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2 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA 2293608 - DANIELA DA SILVA 2218323 - GABRIELA LEME DA SILVA 2286983 - JARDSON DE SOUSA BARBOSA 2251939 - SUELLEN KAMILA SILVA 2250992 - VITORIA TEZA DE Carvalho MONTEIRO APLICAÇÃO DE TÉCNICAS RADIOLÓGICAS EM EXAMES DE DIAGNÓSTICOS POR IMAGEM NAS ÁREAS HUMANA E VETERINÁRIA BAURU – SP 2023 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA 2293608 - DANIELA DA SILVA 2218323 - GABRIELA LEME DA SILVA 2286983 - JARDSON DE SOUSA BARBOSA 2251939 - SUELLEN KAMILA SILVA 2250992 - VITORIA TEZA DE Carvalho MONTEIRO APLICAÇÃO DE TÉCNICAS RADIOLÓGICAS EM EXAMES DE DIAGNÓSTICOS POR IMAGEM NAS ÁREAS HUMANA E VETERINÁRIA Trabalho apresentado no Curso Superior de Tecnologia em Radiologia da UNIP, para o Projeto Integrado Multidisciplinar II. BAURU – SP 2023 RESUMO Este Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM) explorou a aplicação de técnicas radiológicas em exames de diagnóstico por imagem nas áreas humana e veterinária. O estudo abordou temas como Técnicas Radiológicas, Bioestatística, Ciências Sociais e Radiologia Veterinária. Foram analisados aspectos técnicos, éticos e sociais relacionados à Radiologia, destacando a importância da multidisciplinaridade na obtenção de diagnósticos precisos e no cuidado com pacientes humanos e animais. Palavras-chave: Radiologia; Técnicas Radiológicas; Bioestatística; Ciências Sociais; Radiologia Veterinária. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 5 2. TÉCNICAS RADIOLÓGICAS 7 3. BIOESTATÍSTICA 9 4. CIÊNCIAS SOCIAIS 12 5. RADIOLOGIA VETERINÁRIA 14 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 17 REFERÊNCIAS 19 1. INTRODUÇÃO O curso de Técnico de Radiologia é uma formação de nível técnico que prepara os estudantes para desempenhar um papel fundamental no campo da medicina e diagnóstico por imagem. Os técnicos de radiologia desempenham um papel crucial na obtenção de imagens médicas, como radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas, que auxiliam no diagnóstico e tratamento de pacientes. Eles operam equipamentos de radiologia, garantem a segurança dos pacientes durante os procedimentos e auxiliam os radiologistas e outros profissionais de saúde na interpretação das imagens. O currículo do curso de Técnico de Radiologia geralmente inclui uma combinação de teoria e prática. Os alunos aprendem sobre anatomia, fisiologia, técnicas de radiologia, proteção radiológica, ética profissional e regulamentações relacionadas à radiologia médica. Eles também realizam estágios práticos em hospitais, clínicas e centros de diagnóstico por imagem para ganhar experiência real no campo. Após a conclusão do curso, os técnicos de radiologia estão preparados para ingressar no mercado de trabalho e contribuir para o diagnóstico e tratamento de pacientes em colaboração com outros profissionais de saúde. No contexto do curso de Técnico de Radiologia, o Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM) é uma atividade acadêmica que permite aos estudantes aprofundar seus conhecimentos e habilidades em um tema específico relacionado à radiologia. Como mencionado anteriormente, o tema do PIM é a "Aplicação de técnicas radiológicas em exames de diagnóstico por imagem nas áreas humana e veterinária." Este projeto envolve a colaboração de várias disciplinas, incluindo Técnicas Radiológicas, Bioestatística, Ciências Sociais e Radiologia Veterinária. Durante cada bimestre letivo, os estudantes se envolvem em estudos teóricos e práticos relacionados a essas disciplinas e aplicam seu conhecimento na realização de exames de diagnóstico por imagem em ambientes humanos e veterinários. Ao final de cada bimestre, os estudantes devem elaborar um relatório acadêmico que sintetiza o que aprenderam e as descobertas alcançadas durante o projeto. Isso inclui a descrição das técnicas radiológicas utilizadas, a análise estatística dos dados coletados, a consideração de questões sociais e éticas relacionadas ao uso da radiologia e outras informações relevantes. O PIM não apenas aprimora o conhecimento técnico dos alunos, mas também os capacita a aplicar suas habilidades em situações do mundo real, preparando-os para futuras carreiras como técnicos de radiologia. Além disso, ele promove a colaboração entre disciplinas, refletindo a natureza multidisciplinar da área de radiologia médica. 