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NÃO PODE FALTAR A IMPORTÂNCIA DA CULTURA PARA A SOCIEDADE Ana Leticia Losano Imprimir CONVITE AO ESTUDO Qual é o papel da cultura no ensino sobre a natureza e a sociedade na Educação Infantil? E o papel da cultura no desenvolvimento da criança? A cultura é importante para a sociedade? Como nos tornamos membros de determinadas culturas? Como, nesse processo, desenvolvemos nossa personalidade? Como o pertencimento a diferentes culturas dos alunos é considerado nas práticas pedagógicas da Educação Infantil? Como desenvolver uma educação que fomente o respeito às distintas práticas sociais e culturais, promovendo a inclusão educativa de todos os alunos? Fonte: Shutterstock. Deseja ouvir este material? Áudio disponível no material digital. 0 V e r a n o ta çõ e s 11/11/2024, 13:44 lddkls211_nat_soc https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=danialvesmg%40gmail.com&usuarioNome=DANIELLA+ALVES+DE+ANDRADE+GUIMARAES+RODRIGUES&disciplinaDescricao=NATUR… 1/20 Essas serão algumas das questões que abordaremos nesta unidade, que se constitui num convite para re�etirmos sobre aspectos culturais importantes para o ensino da Natureza e Sociedade. Dessa maneira, ao �nalizar a unidade, como professor da Educação Infantil, você estará em condições de promover oportunidades de ensino da Natureza e Sociedade desde uma perspectiva pedagógica inclusiva, integral e equitativa. Por sua vez, também compreenderá a importância de organizar situações de aprendizagem lúdicas para que as crianças possam explorar, descobrir e decifrar o mundo à sua volta, assim como expressar seus sentimentos e suas perspectivas culturais através de expressões artísticas, musicais, visuais, etc. A BNCC e outros documentos curriculares serão uma das nossas fontes principais de consulta e de orientação. Desse modo, as práticas docentes imaginadas a partir do trabalho na unidade estarão em consonância com os materiais curriculares em vigência na atualidade. A Unidade 4 se divide em três seções, as quais propõem uma trajetória de aprendizagem que começa com a re�exão em torno da importância da cultura para a sociedade. Na primeira seção, analisaremos as in�uências do ambiente sociocultural para o desenvolvimento da criança, discutiremos diversas atividades lúdicas que propiciem que a criança identi�que tradições culturais em seu entorno, estudaremos sobre a construção da identidade cultural das crianças e, �nalmente, indagaremos sobre o potencial das músicas, da arte e das brincadeiras para a compreensão das distintas culturas. A segunda seção terá como foco as noções de socialização e de personalidade. Nessa etapa, começaremos estudando sobre o processo por meio do qual a criança se familiariza e se torna um membro de uma sociedade, ou seja, o processo de socialização. Veremos, ademais, como tal processo se articula na formação da personalidade da criança. Analisaremos a importância de considerar as relações entre a natureza e a ação humana nos processos de socialização, assim como a construção de valores ligados à sustentabilidade e à responsabilidade social e ambiental. 0 V e r a n o ta çõ e s 11/11/2024, 13:44 lddkls211_nat_soc https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=danialvesmg%40gmail.com&usuarioNome=DANIELLA+ALVES+DE+ANDRADE+GUIMARAES+RODRIGUES&disciplinaDescricao=NATUR… 2/20 Já na terceira seção, articularemos os conhecimentos aprendidos até agora para analisarmos o conceito de diversidade na Educação Infantil. Iniciaremos essa terceira etapa indagando sobre as distintas realidades que originam experiências de mundo na criança. Baseados na importância de desenvolver uma educação que respeite e enalteça a diversidade, estudaremos estratégias que levem a criança a compreender que existem muitas culturas diversas, sendo que nenhuma é melhor que a outra. Analisaremos, ademais, a contribuição do professor da Educação Infantil na valorização da diversidade na escola. Finalizaremos re�etindo sobre o respeito às