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Tópico 11 - Argamassas para contrapiso, assentamento, revestimento

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Argamassas para contrapiso, 
assentamento, revestimento
Apresentação
Atualmente no Brasil, são frequentes os processos construtivos que utilizam paredes de 
alvenaria revestidas com argamassas (chapisco, emboço e reboco), tanto para vedações internas 
quanto externas. Estes compostos cumprem a função de proteger essas vedações, bem como as 
próprias estruturas principais contra a ação de agentes agressivos, evitando, portanto, a sua 
degradação precoce. Logo, pode-se dizer que as argamassas aumentam a durabilidade e 
reduzem custos de manutenção das edificações, tornando-se um elemento fundamental na 
construção civil.
 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você estudará sobre as argamassas, que são misturas 
compostas de materiais da construção civil, como cimento, cal, areia, agregados, água e, 
eventualmente, aditivos e adições, conhecendo sua forma de classificação de acordo com 
critérios estabelecidos, bem como suas propriedades e forma de mistura, sempre de acordo com 
os padrões normativos, evitando o surgimento de manifestações patológicas.
 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Conceituar e determinar os componentes comuns das argamassas, os aditivos e adições.•
Descrever a classificação, o processo de mistura e as propriedades desejadas nas argamassas 
para seus diferentes usos.
•
Identificar as normas técnicas, os ensaios e as patologias relacionadas às argamassas.•
Desafio
O revestimento de paredes com material argamassado deve sempre considerar as condições da 
superfície do substrato da base na qual será executado o revestimento, principalmente quanto à 
possibilidade de futuras manifestações patológicas.
Considere que você está executando uma residência em um terreno com grande desnível, 
precisando efetuar o corte do terreno em algumas áreas da construção, de forma que cada 
pavimento da residência terá pelo menos uma parede em contato direto com o solo de corte:
Considerando que o solo pode apresentar umidade constante em diversos períodos, analise e 
responda os seguintes questionamentos:
1. Qual tipo de manifestação patológica pode se desenvolver nessa situação?
2. Quais providências podem ser tomadas durante a execução do revestimento argamassado que 
podem diminuir as possibilidades de surgimento dessa manifestação patológica?
Infográfico
A impermeabilização das estruturas de uma edificação é uma etapa importante da obra, garantindo 
uma maior vida útil para a construção, a qual pode ser feita, por exemplo, com a utilização de 
argamassas com aditivos impermeabilizantes, que diminuem a exposição da edificação à agua. 
Neste Infográfico, você vai ver os principais pontos que devem ser impermeabilizados em uma 
edificação, desde a sua fundação até os ambientes internos, com a respectiva indicação dos 
compostos apropriados.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/c3f33e46-15e0-4be8-b3fd-22a148cdbb78/82e63566-684b-4030-b8ba-72c6d69e1406.png
Conteúdo do livro
As argamassas são obtidas a partir da mistura homogênea de um ou mais aglomerantes, agregado 
miúdo (normalmente areia) e água, podendo conter ainda algumas adições ou aditivos. Esse 
material composto é amplamente empregado na construção civil, podendo ser utilizado para o 
assentamento de alvenarias, a execução de revestimentos e contrapisos ou ainda para o 
assentamento de revestimentos cerâmicos.
No capítulo Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento, da obra Materiais 
da construção, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer um pouco mais 
sobre as características e o comportamento desse material.
Boa leitura.
MATERIAIS DE 
CONSTRUÇÃO
Hudson Goto 
Argamassas para 
contrapiso, assentamento 
e revestimento
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Conceituar e determinar os componentes comuns das argamassas, 
os aditivos e as adições.
 � Descrever a classificação, o processo de mistura e as propriedades 
desejadas nas argamassas para seus diferentes usos.
 � Identificar as normas técnicas, os ensaios e as patologias relacionadas 
às argamassas.
Introdução
As argamassas são misturas homogêneas de agregados miúdos, aglo-
merantes inorgânicos e água, podendo eventualmente conter aditivos 
ou adições, com propriedades de aderência e endurecimento, dosadas 
na obra ou por meio de processos industriais. As formas de classificação, 
mistura e aplicação devem seguir alguns critérios preestabelecidos, ou 
melhor, os padrões normativos, para evitar o surgimento de manifestações 
patológicas precoces.
Atualmente no Brasil, são frequentes os processos construtivos que 
utilizam paredes de alvenaria revestidas e acabadas com argamassas 
(chapisco, emboço e reboco), tanto para vedações internas quanto exter-
nas, porém aplicadas também no assentamento de tijolos, rejuntamento 
e contrapiso. Como revestimento, cumprem a função de proteger as 
vedações e as próprias estruturas principais contra a ação de agentes 
agressivos do meio externo, ou seja, as argamassas aumentam a dura-
bilidade e reduzem os custos de manutenção das edificações, o que as 
tornam um componente fundamental da construção civil.
Assim, compreender as características dos materiais que compõem 
as argamassas, bem como o papel que cada um deles desempenha e 
como influenciam nas propriedades finais das misturas, é importante 
para a especificação dos melhores produtos.
Conceitos gerais, aditivos e adições
De modo geral, a mistura de um aglomerante (por exemplo, o cimento ou a 
cal) com água resulta na formação da pasta. Quando se adiciona um material 
inerte à pasta, um agregado miúdo, a areia, tem-se, então, a argamassa. Às 
argamassas, pode-se ainda acrescentar outros materiais, como as adições 
e os aditivos. Assim, argamassas podem ser definidas como materiais de 
construção com propriedades aderentes e de endurecimento, obtidas a partir 
da mistura homogênea de um ou mais aglomerantes, agregado miúdo (areia) 
e água, podendo conter ainda aditivos e adições minerais.
O cimento Portland contribui para a resistência mecânica das argamassas, 
a retenção da água da mistura e a plasticidade, em virtude das finas partículas 
que o compõem. Quanto à sua proporção, pode-se dizer que, quanto maior a 
quantidade de cimento presente na mistura, maior será a retração da argamassa, 
mas contribuindo para a melhoria da aderência à base.
A cal hidratada tem a função de aglomerante quando adotada como único 
material ligante da mistura, melhorando as propriedades de trabalhabilidade 
e a capacidade de absorver deformações, reduzindo, contudo, as propriedades 
de resistência e aderência. No caso das argamassas mistas de cal e cimento, 
a finura da cal proporciona a retenção de água em volta de suas partículas, 
resultando na maior retenção de água na argamassa. Logo, a cal hidratada 
pode contribuir para uma hidratação mais eficiente do cimento, bem como 
para a trabalhabilidade e a capacidade de absorver deformações.
