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As misturas fazem parte do nosso cotidiano a todo 
instante, desde o ar que respiramos até os objetos que 
utilizamos nas tarefas diárias, nos alimentos, nos líquidos 
que ingerimos, inclusive na água, em que estão misturados 
diversos sais minerais e gases. De maneira geral, é difícil 
encontrar substâncias isoladas disponíveis na natureza, 
normalmente, tais substâncias estão unidas a outras 
formando uma mistura. 
O processo de separação de misturas é muito relevante, 
pois a maioria dos materiais encontrados na natureza não 
é substância pura, ou seja, não é constituída de um único 
tipo de partículas ou moléculas; mas, na verdade, trata-se 
de misturas compostas de duas ou mais substâncias 
diferentes. A água é frequentemente utilizada como modelo 
de substância. Mas não é encontrada pura na ou natureza, ou 
seja, sempre existem outras substâncias misturadas a ela. 
Mas a separação dos componentes dessas misturas ou o 
fracionamento delas são importantes para vários aspectos 
de nossa vida, como para separar os poluentes da água e 
torná-la própria para consumo, na produção de metais e de 
componentes especiais que são usados para produzir 
medicamentos, alimentos, bebidas, produtos de higiene e 
limpeza; na obtenção do sal de cozinha, na análise dos 
componentes do sangue nos laboratórios, para separar os 
componentes do lixo e destiná-los ao tratamento correto ou 
para reciclagem e assim por diante. 
 
Neste capítulo estudaremos os seguintes tópicos; 
 
1. Estudo dos sistemas 
2. Análise química 
2.1 Separação das misturas heterogêneas 
2.2 Separação das misturas homogêneas 
3. Aplicações das técnicas de separação no cotidiano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A natureza apresenta grande diversidade de matérias. É 
preciso analisar a composição e as propriedades desses 
materiais para que eles possam ser utilizados ou 
transformados nos mais diversos objetos. Para a análise dos 
materiais, os cientistas delimitam uma porção do universo 
que será o foco da análise e receberá o nome de sistema. 
 
“Sistema é qualquer porção limitada de matéria que vai ser 
submetida a um estudo” 
 
Exemplificando, se vamos estudar uma amostra de chá 
(Sua cor, sabor, densidade, etc.), dizemos que o conteúdo chá 
é o sistema em estudo, e todo o universo fora dessa barra 
passa a ser chamado de meio ambiente ou vizinhança (Ou 
ambiente exterior, ou simplesmente ambiente). É 
importante saber que entre o sistema e o meio ambiente 
existam fronteiras de separação bem definidas. 
 
 
Os sistemas podem ser classificados de acordo com o tipo 
de relações com a exterior: 
 
✓ Sistemas abertos – Existe troca de matéria e de energia 
com o exterior. 
✓ Sistemas fechados – Existe troca de energia com o 
exterior, mas não há troca de matéria. 
✓ Sistemas isolados – Não há troca de energia nem de 
matéria com o exterior. 
 
CAPÍTULO 02 – ESTUDO DAS MISTURAS E SEUS MÉTODOS DE SEPARAÇÃO 
1. INTRODUÇÃO 
1.0 – ESTUDO DOS SISTEMAS 
MATRIZ ENEM 
C3: H8 
C5: H18 
C5: H19 
C7: H25 
 
MATRIZ BNCC 
EM13CNT104 
EM13CNT301 
EM13CNT306 
EM13CNT309 
EM13CNT305 
EM13CNT310 
 
 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/agua.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/sais-minerais.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/conceito-caracteristicas-dos-gases.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/substancias-misturas.htm
 
 
 41 41 
 
 
 
Um sistema pode ser classificado como homogêneo ou 
heterogêneo, dependendo do seu aspecto. Uma porção de 
água filtrada apresenta um único aspecto em todos os seus 
pontos e, por isso, corresponde a um sistema homogêneo. 
Um pedaço de granito não apresenta aspecto uniforme em 
sua extensão e correspondo a um sistema heterogêneo. Cada 
um dos diferentes aspectos observados em um sistema é 
chamado de fase. 
“Fase é uma porção do sistema que apresenta as mesmas 
características em todos os seus pontos, sendo, portanto, de 
aspecto uniforme mesmo quando observado ao 
microscópico comum.” 
O sistema água/óleo/areia apresenta três fases, sendo 
duas fases líquidas e uma sólida, portanto trata-se de um 
sistema trifásico. Verificamos nesse sistema um exemplo de 
fase contínua. 
 
 
 
Já o granito tem três fases sólidas fragmentadas (O 
conjunto das regiões brilhantes, o conjunto das regiões 
escuras e a massa acinzentada), portanto trata-se também 
de um sistema trifásico. 
 
 
 
O sistema homogêneo apresenta aspecto uniforme e as 
mesmas características em toda sua extensão. Esse sistema 
é monofásico (Constituído por uma única fase). Os sistemas 
homogêneos podem ser constituídos de substâncias puras 
ou compostas; por exemplo, se observarmos a água pura 
veremos que ela apresenta uma única fase, portanto ela é um 
sistema homogêneo. Se observarmos também uma mistura 
de água com açúcar, também não notaremos diferença 
alguma; sendo este também um sistema homogêneo, sendo 
chamado comumente de mistura homogênea. 
 