distintas culturas e aos seus modos de compreender os fenômenos da natureza. Ao �nalizar o trajeto de aprendizagem proposto nesta unidade, você terá uma visão ampla e aprofundada dos aspectos culturais que são relevantes na hora de planejar, implementar e avaliar práticas pedagógicas centradas no ensino da natureza e sociedade. PRATICAR PARA APRENDER Esta seção está destinada ao estudo da importância da cultura para a sociedade. Nessa direção, um dos conceitos centrais em torno dos quais se desenvolverão nossas re�exões é o de cultura. Portanto, será natural iniciar o estudo desta seção convidando você a pensar a respeito da cultura: de qual cultura ou culturas você se considera membro? Por quê? Quais são os indícios que o permitem a�rmar esse pertencimento? Como chegou a ser um membro dessa cultura? Quem foi importante nesse processo? Como elas in�uenciam as suas decisões e suas ações diárias? Qual é a in�uência dela(s) no modo que você se enxerga como ser humano? Será que todos seus colegas de curso pertencem à mesma cultura? Como podemos diferenciar uma cultura de outra? Ao tentar responder a essas perguntas, você poderá perceber que contar com uma caracterização do termo “cultura” é importante para poder continuar aprofundando a re�exão. 0 V e r a n o ta çõ e s 11/11/2024, 13:44 lddkls211_nat_soc https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=danialvesmg%40gmail.com&usuarioNome=DANIELLA+ALVES+DE+ANDRADE+GUIMARAES+RODRIGUES&disciplinaDescricao=NATUR… 3/20 A disciplina que se encarrega de estudar tal noção é a antropologia. Diversos antropólogos têm proposto diferentes de�nições para o termo cultura. Assim, a cultura é, hoje, uma noção ampla e abrangente. Por exemplo, Abbagnano (2000 apud PEREIRA, 2013, p. 40) conceitualiza a cultura como “os modos de vida criados, adquiridos e transmitidos de uma geração para outra, entre membros de uma determinada sociedade”. Outra de�nição de caráter genérico no campo da antropologia foi proposta por Tylor e estabelece que cultura é “todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade” (TYLOR, 1817 apud LARAIA, 2006, p. 25). Desde uma perspectiva mais próxima da Educação Infantil, Cole, Hakkarainen e Bredikyte (2010, p. 2) de�nem que a cultura consiste em “conhecimentos, ferramentas e atitudes historicamente acumulados que permeiam a ecologia proximal da criança, inclusive as práticas culturais dos membros do núcleo familiar e de outros parentes”. Da exploração dessas de�nições é possível concluir que as culturas se mantêm vivas graças a um contínuo trabalho de transmissão de saberes e de práticas de geração em geração. Assim, a relação entre educação e cultura é profunda e estreita. A partir deste conceito, nesta seção re�etiremos, em primeiro lugar, sobre o ambiente cultural em que a criança está inserida. Isso nos levara a analisar o papel de diversos participantes – adultos próximos, irmãos, amigos, grupo social mais amplo – na iniciação e no desenvolvimento da criança como ser social e cultural. Em segundo lugar, estudaremos a construção da identidade cultural das crianças, re�etindo em torno da articulação das ações de cuidado e de educação que são necessárias para que toda criança se desenvolva plenamente. Em terceiro lugar, exploraremos o potencial das brincadeiras e das expressões musicais e artísticas para que o aluno da Educação Infantil possa conhecer e respeitar as distintas culturas e identi�car as tradições culturais do seu entorno. 