A areia utilizada nas argamassas deve ter origem em rios, cavas ou pro-
cessos de britagem. Têm origem mineral, de forma particulada, com diâmetro 
entre 0,06 e 2,0 mm. A proporção de areia na mistura influencia também nas 
quantidades de aglomerantes e água. Por isso, quando de uma distribuição 
granulométrica deficiente, com descontinuidades, ou quando de excesso 
de finos, o consumo de água de amassamento pode aumentar, reduzindo, 
consequentemente, a resistência mecânica, provocando maior retração por 
secagem. No Quadro 1, são apresentadas algumas características das areias 
que influenciam nas propriedades finais das argamassas (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND, 2002).
Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento2
Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Cimento Portland (2002, p. 14/6CON).
Propriedade
Quanto 
mais finoQuanto maior a 
descontinuidade 
da distribuição 
granulométrica
Quanto maior 
o teor de grãos 
angulosos
Trabalhabilidade Melhor Pior Pior
Retenção de água Melhor - Melhor
Retração por 
secagem
Aumenta Aumenta —
Porosidade — Aumenta —
Aderência Pior Pior Melhor
Resistência 
mecânica
— Pior —
Impermeabilidade Pior Pior —
Quadro 1. Influência das características das areias nas propriedades das argamassas
A água confere a continuidade da mistura, possibilitando as reações entre 
os diversos componentes, principalmente as de hidratação do cimento. O teor 
da água, mesmo que normalmente dosada pelo próprio aplicador da mistura, 
como o pedreiro, deve atender ao traço dosado, seja para argamassas misturadas 
em obra, seja na indústria. É consenso que a água potável é a melhor opção 
para a mistura de argamassas à base de cimento Portland, devendo-se evitar 
águas contaminadas ou com excesso de sais solúveis. Segundo Fiorito (2009), 
algumas características físicas desses componentes são:
 � Cimento — tipo Portland, com massa específica absoluta de cerca de 
3,07 kg/dm3 e massa específica aparente de 1,50 kg/dm3. Em alguns 
casos, pode-se obter ainda o valor de 1,20 kg/dm3.
 � Cal hidratada — massa específica absoluta ou real de 1,80 kg/dm3 e 
massa específica aparente de 0,58 kg/dm3.
 � Areia — massa específica real de 2,65 kg/dm3 e aparente para areia 
seca de 1,45 kg/dm3.
3Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento
Adicionados em pequenas quantidades à mistura, os aditivos são utilizados 
nas argamassas com o objetivo de melhorar uma ou mais propriedades, no 
estado fresco e no endurecido, sendo sua quantidade expressa em termos de 
porcentagem de aglomerante (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 1995). As aplicações mais usuais consistem em diminuir a re-
tração por secagem e consequente fissuração, aumentar o tempo de pega para 
manter a plasticidade, facilitando a trabalhabilidade da mistura, aumentar a 
retenção de água e aumentar a aderência da argamassa à superfície do substrato, 
de acordo com o Quadro 2 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO 
PORTLAND, 2002).
Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Cimento Portland (2002, p. 15/7CON).
Tipos de aditivos Aplicação
Redutores de água 
(plastificantes)
Melhoram a trabalhabilidade da argamassa 
sem alterar a quantidade de água da mistura
Retentores de água Reduzem a evaporação e a exsudação 
da água da argamassa fresca, conferindo 
capacidade de retenção de água provocada 
pela sucção em bases absorventes
Incorporadores de ar Formam microbolhas de ar estáveis, 
distribuídas de maneira homogênea 
na argamassa, melhorando a 
trabalhabilidade e a permeabilidade da 
massa, reduzindo o consumo de água
Retardadores de pega Retardam a hidratação do cimento, 
aumentando o tempo de utilização em obra
Aumentadores de aderência Proporcionam a aderência 
química ao substrato
Hidrofugantes Reduzem a absorção de água da argamassa 
por capilaridade, porém sem tornar 
a massa impermeável, possibilitando 
a passagem de vapor d’água
Quadro 2. Tipos de aditivos disponíveis e suas aplicações
Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento4
Para tirar mais dúvidas sobre os aditivos, você pode acessar 
a reportagem publicada na Revista Tèchne no link ou no 
código a seguir.
https://goo.gl/dwdxCN
Segundo a NBR 13529 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2013a), as adições são materiais inorgânicos naturais ou indus-
triais, finamente divididos, adicionados às argamassas para modificar suas 
propriedades, cuja quantidade é levada em consideração no proporcionamento. 
Normalmente, são utilizadas em substituição ao cimento Portland. De acordo 
com a norma descrita, pode-se citar as seguintes adições:
 � Entulho reciclado — material obtido por moagem de argamassas 
endurecidas, blocos cerâmicos, blocos de concreto ou tijolos, com 
dimensão máxima característica de 2,4 mm.
 � Filito cerâmico — rocha constituída por quartzo, caulinita e mica 
moscovita finamente dividida ou sericita, de modo geral friável, com 
baixo resíduo em peneira de 0,075 mm de abertura.
 � Pó calcário — material constituído essencialmente de carbonato de 
cálcio e magnésio.
 � Saibro — designação geológica de solos provenientes de granitos e 
gnaisses, com minerais parcialmente decompostos, sendo arenosos ou 
siltosos, com baixo teor de argila, e de cor variada.
 � Solo fino — solo sedimentar com minerais já completamente decompos-
tos, que não guarda o aspecto da rocha matriz, sendo em geral argiloso, 
quando residual, e de granulometria mais variada, quando transportado.
 � Solo fino beneficiado — solo fino que, retirado da jazida, é submetido 
pelo menos aos processos de secagem parcial ou total, trituração de 
torrões e acondicionamento em sacos fechados, com massa definida.
5Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento
Casarek (2007) afirma que algumas adições, como saibro, filito e pós de 
pedra, de calcário e silicoso, podem ser empregadas em substituição à cal 
hidratada, proporcionando maior plasticidade da massa; além disso, como 
não são processados, conferem um custo mais reduzido.
Classificação, processos de mistura 
e propriedades
Para cumprir adequadamente suas funções, as argamassas devem apresentar 
características e propriedades compatíveis com as condições a que estarão 
expostas, bem como com as condições de sua execução ou mistura, passando 
por uma avaliação das condições da base, dos requisitos mínimos de desem-
penho e do acabamento final planejado. Conforme Casarek (2007), podem ser 
classificadas da seguinte maneira:
 � natureza dos aglomerantes — aérea ou hidráulica;
 � tipo de aglomerante — base de cal, cimento, cal e cimento, gesso ou 
cal e gesso;
 � número de aglomerantes — simples ou misto;
 � densidade de massa da argamassa — leve, normal ou pesada;
 � consistência da argamassa — seca, plástica ou fluida;
 � plasticidade da argamassa — pobre ou magra, média ou cheia, rica 
ou gorda;
 � forma de preparo ou fornecimento — preparada em obra, mistura 
semipronta, industrializada ou dosada em central.