 
 
Já o sistema heterogêneo apresenta aspectos e 
características diferentes em sua extensão, ou seja, 
apresenta mais e uma fase. De acordo o número de fases 
temos; Duas fases (Sistema bifásico), por três 
(Sistema trifásico) ou mais (Sistema polifásico).É de 
importância destacar que os sistemas heterogêneos também 
podem ser constituídos de substâncias puras. Por exemplo, 
água + gelo: os componentes são os mesmos, mas, por 
estarem em estados físicos diferentes, apresentam aspecto 
heterogêneo. 
 
 
Apesar de a classificação visual ser da maior importância 
para definir se um sistema e homogêneo ou heterogêneo, a 
observação a olho nu nem sempre é confiável. O leite, por 
42 
42 
 
 
 
42 
42 
42 
exemplo, tem uma aparência homogênea a olho nu, mas 
microscopicamente apresenta pequenas porções de gordura 
dispersas no líquido, tratando-se, portanto, de um sistema 
heterogêneo. Da mesma forma temos também o sangue, 
maionese, tintas, neblina, fumaça, geleia, dentre outras. 
Essas misturas nas quais existem pequenas partículas 
suspensas são denominadas coloides. 
 
É muito importante não confundir as fases com os 
componentes existentes em um sistema. A fase pode ser 
definida de forma simples como o aspecto visual da mistura, 
já componente é justamente do que é constituída a amostra 
presente naquele sistema, ou seja, cada substância presente 
em um determinado sistema teremos um componente. 
Exemplos: 
 
 
 
 
 
Em que consiste a descoberta de novas teorias, novos 
elementos e até mesmo novos produtos? Tudo parte de um 
lugar em comum: análises em laboratório. Afinal, esse 
ambiente já era conhecido pelos antigos alquimistas, na 
verdade não foi preciso um laboratório moderno para a 
ciência chegar ao que é hoje: as condições precárias não 
impediram um avanço significativo nas análises químicas. 
O laboratório pode ser definido como sendo o recinto 
apropriado para a execução de experimentos, é indispensável 
que tenha água em abundância, ser bem iluminado, provido 
de eletricidade, enfim, que permita a execução de análises 
químicas de forma correta, dentro dos padrões exigidos. 
Análise química é o conjunto de técnicas de laboratório 
utilizadas na identificação das espécies químicas envolvidas 
em uma reação, como também a quantidade dessas espécies. 
As análises químicas podem ser realizadas de três 
diferentes formas: quantitativamente, qualitativamente ou 
apenas imediata. 
 
1) Análise imediata: Consiste em isolar as espécies que 
constituem o material, esse isolamento pode ser feito 
manualmente. Por exemplo, se queremos analisar uma 
amostra sólida e se esta estiver inserida em um meio 
líquido, é preciso retirar este sólido do meio aquoso; 
2) Análise qualitativa: Essa etapa identifica a composição 
do material, é preciso instrumentos apropriados para 
executar este procedimento. 
3) Análise quantitativa: É a análise mais criteriosa, além 
de saber do que se trata o material ainda é preciso saber 
a quantidade do componenteem questão dentro da 
amostra. 
 
Foi seguindo esses passos básicos que a ciência evoluiu e 
chegou ao que é hoje: essencial na descoberta de curas de 
doenças, na tecnologia, entre outros benefícios. 
 
PROCESSO DE SEPARAÇÃO DOS COMPONENTES 
PRESENTES EM UMA MISTURA 
 
Para a separação dos componentes de uma mistura, ou 
seja, para a obtenção em separada de cada uma das 
substâncias puras que formam uma mistura, utilizamos um 
conjunto de processos físicos e mecânicos denominada 
análise imediata. 
A escolha dos melhores métodos para a separação de 
misturas exige um conhecimento de algumas das 
propriedades das substâncias present4es na mistura, tais 
como homogeneidade e heterogeneidade, temperatura de 
fusão e ebulição, densidade e solubilidade. 
Assim, a separação dos grãos de feijão das pedrinhas, 
fases que formam uma mistura heterogênea de sólidos, pode 
ser feita por catação, mas esse processo é inadequado para 
separar o sal e água da água salgada, que é uma mistura 
homogênea de componentes sólido (NaCl) e líquido (H2O) 
 
 
Na separação de misturas heterogêneas, costuma-se 
utilizar em grande escala métodos mecânicos, ou seja, 
métodos que não são necessários a ocorrência de um 
fenômeno físico. Veremos a seguir exemplos de separação 
de misturas cujos componentes estão nos estados líquido, e 
sólido, sólido e gasoso, todos no estado líquido ou todos no 
sólido. 
 
1) MISTURAS HETEROGÊNEAS COM TODAS AS FASES 
SÓLIDAS; 
 
1) CATAÇÃO: É um processo mecânico simples baseado na 
diferença de tamanho e aspecto das partículas de uma 
2.0 – ANÁLISE QUÍMICA 
2.1 – SEPARAÇÃO DE MISTURAS 
HETEROGÊNEAS 
 
 
 43 43 
mistura de sólidos granulados. Utilizamos as mãos ou 
pinças na separação dos componentes. Exemplo: 
Separação dos grãos de feijão. 
 
 
 
 
2) VENTILAÇÃO ou ABANAÇÃO: Consiste em separar os 
componentes da mistura por uma corrente de ar, que 
arrasta o componente mais leve. Exemplo: Separação dos 
grãos do café de suas cascas. 
 
