Prévia do material em texto
Qual é a diferença entre Guarda Compartilhada e Guarda Alternada? Embora os termos "guarda compartilhada" e "guarda alternada" sejam frequentemente usados de forma intercambiável, existem diferenças importantes entre os dois regimes de guarda. A principal diferença reside no conceito de responsabilidade. Na guarda compartilhada, ambos os pais exercem igual responsabilidade pela criação da criança, enquanto na guarda alternada, a responsabilidade se divide em períodos de tempo. Na guarda compartilhada, ambos os pais têm o direito e o dever de tomar decisões importantes sobre a vida da criança, como educação, saúde e atividades extracurriculares. Eles podem residir em casas diferentes, mas compartilham a responsabilidade de criar a criança em conjunto. Por exemplo, mesmo que a criança esteja temporariamente com a mãe, o pai mantém seu poder de decisão sobre questões importantes, como a escolha da escola ou tratamentos médicos. Já na guarda alternada, a criança reside com um dos pais por um período de tempo determinado, e depois reside com o outro pai por outro período. A responsabilidade durante o período de residência com cada um dos pais é individualizada. Isso significa que, durante seu período de guarda, cada genitor tem autonomia total para tomar decisões sobre a rotina da criança, sem necessidade de consultar o outro. É importante destacar que a guarda compartilhada não significa necessariamente que a criança dividirá seu tempo igualmente entre os pais. A divisão do tempo pode variar de acordo com as necessidades da criança e com a disponibilidade de cada pai. O importante é que ambos os pais estejam envolvidos na criação da criança de forma igualitária e compartilhem a responsabilidade pelas decisões importantes. Do ponto de vista legal, a guarda compartilhada é considerada a modalidade preferencial no Brasil desde 2014, conforme estabelecido pela Lei nº 13.058. Esta preferência se baseia no entendimento de que o envolvimento conjunto dos pais tende a ser mais benéfico para o desenvolvimento emocional e social da criança. A guarda alternada, por outro lado, não possui previsão legal específica no ordenamento jurídico brasileiro, embora possa ser estabelecida por acordo entre as partes. Na prática, a escolha entre guarda compartilhada e alternada deve considerar diversos fatores, como a idade da criança, a distância entre as residências dos pais, a rotina escolar, e principalmente a capacidade dos pais de manterem uma comunicação efetiva. Em casos onde existe alto nível de conflito entre os pais, a guarda alternada pode ser uma opção mais viável, pois reduz a necessidade de interação constante entre eles. No entanto, é fundamental que os pais priorizem o bem-estar da criança acima de suas diferenças pessoais.