2. TÉCNICAS RADIOLÓGICAS Também conhecida como diagnóstico por imagem, a radiologia pode ser definida como uma especialidade da medicina na qual são interpretadas imagens de órgãos do corpo para diagnosticar doenças. Assim, o profissional que se especializa no mesmo é conhecido como radiologista. Esses médicos passam por treinamento para interpretar imagens médicas para diagnóstico, enquanto os tecnólogos radiológicos são os profissionais de imagens médicas que utilizam e gerenciam os equipamentos para a confecção das imagens. Os radiologistas interpretam essas imagens e fornecem relatórios aos médicos clínicos que os encaminham, desde cirurgiões, pediatras, obstetras e internistas, até trabalharem em equipe na prestação de cuidados médicos (PATKAR, 2023). A radiologia é a corrente da ciência médica vital para quase todos os setores da saúde, incluindo cirurgia, pediatria, obstetrícia, tratamento do câncer , resposta a traumas , medicina de emergência, doenças infecciosas e muito mais. Portanto, uma lacuna nos recursos de radiologia é um ponto focal de disparidade nos cuidados de saúde que pode quebrar a cadeia de cuidados de saúde nas regiões pobres (PATKAR, 2023). Existem 6 tipos diferentes de técnicas de radiologia para ajudar a rastrear, diagnosticar ou monitorar condições médicas. Isso inclui (PATKAR, 2023).: 1. Raios X (radiologia convencional): A técnica envolve a penetração no corpo, mas uma parte dos raios é absorvida pelo tecido encontrado. Os raios não absorvidos são coletados em filme (imagem analógica) ou em mídia digital para produzir imagens radiológicas. Esta é a técnica mais aplicada na maioria dos exames radiológicos realizados, principalmente no estudo da estrutura esquelética e dos pulmões (PATKAR, 2023). 2. Ultrassom: Pode ser definida como uma técnica utilizada para obter imagens do corpo humano por meio de ondas sonoras de alta frequência. Aqui, as ondas sonoras de alta frequência são a chave que desempenha um papel vital na obtenção de imagens em tempo real (PATKAR, 2023). Isso não envolve o uso de radiação e é totalmente indolor. A técnica é aquele minuto que consegue detectar o fluxo de sopro do ultrassom Doppler. Envolve principalmente os exames de diferentes órgãos e áreas do corpo, incluindo (PATKAR, 2023): · As artérias e veias · Tecido subcutâneo e músculos, · O fígado, ductos biliares, baço, pâncreas e rins · Os órgãos genitais (próstata, testículos, útero, ovários) 3. A ressonância magnética: MRI significa Imagem por Ressonância Magnética, que é um método que não envolve o uso de raios X, mas sim as propriedades eletromagnéticas do corpo humano quando ele é submetido a um campo magnético intenso. A máquina utilizada para realizar o exame é um ímã muito potente por onde passam as ondas de radiofrequência. A máquina que fornece a energia combinada é usada para detectar os átomos de hidrogênio (prótons) em seus órgãos, seguida pelo computador que reconstrói imagens a partir do hidrogênio distribuído pelo seu corpo (PATKAR, 2023). 4. Mastologia (Mamografia): Assim como os raios X, a mamografia pode ser definida como uma imagem radiográfica das mamas, realizada principalmente para rastreamento de tumores. O teste adicional é então realizado dependendo do resultado (PATKAR, 2023). 5. Tomografia computadorizada: O aparelho envolve a utilização de uma mesa para o paciente se deitar e um aparelho radiológico especial com abertura (gantry) onde a mesa será inserida durante o exame. A tomografia computadorizada é especialmente útil para mostrar vários tipos de tecidos, como pulmões, ossos e articulações, vísceras abdominais e vasos sanguíneos. É especialmente útil para mostrar vários tipos de tecidos, comopulmões, ossos e articulações , vísceras abdominais e vasos sanguíneos (PATKAR, 2023). 