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SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA 6 Atividades Educacionais por Semana Semana 1: Sistema nervoso Objetivo Geral: Compreender os aspectos gerais da estrutura macro/microscópica do sistema nervoso central e periférico. S1P1: Sistema nervoso divino Fonte da imagem: http://portalpesquisa.com/misterios/teria-mesmo- michelangelo-deixado-mensagens-secretas-na-capela-sistina.html Segundo Goren, numa pintura de Michelangelo no centro do teto da Capela Sistina, há algo escondido na imagem: o manto encerrando a figura de Deus representando quase exatamente o modelo de um cérebro humano, visto no plano sagital. A genialidade do artista não contempla todo o sistema nervoso, mas nos motiva a estudá-lo de forma completa. Será que o toque das mãos representaria a comunicação de dois neurônios? Adaptado de http://portalpesquisa.com/misterios/teria-mesmo-michelangelo- deixado-mensagens-secretas-na-capela-sistina.html Objetivos de aprendizagem - Compreender os aspectos gerais da estrutura macro/microscópica do sistema nervoso central e periférico. - Compreender a fisiologia da neurotransmissão sináptica; SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA - Descrever os tipos e as funções dos neurotransmissores; - Interpretar o papel dos neurotransmissores no potencial de ação. Orientações para o Tutor: Sistema nervoso central: O sistema nervoso central (SNC), é composto pelo encéfalo e pela medula espinal. O encéfalo é a parte do SNC que está localizada no crânio. O SNC consiste em camadas de tecido nervoso que circundam uma cavidade central preenchida por um líquido e revestida por um epitélio. Observando-se macroscopicamente, os tecidos do SNC são divididos em substância cinzenta e substância branca. A substância cinzenta consiste em corpos, dendritos e axônios de células nervosas não mielinizadas. A substância branca é constituída principalmente por axônios mielinizados e contém poucos corpos celulares. O encéfalo adulto é formado por quatro partes principais: tronco encefálico, cerebelo e cérebro (diencéfalo e telencéfalo). O tronco encefálico é contínuo com a medula espinal e é composto pelo bulbo, pela ponte e pelo mesencéfalo. Posteriormente ao tronco encefálico se encontra o cerebelo. Superiormente ao tronco encefálico se localiza o diencéfalo, formado pelo tálamo, pelo hipotálamo e pelo epitálamo. Apoiado no diencéfalo está o telencéfalo, a maior parte do encéfalo. Sistema nervoso periférico: O sistema nervoso periférico (SNP) é formado por todo o tecido nervoso fora do SNC. Os componentes do SNP incluem os nervos, os gânglios, os plexos entéricos e os receptores sensitivos. Nervo é um feixe composto por centenas de milhares de axônios, associados a seu tecido conjuntivo e seus vasos sanguíneos, que se situa fora do encéfalo e da medula espinal. Os gânglios são pequenas massas de tecido nervoso compostas primariamente por corpos celulares que se localizam fora do encéfalo e da medula espinal. Estas estruturas têm íntima associação com os nervos cranianos e espinais. O tráfego de informações no sistema nervoso se dá por meio do axônio e dendritos do neurônio, através de fenômenos de despolarização e repolarização da membrana neuronal, conhecido como potencial de ação. Os órgãos do sistema nervoso se comunicam entre si e com outros órgãos por meio de contato sináptico do tipo químico, que depende da ação de neurotransmissores para mediar essa informação. Apesar das membranas plasmáticas dos neurônios pré e pós-sinápticos em uma sinapse química estarem próximas entre si, elas não se tocam. Elas são separadas pela fenda sináptica, um espaço de 20 a 50 mm que é preenchido com líquido intersticial. Os impulsos nervosos não podem ser conduzidos pela fenda sináptica; assim, ocorre uma forma alternativa e indireta de comunicação. Em resposta a um impulso nervoso, o neurônio pré-sináptico libera um neurotransmissor que se difunde