0 V e r a n o ta çõ e s 11/11/2024, 13:44 lddkls211_nat_soc https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=danialvesmg%40gmail.com&usuarioNome=DANIELLA+ALVES+DE+ANDRADE+GUIMARAES+RODRIGUES&disciplinaDescricao=NATUR… 4/20 Diego é coordenador pedagógico numa escola de Educação Infantillocalizada no interior do estado de São Paulo. Ela é a maior escola pública da cidade e está localizada num bairro da periferia. Atende mais de mil alunos, os quais são, em sua maioria, moradores do bairro. Nos últimos anos, a população do bairro aumentou consideravelmente, devido a dois fatores principais: em primeiro lugar, a migração de famílias vindas de diversas regiões do país para trabalhar na colheita de frutas; em segundo lugar, a expansão do parque industrial da região, o que fez com que trabalhadores de todo o Brasil e de outros países vizinhos viessem para a cidade em busca de um trabalho nas diversas fábricas instaladas. Assim, o bairro transformou-se num território multicultural, onde convivem as tradições italianas, trazidas pelos imigrantes no início do século XX, com os costumes e as músicas afro-brasileiras, africanas, japonesas, bolivianas e venezuelanas. A escola possui uma biblioteca, uma quadra de esporte e dois grandes prédios, um destinado ao Ensino Fundamental e outro para a Educação Infantil. A Educação Infantil possui três salas de creche – uma para atender bebês; uma para crianças de 1 ano e 7 meses até 2 anos e 6 meses; e a última para crianças de 2 anos de 7 meses até 3 anos e 11 meses. Possui, ademais, duas salas de pré-escola. Na Educação Infantil, trabalham, ao total, dez professoras, quatro monitores, uma professora de Arte e Movimento, dois coordenadores pedagógicos – sendo um deles Diego – e uma diretora. Diego gosta muito de observar as crianças durante as aulas e os recreios. Acredita que essa observação pode ajudá-lo a acompanhar de forma mais adequada os professores na sua tarefa de favorecer os processos de aprendizagem dos alunos. No último tempo, Diego tem observado algumas situações que o deixaram fortemente preocupado: em uma das aulas da pré-escola, viu duas meninas negras se desenharem louras de olhos claros. Na aula de Arte e Movimento, enquanto a professora preparava os festejos para a festa junina, percebeu que algumas crianças evitavam formar par com outra porque “japonês não sabe dançar”. Ao mesmo tempo, Diego tem visto episódios que o surpreenderam e o deixaram otimista, por exemplo, três crianças que brincavam. Uma delas se machucou e 0 V e r a n o ta çõ e s 11/11/2024, 13:44 lddkls211_nat_soc https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=danialvesmg%40gmail.com&usuarioNome=DANIELLA+ALVES+DE+ANDRADE+GUIMARAES+RODRIGUES&disciplinaDescricao=NATUR… 5/20 começou chorar, mas não havia nenhum adulto por perto para consolá-la. Imediatamente, duas meninas foram em seu auxílio, acalentando-a com carinho e palavras: “Não chore! Não chore!”. Observou alunos que, ao compartilharem seus lanchinhos, aprendiam a comer humitas bolivianas, e que o carrinho dos pratos típicos venezuelanos foi um sucesso na última festa junina. Notou, também, duas alunas concentradas em colocar para “nanar” as suas bonecas. Cada uma dessas cenas provoca profundas inquietações no coordenador pedagógico, que não consegue resolver facilmente. Gostaria de trabalhar essas situações com os professores e com a comunidade escolar em geral, mas não sabe muito bem como. Numa reunião com os professores, Diego compartilhou seus relatos das situações observadas. Uma das docentes respondeu indignada: “eles não têm valores, hábitos e atitudes!”. Outra colega minimizou as consequências, dizendo que “as crianças são muito pequenas para perceber essas coisas”. Diego �cou pensando nessas posturas, sem saber muito bem como respondê-las. Será mesmo assim? Os ambientes socioculturais que as crianças vivenciam nas suas famílias in�uenciam no seu desenvolvimento? Quais atividades poderíamos propor para ajudar os nossos alunos a compreenderem a existência das múltiplas culturas? Quais práticas poderíamos mobilizar para que eles construam suas identidades culturais num ambiente seguro e de respeito? Como podemos ajudar Diego a trabalhar essas questões na sua escola? Ao longo desta seção, as brincadeiras infantis ocuparão um lugar privilegiado – como oportunidade para a criança conhecer o seu mundo, conhecer-se a si mesma e conhecer sua cultura. Portanto, a partir da a�rmação da pesquisadora Ute Craemer, convido você a iniciar o estudo desta seção: Será que conseguimos imaginar uma criança sem