diferença em comparação com uma medida padrão-ouro para 
circunferências específicas de cintura e quadril.
Como a gordura corporal tem uma maior resistência à corrente elétrica em 
comparação com a massa magra, a corrente pode não ser capaz de percorrer 
facilmente o corpo para alcançar todos os seus segmentos, afetando assim a 
validade da medição. Por exemplo, os modelos de mão para mão poderiam ser 
mais precisos se tivesse maior circunferência da cintura, ao invés de maior 
circunferência do quadril.
Figura 18. Bioimpedância modelo vertical.
Fonte: Ottoboni, 2019.
Figura 19. Bioimpedância modelo de eletrodos.
Fonte: Leite, 2017.
58
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Dica: Antes da realização da bioimpedância, o avaliado deve seguir as seguintes 
recomendações:
 » Não usar medicamentos diuréticos na véspera do exame.
 » Manter-se em jejum por volta de quatro horas antes do teste ser efetuado.
 » Não ingerir bebidas alcoólicas e alimentos que contenham cafeína 
(café, chá verde, preto ou mate) refrigerante e medicamentos que 
contenham cafeína, por 24 horas antes do exame.
 » Não realizar atividades físicas extenuantes nas 24 horas anteriores ao 
teste.
 » Urinar pelo menos 30 minutos antes do teste.
 » Não realizar o exame após o banho ou sauna (intervalo indicado de 12 
horas de sauna ou massagem de drenagem linfática).
 » Permanecer por volta de 5 a 10 minutos deitado em decúbito dorsal 
em repouso antes da execução do teste.
 » Não realizar o exame em gestantes e mulheres em período pré-menstrual 
ou durante a menstruação.
Infravermelho próximo ou raios infravermelhos (Futrex)
A avaliação é realizada por meio de um aparelho portátil, composto por um 
minicomputador, um protetor de luz e um sensor em forma de microfone, por onde 
ocorre a emissão da luz. Esse aparelho tem um custo elevado.
A técnica de infravermelho próximo envolve a introdução de radiação infravermelha 
através da pele para os tecidos subjacentes e avaliação do padrão e intensidade do 
componente refletido, dependendo das características específicas de absorção de 
proteína, gordura e água.
O minicomputador é importante para a inserção dos dados do indivíduo, como 
gênero, idade, peso, estatura e compleição física. Uma vez inseridos os dados do 
indivíduo no aparelho, o sensor do Futrex é apoiado sob o ponto médio do bíceps 
do indivíduo, que informa, em seguida, os valores de água corporal, gordura 
corporal e massa magra do avaliado.
59
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
Alguns estudos realizados com adultos observaram que o infravermelho pode ter 
pouca ou nenhuma vantagem sobre a medição das dobras cutâneas na previsão 
da composição corporal, exibindo viés de medição quando usado para avaliar a 
gordura absoluta.
No entanto, outros autores sugeriram que o infravermelho pode ser valioso 
para o monitoramento do estado nutricional em pacientes onde as técnicas 
alternativas são impraticáveis ou inadequadas.
Outro benefício em potencial do infravermelho é seu uso em crianças, porque a 
sonda de luz colocada na superfície da pele parece ser menos intimidante que o 
adipômetro, sem dor associada.
Embora tenha sido muito criticadapor avaliar apenas um ponto do corpo, a aferição 
do bíceps pelo infravermelho mostrou melhor correlação com o padrão-ouro, a 
hidrodensitometria, quando comparada à aferição pelo mesmo aparelho de outras 
regiões corporais.
60
CAPÍTULO 2
Somatótipo
A antropometria demonstrou ter um papel importante na seleção de atletas 
e nos critérios de desempenho em esportes. É óbvio que a determinação do 
somatótipo é especialmente favorável em esportes nos quais o corpo pode 
impactar na biomecânica do movimento e no desempenho resultante.
O termo somatótipo expressa a ideia de três componentes corporais primários 
determinados nos seres humanos segundo suas características genéticas, 
que podem ser modificados pelo meio ambiente e estilo de vida, o que inclui 
alimentação e atividade física. Foi desenvolvido por Sheldon, em 1941, a partir 
da análise de homens por ele fotografados, de frente, lado e costas.
Esses três componentes contribuem para a composição do somatótipo e foram 
calculados por Sheldon a partir da observação de fotografias. A estimativa do 
somatótipo é realizada por meio do cálculo de cada um desses componentes, em 
uma escala de 1 a 7.
Esse conceito original sobre o somatótipo de Sheldon foi aperfeiçoado por 
Heath e Carter, em 1971, com a inclusão de medidas antropométricas.
Segundo os próprios autores (1971) “[...] somatótipo é a descrição da configuração 
morfológica atual do indivíduo”. Sheldon (1941), por sua vez, descrevia que “[...] 
somatótipo é a trajetória seguida pelo indivíduo desde o crescimento até a sua 
morte, em condições normais médias de nutrição, e em ausência de doença muito 
perturbadora”.
A classificação de somatótipo dá uma categorização do físico usando medidas 
relacionadas à forma e composição do corpo, avaliando a adiposidade (gordura), 
robustez musculoesquelética e linearidade ou magreza. O somatótipo “expressa 
o determinismo genético, observado do ponto de vista morfo-constitucional” 
e pode ser identificado pela atribuição de uma classificação de três algarismos 
representando: endomorfia, mesomorfia e ectomorfia. Em suma, o somatótipo dá 
uma quantificação holística da morfologia e características do corpo humano.
O método de Heath e Carter (1971) considera o tipo físico do indivíduo no 
momento da avaliação, diferentemente do método proposto por Sheldon, que 
61
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
entendia que o somatótipo possuía influência genética e dificilmente seria 
modificado no decorrer do tempo de vida do indivíduo.
Investigações de somatótipos em esportistas de elite desempenham um papel 
importante no estudo da dinâmica do desenvolvimento de uma forma específica 
do corpo humano sob a influência de vários processos de treinamento com intuito 
intensivo e períodos competitivos. É bem conhecido que o perfil antropométrico 
pode indicar se um jogador seria adequado para participar no mais alto nível em 
um esporte específico.
É óbvio que a aparência estrutural de uma pessoa, ou forma do corpo, é determinada 
pelo seu genótipo como influenciado pelo seu ambiente. A quantificação das 
características morfológicas de atletas de alto perfil pode ser um aspecto 
fundamental da relação entre estrutura corporal e desempenho esportivo.
Os componentes predominantes são: endomorfia, mesomorfia e ectomorfia.
 » Endomorfia: corresponde ao primeiro componente. O termo é 
originado do endoderma, que no embrião dá origem ao tubo digestivo e 
seus sistemas auxiliares, como as vísceras. Representa a predominância 
do sistema vegetativo e certa tendência ao acúmulo de gordura e à 
obesidade.
 » Mesomorfia: corresponde ao segundo componente. No embrião, o 
mesoderma origina tecidos como ossos, músculos e tecido conectivo. 
Indica predominância de massa musculoesquelética.
 » Ectomorfia: indica o terceiro componente. Os tecidos 
predominantes são derivados da camada ectodérmica, por isso 
apresenta predomínio de formas lineares. Corresponde aos tipos 
longilíneos.
Na versão original cada componente pode variar de 1,0 a 7,0, o que permite 
definir três tipos extremos: 7-1-1 que corresponde ao endomorfo puro ou 
extremo; 1-7-1, que corresponde o mesomorfo puro, e 1-1-7, indicando o 
ectomorfo puro.
Atletas de sucesso de muitos esportes parecem ter altas taxas de mesomorfia, 
demonstrando um forte desenvolvimento musculoesquelético. Em geral, os 
músculos maiores são capazes de produzir resultados de maior força, o que pode 
levar a um desempenho anaeróbico superior. 
62
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Muitos estudos estabeleceram a ligação entre a força ou poder absoluto e específico 
da tarefa e a mesomorfia. No entanto, nenhum desses estudos investigou como a 
magnitude dos outros ratings influencia o desempenho ao lado da mesomorfia. 
A ectomorfia e a endomorfia foram frequentemente usadas para explicar algumas 
variações no desempenho em que a propulsão do corpo é importante, como 
no poder explosivo das pernas, sendo a associação positiva com ectomorfia e 
negativa com endomorfia. No entanto, baixas pontuações em ectomorfia podem 
ser vantajosas em movimentos de força onde alavancas curtas são preferíveis. 
Pesquisas anteriores também demonstraram diferenças nas concentrações 
hormonais relacionadas ao treinamento, tanto em repouso quanto após o 
exercício, entre os somatótipos que podem ajudar a explicar as diferenças no 
desempenho anaeróbico.
Os perfis extremos ou puros são muito contrastantes. Por exemplo, o endomorfo 
puro, além de obesidade, apresenta, predominantemente, volume abdominal e 
flacidez muscular. Já o mesomorfo puro, possui desenvolvimento muscular e 
massa óssea acentuados, medidas torácicas maiores que do abdome e aspecto 
enérgico. Contrastando com os demais, o ectomorfo puro lembra fragilidade, pois é 
magro e seu comprimento predomina sobre os diâmetros e circunferências.
Para determinar o somatótipo, são necessários cálculos e medidas com o 
intuito exclusivo de estabelecer ao indivíduo avaliado o valor numérico dos três 
componentes do somatótipo (endomorfia, mesomorfia e ectomorfia) que ele 
apresenta.
Segundo o método antropométrico de Heath e Carter, são necessárias as seguintes 
medidas, como:
 » peso;
 » estatura;
 » dobras cutâneas (tríceps, subescapular, suprailíaca e perna 
medial);
 » diâmetros ósseos (fêmur e úmero);
 » circunferências (braço e perna).
63
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
Para o cálculo da endomorfia:
 » ENDO = - 0,7182 + 0,1451 (x) - 0,00068 (x) + 0,0000014 (x)
Onde:
 » x = somatório das dobras tríceps, suprailíaca e subescapular.
Para correção das dobras pela estatura:
Somatório das dobras corrigido =
somatório das dobras x 170.18
estatura
A tabela 18 expressa outra maneira de determinar o valor do componente 
endomorfia por meio do somatório das três dobras cutâneas.
Tabela 18. Determinação do componente endomorfia segundo os valores do somatório das dobras cutâneas 
tríceps, suprailíaca e subescapular.
Somatório dobras cutâneas
(tríceps + suprailíaca + subescapular) Componente ENDO
7.0 – 10.9 0,5
11.0 – 14.9 1,0
15.0 – 18.9 1,5
19.0 – 22.9 2,0
23.0 – 26.9 2,5
27.0 – 31.2 3,0
31.3 – 35.8 3,5
35.9 – 40.7 4,0
40.8 – 46.2 4,5
46.3 – 52.2 5,0
52.3 – 58.7 5,5
58.8 – 65.7 6,0
65.8 – 73.2 6,5
73.3 – 81.2 7,0
81.3 – 89.7 7,5
89.9 – 98.9 8,0
99.0 – 108.9 8,5
109.0 – 119.7 9,0
Fonte: Pitanga, 2004.
Para o cálculo da mesomorfia:
 » MESO = 0,858 (U) + 0,601 (F) + 0,188 (B) + 0,161 (P) – 0,131 (H) + 4,50
64
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Onde: 
 » U = diâmetro do úmero;
 » F = diâmetro do fêmur;
 » B = circunferência de braço corrigido;
 » P = circunferência de perna corrigida;
 » H = estatura.
Para excluir o tecido adiposo da medida da massa muscular, tornam-se necessárias 
correções:
 » CBC = CB – (DCTR / 10)
 » CPC = CP – (DCPM / 10)
Onde:
 » CBC = circunferência de braço corrigida;
 » CPC = circunferência da perna corrigida;
 » CB = circunferência de braço;» CP = circunferência de perna;
 » DCTR = dobra cutânea do tríceps;
 » DCPM = dobra cutânea de perna medial.
Para o cálculo da ectomorfia:
 » IP (Índice Ponderal) = estatura/raiz cúbica do peso corporal
 › Se IP > 40,75
 » Ectomorfia = (IP x 0,732) - 28,58
 › Se IP estiver entre 38,25 e 40,75
 » Ectomorfia = (IP x 0,463) -17,63
 » Para IPsofre influência de culturas e origens externas.
70
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Abaixo, segue a relação das equações de predição mais conhecidas e a população 
a que se destinam:
Durnin e Womersley (1974)
Essa equação leva em consideração quatro pregas cutâneas (tríceps, bíceps, 
subescapular e suprailíaca) e a idade do avaliado para o cálculo da densidade 
corporal e a porcentagem de gordura corporal total para homens e mulheres.
Foi criada com base em um estudo feito com 209 homens de 17 a 72 anos de 
idade e 272 mulheres na faixa etária entre 16 a 68 anos.
Faulkner (1968) 
Corresponde a uma equação muito utilizada no Brasil e em países vizinhos, 
principalmente na década de 1970 e 1980. Muito utilizada para nadadores, foi 
adaptada de uma equação de Yuhazs (1962).
Cientificamente, não se tem conhecimento concreto de que seja adaptada do 
protocolo descrito acima e, segundo o próprio autor, corresponde a uma equação 
geral, não específica para nadadores.
Para a avaliação, esse protocolo considera quatro pregas cutâneas (tríceps, 
subescapular, suprailíaca e abdominal) e não inclui a idade do indivíduo.
Guedes (1985)
Pesquisador brasileiro que realizou um estudo com 110 homens e 96 mulheres 
entre 18 a 30 anos, frequentadores da Universidade Federal de Santa Maria 
(RS).
O protocolo para avaliação da porcentagem de gordura corporal total consta de 
três dobras cutâneas: tríceps, suprailíaca e abdominal, que são relacionadas ao 
sexo do avaliado; também não leva em consideração a idade.