Sobre sua plasticidade, Fiorito (2009) afirma que pode ser feita conside-
rando o nível de ocupação de vazios proporcionado pela areia das argamassas, 
sugerindo os detalhamentos descritos no Quadro 3.
Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento6
Fonte: Adaptado de Fiorito (2009, p. 35).
Argamassa
Traços de referência
Cimento:areia Cal hidratada:areia Cimento:cal 
hidratada:areia
Rica Vpasta > Vvazios 1:2 1:1,5 1:3:7
Cheia Vpasta = Vvazios 1:2,5 1:2 1:3:8
Pobre Vpasta < Vvazios 1:3 1:2,5 1:3:9
Quadro 3. Classificação das argamassas quanto à sua plasticidade
Ainda, as argamassas podem ser classificadas quanto à sua função, con-
forme apresentado no Quadro 4 (CASAREK, 2007).
Fonte: Adaptado de Casarek (2007, p. 887).
Função Tipos
Construção de alvenarias Argamassa de assentamento (elevação)
Argamassa de fixação/encunhamento
Revestimento de paredes e tetos Argamassa de chapisco
Argamassa de emboço
Argamassa de reboco
Argamassa de camada única
Argamassa decorativa monocamada
Revestimento de pisos Argamassa de contrapiso
Argamassa de alta resistência para pisos
Revestimento cerâmico Argamassa colante
Argamassa de rejuntamento
Recuperação de estruturas Argamassa de reparo
Quadro 4. Funções e tipos de argamassas
7Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento
Quanto às propriedades dos revestimentos em argamassa, pode-se citar a 
capacidade de aderência, a resistência mecânica, a capacidade de absorção de 
deformações, a estanqueidade, as propriedades da superfície e a durabilidade 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND, 2002).
A capacidade de aderência proporciona condições à camada de revesti-
mento de resistir às tensões normais e tangenciais que atuam na interface com 
a base do substrato, desenvolvida principalmente (Figura 1):
 � pela ancoragem da pasta de aglomerante no interior dos poros da base 
do substrato, onde parteda água de amassamento contendo o aglome-
rante é succionada pelos poros da base, com posterior endurecimento;
 � por efeito de ancoragem mecânica da própria mistura da argamassa 
nas reentrâncias e saliências macroscópicas da superfície revestida.
Figura 1. Sistema de adesão entre argamassa e base do substrato.
Fonte: Associação Brasileira de Cimento Portland (2002, p. 16/8CON).
Para uma aderência desenvolvida adequadamente, a camada de argamassa 
deverá ter a maior extensão efetiva possível de contato com a base do substrato, 
o que dependerá da trabalhabilidade da argamassa, da natureza e da caracterís-
tica da base e das condições de limpeza da superfície de aplicação. Atingindo 
uma trabalhabilidade adequada, a argamassa formará um contato mais extenso 
com a base, proporcionado pelo melhor espalhamento. A própria técnica de 
aplicação, de acordo com as operações de compactação e prensagem contra a 
base, é capaz de ampliar a extensão desse contato. A rugosidade superficial e a 
Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento8
capacidade de absorção da base são influenciadas diretamente pelo diâmetro, 
a natureza e a distribuição do tamanho dos poros, que podem ampliar ou não 
a extensão de aderência e ancoragem do revestimento (Figura 2).
Figura 2. Formas inadequadas de aderência: a) baixa porosidade do substrato; b) capilares 
sem força de sucção; c) existência de macroporos no substrato e d) excesso de microporos 
no substrato.
Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Cimento Portland (2002, p. 17/9CON).
a) b) c) d)
A limpeza da superfície também compreende outro fator que influencia 
na capacidade de aderência do substrato, podendo comprometer a extensão 
de aderência pela existência de partículas soltas ou de grãos de areia, poeira, 
fungos, concentração de sais na superfície (como as eflorescências), camadas 
superficiais de desmoldantes ou graxas, capazes de funcionar como barreiras 
físicas para a ancoragem do revestimento na base.
Já a resistência mecânica é definida como a capacidade dos revestimentos 
em suportar esforços de diversas naturezas, que promovem tensões internas de 
tração, compressão e cisalhamento. Como exemplos desses tipos de tensões, 
pode-se citar os esforços de abrasão superficial, as cargas de impacto e os 
movimentos de contração e expansão dos revestimentos causados pelos efeitos 
da variação da umidade. Um método bastante usual e rápido para avaliar a 
resistência, mesmo que ainda empírico, consiste no tradicional risco com prego 
ou outro objeto pontiagudo similar, utilizado em obra para avaliar a resistência 
superficial dos revestimentos argamassados executados.
A capacidade de absorção de deformações refere-se à propriedade de 
absorver deformações intrínsecas (do próprio revestimento) ou extrínsecas 
(da base), sem que haja ruptura da massa, formação de fissuras ou perda de 
aderência. Basicamente, essa propriedade está diretamente relacionada à 
resistência à tração e ao módulo de deformação do revestimento.
A retração, uma das principais deformações intrínsecas das argamassas, 
é causada sobretudo pela perda de água por sucção da base e por evaporação, 
tão logo se aplica a argamassa. Como a retração promove tensões internas de 
tração, o revestimento pode ou não resistir a elas, o que determina o grau de 
9Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento
fissuração nas primeiras idades, o qual, por sua vez, dependerá de parâmetros 
como o teor e a natureza dos aglomerantes e agregados, a capacidade de ab-
sorção de água da base, as condições ambientais e a capacidade de retenção 
de água, além das técnicas de execução.
Visando à compatibilização dos materiais, o teor de aglomerantes deve 
ser adequado, bem como sua natureza apresentar baixa a média reatividade, 
resultando em argamassas com resistência à tração não muito elevadas, o que 
possibilita uma maior capacidade de deformação (Figura 3).
Figura 3. Influência do teor de cimento nas argamassas: a) alto teor: formação de fissuras 
de retração na superfície; b) baixo teor: vazios/falhas na interface agregado/pasta.
Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Cimento Portland (2002, p. 19/11CON).
alto teor de cimento baixo teor de cimento
a) b)
Já a natureza e o teor dos agregados devem ter granulometria contínua, 
com a finalidade de reduzir o volume de vazios entre si, diminuindo a quan-
tidade de pasta necessária para o preenchimento e minimizando o potencial 
de retração. Adicionalmente, o teor de finos deve ser adequado, pois o seu 
excesso aumenta o consumo de água de amassamento, levando a uma maior 
retração por secagem do revestimento.