brincar? Será́ que conseguimos imaginar uma casa, uma escola, uma comunidade, qualquer espaço sem a alegria das crianças brincando? Imaginar essa ausência dá até um arrepio na pele! Seria um lugar estéril, seco, de “plástico”, arti�cial — e a criança e os adultos se tornariam seres com alma ressecada, sem fantasia, sem possibilidade de se expressar. Resumindo: teríamos um ser humano sem expressão e, por conseguinte, um espaço sem vida. — (CRAEMER, 2015, p. 47) “ 0 V e r a n o ta çõ e s 11/11/2024, 13:44 lddkls211_nat_soc https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=danialvesmg%40gmail.com&usuarioNome=DANIELLA+ALVES+DE+ANDRADE+GUIMARAES+RODRIGUES&disciplinaDescricao=NATUR… 6/20 CONCEITO-CHAVE O AMBIENTE SOCIOCULTURAL EM QUE A CRIANÇA ESTÁ INSERIDA Para compreender a importância da cultura para a sociedade, é necessário começar re�etindo sobre o fato de que, desde que as crianças chegam ao mundo, elas possuem, além de uma herança biológica, uma identidade, um temperamento e uma essência, os quais são únicos. Por sua vez, elas também crescem nos mais diversos contextos familiares e comunitários, que in�uenciam no seu desenvolvimento como seres humanos. Para os professores da Educação Infantil, é fundamental reconhecer, então, a complexidade do ser humano e “saber que suas raízes e as bases de sua formação acontecem já desde o ventre materno e se prolongam de forma muito intensa e fundante nos primeiros anos de vida” (FRIEDMANN, 2015, p. 39). Assumimos, assim, que desde o seu nascimento as crianças são sensíveis a todos os tipos de eventos que acontecem no seu entorno sociocultural. Através dessa sensibilidade, ela desenvolverá suas primeiras aprendizagens dos padrões característicos de atividades, assim como as diversas respostas que outras pessoas e o ambiente dão para suas ações. ASSIMILE O ambiente sociocultural em que a criança está inserida marca tão profundamente o desenvolvimento dela que, ao nascer, já reconhece o “tom” característico do que se tornará seu idioma nativo, coisa que é demostrada pela atenção distinta que o bebê dá às vocalizações emitidas nessa língua (COLE; HAKKARAINEN; BREDIKYTE, 2010). Ao re�etir sobre as múltiplas aprendizagens que todo bebê recém-nascido desenvolve, �ca evidente como a in�uência do seu entorno sociocultural é representada e mediatizada, em primeiro lugar, pelos adultos. Não podemos esquecer que o processo de aprender só é possível dentro da dimensão das relações entre os mais novos e os mais velhos. Assim, “os adultos são 0 V e r a n o ta çõ e s 11/11/2024, 13:44 lddkls211_nat_soc https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=danialvesmg%40gmail.com&usuarioNome=DANIELLA+ALVES+DE+ANDRADE+GUIMARAES+RODRIGUES&disciplinaDescricao=NATUR… 7/20 fundamentais nesse processo de caminhada para a compreensão da vida e das relações com o mundo que as crianças iniciam desde que nascem” (SANTANA, 2010, p. 20). Para que o bebê ou a criança aprendam, requer-se que alguém mais experiente se disponha a demonstrar uma certa tarefa, acompanhe a sua realização e aprove o resultado ou sugira adequações. Compreender que a criança aprende, em grande medida, por meio da imitação e da experiência nos leva a re�etir sobre outro ponto importante: o papel dos gestos dos adultos. Segundo Leite (2015), os gestos das pessoas adultas com quem a criança possui uma vinculação afetiva ensinam mais do que as palavras. De acordo com a autora, quando convivem com adultos que realizam uma multiplicidade de gestos, tais como cozinhar, costurar, desenhar, tocar um instrumento, acalentar um bebê, escrever, brincarou plantar, as crianças “têm a oportunidade de construir um rico repertório cultural e vocabulário gestual que, por sua vez, potencializam a capacidade de expressão por meio do brincar e das múltiplas linguagens” (LEITE, 2015, p. 66). Nessa direção, é importante considerar que a sociedade atual – fortemente marcada pelo uso de recursos tecnológicos e pelo consumo – tem nos distanciado das atividades manuais. Assim, as