Jackson e Pollock (1978)
Comumente utilizada para a avaliação de indivíduos do sexo masculino entre 
18 a 61 anos de idade, foi baseada em um estudo realizado com 308 indivíduos. 
71
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
Geralmente, é utilizada como referência em avaliações da composição corporal 
efetuadas em academias de ginástica e em consultórios. 
Pode ser realizada com base na somatória de sete dobras cutâneas (torácica, 
axilar medial, tríceps, subescapular, abdominal, suprailíaca e coxa), ou 
mais simplificada, contendo apenas três dobras cutâneas (tríceps, coxa e 
suprailíaca), além da idade.
Jackson, Pollock e Ward (1980)
Propõe equações para estimativa da densidade corporal de mulheres, com 
idade entre 18 a 55 anos, também utilizando a somatória de sete ou três 
dobras cutâneas (as mesmas utilizadas no protocolo Jackson & Pollock 
(1978)), além da idade.
Kacth e McArdle (1973)
Foi desenvolvida com base em estudos com universitários de ambos os sexos. 
São propostas sete equações, sendo três para homens e quatro para mulheres. 
Podem ser usados apenas os valores de dobras cutâneas, de dobras e perímetros, 
dobras e diâmetro ósseo e apenas os de perímetros.
São fórmulas distintas para os sexos usadas para obtenção da porcentagem 
de gordura corporal total. Para homens, são consideradas as dobras do tríceps, 
subescapular e abdominal; perímetros abdominal, do antebraço e do braço 
estendido. Para mulheres, dobras do tríceps, subescapular, suprailíaca e coxa; 
perímetros abdominal, antebraço, coxa e braço estendido, além do diâmetro 
biepicôndilo umeral.
Petroski (1995)
Estudo também brasileiro efetuado com 213 homens e 304 mulheres de 18 a 66 
anos de idade, provenientes da região central do Rio Grande do Sul e da região 
litorânea de Santa Catarina.
Para a avaliação, são necessárias as pregas tríceps, subescapular, suprailíaca, 
panturrilha medial e a idade, para homens. Para as mulheres, axilar medial, 
suprailíaca, coxa, panturrilha medial e a idade.
72
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Slaughter et al. (1988)
Equação indicada para a predição de gordura corporal em crianças e 
adolescentes, com idade entre 7 a 18 anos, pois leva em consideração o nível 
maturacional e o aspecto racial.
Para a obtenção dos resultados, são necessárias duas pregas cutâneas: tríceps e 
subescapular, além da definição do estágio maturacional em que se encontram os 
avaliados.
Thorland et al. (1984)
Indicada para atletas jovens de ambos os sexos, utilizando três ou sete dobras 
cutâneas (tríceps, subescapular, axilar medial, suprailíaca, abdominal, coxa e 
panturrilha medial), além da diferenciação pelo sexo.
73
CAPÍTULO 4
Percentual de gordura corporal
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece a obesidade quando o 
valor do IMC (peso (Kg) / altura (m2)) é superior a 30kg/m2.
Esse método é ineficaz na avaliação direta da composição corporal, tornando-se 
uma medida imperfeita da gordura corporal, principalmente porque não mede 
diretamente a massa gorda.
Dessa forma, foram estabelecidos os meios de avaliação da composição corporal 
levando em consideração a porcentagem de gordura corporal total, dado que pode 
ser correlacionado a outras medidas ou variáveis para melhor interpretação dos 
resultados obtidos.
Convém ressaltar que o estudo da obesidade, doença multifatorial, está em 
evidência. Primeiro, porque grande parte da população mundial encontra-se 
com algum tipo de sobrepeso; segundo, porque a obesidade traz consigo outras 
alterações metabólicas, que certamente prejudicam a saúde e a qualidade de 
vida do indivíduo. 
A OMS calcula que desde a década de 1980, a obesidade tenha mais que 
triplicado em todo o mundo, inclusive em países em desenvolvimento.
Em 1995, havia cerca de 200 milhões de adultos obesos em todo o mundo e 
outros 18 milhões de crianças com menos de cinco anos classificadas como 
obesos. A partir de 2000, o número de adultos obesos aumentou para mais 
de 300 milhões. Contrariamente à sabedoria convencional, a epidemia da 
obesidade não se restringe às sociedades industrializadas, nos países em 
desenvolvimento, estima-se que mais de 115 milhões de pessoas sofrem de 
problemas relacionados à obesidade. 
Além do crescimento da obesidade, crescem também as doenças a ela associadas, 
como diabetes e hipertensão arterial que juntas potencializam o desenvolvimento 
de doenças cardiovasculares, as que mais matam no mundo.
74
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Se anteriormente, no Brasil, o problema nutricional era a desnutrição, atualmente, 
preocupamo-nos muito mais com a epidemia de obesidade. Dessa forma, a procura 
por profissionais da saúde capacitados a orientar os indivíduos com excesso de 
peso (excesso de gordura corporal) aumentará e o papel fundamental desses 
profissionais é justamente conhecer os diferentes mecanismos que levam ao 
ganho de peso (tanto endócrinos como ambientais) e as diferentes estratégias 
para o controle do ganho de gordura ou, melhor, para a redução da porcentagem 
de gordura corporal total.
Com a finalidade de compreender os padrões e as recomendações da literatura 
científica sobre os valores de porcentagem de gordura corporal total para indivíduos, 
sejam eles adultos, jovens ou idosos, homens ou mulheres, praticantes de atividade 
física, atletas ou sedentários, seguem abaixo algumas das referências e protocolos 
internacionais e nacionais mais conhecidos sobre gordura corporal e sua relação 
com o estado nutricional.
Tabela 23. Classificação do percentual de gordura corporal para indivíduos não atletas de ambos os sexos.
Classificação Sexo masculino Sexo feminino
Normalidade 3 a 20% 12 a 25%
Excesso de peso > 20% 25 a 30%
Obesidade > 25% > 30%
Fonte: Guedes, 1985.
Tabela 24. Classificação do percentual de gordura corporal para indivíduos não atletas de ambos os sexos.
Classificação Sexo masculino Sexo feminino
Normalidade Até 20% Até 30%
Excesso de peso > 20% > 30%
Fonte: McArdle, 1975.
Tabela 25. Classificação do percentual de gordura corporal para adultos atletas.
Categoria esportiva Sexo masculino Sexo feminino
Nadadores 9% ––
Futebolistas 12% ––
Demais esportes 14% 14%
Fonte: Faulkner, 1986.
75
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
Tabela 26. Classificação do percentual de gordura corporal para mulheres atletas.
Classificação Sexo feminino
Normalidade 12 a 18%
Excesso de peso20 a 25%
Obesidade > 25%
Fonte: Jackson et al., 1980.
Tabela 27. Classificação do percentual de gordura corporal para homens atletas.
Classificação Sexo masculino
Normalidade 6 a 14%
Excesso de peso 20 a 25%
Obesidade > 25%
Fonte: Jackson et al., 1978.
Tabela 28. Classificação do percentual de gordura corporal para indivíduos ativos de ambos os sexos, segundo 
LOHMAN, 1992, transcrita de CUPPARI, 2002.
Gordura corporal (%)
Homens Mulheres
Risco de doenças associadas a desnutrição ≤ 5,0 ≤ 8,0
Abaixo da média 6,0 - 14,0 9,0 - 22,0
Média 15,0 23,0
Acima da média 16,0 - 24,0 24,0 - 31,0
Risco de doenças associadas a obesidade ≥ 25,0 ≥ 32,0
Fonte: Cuppari, 2002.
Tabela 29. Classificação média geral do percentual de gordura corporal para indivíduos ativos.
Classificação Sexo masculino Sexo feminino
Abaixo da normalidade até 12% até 16%
Normalidade 12 a 18% 16 a 25%
Acima da normalidade 18 a 25% 25 a 33%
Tendência à obesidade > 25% > 33%
Fonte: Cuppari, 2002.
Tabela 30. Classificação do percentual de gordura corporal para atletas adultos de alto rendimento, de acordo 
com o esporte praticado.
Modalidade esportiva Sexo masculino Sexo feminino
Basquete 7 a 11% 20 a 27%
Ciclismo 8 a 10% 15%
Natação 9 a 12% 14 a 24%
Voleibol 11 a 12% 16 a 25%
Corrida de fundo 6 a 13% 10 a 19%
Triatlo 5 a 11% 7 a 17%
Tênis 15 a 16% 20%
Fonte: Pollock, Schimidt e Jackson, 1980.
76
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Tabela 31. Classificação do percentual de gordura ideal para atletas, de acordo com a modalidade esportiva 
praticada.
Modalidade Esportiva % de gordura ideal
Sexo feminino
Basquete: armador 10 a 12%
Basquete: ala 12 a 14%
Basquete pivô até 16%
Outros esportes 14%
Máximo tolerado até 16%
Sexo masculino
Natação 11%
Futebol 9%
Demais esportes 14%
Máximo tolerado até 16%
Fonte: Faulkner, 1968.
Tabela 32. Classificação do percentual de gordura corporal total para algumas modalidades esportivas, segundo 
o sexo.
Modalidade esportiva Sexo masculino Sexo feminino 
Balé 8 a 14% 13 a 20%
Ginástica 5 a 12% 8 a 16%
Patinação 5 a 12% 8 a 16%
Esqui 7 a 15% 10 a 18%
Golfe 10 a 16% 12 a 20%
Hipismo 6 a 12% 10 a 16%
Remo 6 a 14% 8 a 16%
Canoagem 5 a 11% 8 a 15%
Ciclismo 6 a 9% 9 a 13%
Pentatlo 8 a 15% ––
Triatlo 5 a 12% 8 a 15%
Natação 9 a 12% 14 a 24%
Nado sincronizado –– 10 a 18%
Tênis 6 a 14% 10 a 20%
Beisebol 8 a 14% ––
Voleibol 7 a 15% 10 a 18%
Basquete 6 a 12% 7 a 11%
Futebol americano 6 a 19% ––
Futebol de campo 6 a 14% 10 a 18%
Levantamento de peso 5 a 12% 10 a 18%
Salto 7 a 8% 8 a 14%
Arremesso de peso 16 a 20% 20 a 28%
Corrida de longa distância 6 a 13% 10 a 19%
Corrida de média distância 7 a 12% 10 a 14%
Corrida de velocidade 8 a 16% 11 a 19%
Fonte: Fleck, 1983 e Wilmore, 1983.
77
CAPÍTULO 5
Métodos para avaliação do gasto 
energético
O gasto energético total (GET) é uma variável importante para quantificar com 
precisão, dado seu papel no controle de peso e prevenção de doenças. O GET é a 
soma da energia despendida para apoiar o metabolismo basal, a atividade física e a 
digestão dos alimentos.
Para entender melhor a necessidade energética do corpo humano, seja na 
realização das atividades do dia a dia ou na prática de atividade física, alguns 
métodos para a avaliação do gasto energético foram desenvolvidos como 
amostras do consumo de oxigênio, análise da variação da frequência cardíaca, 
questionários retrospectivos dos padrões de atividades do dia a dia, entre 
outros, apresentando cada um deles vantagens e desvantagens nos valores 
encontrados considerando as dificuldades de cada método em relação à 
especificidade do resultado. 
Há dezenas de dispositivos disponíveis comercialmente que se propõem a medir 
o gasto de energia e sobre os quais os indivíduos estão tomando “decisões que 
mudam sua vida”.
Dado que o aumento do gasto energético é um meio para alcançar um déficit 
calórico negativo, há um tremendo interesse na sua quantificação e uma 
necessidade de substanciar suas associações com vários índices de saúde para 
informar a ciência e a medicina. Pesquisas também descrevem sua associação 
inversa com as taxas de mortalidade cardiovascular. 
Atualmente, as necessidades energéticas de um indivíduo podem ser avaliadas 
por calorimetria direta, calorimetria indireta e técnica da água duplamente 
marcada.
Calorimetria direta e indireta
Todos os processos metabólicos que ocorrem dentro de um organismo produzem 
calor e todo organismo vivo é um sistema aberto que constantemente troca 
calor com o ambiente, a avaliação dessa energia produzida pode ser realizada 
de forma direta ou indireta.
78
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
O sistema de calorimetria é capaz de medir a quantidade de calor produzido 
pelo corpo em um determinado período de tempo. 
O calorímetro permitiu a medição da troca gasosa entre um organismo vivo e a 
atmosfera circundante (calorimetria indireta), bem como a medição simultânea do 
calor produzido por esse organismo (calorimetria direta).
Muitos estudos estabeleceram a validade da relação entre a calorimetria direta 
e a indireta, demonstrando que existe uma equivalência entre o consumido e o 
calor gerado nos seres humanos. E revelaram que o gasto de energia pode ser 
diretamente medido em humanos (calorimetria direta) ou estimado, medindo 
o consumo de oxigênio e traduzindo essas quantidades em calor equivalente 
(calorimetria indireta).
A produção de calor ocorre via metabolismo celular (bioenergética) e trabalho 
celular. Muito do entendimento do metabolismo e dos sistemas clássicos 
de controle ativo dentro da vida dos organismos é baseado em medições de 
produção de calor utilizando a técnica de calorimetria direta.
A calorimetria direta envolve colocar um indivíduo dentro de uma pequena câmara 
isolada do ambiente. Não é o mais conveniente método de quantificação do gasto 
energético, apesar de depender de princípios físicos facilmente medidos.
No estudo de organismos vivos, calorímetros diretos foram desenvolvidos para 
medir com precisão a produção de calor do metabolismo, essa avaliação é muito 
utilizada em pesquisas, mas apresenta alto custo e exige rígidas condições 
experimentais, limitando a aplicabilidade do método, além de não permitir a 
identificação do tipo de nutriente predominantemente oxidado.
