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Como é Realizado o Tratamento 
Farmacológico do Delírio?
O tratamento farmacológico do delírio em pacientes cardiosurgicos é um complemento crucial às 
intervenções não farmacológicas e visa reduzir os sintomas de confusão mental, agitação e 
comportamento inadequado, além de contribuir para a recuperação do paciente. A abordagem 
farmacológica deve ser personalizada e cuidadosamente monitorada para garantir a máxima eficácia 
com o mínimo de efeitos colaterais.
A escolha do medicamento varia de acordo com a causa do delírio, a gravidade dos sintomas e as 
características do paciente, sendo que os principais grupos de medicamentos utilizados são:
Antipsicóticos
Antipsicóticos como haloperidol e olanzapina são frequentemente empregados para controlar a 
agitação e a psicose no delírio. Eles atuam no sistema nervoso central, reduzindo a atividade de 
neurotransmissores como a dopamina, que contribuem para a manifestação de sintomas psicóticos. O 
haloperidol é geralmente a primeira escolha devido à sua eficácia comprovada e perfil de segurança 
bem estabelecido.
A dosagem dos antipsicóticos deve ser ajustada individualmente, começando com doses baixas e 
aumentando gradualmente conforme necessário. É importante monitorar os efeitos extrapiramidais, 
como tremores e rigidez muscular, que podem ocorrer com o uso destes medicamentos.
Benzodiazepínicos
Benzodiazepínicos como lorazepam e midazolam podem ser utilizados para aliviar a ansiedade e a 
agitação, além de promover o sono. No entanto, o uso prolongado desses medicamentos pode 
aumentar o risco de confusão mental e sedação excessiva, sendo importante monitorar 
cuidadosamente o paciente. Em idosos, recomenda-se especial cautela devido ao risco aumentado de 
eventos adversos.
Monitoramento e Ajustes do Tratamento
O enfermeiro deve realizar avaliações frequentes do nível de sedação, estado mental e sinais vitais do 
paciente. É crucial observar a resposta ao tratamento e identificar precocemente possíveis efeitos 
colaterais, como:
Sonolência excessiva ou sedação profunda
Alterações nos sinais vitais
Efeitos extrapiramidais
Alterações no estado de consciência
Complicações cardiovasculares
É fundamental lembrar que a farmacoterapia é um complemento às intervenções não farmacológicas 
e deve ser utilizada com cautela, sempre sob a orientação médica. O enfermeiro desempenha um 
papel essencial na monitorização dos efeitos colaterais dos medicamentos e na comunicação com a 
equipe médica, garantindo a segurança e o bem-estar do paciente.
A documentação precisa da administração dos medicamentos, seus efeitos e as respostas do paciente 
é crucial para o acompanhamento do tratamento. O enfermeiro deve manter registros detalhados que 
incluam horários de administração, doses utilizadas, eficácia observada e quaisquer eventos adversos, 
facilitando assim a avaliação contínua e os ajustes necessários no plano terapêutico.

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