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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Clara Isabella Themoteo Bairros Evandro Corrêa Joel Rodrigues Meireles Junior Karla Renata Bastos da Silva Sarah Brito Ponteiro Práticas abusivas das Operadoras de Plano de Saúde RIO DE JANEIRO 2024 1. Identificação das Partes Envolvidas e Parceiros No presente estudo, as partes envolvidas referem-se, principalmente, aos consumidores de planos de saúde, as operadoras de saúde suplementar e os órgãos reguladores do setor. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) atua como órgão regulador, responsável por fiscalizar e normatizar as relações entre consumidores e operadoras. Adicionalmente, incluem-se entidades de defesa do consumidor, como o Procon e associações civis voltadas para a proteção dos direitos do consumidor de serviços de saúde. Os consumidores, em sua maioria, pertencem a diferentes faixas etárias e classes socioeconômicas, sendo que muitos enfrentam desafios relacionados ao cumprimento dos contratos por parte das operadoras de planos de saúde, sobretudo no que tange à negativa de cobertura de determinados procedimentos médicos. As operadoras, por sua vez, abrangem tanto grandes conglomerados quanto empresas de menor porte, que fornecem serviços de assistência médica suplementar, com base em contratos firmados com os consumidores. 2. Situação-Problema Identificada A situação-problema que motiva o presente estudo consiste na prática recorrente de negativa de cobertura de tratamentos e procedimentos médicos por parte das operadoras de planos de saúde, o que viola os direitos assegurados aos consumidores pelo artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Esse dispositivo legal garante, entre outros direitos, a proteção da saúde e da segurança dos consumidores, o direito à informação adequada e clara, e a prevenção contra práticas abusivas. Muitos consumidores relatam dificuldades em compreender os termos contratuais, em especial os relacionados à cobertura de tratamentos, o que gera dúvidas sobre os procedimentos cobertos e os direitos aplicáveis. A falta de transparência nas informações prestadas pelas operadoras de saúde suplementar acentua a vulnerabilidade dos consumidores, que, muitas vezes, se veem desamparados frente a negativas indevidas. 3. Demanda Sociocomunitária e Motivação Acadêmica A demanda sociocomunitária evidenciada neste estudo refere-se à necessidade de proteção dos consumidores em suas relações com as operadoras de planos de saúde, principalmente no que tange à garantia de cobertura de procedimentos médicos essenciais e à transparência das informações contratuais. A complexidade dos contratos de saúde suplementar, somada à negativa recorrente de cobertura, compromete o direito à saúde dos consumidores e configura uma violação aos preceitos estabelecidos pelo artigo 6º do CDC. Do ponto de vista acadêmico, este estudo busca aplicar os conhecimentos adquiridos no campo do direito do consumidor para esclarecer como o artigo 6º pode ser utilizado para garantir que as operadoras de saúde cumpram suas obrigações legais, promovendo a defesa do direito à informação clara e à proteção da saúde. A análise da jurisprudência obre o tema e das normativas da ANS permitirá identificar os meios legais pelos quais os consumidores podem buscar a efetivação de seus direitos. 4. Objetivos a Serem Alcançados em Relação à Situação-Problema Identificada O presente estudo tem como objetivos: 1. Esclarecer os direitos assegurados aos consumidores pelo artigo 6º do CDC, com ênfase na proteção contra práticas abusivas e na garantia de acesso à informação clara e adequada nos contratos de planos de saúde. 2. Analisar a prática de negativa de cobertura pelas operadoras de saúde suplementar, à luz da jurisprudência e das normativas emitidas pela ANS, visando identificar as principais violações e os mecanismos legais de defesa dos consumidores. 3. Propor recomendações para aprimorar a transparência contratual e prevenir a prática de negativas indevidas, promovendo o cumprimento dos direitos fundamentais do consumidor, especialmente o direito à saúde. 