crianças perdem a possiblidade de aprender saberes historicamente construídos pela humanidade. REFLITA Considere as seguintes palavras da investigadora Ana Cláudia Arruda Leite: Re�ita sobre os gestos que você faz cotidianamente: quais são? Eles demonstram riqueza e pluralidade ou se aproximam mais daqueles descritos pela autora? Relembre os gestos dos adultos que o acompanharam na sua infância: quais eram seus gestos? Quais foram importantes para você? O que você aprendeu com eles? [...] o explosivo crescimento populacional (força demográ�ca) acarreta o esgotamento mais rápido de recursos e níveis mais elevados de poluição (força natural), o que faz com que os consumidores exijam mais leis (força político-legal). As restrições estimulam novos produtos e soluções tecnológicas (força tecnológica) que, se forem acessíveis (força econômica), podem mudar atitudes e comportamentos (força sociocultural). (KOTLER; KELLER, 2012, p. 77) — Autor da citação “ 0 V e r a n o ta çõ e s 11/11/2024, 13:44 lddkls211_nat_soc https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=danialvesmg%40gmail.com&usuarioNome=DANIELLA+ALVES+DE+ANDRADE+GUIMARAES+RODRIGUES&disciplinaDescricao=NATUR… 8/20 Pensando no seu futuro papel como professor da Educação Infantil: quais são os gestos mais frequentes nas escolas? Como poderíamos ampliar e enriquecer o repertório de gestos presentes nas nossas escolas? Para além dos adultos, a criança aprende a interpretar o seu entorno através do convívio com outras crianças, geralmente de outras idades – irmãos, primos, amigos da rua, etc. Ao conviver com crianças mais velhas, as mais jovens conseguem enxergar aquilo que está por vir aprendendo, também, por imitação a subir nas árvores, construir brinquedos, amarrar o sapato, empinar pipa, etc. Desse modo, a diversidade etária oportuniza a circulação de um amplo leque de saberes e oportunidades para a aprendizagem (LEITE, 2015). Em um nível mais amplo, o ambiente sociocultural em que a criança está inserida oferece oportunidades para que ela se aproprie da cultura popular própria da sua região e país. Saura (2015, p. 52) descreve com as seguintes palavras a cultura popular brasileira: Assim, ao participar de bailes de carnaval e festas juninas ou fazer oferendas para Iemanjá, para mencionar só algumas das múltiplas e diversas festas populares brasileiras, a criança aprende sobre sua cultura, os valores do seu povo e suas visões. Um último aspecto importante para destacar é que, na interação com o seu ambiente sociocultural e as pessoas que participam dele, a criança não só consome ou reproduz a cultura. Diversos pensadores e pesquisadores apontam que ela, assim como os adultos, é também produtora de cultura. É um ator social que têm voz, necessidades e interesses diversos e, portanto, se apropria Ao olharmos para nossa brasilidade, revela-se nossa humanidade: somos um povo rico e diverso, reconhecidamente alegre e festivo, a despeito dos dissabores. Festas e manifestações populares espalham-se lindamente por todo o território nacional, celebrando, sobretudo, o fato de estarmos vivos em um mundo repleto de mistérios insolúveis. Terrenos embandeirados, fogueiras descomunais, barraquinhas de comidas elaboradas, cantorias que atravessam noites, danças habilidosas, a visão de brilhos e luzes em noites enluaradas e estreladas. Reis, rainhas, santos, bichos e monstros misturam-se animadamente em inumeráveis terrenos. “ 0 V e r a n o ta çõ e s 11/11/2024, 13:44 lddkls211_nat_soc https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=danialvesmg%40gmail.com&usuarioNome=DANIELLA+ALVES+DE+ANDRADE+GUIMARAES+RODRIGUES&disciplinaDescricao=NATUR… 9/20 criativamente da informação do mundo adulto, produzindo tanto sua própria cultura de pares – transformando informação do mundo adulto para as preocupações do mudo dos pares – como reproduzindo a cultura adulta (PEREIRA, 2013). A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL DAS CRIANÇAS E SUAS RELAÇÕES SOCIAIS Pensar em educação é