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12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 1/68 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL -MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - CONCRETOS E ARGAMASSASCONCRETOS E ARGAMASSAS ARGAMASSASARGAMASSAS Autor: Italo Monte Júnior Revisor : Paula de L ima Sa lum IN IC IAR 1.00 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 2/68 introdução Introdução Nesta Unidade I, você estudará sobre as argamassas, que são compósitos formados, basicamente, a partir da mistura de materiais aglomerantes, agregados e água. Ao longo da história, a argamassa passou por transformações e, hoje, destaca-se o uso combinado dos materiais convencionais (cimento Portland, cal, areia e água) com novos materiais, como os aditivos, adições minerais, �bras e materiais recicláveis. A argamassa é um produto largamente utilizado na construção civil, sendo produzida pela mistura dos materiais no próprio canteiro de obras. Esta também pode ser industrializada, com prévia mistura dos materiais secos, sendo necessária apenas a adição de água na obra e, ainda, fabricada em usinas de concreto, com comercialização pronta para o uso. Nesse caso, destacam-se as argamassas estabilizadas e autonivelantes. Nesse sentido, observam-se mudanças signi�cativas nas propriedades das argamassas, as quais são promovidas pela evolução dos materiais nas últimas décadas, sendo necessário que o(a) 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 3/68 Engenheiro(a) Civil conheça os mecanismos de degradação dos materiais, para projetar sistemas construtivos mais duráveis. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 4/68 A argamassa possui propriedades de aderência e endurecimento, originando-se da mistura homogênea de um ou mais aglomerantes, agregados miúdos (areia) e água, podendo conter, ainda, aditivos e adições. É um material de construção destinado a unir os blocos de uma alvenaria, revestir pisos, paredes e tetos, bem como assentar peças cerâmicas, conforme ilustrado na Figura 1.1. Conceitos e AplicaçõesConceitos e Aplicações 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 5/68 Além dos usos em sistemas de vedações e revestimentos, as argamassas são utilizadas em sistemas estruturais, principalmente, na recuperação do concreto, quando degradado pela corrosão das armaduras, ou por falhas na execução da estrutura. Observam-se, nas Figuras 1.2 e 1.3, as diferentes consistências (pastosa e �uida) das argamassas com alta resistência, que são utilizadas em obras de recuperação estrutural. Figura 1.1 - Usos das argamassas em vedações e revestimentos Fonte: Jatesada Natayo; Kampwit; Thodsapol Thongdeekhieo; Nagy-Bagoly Arpad / 123RF. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 6/68 Figura 1.2 - Consistências do Graute - Pastosa Fonte: Dmytro Korolov / 123RF. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 7/68 Ao �nal desta seção, o(a) aluno(a) deverá: reconhecer a composição, propriedades e aplicações das argamassas na construção civil; discutir aplicações das argamassas de assentamento e revestimento. Figura 1.3 - Consistências do Graute - Fluida Fonte: Nikola Nikolovski / 123RF 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 8/68 saiba mais Saiba mais O revestimento de argamassa é utilizado há muitos anos, sendo, ainda, muito empregado nos dias de hoje, mesmo com o surgimento de novas tendências. Apesar disso, tal subsistema não acompanhou a evolução de outras tecnologias, como o concreto estrutural. Está cada vez mais comum a ocorrência de manifestações patológicas em revestimentos argamassados, quando executados sobre uma estrutura de concreto. Saiba mais sobre a aderência do revestimento em substrato de concreto no artigo “Avaliação da in�uência do substrato de concreto na resistência de aderência à tração de diferentes tipos de chapisco”, que pode ser lido no link: ACESSAR http://dx.doi.org/10.1590/s1517-707620170004.0240 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 9/68 Composição Chama-se traço a relação numérica entre os componentes da argamassa que podem ser dados em volume ou massa. Por aplicação prática, é mais usual para as argamassas a utilização do traço em volume do que o traço em massa, visto que os agregados e água são medidos em volume, no canteiro de obras, conforme ilustrado na Figura 1.4. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 10/68 Mesmo com essa peculiaridade da medição dos materiais em volume (areia e água), tratando-se das argamassas, utiliza-se o traço em massa nos estudos de dosagem conduzidos em laboratório. A expressão numérica do traço é realizada em relação ao aglomerante principal, no caso, o cimento Portland. Figura 1.4 - Preparo de argamassa no canteiro de obras Fonte: Cuchina / 123RF. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 11/68 De todo modo, as transformações dos materiais em unidade de volume para unidade de massa ou vice-versa são realizadas por meio das propriedades físicas (massas especí�cas e unitárias) dos materiais constituintes. Assim, é bastante simples transformar um traço dado em volume no seu equivalente em massa. Nesse caso, basta reconhecer as massas unitárias dos materiais. É importante estudar a composição de uma argamassa, antes de sua aplicação na obra, pois esse fator interfere na durabilidade dos sistemas de revestimentos. Percebe-se, então, que os materiais in�uenciarão na vida útil dos sistemas de revestimento. Segundo Carasek (2010, p. 932), o cimento Portland, por ser um material industrializado, com bom controle de qualidade, in�uencia no aparecimento de manifestações patológicas em revestimentos por meio do proporcionamento (traço), e não pela baixa qualidade do material. Já algumas cales, com baixo controle de produção, podem acarretar na deterioração do revestimento por expansão de partículas da cal, oriundas da hidratação retardada de óxidos durante o processo de secagem do revestimento. Ainda de acordo com a autora, os problemas nos revestimentos argamassados atribuídos às areias podem ser relacionados às composições químicas e mineralógicas, bem como à granulometria, além do teor e natureza dos materiais pulverulentos. Já no caso das adições que, normalmente, são empregadas para substituir o cal, a atenção deve-se, principalmente, ao aparecimento de �ssuração, descolamento e e�orescência, conforme demonstrado na Figura 1.5. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 12/68 Quanto aos aditivos, é esclarecido que o incorporador de ar é o tipo mais utilizado em argamassas. As microbolhas formadas no procedimento de mistura dos materiais, contendo aditivo incorporador de ar, confere melhor trabalhabilidade, possibilitando a redução no consumo de água de amassamento. Contudo, o excesso de ar incorporado na argamassa pode prejudicar a aderência da argamassa ao substrato e, ainda, promover um revestimento com baixa resistência super�cial. Figura 1.5 - Desagregação em revestimento de argamassa contendo saibro Fonte: Aleksandar Varbenov / 123RF. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 13/68 Após reconhecer as características dos materiais componentes das argamassas, é fundamental realizar testes de desempenho, antes do emprego na construção. A NBR 13755 (ABNT, 2017) recomenda a execução de painéis teste do sistema de revestimento que, após ensaiados à tração, permitam selecionar a solução de melhor desempenho do conjunto formado pelos seguintes fatores: 1. técnica de preparo da base. 2. tipo de chapisco. 3. camadas de argamassa. 4. idade das camadas do revestimentona data do ensaio. 5. argamassa colante. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 14/68 saiba mais Saiba mais A expansão por umidade (EPU) é caracterizada por um aumento das dimensões físicas do corpo cerâmico, quando em contato com a água na forma líquida ou na forma de vapor. O fenômeno de EPU pode contribuir para o surgimento de patologias graves em revestimentos cerâmicos, como trincas, deslocamentos ou danos mais severos. FONTE: Medeiros et al . (2017, p. 134). ACESSAR Classi�icação As argamassas podem ser classi�cadas em dois agrupamentos: por critérios e pela função de destino dos materiais (LISBOA; ALVES; MELO, 2017). http://dx.doi.org/10.1590/0366-69132017633662105 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 15/68 Essa proposta de classi�cação das argamassas de Lisboa, Alves e Melo (2017) foi baseada no entendimento da maioria dos autores da área de construção civil. Exempli�ca-se a classi�cação no Quadro 1.1. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 16/68 Agrupamento Classe Tipologia Grupo 1: critérios Natureza do aglomerante – Argamassa aérea – Argamassa hidráulica Tipo de aglomerante – Argamassa de cal – Argamassa de cimento – Argamassa de cimento e cal – Argamassa de gesso – Argamassa de gesso e cal Número de aglomerantes – Argamassa simples – Argamassa mista Consistência da argamassa – Argamassa seca 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 17/68 – Argamassa plástica – Argamassa �uídica Plasticidade da argamassa – Argamassa pobre ou magra – Argamassa média ou cheia – Argamassa rica ou gorda Densidade de massa da argamassa – Argamassa leve – Argamassa normal – Argamassa pesada Forma de preparo ou