5. Referencial Teórico O referencial teórico adotado neste estudo baseia-se nos principais autores da doutrina do direito do consumidor, com especial enfoque no Código de Defesa do Consumidor e na legislação específica do setor de saúde suplementar. Cláudia Lima Marques e Bruno Miragem serão os principais autores utilizados para fundamentar a análise do artigo 6º do CDC, com destaque para a aplicação do princípio da vulnerabilidade do consumidor nas relações contratuais de planos de saúde. Adicionalmente, serão analisadas decisões jurisprudenciais do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que tratam da negativa de cobertura por parte das operadoras de saúde, bem como os regulamentos e resoluções da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que têm por objetivo regulamentar a prestação de serviços pelas operadoras e garantir o respeito aos direitos dos consumidores. A literatura especializada sobre a proteção do consumidor no setor de saúde suplementar também será consultada, com o objetivo de identificar boas práticas para garantir a efetividade dos direitos previstos no CDC, principalmente em relação à transparência nas relações de consumo e à prevenção de práticas abusivas. II - PLANEJAMENTO PARA DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 1. Plano de Trabalho com Cronograma das Atividades DATA Dias da semana Atividade e descrição 02/09/2024 Segunda-feira Formação do grupo: De inição de papéis e responsabilidades na equipe de trabalho. 30/09/2024 Segunda-feira Primeiro diagnóstico: Análise inicial das demandas da comunidade em relação aos planos de saúde. 07/10/2024 Segunda feira Caso concreto: Discussão de um caso prático envolvendo planos de saúde e o artigo 6º do CDC. 14/10/2024 Segunda-feira Segundo roteiro: Ajustes nas atividades com base no diagnóstico e no progresso do projeto. 17/102024 Quinta-feira Criação do panfleto: Finalização do material informativo sobre os direitos dos consumidores. 24/10/2024 Quinta-feira Ida ao fórum: Participação em audiências relacionadas a planos de saúde para entender a aplicação prática. 04/11/2024 Segunda-feira Entrega do roteiro de extensão: Submissão formal do 2. Envolvimento do Público Participante O público participante, incluindo consumidores locais e estudantes, atuará em diferentes etapas do projeto, participando ativamente no diagnóstico dos problemas enfrentados em relação aos planos de saúde e colaborando nas soluções propostas. A comunidade estará envolvida nas seguintes atividades: • Roda de Conversa: Identificação dos problemas enfrentados com planos de saúde, em encontros realizados com os membros da comunidade. • Participação nas oficinas: Durante as atividades educativas e palestras. • Avaliação contínua: Feedback da comunidade sobre o impacto das atividades, com registros como fotos, listas de presença e avaliações. Essas interações garantirão uma troca constante de informações e possibilitarão uma melhor adaptação do projeto às necessidades reais da comunidade 3. Avaliação dos Resultados Alcançados Os resultados serão avaliados utilizando os seguintes indicadores: • Número de participantes capacitados: Contagem dos membros da comunidade que participaram nas oficinas e rodas de conversa. • Nível de satisfação: Aplicação de questionários e avaliações para medir a satisfação dos participantes em relação ao conteúdo abordado. • Mudanças práticas: Verificação de melhorias no entendimento dos direitos relacionados aos planos de saúde após as atividades. Esses instrumentos ajudarão a mensurar o impacto real da atividade de extensão na comunidade. III - ENCERRAMENTO DO PROJETO 1. Relatoda experiência individual no desenvolvimento da atividade : 1. CONTEXTUALIZAÇÃO – Participar deste projeto de extensão foi uma experiência profunda e enriquecedora. Fui responsável pelo caso concreto e na ajuda no embasamento teórico que facilitaram a compreensão visual dos temas abordados. 2. METODOLOGIA – Para a execução do projeto, adotamos estratégias que incentivavam a participação ativa, como rodas de conversa e debates em pequenos grupos. Estas interações promoveram um ambiente acolhedor e colaborativo, incentivando a troca de experiências entre a comunidade e a equipe. Também utilizamos questionários para medir o conhecimento prévio dos participantes sobre seus direitos e, ao final, avaliar a eficácia das informações fornecidas. Este processo nos ajudou a entender melhor os desafios e necessidades da comunidade em relação aos planos de saúde. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO - Os resultados foram positivos e demonstraram o efeito benéfico da iniciativa. Os participantes relataram uma nova compreensão de seus direitos, sentindo-se mais preparados para lidar com práticas abusivas, como reajustes excessivos, e para buscar condições mais justas em seus planos de saúde. A experiência foi gratificante para todos os envolvidos, reforçando a importância de levar o conhecimento jurídico ao alcance da população e de aplicar na prática o conteúdo aprendido. 2 Evidências das atividades realizadas (Reunião para definirmos o tema) Práticas abusivas do Plano de Saúde. Data: 23/109/2024 Visita ao Fórum em busca de mais um caso concreto Data:07/10/2024 Montagem do trabalho com slides, estatísticas e Casos concretos. Data:14/10/2024 Finalizando o trabalho com colaboradores da área Data: