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A diferença sexual e a referência fálica O Centra-se no ponto culminante e de declínio do complexo de Édipo pela ameaça da castração. O Muito antes da puberdade já está completamente desenvolvida na criança a capacidade de amar (vide manifestações como: ciúme, dedicação, ternura). Por isso, o fato da criança se apresentar biologicamente “imatura” para fazer sexo não a impede de tecer considerações a respeito da relação erótica dos pais, construindo teorias que visam dar conta daquilo que lhes é ocultado. A referência fálica e a ameaça de castração O O complexo de Édipo é uma referência à ameaça de castração. Assim, Freud postula que meninos e meninas, na fase fálica, estão preocupados com as polaridades fálico e castrado e acredita que as crianças não tem nenhum conhecimento da vagina nesse período. Freud (1905/1996) destaca três teorias sexuais infantis, sendo que as duas primeiras têm em comum o fato de velarem a diferença sexual. São elas: a “teoria fálica” (todos possuem pênis) e a “teoria cloacal” (os bebês nascem pelo ânus). Na terceira teoria, a “teoria sádica do coito”, o sexo dos pais é interpretado como um ato de violência e a diferença sexual percebida através da “batalha do sexo”, onde um mais forte domina um mais fraco. E por fim, articula uma “outra questão indiretamente relacionada com o problema insolúvel da origem dos bebês: a questão da natureza e do conteúdo do casamento”. Com isso, poderíamos dizer que ao contrário das duas primeiras teorias sexuais infantis, que velam a diferença sexual, a terceira teoria (sádica do coito) e as teorias a respeito do casamento indicam algum grau de percepção da diferença. Complexo de Édipo – os termos e a dissolução O O Édipo demarca uma passagem – a do Imaginário ao Simbólico, correlativo à clivagem da subjetividade em dois grandes sistemas – o Icc e o Pré-Cs/Cs. O Assim, a passagem de um estado de natureza para a cultura é marcada pelo interdito: a proibição do incesto O complexo de Édipo e o feminino O A descoberta das diferenças anatômicas entre os sexos (presença ou ausência de pênis) motiva a inveja do pênis nas meninas e a ansiedade de castração nos meninos, pois o complexo de castração centraliza-se na fantasia de que o pênis da menina foi cortado. O complexo de Édipo e o feminino O No texto de 1931, Sexualidade Feminina, Freud afirma que, na menina, acreditar-se castrada, resulta na “inveja do pênis”. Esta inveja balizaria as três direções da saída feminina. A primeira levaria à inibição da sexualidade, ou à neurose. A segunda, ao complexo de masculinidade e, a última, ao caminho da feminilidade, no qual o pai á tomado como objeto, alcançando então o complexo de Édipo feminino. O complexo de Édipo e o feminino O A maternidade é, pois, no pensamento de Freud, o único caminho a acessar a feminilidade, uma vez que o filho representaria esse falo – que a mulher esperou receber um dia – através do amor de um homem.
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