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Quem são os autores africanos mais 
influentes e quais são suas principais 
obras?
Chinua Achebe 
(Nigéria)
Considerado um dos 
autores mais 
importantes da 
literatura africana, 
Achebe é conhecido 
por sua obra "Things 
Fall Apart" (1958), um 
clássico que retrata a 
cultura Igbo antes e 
durante a colonização 
britânica. Sua escrita 
se caracteriza pela 
crítica ao 
colonialismo e à 
imposição de valores 
ocidentais sobre 
culturas africanas. 
Achebe também é 
autor de "No Longer 
at Ease" (1960) e 
"Arrow of God" 
(1964), que exploram 
as consequências do 
colonialismo na 
sociedade nigeriana.
Seu impacto na 
literatura mundial é 
inestimável, tendo 
influenciado 
gerações de 
escritores africanos e 
internacionais. 
"Things Fall Apart" já 
foi traduzido para 
mais de 50 línguas e 
vendeu mais de 20 
milhões de cópias 
globalmente. Achebe 
também contribuiu 
significativamente 
para o 
estabelecimento da 
literatura africana 
moderna através de 
seu trabalho editorial 
na African Writers 
Series.
Entre suas outras 
obras importantes 
estão "A Man of the 
People" (1966), uma 
sátira política que 
previu o golpe militar 
na Nigéria, e "Anthills 
of the Savannah" 
(1987), que examina o 
poder e a corrupção 
na África pós-
colonial. Seus ensaios 
críticos, 
especialmente "An 
Image of Africa: 
Racism in Conrad's 
Heart of Darkness" 
(1975), 
revolucionaram a 
forma como a 
literatura colonial é 
analisada.
Wole Soyinka 
(Nigéria)
Primeiro autor 
africano a ganhar o 
Prêmio Nobel de 
Literatura (1986), 
Soyinka é conhecido 
por sua obra 
engajada, que aborda 
temas como a 
política, a justiça 
social e a liberdade. 
Seu romance "The 
Interpreters" (1965) é 
um retrato da 
sociedade nigeriana 
nos anos 1960, 
enquanto "Death and 
the King's Horseman" 
(1975) é uma peça de 
teatro que explora a 
cultura Yoruba e o 
conflito entre 
tradições e 
modernidade.
Além de sua 
produção literária, 
Soyinka é conhecido 
por seu ativismo 
político. Foi preso 
durante a Guerra Civil 
da Nigéria (1967-
1970) e escreveu 
sobre essa 
experiência em "The 
Man Died: Prison 
Notes" (1972). Sua 
poesia, reunida em 
obras como "Idanre 
and Other Poems" 
(1967) e "A Shuttle in 
the Crypt" (1972), 
combina elementos 
da mitologia Yoruba 
com reflexões 
contemporâneas.
Como dramaturgo, 
produziu obras 
seminais como "The 
Lion and the Jewel" 
(1959), "Kongi's 
Harvest" (1965) e "A 
Dance of the Forests" 
(1960), que 
revolucionaram o 
teatro africano. Suas 
memórias, "Aké: The 
Years of Childhood" 
(1981), oferecem um 
relato vívido da 
Nigéria colonial e 
pós-colonial.
Ngugi wa 
Thiong'o 
(Quênia)
Um dos autores mais 
importantes da 
literatura africana, 
Ngugi é conhecido 
por suas obras 
escritas em Kikuyu, 
sua língua nativa. 
Entre suas obras mais 
famosas estão "Weep 
Not, Child" (1964) e 
"A Grain of Wheat" 
(1967), que retratam 
as lutas de 
independência na 
Quênia. Ngugi 
também é um crítico 
ferrenho do 
colonialismo e da 
imposição de línguas 
europeias sobre 
culturas africanas, 
defendendo o uso de 
línguas africanas na 
literatura.
Sua decisão de 
abandonar o inglês 
em favor do Kikuyu 
em 1977 marcou um 
momento crucial na 
literatura africana. 
Seu romance "Devil 
on the Cross" (1980), 
escrito em Kikuyu 
durante sua prisão 
política, é 
considerado uma 
obra-prima da 
literatura africana 
moderna. Ngugi 
também produziu 
importantes obras 
teóricas como 
"Decolonising the 
Mind" (1986) e 
"Moving the Centre" 
(1993).
Além de seus 
romances, Ngugi 
escreveu peças de 
teatro importantes 
como "The Black 
Hermit" (1962) e "The 
Trial of Dedan 
Kimathi" (1976). Seu 
trabalho mais recente 
inclui memórias como 
"Dreams in a Time of 
War" (2010) e "In the 
House of the 
Interpreter" (2012), 
que oferecem 
perspectivas únicas 
sobre a história 
colonial e pós-
colonial do Quênia.
Amadou 
Hampâté Bâ 
(Mali)
Um dos mais 
importantes 
escritores e 
pensadores 
africanos, Hampâté 
Bâ dedicou sua vida à 
preservação da 
cultura e tradição oral 
africana. Sua obra 
"Amkoullel, o menino 
fulani" (1953) é um 
exemplo de como o 
folclore africano pode 
ser utilizado para 
abordar temas 
universais como a 
busca pela identidade 
e a importância da 
tradição. Outros livros 
importantes de sua 
autoria são "O Livro 
dos Escravos" (1989) 
e "O Povo de Deus" 
(1991), que refletem 
sobre a história e a 
cultura africana.
Seu trabalho como 
etnólogo e historiador 
foi fundamental para 
a preservação da 
história oral do Mali e 
da África Ocidental. A 
famosa frase "Na 
África, quando um 
ancião morre, uma 
biblioteca se queima" 
é de sua autoria, 
refletindo sua 
preocupação com a 
preservação do 
conhecimento 
tradicional africano.
Entre suas 
contribuições mais 
significativas está 
"L'Empire Peul du 
Macina" (1955), um 
estudo histórico 
detalhado sobre o 
império Fula. Suas 
memórias, publicadas 
em dois volumes - 
"Amkoullel, l'enfant 
peul" (1991) e "Oui 
mon commandant!" 
(1994) - são 
consideradas obras-
primas da literatura 
autobiográfica 
africana, oferecendo 
um retrato único da 
África colonial através 
dos olhos de um 
tradicionalista 
educado.

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