pelo líquido da fenda sináptica e se liga a receptores na membrana plasmática do neurônio pós-sináptico. O neurônio pós- sináptico recebe o sinal químico e, na sequência, produz um potencial pós- sináptico, um tipo de potencial graduado. Desse modo, o neurônio pré-sináptico converte o sinal elétrico (impulso nervoso) em um sinal químico (neurotransmissor liberado). O neurônio pós-sináptico recebe o sinal químico e, em contrapartida, gera um sinal elétrico (potencial pós-sináptico). Uma sinapse SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA química comum transmite um sinal da seguinte maneira: Um impulso nervoso chega a um botão (varicosidade) sináptico de um neurônio pré-sináptico. A fase de despolarização do impulso nervoso abre canais de Ca2+ dependentes de voltagem, que estão presentes na membrana dos botões sinápticos. Como os íons cálcio estão mais concentrados no líquido extracelular, o Ca2+ entra no botão sináptico pelos canais abertos. O aumento na concentração de Ca2+ dentro do neurônio pré-sináptico serve como um sinal que dispara a exocitose das vesículas sinápticas. À medida que as membranas vesiculares se fundem com a membrana plasmática, as moléculas de neurotransmissores que estão dentro das vesículas são liberadas na fenda sináptica. Cada vesícula sináptica contém milhares de moléculas de neurotransmissores. As moléculas de neurotransmissores se difundem pela fenda sináptica e se ligam a receptores na membrana plasmática do neurônio pós-sináptico. A ligação dos neurotransmissores a seus receptores nos canais ativados por ligantes faz com que estes se abram, permitindo a passagem de íons específicos pela membrana. À medida que os íons passam pelos canais abertos, a voltagem da membrana se modifica. Esta mudança na voltagem é chamada potencial pós-sináptico. Dependendo de quantos íons caibam no canal, o potencial pós-sináptico pode ser despolarizante (excitação) ou hiperpolarizante (inibição). Por exemplo, a abertura de canais de Na+ permite a entrada de Na+, causando uma despolarização. Entretanto, a abertura de canais de Cl– ou de K+ causa uma hiperpolarização. A abertura de canais de Cl– permite a entrada de Cl– na célula, enquanto a abertura de canais de K+ permite a saída de K+ – em ambos os eventos, a parte interna da célula torna-se mais negativa. Quando um potencial pós-sináptico despolarizante atinge o limiar, ele dispara um potencial de ação no axônio do neurônio pós-sináptico. Cerca de 100 substâncias são ou parecem agir como neurotransmissores. Alguns deles se ligam a seus receptores e agem rapidamente para abrir ou fechar canais iônicos de uma membrana. Outros atuam mais lentamente, por meio de sistemas de segundo mensageiro, para interferir em reações químicas intracelulares. O resultado de ambos os processos pode ser a excitação ou a inibição de neurônios pós-sinápticos. Muitos neurotransmissores também são hormônios liberados para a corrente sanguínea por células endócrinas de órgãos do corpo inteiro. No encéfalo, alguns neurônios, conhecidos como células neurossecretoras, também liberam hormônios. Os neurotransmissores podem ser divididos em duas classes, de acordo com seu tamanho: neurotransmissores de moléculas pequenas (incluem a acetilcolina, aminoácidos, aminas biogênicas, ATP e outras purinas, óxido nítrico e monóxido de carbono) e neuropeptídios (3 a 40 aminoácidos, ligados entre si por ligações peptídicas). Para mais informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/44!/4/24/ 2/2@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/48!/4/32/ 2/2@0:0 SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/cfi/306!/4/4@ 0.00:43.6 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/44!/4/55 8/2/2@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/cfi/283!/4/4@6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. MARIEB, El; WILHELM, P; MALLATT, J. Anatomia humana. 7. Ed. São Paulo : Pearson Education do Brasil, 2014. NETTER, Frank Henry. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. S7P2. Ela ia cair, eu só segurei... Camille tem 3 anos, brincando de pula-pula no sofá da sala, quando de repente, desequilibra e vai caindo. Seu pai que está brincando com ela, pelo reflexo, segura Camille pelo punho e puxa para levantar. Camille não cai, mas passa a chorar e coloca a outra mão sobre seu cotovelo”. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Objetivos de aprendizagem: - Descrever a anatomia dos ossos, articulações e músculos antebraço e mão. Orientações para o tutor: SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Dezessete músculos cruzam a articulação do cotovelo, e alguns deles atuam exclusivamente nessa articulação, enquanto outros atuam no punho e nos dedos. Na parte proximal do antebraço, os músculos formam massas carnosas que seguem inferiormente a partir dos epicôndilos medial e lateral do úmero. Os tendões desses músculos atravessam a parte distal do antebraço e continuam até o punho, a mão e os dedos. Os músculos flexores do compartimento anterior têm aproximadamente o dobro do volume e da força dos músculos extensores do compartimento posterior. O úmero, o maior osso do membro superior, articula-se com a escápula na articulação do ombro e com o rádio e a ulna na articulação do cotovelo. A extremidade proximal do úmero tem cabeça, colos cirúrgicos e anatômico, e tubérculos maior e menor. A cabeça do úmero é esférica e articula-se com a cavidade glenoidal da escápula. Os dois ossos do antebraço formam juntos a segunda unidade de um suporte móvel articulado (sendo o úmero a primeira unidade), com uma base móvel formada pelo ombro, que determina a posição da mão. No entanto, como essa unidade é formada por dois ossos paralelos, um dos quais (o rádio) consegue girar em torno do outro (a ulna), é possível realizar supinação e pronação. Isso torna possível girar a mão quando o cotovelo está fletido. Para mais informações, consultar: MARTINI, F.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. MARIEB, El; WILHELM, P; MALLATT, J. Anatomia humana. 7. Ed. São Paulo : Pearson Education do Brasil, 2014. NETTER, Frank Henry. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. Prática (Laboratórios Morfofuncionais) - Anatomia: Identificar os ossos do cíngulo superior e membros superiores. - Fisiologia/Bioquímica: - Citologia/ Histologia/ Embriologia/ Genética: Visualizar lâminas de ossificação endocondral, osso compacto descalcificado e osso compacto; identificar somitos e diferenciar miótomo e esclerótomo. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Palestras: Sistema Articular Abordar: Tipos de articulação (fibrosa, cartilaginosa e sinovial) grau de mobilidade, componentes da articulação sinovial. Conhecer e estudar as articulações (cintura escapular, cotovelo e antebraço), grupos musculares e inervação de MMSS). TIC´s Semana 8: Sistema Músculo-esquelético Objetivo Geral: Conhecer as estruturas ósseas, das articulações e músculos dos membros inferiores. Entender o processo de contração muscular. S8P1: “O passo em falso do Fenômeno” https://youtu.be/bgRHKgg8LKA Objetivos de aprendizagem - Descrever a anatomia das articulações e músculos dos membros inferiores. Orientações para o tutor: As figuras mostram alguns músculos do membro inferior. Para mais figuras utilizar Atlas do Netter. Articulações: A articulação do quadril é do tipo esférica formada pela cabeça do fêmur e a cavidade do acetábulo. A articulação do joelho pode ser descrita como um gínglimo ou articulação em dobradiça (entre o fêmur e a tíbia) e plana (entre o fêmur e a patela). Proximalmente à articulação do tornozelo, nas porções distais da fíbula e da tíbia, encontramos uma articulação importante: a articulação tibio-fibular distal (sindesmose). É formada pela superfície áspera e convexa da face medial da extremidade distal da fíbula e uma superfície áspera e côncava da face lateral da tíbia. Essa articulação é formada pelos