6. Angiografia: A técnica pode ser utilizada para examinar os vasos sanguíneos para investigar trombose arterial, malformações dos vasos sanguíneos, detectar sangramento ou vascularização de um tumor, etc. Este procedimento geralmente é executado sob anestesia (PATKAR, 2023). O conhecimento da importância da radiologia em quase todos os setores da profissão médica é popular e utilizado principalmente no diagnóstico de doenças e tratamentos adicionais está aumentando a cada dia (PATKAR, 2023). 3. BIOESTATÍSTICA A Bioestatística é o estudo da aplicação da estatística nas áreas de biologia e saúde. Ela fornece a base teórica para analisar dados em contextos onde há variabilidade e incertezas. O conhecimento em bioestatística é fundamental para entender literatura especializada, conduzir experimentos em biologia, realizar estudos clínicos em medicina, farmacologia, fisioterapia, odontologia, entre outros campos. Também desempenha um papel crucial na tomada de decisões relacionadas a testes diagnósticos, tratamentos e cuidados com pacientes, uma vez que raramente há certeza absoluta sobre os resultados (HAYAT, 2018). A bioestatística é uma disciplina que combina princípios estatísticos com aplicações nas ciências biológicas e da saúde, sendo fundamental na coleta, análise e interpretação de dados nessas áreas. Seus principais objetivos incluem a descrição de dados, inferência estatística, análise de associações, modelagem estatística e previsão de tendências. Isso envolve organizar dados, realizar testes estatísticos para fazer inferências, analisar relações entre variáveis, criar modelos estatísticos e prever tendências com base em dados históricos. A bioestatística desempenha um papel crucial na pesquisa biológica, médica e de saúde (HAYAT, 2018). A descrição de dados na bioestatística envolve organizar e apresentar informações por meio de tabelas, gráficos e medidas resumo, como médias, medianas e desvios padrão. Essa etapa é essencial para compreender a distribuição dos dados coletados em uma análise estatística (HAYAT, 2018). A inferência estatística na bioestatística envolve a utilização de métodos estatísticos para tirar conclusões sobre uma população com base em uma amostra representativa. Isso inclui a realização de testes de hipóteses e a construção de intervalos de confiança para estimar parâmetros desconhecidos (HAYAT, 2018). Na bioestatística, a análise de associações envolve a investigação das relações entre variáveis em pesquisas de biologia e saúde. Essa disciplina fornece ferramentas para analisar associações e correlações entre diferentes variáveis, sendo particularmente útil em estudos epidemiológicos e pesquisas relacionadas (HAYAT, 2018). Na bioestatística, a modelagem estatística envolve o uso de modelos para representar fenômenos complexos em termos de variáveis explicativas. Essa abordagem é crucial em pesquisas biológicas e de saúde, onde os fatores que influenciam os resultados podem ser diversos e multifacetados (HAYAT, 2018). Na bioestatística, a previsão e análise de tendências envolvem a utilização de dados históricos para fazer projeções futuras e identificar padrões ao longo do tempo. Esse tipo de análise é fundamental em pesquisa epidemiológica e em estudos de longo prazo (HAYAT, 2018). A bioestatística desempenha um papel crucial na área da radiologia, especialmente em sua aplicação na medicina e na saúde. Na radiologia, é comum a realização de testes diagnósticos, como radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas. A bioestatística é usada para avaliar a sensibilidade, especificidade, valores preditivos e outras métricas desses testes, o que é fundamental para determinar sua eficácia na detecção de condições médicas (HAYAT, 2018). Em pesquisas médicas envolvendo imagens radiológicas, a bioestatística é usada para planejar, conduzir e analisar estudos clínicos. Isso inclui a determinação