pensar, entre outras coisas, na constituição da pessoa, ou seja, no processo que permite que cada criança se torne pessoa, conduzindo sua própria vida e sabendo atuar em sociedade. Esse processo, de natureza profundamente educativa, de tornar-se pessoa, só se desenvolve porque as crianças e os adultos não vivem sozinhos, mas em sociedade. Assim, o processo de construção da identidade cultural das crianças é um processo inter-relacional. Santana (2010, p. 17) expõe essa ideia com as seguintes palavras: “É com o outro, pelos gestos, pelas palavras, pelos toques e olhares que a criança construirá sua identidade e será́ capaz de representar o mundo, atribuindo signi�cado a tudo que a cerca”. Logo, será no primeiro período da vida – que coincide com a Educação Infantil – que a criança constituirá seus conceitos e valores sobre a vida, sobre o que é belo e o que é feio, o que está bem e o que está mal, entre outros. Acolher a criança na Educação Infantil supõe articular ações de educação e de cuidado, dando o apoio que cada uma necessita para se desenvolver plenamente. Isso envolve considerar a singularidade de cada criança, reconhecendo suas necessidades, seus desejos e suas queixas, assim como suas dimensões culturais, familiares e sociais (SANTANA, 2010). FOCO NA BNCC Essas ideias estão capturadas na BNCC através da noção de educação integral, que enfatiza que a educação básica deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global, o que implica compreender a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento. Tal noção 0 V e r a n o ta çõ e s 11/11/2024, 13:44 lddkls211_nat_soc https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=danialvesmg%40gmail.com&usuarioNome=DANIELLA+ALVES+DE+ANDRADE+GUIMARAES+RODRIGUES&disciplinaDescricao=NATUR… 10/20 signi�ca, ademais, assumir uma visão plural e integral da criança, assim como promover ações educativas voltadas ao “acolhimento, reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e diversidades” (BRASIL, 2017, p. 14). Uma ação básica que contribui com o acolhimento genuíno da criança, como também com o desenvolvimento da sua identidade cultural, é chamar a cada criança pelo seu nome. Nessa direção, o professor da Educação Infantil é o mediador entre a criança e o mundo. Ao interagir com seu professor, a criança “construirá sua autoimagem em relação à beleza, à construção de gênero e aos comportamentos sociais” (SANTANA, 2010, p. 20). Nessa direção, chamar a criança pelo seu nome se torna indispensável. Tratá-la segundo suas características físicas, tais como “neguinha”, “moreninha”, “loirinha”, “magrinha”, a descaracteriza, e os processos de desenvolvimento da identidade se focalizam somente na aparência física. Se, pelo contrário, chamamos a cada criança pelo seu nome, a identi�camos como ser único, pleno de potencialidade e individualidade. Através do nome, a criança é reconhecida e se reconhece. A re�exão sobre os processos de desenvolvimento da identidade nos leva, também, a re�etir sobre o fato de que a infância – e a vida como um todo – envolve processos de autoconhecimento: ao longo dos seus primeiros anos de vida, os seres humanos buscam, em inúmeras formas, conhecer-se mais e melhor para encontrar seu lugar no mundo. Na escola, “procuramos decifrar nossos próprios mistérios e enigmas, nossas emoções e sentimentos provocados no contato com o outro, as maravilhas e os assombros de nossas emoções, mente e corpo” (SAURA, 2015, p. 51).Um recurso particularmente frutífero na promoção do desenvolvimento das identidades culturais dos alunos da Educação Infantil são as brincadeiras tradicionais. Tais brincadeiras, transmitidas culturalmente, de geração em geração, 0 V e r a n o ta çõ e s 11/11/2024, 13:44 lddkls211_nat_soc https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=danialvesmg%40gmail.com&usuarioNome=DANIELLA+ALVES+DE+ANDRADE+GUIMARAES+RODRIGUES&disciplinaDescricao=NATUR… 11/20 principalmente de maneira oral, trazem valores, ideias e parte da cultura popular. Assim, elas ajudam