ligamentos tibio-fibular anterior e posterior, transverso inferior e interósseo. Histologia do tecido cartilaginoso: Cartilagem hialina: tipo mais frequentemente encontrado no corpo humano e, por isso, o mais estudado. A fresco, a cartilagem hialina é branco-azulada e translúcida. Forma o primeiro esqueleto do embrião, que posteriormente é substituido por um esqueleto ósseo. Entre a diáfise e a epífise dos ossos longos em crescimento observa-se o disco epifisário, de cartilagem hialina, que é responsável pelo crescimento do osso em extensão. Cartilagem elástica: é encontrada no pavilhão auditivo, no conduto auditivo externo, na tuba auditiva, SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe. Basicamente, é semelhante à cartilagem hialina, porém inclui, além das fibrilas de colágeno (principalmente do tipo II), uma abundante rede de fibras elásticas contínuas com as do pericôndrio. A elastina confere a esse tipo de cartilagem uma cor amarelada, quando examinada a fresco. As fibras de elastina podem ser demonstradas por seus corantes usuais, como a orceína. Cartilagem fibrosa: é um tecido com características intermediárias entre o conjuntivo denso e a cartilagem hialina. É encontrada nos discos intervertebrais, nos pontos em que alguns tendões e ligamentos se inserem nos ossos, e na sínfise pubiana. A fibrocartilagem está sempre associada a conjuntivo denso, sendo imprecisos os limites entre os dois. Discos intervertebrais: localizado entre os corpos das vértebras e unido a elas por ligamentos, cada disco intervertebral é formado por dois componentes: o anel fibroso e uma parte central, derivada da notocorda do embrião, o núcleo pulposo. O anel fibroso contém uma porção periférica de tecido conjuntivo denso, porém em sua maior extensão é constituído por fibrocartilagem, cujos feixes colágenos formam camadas concêntricas. Para mais informações, consultar: SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA JUNQUEIRA, L. C. e CARNEIRO, J. Histologia básica – Texto e Atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NETTER, F.H. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. S8P2: The Big Ramy Em 2021, “na categoria mais tradicional do Mr. Olympia, o Open Bodybuilding, o campeão foi, mais uma vez, o egípcio Mamdouh Elssbiay, também conhecido como Big Ramy. ” É preciso foco, disciplina. E então de contração em contração cada músculo se define. Adaptado de https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/jogada/mr-olympia- 2021-veja-programacao-e-saiba-onde-assistir-evento-mundial-de-fisiculturismo- 1.3146012 Objetivos de aprendizagem - Compreender o mecanismo geral da contração muscular. - Compreender o acoplamento excitação contração e rever placa motora. - Compreender a junção neuromuscular, e sequência temporal dos eventos de contração. - Diferenciar os tipos de fibras musculares. Orientações para o tutor: Movimento resulta da alternância de contração e relaxamento dos músculos, que constituem 40 a 50% do peso corporal total. A SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA função primária do músculo é transformar energia química em mecânica para realizar trabalho. A contração muscular ocorre porque as pontes transversas se prendem e “andam” ao longo dos filamentos finos nas duas extremidades do sarcômero, puxando de maneira progressiva os filamentos finos em direção ao centro do sarcômero. Conforme os filamentos finos deslizam para dentro,as linhas Z se aproximam e o sarcômero encurta. O ciclo da contração consiste na sequência repetida de eventos que promove o deslizamento dos filamentos: (1) a ATPase da miosina hidrolisa ATP e passa a ficar energizada; (2) a cabeça de miosina se fixa à actina, formando uma ponte cruzada; (3) a ponte transversa gera força conforme gira em direção ao centro do sarcômero (movimento de força); e (4) a ligação do ATP com a cabeça de miosina a desprende da actina. A cabeça de miosina mais uma vez hidrolisa ATP; volta a