fornecimento – Argamassa preparada em obra – Mistura semipronta para argamassa – Argamassa industrial 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 18/68 – Argamassa dosada em central Grupo 2: função Construção de alvenaria – Argamassa de assentamento (elevação da alvenaria) – Argamassa de �xação (ou alvenaria de vedação) Revestimento de paredes e tetos – Argamassa de chapisco – Argamassa de emboço – Argamassa de reboco – Argamassa de camada única – Argamassa para revestimento decorativo monocamada Revestimento de pisos – Argamassa de assentamento de peças cerâmicas (colante) 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 19/68 Quadro 1.1 - Classi�cação das argamassas por agrupamento Fonte: Adaptado de Lisboa, Alves e Melo (2017). Os requisitos e propriedades das argamassas podem variam de acordo com sua função, conforme demonstrado no Quadro 1.2. – Argamassa de rejuntamento Recuperação de estruturas – Argamassa de reparo 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 20/68 Tipo da argamassa Função Principais requisitos/propriedades Argamassa de assentamento de alvenaria (elevação) - Unir as unidades de alvenaria e ajudá-las a resistir aos esforços laterais - Distribuir uniformemente as cargas atuantes na parede por toda a área resistente dos blocos - Absorver deformações naturais a que a alvenaria estiver sujeita - Selar as juntas - Trabalhabilidade (consistência, plasticidade e retenção de água) - Aderência - Capacidade de absorver deformações - Resistência mecânica Chapisco - Garantir aderência entre a base e o revestimento de - Aderência 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 21/68 argamassa - Contribuir com a estanqueidade da vedação Emboço e camada única - Proteger a alvenaria e a estrutura contra a ação do intemperismo - Integrar o sistema de vedação dos edifícios, contribuindo com diversas funções (estanqueidade, etc.) - Regularizar a superfície dos elementos de vedação e servir como base para acabamentos decorativos -Trabalhabilidade (consistência, plasticidade e adesão inicial) - Baixa retração - Aderência - Baixa permeabilidade à água - Capacidade de absorver deformações - Resistência mecânica Contrapiso - Regularizar a superfície para receber acabamento - Aderência 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 22/68 (piso). - Resistência mecânica Argamassa colante (assentamento de revestimento cerâmico) - “Colar” a peça cerâmica ao substrato - Absorver deformações naturais a que o sistema de revestimento cerâmico estiver sujeito - Trabalhabilidade (retenção de água, tempo em aberto, deslizamento e adesão inicial) - Aderência - Capacidade de absorver deformações (�exibilidade), principalmente para fachadas Argamassa de rejuntamento (das juntas de assentamento das peças cerâmicas) - Vedar as juntas - Permitir a substituição das peças cerâmicas - Ajustar os defeitos de alinhamento - Absorver pequenas deformações do sistema - Trabalhabilidade (consistência, plasticidade e adesão inicial) - Baixa retração - Aderência 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 23/68 Quadro 1.2 - Principais requisitos e propriedades das argamassas para diferentes funções Fonte: Adaptado de Carasek (2010). Nesta classi�cação, reconhecemos o entendimento dos autores, quanto à classi�cação das argamassas. - Capacidade de absorver deformações (�exibilidade), principalmente para fachadas Argamassa de reparo de estruturas de concreto - Reconstituição geométrica de elementos estruturais em processo de recuperação - Trabalhabilidade - Aderência ao concreto e armadura originais - Baixa retração - Resistência mecânica - Baixa permeabilidade e absorção de água (durabilidade) 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 24/68 Aplicações As argamassas para construção de alvenarias e revestimentos de piso, parede e tetos são as mais comuns em um canteiro de obras. Exceto as argamassas para revestimento de piso que, normalmente, são industrializadas, as argamassas de assentamento e revestimento de paredes e tetos são produzidas na própria obra, a partir da mistura dos materiais constituintes. A aplicação das argamassas de assentamento e revestimento pode ser manual, com colher de pedreiro, bisnaga ou palheta ou, ainda, mecanizada por jateamento. Na escolha do traço para as argamassas, deve-se levar em consideração todos os elementos que compõem o sistema de revestimento. Observa-se, na Figura 1.6, a complexa interação entre os vários materiais (módulos de elasticidade diferentes) e que responderão conjuntamente aos esforços da estrutura e ações externas à construção. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 25/68 Figura 1.6 - Esquema do revestimento cerâmico sobre a base Fonte: Adaptada de NBR 13755 (ABNT, 2017). Assim, no momento da aplicação das argamassas, deve-se levar em consideração que a base (substrato) absorverá parte da água de amassamento utilizada na mistura, visto que o mecanismo de aderência é físico, ou seja, a água de amassamento (absorvida pelo substrato), que contém partículas de cimento em processo de hidratação, após secagem, cria a ancoragem necessária do revestimento da base. A rugosidade super�cial da base também contribui para a ancoragem do revestimento. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 26/68 A perda de água na argamassa durante o processo de aplicação, seja por motivos da execução (transportes horizontal/vertical e tempo de aplicação) ou ambientais (incidência de sol e vento), promove redução do desempenho do sistema de revestimento, pois a ancoragem �ca prejudicada. Esse problema potencializa-se quando o operário corrige a quantidade de água da argamassa após a mistura (durante a aplicação), de modo aretomar a trabalhabilidade necessária à aplicação, reduzindo, assim, a resistência da argamassa, por aumentar a relação água/cimento da mistura. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 27/68 reflita Re�ita A aderência é um termo usado para determinar a resistência e a extensão do contato entre a argamassa e uma base ou substrato. Assim, é necessário especi�car se a aplicação da argamassa será feita sobre um tijolo ou uma estrutura de concreto, pois esses materiais caracterizam aderências diferentes. Observa-se que a aderência da argamassa ao substrato é vital para o desempenho do sistema de revestimento. Assim, qual o motivo das recorrentes manifestações patológicas ocorridas por desplacamento dos sistemas de revestimento? Re�ita sobre esse importante assunto, para o alcance do desempenho esperado do sistema construtivo. Fonte: Lisboa, Alves e Melo (2017, p. 101). 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 28/68 Os revestimentos argamassados de paredes e tetos podem ser constituídos por chapisco e emboço, como revestimento de camada única, ou por chapisco, emboço e reboco, devendo ser observados limites para as espessuras das camadas, conforme Tabela 1.1. Tabela 1.1 - Espessuras admissíveis de revestimentos internos e externos Fonte: Adaptada de NBR 13749 (ABNT, 2013). De todo modo, a NBR 13749 (ABNT, 2013) reforça os cuidados especiais preconizados pela NBR 7200 (ABNT, 1998) quando for necessário empregar revestimento com espessura superior aos limites descritos na Tabela 1.1, de forma a garantir a aderência do revestimento. Revestimento Espessura (e) mm Parede interna 5 ≤ e ≤ 20 Parede externa 20 ≤ e ≤ 30 Tetos interno e externo e ≤ 20 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 29/68 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 30/68 atividade Atividade Diversas tecnologias e materiais vêm sendo introduzidos ao setor da Construção Civil, com o objetivo de possibilitar o ganho de rapidez do desenvolvimento construtivo, melhoria da produtividade e redução de perdas, proporcionando, assim, otimização de tempo e ganho de qualidade e logística (RAMOS et al., 2017). Fonte: RAMOS, M. G. et al . Efeito do tipo de mistura manual e mecânica nas propriedades de argamassa industrializada. In: Simpósio Brasileiro de Tecnologia das Argamassas, 12., 2017, São Paulo. Anais [...] . São Paulo: SBTA, 2013. p. 1-9. Disponível em: https://www.gtargamassas.org.br/eventos/�le/605 . Acesso em: 17 nov. 2019. De acordo com a classi�cação e função das argamassas, marque a alternativa correta. a) Quanto à consistência, as argamassas podem ser classi�cadas como aéreas e hidráulicas. b) Uma das funções da argamassa de rejuntamento é regularizar a superfície para receber o acabamento. c) O chapisco é o exemplo de uma argamassa de revestimento de pisos. d) Quanto à densidade de massa, as argamassas podem ser classi�cadas como leves, normais e pesadas. e) A argamassa do tipo industrializada refere-se ao tipo de aglomerante utilizado. https://www.gtargamassas.org.br/eventos/file/605 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 31/68 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 32/68 É cada vez mais comum a racionalização de processos na construção civil, buscando a redução de prazos e, consequentemente, de custos, além de in�uenciar positivamente no desempenho dos sistemas construtivos. Na tecnologia das argamassas, é preciso selecionar e caracterizar os materiais para misturá-los adequadamente, de acordo com a sua aplicação. Produção de ArgamassasProdução de Argamassas 