 
 
3) LEVIGAÇÃO: É um processo mecânico que consiste em 
separar sólidos de densidades muito diferentes, 
passando por eles um líquido que não dissolva nenhuma 
das fases. A fase mais leve é arrastada pelo líquido, 
enquanto a mais pesada permanece no recipiente. Um 
exemplo é a separação da mistura ouro e areia com 
cascalho. O equipamento utilizado é a bateia, uma 
espécie de bacia de metal. Quando o garimpeiro, com 
movimentos circulares, faz passar a água pela bateia, a 
areia é arrastada, e o ouro, mais denso, fica retido no 
centro do equipamento. 
 
 
 
4) FLUTUAÇÃO: Utiliza-se um líquido, normalmente a 
água, como elemento de separação de dois sólidos em 
que um deles possui densidade menor que a desse 
líquido. Isso faz com que o sólido menos denso fique 
sobrenadando. Vale lembrar que esses sólidos não 
podem ser solúveis nesse líquido. Esse método também 
é denominado por alguns autores como flotação ou 
sedimentação fracionada. 
 
Separação da serragem da areia 
 
 
5) PENEIRAÇÃO OU TAMISAÇÃO: É usada para separar 
componentes de misturas de sólidos de tamanhos 
diferentes; passa-se a mistura por uma peneira. 
Exemplo: Separação da areia dos pedregulhos. 
 
 
 
6) IMANTAÇÃO OU SEPARAÇÃO MAGNÉTICA: A 
imantação ou separação magnética é o método usado para 
separar dois sólidos. Um deles precisa sofrer atração de 
um ímã, ou seja, um dos dois componentes da mistura 
deve ser um material magnético. 
A imantação é feita aproximando-se um ímã da mistura em 
questão e atraindo o material magnético, separando-o do outro 
componente. A imagem a seguir pode representar o processo 
de separação magnética entre a areia e raspas de ferro: 
 
 
 
7) DISSOLUÇÃO FRACIONANDA OU EXTRAÇÃO POR 
SOLVENTE: Nesse processo físico de separação de 
misturas, os sólidos têm solubilidade diferentes em 
determinado líquido, que será acrescentado à mistura de 
sólidos. Um dos sólidos é dissolvidos no líquido, e o 
outro, não. Forma-se, então, um sistema difásico. Logo 
após, faz-se a separação das fases obtendo um dos 
sólidos. O sólido seguinte será obtido por meio da 
evaporação do solvente. 
Um exemplo é a separação de cloreto de sódio (NaCl) da 
areia. Acrescenta-se água à mistura e obtêm-se água salgada 
e areia. Em seguida, faz-se a filtração do sistema e obtém-se 
a areia; depois, evapora-se a água e obtém-se o sal. 
 
 
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2) MISTURAS HETEROGÊNEAS COM, PELO MENOS, UMA 
FASE NÃO SÓLIDA; 
 
1) COAGULAÇÃO: O processo de coagulação, trata-se de 
método no qual uma substância é adicionada a uma 
mistura com o intuito de se unir à componentes sólidos 
que estejam em suspensão em um líquido. Um dos 
exemplos mais clássicos encontra-se nas estações de 
tratamento de água a qual adiciona-se sulfato de 
alumínio para promover uma desestabilização nas 
partículas de impurezas (Coloides) presentes na água. 
 
 
A coagulação e a floculação (Próximo método a ser 
estudado) desempenham um papel dominante na cadeia de 
processos de tratamento de água. O sucesso dos outros 
processos que são realizados na estação depende, portanto, 
de uma coagulação bem-sucedida. 
 
 
 
Em uma acepção abrangente, coagulação é a alteração 
físico-química de partículas coloidais de uma água, 
caracterizada principalmente por cor e turbidez, 
produzindo partículas que possam ser removidas em 
seguida por um processo físico de separação, usualmente a 
flotação ou sedimentação. 
 
2) FLOCUÇÃO: Processo físico que promove a aglutinação 
das partículas já coaguladas, facilitando o choque entre 
as mesmas devido à agitação lenta imposta ao 
escoamento da água. A formação de flocos de impurezas 
facilitam sua posterior remoção que poderá ser feita por 
sedimentação (sob ação da gravidade) e posterior 
decantação, flotação ou filtração. 
 
 
 
3) SEDIMENTAÇÃO: A sedimentação bem como a 
coagulação e floculação, trata-se de um processo que 
antecede uma etapa de separação propriamente dita. É 
um processo em que a mistura de 
um sólido suspenso num líquido é deixada em repouso e 
a fase mais densa, por ação da gravidade deposita-se no 
fundo do recipiente, ou seja, sedimenta. 
 
 
 
 
4) FLOTAÇÃO: Como alternativa para a sedimentação 
existe o processo de flotação. Neste caso, os agregados 
formados na etapa de floculação são forçados a 
flutuarem, ao invés de sedimentarem. A separação corre 
por meio da adição de bolhas de ar que aderem aos 
sólidos e, devido à baixa densidade, arrastam-nos para a 
superfície do líquido, formando uma espuma que pode 
ser facilmente removida. 
 
 
 
5) DECANTAÇÃO: A decantação é usada para separar 
misturas do tipo sólido-líquido e líquido-líquido, 
baseando-se na diferença de densidade e na solubilidade 
de seus componentes. 
 
Se tivermos uma mistura heterogênea de sólido disperso 
num líquido, como água e areia, basta deixar o recipiente 
contendo a mistura em repouso. Com o tempo, a areia vai se 
depositando no fundo do recipiente pela ação da gravidade, 
que é o processo de sedimentação. Depois que todo o sólido 
se sedimentou, separamos cuidadosamente a água da areia, 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Processo_de_separa%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mistura
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3lido
https://pt.wikipedia.org/wiki/Suspens%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fases_da_mat%C3%A9ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Densidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gravidade
 
 
 45 45 
inclinando o recipiente e transferindo para outro 
(decantação). 
Alguns usam também a sifonação no lugar da decantação 
para separar a parte líquida após a sedimentação, que é feita 
colocando-se um sifão (um tubo plástico) e iniciando o fluxo 
por sucção. 
 