A manutenção de todas as funções do corpo, incluindo o transporte ativo de 
gradientes químicos e elétricos através das membranas celulares, a síntese de 
macronutrientes, contração muscular e outros processos fisiológicos requer o 
gasto constante da molécula de adenosina trifosfato (ATP) rica em energia, que 
é colhida do consumo de alimentos e oxigênio.
A calorimetria direta é provavelmente o método que provê maior acurácia à 
realização de medidas do gasto energético, pois mensura de maneira direta o 
calor gerado pelo organismo. Apresenta um erro padrão de estimativa (EPE) 
com variação de 1 a 2%.
A técnica de calorimetria indireta tornou-se o método de escolha na maioria das 
circunstâncias, quando uma medida do gasto energético é necessária. O termo 
79
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
indireto refere-se ao fato de a produção de energia (calor) ser determinada pela 
medição de oxigênio consumido e produção de dióxido de carbono (denominada 
quociente respiratório, conhecido como QR) em vez de medir diretamente a 
transferência de calor. 
Essa técnica permite, basicamente, determinar o tipo de substrato energético ou a 
mistura de substratos oxidados como fonte de energia que estão sendo utilizados no 
momento da avaliação.
O equipamento varia, mas geralmente o tipo mais usado é um sistema de capuz 
ventilado. Um capuz de plástico transparente é colocado sobre a cabeça do sujeito e 
fechado hermeticamente no pescoço.
Figura 21. Modelo de aparelho de calorimetria indireta.
Fonte: Johnson, 2001.
Figura 22. Modelo de aparelho de calorimetria indireta em atividade física.
Fonte: Pacileo, 2019.
80
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORALDE ATLETAS
O cálculo do QR é efetuado dividindo-se o CO2/O2, expresso em litros (a quantidade 
de CO2 produzido pela quantidade de O2 consumido). As trocas gasosas são 
mensuradas em equipamentos específicos, denominados espirômetros.
Para a oxidação da glicose, por exemplo, a quantidade de oxigênio consumida é a 
mesma que a quantidade de dióxido de carbono produzida, determinando uma 
relação final de 1.
Para lipídios, a relação final é de 0,69, aproximando-a para o valor de 0,7; e 
para proteínas a relação final é de 0,8.
Dessa forma, esses números produzidos pela relação CO2/O2 (QR) refletem em 
estado estável o metabolismo dos nutrientes na célula.
O valor energético de 4,825 kcal/l de oxigênio é denominado de equivalente 
metabólico (MET), aproximado para o valor de 5 MET, usado como fator para 
estimativa do gasto energético baseado no consumo de oxigênio.
Por exemplo, a quantidade de energia gasta durante o sono equivale a 1,0 MET; 
para a atividade física moderada são gastos 4,0 MET, para a intensa, 6,0 MET e 
muito intensa, 10,0 MET.
Além das outras técnicas para avaliação do gasto energético, a calorimetria 
indireta apresenta ainda, como vantagem, fácil transporte e menor custo, 
possibilitando a estimativa do gasto de energia específico para cada tipo de 
atividade física. Sua acurácia varia entre 2 a 5% de erro padrão. 
Água duplamente marcada
O método da água duplamente marcada para a avaliação do gasto de energia foi 
publicado pela primeira vez em 1955. A aplicação em seres humanos começou 
em 1982, e tornou-se o padrão-ouro para a exigência de energia humana em 
condições de vida diária. 
O método envolve o enriquecimento da água corporal de um indivíduo com 
hidrogênio pesado (2H) e oxigênio pesado (18O), e então determinada a 
diferença na cinética de washout entre ambos os isótopos, sendo uma função 
da produção de dióxido de carbono. Na prática, os indivíduos obtêm uma 
quantidade medida de água duplamente marcada (2H2
18O) para aumentar o 
enriquecimento de fundo da água corporal para 18O de 2.000 ppm com pelo 
81
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
menos 180 ppm e enriquecimento de fundo da água corporal para 2H de 150 
ppm com 120 ppm.
Posteriormente, a diferença entre as taxas de renovação aparente do hidrogênio 
e oxigênio da água corporal é avaliada a partir de amostras de sangue, saliva ou 
urina, coletadas no início e no final do intervalo de observação de 1 a 3 semanas. 
As amostras são analisadas para 18O e 2H com espectrometria de massa com 
razão isotópica. O método da água duplamente marcada é o método indicado 
para medir o gasto energético em qualquer ambiente, especialmente no que 
diz respeito ao gasto energético da atividade, sem interferir no comportamento 
dos sujeitos. As aplicações incluem a avaliação do requerimento de energia do 
gasto energético total, validação de métodos de avaliação dietética e validação 
de métodos de avaliação de atividade física com referência ao uso de energia de 
água duplamente marcada e estudos de regulação da massa corporal com gasto 
energético como determinante do balanço energético.
A avaliação do gasto energético pela água duplamente marcada é aplicada 
principalmente para a medição do nível de atividade física dos indivíduos. Para 
comparar o nível de atividade física dentro e entre os indivíduos, o gasto energético 
total é dividido pelo gasto energético de repouso, resultando em um valor sem 
dimensão (FAO; WHO; ONU 2004): 
Nível de atividade física = gasto total de energia
gasto energético em repouso
A divisão do gasto energético total pelo gasto energético de repouso se ajusta às 
diferenças no tamanho e na composição corporal. Um sujeito maior tem maior gasto 
energético de repouso do que um sujeito menor. O gasto total de energia também é 
maior, e dividido pelo gasto energético de repouso pode resultar em um nível de 
atividade física comparável a um sujeito menor. 
Os dados sobre o gasto energético total avaliado como água duplamente marcada 
mostram limites para o nível de atividade física. Alguns dados foram compilados 
a partir de estudos realizados desde o início da sua aplicação nos anos 1980. A 
amostra inclui indivíduos com 18 anos ou mais, com ampla faixa de idade, altura, 
massa e índice de massa corporal. Apesar da grande variação nas características 
dos sujeitos, existe uma faixa estreita de nível de atividade física dos sujeitos.
O nível de atividade física para ‘estilos de vida sustentados’ varia entre 1,1–1,2 e 
2,0–2,5, como sugerido em análises anteriores. Mulheres e homens não mostram 
diferença no nível de atividade física.
82
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
O valor mínimo de 1,1–1,2 é para um sujeito sem atividade física, sendo o gasto 
energético total a soma da taxa metabólica basal e o gasto energético induzido 
pela dieta. O valor máximo de 2,0 a 2,5 é determinado pela ingestão de energia.
Valores mais altos são difíceis de manter por um longo período de tempo e 
geralmente resultam em perda de massa, a menos que a ingestão de energia seja 
suplementada. O nível de atividade física de um indivíduo pode ser classificado 
em três categorias, conforme definido pela última consulta de especialistas da 
FAO, OMS, ONU sobre requisitos de energia humana. 
O valor do nível de atividade física para estilos de vida sedentário e atividade leve 
varia entre 1,40 e 1,69, para estilos de vida moderadamente ativos ou ativos entre 
1,70 e 1,99, e para estilos de vida vigorosamente ativos entre 2,00 e 2,40.
As limitações do método da água duplamente marcada para a medição do gasto de 
energia são a duração do intervalo de observação e o procedimento de análise da 
amostra que consome tempo. 
O intervalo de observação varia entre 3 dias em crianças pequenas ou indivíduos 
adultos extremamente ativos e 3 ou 4 semanas em sujeitos muito sedentários 
e idosos. Em intervalos mais curtos, a mudança no enriquecimento isotópico é 
muito pequena para se obter uma medida precisa da taxa de eliminação. 
Após intervalos mais longos, o enriquecimento final não pode ser medido com 
precisão, aproximando-se demais dos valores de fundo. 
A análise de isótopos permanece demorada, apesar do desenvolvimento de uma 
alternativa para a preparação de amostra tradicional e subsequente mensuração do 
enriquecimento isotópico com espectrometria de massa de razão isotópica.
A medição imediata do enriquecimento isotópico em amostras biológicas com 
espectrometria de absorção a laser pode ser realizada em minutos. No entanto, 
problemas de memória exigem o condicionamento do sistema por meio de injeções 
de amostras repetidas, aumentando o tempo de análise para 1 hora para ambos os 
isótopos. 
Além disso, não se podem medir as amostras iniciais com alto enriquecimento e as 
amostras finais com baixo enriquecimento no mesmo dia.
83
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
Avaliação do gasto energético basal 
Taxa metabólica de repouso (TMR) e taxa metabólica basal (TMB) são medidas 
de gasto energético de repouso, representando a quantidade mínima de energia 
necessária para manter o funcionamento do corpo, incluindo a regulação do 
coração, pulmões e temperatura.
A descrição são de equações para estimar TMB – ver também informações sobre a 
medida direta de TMR e TMB. Ao multiplicar a TMB por um fator de atividade, 
você pode determinar quantas calorias são necessárias por dia para manter o 
peso corporal com base no seu nível de atividade diário.
Fórmula da taxa metabólica basal 
A equação de Harris-Benedict foi durante muito tempo a fórmula padrão e é 
amplamente usada para estimar a TMB. 
Use os cálculos abaixo para calcular a TMB, em que: Wt = peso em kg, Ht = altura 
em cm, A = idade em anos.
 » homens: kcal/dia = (13,75 x Wt) + (5 x Ht) - (6,76 x Idade) + 66 
 » mulheres: kcal/dia = (9,56 x Wt) + (1,85 x Ht) - (4,68 x Idade) + 655
A equação de Harris-Benedict foi publicada pela primeira vez em 1919. Desde 
então, muitos outros estudostentaram melhorá-la, com sucesso limitado. Outra 
equação comumente usada para calcular a RMR é a equação de Mifflin.
Tabela 33. Cálculo da ingestão calórica diária recomendada para manter o peso atual.
Nível de exercício Detalhes Cálculo calórico (necessidades diárias)
Pouco ou nenhum exercício TMB x 1,2
Exercício leve 1-3 dias por semana TMB x 1,375
Exercício moderado 3-5 dias por semana TMB x 1,55
Exercício pesado 6-7 dias por semana TMB x 1,725
Exercício muito pesado duas vezes por dia, treinos extrapesados TMB x 1,9
Fonte: Harris Benedict,1919.
84
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Apêndice densidade corporal
Cálculo da densidade corporal (DC) para homens e mulheres, desenvolvido por 
Durnin e Womersley (1974), segundo o somatório das dobras cutâneas bicipital, 
tricipital, subescapular e suprailíaca.
Homens
 » 17 – 19 anos DC = 1,1620 – 0,0630 x (log somatória pregas cutâneas)
 » 20 – 29 anos DC = 1,1631 – 0,0632 x (log somatória pregas cutâneas)
 » 30 – 39 anos DC = 1,1422 – 0,0544 x (log somatória pregas cutâneas)
 » 40 – 49 anos DC = 1,1620 – 0,0700 x (log somatória pregas cutâneas)
 » 50 ou mais anos DC = 1,1715 – 0,0779 x (log somatória pregas cutâneas)
Mulheres
 » 17 – 19 anos DC = 1,1549 – 0,0678 x (log somatória pregas cutâneas)
 » 20 – 29 anos DC = 1,1599 – 0,0717 x (log somatória pregas cutâneas)
 » 30 – 39 anos DC = 1,1423 – 0,0632 x (log somatória pregas cutâneas)
 » 40 – 49 anos DC = 1,1333 – 0,0612 x (log somatória pregas cutâneas)
 » 50 ou mais anos DC = 1,1339 – 0,0645 x (log somatória pregas cutâneas)
Protocolo de Guedes, 1994 
(3 dobras - características brasileiras)
 » Homens: tríceps, suprailíaca e abdome.
 » Mulheres: subescapular, suprailíaca e coxa.