a preservar a identidade cultural em um dado período histórico (SILVA et al., 2017). FOCO NA BNCC A constituição da identidade cultural das crianças na Educação Infantil ocupa um lugar central na BNCC, visto que um dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para esta etapa se ocupa justamente desse tópico: BRINCADEIRAS, MÚSICAS E ARTE COMO MEIOS PARA CONHECER AS DISTINTAS CULTURAS E IDENTIFICAR AS TRADIÇÕES CULTURAIS A partir das seções anteriores, �ca claro que a Educação Infantil deve ser uma oportunidade para que a criança conheça diversas culturas e identi�que as tradições culturais do seu povo. Contudo, é importante ressaltar que os bebês e as crianças pequenas se expressam por meio de diversas linguagens: a brincadeira e a expressão musical, artística, corporal, gestual, entre outras. Não podemos esquecer que tais expressões perduram durante toda nossa vida, ainda depois de que tenhamos desenvolvido a linguagem verbal tanto escrita como falada. Lamentavelmente, é comum que tais expressões sejam deixadas de lado no decorrer da escolarização. Nessa direção, reconhecer tais expressões e potencializá-las para que através delas os alunos da Educação Infantil consigam tomar contato com as culturas é um grande desa�o dos educadores (FRIEDMANN, 2015). Nesta seção, exploraremos algumas possibilidades para que você consiga utilizar tanto as brincadeiras como as expressões artísticas e musicais para alcançar esse objetivo. Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário. — BRASIL, 2017, p. 38 “ 0 V e r a n o ta çõ e s 11/11/2024, 13:44 lddkls211_nat_soc https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=danialvesmg%40gmail.com&usuarioNome=DANIELLA+ALVES+DE+ANDRADE+GUIMARAES+RODRIGUES&disciplinaDescricao=NATUR… 12/20 Através das brincadeiras, a criança pode expressar-se, explorar objetos e seu corpo e conhecer o mundo onde vive. Assim, o brincar permite que os alunos possam identi�car as “características próprias da sua cultura e sociedade, já que estas possuem traços especí�cos” (SILVA et al., 2017, p. 63). Elas contribuem com o desenvolvimento das relações entre as crianças, entre a criança e o adulto e entre a criança e a sociedade. FOCO NA BNCC A importância das brincadeiras é destacada na BNCC ao escolher justamente o brincar e a interação como eixos estruturantes das práticas pedagógicas na Educação Infantil. Segundo o documento: Desse modo, a organização de brincadeiras que permitam que os estudantes se conheçam e conheçam o seu mundo assume um lugar fulcral no trabalho pedagógico do professor da Educação Infantil. Um dos motivos pelos quais a brincadeira ocupa um lugar tão importante na Educação Infantil é que o brincar é um ato genuíno e intrínseco da infância: sem importar sua condição social, cultural ou histórica, a criança brinca como forma de se apropriar do mundo, dos outros e de si mesma. Desse modo, o jogo, as cantigas e os brinquedos constituem um conjunto de saberes que se compartilha e se ensina de geração em geração (LEITE, 2015). À medida que nos lembramos da nossa infância, podemos facilmente perceber que é preciso muito pouco para a vontade intrínseca do brincar se revelar: um pedacinho de pau se torna um carro, um celular se transforma numa mamadeira, alguns panos se convertem numa boneca, folhas e frutos coletados no jardim viram comida para os brinquedos, um A interação durante o brincar caracteriza o cotidiano da infância, trazendo consigo muitas aprendizagens e potenciais para o desenvolvimento integral das crianças. Ao observar as interações e a brincadeira entre as crianças e delas com os adultos, é possível identi�car, por exemplo, a expressão dos afetos, a medição das frustrações, a resolução de con�itos e a regulação das emoções. — BRASIL, 2017, p. 37 “ 0 V e r a n o ta çõ e s 11/11/2024, 13:44 lddkls211_nat_soc https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=danialvesmg%40gmail.com&usuarioNome=DANIELLA+ALVES+DE+ANDRADE+GUIMARAES+RODRIGUES&disciplinaDescricao=NATUR… 13/20 lençol