do tamanho da amostra, a randomização de pacientes, a análise de resultados e a avaliação da significância estatística das descobertas (HAYAT, 2018). Quando a radiologia é utilizada para monitorar a eficácia de tratamentos médicos, a bioestatística é empregada para analisar dados longitudinais e determinar se as mudanças nas imagens radiológicas são estatisticamente significativas. A análise de tendências ao longo do tempo em imagens radiológicas, como a progressão de doenças ou a resposta ao tratamento, requer métodos estatísticos para identificar mudanças significativas e prever o curso futuro (HAYAT, 2018). A bioestatística também é aplicada na avaliação da exposição à radiação em pacientes e profissionais de saúde, ajudando a determinar os riscos e a segurança de procedimentos radiológicos. Em estudos epidemiológicos que envolvem dados radiológicos, a bioestatística é usada para identificar associações entre exposições ambientais, hábitos de vida e doenças, bem como para ajustar variáveis de confusão em análises estatísticas (HAYAT, 2018). Portanto, a bioestatística desempenha um papel essencial na interpretação e aplicação das imagens radiológicas, contribuindo para a precisão dos diagnósticos, avaliação de tratamentos e pesquisa na área da radiologia médica. Ela ajuda a tornar os resultados obtidos por meio de imagens radiológicas mais confiáveis e úteis para a prática clínica e pesquisa médica. 4. CIÊNCIAS SOCIAIS A aplicação das Ciências Sociais na área da Radiologia representa uma interseção fascinante entre as ciências exatas e as ciências humanas. Enquanto a Radiologia é essencialmente uma disciplina técnica que envolve a obtenção de imagens médicas, as Ciências Sociais trazem um entendimento mais profundo das implicações sociais, éticas e psicológicas envolvidas no uso dessas imagens (CZERESNIA, 2008). Em primeiro lugar, as Ciências Sociais desempenham um papel crucial na ética da radiologia. A exposição à radiação, mesmo em pequenas quantidades, é uma preocupação em qualquer exame de diagnóstico por imagem. Portanto, é necessário considerar cuidadosamente os riscos e benefícios para os pacientes. As Ciências Sociais ajudam a analisar as implicações éticas e a tomar decisões informadas sobre o uso de técnicas radiológicas, garantindo que o bem-estar dos pacientes seja priorizado (CZERESNIA, 2008). Além disso, as Ciências Sociais também são relevantes na comunicação entre os profissionais de radiologia e os pacientes. Explicar procedimentos, tranquilizar pacientes ansiosos e obter seu consentimento informado são elementos-chave do atendimento radiológico. Conhecimentos em psicologia, comunicação e sociologia ajudam os técnicos de radiologia a lidar com situações delicadas, tornando o processo de diagnóstico por imagem menos assustador e mais humanizado (BARROS, 2013). As Ciências Sociais também desempenham um papel importante na pesquisa em radiologia. Estudos sobre a aceitação pública de novas tecnologias radiológicas, as implicações sociais do uso excessivo de imagens radiológicas e o impacto psicológico de diagnósticos radiológicos influenciam a forma como a radiologia é praticada e adaptada à sociedade (BARROS, 2013). Em resumo, as Ciências Sociais aplicadas à Radiologia fornecem uma perspectiva abrangente e holística dessa disciplina técnica. Elas auxiliam na tomada de decisões éticas, na comunicação eficaz com os pacientes e na pesquisa que considera não apenas as dimensões técnicas, mas também as implicações sociais, culturais e psicológicas da radiologia. Essa integração das Ciências Sociais enriquece a prática da Radiologia, tornando-a mais sensível às necessidades e preocupações dos pacientes e da sociedade como um todo (BARROS, 2013). 