Cálculo de densidade corporal: 
 » Homens: Densidade = 1,17136 - 0,06706 log (TR + SI+AB )
 » Mulheres: Densidade = 1,16650- 0,07063 log (CX + SI+ SB)
(OBS: TR = Dobra cutânea do tríceps, SI = D.C. suprailíaca, AB = D.C. abdominal, 
CX = D.C. da coxa, SB = D.C. subescapular)
85
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
Para chegar ao percentual de gordura através da densidade corporal utilize:
 » G% = [(4.95/DENSIDADE C.) - 4.50] X 100 (fórmula de Siri)
Densidade corporal, Mcardle (1992)
O valor encontrado de densidade corporal (DC) deve ser substituído nesta 
equação: {%G = [(4.95/DENSIDADE C.) - 4.50] X 100 (fórmula de Siri)
Homens
 » (18 - 34 anos) DC = 1,1610 - 0,0632 log (BI+ TR+ SB +SI)
 » (18 - 27 anos) DC = 1,0913 - 0,00116 ( TR+ SB )
Mulheres
 » (18 - 48 anos) DC = 1,06234 - 0,00068 (SB) - 0,00039 (TR) - 0,00025 
(CX)
Crianças (Feminino)
 » (9-12 anos) DC = 1,088-0,014 (log 10 TR) - 0,036 (log10 SB) 
 » (13-16 anos) DC = 1,114 - 0,031 (log10 TR) - 0,041 ( log10 SB )
Crianças (Masculino)
 » (9-12 anos) DC = 1,108-0,027 (log10 TR) - 0,038 (log10 SB) 
 » (13-16 anos) DC = 1,130 - 0,055 (log10 TR) - 0,026 (log10 SB)
Protocolo de Faulkner (1968) – 4 dobras cutâneas: 
tríceps, subescapular, suprailíaca e abdome
(OBS: TR = dobra cutânea do tríceps, SI = D.C. suprailíaca, AB = D.C. abdominal, 
SB = D.C. subescapular)
PG (peso gordo em Kg) = G% x Peso Corporal/100
86
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Massa Magra (kg) = Peso Corporal - PG 
Peso ideal (kg)= massa magra x constante [fixado pelo autor em: nadadores (1,09), 
futebolistas (1,12) e demais esportes e mulheres (1,14)]
G% = [(TR +SI +SB + AB) x 0,153 + 5, 783]
Protocolo de Pollock e col. (1984) 
5 dobras cutâneas (DC): tríceps; coxa; suprailíaca; abdome e peitoral 
(X1 = somatória de peitoral, abdome e coxa; X2 = somatória de tríceps, 
suprailíaca e coxa, X3 = idade em anos)
DC Homens (18- 61anos) = 1,1093800 - 0,0008267(X1) + 0,0000016 (X1)² - 0,0002574 
(X3) 
DC Mulheres (18-55 anos) = 1,0994921 - 0,0009929(X2) + 0,0000023 
(X2)² - 0,0001392 (X3)
G%= [(4,95/Densidade Corporal) - 4,50] x100 (fórmula de Siri)
7 Dobras cutâneas (DC): subescapular, axilar média, tríceps; coxa; suprailíaca; 
abdome e peitoral (ST= soma de todas)
Teste eletrônico do cálculo da porcentagem de gordura (7 e 3 pregas)
DC homens adultos = 1,11200000 - [0,00043499 (ST) + 0,00000055 
(ST)²] - [0,0002882 (idade)] 
DC mulheres adultas = 1,0970 - [0,00046971 (ST) + 0,00000056 (ST)²] - [0,00012828 
(idade)]
DC mulheres (3 dobras) = 1,0994921 - 0,0009929(X2) + 0,0000023 (X2)² - 0,0001392 
(X3) { (X2 = Somatória de dobras de tríceps, suprailíaca e coxa) e (X3 = idade em 
anos)}
G%= [(4,95/densidade corporal) - 4,50] x100 (fórmula de Siri)
Protocolo de T.G. Lohman (1987) – 2 dobras 
cutâneas (dc): tríceps e perna 
G% Homens = 0,735 (soma das dobras cutâneas) + 1,0
G% Mulheres = 0,735 (soma das dobras cutâneas) + 5,1
87
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
Tabela 34. Estimativa de gordura corporal baseada nas somatórias das dobras cutâneas: tríceps, bíceps, 
subescapular e suprailíaca.
Dobras Homens Mulheres
Cutâneas (idade em anos) (idade em anos)
(mm) 17-29 30-39 40-49 50+ 17-29 30-39 40-49 50+
15 4,8 10,5
20 8,1 12,2 12,2 12,6 14,1 17 19,8 21,4
25 10,5 14,2 15 15,6 16,8 19,4 22,2 24
30 12,9 16,2 17,7 18,6 19,5 21,8 24,5 26,6
35 14,7 17,7 19,6 20,8 21,5 23,7 26,4 28,5
40 16,4 19,2 21,4 22,9 23,4 25,5 28,2 30,3
45 17,7 20,4 23 24,7 25 26,9 29,6 31,9
50 19 21,5 24,6 26,5 26,5 28,2 31 33,4
55 20,1 22,5 25,9 27,9 27,8 29,4 32,1 34,6
60 21,2 23,5 27,1 29,2 29,1 30,6 33,2 35,7
65 22,2 24,3 28,2 30,4 30,2 31,6 34,1 36,7
70 23,1 25,1 29,3 31,6 31,2 32,5 35 37,7
75 24 25,9 30,3 32,7 32,2 33,4 35,9 38,7
80 24,8 26,6 31,2 33,8 33,1 34,3 36,7 39,6
85 25,5 27,2 32,1 34,8 34 35,1 37,5 40,4
90 26,2 27,8 33 35,8 34,8 35,8 38,3 41,2
95 26,9 28,4 33,7 36,6 35,6 36,5 39 41,9
100 27,6 29 34,4 37,4 36,4 37,2 39,7 42,6
105 28,2 29,6 35,1 38,2 37,1 37,9 40,4 43,3
110 28,8 30,1 35,8 39 37,8 38,6 41 43,9
115 29,4 30,6 36,4 39,7 38,4 39,1 41,5 44,5
120 30 31,1 37 40,4 39 39,6 42 45,1
125 31 31,5 37,6 41,1 39,6 40,1 42,5 45,7
130 31,5 31,9 38,2 41,8 40,2 40,6 43 46,2
135 32 32,3 38,7 42,4 40,8 41,1 43,5 46,7
140 32,5 32,7 39,2 43 41,3 41,6 44 47,2
160 34,1 34,3 41,2 45,1 43,3 43,6 45,8 49,2
165 34,5 34,6 41,6 45,6 43,7 44 46,2 49,6
170 34,9 34,8 42 46,1 44,1 44,4 46,6 50
175 35,3 44,8 47 50,4
180 35,6 45,2 47,4 50,8
185 35,9 45,6 47,8 51,2
190 45,9 48,2 51,6
195 46,2 48,5 52
200 46,5 48,8 52,4
205 49,1 52,7
210 49,4 53
Fonte: Durning, Wormesley, 1974.
88
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Tabela 35. Classificação do somatório de dobras desenvolvida por Francis Holway, recomendada pelo Comitê 
Olímpico Internacional (COI).
Classificação Homens Mulheres
Muito baixo 94,3 > 121,6
Fonte: Holway, 2005.
89
Referências
1983 METROPOLITAN HEIGHT AND WEIGHT TABLES. Stat Bull, 1983, vol. 
64, no 1, pp. 2-9.
ARRUDA NETA ACP, FARIAS JUNIOR JC, MARTINS PR, FERREIRA 
FEL. Índice de conicidade como preditor de alterações no perfil lipídico em 
adolescentes de uma cidade do Nordeste do Brasil. Cad. Saúde Pública, 
2017, vol. 33, no 3, pp. 1-10. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/
v33n3/1678-4464-csp-33-03-e00029316.pdf. Acesso em: 25 jul. 2019.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA SÍNDROME 
METABÓLICA. Diretrizes brasileiras de obesidade 2016. ABESO - Associação 
Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. 4. ed. São Paulo, 
2016.
BLACKBURN, G.L.; THORNTON, P.A. Nutritional assessment of the hospitalized 
patient. Medical Clinics of North America, Philadelphia, 1979, vol. 14, pp. 
1.102-1.108.
BLOG DA COOKIE. Os adipômetros mais indicados para fazer 
antropometria. 2017. Disponível em: http://www.cookie.com.br/adipometros-
antropometria/. Acesso em: 07 jul. 2019.
BORKAN, G. A.; GERZOF, S. G.; ROBBINS, A. H.; HULTS, D. E.; SILBERT, 
C. K.; SILBERT, J. E. Assessment of abdominal fat content by computed 
tomography. The American Journal of Clinical Nutrition, 1982, vol. 36, 
no1, pp. 172-177.
BRASIL. Ministério da Saúde. IMC em adultos. 2017. Disponível em: http://
www.saude.gov.br/component/content/article/804-imc/40509-imc-em-adultos. 
Acesso em: 16 jun. 2019.
BREWER, C.B.; BENTLEY, J.P.; MORING, C.W.; VALLIANT, M.W.; WADDELL, 
D.E. Associations between Multiple Indices of Energy Expenditure and Body 
Composition. Journal of Physical Activity Research, 2017, vol. 2, no 2, pp. 
95-100.
CARRAZA, F.; MARCONDES, E. Nutrição clínica em pediatria. São Paulo: 
Sarvier, 1991.
90
REFERÊNCIAS
CENTER OF DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC). About Child & 
Teen BMI, 2018. Disponível em: https://www.cdc.gov/healthyweight/assessing/
bmi/childrens_bmi/about_childrens_bmi.html. Acesso em: 16 jun. 2019.
CERVANTES, A.; SINGH, R.G.; KIM, J.U.; DE SOUZA, S.V.; PETROV, M.S. 
Relationship of Anthropometric Indices to Abdominal Body Composition: A 
Multi-Ethnic New Zealand Magnetic Resonance Imaging Study. J Clin Med 
Res., 2019, vol. 11, no 6, pp. 435-446.
COMITEE ON SPORTS MEDICINE AND FITNESS. Promotion of healthy 
weight-control practices in young athletes. American Academy of 
Pediatrics, 1995.
COSTA, R.F. Composição Corporal. Teoria e Prática da Avaliação. 1. ed. 
São Paulo: Manole, 2001.
CUPPARI, L. Guia de Nutrição: Nutrição Clínica no Adulto. 1. ed. São 
Paulo: Manole, 2002. (Coleção Guia de Medicina Ambulatorial e Hospitalar 
Unifesp, Escola Paulista de Medicina).
DAMASO, A.R. Nutrição e exercício na prevenção de doenças. Rio de Janeiro: 
Medsi/Guanabara Koogan, 2001.
DEPASS, D. Bod Pod Body Composition-U of M. Stronger Every Day Journal, 
2009. Disponível em: https://strongereveryday212.wordpress.com/bod-pod-body-
composition-u-of-m/. Acesso em: 16 jun. 2019.
DURNIN, J.V.; WOMERSLEY, J. Body fat assessed from body density and its 
estimation from skinfold thickness: measurements on 481 men and women aged 
from 16 to 72 years. Br J Nutr, 1974, vol. 32, pp. 77-97.
DÂMASO, A.R. Obesidade. Rio de Janeiro: Medsi/Guanabara Koogan, 2003.
FARIA, C.B.S.D.; MENDES, A.P.; ROCHA, T.G. Avaliação da Composição 
Corporal em Atletas – Da investigação à Clínica. Faculdade de Ciências da 
Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, 2017 Disponível em: https://
repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/106472/2/205541.pdf. Acesso em: 22 jun. 
2019.
FONTELA, P.C.; WINKELMANN E.R.; VIECILI, R.N. Study of conicity index, 
body mass index and waist circumference as predictors of coronary artery 
disease. Rev Port Cardiol, 2017, vol. 36, pp. 357-366. Disponível em: http://
91
REFERÊNCIAS
www.revportcardiol.org/en-conicity-index-an-anthropometric-measure-be-
evaluated-articulo-S2174204917301253. Acesso em: 20 jul. 2019.
FRISANCHO, A.R. Anthropometric standards for the assessment of 
growth and nutritional status. University of Michigan, 1990. 189 p.
______. New norms of upper limb fat and muscle areas for assessment of 
nutritional status. Am. J. Clin. Nutr., 1981, vol. 34, pp. 2.540-2.545.
FULLER, N.J.; DEWIT, O.; WELLS, J.C. The potential of near infra-red 
interactance for predicting body composition in children. Eur J Clin Nutr., 
2001, vol. 55, no 11, pp. 967-72.
GARGANTA, R.; SEABRA, A. Apostila Tipologia Morfológica (Somatótipo). 
Porto: Universidade do Porto – Faculdade de Desporto, 1997.
GE HEALTH CARE. Prodigy for Bone Health. 2019. Disponível em: http://
www3.gehealthcare.com.au/en-au/products/categories/bone_health/dxa/
prodigy_for_bone_health. Acesso em: 16 jun. 2019.
GHORAYEB, N.; NETO, T.L.B. O Exercício. Preparação fisiológica, 
avaliação médica, aspectos especiais e preventivos. São Paulo: Atheneu, 
1999.
GLÜER, C.C. 30years of DXA technology innovations. Bone, 2017, vol. 104, pp. 
7-12.
GRANT, J.P.; CUSTER, P.B.; THURLOW, J. Current techniques of nutritional 
assessment. Surgical Clinics of North America, 1981, vol. 61, pp. 437-463.
GUEDES, D.P; GUEDES, J.E.R.P. Controle do peso corporal: composição 
corporal, atividade física e nutrição. 2. ed. Rio Janeiro: Shape, 2003.
GUERRI, S.; MERCATELLI, D.; APARISI GÓMEZ, M.P. et al. Quantitative 
imaging techniques for the assessment of osteoporosis and sarcopenia. 
Quant Imaging Med Surg., 2018, vol. 8, no 1, pp. 60-85.
GUTNIK, B.; ZUOZABILONA, A.; ZUOZIENĖ, I.; ALEKRINSKIS, A.; NASH, 
D.; SCHERBINA, S. Body physique and dominant somatotype in elite and 
low-profile athletes with different specializations. Science Direct, 2015, 
vol. 51, no 4, pp. 247-252.
92
REFERÊNCIAS
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica de Guyton & 
Hall. 11. ed. Elsevier, 2006.
HARRIS, J.A.; BENEDICT, F.G. A Biometric Study of Basal Metabolism 
in Man. Washington, DC: Carnegie Institute of Washington, 1919. 
HEDEN, T.; SHEPARD, S.; SMITH, J.; COVINGTON, K.; LECHEMINANT, J. 
Resulting Shifts in Percentile and Standard Placements after Comparison of the 
BOD POD and DXA. Int J Exerc Sci., 2008, vol. 1, no 3, pp. 113-124.
HOLWAY F. Datos de Referencia Antropométricos para el Trabajo en 
Ciencias de la Salud: Tablas “Argo-Ref”. Argentina: Club Atlético River Plate, 
2005.
HORIZON DXA SYSTEM. A DXA system that does more. Hologic, 2019. 
Disponível em: https://www.hologic.com/hologic-products/breast-skeletal/
horizon-dxa-system Acesso em: 16 jun. 2019.
HUME, P.A.; ACKLAND, T. Physical and Clinical Assessment of Nutritional 
Status. Nutrition in the Prevention and Treatment of Disease, 2017, 
vol. 3, pp. 71-84.