sua posição original e se liga a um novo local na actina com a continuidade do ciclo. O aumento da concentração de Ca2+ no citosol começa o deslizamento do filamento; a diminuição desativa o processo de deslizamento. O potencial de ação muscular que se propaga pelo sistema de túbulo T promove a abertura dos canais de liberação de Ca2+ na membrana do RS. Os íons cálcio se difundem do RS para o sarcoplasma e se combinam com a troponina. Essa ligação faz com que a tropomiosina se afaste dos locais de ligação com a miosina na actina. Bombas de transporte ativo de Ca2+ continuamente removem Ca2+ do sarcoplasma para o RS. Quando a concentração de íons cálcio no sarcoplasma diminui, a tropomiosina desliza de volta e bloqueia os locais de ligação com a miosina e a fibra muscular relaxa. Uma fibra muscular desenvolve sua maior tensão quando há uma boa zona de sobreposição entre os filamentos finos e grossos. Essa dependência é a relação comprimento/tensão. A junção neuromuscular (JNM) consiste na sinapse entre um neurônio somático motor e uma fibra muscular esquelética. A JNM inclui as terminações axônicas e os botões sinápticos terminais de um neurônio motor, além da placa motora adjacente do sarcolema da fibra muscular. Quando um impulso nervoso chega aos botões sinápticos terminais de um neurônio somático motor, desencadeia a exocitose das vesículas sinápticas, que liberam acetilcolina (ACh). A ACh se difunde pela fenda sináptica e se liga aos receptores de ACh, iniciando o potencial de ação muscular. Em seguida, a acetilcolinesterase rapidamente degrada a ACh em seus componentes. Para mais informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/32!/4/43 8/78/2/2@0:94.3 Prática (Laboratórios Morfofuncionais) - Anatomia: identificar os ossos do esqueleto apendicular e membros inferiores. - Fisiologia/Bioquímica: compreender a contração músculo-esquelética. - Citologia/ Histologia/ Embriologia: compreender o desenvolvimento do sistema músculo-esquelético. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Palestras 1 - Conhecer e estudar as articulações (coxofemoral, joelho e tornozelo), grupos musculares e inervação de MMII . TICS Semana 9: Sistema Endócrino Objetivo Geral: Compreender a formação do hipotálamo e hipófise e o funcionamento do eixo hipotálamo-hipófise-glândulas periféricas. S9P1. De onde vem? O exame ressonância magnética tem sido utilizada para estudar a haste hipofisária, permitindo a identificação de alterações como afilamentos ou ausência desta haste, que estão associados a deficiência congênita. https://www.sanarmed.com/hipofise-e-hipotalamo Objetivos de aprendizagem: - Compreender a formação do hipotálamo e hipófise (embriologia). - Conhecer a anatomia e histologia da hipófise. Orientações para tutores: A hipófise desenvolve-se de duas porções completamente diferentes, a saber: (1) uma evaginação ectodérmica do estomodeu (cavidade oral primitiva), imediatamente em frente à membrana orofaríngea, conhecida como bolsa de Rathke; e (2) uma extensão do SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA diencéfalo que se projeta para baixo, o infundíbulo. Quando o embrião tem cerca de 3 semanas de idade, a bolsa de Rathke aparece como uma evaginação da cavidade oral e subsequentemente cresce no sentido dorsal para o infundíbulo. No fim do segundo mês, ela perde sua conexão com a cavidade oral e, então, fica em contato íntimo com o infundíbulo. Com o desenvolvimento, as células na parede anterior da bolsa de Rathke crescem rapidamente em número e formam o lobo anterior da hipófise, ou adeno-hipófise. O infundíbulo dá origem ao pedúnculo e à parte nervosa, ou lobo posterior da hipófise (neuro-hipófise). Ele é composto por células neurogliais. Além disso, contém inúmeras fibras nervosas da área hipotalâmica. As células no hipotálamo sintetizam, pelo menos, nove hormônios diferentes e a hipófise secreta sete. A glândula hipófise é uma estrutura em forma de ervilha. Com 1 a 1,5 