5. RADIOLOGIA VETERINÁRIA A radiografia na prática veterinária deu seus primeiros passos na década de 1920, após a introdução de uma série de melhorias técnicas, como os transformadores de alta tensão, o tubo Coolidge e o sistema Bucky-Potter (WILLIAMSON, 1978). O primeirotexto sobre radiologia veterinária foi publicado em 1926 pelo dr. Paul Henkel (SCHNELLE, 1968). Uma das primeiras publicações relatando o uso de raios X foi sobre a displasia coxofemoral , descrita como uma doença rara em cães militares, na qual um posicionamento semelhante ao utilizado em humanos foi sugerido pelo Autor (SCHNELLE, 1935). Em 1937, houve o primeiro artigo científico sobre proteção contra raios X (SCHNELLE, 1968). Durante décadas, a Radiografia foi a única técnica disponível na prática veterinária e, por isso, sua difusão nas instalações de pequenos animais e equinos tem sido difundida em todo o mundo. Essa difusão, após um período de desaceleração, coincidente com a chegada da Ultrassonografia e da Tomografia Computadorizada (TC), conhece um novo impulso graças aos sistemas radiográficos digitais (JOHNSON, 2013). Os aparelhos radiográficos utilizados na prática de pequenos animais (incluindo animais exóticos de estimação e selvagens) são geralmente equipados com uma mesa (trocógrafo), enquanto os aparelhos portáteis são os mais utilizados na prática equina (menos frequentemente a radiografia é usada rotineiramente em outros animais de grande porte e pecuárias). Num número limitado de clínicas especializadas em cavalos, estão presentes dispositivos radiográficos mais potentes, úteis não só para o estudo do esqueleto apendicular , mas também do crânio, da coluna, do tórax e do abdómen (JOHNSON, 2013). De qualquer forma, em comparação com a humana, além das diferenças causadas pelo menor orçamento (dependendo diretamente das capacidades do proprietário), a principal característica radiográfica veterinária é representada pela escassa ou ausente colaboração do paciente e, consequentemente, pela necessidade de restrição manual ou farmacológica (JOHNSON, 2013). A prática veterinária é mais parecida com a pediatria , em que alguma pessoa deve ajudar a controlar o paciente. Isso significa que, em paciente crítico, a anestesia ou sedação profunda pode representar uma desvantagem na realização de um exame radiográfico (SCHNELLE, 1968). Além disso, a necessidade de utilização de operadores humanos para obter o posicionamento correto é uma das causas mais comuns de exposição indevida aos raios X (BOOTH et al., 2018). Os posicionamentos utilizados na radiografia veterinária são múltiplos e dependem principalmente da direção do feixe de raios X: utilizando o feixe de raios X vertical, os posicionamentos normalmente utilizados são o decúbito lateral (direito ou esquerdo), o decúbito dorsal e o esternal. -decúbito abdominal; utilizando o feixe de raios X horizontal, os posicionamentos usualmente utilizados são a posição ortostática e a posição bípede (BOOTH et al., 2018). A terminologia internacional adotada para superfícies corporais e planos anatômicos de animais, obviamente, apresenta diferenças em relação às humanas. Por exemplo, o “plano coronal” definido em radiologia humana é denominado “plano longitudinal dorsal” em radiologia veterinária. Outras diferenças dizem respeito a “anterior” e “posterior” e “superior” e “inferior” que em pacientes veterinários tornam-se “ventral” e “dorsal” e “cranial” e “caudal”, respectivamente (BOOTH et al., 2018). Na Medicina Veterinária, também as regras de visualização das imagens são diferentes: as radiografias do crânio, do pescoço, do tronco e da cauda, nas incidências látero-laterais, terão cranial à esquerda, caudal à direita, dorsal à superior e ventral para inferior, enquanto nas vistas ventro-dorsal ou dorso-ventral, cranial estará na parte superior, caudal na parte inferior, direita à esquerda e esquerda à direita; as radiografias do esqueleto apendicular nas incidências laterais terão cranial/dorsal à esquerda, caudal/palmar/plantar à direita, proximal ao topo e distal ao fundo, enquanto nas incidências axiais, proximal estará no topo e distal na parte inferior e, para as pernas direitas, o lado direito ficará à esquerda, para as pernas esquerdas, o lado esquerdo estará à direita (JOHNSON, 2013). Dentre as técnicas contrastográficas, as utilizadas para o aparelho urinário ( urografia venosa, anterógrada, cistografia e uretrografia) e para a medula espinhal (mielografia) ainda têm papel primordial, enquanto as do trato digestivo, exceto a esofagografia , após a O advento da Ultrassonografia, da Tomografia Computadorizada e da Endoscopia foram as que perderam grande parte de sua relevância (JOHNSON, 2013). Atualmente, a Radiografia é considerada o primeiro passo para avaliação do esqueleto, do tórax e do abdome, ainda que, para este último, a Radiografia seja considerada complementar à Ultrassonografia (JOHNSON, 2013). 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nas considerações finais deste PIM, é possível observar o quão abrangente e multidisciplinar é o campo da Radiologia e como ele desempenha um papel fundamental na medicina humana e veterinária. Através deste estudo, foi possível explorar as diversas facetas da Radiologia, integrando conhecimentos de Técnicas Radiológicas, Bioestatística, Ciências Sociais e Radiologia Veterinária. Foi evidenciado como as técnicas radiológicas desempenham um papel crucial na obtenção de diagnósticos precisos, proporcionando informações valiosas para o tratamento de pacientes humanos e animais. Além disso, a análise estatística desempenha um papel importante na interpretação dos dados resultantes desses exames, garantindo a confiabilidade das informações clínicas. A compreensão das implicações sociais e éticas associadas ao uso da Radiologia também se destacou neste estudo. A responsabilidade de garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes, assim como a consideração de fatores sociais que podem influenciar o acesso a esses serviços, foram aspectos fundamentais que surgiram ao longo do projeto. Outro ponto relevante é a importância da Radiologia Veterinária, que contribui para a saúde e o bem-estar dos animais de forma semelhante à Radiologia Humana. A aplicação de técnicas radiológicas em animais exige considerações específicas, e este projeto permitiu uma compreensão mais profunda dessas particularidades. Em última análise, este PIM ressaltou a importância da integração de conhecimentos multidisciplinares para uma prática eficaz e ética da Radiologia. A colaboração entre diferentes áreas de estudo é essencial para a obtenção de diagnósticos precisos, tratamentos eficazes e cuidados de saúde abrangentes tanto para seres humanos quanto para animais. Concluímos que a Radiologia desempenha um papel indispensável na medicina moderna, e a aplicação de técnicas radiológicas em ambas as áreas, humana e veterinária, continua a evoluir, melhorando constantemente a qualidade dos cuidados de saúde. Este PIM proporcionou uma base sólida de compreensão desses conceitos e práticas, preparando-nos para enfrentar os desafios e oportunidades que a Radiologia oferece em nossas carreiras futuras. REFERÊNCIAS PATKAR, D. P. Diferentes tipos de radiologia e suas técnicas. 2023. Disponível em: https://www.nanavatimaxhospital.org/blogs/different-types-of-radiology-techniques. Acesso em 1 out. 2023. WILLIAMSON, H. D. Histórico de radiologia veterinária; equipamento; no diagnóstico; proteção na prática. Veterinario. Gravando. , 103 ( 1978 ) , pp. 84 – 87. SCHNELLE, G. B. A história da radiologia veterinária. Veterinario. Radiol. Ultrassom , 9 ( 1968 ) , pp . 5-10. SCHNELLE, GB. Algumas novas doenças em cães. Sou. Canil Gaz. , 52 ( 1935 ) , pág. 25. JOHNSON, V. Diagnóstico por imagem: refletindo sobre o passado e olhando para o futuro. Veterinario. Gravando. , 172 ( 2013 ) , págs . 546-551. BOOTH, N. J. et al. Uso de radiografia na prática de pequenos animais no Reino Unido e na República da Irlanda em 2013. Veterinario. Gravando. , 182 ( 2018 ). CZERESNIA, D. Epidemiologia, Ciências Humanas e Sociais e a integração das ciências. Rev Saude Publica 2008; 42(6):1112-1117. BARROS, N. F. As Ciências Sociais na Educação Médica [tese]. Campinas: Unicamp; 2013. HAYAT, M. J. Statistics Educationin the Health Sciences. J Stat Educ. 2018;26(2):135-6.