HUSSEY, M. L. Head above water weighing: A valid method to measure 
body fat storage? Electronic Theses and Dissertations. University of Northern 
Iowa, 2017
JOHNSON, R.K.; COWARD-MCKENZIE, D. Energy Requirement Methodology. 
In: Nutrition in the Prevention and Treatment of Disease, 2001. pp. 
31-42.
KAMIMURA, M.A.; BAXMANN, A.; SAMPAIO, L.R.; CUPPARI, L. Avaliação 
nutricional. In: CUPPARI, L. Nutrição clínica do adulto. São Paulo: Manole, 
2002. pp. 71-109.
KATCH, F.I. Nutrição, exercício e saúde. 4. ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 1996
KENNY, G.P.; NOTLEY, S.R.; GAGNON, D. Direct calorimetry: a brief historical 
review of its use in the study of human metabolism and thermoregulation. 
European Journal of Applied Physiology, 2017, vol. 117, no 9, pp. 1.765-1.785.
KURIYAN R. Body composition techniques. Indian J Med Res., 2018, vol. 148, 
no 5, pp. 648-658.
93
REFERÊNCIAS
LEITE, P. Exame de Bioimpedância – O Que é, Como Funciona e Dicas. Mundo 
Boa Forma, 2017. Disponível em: https://www.mundoboaforma.com.br/exame-
de-bioimpedancia-o-que-e-como-funciona-e-dicas/#jX3Bo6fIRYP2qxo5.99. Acesso 
em: 10 jul. 2019.
LIPSCHITZ DA. Screening for nutritional status in the elderly. Prim Care, 1994, 
vol. 21, pp. 55-67.
LOHMAN TG. Advances in body composition assessment. Champaing, 
Illinois: Human Kinetics Publishers, 1992.
LONG, V.; SHORT, M.; SMITH, S.; SÉNÉCHAL, M.; BOUCHARD, D.R. Testing 
Bioimpedance to Estimate Body Fat Percentage across Different Hip and Waist 
Circumferences. J Sports Med (Hindawi Publ Corp), 2019.
LUIS DE MORAES FERRARI, G.; KOVALSKYS, I.; FISBERG, M.; GOMEZ, 
G.; RIGOTTI, A.; SANABRIA, L.Y.C.; GARCÍA, M.C.Y.; TORRES, R.G.P.; 
HERRERA-CUENCA, M.; ZIMBERG, I.Z.; GUAJARDO, V.; PRATT, M.; PIRES, 
C.; SOLÉ, D.; ELANS STUDY GROUP. Association of moderate-to-vigorous 
physical activity with neck circumference in eight Latin American countries. 
BMC Public Health, 2019, vol. 19, no 1, p. 809.
LUO, Y.; MA, X.; SHEN, Y.; XU, Y.; XIONG, Q.; ZHANG, X.; XIAO, Y.; 
BAO, Y.; JIA, W. Neck circumference as an effective measure for identifying 
cardio-metabolic syndrome: a comparison with waist circumference. 
Endocrine, 2017, vol. 55, no 3, pp. 822-830.
MADDEN, A.M.; SMITH, S. Body composition and morphological assessment of 
nutritional status in adults: a review of anthropometric variables. J Hum Nutr 
Diet., 2016, vol. 29, no 1, pp. 7-25.
MAHAN, L.K. et al. Alimentos, nutrição e dietoterapia. 9. ed. São Paulo: 
Rocca, 1998.
MARTINS, C. Antropometria. Instituto Cristina Martins, 2009. Disponível em: 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2191654/mod_resource/content/1/do NHANES para produzir padrões de referência nacionais ou “gráficos de 
crescimento” que são amplamente utilizados por pediatras e pesquisadores.
Composição corporal e crescimento são componentes principais relacionados 
à saúde de indivíduos e populações. A epidemia contínua de obesidade em 
crianças e adultos tem destacado a importância da gordura corporal para a saúde 
de curto e longo prazo. No entanto, existe a influência de outros componentes 
da composição corporal nos desfechos de saúde, portanto, é considerada 
importante a sua mensuração na prática clínica.
10
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Várias técnicas estão disponíveis, variando em complexidade e facilidade 
de uso, e cada uma delas faz suposições que podem afetar sua adequação a 
diferentes condições. É improvável que uma única técnica seja ideal em todas as 
circunstâncias. Outra questão importante é a dificuldade de validar técnicas 
em humanos. 
As técnicas in vivo não medem diretamente a composição corporal, mas podem 
prevê-la a partir de medições das propriedades corporais. Assim, todas as 
técnicas sofrem de dois tipos de erros: erro metodológico, ao coletar dados 
brutos, e erro nas premissas, pelas quais os dados brutos são convertidos em 
valores finais. A magnitude relativa desses erros varia entre as técnicas.
Com o aumento da prevalência de obesidade e doenças do estilo de vida, há 
o aumento da necessidade de métodos de composição corporal com maior 
sensibilidade e precisão. A avaliação da composição corporal fornece insights 
tanto do estado nutricional quanto da capacidade funcional do corpo humano 
e é útil na nutrição para descrever o crescimento e desenvolvimento desde o 
nascimento até a vida adulta e para compreender as origens do desenvolvimento 
da saúde e da doença, na elaboração de estratégias nutricionais e no 
monitoramento de intervenções terapêuticas.
A avaliação in vivo da composição corporal é essencial em muitas investigações 
clínicas, a fim de descrever e monitorar com precisão o estado nutricional de 
uma série de condições médicas e processos fisiológicos, incluindo pacientes 
doentes e desnutridos, mulheres grávidas, mulheres que amamentam e idosos, 
bem como em pacientes com câncer, osteoporose e muitas outras doenças. 
Esta área de pesquisa também é importante para o campo da nutrição humana e 
fisiologia do exercício. 
Várias investigações de pesquisa indicaram a importância de medir a deposição de 
gordura em diferentes corpos e compartimentos, a fim de obter uma compreensão 
mais completa dos fatores genéticos que contribuem para a obesidade, transtornos 
relacionados à obesidade, como dislipidemia e, portanto, para uma compreensão 
mais completa dos transtornos cardiometabólicos associados à obesidade, com 
relevância para a relação entre composição corporal e gasto energético. 
A dimensão espacial e temporal, onde e quando, pode influenciar na relevância 
fisiológica e nas implicações patológicas da composição gordurosa dos diferentes 
compartimentos corporais e, como tal, é um novo elemento a ser considerado na 
avaliação da composição corporal.
11
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
A avaliação da composição corporal é importante por que:
 » Pode ser utilizada como objeto de pesquisa em diversas áreas.
 » Auxilia o diagnóstico nutricional.
 » Ajuda na elaboração de intervenções nutricionais.
 » Auxilia na elaboração e planejamento de programas de treinamento 
físico.
 » Promove melhorias no desempenho físico e na qualidade de vida.
Métodos de avaliação da composição 
corporal
Os métodos de avaliação da composição corporal surgiram com a finalidade de 
investigar da forma mais precisa possível a estrutura do corpo humano e seus 
compartimentos, por isso, alguns métodos são mais precisos que outros, mais 
trabalhosos e, consequentemente, mais difíceis de serem efetuados.
Existem basicamente dois métodos para avaliar a composição corporal: 
 » Métodos diretos: que consistem em dissecação de cadáveres, com 
limitações óbvias. 
 » Métodos indiretos: também conhecidos como “in vivo”, 
são baseados na obtenção de um parâmetro não mensurável, 
usando várias fórmulas ou equações envolvendo um parâmetro 
mensurável e assumindo uma relação constante entre ambas as 
variáveis.
A classificação dos métodos existentes para a avaliação da composição 
corporal foi elaborada levando em consideração a precisão dos dados obtidos; 
dessa forma, quanto maior a precisão dos resultados, mais direto pode ser 
considerado o método. Portanto, foram assim denominados, por ordem 
de precisão e especificidade, de métodos diretos, indiretos e duplamente 
indiretos.
12
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Tabela 1. Classificação dos diferentes métodos de avaliação da composição corporal.
Diretos Indiretos Duplamente indiretos
 » dissecação de tecidos;
 » estudos em animais;
 » extração lipídica.
 » hidrodensitometria;
 » pletismografia;
 » DEXA;
 » ressonância magnética;
 » ultrassom;
 » tomografia computadorizada.
 » antropometria;
 » dobras cutâneas;
 » bioimpedância elétrica.
Fonte: adaptada de Martins, 2016.
Métodos diretos
Os métodos diretos com relação à avaliação corporal são considerados métodos 
de alto nível de precisão, onde o erro padrão de estimativa (EPE) é considerado 
pequeno, por isso se chama método direto.
O padrão-ouro para a análise da composição corporal é a análise de cadáveres, 
portanto, nenhuma técnica in vivo pode ser considerada para atender aos mais 
altos critérios de precisão.
O melhor método de avaliação direta de composição corporal é a extração 
lipídica, quando comparado à dissecação de cadáver, pois na dissecação ainda 
há dificuldade para a extração de gordura de um modo total, inclusive entre 
as fíbras e víceras. A dissecação de cadáveres, embora seja considerada um 
método preciso, não era possível ser fiel ao relato da composição corporal 
de um indivíduo vivo, ativo, justamente devido à situação inerte do corpo do 
avaliado.
Métodos indiretos
São métodos validados a partir da comparação entre os resultados obtidos 
por meio dos métodos diretos e que são amparados pelos princípios físicos 
e químicos que têm o objetivo de extrapolação das quantidades de massa 
corporal magra e gordura coporal. 
O método indireto é aceito como um bom instrumento de análise da composição 
corporal, quando seus valores finais são parecidos.
Exitem vários métodos indiretos de avaliação corporal. Dentre eles, podemos citar 
os físicos, como raio x, raio x de dupla energia (DXA), tomografia, plesimografia, 
ressonância magnética, densitometria, ultrassonografia e os químicos, como: 
13
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
contagem de potássio radioativo (K40 e K42), excreção de creatina urinária e 
diluição de óxido de deutério. 
Um dos princípios químicos que originou algumas das técnicas clássicas de 
mensuração da composição corporal, como a hidrodensitometria ou pesagem 
hidrostática, que se trata da abordagem clássica para determinar a composição 
corporal – a técnica gera conhecimento de dois compartimentos, a massa gorda 
e a massa livre de gordura – é o das diferentes densidades existentes entre a 
gordura e outras substâncias químicas presentes no organismo. 
O modelo de dois compartimentos corporais foi desenvolvido a partir do 
conhecimento de que a densidade da gordura é diferente da densidade da 
água. Esse modelo de dois compartimentos corporais distingue os tecidos 
metabolicamente ativos que compõem a massa livre de gordura e a massa de 
gordura.
Existe uma variação entre esses compartimentos que vai depender da fase de 
crescimento e desenvolvimento, sexo, nível de atividade física e etnia.
Por esse motivo de variações, foram realizadas pesquisas com a inteção de avaliar 
minuciozamanete as mudanças estruturauis dos seres humanos de acordo com 
cada etapa da vida, que criaram outros modelos de três, quatro ou múltiplos 
compartimentos.
No modelo de dois compartimentos (2C),Modulo_2-_antropometria.pdf. Acesso em: 16 jun. 2019.
MARTINS, N.G. Comparação entre os métodos de avaliação da 
composição corporal em atletas: uma revisão sistemática. Porto 
Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2016. Disponível em: 
94
REFERÊNCIAS
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/151477/001012565.
pdf?sequence=1 Acesso em: 22 jun. 2019.
MCARDLE, W.D. et al. Nutrição para o desporto e o exercício. 1. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
MONDAL, H.; MONDAL, S.; BAIDYA, C. Conicity index and a body shape index as 
predictor variable for cardiorespiratory fitness in healthy young adults. Chrismed 
J Health Res, 2018, vol. 5, pp. 133-6. Disponível em: http://www.cjhr.org/text.
asp?2018/5/2/133/229592. Acesso em: 25 jul. 2019.
OH, A. How to take accurate girth measurements. Business Fit, 2012. Disponível 
em: https://business.fit/how-take-accurate-girth-measurements/. Acesso em: 30 jun. 
2019.
OSTERKAMP, L.K. Current perspective on assessment of human body 
proportions of relevance to amputees. J Am Diet Assoc., 1995, vol. 95, no 2, 
pp. 215-8.
OTTOBONI. InBody270. 2019. Disponível em: https://ottoboni.com.br/produtos/
inbody-270/. Acesso em 10 jul. 2019.
PACILEO, A. Calorimetria Indireta – Em Repouso e em Atividade 
Física. Disponível em: http://healthy.com.br/calorimetria-indireta-em-
repouso-e-em-atividade-fisica/. Acesso em: 15 jul. 2019.
PATNAIK, L.; PATTNAIK, S.; RAO, E.V.; SAHU, T. Validating Neck Circumference 
and Waist Circumference as Anthropometric Measures of Overweight/Obesity 
in Adolescents. Indian Pediatr., 2017, vol. 54, no 5, pp. 377-380.
PITANGA, F.J.; LESSA, I. Sensibilidade e especificidade do índice de 
conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em 
Salvador, Brasil. Rev Bras Epidemiol., 2004, vol. 7, no 3, pp. 259-69.
PITANGA, L.R. Testes, medidas e avaliação em educação física e 
esportes. 3. ed. São Paulo: Phorte, 2004.
POWERS, S.K.; HOWLEY, E.T. Fisiologia do exercício. 3 ed. São Paulo: 
Manole, 2000.
QUINN, E. How to Measure Body Fat With Hydrostatic Underwater 
Weighing. Health And Safety. 2019. Disponível em: https://www.verywellfit.com/
what-is-hydrostatic-underwater-weighing-3120276. Acesso em: 15 mai. 2019.