cm de diâmetro e que se localiza na fossa hipofisial da sela turca do esfenoide. Fixa-se ao hipotálamo por um pedículo, o infundíbulo, e apresenta duas partes anatômica e funcionalmente separadas: a adeno-hipófise (lobo anterior) e a neuro-hipófise (lobo posterior). A adeno-hipófise representa cerca de 75% do peso total da glândula e é composta por tecido epitelial. No adulto, a adeno- hipófise consiste em duas partes: a parte distal, que é a porção maior, e a parte tuberal que forma uma bainha ao redor do infundíbulo. A neuro-hipófise é composta por tecido neural. Também consiste em duas partes: a parte nervosa, a porção bulbosa maior, e o infundíbulo. Na pars distalis as células se organizam em cordões, entre os quais há capilares sanguíneos de calibres variados. Os cordões celulares são sustentados por fibras reticulares do tecido conjuntivo. Sabe-se que a adeno-hipófise produz pelo menos seis hormônios. No entanto, somente por meio de técnicas especializadas, principalmente por imunocitoquímica, foi possível identificar as células que produzem os diversos hormônios. Desta maneira, hoje são reconhecidos cinco tipos de células, um dos quais produz dois hormônios. Para mais informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527737289/epubcfi/ 6/64[%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter18]!/4/246/6%4050:64 SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527728867/epubcfi/ 6/56[%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter18]!/4/222/6 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527730105/epubcfi/ 6/54[%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter15]!/4/112/2%4052:55 S9P2. Todo dia ele faz tudo sempre igual Hipotálamo: “Vamos organizar aqui. Eu te passo a ordem do serviço, você analisa e identifica o endereço da entrega. ” Hipófise: “Mas e se não estiverem precisando? ” Hipotálamo: “Então explique tudo de novo para eles como funciona...” Objetivos de aprendizagem: - Compreender o eixo hipotálamo – hipofisário – glândulas periféricas. - Explicar os fenômenos de feedback hormonais. Orientações para tutores: O hipotálamo e a glândula hipófise regulam praticamente todos os aspectos do crescimento, desenvolvimento, metabolismo e homeostasia. A glândula hipófise está localizada na fossa hipofisial e é dividida em duas partes principais: adeno-hipófise e neuro-hipófise. A secreção de hormônios da adeno-hipófise é estimulada por hormônios de liberação e suprimida por hormônios de inibição do hipotálamo. A adeno-hipófise é irrigada pelas artérias hipofisárias superiores. Os hormônios hipotalâmicos liberadores e inibidores entram no plexo primário e fluem para o plexo secundário na adeno- hipófise pelas veias porto-hipofisárias. A secreção hormonal é regulada por (1) sinais do sistema nervoso, (2) alterações químicas no sangue e (3) outros hormônios. Por exemplo, impulsos nervosos para a medula da glândula suprarrenal regulam a liberação de epinefrina; o nível sanguíneo de Ca2+ regula a secreção de paratormônio (PTH); um hormônio da adeno-hipófise (hormônio adrenocorticotrófico) estimula a liberação de cortisol pelo córtex da glândula suprarrenal. A maioria dos sistemas regulatórios hormonais atua via feedback negativo, porém alguns operam por feedback positivo. Porexemplo, durante trabalho de parto, o hormônio ocitocina estimula as contrações do útero que, por sua vez, estimulam ainda mais a liberação de ocitocina, um efeito de feedback positivo. Para mais informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788565852906/cfi/149!/4/4@ 0.00:6.25 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788565852906/cfi/200!/4/4@ 0.00:23.5 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/56!