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 33/68 Apesar da existência de processos mecanizados para a aplicação das argamassas, o processo manual ainda é o mais utilizado nos canteiros de obras. Assim, é fundamental que as características da argamassa, seja esta produzida na obra ou industrializada, esteja compatível com a forma de aplicação. Ao �nal desta seção, o(a) aluno(a) deverá: aplicar as transformações dos traços em volumes para massas; reconhecer o método de preparo das argamassas. Princípios dos Métodos de Dosagem Diferentemente do concreto, para a argamassa, ainda não existe um método de dosagem consolidado, na literatura nacional. De acordo com Santos (2014, p. 32), alguns autores estudaram misturas a partir do teor ótimo de aglomerante (SELMO, 1989) e na adequação da curva granulométrica do agregado miúdo (CARNEIRO; CINCOTTO, 1999). Outros pesquisadores avaliaram a incorporação de resíduos cerâmicos (BAHIENSE et al., 2008) e de rochas ornamentais (DESTEFANI; HOLANDA, 2011), a partir da metodologia de planejamento de experimentos por Rede Simplex, que permite otimizar a combinação dos componentes da mistura (SANTOS, 2014, p. 36-38). 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 34/68 De todo modo, observa-se, comumente, nas obras, o uso de argamassas para revestimento e assentamento com relações ligantes/agregadas em volume entre 1:2,5 a 1:3,5. Assim, as transformações dos materiais em unidade de volume para unidade de massa ou vice-versa são realizadas por meio das massas especí�cas e unitárias dos materiais constituintes. Imaginemos a seguinte situação: deseja-se conhecer o traço em massa do equivalente traço em volume 1:2:9 (cimento : cal : areia), cujas massas unitárias dos materiais cimento, cal e areia são 0,90 kg/dm³, 0,50 kg/dm³ e 1,45 kg/dm³, respectivamente. A partir dessas massas unitárias e dos volumes indicados no traço, calculam-se as massas dos materiais por meio da Equação 1. Assim, 1 dm³ de cimento pesará o equivalente ao produto do volume (traço) pela sua massa unitária (MU), resultando em 0,90 kg (1 dm³ x 0,90 kg/dm³). De igual modo, 2 dm³ da cal pesará o equivalente ao produto do volume (traço) pela sua massa unitária (MU), resultando em 1,00 kg (2 dm³ x 0,50 kg/dm³), e 9 dm³ de areia pesará o equivalente a 13,05 kg (9 dm³ x 1,45 kg/dm³). Esses cálculos indicam que uma determinada quantidade da argamassa (traço 1:2:9, em volume) é formada pela mistura de 0,90 kg de cimento, mais 1,00 kg de cal e mais 13,05 kg de areia, além da água, que não foi exempli�cada no cálculo. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 35/68 Assim, o traço em massa �caria 0,90 : 1,00 : 13,05, mas, como a expressão do traço é dada em relação à massa do cimento Portland (aglomerante principal), dividem-se as massas calculadas pela massa do cimento, resultando no traço unitário em massa, conforme indicado na Equação 2. Desse modo, observa-se que o traço 1:2:9, em volume, equivale ao traço 1:1,11:14,50, em massa. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 36/68 Independentemente do local de produção e do equipamento utilizado para fazer o preparo das argamassas, o tempo de mistura é um fator importante no processo. O tempo de mistura in�uenciará na homogeneização dos materiais, além de incorporar ar na argamassa, o que pode ser potencializado, quando as argamassas utilizam aditivos. Preparo das ArgamassasPreparo das Argamassas 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 37/68 A ocorrência de bolhas de ar, na interface entre a argamassa e o substrato, pode reduzir a capacidade de aderência da argamassa, devido à redução da área de contato nessa zona de transição entre os materiais. No caso do preparo de argamassas frescas para a caracterização do material em laboratório, a NBR 16541 (ABNT, 2016) prescreve o tempo total de mistura em 4 minutos, inserindo frações dos materiais e alterando a velocidade do misturador durante o procedimento. Ressalta-se que, no procedimento prescritona NBR 16541 (ABNT, 2016), não são abordados cuidados, no preparo da argamassa, quando se utilizam �bras (componente de reforço). Assim, é necessário avaliar a consistência da argamassa, com essa adição, a qual aumenta a coesão e, consequentemente, necessitará de mais tempo de mistura, para promover a homogeneização entre o componente de reforço e os demais materiais constituintes da argamassa. No caso do preparo em canteiro de obras, a NBR 7200 (ABNT, 1998) prescreve, para o processo mecanizado, um tempo de mistura não inferior a 3 minutos e nem superior a 5 minutos, além de indicar, em casos excepcionais, a mistura manual até a obtenção de uma massa perfeitamente homogeneizada. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 38/68 No Brasil, as argamassas destinadas ao assentamento de paredes ou ao revestimento de paredes e tetos devem cumprir com os requisitos estabelecidos na NBR 13281 (ABNT, 2005). As argamassas são classi�cadas de acordo com as características e propriedades que apresentam, sendo estabelecidas duas propriedades no estado fresco (densidade de massa e retenção de água), e cinco propriedades no estado endurecido (resistência à compressão, tração na �exão e potencial de Avaliação dasAvaliação das ArgamassasArgamassas 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 39/68 aderência à tração, densidade de massa e coe�ciente de capilaridade), sendo detalhadas na Tabela 1.2. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 40/68 Propriedade Classe Método de Ensaio Retenção de água (%) U1 (≤ 78) ABNT NBR 13277 U2 (72 a 85) U3 (80 a 90) U4 (86 a 94) U5 (91 a 97) U6 (95 a 100) Densidade de massa no estado fresco (kg/m³) D1 (≤ 1400) ABNT NBR 13278 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 41/68 D2 (1200 a 1600) D3 (1400 a 1800) D4 (1600 a 2000) D5 (1800 a 2200) R6 (> 2000) Resistência à tração na �exão (MPa) R1 (≤ 1,5) ABNT NBR 13279 R2 (1,0 a 2,0) R3 (1,5 a 2,7) 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 42/68 R4 (2,0 a 3,5) R5 (2,7 a 4,5) R6 (> 3,5) Resistência à compressão (MPa) (P1 (≤ 2,0) P2 (1,5 a 3,0) P3 (2,5 a 4,5) P4 (4,0 a 6,5) P5 (5,5 a 9,0) 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 43/68 P6 (> 8,0) Resistência potencial de aderência à tração (MPa) A1 ( 10,0) Densidade de massa aparente no estado endurecido (kg/m³) M1 (≤ 1200) ABNT NBR 13280 M2 (1000 a 1400) M3 (1200 a 1600) M4 (1400 a 1800) M5 (1600 a 2000) M6 (> 1800) 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 45/68 Tabela 1.2 - Métodos de ensaios para características e propriedades das argamassas Fonte: Adaptada de NBR 13281 (ABNT, 2005). A resistência de aderência à tração é uma propriedade importante para caracterizar um sistema de revestimento, pois indica um parâmetro do material em uso. A NBR 13528 (ABNT, 2019a) de�ne a resistência de aderência à tração (Ra) como a tensão máxima suportada por uma área limitada de revestimento (corpo de prova) na interface de avaliação, quando submetida a um esforço ortogonal de tração. O equipamento deve assegurar a aplicação da carga centrada e ortogonal ao plano do revestimento, conforme demonstrado na Figura 1.7. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 46/68 Preferencialmente, a avaliação da resistência de aderência à tração deve ser realizada no local onde o revestimento estiver aplicado, em revestimentos acabados, antigos ou recentes, sendo o procedimento conduzido sobre painéis de alvenaria, componentes de alvenaria (blocos e tijolos), placas de concreto, dentre outros (ABNT, 2019b, p. 1). Figura 1.7 - Exemplo de encaixe e peças constituintes do sistema de acoplamento do equipamento Fonte: NBR 13528 (ABNT, 2019a, p. 2). 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 47/68 Uma determinação de resistência de aderência à tração é realizada ensaiando 12 corpos de prova com mesmas características, por exemplo, o tipo e preparo do substrato, a argamassa de revestimento, a forma de aplicação da argamassa e a idade do revestimento (ABNT, 2019b, p. 2). Essa recomendação normativa busca reduzir os fatores que in�uenciam nos resultados e, consequentemente, reduz a sua variabilidade. Desse modo, é detalhado, na NBR 13528 (ABNT, 2019b), o posicionamento dos corpos de prova sobre o painel do sistema de revestimento, conforme demonstrado na Figura 1.8. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 48/68 Para realizar o corte no revestimento, recomenda-se o uso de um dispositivo de apoio ao equipamento de corte, de modo a evitar a ocorrência de trepidações durante o corte e assegurar a ortogonalidade do equipamento. Após o arrancamento dos corpos de prova que compõem o painel ensaiado, deve-se avaliar a forma de ruptura do revestimento que pode ocorrer entre qualquer uma das interfaces ou no interior de Figura 1.8 - Posição dos corpos de prova para realização do ensaio Fonte: ABNT (2019b, p. 2). 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 49/68 uma das camadas que constituem o sistema de revestimento (ABNT, 2019c, p. 3). É de�nida, na NBR 13528 (ABNT, 2019b), as formas de ruptura que podem ser: tipo A – ruptura no interior do revestimento; tipo B – ruptura da superfície do revestimento, onde partes da argamassa são arrancadas; tipo C – ruptura na interface cola/revestimento, quando apenas poucos grãos são arrancados; tipo D – ruptura na interface pastilha metálica/cola. O aspecto visual do corpo de prova também é detalhado na respectiva norma, conforme demonstrado na Figura 1.9. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 50/68 Na avaliação da resistência de aderência à tração, em um determinado painel, caso ocorram múltiplas formas de ruptura em um mesmo corpo de prova, deve ser anotada a porcentagem aproximada da área e de cada forma de ruptura. Nesta seção, reconhecemos as propriedades para a caracterização das argamassas, de acordo com a normalização brasileira. Figura 1.9 - Formas de ruptura do corpo de prova Fonte: ABNT (2019b, p. 4). 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 51/68 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 52/68 A construção civil é uma atividade econômica reconhecidamente extrativista e poluidora do meio ambiente, além de ser consumidora de grandes quantidades de energia. Há várias décadas, a comunidade cientí�ca estuda formas de mitigar o passivo ambiental da construção civil. De acordo com Jonh (2010, p. 98), entre 40% e 75% das matérias-primas extraídas da natureza são transformadas em materiais de construção. Referindo-se ao consumo de cimento, Metha e Monteiro Inovação e AplicaçõesInovação e Aplicações SustentáveisSustentáveis 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 53/68 (2016, p. 733) a�rmam que a indústria cimenteira é responsável por 7% das emissões de CO2 no planeta. Desse modo, em um cenário de crescimento populacional acelerado, reduzir o consumo dos materiais de construção civil é a condição essencial na busca da sustentabilidade ambiental para o setor. Nesse sentido, o uso dos agregados reciclados, a partir dos resíduos sólidos da construção civil (RCD), é uma alternativa viável para reduzir o consumode agregados extraídos da natureza. De todo modo, os agregados reciclados (AR), por apresentarem composição heterogênea e maior porosidade, quando comparados aos agregados naturais, promovem efeitos negativos aos novos materiais produzidos. Ademais, desencadeiam maior consumo de água e menor resistência mecânica e menos permeabilidade à água. Por esses motivos, o uso AR ainda é limitado. Contudo, os agregados reciclados de concreto (ARC), por serem menos heterogêneos que os agregados reciclados mistos (ARM), oriundos de RCD, são promissores para o uso em novos concretos e argamassas, além de conterem partículas de cimento, ainda não hidratadas. O ARC é formado, principalmente, por uma pasta de cimento aderida ao grão de agregado natural (AN). Li et al. (2017, p. 48) comentam a formação de duas zonas de transição quando se utiliza o ARC em novos concretos, sendo uma zona de transição formada pela nova pasta de cimento e o agregado 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 54/68 reciclado, e a outra interface formada pela antiga pasta de cimento e o agregado natural, conforme demonstrado na Figura 1.10. Figura 1.10 - Zonas de transição entre a pasta e o agregado reciclado de concreto Fonte: Adaptada de Li et al. (2017, p. 47). Estudos recentes buscam formas de melhorar a qualidade do ARC. Uma dessas formas é fortalecer a zona de transição na interface entre a pasta de cimento e o AN, por meio de banho do ARC em pasta de pozolana, que pode ser produzida com adições minerais, como a sílica ativa e a cinza volante. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 55/68 O uso de �bras sintéticas e naturais como componente de reforço nas argamassas também se mostra como uma alternativa sustentável para a construção civil. Estudos recentes encontraram resultados positivos para o uso das �bras de carbono (SANTOS et al ., 2019, p. 163) e piaçava (ALMEIDA et al ., 2019, p. 150). Normalmente, as �bras promovem melhoria no desempenho mecânico dos materiais. Nas argamassas, esse efeito pode proporcionar uma redução no consumo de cimento, visto que as classes de resistências estarão associadas ao uso do material, ou seja, é possível utilizar menos cimento contendo �bras na mistura e manter a resistência desejada. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 56/68 indicações Material Complementar 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 57/68 LIVRO Engenharia no Século XXI – Volume 3 (E-Book) Editora: Poisson (www.poisson.com.br) Autor: Diversos ISBN: 978-85-7042-091-6 Comentário: trata-se de uma coletânea de artigos que cobre uma gama de tópicos da área de engenharia, servindo para acadêmicos e pro�ssionais atuantes no mercado. Este volume 3 (1ª edição) é formado por 24 artigos cientí�cos, dos quais 16 abordam o uso de �bras e resíduos na composição de novos materiais. O E-book pode ser visualizado no site da editora: https://www.poisson.com.br/livros/engenharia/volume3/ . Acesso em: 20 jan. 2020. https://www.poisson.com.br/livros/engenharia/volume3/ 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 58/68 LIVRO Manual de argamassas e revestimentos: estudos e procedimentos de execução Editora: PINI Autor: Antônio J. S. I. Fiorito ISBN: 978-85-7266-189-8 Comentário: esta obra aborda a teoria dos revestimentos, incluindo estudos sobre os materiais e comportamentos do sistema de revestimento fundamentados em estudos cientí�cos do autor. Ademais, apresenta linguagem técnica de fácil compreensão. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 59/68 WEB Reciclagem de garrafa PET – como fazer? Ano: 2018 Comentário: várias iniciativas vêm sendo realizadas em todo mundo para reduzir o passivo ambiental da indústria do plástico que, muitas vezes, é descartado inadequadamente na natureza. O PET é uma classe de polímero derivado do petróleo que se enquadra nesta problemática, porém o material é 100% reciclável. Este vídeo foi produzido por alunos(as) de uma escola no Rio de Janeiro e demonstra todas as etapas da reciclagem do PET em uma indústria. Você já pensou se a �bra de PET pode ser utilizada como componente de reforço em argamassas? ACESSAR https://www.youtube.com/watch?v=sNA-g02I9bc 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 60/68 conclusão Conclusão Observamos, nesta unidade, que as argamassas são materiais utilizados em grandes quantidades, na construção civil, e o desconhecimento de suas características, bem como falhas na aplicação, podem gerar patologias nos sistemas de revestimentos, promovendo custos extras para o restabelecimento do sistema. É necessário que o Engenheiro Civil reconheça a importância das argamassas dentro dos sistemas construtivos e preocupe-se com a qualidade dos materiais utilizados nas misturas, bem como avalie as propriedades das argamassas nos estados frescos e endurecidos, em atendimento à normalização brasileira. Nesse sentido, a avaliação da argamassa em uso é essencial para determinar o desempenho do sistema de revestimento. Hoje, esse comportamento é avaliado, principalmente, pela resistência de aderência à tração do revestimento. Assim como outros setores da indústria, a tecnologia das argamassas tem um papel importante para mitigar o passivo ambiental no setor da construção civil, sendo constantemente avaliado pela comunidade cientí�ca o uso de agregados reciclados oriundos de RCD e �bras. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 61/68 referências Referências Bibliográ�cas ALMEIDA, A. M. et al. Engenharia no Século XXI. 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ABNT NBR: 13528: Revestimento de paredes de argamassas inorgânicas - Determinação da resistência de aderência à tração (Parte 2) - aderência ao substrato. Rio de janeiro: ABNT, 2019b. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR: 13528: Revestimento de paredes de argamassas inorgânicas - Determinação da resistência de aderência à tração (Parte 3) - aderência super�cial. Rio de janeiro: ABNT, 2019c. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR: 13749: Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - especi�cação. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR: 13775: Revestimentos cerâmicos de fachadas e paredes externas com utilização de argamassa colante - Projeto, execução, inspeção e aceitação - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2017. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR: 16541: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Preparo da mistura para a realização de ensaios. Rio de Janeiro: ABNT, 2016. 12/03/2023, 09:40 Ead.br https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=772392 63/68 BECKER, F. A.; ANDRADE, J. J. de O. Avaliação da in�uência do substrato de concretona resistência de aderência à tração de diferentes tipos de chapisco. Revista Matéria , v. 22, n. 4, 2017. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/s1517-707620170004.0240 . Acesso em: 16 dez. 2019. CARASEK, Helena. Argamassas (Capítulo 28). In: ISAIA, Geraldo C (Org). Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais . 2. ed. São Paulo: IBRACON, 2011. 2v. p. 893-944. CARNEIRO, Arnaldo M. P.; CINCOTTO, Maria A. Dosagem de argamassa através de curvas granulométricas . Boletim técnico da Escola Politécnica da USP, Departamento de Construção Civil, BT/PCC/237. São Paulo. 1999. Disponível em: . Acesso em: 17-nov-2019 DESTEFANI, A. Z.; Holanda, J. N. F. 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