Adicionalmente, a capacidade de absorção e retenção de água na base, 
além das condições ambientais, compreendem fatores capazes de regular a 
perda de água de amassamento durante o endurecimento e o desenvolvimento 
inicial da resistência à tração. Quanto mais lentamente a argamassa perder 
água, melhor será a resistência mecânica do revestimento.
Compostas pelas etapas de grau de compactação do revestimento, sarra-
feamento e desempeno, as técnicas utilizadas também podem determinar o 
teor de umidade remanescente no revestimento, pois executar o sarrafeamento 
e o desempeno em momento inadequado pode resultar em excesso de água, 
prejudicando o revestimento e a sua aderência ao substrato.
Referente à estanqueidade, trata-se de uma propriedade relacionada à 
absorção capilar da estrutura porosa e, eventualmente, fissurada da camada 
de argamassa no seu estado endurecido. Importante, pois confere proteção 
Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento10
à base contra as intempéries, diversos fatores podem influenciá-la, como as 
proporções e a natureza dos materiais constituintes da mistura, a técnica de 
execução, a espessura da camada, a natureza da base e a quantidade e o tipo 
de fissuras existentes. Contudo, a permeabilidade ao vapor d’água compreende 
uma propriedade benéfica, pois possibilita a secagem de eventuais umidades 
acidentais ou infiltrações, evitando, ainda, riscos de umidade por condensação 
interna em regiões de clima muito frio.
Já a propriedade da superfície do revestimento é representada pela ru-
gosidade e porosidade, importantes por estarem relacionadas diretamente 
às funções estéticas e de compatibilização do revestimento de argamassa 
com o sistema de pintura ou outro revestimento decorativo, influenciando, 
também, na estanqueidade, na resistência mecânica e na durabilidade do 
revestimento. A rugosidade superficial pode variar de lisa a áspera, sendo 
resultado direto do tipo de agregado, sua granulometria, seu teor e a técnica 
de execução do revestimento. Ainda deve haver suficientes compatibilidade 
química e rugosidade superficial do revestimento para a aplicação do posterior 
acabamento final. Em virtude das condições de exposição do revestimento, 
em áreas externas recomendam-se texturas mais rugosas, que dissimulam 
melhor os defeitos do próprio revestimento. Porém, em regiões de maior 
índice de poluição atmosférica, deve-se dar preferência a revestimentos com 
acabamentos lisos, que dificultam a fixação de poeiras e micro-organismos, 
conservando as características estéticas da fachada de modo mais eficiente. 
Quando o revestimento for executado em múltiplas camadas, deve-se adotar 
para as camadas internas uma rugosidade áspera, proporcionando uma melhor 
ancoragem das camadas subsequentes.
A durabilidade, ou a capacidade de manter o desempenho de suas funções 
ao longo do tempo, é uma propriedade complexa, que depende de procedimen-
tos adequados desde o projeto até o seu uso final. Na etapa de projeto, devem 
ser especificados os materiais de maneira a compatibilizar o revestimento 
com as condições a que estará exposto durante a sua vida útil. A etapa de 
execução representa um fator determinante, devendo obedecer às melhores 
técnicas e efetuar o controle de produção. A etapa de uso deve estar de acordo 
com o programa de manutenção periódico. Outro fatorinterferente refere-se à 
movimentação de origem térmica, higroscópica ou imposta por forças externas, 
capaz de causar fissuração, desagregação e descolamento dos revestimentos.
A espessura do revestimento, se excessiva, também intensifica a mo-
vimentação higroscópica nas primeiras idades, resultando em fissuras de 
retração e comprometendo a capacidade de aderência e impermeabilidade 
do revestimento. A cultura e a proliferação de micro-organismos podem 
11Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento
provocar manchas escuras em áreas permanentemente úmidas. Os fungos e 
líquens produzem ácidos orgânicos que reagem e destroem progressivamente 
os aglomerantes da argamassa endurecida.
Atualmente, as argamassas podem ser produzidas tanto no canteiro de 
obras quanto na indústria, ou ainda, ser um misto entre ambos, podendo-se 
citar, então, as argamassas preparadas em obra, as industrializadas em sacos, 
as preparadas em central e, em grandes obras, as industrializadas em silos 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND, 2002).
Considerada o sistema mais tradicional, a argamassa preparada em obra 
tem base empírica. Uma vez definidos o traço na fase de projeto e os materiais 
a serem utilizados, a fabricação resume-se a misturá-los manual (Figura 4) ou 
mecanicamente (Figura 5) em certa sequência e por um dado tempo. Nesse 
caso, torna-se necessário prever áreas de estocagem para as matérias-primas, 
como os agregados, o cimento e a cal.
Figura 4. Processo de mistura manual da argamassa em obra: 1) colocar a areia, formando 
uma camada de 15 cm de altura; 2) colocar o cimento e/ou a cal; 3) mexer até formar uma 
mistura uniforme, deixando um buraco no meio; 4) adicionar água aos poucos, evitando 
seu escoamento para fora da mistura.
Fonte: Adaptado de Meyer ([2010?], p. 3).
1) 2) 3) 4)
Figura 5. Processo de mistura mecânica (com betoneira) da argamassa, em obra: 1) colocar 
areia na betoneira; 2) adicionar metade da água; 3) colocar o cimento e/ou a cal; 4) adicionar 
o restante da água.
Fonte: Meyer ([2010?], p. 4).
1) 2) 3) 4)
Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento12
Uma alternativa prática consiste nas argamassas industrializadas em sa-
cos, compostas de agregados com granulometria controlada, cimento Portland 
e aditivos especiais que otimizam suas propriedades finais, seja no estado 
fresco, seja no estado endurecido. São fabricadas em complexos industriais, 
nos quais os agregados miúdos, os aglomerantes e os aditivos em pó são 
misturados a seco e ensacados em embalagens plásticas ou de papel kraft. 
No momento da utilização, são preparadas apenas pela mistura com a água. 
Em virtude do processo industrial e controlado, as argamassas ensacadas 
apresentam grande uniformidade de dosagem, podendo-se repetir um traço 
com um grau de confiança satisfatório.
Outra opção, ainda, são as argamassas preparadas em central, dosadas 
e fornecidas em caminhões-betoneira, prontas para a aplicação, eliminando 
a necessidade da central de preparo e da área de estocagem de materiais na 
obra. As argamassas cimentícias apresentam curtos períodos para aplicação, 
mesmo quando aditivadas. Por isso, deve-se prever a quantidade adequada 
de argamassa a receber na obra durante a jornada de trabalho. No caso de 
argamassa apenas de cal, essa previsão não importa muito, pois permanece 
em condições de aplicação por alguns dias.