 
 
Agora, se tivermos uma mistura do tipo líquido-líquido 
imiscível, como água e óleo, no laboratório, costuma-se 
utilizar um funil de decantação, também chamado de funil 
de bromo e de funil de separação. A mistura é deixada nesse 
funil por certo tempo, então, o líquido mais denso irá ficar 
na partede baixo pela ação da gravidade. Quando os líquidos 
estiverem totalmente separados, abre-se a torneira do funil 
deixando escoar o líquido mais denso para outro recipiente. 
 
 
Entretanto, além das misturas citadas, existe também 
outro tipo de mistura heterogênea, que são os coloides ou 
dispersões coloidais. O tamanho médio das partículas 
suspensas nas soluções coloidais varia de 1 a 1000 nm, ou 
seja, a olho nu parece ser uma mistura homogênea, mas que 
na realidade, quando olhamos no microscópio, vemos que é 
heterogênea. Elas não se sedimentam pela ação da 
gravidade, por isso usam-se aparelhos chamados 
de centrífugas. 
 
6) CENTRIFUGAÇÃO: Consiste em colocar a mistura em um 
aparelho chamado centrífuga, que acelera a decantação, 
usando a força centrífuga. 
 
 
 
7) FILTRAÇÃO: É um método de separação de misturas 
heterogêneas sólido-líquido ou gases-sólidos que se 
baseia na passagem da mistura por um filtro. Existem 
dois tipos de filtração: a comum e a vácuo. A filtração 
comum é a simples passagem da mistura por um funil 
com papel de filtro a vácuo onde os sólidos ficam retidos. 
 
 
 
Já a filtração a vácuo é feita usando-se um funil de 
Buchner acoplado a um kitassato, que, por sua vez, está 
acoplado a uma trompa de água que arrasta o ar de dentro 
do kitassato, causando uma região de pressão baixa. Essa 
diferença de pressão leva à sucção do líquido da mistura e 
acelera o processo de filtração. 
 
 
FILTRAÇÃO COM CARVÃO ATIVADO 
O carvão ativado é usado para filtrar soluções impuras, 
sabe por quê? Ele apresenta muitos poros em sua superfície 
de contato, que proporcionam uma grande área efetiva. Os 
poros retêm partículas em seu interior. 
O carvão ativado funciona como adsorvente: retira as 
impurezas de um meio sem que estas interfiram em sua 
composição. 
Tratamento de água com carvão ativado: esta etapa de 
purificação consiste na passagem do líquido entre camadas 
de carvão ativado, de modo que todas as partículas 
indesejáveis presentes (impurezas de origem orgânica) 
46 
46 
 
 
 
46 
46 
46 
fiquem presas (fixadas) aos poros do adsorvente. Como o 
carvão ativado tem a capacidade de coletar até mesmo gases, 
a água sai desta etapa livre de odores. 
Vejamos o corte esquemático que mostra a diferença na 
estrutura física do carvão comum e do carvão ativado: 
 
 
 
 
As partículas dispersas em misturas homogêneas ou 
soluções não podem ser filtradas, decantadas ou vistas, 
sejam quais forem as técnicas utilizadas. A seguir, vamos 
estudar alguns métodos empregados em laboratório e na 
indústria e tentar compreender seus princípios. 
 
1) CRISTALIZAÇÃO FRACIONADA: Trata-se de um método 
físico utilizado para separar sólidos de solubilidades 
diferentes em determinada solvente. Nesse caso, 
adiciona-se um líquido que dissolva todos os sólidos que 
compõem a mistura. Após a dissolução, promove-se a 
evaporação do solvente, e os componentes cristalizam-se 
na ordem crescente dos seus coeficientes de 
solubilidade. Do menor para o maior. A cristalização 
fracionada é usada, por exemplo, nas salinas para a 
obtenção de sais a partir da água do mar. A evaporação 
da água permite a cristalização de diferentes sais, sendo 
que o último a ser obtido é o cloreto de sódio (NaCl), 
devido a sua maior solubilidade em água. 
 
2) FUSÃO FRACIONADA: É um processo físico de 
separação de sólidos em que a mistura é aquecida até que 
ocorra a fusão (Derretimento) da fase de menor ponto de 
ebulição Se possuirmos dois sólidos com pontos de fusão 
diferentes e soubermos qual é o ponto de fusão de cada 
uma das substâncias, fica relativamente fácil de separá-
las: podemos aquecê-los e fazer com que uma delas 
escoe. O estanho funde-se a 231 °C; o chumbo, a 327 °C; 
o ferro, a 1536 °C. Podemos derreter (fundir) primeiro o 
estanho, depois o chumbo e, por último, o ferro. Cada 
elemento, ao derreter-se, é separado dos demais. 
 
Esse processo também é utilizado para separar enxofre e 
areia no processo de obtenção de enxofre de depósitos 
subterrâneos. 
 
 
 
Existem misturas que não podem ser separadas pela 
fusão fracionada, por causa da maneira que se comportam 
durante o processo de fusão ou ebulição. Vejamos o porquê: 
Mistura eutética: é o tipo de mistura que se comporta 
como uma substância pura durante a fusão, sendo assim, 
não pode ser separada por fusão fracionada, pois tem o 
ponto de fusão constante. A separação dos componentes de 
misturas eutéticas é feita por destilação. Exemplo: mistura 
de estanho e bismuto. 
 
