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Roteiro de Prova A inclusão do aluno com surdez deve acontecer desde a educação infantil até a educação superior, garantindo-lhe, desde cedo, utilizar os recursos de que necessita para superar as barreiras no processo educacional e usufruir seus direitos escolares, exercendo sua cidadania, de acordo com os princípios constitucionais do nosso país. No planejamento para as aulas em Libras, há que se fazer o estudo dos termos científicos do conteúdo a ser estudado, nessa língua. Cada termo é estudado, o que amplia e aprofunda o vocabulário. Na sequência, todos os professores selecionam e elaboram os recursos didáticos para o Atendimento Educacional Especializado em Libras e em Língua Portuguesa, respeitando as diferenças entre os alunos com surdez e os momentos didático pedagógicos em que serão utilizados. Os alunos com surdez são observados por todos os profissionais que direta ou indiretamente trabalham com eles. A sala de recursos para o Atendimento Educacional Especializado em Língua Portuguesa deverá ser organizada didaticamente, respeitando os seguintes princípios. Na antiguidade, a educação dos Surdos variava de acordo com a concepção que se tinham deles. A partir do final da idade Média que os dados com relação à educação e a vida do surdo tornaram-se mais disponíveis. É exatamente nesta época que surgiram os primeiros trabalhos no sentido de educar a criança surda e de integrá-la na sociedade. Em 1776 foi publicada uma importante obra, cujo autor refere-se a língua de sinais com respeito. As instituições de educação de surdos se disseminaram por toda a Europa, e em 1878, em Paris, aconteceu o I Congresso Internacional de surdos, instituindo que o melhor método para educação dos surdos consistia na articulação com leitura labial e no uso dos gestos nas séries iniciais. Em 1880, ocorreu o II Congresso Mundial de Surdos Mudos, que promoveu uma votação para definir a melhor forma de educar a pessoa surda. De acordo com os pressupostos piagetianos, que os processos de desenvolvimento cognitivo das crianças eram considerados universais; esperava-se que as crianças surdas passassem pelas mesmas fases pelas quais as crianças ouvintes passam quando estão aprendendo a linguagem escrita. Compreende-se que todo desenvolvimento da criança depende da presença do outro, daquele que possui domínio da linguagem para, dialeticamente, constituir-se como sujeito da e pela linguagem, pois entende-se que a trajetória principal do desenvolvimento psicológico da criança é de progressiva individualização. Ao pensarmos no ensino-aprendizagem de uma segunda língua; da mesma forma que s conhecimentos da primeira língua terão influência na aprendizagem da segunda, esta influenciará também o desenvolvimento da primeira, pois conhecer uma língua estrangeira possibilita à criança pensar tanto nas formas da língua quanto nos fenômenos da mesma, que utilize a palavra de forma mais consciente, como instrumento do pensamento e como expressão de um conceito. Na década de 1970, com a visita de Ivete Vasconcelos, educadora de surdos da Universidade Gallaudet, chegou ao Brasil uma nova filosofia. O Bilinguismo surgiu a partir das pesquisas sobre línguas de sinais e a educação dos surdos. Outros institutos fizeram parte da história da educação do surdo. A Língua de Sinais começou a ser regulamentada em nosso país em 1993, mas a LIBRAS foi oficialmente reconhecida e aceita como forma de comunicação e expressão da comunidade surda. Estabeleceu a garantia às pessoas com surdez do direito a uma educação por meio da Língua Brasileira de Sinais e da Língua Portuguesa, esta última preferencialmente na modalidade escrita, constituindo-se como línguas, ainda preconiza que sejam ensinadas as duas línguas de forma simultânea no ambiente escolar, colaborando para o desenvolvimento de todo o processo educativo. É um elemento fundamental da educação de surdos, a garantia de atendimento e tratamento adequado às pessoas com deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor A proposta bilíngue depende O papel do intérprete envolve a interpretação da língua falada para a língua sinalizada e vice-versa observando os seguintes preceitos éticos Envolve um ato COGNITIVO-LINGÜÍSTICO, ou seja, é um processo em que o intérprete estará diante de pessoas que apresentam intenções comunicativas específicas e que utilizam línguas diferentes. O intérprete está completamente envolvido na interação comunicativa (social e cultural) com poder completo para influenciar o objeto e o produto da interpretação. Ele processa a informação dada na língua fonte e faz escolhas lexicais, estruturais, semânticas e pragmáticas na língua alvo que devem se aproximar o mais apropriadamente possível da informação dada na língua fonte. Diante da carência de intérpretes de língua de sinais, a interação entre surdos e pessoas que desconhecem a língua de sinais fica prejudicada O classificador é uma forma que estabelece um tipo de concordância em uma língua. Este classificador descreve um objeto em um lugar determinado. A configuração de mão pode retratar uma parte ou o objeto todo ironicamente. Esses classificadores utilizam a configuração das letras ou numerais, mas não são partes de uma descrição A configuração adotada pela mão, tem como resultado a posição dos dedos. Embora seja verdade que cada idioma tem seu próprio repertório de configurações, existem algumas que são as mais comuns porque são mais simples Este parâmetro indica onde o sinal pode ser tocado no corpo ou no espaço sígnico, que é o espaço encontrado em frente do assinante. Ele é delimitado pela extensão máxima dos braços e ocorre acima da cabeça ou para frente. Deve-se dizer que no discurso normal, as extremidades são articuladas em um espaço mais limitado que a extensão máxima que mencionamos e que, portanto, o tamanho do sinal pode ser comparado à intensidade da voz. É o plano em direção ao qual a palma da mão é orientada. Alguns sinais têm a mesma configuração, o mesmo ponto de articulação e o mesmo movimento, e diferem apenas na orientação da mão. É importante perceber como a modificação de um único parâmetro pode alterar completamente o significado do sinal. Ela foi uma escritora e ativista social norte-americana. Cega e surda formou-se em filosofia e lutou em defesa dos direitos sociais, em defesa das mulheres e das pessoas com deficiência. Foi a primeira pessoa cega e surda a entrar para uma instituição de ensino superior. Na LIBRAS encontramos dois tipos de sinais;