Mais frequentes em grandes obras, as argamassas industrializadas em 
silos são produzidas em complexos industriais, nos quais os agregados, aglo-
merantes e aditivos são misturados a seco e armazenados em silos metálicos 
levados por caminhões. Na obra, os silos ficam estocados de modo a facilitar 
sua substituição e/ou abastecimento. No momento do preparo, o sistema dispõe 
de mecanismos para a adição de água e mistura, produzindo-se a argamassa.
Resumidamente, a tomada de decisão quanto ao processo de mistura deve 
considerar a redução das áreas de estocagem, a redução de perdas na etapa 
de transporte, a agilidade no preparo da argamassa, a redução de custo para 
a atividade e o atendimento dos prazos necessários.
Manifestações patológicas, 
normas técnicas e ensaios
Quando as argamassas não são executadas apropriadamente, pela falta de 
compatibilidade entre seus materiais ou entre a mistura e a base do substrato, 
sem o estudo preliminar das condições necessárias, ou, ainda, pela falta de 
manutenção, algumas manifestações patológicas podem surgir imediatamente 
13Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento
após a aplicação ou durante a sua vida útil. Entre elas, Cincotto (1988) e Bauer 
(2008) apontam que as principais são os descolamentos, as vesículas, as eflo-
rescências, as fissuras, as manchas decorrentes da umidade e da contaminação 
atmosférica e a corrosão mecânica e química por substâncias agressivas.
Os descolamentos se dão pela separação de uma ou mais camadas dos 
revestimentos argamassados, podendo compreender áreas restritas ou amplas. 
Podem se manifestar, por exemplo, em placas, com pulverulência ou empo-
lamento (BAUER, 2008). Ainda segundo o autor, no caso das argamassas de 
cal, os principais causadores desse problema consistem no uso de produtos 
não hidratados, na hidratação incompleta da cal extinta (em obra), na má 
qualidade da cal e no preparo incorreto da pasta de cal. No caso de argamassas 
mistas, o excesso de cimento normalmente é o principal fator causador dos 
descolamentos.
No descolamento em placas, estas se apresentam endurecidas ou quebradi-
ças, em ambos os casos formando som cavo ao serem percutidas. Normalmente, 
ocorrem na ligação entre o emboço e a base. Segundo Cincotto (1988), pode 
ser causado por argamassa muito rica e/ou aplicada em camada muito espessa 
(e > 2 cm), superfície da base do substrato muito lisa e/ou impregnada com 
substância impermeabilizante ou hidrófuga e falta de chapisco. Bauer (2008) 
também afirma que as tensões que provocam essa manifestação podem ter 
origem nas grandes variações de temperatura, resultando em tensões de ci-
salhamento na interface argamassa-base.
No descolamento com pulverulência, o sinal mais comum compreende a 
desagregação com posterior esfarelamento da argamassa quando pressionada 
manualmente. As principais causas são excesso de materiais pulverulentos e/
ou torrões de argila no agregado, o traço pobre em aglomerantes ou com cal 
em excesso (BAUER, 2008).
O descolamento com empolamento se caracteriza pela formação de bo-
lhas que aumentam progressivamente, descolando o reboco da superfície do 
emboço. As causas mais prováveis são infiltração da umidade e existência de 
cal parcialmente hidratada, que reagem posteriormente provocando aumento 
de volume e expansão (Figura 6) (CINCOTTO, 1988).
Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento14
Figura 6. Descolamento por empolamento da argamassa de 
revestimento, sob efeito da umidade sobre o reboco.
Fonte: Cincotto (1988, p. 552).
As vesículas são materiais dispersos na argamassa que se manifestam poste-
riormente com variação volumétrica, cujas causas principais estão relacionadas 
à presença de pedras de cal parcialmente extintas, matéria orgânica e torrões 
de argila na areia ou outras impurezas, como piritas e torrões ferruginosos 
(BAUER, 2008). De modo mais prático, Cincotto (1988) comenta que, quando 
o interior das vesículas apresenta cor branca, sugere-se a ocorrência de hidra-
tação retardada de óxido de cálcio da cal; se tiver cor preta, pode indicar pirita 
oxidada ou matéria orgânica na areia; e, se vermelha-acastanhada, sugerir 
concreções ferruginosas na areia.
As eflorescências podem ser definidas como depósitos salinos, principal-
mente alcalinos e alcalinos terrosos, formados sobre superfícies de alvenaria 
ou revestimentos, como resultado da migração de sais solúveis nos materiais 
ou componentes da alvenaria. Caracterizam-se por manchas de umidade e 
acúmulo de pó branco sobre a superfície, o que altera a sua aparência (CIN-
COTTO, 1988). Talmanifestação patológica está relacionada às propriedades 
de absorção e permeabilidade das argamassas. Pelos vazios da mistura, pode 
haver fluxo de água por capilaridade ou por pressão, introduzindo substâncias 
agressivas presentes no substrato, na rede capilar, ou dissolver e transportar 
sais solúveis que constam no próprio material.
15Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento
Consideradas uma manifestação patológica bastante frequente, as fissuras 
geralmente estão relacionadas a fatores como a própria execução do revesti-
mento argamassado, a formação de solicitações higrotérmicas e, principal-
mente, a retração hidráulica. Esses casos são tidos como principais quando 
não há evidências de movimentação ou fissuração da base da estrutura, seja 
em concreto, seja em alvenaria (BAUER, 2008). Cincotto (1988) também 
aponta que o revestimento pode apresentar fissuras resultantes das reações 
expansivas da argamassa por hidratação tardia do óxido de magnésio da cal ou 
por ataque de sulfatos. De forma geral, argamassas de base cimentícia podem 
apresentar três formas de retração que causam fissuras (THOMAZ, 1989):
 � retração química — reação química entre o cimento e a água, com 
formação de água quimicamente combinada, que gera uma contração 
de cerca de 25% de seu volume original, resultando em grandes forças 
interiores de coesão;
 � retração de secagem — inerente à quantidade excedente de água de 
amassamento, que permanece livre em seu interior e, ao evaporar, 
provoca forças capilares equivalentes a uma compressão isotrópica 
da massa;
 � retração por carbonatação — refere-se à cal hidratada adicionada à 
argamassa ou liberada a partir das reações de hidratação do cimento, 
que reage com o gás carbônico do ar, formando o carbonato de cálcio, 
reduzindo o seu volume.