3) SUBLIMAÇÃO: Esse processo pode ser utilizado quando 
um dos sólidos, por meio de aquecimento, sublima (passa 
direto da fase sólida para a de vapor, sem derreter-se, sem 
sofrer fusão), enquanto que o outro permanece sólido. Um 
exemplo típico consiste na mistura entre o sal e iodo ou 
areia e iodo, onde o iodo sólido sofre sublimação em 
temperaturas levemente elevadas. Também a sublimação 
pode ser empregada na separação de substâncias 
contendo a naftalina (naftaleno). 
 
 
 
4) EVAPORAÇÃO: é usada para separação de misturas 
homogêneas constituída de um componente sólido e o 
outro líquido. A evaporação é usada para separar 
misturas, quando apenas a fase sólida é de interesse. 
 
O sal de cozinha é extraído da água do mar por 
evaporação. A água do mar é represada em grandes tanques, 
de pequena profundidade, construídos na areia, chamados 
de salinas. Sob a ação do sol e dos ventos a água do mar 
represada nas salinas sofre evaporação e o sal de cozinha e 
outros componentes sólidos vão se depositando no fundo 
dos tanques. 
O sal de cozinha é extraído da água do mar por 
evaporação. A água do mar é represada em grandes tanques, 
de pequena profundidade, construídos na areia, chamados 
de salinas. Sob a ação do sol e dos ventos a água do mar 
represada nas salinas sofre evaporação e o sal de cozinha e 
2.2 – SEPARAÇÃO DE MISTURAS HOMOGÊNEAS 
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/ponto-fusao-ebulicaopropriedades-periodicas.htm
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/mistura-eutetica.htm
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/tipos-misturas.htm
 
 
 47 47 
outros componentes sólidos vão se depositando no fundo 
dos tanques. 
 
 
 
5) DESTILAÇÃO SIMPLES: é usada para separar misturas 
homogêneas quando um dos componentes é sólido e o 
outro líquido. A destilação simples é utilizada quando há 
interesse nas duas fases. Este processo consiste em aquecer 
a mistura em uma aparelhagem apropriada, como a 
esquematizada abaixo, até que o líquido entre em ebulição. 
Como o vapor do líquido é menos denso, sairá pela parte 
superior do balão de destilação chegando ao condensador, 
que é refrigerado com água, entra em contato com as 
paredes frias, se condensa, voltando novamente ao estado 
líquido. Em seguida, é recolhido em um recipiente 
adequado, e o sólido permanece no balão de destilação. 
 
 
6) DESTILAÇÃO FRACIONADA: A destilação, de uma 
forma geral, é um dos métodos mais utilizados 
para separar os componentes de misturas homogêneas 
que apresentam líquido com sólido ou apenas líquidos 
em sua composição. 
A chamada destilação fracionada é utilizada 
exclusivamente para separar os componentes de uma 
mistura que apresente dois ou mais líquidos em sua 
constituição, como uma mistura de água e acetona. É 
importante que os líquidos que compõem a mistura não 
apresentem pontos de ebulição muito próximos ou ainda 
que a mistura não seja azeotrópica (mistura homogênea 
formada apenas por líquidos que apresenta ponto de 
ebulição constante). Nesses dois casos, são necessários 
métodos químicos para que a separação seja realizada. 
O funcionamento de uma destilação fracionada baseia-se 
na diferença de ponto de ebulição entre os líquidos que 
formam a mistura. Vamos utilizar o exemplo da água (ponto 
de ebulição igual a 100 oC) e acetona (ponto de ebulição 
igual a 58 oC) para entendermos como esse processo 
funciona. 
Inicialmente adicionamos a mistura no balão de vidro. 
Em seguida, ligamos o bico de bunsenou a chapa de 
aquecimento para aquecer a mistura. A partir daí, os dois 
líquidos começam a transformar-se em vapor e deslocam-se 
em direção à coluna de fracionamento, onde competem por 
um mesmo espaço. Como a coluna de fracionamento é um 
obstáculo, por conter várias bolinhas e pouco espaço livre, 
apenas um dos vapores consegue atravessá-la. Atravessa a 
coluna de fracionamento apenas o vapor do líquido que 
apresentar o menor ponto de ebulição, já que, quanto menor 
o ponto de ebulição, menor é a densidade do vapor. Após 
atravessar a coluna de fracionamento, o vapor do líquido de 
menor ponto de ebulição entra no condensador e sofre o 
fenômeno da condensação, retornando para o estado 
líquido. Por fim, o líquido condensado é recolhido no frasco 
coletor. A imagem a seguir apresenta um esquema de 
destilação fracionada: 
 
 
 
Ilustração de destilação fracionada 
 
 
Como no exemplo utilizado a acetona tem o menor ponto 
de ebulição, é ela que consegue atravessar a coluna de 
fracionamento, sendo condensada e recolhida no frasco 
coletor. 
Observação: Para evitar que o vapor de água também 
atravesse a coluna de fracionamento, é importante sempre 
ficar de olho no termômetro e não permitir que a 
temperatura de aquecimento ultrapasse o valor do menor 
ponto de ebulição. 
 