95
REFERÊNCIAS
RIBAS, D.F.; DAHER, S.; WERUTSKY, C.A.; MACHADO, J.; MIZUMOTO, 
M.; GIORELLI, G.; MAGNI, J.R.T.; MEYER, F.; NAHAS, R.M.; BUZZINI, 
R.F.; BERNARDO W.M. Avaliação da Composição Corporal por 
Bioimpedanciometria. Associação Brasileira de Nutrologia, 2015.
RYAN-STEWART, H.; FAULKNER, J.; JOBSON, S. The influence of 
somatotype on anaerobic performance. PLoS One, 2018, vol. 13, no 5, pp. 
e0197761.
SANTOS, D.A.; DAWSON, J.A.; MATIAS, C.N.; ROCHA, P.M.; MINDERICO, 
C.S.; ALLISON, D.B.; SARDINHA, L.B.; SILVA, A.M. Reference values for 
body composition and anthropometric measurements in athletes. PLoS 
One, 2014, vol. 9, no 5, pp. e97846.
SHEPHERD, J.A.; NG, B.K.; SOMMER, M.J.; HEYMSFIELD, S.B. Body 
composition by DXA. Bone. 2017, vol. 104, pp. 101-105.
SOUZA, B. Dobras Cutâneas – Como medir? Nutrisoft Brasil. 2016 Disponível em: 
https://nutrisoft.com.br/dobras-cutaneas-como-medir/. Acesso em: 15 jun. 2019.
SPBAZZOCCHI, A.; PONTI, F.; ALBISINNI, U.; BATTISTA, G.; GUGLIELMI, 
G. DXA: Technical aspects and application. Eur J Radiol., 2016, vol. 85, no 8, 
pp. 1481-92.
STRONG, E. The Measures of Success. Fit.STRONG, 2016 Disponível 
em: https://fitstrongelsabe.wordpress.com/2016/03/19/the-measures-of-
success/. Acesso em: 10 jul. 2019.
VASCONCELOS, F.A.G. Avaliação nutricional de coletividades. 3. ed. 
Florianópolis: UFSC, 2000.
VIEIRA A L. Conhecer os Métodos de Avaliação da Composição Corporal. 
Nutridas, 2004, vol. 4, pp. 8-15.
WELLS, J.C.; FEWTRELL, M.S. Measuring body composition. Arch Dis Child., 
2006, vol. 91, no 7, pp. 612–617.
WILMORE, J.H. Fisiologia do esporte e do exercício. 2. ed. São Paulo: 
Manole, 2001.
WOLINSKY, I.; HICKSON, J.F. Nutrição no exercício e no esporte. 2. ed. São 
Paulo: Rocca, 1996.
96
REFERÊNCIAS
Referências de imagens
Figura 1: Quinn, E. 2019.
Figura 2: DePass, 2009.
Figura 3: GE Health Care, 2019.
Figura 4: Horizon DXA System, 2019.
Figura 5: Martins, 2009.
Figura 6: Martins, 2009.
Figura 7: Oh, 2012.
Figura 8: Cookie, 2017.
Figura 9: Souza, 2016.
Figura 10: Souza, 2016.
Figura 11: Souza, 2016.
Figura 12: Souza, 2016.
Figura 13: Souza, 2016.
Figura 14: Souza, 2016.
Figura 15: Souza, 2016.
Figura 16: Souza, 2016.
Figura 17: Strong, 2018.
Figura 18: Ottoboni, 2019.
Figura 19: Leite, 2017.
Figura 20: Garganta, 1997.
Figura 21: Johnson, 2001.
Figura 22: Pacileo, 2019.
	_Hlk12098105
	_Hlk15404252
	_GoBack
	_Hlk11595948
	_Hlk11598515
	_Hlk11599265
	_Hlk11609889
	_Hlk11692441
	_Hlk15395869
	_Hlk15396204
	_Hlk15398943
	_Hlk13476837
	_Hlk13475645
	_Hlk13477753
	_Hlk13477942
	_Hlk13478316
	_Hlk13478505
	_Hlk13479121
	_Hlk13479159
	Apresentação
	Organização do Caderno de Estudos e Pesquisa
	Introdução
	Unidade I
	Avaliação Corporal de Atletas
	Capítulo 1
	Composição corporal
	Capítulo 2
	Somatótipo
	Capítulo 3
	Equações de predição – protocolos
	Capítulo 4
	Percentual de gordura corporal
	Capítulo 5
	Métodos para avaliação do gasto energético
	Referênciasa abordagem mais simples na 
composição corporal é o modelo 2C, dividindo o peso corporal em massa gorda 
e massa livre de gordura. A massa gorda anidra é a gordura quimicamente 
extraível com uma densidade assumida de 0,9007 g/cm3, enquanto que a massa 
livre de gordura assume uma densidade de 1,1000 g/cm3 e um teor de água de 
73,72 por cento. O modelo 2C é baseado na hipótese feita a partir da análise 
de três cadáveres masculinos e os erros associados são mais devidos à validade 
dos pressupostos do que à precisão técnica das medições. Hidrodensitometria, 
pletismografia por deslocamento de ar e hidrometria são alguns dos métodos 
comumente usados com base no modelo 2C.
O modelo de três compartimentos (3C) de composição corporal inclui um terceiro 
componente, onde a massa livre de gordura é dividida em massa de tecido magro e 
conteúdo mineral ósseo. No modelo 3C, a massa livre de gordura é dividida em água 
(água corporal total) e os demais sólidos (proteína e minerais, massa seca livre de 
gordura). Isso inclui medições da densidade corporal e água corporal total, enquanto 
assume uma relação constante mineral-proteína de 0,35. O modelo 3C, portanto, 
14
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
controla a variação inter-individual na hidratação da massa livre de gordura. Ao 
medir a composição corporal de adultos saudáveis e crianças mais velhas, o modelo 
3C mostrou melhores resultados em relação ao modelo 2C, mas tem que ser usado 
com cautela em pacientes com proteína corporal depletada ou massa mineral 
óssea, como os valores estimados para densidade e, portanto, a estimativa final 
de FM corporal não será precisa. A absorciometria por raios X de dupla energia 
(DEXA) é um método 3C que fornece uma medição rápida, não invasiva, regional e 
de composição de todo o corpo pela transmissão de raios X de alta e baixa energia 
através do corpo.
O modelo de quatro compartimentos (4C) de composição corporal é obtido pela 
combinação de vários métodos para dividir a massa corporal em gordura, mineral, 
tecido metabólico e proteína (residual) e, assim, elimina a necessidade de fazer 
suposições sobre a proporção relativa desses constituintes no corpo. Como o 
modelo 4C controla a variabilidade biológica, tanto no mineral ósseo como na 
água corporal, é teoricamente mais válido que o modelo 3C. Suposições de 1,34 e 
3,075 kg/1 são feitas para a densidade de proteína e mineral.
O modelo 4C é considerado o método de critério de composição corporal 
que mede os constituintes individuais da massa livre de gordura, ao invés de 
assumir uma densidade constante de 1.100 g/cm3 e hidratação de 0,73. No 
entanto, cada medição primária terá um erro de medição inerente e os erros 
cumulativos associados à medição de muitas variáveis podem afetar a precisão 
aprimorada do modelo 4C. 
A propagação do método de erro é usada para calcular estimativas da precisão 
da massa gorda a partir do modelo 4C, uma vez que cada precisão do método 
primário é propagada na estimativa final do modelo 4C. Uma precisão de ± 
0,25 kg foi obtida a partir do método de propagação de erro para massa gorda 
usando o modelo 4C para um indivíduo de 60 kg com 60% de água corporal.
O método 4C é, no entanto, muitas vezes limitado em ambientes clínicos e 
grandes estudos, tendo em vista o tempo, custo e equipamento necessários 
para as múltiplas medições, e deve ser usado principalmente para a validação de 
métodos de composição corporal e para derivar equações preditivas.
Para exemplificar, esses modelos levam em consideração os valores de densidade 
descritos no quadro abaixo.
15
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
Quadro 1.
Densidade da gordura = 0,9 g/cm3
Densidade da água = 1,0 g/cm3
Fonte: própria autora, s/d.
Modelos multicompartimentos são os modelos atômicos de composição 
corporal que exigem a análise direta dos principais elementos do corpo. A 
análise de ativação de nêutrons pode ser usada para medir o conteúdo corporal 
total de elementos (cálcio, sódio, cloreto, fósforo, nitrogênio, hidrogênio, 
oxigênio e carbono). O modelo 6C divide o corpo em água, nitrogênio, cálcio, 
potássio, sódio e cloreto. Embora os modelos multicompartimentos forneçam 
medidas precisas da composição corporal, para validar outros métodos, a falta 
de instalações adequadas, o alto custo e a exposição à radiação limitam seu uso 
regular.
Hidrodensitometria – pesagem hidrostática ou 
subaquática (padrão-ouro)
Baseada em princípios promulgados por Arquimedes, a técnica gera 
conhecimento de dois compartimentos: a massa gorda e a massa livre de 
gordura. 
Quando um corpo é submerso na água, há uma força contrária flutuante igual 
ao peso da água que é deslocada. Como o osso e o músculo têm maior densidade 
do que a água, uma pessoa com maior porcentagem de massa livre de gordura 
pesará mais na água. Por outro lado, uma maior quantidade de massa gorda 
tornará o corpo mais leve na água.
Na avaliação por hidrodensitometria, o indivíduo fica submerso em um banco, 
situado no interior do aparelho e dentro da piscina existe um tubo que o conecta à 
parte externa.
O indivíduo é medido pela quantidade de deslocamento de água submergido 
em água, enquanto sustenta uma expiração forçada de 30 segundos. Esse passo 
é necessário porque o ar aprisionado nos pulmões também contribui para a 
quantidade de água deslocada pelo sujeito.
A massa isenta de gordura é um compartimento heterogêneo que pode ser 
subdividido de acordo com seus constituintes primários: água (73,8%), proteína 
(19,4%) e mineral (7,8%). Embora não seja viável para implementação em estudos 
de campo, a abordagem hidrodensitrométrica é usada como padrão-ouro 
para validar outros métodos.
16
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Após a expiração forçada, o indivíduo é pesado para que se compare seu peso 
corporal total dentro da água com o peso corporal de fora da água.
A pesagem hidrostática define o volume corporal pelo cálculo da diferença entre a 
massa corporal aferida normalmente e a medição do corpo submerso em água. Em 
outras palavras, o volume corporal é igual à perda de peso na água com a devida 
correção da temperatura para a densidade da água.
Densidade corporal (g/gm3) = Massa corporal (Kg)
Volume corporal (I)
Como a densidade da água sofre alterações em função da temperatura ou de 
impurezas, e como a densidade corporal é influenciada pelo volume de ar 
pulmonar e pelo ar que permanece no aparelho gastrointestinal, o cálculo da 
densidade corporal deve levar em consideração todas essas variáveis; sendo 
realizado pela fórmula proposta por Brozek:
DC = MC 
(MC - MS) - (VR + VGI)
 DA
Sendo que:
 » DC = densidade corporal (g/cm3);
 » MC = massa corporal (g);
 » MS = massa do indivíduo completamente submerso (g);
 » Da = densidade da água na temperatura vigente (g/cm3);
 » VR = volume residual (ml);
 » VGi = volume gastrointestinal = 100 ml (BUSKIRK, 1961)
Após o cálculo da densidade corporal, pode-se converter esse valor em 
percentagem de gordura corporal, que, em última análise, é o resultado que 
mais interessa quando se realizam avaliações da composição corporal. Essa 
conversão é realizada por meio de equações que assumem que a gordura corporal 
apresenta densidade constante a 37° C. As equações mais utilizadas para esse 
17
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
fim são a de Siri e a de Brozek, que assumem as densidades para a gordura 
corporal e 0,9 (g/cm3) e 0,9007 (g/cm3), respectivamente: 
Siri (1961): %G = (4,95 - 4,5) x 100
 DC
Brozek et al. (1963): %G = (4,57 - 4,142) x 100
 DC
Sendo que:
 » %G = percentagem de gordura corporal;
 » DC = densidade corporal (g/cm3). 
Tabela 2. Constantes de Lohman para a conversão da densidade corporal em percentagem de gordura.
Idade Homens Mulheres
7-8 (538/DC)-497 (543/DC)-503
9-10 (530/DC)-489 (535/DC)-495
11 -12 (523/DC)-481 (525/DC)-484
13-14 (507/DC)-464 (512/DC)-469
15-16 (503/DC)-459 (507/DC)-464
17-19(498/DC)-453 (505/DC)-462
20-50 (495/DC)-450 (503/DC)-459
Fonte: Lohman, 1992.
Este método de análise da composição corporal é considerado muito preciso 
(padrão-ouro indireto) e é usado para julgar se outros métodos são precisos. 
Geralmente, é consistente e, portanto, pode ser usado para medir o progresso. No 
entanto, a pessoa que administra o teste precisa entender os princípios e fazer os 
cálculos corretamente.
Possíveis limitações deste estudo incluem:
 » Indivíduos que não estão familiarizados com a vida submersa 
podem ficar desconfortáveis; assim sendo, eles podem não exalar 
inteiramente seu ar, uma fonte de variação entre medidas. Um 
número de repetições será realizado para estabelecer um peso 
subaquático estável. Essa é uma razão pela qual três pesagens 
submersas são tomadas para que eles possam garantir maior 
confiabilidade. Se for realizada em condições ideais, o erro padrão 
de estimativa (EPE) é baixo, variando entre 0,8 a 1,2%.
18
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
 » Sujeitos mais altos podem ter que comprimir o tronco para manter a 
posição correta.