As fissuras mapeadas (Figura 7b) têm forma variada e distribuem-se 
por toda a superfície do revestimento, podendo ser causadas pela retração da 
argamassa pelo consumo elevado de cimento, o alto teor de finos e o consumo 
elevado de água de amassamento (THOMAZ, 1989). Na execução de reves-
timento em fachadas, as condições climáticas podem ter influência, pois a 
aplicação em dias muito quentes ou secos é capaz de provocar a desidratação 
inicial da argamassa, causando esse tipo de fissura.
Outra possibilidade são as fissuras horizontais (Figura 7a), provocadas pela 
expansão da argamassa por hidratação retardada do óxido de magnésio da cal 
ou da expansão gerada pelo ataque de sulfatos ou, ainda, por argilo-minerais 
expansivos no agregado. Como a expansão da argamassa de revestimento se 
dá preferencialmente no sentido vertical, as fissuras são formadas no sentido 
horizontal, podendo resultar no descolamento por placas (CINCOTTO, 1988).
Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento16
Figura 7. Fissuras em argamassas: a) horizontais, por expansão da argamassa de assenta-
mento; b) mapeadas, provocadas pelo ataque por sulfatos.
Fonte: Thomaz (1989, p. 23).
a) b)
As manchas de umidade, incluindo ainda mofos e bolores, estão relacio-
nadas aos problemas de umidade que incidem nos componentes construtivos 
das edificações, nem sempre associadas a uma única causa, sendo, portanto, 
um conjunto de fatores.
As manchas formadas por contaminação atmosférica resultam do pó, 
da fuligem e de outras partículas contaminantes existentes em suspensão na 
atmosfera, que podem recobrir os revestimentos das edificações, promovendo 
manchas superficiais. As partículas podem se aderir desde o apoio sobre a 
microplataforma, que pode ser limpa simplesmente pela ação do vento, até a 
intensa aglutinação impossibilitando sua eliminação, a não ser por limpeza 
mecânica (BAUER, 2008).
Em alguns casos, verifica-se a corrosão química por substâncias agres-
sivas, que pode ser classificada em dois grupos: salinas, incorporadas aos 
materiais pela água absorvida por capilaridade; e gasosas, dissolvidas na água 
da chuva ou na forma de gases por difusão (BAUER, 2008).
Pode-se relacionar as principais Normas Brasileiras, aplicáveis à produção 
de revestimentos de argamassas, elaboradas por dois comitês da ABNT:
 � NBR 7200:1998 — Execução de revestimento de paredes e tetos de 
argamassas inorgânicas: Procedimento.
 � NBR 7215:1996 — Cimento Portland: Determinação da resistência à 
compressão.
 � NBR 8490:1984 — Argamassas endurecidas para alvenaria estrutural: 
retração por secagem: Método de ensaio.
 � NBR 13276:2016 — Argamassa para assentamento e revestimento 
de paredes e tetos: Preparo da mistura e determinação do índice de 
consistência.
17Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento
 � NBR 13277:2005 — Argamassa para assentamento e revestimento de 
paredes e tetos: Determinação da retenção de água: Método de ensaio.
 � NBR 13278:2005 — Argamassa para assentamento e revestimento de 
paredes e tetos: Determinação da densidade de massa e do teor de ar 
incorporado: Método de ensaio.
 � NBR 13279:2005 — Argamassa para assentamento e revestimento de 
paredes e tetos: Determinação da resistência à compressão: Método 
de ensaio.
 � NBR 13280:2005 — Argamassa para assentamento e revestimento 
de paredes e tetos: Determinação da densidade de massa aparente no 
estado endurecido: Método de ensaio.
 � NBR 13281:2001 — Argamassa para assentamento e revestimento de 
paredes e tetos: Requisitos.
 � NBR 13528:2010 — Revestimento de paredes e tetos de argamassas 
inorgânicas – Determinação da resistência de aderência à tração.
 � NBR 13529:2013 — Revestimento de paredes e tetos de argamassas 
inorgânicas: Terminologia.
 � NBR 13530:1995 — Revestimento de paredes e tetos de argamassas 
inorgânicas: Classificação.
 � NBR 13749:2013 — Revestimento de paredes e tetos de argamassas 
inorgânicas: Especificação.
 � NBR 15839:2010 — Argamassa de assentamento e revestimento de 
paredes e tetos: Caracterização reológica pelo método squeeze-flow.
As normas referentes às características gerais das argamassas são descritas 
a seguir. E, posteriormente, apresentam-se as normas referentes à execução 
dos ensaios.
A NBR 7200:1998 fixa procedimentos para a execução de revestimentos 
de paredes e tetos, estabelecendo requisitos para as seguintes etapas (ASSO-
CIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1998):
 � preparo e aplicação de diversos tipos de argamassas inorgânicas;
 � preparo da base de revestimento;
 � acondicionamento de argamassas;
 � cuidados na aplicação.
Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento18
A NBR 13281:2001 especifica os requisitos para argamassas utilizadas em 
assentamento e revestimento de paredes e tetos, apresentando os requisitos 
limites para resistência mecânica e características reológicas, estabelecendo, 
ainda, critérios para inspeção, amostragem, aceitação, rejeição, entre outros 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001).
A NBR 13529:2013, Revestimento de paredes e tetos de argamassas 
inorgânicas, define os termos relativos a revestimentos de paredes e tetos 
em argamassas inorgânicas à base de cimento, cal ou ambos, e a materiais 
e instrumentos auxiliares de aplicação (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2013a).
A NBR 13530:1995 classifica os revestimentos de paredes e tetos executa-
dos em argamassas inorgânicas, misturadas em canteiro, dosadas em centrais, 
preparadas no próprio local da obra ou fora dela, ou em argamassas industria-
lizadas (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1995).
A NBR 13749:2013 fixa as condições exigíveis para o recebimento de 
revestimento de argamassas inorgânicas aplicadas sobre paredes e tetos de 
edificações, aplicando-se ao revestimento de elementos constituídos por con-
creto e alvenaria. Essa norma estabelece a espessura (e) para revestimentos 
argamassados em ambientes externos e internos, conforme apresentado no 
Quadro 5 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2013b).
Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (2013b, p. 2).
Revestimento Espessura (mm)
Parede interna 5 ≤ e ≤20
Parede externa 20 ≤ e ≤ 30
Tetos interno e externo e ≤ 20
Quadro 5. Espessuras admissíveis de revestimentos internos e externos
19Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento
Quanto aos ensaios normatizados pela ABNT, pode-se relacionar os des-
critos a seguir.
A retração das argamassas é determinada pelo método estabelecido pela 
NBR 8490:1984, efetuado em corpos-de-prova prismáticos de (25 × 25 × 
285) mm, em que se mede a retração livre da argamassa (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1984).