7) LIQUEFAÇÃO FRACIONADA é um método de separação 
de misturas utilizado exclusivamente para misturas 
homogêneas que apresentem todos os seus 
componentes no estado gasoso. A mistura em que esse 
método é mais empregado é o ar atmosférico. 
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/separacao-misturas-homogeneas.htm
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/ponto-ebulicao.htm
https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/metodos-separacao-misturas.htm
https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/metodos-separacao-misturas.htm
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No ar atmosférico, temos a presença de diversos gases, 
mas durante a realização do método, apenas oxigênio, 
nitrogênio e argônio são obtidos. 
 
Como a liquefação fracionada é realizada? 
No processo de liquefação fracionada, a mistura é 
submetida a resfriamento (em torno de -200oC) em um 
equipamento especial. Caso não seja possível realizar o 
resfriamento até essa temperatura, pode-se realizar a 
liquefação submetendo o ar a uma compressão até que seus 
componentes passem para o estado líquido. 
Depois que todos os componentes do ar estão no estado 
líquido, a mistura (agora homogênea e líquida) deve ser 
submetida ao processo de destilação fracionada. 
Cada uma das substâncias presentes na mistura 
apresenta pontos de ebulição diferentes. Na destilação 
fracionada, a mistura é colocada em uma torre de destilação, 
onde é submetida a regiões com diferentes temperaturas, 
nas quais ocorrem aquecimento e resfriamento, fazendo 
com que os componentes passem para o estado gasoso. 
 
 
 
Esquema demonstrando como ocorre a destilação 
fracionada dos componentes do ar 
 
Com o passar do tempo, os componentes gasosos são 
recolhidos em regiões superiores, enquanto os 
componentes líquidos são recolhidos em regiões inferiores 
da coluna de fracionamento. 
 
 
8) OSMOSE REVERSA: A osmose reversa ou inversa é um 
processo de separação de substâncias através de uma 
membrana que retém o soluto. Nesse caso, o solvente flui 
do meio mais concentrado para o menos concentrado e 
isola-se do soluto, por uma membrana que permite a sua 
passagem. 
 
Na osmose reversa, o soluto é forçado a passar para o 
meio menos concentrado. Isso só é possível graças à pressão 
exercida, fazendo com que a membrana semipermeável 
permita apenas a passagem da água, retendo o soluto. 
Porém, para que isso aconteça é necessária a aplicação de 
uma pressão maior do que a pressão osmótica natural. 
 
 
 
Esquema do processo de osmose reversa 
 
Durante a osmose reversa, até 99% dos solutos de baixo 
peso molecular como os sais ou moléculas orgânicas simples 
são retidos. Também podem ser isoladas bactérias, vírus e 
outros tipos de sólidos dissolvidos, purificando a água. 
 
9) EXTRAÇÃO POR SOLVENTES: Usa-se algum líquido 
para extrair um ou mais componentes da mistura. Por 
exemplo, se adicionarmos uma solução aquosa de cloreto 
de sódio em uma mistura de gasolina e álcool, agitarmos 
e depois colocarmos em repouso, veremos que a água 
separará o álcool da gasolina. 
 
 
 
10) CROMATOGRAFIA EM PAPEL: A cromatografia em 
papel é um método de separação usado para verificar a 
composição de algumas amostras orgânicas usando 
uma fase móvel, como um reagente orgânico e uma fase 
estacionária, como papel. 
 
 
 
Princípio da cromatografia em papel 
 
O princípio desse método envolve a cromatografia de 
partição ou cromatografia de adsorção. Cromatografia de 
partição pois as substâncias são particionadas ou 
distribuídas entre as fases líquidas, sendo que as duas fases 
https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/destilacao.htm
 
 
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são a água retida nos poros do papel de filtro e a outra fase 
é uma fase móvel que passa através do papel. 
Quando essa fase móvel se movimenta (Esse movimento 
é devido a capilaridade nos poros do papel), a separação da 
mistura ocorre e os compostos da mistura se separam com 
base nas diferenças de afinidade com os solventes das fases 
estacionária e, móvel sob a ação capilar dos poros no papel. 
Nessa hora, ocorreu a cromatografia de adsorção entre as 
fases sólida e líquida, em que a superfície sólida do papel é a 
fase estacionária e, a fase líquida é a fase móvel. 
 
Funcionamento desse método de separação 
 
O papel usado na cromatografia consiste de celulose 
praticamente pura, em forma de papel de filtro especial, que 
deve ser de elevada pureza e uniformidade. As várias 
qualidades de papel se diferem em espessura e poder de 
aspiração de líquidos. Como fase estacionaria, geralmente se 
utiliza a água (ou outro solvente como óleo de silicone, óleo 
de parafina, derivados do petróleo, etc ) para embebedar o 
papel. 
Para realizar o experimento, coloca-se a substancia num 
certo ponto do papel e, mergulha-se esse ponto do papel no 
solvente. A separação se da durante a passagem da fase 
estacionaria e a fase móvel em movimento no papel. Os 
componentes que tem capacidade de formar ligações (ou 
pontes) de hidrogênio migram mais lentamente. 
Executa se cromatografia em papel em câmaras fechadas, 
cuja atmosfera está saturada com todos os componentes dos 
sistemas de solventes utilizados. 
 
 
 
Papel de filtro após experimento cromatográfico feito 
para a identificação da mistura que foi utilizada para a 
obtenção de certos tipos de tinta de canetas hidrográficas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Para que possamos utilizar produtos de limpeza, cozinhar alimentos, realizar a assepsia, dentre outras ações que 
utilizem água de forma tranquila, a água destinada ao consumo humano deve preencher condições mínimas para que possa 
ser ingerida ou utilizada para fins higiênicos, o que se consegue através dos processos de uma estação de tratamento. 
 