 » As medidas de volume residual e capacidade vital são retiradas da 
água devido à localização da instrumentação longe do tanque de 
pesagem de água. Essas medidas podem ser diferentes se realizadas 
na água devido à pressão exercida na cavidade torácica.
Também existe o comprometimento desta metodologia pelo fato de que as 
equações densitométricas foram desenvolvidas a partir da análise direta de 
cadáveres brancos e levará à subestimação sistemática da gordura relativa 
em mulheres índias americanas, mulheres negras e mulheres hispânicas. A 
densidade corporal livre de gordura nesses grupos raciais/étnicos excede o 
valor assumido de 1,1 g/ml.
Figura 1. Ilustração de como é efetuado o teste por Hidrodensitometria.
Fonte: Quinn, 2019.
Plestimografia (BOD POD)
A pletismografia por deslocamento de ar (BOD POD) ganhou popularidade entre 
os pesquisadores de composição corporal desde sua introdução, em 1995. Isso 
é principalmente atribuível ao procedimento de teste não invasivo e à falta de 
conhecimento técnico necessário comparado ao procedimento tradicional de 
pesagem hidrostática.
19
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
O BOD POD é uma unidade única de fibra de vidro composta por duas câmaras. 
A câmara de teste acomoda o sujeito durante o procedimento e a câmara de 
referência contém instrumentação para medir as mudanças de pressão entre 
as duas câmaras. Os princípios operacionais do BOD POD são, resumidamente, 
os cálculos efetuados para o deslocamento do volume de ar computadorizados: 
compara-se o antes (câmara vazia) com o depois (câmara com o indivíduo em seu 
interior).
As alterações de relação de pressão entre as câmaras são inversamente 
relacionadas e são caracterizadas pela Lei de Boyle:
P1 / P2 = V2 / V1
Onde V1 e P1 são o volume e pressão antes da entrada do sujeito na câmara de 
teste e V2 e P2 são o volume e a pressão enquanto o sujeito está na câmara de 
teste. Portanto, o volume do corpo da amostra será igual ao volume da câmara de 
teste antes da entrada do sujeito, menos o volume da câmara de teste com o sujeito 
presente.
Devido à dificuldade em manter condições isotérmicas no ambiente fechado 
da câmara de teste, o BOD POD funciona sob condições adiabáticas (ou seja, 
a temperatura do ar está ganhando/perdendo calor), assim a Lei de Poisson 
caracteriza mais precisamente a relação volume de pressão na câmara de teste:
P1 / P2 = (V2 / V1 ) γ
Onde V1 e P1 são o volume e a pressão antes da entrada do sujeito na câmara 
de teste, V2 e P2 são o volume e a pressão enquanto o sujeito está na câmara 
de teste, e γ é a relação do calor específico de um gás à pressão constante para 
volume constante (1,4 para ar).
Para evitar dados errôneos, os fabricantes do BOD POD recomendam que o teste 
seja realizado antes do exercício, que o sujeito esteja seco e que a temperatura dos 
ambientes de teste permaneça estável.
A aderência estrita a essas condições pode por vezes revelar-se difícil quando se 
testam grandes números de indivíduos em um curto período de tempo e quando 
se testam pessoas que estão a transpirar ou que têm uma temperatura elevada 
devido à doença. 
20
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
O efeito específico da temperatura corporal elevada e da umidade corporal 
(resultante da pesagem hidrostática) nas medições de BOD POD precisa 
de esclarecimento. Um aumento na temperatura e umidade do corpo pode 
aumentar a quantidade de ar isotérmico ao redor da pele.
Figura 2. Imagens do aparelho BOD POD.
Fonte: DePass, 2009.
O BOD POD e o DXA mostraram ser preditores confiáveis de porcentagem de 
gordura corporal (GC). No entanto, na literatura existem algumas discrepâncias 
na validade do BOD POD, particularmente quando comparado ao DXA. 
Dois estudos comparando o BOD POD e o DXA realizado com mulheres 
caucasianas ativas e não ativas concluíram que o BOD POD é um preditor 
válido de % GC quando comparado ao DXA (2, 14). Pelo contrário, dois outros 
estudos utilizando jogadores universitários de futebol e homens caucasianos 
concluíram que o BOD POD subestimou significativamente a porcentagem de 
gordura corporal quando comparado ao DXA em uma média de 2,0% e 2,6%, 
respectivamente. 
Outro estudo descobriu que o BOD POD superestimou significativamente a 
porcentagem de GC quando comparado ao DXA em homens caucasianos 
em uma média de 2,2%. O BOD POD também demonstrou subestimar a 
porcentagem de GC em crianças e adolescentes não obesos em uma média de 
2,9%, em adolescentes do sexo feminino por uma média de 3,9% e em crianças 
com sobrepeso e obesidade por um média de 2,9% concluíram que o BOD POD 
21
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
subestimou significativamente a porcentagem de GC quando comparado ao 
DXA em uma média de 2,0% e 2,6%, respectivamente. 
Outro estudo descobriu que o BOD POD superestimou significativamente a 
porcentagem de GC quando comparado ao DXA em homens caucasianos em 
uma média de 2,2%. 
O BOD POD também demonstrou subestimar a porcentagem de GC em crianças 
e adolescentes não obesos em uma média de 2,9%, em adolescentes do sexo 
feminino por uma média de 3,9% e em crianças com sobrepeso e obesidade 
por um média de 2,9%.
O BOD POD não é tão caro quanto o DXA, tornando-o mais amplamente usado 
em muitos ambientes clínicos e de pesquisa. Como existem diferenças nas 
estimativas de porcentagem de GC entre o BOD POD e o DXA, então, talvez 
pessoas com sobrepeso ou obesas sejam erroneamente classificadas como tendo 
uma porcentagem de GC saudável, onde as pessoas no limite inferior de uma 
porcentagem de GC saudável podem estar erroneamente classificadas como 
tendo porcentagem de GC muito baixo. 
Tais erros de classificação podem impedir que alguém intervenha quando deveria 
haver uma intervenção. Assim, é importante ter medidas confiáveis e válidas de 
porcentagem de GC. Com tais discrepâncias na literatura em relação à validade, 
mais pesquisas precisam ser realizadas antes que qualquer conclusão definitiva 
possa ser sugerida.
DXA (absorciometria de raio x de dupla energia)
Os scanners DXA foram originalmente projetados para medir o conteúdo 
mineral e a densidade, embora o desenvolvimento de software durante os 
anos 1990 também tenha permitido a avaliação de tecido mole.
O DXA é uma modalidade de geração de imagens especial que normalmente 
não está disponível em sistemas de raio x de uso geral, devido à necessidade de 
filtragem de feixe especial e registro espacial quase perfeito das duas atenuações. 
Todo o corpo pode ser escaneado para medir a massa óssea e a composição do 
tecido mole.
A absorciometria de raio x de dupla energia (DXA) foi desenvolvida para medir 
a massa mineral óssea, que é calculada a partir da absorção diferencial de raios 
22
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
x de duas energias diferentes. Como esse cálculo requer tolerânciapara tecido 
mole sobrejacente (quantificação), os valores de gordura e FFM também são 
calculados para varreduras de corpo inteiro, usando algoritmos específicos de 
instrumento.
O DXA é o método preferido para composição óssea e corporal por vários 
motivos.
Em primeiro lugar, existem poucas suposições exigidas para medições de 
composição DXA. As duas atenuações de raios X que passam pelo corpo podem 
ser usadas para calcular com precisão a massa de dois materiais diferentes, dada 
a álgebra simples e as propriedades físicas desses materiais. Havia detalhes 
a serem trabalhados, como a quantificação da massa de tecido mole em uma 
geometria divergente, mas a natureza fundamental do DXA dá a promessa de 
precisão em uma ampla gama de tamanhos de corpo e tipos de corpo. 
Figura 3. Modelo de aparelho de DXA.
Fonte: GE Health Care, 2019.
Em segundo lugar, o DXA pode medir a composição corporal regional 
subdividindo o corpo usando linhas de corte específicas bem definidas. 
Em terceiro lugar, o DXA é preciso e estável durante anos e a estabilidade 
da medição é melhor do que 0,5% de alteração na precisão da composição 
corporal em décadas de operação para um único sistema DXA.
O DXA expõe o paciente e o operador à radiação ionizante, mas a dose é muito 
pequena para ambos. A dose de radiação efetiva de um único DXA de corpo 
inteiro ( 60%; áreas amarelas: percentual de gordura 25-60%; áreas verdes: percentual de gorduramole magro e tecido adiposo são usadas para separar esses tecidos.
26
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
As imagens tomográficas do abdome permitem a medição computadorizada da 
área total de gordura e também permitem a diferenciação da gordura subcutânea 
da gordura intra-abdominal. Essas imagens podem ser usadas isoladamente ou 
combinadas com algoritmos matemáticos de reconstrução para estimar a massa 
individual de grupos musculares ou massa muscular total.
Esse método de imagem é considerado preciso e confiável para quantificar o tecido 
adiposo subcutâneo e, em especial, o intra-abdominal. Apresenta a vantagem de 
possibilitar a visualização direta de imagens que retratam a área transversal de 
músculo-esquelético.
A gordura no tecido do músculo esquelético e no fígado pode ser determinada com 
precisão usando a tomografia computadorizada, embora seja significativamente 
menos precisa para a gordura do fígadodividida em quatro categorias, que teoricamente representariam os quatro 
sistemas fundamentais: cerebral, respiratório, muscular e digestivo.
Até que Sheldon, por volta de 1940, apareceu sustentando a ideia de que cada 
folha blastodérmica no indivíduo corresponderia a um tipo temperamental e 
morfológico, o que refletiria, então, em determinados temperamentos e em 
determinada estrutura corporal, que foi denominada de endomorfo, mesomorfo e 
ectomorfo.
Em estudos epidemiológicos, as medidas antropométricas, como altura corporal, 
peso, comprimento das extremidades, distâncias entre os pontos do corpo e 
circunferências corporais são rotineiramente avaliadas. Esse monitoramento 
constante também ocorre na prática clínica, especialmente para atletas.
A antropometria é um instrumento de avaliação da composição corporal 
importante, pois:
 » Permite avaliar as condições da saúde da população em questão.
 » Oferece dados relevantes para o estudo da variabilidade morfológica 
humana.
 » Permite avaliar o estado nutricional da população.
30
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
 » Apresenta informações sobre outros fatores que podem interagir com 
os resultados apresentados pela avaliação, como sexo, idade, meio 
ambiente, genética/hereditariedade.
 » Fornece subsídios para o acompanhamento de todos os aspectos 
relacionados à performance esportiva e, consequentemente, seu 
aprimoramento.
Peso ou massa corpórea
O peso corporéo está relacionado à soma de todos os componentes corporais, 
como ossos, vísceras, órgãos, músculos e pele.
Essa medida é utilizada como instrumento na avaliação nutricional, pois é 
capaz de refletir o estado nutricional de um indivíduo, se está adequado ou 
inadequado, mas não pode ser considerado como um método isolado de 
avaliação, já que pode sofrer variações de acordo com clima (calor); a ingestão 
excessiva de líquidos ou a desidratação; o excesso de sódio na alimentação; a 
ingestão excessiva de alimentos ou bebidas alguns dias antes da pesagem; o 
ciclo menstrual e outros fatores podem mascarar o peso real do indivíduo. 
O peso corporal pode ser avaliado pela sua relação com a altura do indivíduo, 
originando assim os valores padronizados do índice de massa corporal (IMC), 
que serão vistos na sequência dessa apostila.
Uma avaliação nutricional mais precisa, principalmente para indivíduos em 
constante treinamento e que precisam entender as mudanças estruturais que seus 
corpos podem apresentar como consequência de um determinado treinamento, 
deve relacionar o peso corporal a outras medidas, como a circunferência da cintura 
e dobras cutâneas, por exemplo.
Os avaliados serão pesados em quilogramas, usando uma balança. Os 
procedimentos para a medição são os seguintes:
 » Posicione o avaliado: pressione a tecla start sem carga na balança, 
direcione o avaliado para ficar em pé no centro da balança, com as 
mãos laterais e olhando para a frente
 » Registre o resultado: após o avaliado estar posicionado corretamente, 
faça a leitura na balança quando essa ficar estável, leia o peso em 
quilogramas, e registre o resultado.
31
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
As crianças que não podem ficar sozinhas na balança deverão ser pesadas com 
a ajuda de um adulto. O pai ou responsável ficará sozinho na escala, enquanto 
o examinador clica no botão Tare na escala. Isso define leitura da escala para zero. 
A criança é então entregue ao adulto na balança. Nesse caminho a balança vai 
ler apenas o peso da criança. 
Observação: durante a avaliação, tente solicitar que o avaliado esteja com o mínimo 
de roupas possível. Você pode solicitar que o avaliado venha com traje de banho 
(biquini ou sunga).
Peso ajustado para amputados
Pesos de componentes segmentares do corpo humano são importantes na 
avaliação do estado nutricional de um amputado. 
Padrões originais para componentes foram compilados em 1889 usando três 
cadáveres masculinos. Desde aquela época, estudos de sujeitos vivos mostraram 
que homens e mulheres são semelhantes em porcentagem de peso dos componentes 
corporais.
Os dados de cadáveres de 1955 e 1969, baseados em 21 indivíduos do sexo 
masculino, mostraram que os corpos humanos carregam maior peso na cabeça 
e no tronco e menos peso nas pernas e nos braços do que o indicado pelos dados 
anteriores. 
Algumas diferenças no peso dos componentes podem ser atribuídas à etnia e 
ao envelhecimento, mas pesquisas adicionais são necessárias para definir essas 
diferenças. 
