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DOMINÍO PÚBLICO X BEM PÚBLICO Domínio público (Sentido estrito) É o conjunto de bens móveis e imóveis, corpóreos ou incorpóreos, pertencentes ao Estado É constituído pela somatória dos bens públicos, do patrimônio atribuído pela CF Bens públicos É mais abrangente do domínio Existem bens públicos regidos pelo Direito Privado DOMÍNIO PÚBLICO Em sentido amplo, é o poder de senhorio que o Estado exerce sobre os bens públicos, bem como a capacidade de regulação estatal sobre os bens do patrimônio privado Em sentido estrito, Consiste no conjunto de bens móveis e imóveis, corpóreos e incorpóreos, pertencentes ao Estado (Equivale a patrimônio público) BENS PÚBLICOS Art. 98, CC - São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, todos os outros são particulares, sea qual for a pessoa que a pertencem Art. 99, CC - São bens públicos Os de uso comum do povo, tais como rios mares, estradas, ruas e avenidasI. São bens abertos para utilização universal por toda a população Utilização gratuita ou remunerada Os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de autarquias II. São bens que possuem uma destinação específica São bens do patrimônio administrativo São instrumentos para execução de serviços públicos Os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades III. São bens que não possuem utilidade específica, podendo ser utilizados em qualquer fim pela administração São bens do patrimônio público disponível ou bens do patrimônio fiscal A administração pode exercer poderes de proprietário (Usar, Gozar, Dispor) Podem ser alienados por meio de compra e venda, doação, permuta, dação, investidura e legislação da posse Art. 100, CC - Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar São passíveis de conversão em bens dominicais, por meio da desafetação, e uma vez desafetados, é permitida alienação Art. 101, CC - Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei Art. 102, CC - Bens públicos não estão sujeitos a usucapião São imprescritíveis Art. 103, CC - O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencem ATRIBUTOS São dotados de regime jurídico especial Inalienabilidadea) Bens públicos não podem ser vendidos livremente Legislação estabelece condições e procedimentos especiais para a venda de tais bens Não podem ser embargados, hipotecados, desapropriados, penhorados, reivindicados, usufruídos, nem objeto de servidão Impenhorabilidadeb) Bens públicos não podem ser objeto de constrição judicial Aplica-se também aos bens de empresas públicas, S. E. M e concessionários de prestação de serviço Bens públicos terça-feira, 26 de dezembro de 2023 15:10 Página 1 de Direito Administrativo Imprescritibilidadec) Bens públicos não estão sujeitos a prescrição aquisitiva (usucapião) Não onerabilidaded) Bens públicos não podem sofrer de ônus reais AFETAÇÃO E DESAFETAÇÃO SentidoI. Refere-se a condição estática atual de determinado bem público (Sentido majoritário) Se o bem está vinculado a uma finalidade pública qualquer, está afetado, se não tiver vinculação, está desafetado Afetação - Condição do bem público que está servindo a alguma finalidade público É o fato administrativo pelo qual se atribui ao bem público uma destinação pública especial de interesse direto ou indireto da administração Desafetação - É a situação do bem que não está vinculado a nenhuma finalidade pública específica É o fato administrativo pelo qual um bem público é desativado, deixando de servir à finalidade pública anterior Somente pode ser promovida mediante lei específica SentidoII. Refere-se a alteração dinâmica de condição de certo bem público SentidoIII. Desafetação também pode significar o procedimento jurídico de transformação do bem público em bem dominical Possuem natureza jurídica de fatos administrativos Relacionados a existência ou não de destinação específica para determinado bem público FORMAS DE USO Uso comumI. Aberto a coletividade, sem a necessidade de autorização estatal Pode ser gratuito ou remunerado Uso especialII. A utilização é submetida a regras específicas e consentimento estatal Pode ser gratuito ou remunerado Uso compartilhadoIII. Quando pessoas jurídicas públicas ou privadas precisam usar bens pertencentes a outras pessoas governamentais Uso privativoIV. Quando a utilização do bem público é outorgada temporariamente a determinada pessoa, mediante instrumento jurídico específico, excluindo-se a possibilidade de uso do mesmo bem pelas demais pessoas Privatividadea) Instrumentalidade formalb) Discricionariedadec) Precariedaded) Regime jurídico de direito públicoe) CONCESSÃO, PERMISSÃO E AUTORIZAÇÃO Bens públicos podem ter seu uso privativo outorgado temporariamente, em caráter precário, a determinados particulares Aplica-se aos bens públicos comuns, especiais e dominicais A outorga depende de ato administrativo formal e envolve juízo discricionário que avaliará a conveniência e a oportunidade do deferimento do pedido INSTRUMENTOS DE OUTORGA Autorização de uso de bem públicoa) É o ato administrativo unilateral, discricionário, precário e sem licitação por meio do qual o Poder Público faculta o uso de bem público a determinado particular em atenção a interesse predominantemente privado Prazo indeterminado Faculta o uso da área Permissão de uso de bem públicob) É o ato administrativo unilateral, discricionário, precário e com licitação pelo qual o MP defere o uso privativo de bem público a determinado particular em atenção a interesse predominantemente público Obriga o uso da área Em regra, tem prazo indeterminado Concessão de uso de bem públicoc) Página 2 de Direito Administrativo Concessão de uso de bem públicoc) É o contrato administrativo bilateral pelo qual o Poder Público outorga, mediante prévia licitação, o uso privativo e obrigatório de bem público a particular, por prazo determinado. Deve-se respeitar a destinação específica prevista no ato de concessão Pode ser gratuita ou remunerada Prazo determinado Há a preponderância do interesse público sobre o particular concessionário Concessão de direito real de usod) Recai sobre terrenos públicos ou espaço aéreo Página 3 de Direito Administrativo