 
 
Em resumo: 
 
 
1 – Captação: A água passa por um sistema de grades que impede a entrada de elementos macroscópicos grosseiros 
(animais mortos, folhas, etc.) no sistema. Parte das partículas está em suspensão fina, em estado coloidal ou em solução, e 
por ter dimensões muito reduzidas (como a argila, por exemplo), não se depositam, dificultando a remoção. 
3.0 – APLICAÇÕES DAS TÉCNICAS DE SEPARAÇÃO NO COTIDIANO 
3.1 – ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
 
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2 – Coagulação: O processo de coagulação, usado na maioria das estações de tratamento, envolve a aplicação de produtos 
químicos para precipitação de compostos em solução e desestabilização de suspensões coloidais de partículas sólidas, que, 
de outra maneira, não poderiam ser removidas por sedimentação, flotação ou filtração.A coagulação e a floculação desempenham um papel dominante na cadeia de processos de tratamento de água, 
principalmente na preparação da decantação ou da flotação e, assim, na filtração que se segue. O sucesso dos outros 
processos depende, portanto, de uma coagulação bem sucedida. 
 
Em uma acepção abrangente, coagulação é a alteração físico-química de partículas coloidais de uma água, 
caracterizada principalmente por cor e turbidez, produzindo partículas que possam ser removidas em seguida por um 
processo físico de separação, usualmente a flotação ou sedimentação. 
A coagulação pode ser considerada como um Processo constituído de duas subsequentes: 
✓ Primeira: A coagulação, propriamente dita – envolve a adição de coagulantes químicos(Geralmente o Al2SO4) com 
a finalidade de reduzir as forças que mantêm separadas as partículas em suspensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✓ Segunda fase da coagulação – a floculação – 
 
3 – Floculação: Processo físico que promove a aglutinação das partículas já coaguladas, facilitando o choque entre as 
mesmas devido à agitação lenta imposta ao escoamento da água. A formação de flocos de impurezas facilita sua posterior 
remoção que poderá ser feita por sedimentação (sob ação da gravidade) e posterior decantação, flotação ou filtração. 
 
 
A floculação pode ocorrer por processos hidráulicos ou mecanizados. 
O sulfato de alumínio gera os seguintes íons na água: 
 
Al2(SO4)3 → 2 Al3+ + 3 SO42- 
 
Uma menor parte dos cátions Al3+ neutraliza as cargas negativas das impurezas presentes na água, e a maior parte 
deles interage com os íons hidroxila (OH-) da água, formando o hidróxido de alumínio: 
 
Al2(SO4)3 + 6H2O → 2Al(OH)3 +6H+ + 3SO42- 
 
Esse hidróxido de alumínio é um coloide carregado positivamente que neutraliza as impurezas coloidais carregadas 
negativamente que estiverem na água. Observe que há um excesso de H+, o que torna o meio ácido e pode impedir a 
formação do hidróxido de alumínio. Por isso, com o coagulante é adicionado à água também algum composto que 
aumente o pH (a alcalinidade) do meio, tais como as bases hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) (cal). 
 
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4- Decantação, a água não é mais agitada e os flocos vão se depositando no fundo, separando-se da água. O lodo do fundo é 
conduzido para tanques de depuração. O ideal é que ele seja transformado em adubo, em um biodigestor. A água mais limpa 
vai para o filtro de areia. 
 
5- Filtração. A água já decantada passa por um filtro de cascalho/areia/antracito (carvão mineral), onde vai se livrando dos 
flocos que não foram decantados na fase anterior e de alguns microrganismos. 
 
6- Cloração. A água filtrada está limpa, mas ainda pode conter microrganismos causadores de doenças. Por isso, ela recebe 
um produto que contém cloro, que mata os microrganismos. Na água, o cloro age de duas formas principais: 
 
a) como desinfetante, destruindo ou inativando os microrganismos patogênicos, algas e bactérias de vida livre; e 
b) como oxidante de compostos orgânicos e inorgânicos presentes. 
 
Quando o cloro é adicionado a uma água isenta de impurezas, ocorre a seguinte reação: 
 
Dependendo do pH da água, o ácido hipocloroso (HClO) se ioniza, formando o íon hipoclorito (ClO–), segundo a 
reação a seguir: 
 
Ambos os compostos possuem ação desinfetante e oxidante; porém, o ácido hipocloroso é mais eficiente do que o 
íon hipoclorito na destruição dos microrganismos em geral. 
 
6 – Fluoretação. Nas grandes cidades brasileiras a água tratada ainda recebe o flúor, que ajuda a prevenir a cárie dentária. 
 
7 – Reservação. A água tratada é armazenada em grandes reservatórios, antes da distribuição. Esses reservatórios sempre 
são instalados nos locais mais altos das cidades. 
 
8 – Distribuição. A água tratada é distribuída para as residências, comércio e indústria a partir dos reservatórios de água 
potável. 
 
* A correção de PH é feita quando se coloca cal hidratada ou carbonato de sódio, corrigindo uma possível alcalinidade da 
água (PH). Este procedimento também previne uma possível corrosão futura da rede de encanamento que irá distribuir a 
água tratada. 
 