vira uma cabana... As possibilidades são in�nitas. Cabe ao professor, assim, organizar o espaço e as oportunidades para que essa fantasia própria da infância possa ser nutrida (CRAEMER, 2015). Uma menção particularmente importante para nossa disciplina – centrada na Natureza e Sociedade – é a possiblidade de a criança brincar em espaços naturais. Leite (2015, p. 64) descreve as potencialidades desta atividade com as seguintes palavras: Justamente, ao transformar as diversas matérias-primas que encontra na natureza durante as suas brincadeiras, a criança expressa sentimentos, ideias, desejos, anseios, preocupações e contextos, ou seja, ela produz cultura. Podemos concluir, então, que as brincadeiras constituem um elemento fundamental para que o aluno da Educação Infantil conheça seu entorno, sua cultura e outros entornos e outras culturas. Esta perspectiva �ca claramente estabelecida no currículo da Educação Infantil, que se con�gura como um conjunto de práticas que buscam articular saberes e experiências que permitam à criança tomar contato com o patrimônio artístico, cultural, cientí�co e tecnológico, promovendo seu desenvolvimento integral. Nessa direção, os documentos curriculares prescrevem que os professores, coordenadores e gestores desse nível devem organizar oportunidades, espaços, tempos e materiais para o “o reconhecimento, a valorização, o respeito e a interação das crianças com as histórias e as culturas africanas, afro-brasileiras, bem como o combate ao racismo e à discriminação” (FUSCONI, 2010, p. 52). As brincadeiras e os trabalhos que envolvem as expressões artísticas e musicais são particularmente frutíferos nesta direção, como você pode ver na continuação. Na natureza, o corpo e os sentidos das crianças estão totalmente despertos, abertos às diferentes sensações táteis, gustativas, olfativas, visuais, sonoras que a natureza em si possibilita, como as experiências (...) de ouvir os sons dos ventos e dos pássaros; de sentir cheiro de terra molhada ou de uma �or. Ao estimular os sentidos, o contato com a natureza possibilita o desenvolvimento da sensibilidade e dos órgãos de percepção da criança, aspecto fundamental para que ela cresça saudável e integralmente (...) Ao contrário dos brinquedos prontos, ou da televisão, que já possuem forma, função e conteúdo de�nidos, os elementos da natureza convidam a criança a agir ativamente no mundo, transformando a matéria a partir de sua imaginação e ação. “ 0 V e r a n o ta çõ e s 11/11/2024, 13:44 lddkls211_nat_soc https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=danialvesmg%40gmail.com&usuarioNome=DANIELLA+ALVES+DE+ANDRADE+GUIMARAES+RODRIGUES&disciplinaDescricao=NATUR… 14/20 EXEMPLIFICANDO Múltiplas atividades artísticas e musicais podem ser desenvolvidas, buscando que as crianças conheçam diversas culturas. Um caminho é começar perguntando para elas quais instrumentos conhecem e, a partir das suas respostas, apresentar novos instrumentos de diversas origens culturais. Crianças podem passar horas explorando e tocando instrumentosdo professor para que a brincadeira possa ter uma dimensão educativa. 0 V e r a n o ta çõ e s 11/11/2024, 13:44 lddkls211_nat_soc https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=danialvesmg%40gmail.com&usuarioNome=DANIELLA+ALVES+DE+ANDRADE+GUIMARAES+RODRIGUES&disciplinaDescricao=NATUR… 18/20 ABRAMOWICZ, A.; RODRIGUES, T. C. Relações étnico-raciais: práticas racistas e preconceituosas nas classes de educação infantil e propostas para desconstruí-las. In: BRANDÃO, A. P.; TRINDADE, A. L. Modos de brincar: caderno de atividades, saberes e fazeres. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2010. p. 91-99. BRANDÃO, A. P. Modos de fazer: caderno de atividades, saberes e fazeres. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2010. Disponível em: https://bit.ly/3s0hEVz. Acesso em: 7 out. 2020. BRANDÃO, A. P.; TRINDADE, A. L. Modos de brincar: caderno de atividades, saberes e fazeres. 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