A NBR 13276:2016 prescreve o método para a determinação do índice de 
consistência da argamassa a ser utilizada na realização de ensaios necessários 
à caracterização do material (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2016).
A NBR 13277:2005 avalia a propriedade de retenção de água das argamas-
sas pelo método estabelecido, que consiste na medida da massa de água retida 
pela argamassa após a sucção realizada por meio de uma bomba de vácuo à 
baixa tensão, em um funil de filtragem (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2005a).
Já a NBR 13278:2005 estabelece critérios para a determinação da massa 
específica das argamassas no estado fresco pelo método que representa a 
relação entre a massa e o volume do material, normalmente expressa em g/
cm3 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005b).
A NBR 13279:2005 estabelece o método para determinar a resistência a 
tração na flexão e a resistência à compressão de argamassas para assentamento 
e revestimento de paredes e tetos, no estado endurecido (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005c).
A NBR 13280:2005 estabelece o método para determinação da densi-
dade de massa aparente de argamassas para assentamento e revestimento de 
paredes e tetos, no estado endurecido (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2005d). Nesse ensaio o volume (v) do corpo-de-prova, 
em centímetros cúbicos, é calculado a partir da largura (l), da altura (h) e do 
comprimento (c) com a equação:
v = l ∙ h ∙ c
Enquanto a densidade de massa utiliza a equação:
ρmáx. = · 1.000
m
v
Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento20
Figura 8. Tipos de ruptura no ensaio de aderência à tração de revestimentos argamassados.
Fonte: Carasek (2007, p. 916).
Pastilha
Ruptura na interface
argamassa-substrato
Cola
Argamassa
Substrato
A
C D
B
E
Ruptura da argamassa
Ruptura no substrato
Ruptura na interface
cola-argamassa
Ruptura na interface
cola-pastilha
Sobre os resultados do ensaio, Carasek, Cascudo e Scartezini (2001) 
afirmam que a análise da forma de ruptura compreende o resultado mais 
importante. A ruptura é denominada tipo coesiva quando ocorre no interior 
da argamassa ou no substrato (tipos B e C). Nesse caso, os valores são menos 
preocupantes, exceto quando são muito baixos. A ruptura é chamada do tipo 
adesiva (tipo A) quando se dá na interface entre a argamassa e a base do subs-
trato. Quando a ruptura acontece na camada superficial da argamassa (tipo D), 
indica que se trata da camada mais fraca do revestimento. Nesse caso, quando 
os resultados são baixos, indica uma resistência inicial inadequada, ocorrendo 
pulverulência. Já quando a ruptura se dá entre a pastilha e a cola (tipo E), 
pode-se dizer que houve falha na colagem, devendo-se desprezar o resultado.
Outro ensaio é estabelecido pela NBR 15839:2010, Argamassa de assen-
tamento e revestimento de paredes e tetos — caracterização reológica pelo 
método squeeze-flow, que se baseia na medida do esforço necessário para a 
compressão uniaxial de uma amostra cilíndrica de argamassa posicionada 
entre duas placas paralelas, quando esse esforço é aplicado perpendicularmente 
por um equipamento universal de ensaio (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2010b). O ensaio tem a capacidade de detectar pe-
quenas alterações nas características reológicas dos materiais, como tensão de 
escoamento e viscosidade, proporcionando a simulação de diversas situações 
reais de aplicação das argamassas.
21Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento
Para avaliar a consistência e a plasticidade das argamassas, a NBR 7215:1996 
estabelece um ensaio denominado avaliação do índice de consistência pelo 
espalhamento do tronco de cone na mesa, também conhecido como flow table 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1996).
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Manual de revestimentos de arga-
massa. [s.l.]: Comunidade da Construção, 2002. 104 p. Disponível em: <http://www.
comunidadedaconstrucao.com.br/upload/ativos/279/anexo/ativosmanu.pdf>. Acesso 
em: 18 nov. 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7200: execução de revestimento 
de paredes e tetos de argamassas inorgânicas: procedimento. Rio de Janeiro, 1998. 13 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7215: cimento Portland: deter-
minação da resistência à compressão. Rio de Janeiro, 1996. 8 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8490: argamassas endurecidas 
para alvenaria estrutural: retração por secagem: método de ensaio. Rio de Janeiro, 
1984. 7 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13276: argamassa para assen-
tamento e revestimento de paredes e tetos: preparo da mistura e determinação do 
índice de consistência. Rio de Janeiro, 2016. 2 p. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13277: argamassa para assen-
tamento e revestimento de paredes e tetos: determinação da retenção de água. Rio 
de Janeiro, 2005a. 3 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13278: argamassa para assen-
tamento e revestimento de paredes e tetos: determinação da densidade de massa e 
do teor de ar incorporado. Rio de Janeiro, 2005b. 4 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13279: argamassa para assen-
tamento e revestimento de paredes e tetos: determinação da resistência à tração na 
flexão e à compressão. Rio de Janeiro, 2005c. 9 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13280: argamassa para assen-
tamento e revestimento de paredes e tetos: determinação da densidade de massa 
aparente no estado endurecido. Rio de Janeiro, 2005d. 2 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13281: argamassa para assenta-
mento e revestimento de paredes e tetos: requisitos. Rio de Janeiro, 2001. 7 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13528: revestimento de paredes 
e tetos de argamassas inorgânicas: determinação da resistência de aderência à tração. 
Rio de Janeiro, 2010a. 11 p.
Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento22
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13529: revestimento de paredes 
e tetos de argamassas inorgânicas: terminologia. Rio de Janeiro, 2013a. 13 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13530: revestimento de paredes 
e tetos de argamassas inorgânicas: classificação. Rio de Janeiro, 1995. 2 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13749: revestimento de paredes 
e tetos de argamassas inorgânicas: especificação. Rio de Janeiro, 2013b. 8 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15839: argamassa de assen-
tamento e revestimento de paredes e tetos: caracterização reológica pelo método 
squeeze-flow. Rio de Janeiro, 2010b. 6 p.
BAUER, L. A. F. Materiais de construção. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. v. 2. 538 p.
CARASEK, H. Argamassas. In: ISAIA, G. C. (Ed.). Materiais de construção civil e princípios de 
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CARASEK, H.; CASCUDO, O.; SCARTEZINI, L. M. Importância dos materiais na aderên-
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THOMAZ, E. Trincas em edifícios: causas, prevenção e recuperação. São Paulo: Pini, 
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Leituras recomendadas
BARRETO, M. F. O.; BRANDÃO, P. R.G. Avaliação da resistência de aderência à tração de 
argamassas de cimento Portland novas e envelhecidas. In: CONGRESSO BRASILEIRO 
DE ENGENHARIA E CIÊNCIA DOS MATERIAIS, 21., 2014, Cuiabá. Anais... Cuiabá: Centro 
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SILVOSO, M. M. et al. Desenvolvimento e análise experimental de argamassas de 
cal com adições de pozolanas. In: ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AM-
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ENTAC2016_paper_693.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2018.