3.2) CRAQUEAMENTO DO PETRÓLEO 
O petróleo bruto é extraído de jazidas subterrâneas que estão localizadas na terra ou no mar. É um fluído de coloração 
variável de amarela a preta, viscoso, composto por uma mistura de hidrocarbonetos e contaminantes diversos. Trata-se de 
um composto de origem fóssil, que leva milhões de anos para se formar sob temperatura e pressão. Para que sejam 
produzidos os subprodutos originados a partir deste composto, o fluído viscoso passa por um processo de destilação 
fracionada em refinarias. Este processo é chamado craqueamento do petróleo. 
O petróleo pode ser classificado em leve, médio ou pesado, por meio do grau de densidade API e de acordo com a sua 
origem e compostos que estão presentes na mistura. O petróleo leve, como o próprio nome diz, contém uma maior fração de 
produtos leves, como gás natural, naftas e óleo diesel. Já o petróleo pesado possui maior quantidade de compostos pesados, 
como óleos combustíveis e asfalto. Há processos específicos que ocorrem após a destilação do petróleo bruto que convertem 
essas frações pesadas em produtos mais leves, como podemos citar o processo de craqueamento catalítico, coqueamento 
retardado e hidrocraqueamento por exemplo 
Quando o petróleo é extraído, ele vem cheio de impurezas, que são então separadas por meio de processos físicos. Por 
exemplo, a decantação é utilizada para separar o petróleo da água salgada. Visto que a água é mais densa que o petróleo, ela 
fica na parte de baixo e o petróleo fica na parte de cima, podendo ser separados. Utiliza-se também da filtração para remover 
impurezas maiores, tais como areia, argila e pedaços de rochas. 
 
1ª PROCESSO: 
https://www.infoescola.com/quimica/petroleo/
https://www.infoescola.com/quimica-organica/hidrocarbonetos/
https://www.infoescola.com/quimica/destilacao-fracionada/
https://www.infoescola.com/quimica/destilacao-fracionada/
https://www.infoescola.com/quimica/refinaria-de-petroleo/
https://www.infoescola.com/quimica/gas-natural/
https://www.infoescola.com/compostos-quimicos/nafta-petroquimica/
https://www.infoescola.com/quimica/diesel/
https://www.infoescola.com/quimica/asfalto/
https://www.infoescola.com/reacoes-quimicas/pirolise-ou-craqueamento-catalitico/
https://esquadraodoconhecimento.files.wordpress.com/2012/10/rec1.png
https://esquadraodoconhecimento.files.wordpress.com/2012/10/rec2.png
 
 
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O primeiro método utilizado para isso é a DESTILAÇÃO FRACIONADA, que se baseia na diferença das faixas das 
temperaturas de ebulição das frações do petróleo. Para tal, utiliza-se uma torre de destilação com uma fornalha na parte 
inferior, onde o combustível é aquecido. A torre possui até 50 pratos ou bandejas, sendo que cada uma apresenta uma 
temperatura diferente que vai diminuindo à medida que a altura aumenta. 
Quando o petróleo é aquecido na fornalha, seus componentes vão passando para o estado gasoso, sendo que os mais 
pesados (de maior massa molar) não sobem, mas ficam líquidos na parte inferior e são separados. As demais frações no 
estado gasoso sobem pela torre, e quando uma dessas frações atinge uma bandeja com uma temperatura menor que seu 
ponto de ebulição, ela liquefaz-se e é coletada nesta altura da torre. As demais frações que ainda permanecem no estado 
gasoso passam para a próxima bandeja e esse processo vai se repetindo. Desse modo, cada uma das frações liquefaz-se em 
um dos pratos e são coletadas separadamente. 
 
 
 
 
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2ª PROCESSO: O resíduo líquido que ficou no fundo da coluna é levado para outra coluna, que apresenta pressão inferior à 
atmosférica, processo esse chamado de DESTILAÇÃO A VÁCUO. Isso faz com que frações mais pesadas entrem em ebulição 
em temperaturas mais baixas que o seu ponto de ebulição. 
 
 
3ª PROCESSO Cracking (ou craqueamento ou pirólise) — O termo vem do inglêsto crack (“quebrar”) e representa a 
quebra de frações mais pesadas (moléculas maiores) do petróleo, que são transformadas em “frações mais leves” (moléculas 
menores) por aquecimento (cracking térmico) ou por aquecimento e catalisadores (cracking catalítico). Por exemplo: 
 
 
 
O cracking é um processo complexo, pois a quebra de um alcano de molécula grande produz vários compostos de 
moléculas menores — alcanos, alcenos e, inclusive, carbono e hidrogênio — que são separados posteriormente. Trata-se de 
um processo importantíssimo, pois permite aumentar a quantidade e melhorar a qualidade da gasolina produzida. Além 
disso, dele se originam inúmeros produtos que servem como matéria-prima para outras indústrias (por exemplo, com o CH2 
= CH2 é fabricado o polietileno, um dos plásticos mais usados no mundo atual). 
 
Reforming (ou reforma catalítica) — Por meio de aquecimento e catalisadores apropriados, o processo denominado 
reforming permite transformar hidrocarbonetos de cadeia normal em hidrocarbonetos ramificados, cíclicos e aromáticos, 
contendo em geral o mesmo número de átomos de carbono. Por exemplo: 
 
 
 
Esse processo é muito importante para melhorar a qualidade da gasolina, pois hidrocarbonetos ramificados, cíclicos e 
aromáticos melhoram o desempenho da gasolina nos motores dos automóveis. É importante relembrar que o progresso 
obtido no processamento do petróleo e de suas frações, no século XX, deve-se, em grande parte, ao extraordinário 
desenvolvimento dos catalisadores (substâncias que aumentam a velocidade de uma reação, sem serem consumidas durante 
o processo). 
 
 
 
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