A perda de peso corporal estimada descreve a quantidade de massa corporal 
perdida devido a uma amputação. A perda de peso corporal estimada é mais 
comumente utilizada para determinar o peso corporal ideal de um amputado, 
que é uma função da altura do paciente.
Tabela 3. Percentual de perda de peso corporal segundo o nível de amputação.
Nível de Amputação % perda de peso corporal
Pé 1,5%
Amputação abaixo do joelho 4,4%
Amputação coxa 10,1%
Perna inteira 16%
Mão 0,7%
Antebraço 1,6%
Braço inteiro 5%
Fonte: Osterkamp, 1995.
32
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Peso corrigido = 100% - % segmento amputado x Peso Ideal
 100
IMC amputados = peso corrigido (Kg)
altura (m2) (1 - % amputação)
Compleição corporal
Método utilizado para mensurar o perímetro do pulso, essa medida é realizada 
com fita métrica inelástica. O resultado é aplicado à fórmula para classificar a 
ossatura do indivíduo como pequena, média ou grande.
Índice de ossatura (r) = Estatura(cm)
Circunferência do pulso (cm)
A aferição do pulso deverá ser realizada na parte distal do processo estiloide, 
próximo à dobra do pulso no braço direito.
Tabela 4. Compleição corporal, segundo a razão entre altura e circunferência do pulso.
Homens Mulheres
r > 10,4 pequena r > 11 pequena
r = 9,6 -10 média r = 10,1 -11 média
r173 61.4 65.0 70.5 60.0 64.4 68.6
174 62.3 65.9 71.4 60.9 65.0 69.3
175 63.2 66.8 72.3 61.8 65.9 70.9
176 63.8 67.5 72.9 62.4 66.5 71.7
177 64.4 68.2 73.5 63.0 67.1 72.5
178 65.0 69.0 74.4 63.6 67.7 73.2
179 65.9 69.9 75.3 64.5 68.6 74.1
180 66.8 70.9 76.4 65.5 69.5 75.0
181 67.4 71.7 77.1 66.1 70.1 75.6
182 68.0 72.5 77.8 66.7 70.7 76.2
183 68.6 73.2 78.6 67.3 71.4 76.8
184 69.6 74.4 79.8
34
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Altura (cm) Homens Mulheres
Compleição pequena média grande pequena média grande
185 70.9 75.0 80.9
186 71.5 75.8 81.7
187 72.1 76.6 82.5
188 72.7 77.3 83.2
189 73.3 78.0 83.8
190 73.9 78.7 84.4
191 74.5 79.5 85.0
Fonte: Metropolitan Life Ensurance, 1983.
Estatura
Essa medida é utilizada para avaliar relativamente a altura do indivíduo ou 
comprimento. Para a sua avaliação se faz necessário o uso de antropômetro ou 
estadiômetro, em que o avaliado é posicionado na posição horizontal ou vertical 
(crianças até 2 anos). Ele deve estar descalço, com os calcanhares juntos e com as 
costas retas; os braços ficam em repouso ao lado do corpo.
Métodos alternativos foram criados para que indivíduos impossibilitados de 
utilizar os meios convencionais de aferição da estatura, pudessem ser avaliados 
utilizando-se apenas algumas regiões do corpo, como a altura do joelho e a 
extensão de braços.
Altura do joelho
Essa avaliação pode ser realizada com o avaliado sentado na extremidade de uma 
cadeira ou em posição supina, ele deve flexionar o joelho esquerdo em um ângulo 
de 90º. A medição pode ser feita com uma régua ou calibrador específico entre o 
calcanhar e a superfície anterior da perna.
O paquímetro deve ser posicionado com a borda fixa embaixo do calcanhar e 
a borda móvel na superfície anterior da coxa, próximo à rótula. O paquímetro 
deve ser mantido paralelo à tíbia. Deve ser realizada duas medidas, sendo que a 
diferença entre elas não deve ser maior que 0,1 cm, depois de realizar a média, 
calcula-se a estimativa do valor.
Figura 5. Medida da altura do joelho.
Fonte: Martins, 2009.
35
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
Esse método é comumente utilizado para avaliação de idosos e conta com as 
equações de Chumlea, distinguindo o gênero:
 » Homens = [64,19 – (0,04 x idade) + (2,02 x altura do joelho em cm)] 
 » Mulheres = [84,88 – (0,24 x idade) + (1,83 x altura do joelho em cm)]
Extensão dos braços
Essa medida também é chamada de envergadura ou chanfradura, esse medida 
tem a indicação para pacientes que tem declínio da estatura, devido ao 
envelhecimento (atribuído a alterações da coluna e redução da cartilagem). 
Porém, é uma medida que necessita da extensão livre dos braços.
A facilidade do método é que o avaliado pode estar em pé, sentado ou deitado.
A medida dever ser realizada com o avaliado de braços abertos em um ângulo de 
90 graus com o corpo, na direção do ombro. A medida é traçada do dedo médio de 
uma mão até a outra. O valor encontrado pode ser entendido como a estimativa 
da estatura do indivíduo.
Figura 6. Avaliação da extensão dos braços.
Fonte: Martins, 2009.
Índice de massa corporal (imc)
O índice de massa corporal (IMC) é o peso em quilogramas dividido pelo 
quadrado da altura em centímetros. 
É um instrumento de avaliação do estado nutricional frequentemente utilizado 
pelos profissionais da área da saúde devido à sua praticidade e facilidade, e 
também por não ser um método dispendioso. Contudo, não é um bom parâmetro 
de avaliação da composição corporal, já que não diferencia a massa de gordura 
da massa corporal magra.
36
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Fórmula: peso (kg) / [altura (cm)]2
Com o sistema métrico, a fórmula para o IMC é o peso em quilogramas dividido 
pela altura em metros ao quadrado. Como a altura é geralmente medida em 
centímetros, divida a altura em centímetros por 100 para obter a altura em 
metros.
Exemplo: Peso = 68 kg, Altura = 165 cm (1,65 m) 
Cálculo: 68 ÷ (165)2 = 24,98
Para adultos com 20 anos ou mais, o IMC é interpretado usando categorias de 
status de peso padrão. Essas categorias são as mesmas para homens e mulheres 
de todos os tipos e idades.
As categorias de status de peso padrão associadas aos intervalos de IMC para 
adultos são mostradas na tabela a seguir.
Tabela 7. Classificação do estado nutricional de acordo com IMC.
IMC Estado nutricional
 percentil 95
Baixo peso
Peso adequado
Sobrepeso
Obesidade
Fonte: adaptado de CDC, 2018.
A classificação de indivíduos idosos, ou seja, com idade entre 60 anos ou mais, 
é diferente da usual, pois essa população tem uma variação fisiológica da 
composição corporal.
Tabela 9. Classificação do estado nutricional para indivíduos idosos de acordo com o índice de massa corporal 
(IMC).
IMC kg/m2 Estado nutricional
Deve-se traçar o ponto médio entre entre o acrômio e o 
olécrano, que deverá ser marcado, pois será o lugar onde será executada a 
medida do perímetro do braço.
Deve-se solicitar que o avaliado coloque o braço em uma posição relaxada, com a 
palma da mão direcionada à coxa, ele não deve fazer força ou pressionar o punho.
Tabela 10. Percentis do perímetro braquial para homens.
Idade 
(anos)
Percentil
5 10 15 20 50 75 85 90 95
Homens
1- 1,9 14,2 14,7 14,9 15,2 16 16,9 17,4 17,7 18,2
2-2,9 14,3 14,8 15,5 16,3 17,1 17,9 18,6 17,9 18,6
3-3,9 15 15,3 15,5 16 16,8 17,6 18,1 18,4 19
4-4,9 15,1 15,5 15,8 16,2 17,1 18 18,5 18,7 19,3
5-5,9 15,5 16 16,1 16,6 17,5 18,5 19,1 19,5 20,5
6-6,9 15,8 16,1 16,5 17 18 19,1 19,8 20,7 22,8
7-7,9 16,1 16,8 17 17,6 18,7 20 21 21,8 22,9
8-8,9 16,5 17,2 17,5 18,1 19,2 20,5 21,6 22,6 24
9-9,9 17,5 18 18,4 19 20,1 21,8 23,2 24,5 26
10-10,9 18,1 18,6 19,1 19,7 21,1 23,1 24,8 26 27,9
11-11,9 18,5 19,3 19,8 20,6 22,1 24,5 26,1 27,6 29,4
12-12,9 19,3 20,1 20,7 21,5 23,1 25,4 27,1 28,5 30,3
13-13,9 20 20,8 21,6 22,5 24,5 26,6 28,2 29 30,8
14-14,9 21,6 22,5 23,2 23,8 25,7 28,1 29,1 30 32,3
15-15,9 22,5 23,4 24 25,1 27,2 29 30,2 31,2 32,7
16-16,9 24,1 25 25,7 26,7 28,3 30,6 32,1 32,7 34,7
17-17,9 24,3 25,1 25,9 26,8 28,6 30,8 32,2 33,3 34,7
18-24,9 26 27,1 27,7 28,7 30,7 33 34,4 35,4 37,2
25-29,9 27 28 28,7 29,8 31,8 34,2 35,5 36,6 38,3
30-34,9 27,7 28,7 29,3 30,5 32,5 34,9 35,9 36,7 38,2
35-39,9 27,4 28,6 29,5 30,7 32,9 35,1 36,2 36,9 38,2
39
AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS │ UNIDADE I
Idade 
(anos)
Percentil
5 10 15 20 50 75 85 90 95
Homens
40-44,9 27,8 28,9 29,7 31 32,8 34,9 36,1 36,9 38,1
45-49,9 27,2 28,6 29,4 30,6 32,6 34,9 36,1 36,9 38,2
50-54,9 27,1 28,3 29,1 30,2 32,3 34,5 35,8 36,8 38,3
55-59,9 26,8 28,1 29,2 30,4 32,3 34,3 35,5 36,6 37,8
60-64,9 26,6 27,8 28,6 29,7 32 34 35,1 36 37,5
65-69,9 25,4 26,7 27,7 29 31,1 33,2 34,5 35,3 36,6
70-74,9 25,1 26,2 27,1 28,5 30,7 32,6 33,7 34,8 36
Fonte: Frisancho, 1990.
Tabela 11. Percentis do perímetro braquial para mulheres.
Idade 
(anos)
Percentil
5 10 15 20 50 75 85 90 95
Mulheres
1- 1,9 13,6 14,1 14,4 14,8 15,7 16,4 17 17,2 17,8
2-2,9 14,2 14,6 15 15,4 16,1 17 17,4 18 18,5
3-3,9 14,4 15 15,2 15,7 16,6 17,4 18 18,4 19
4-4,9 14,8 15,3 15,7 16,1 17 18 18,5 19 19,5
5-5,9 15,2 15,7 16,1 16,5 17,5 18,5 19,4 20 21
6-6,9 15,7 16,2 16,5 17 17,8 19 19,9 20,5 22
7-7,9 16,4 16,7 17 17,5 18,6 20,1 20,9 21,6 23,3
8-8,9 16,7 17,2 17,6 18,2 19,5 21,2 22,2 23,2 25,1
9-9,9 17,6 18,1 18,6 19,1 20,6 22,2 23,8 25 26,7
10-10,9 17,8 18,4 18,9 19,5 21,2 23,4 25 26,1 27,3
11-11,9 18,8 19,6 20 20,6 22,2 25,1 26,5 27,9 30
12-12,9 19,2 20 20,5 21,5 23,7 25,8 27,6 28,3 30,2
13-13,9 20,1 21 21,5 22,5 24,3 26,7 28,3 30,1 32,7
14-14,9 21,2 21,8 22,5 23,5 25,1 27,4 29,5 30,9 32,9
15-15,9 21,6 22,2 22,9 23,5 25,2 27,7 28,8 30 32,2
16-16,9 22,3 23,2 23,5 24,4 26,1 28,5 29,9 31,6 33,5
17-17,9 22 23,1 23,6 24,5 26,6 29 30,7 32,8 35,4
18-24,9 22,4 23,3 24 24,8 26,8 29,2 31,2 32,4 35,2
25-29,9 23,1 24 24,5 25,5 27,6 30,6 32,5 34,3 37,1
30-34,9 23,8 24,7 25,4 26,4 28,6 32 34,1 36 38,5
35-39,9 24,1 25,2 25,8 268 29,4 32,6 35 36,8 39
40-44,9 24,3 25,4 26,2 27,2 29,7 33,2 35,5 37,2 38,8
45-49,9 24,2 25,5 26,3 27,4 30,1 33,5 35,6 37,2 40
50-54,9 24,8 26 26,8 28 30,6 33,8 35,9 37,5 39,3
55-59,9 24,8 26,1 27 28,2 30,9 34,3 36,7 38 40
60-64,9 25 26,1 27,1 28,4 30,8 33,4 35,7 36,5 38,5
65-69,9 24,3 25,7 26,7 28 30,5 33,4 35,2 36,5 38,5
70-74,9 23,8 25,3 26,3 27,6 30,3 33,1 34,7 35,8 37,5
Fonte: Frisancho, 1990.
40
UNIDADE I │ AVALIAÇÃO CORPORAL DE ATLETAS
Tabela 12. Classificação do estado nutricional segundo perímetro braquial.
Percentil Classificação
 94 cm > 102 cm
Mulher > 80 cm > 88 cm
Fonte: ABESO, 2016.
Perímetro do quadril
Para que a medida seja aferida corretamente, a fita métrica deverá circundar o 
quadril do indivíduo em pé, na região de maior perímetro entre a cintura e a coxa.
Razão cintura-quadril (RCQ)
A relação cintura-quadril (RCQ) é usada como uma medida

Mais conteúdos dessa disciplina