23Argamassas para contrapiso, assentamento e revestimento
Conteúdo:
Dica do professor
Os contrapisos autonivelantes ou argamassas autoadensáveis, são compostos que podem facilitar a 
execução de contrapisos, eliminando o processo de vibração mecânica ou compactação manual, 
resultando em ganho de produtividade durante a obra. Além disso, outra grande vantagem é a 
possibilidade de quantificar o material necessário antes de sua aplicação, não necessitando 
executá-lo por camadas.
Nesta Dica do Professor, você vai conhecer melhor esse produto, assim como suas características e 
aplicabilidade. 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/155d45147049745a86a8f61d384d04b1
Exercícios
1) Em determinadas situações, as argamassas devem ser dosadas de forma a garantir um 
padrão mínimo de trabalhabilidade, compatível com o processo de execução especificado. 
Uma das formas de obter essa propriedade é por meio da utilização dos aditivos. 
De acordo com as propriedades de cada aditivo, assinale alternativa correta, a 
qual apresenta os aditivos que podem ser utilizados nesse caso.
A) Aumentadores de aderência ou redutores de água.
B) Retentores de água ou hidrofugantes.
C) Redutores de água ou hidrofugantes.
D) Incorporadores de ar ou retardadores de pega.
E) Redutores de água ou incorporadores de ar.
2) As manchas de umidade podem contribuir para a formação de mofos e bolores nos 
revestimentos argamassados, tanto internos quanto externos.
Sobre uma possível forma de prevenção dessa manifestação patológica, assinale a 
alternativa correta.
A) Pode-se utilizar aditivos hidrofugantes na argamassa, diminuindo a absorção capilar e 
aumentando o acesso do gás carbônico ao interior dos poros.
B) Pode-se utilizar aditivos plastificantes na argamassa, aumentando a absorção capilar e 
restringindo o acesso do gás carbônico ao interior dos poros.
C) Pode-se utilizar aditivos hidrofugantes na argamassa, diminuindo a absorção capilar e 
aumentando a sua estanqueidade à água.
D) Pode-se utilizar aditivos plastificantes na argamassa, aumentando a absorção capilar e 
diminuindo a sua estanqueidade à água.
E) Pode-se utilizar aditivos hidrofugantes na argamassa, aumentando a absorção capilar e 
restringindo o acesso do gás carbônico ao interior dos poros.
3) A aderência é uma propriedade importante das argamassas de revestimento, conferindo 
capacidade ao material de manter-se fixo ao substrato no qual foi aplicado, evitando 
manifestações patológicas posteriores.
Sobre essa propriedade, assinale a alternativa correta.
A) A aderência é maior em substratos com macroporos e excesso de microporos para sucção 
capilar da água de amassamento, que evitam os descolamentos por eflorescências.
B) A aderência é maior em substratos porosos e com boa sucção capilar da água de 
amassamento, que evitam a formação das vesículas.
C) A aderência é maior em substratos lisos e com boa sucção capilar da água de amassamento, 
que evitam as eflorescências.
D) A aderência é maior em substratos porosos e com boa sucção capilar da água de 
amassamento, que evitam os descolamentos em placas.
E) A aderência é maior em substratos lisos e com excesso de micro e macroporos, que evitam os 
descolamentos em placas.
4) A retração por secagem é caracterizada pelo excesso de água de amassamento que 
permanece livre no interior da mistura que, ao evaporar, pode provocar forças capilares 
equivalentes a uma compressão por igual em toda a massa.
Sobre as formas de evitar essa manifestação patológica, assinale a alternativa correta.
A) Utilizar areias com distribuição granulométrica contínua e poucos finos, aumentando a 
relação água/aglomerante.
B) Utilizar areias com distribuição granulométrica contínua e poucos finos, evitando o aumento 
da relação água/aglomerante.
C) Utilizar areias com distribuição granulométrica irregular e muitos finos, evitando o aumento 
da relação água/aglomerante.
D) Utilizar areias com distribuição granulométrica contínua e muitos finos, diminuindo a relação 
água/aglomerante.
E) Utilizar areias com distribuição granulométrica irregular e poucos finos, diminuindo a relação 
água/aglomerante.
5) Um ensaio muito utilizado para verificar as propriedades das argamassas de revestimento é 
o ensaio de resistência de aderência à tração, estabelecido pela NBR 13528/2010. 
Sobre os resultados que podem ser obtidos com esse ensaio, assinale a alternativa correta.
A) Caso a ruptura seja do tipo D, deve-se evitar a aplicação de revestimentos superficiais em 
placas cerâmicas, podendo resultar em posterior desprendimento.
B) Caso a ruptura seja do tipo E, deve-se evitar a aplicação de revestimentos superficiais em 
placas cerâmicas, podendo resultar em posterior desprendimento.
C) Caso a ruptura seja do tipo D, deve-se evitar a aplicação de revestimentos superficiais em 
placas cerâmicas, podendo resultar na formação posterior de fissuras mapeadas.
D) Caso a ruptura seja do tipo C, deve-se evitar a aplicação de revestimentos superficiais como 
as pinturas, podendo resultar em posterior desprendimento.
E) Caso a ruptura seja do tipo B, deve-se evitar a aplicação de revestimentos superficiais como 
as pinturas, podendo resultar na formação de vesículas.
Na prática
O revestimento cerâmico de fachadas de edificações deve ser executado com as melhores técnicas 
disponíveis, pois será o cartão de visitas do futuro empreendimento. Aliado à qualidade final, pode-
se buscar ainda técnicas construtivas, as quais podem otimizar a produtividade, reduzindo o prazo 
de entrega.
Neste Na Prática, você vai ver uma dessas técnicas: a utilização de argamassas para assentamento e 
revestimento simultâneo de pastilhas.
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https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/66e56ae3-78d6-498f-b63b-d08e7dfc36b1/b0f11a0c-15a6-4dd9-b166-38b023e49f25.png
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Proporcionalmente de argamassas para reboco de recuperação
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Manifestações patológicas em fachadas com revestimentos 
argamassados
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Efeito do ar incorporado em argamassas de revestimento
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https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/4750/000459515.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/89871/240187.pdf?sequence=1&isAllowed=yhttp://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:DTzvg8lrE8wJ:seer.upf.br/index.php/ciatec/article/download/8363/114114672/+&cd=5&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

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