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Requisitos Formais do Laudo da Perícia Psicológica O laudo da Perícia Psicológica é um documento técnico-científico que exige rigorosa atenção aos requisitos formais estabelecidos pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) e pela legislação vigente. Este documento representa não apenas a análise e conclusão do perito psicólogo, mas também serve como instrumento legal que pode influenciar decisões judiciais significativas. Por isso, sua elaboração deve seguir critérios específicos que garantam sua validade, clareza e organização, facilitando a compreensão por parte de todos os envolvidos no processo, incluindo o Conselho Tutelar, a justiça e as partes interessadas. O laudo deve ser estruturado de maneira lógica e coerente, seguindo uma sequência que permita o entendimento progressivo do caso. É fundamental que o documento mantenha um equilíbrio entre a linguagem técnica necessária e a acessibilidade das informações, considerando que será lido por profissionais de diferentes áreas. O laudo deve conter as seguintes informações essenciais: Identificação do perito psicólogo, com nome completo, número de registro no Conselho Regional de Psicologia (CRP), especialização relevante para o caso e assinatura. É importante incluir também informações de contato profissional e, quando aplicável, a instituição à qual está vinculado; Identificação completa da pessoa ou pessoas avaliadas, incluindo nome completo, data de nascimento, sexo, estado civil, escolaridade, profissão e outros dados demográficos relevantes para o caso; Data, horário e local da realização de cada sessão de avaliação psicológica, incluindo o tempo total dedicado ao processo avaliativo; Objetivo detalhado da perícia, especificando claramente o que se pretende avaliar, os questionamentos específicos do solicitante e o contexto em que a perícia foi requisitada; Metodologia utilizada, com descrição pormenorizada dos instrumentos e técnicas empregados na coleta de dados, incluindo entrevistas estruturadas ou semi-estruturadas, testes psicológicos (com seus respectivos números de aprovação pelo SATEPSI), observações comportamentais e análise de documentos; Descrição minuciosa dos resultados da avaliação, apresentando uma análise integrada dos dados coletados, com fundamentação teórica apropriada e interpretação dos resultados dos testes aplicados; Conclusões da perícia que respondam objetivamente aos questionamentos iniciais, apresentando uma síntese dos principais achados e sua relevância para o caso em questão; Opinião fundamentada do perito psicólogo, baseada nos resultados obtidos e respaldada por referências técnicas e legais pertinentes; Recomendações específicas e viáveis, quando necessárias, incluindo encaminhamentos, sugestões de intervenção ou medidas de proteção. Quanto aos aspectos formais de apresentação, o laudo deve seguir rigorosamente as normas técnicas estabelecidas: Formatação padronizada com margens de 3 cm (esquerda e superior) e 2 cm (direita e inferior); Fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12 para o texto principal e 11 para citações longas e notas de rodapé; Espaçamento entre linhas de 1,5 para o texto principal e simples para citações longas; Numeração de páginas e rubricas em todas as folhas; Estrutura organizacional clara com títulos e subtítulos bem definidos. O documento deve ser redigido em linguagem técnica, porém clara e objetiva, evitando termos rebuscados desnecessários ou jargões excessivamente específicos que possam dificultar a compreensão. É fundamental manter a imparcialidade e o profissionalismo em todo o texto, evitando juízos de valor não fundamentados ou conclusões sem respaldo técnico-científico. A organização e a clareza na redação do laudo são aspectos cruciais que contribuem para sua credibilidade e efetividade. Um laudo bem estruturado não apenas facilita a leitura e compreensão das informações por todos os envolvidos, mas também fortalece seu valor como instrumento técnico- científico no contexto judicial.