/4/19 4/6@0:100 SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Prática (Laboratórios Morfofuncionais) - Anatomia: compreender a anatomia do eixo hipotálamo e hipófise. - Fisiologia/Bioquímica: compreender a fisiologia dos hormônios do eixo hipotálamo-hipofisário. - Citologia/ Histologia/ Embriologia: conhecer e estudar a histologia da glândula hipófise; compreender o desenvolvimento embrionário e a origem dos tecidos hipofisários. Palestras: 1- Princípios básicos do Sistema Endócrino Abordar: Sinalização celular. TIC´s Semana 10: Sistema Endócrino Objetivo Geral: Conhecer as funções do GH no crescimento. Compreender a morfofisiologia da tireóide. S10P1: O que eu quero mais é ser Rei Disponível em: https://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia- 149426 SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Objetivos de aprendizagem: - Compreender os efeitos fisiológicos do GH. - Conhecer as fases do crescimento fisiológico. Orientações para o tutor: O hormônio do crescimento é liberado por toda a vida, embora o seu maior papel seja na infância. O pico de secreção do GH ocorre durante a adolescência. O estímulo para a liberação do hormônio do crescimento é complexo e não está completamente esclarecido, mas inclui nutrientes circulantes, estresse e outros hormônios que interagem com o seu ritmo diário de secreção. Os estímulos para a secreção de GH são integrados no hipotálamo, o qual secreta dois neuropeptídeos no sistema porta hipotalâmico- hipófisário: hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH, do inglês, growth hormone-releasing hormone) e hormônio inibidor do hormônio do crescimento, mais conhecido como somatostatina (SS). Os pulsos do GHRH proveniente do hipotálamo estimulam a liberação de GH. Em adultos, o maior pulso de liberação do GH ocorre nas duas primeiras horas do sono. O GH é secretado por células da adenohipófise. Os tecidos-alvo para o GH incluem tanto células endócrinas como não endócrinas. O GH atua como um hormônio trófico para estimular a secreção de fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs, do inglês, insulin-like growth factors) (primeiramente chamados de somatomedinas) pelo fígado e por outros tecidos. Os IGFs têm um efeito de retroalimentação negativa na secreção do hormônio do crescimento, atuando na adeno-hipófise e no hipotálamo. Os IGFs atuam em conjunto com o hormônio do crescimento para estimular o crescimento dos ossos e dos tecidos moles. Metabolicamente, o hormônio do crescimento e os IGFs são anabólicos para as proteínas e promovem a síntese proteica, uma parte essencial do crescimento dos tecidos. O hormônio do crescimento também atua com os IGFs para estimular o crescimento ósseo. Os IGFs são responsáveis pelo crescimento das cartilagens. O GH aumenta as concentrações plasmáticas de ácidos graxos e de glicose por promover a degradação dos lipídeos e a produção de glicose hepática. O crescimento humano se caracteriza por 4 fases nitidamente distintas: Fase 1 Crescimento intra-uterino, inicia-se na concepção e vai até o nascimento. Fase 2 Primeira infância, vai do nascimento aos dois anos de idade, aproximadamente, caracterizando-se por um crescimento incremental, que se inicia no nascimento e estende-se até um mínimo marco inicial da fase seguinte. Fase 3 Segunda infância ou intermediária, período de equilíbrio e crescimento uniforme em que o acréscimo anual de peso se mantém no mesmo nível, desde o mínimo limítrofe, anteriormente citado, até o início de uma nova fase de crescimento acelerado. Fase 4 Adolescência, fase final de crescimento, que se estende mais ou menos dos dez aos vinte anos de idade. O crescimento inicialmente se acelera, até atingir um máximo em torno dos quinze anos e, depois, declina rapidamente até os 20 anos. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Para mais informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788582714041/pageid/ 770 https://books.scielo.org/id/7z56d/pdf/moreira-9788523211578-11.pdf https://www.cdc.gov/growthcharts/ S10P2: Caroço no pescoço Mariana procurou atendimento médico após perceber um caroço dolorido no pescoço. Foi encaminhada então ao ultrassom. A médica logo tranquilizou Mariana: “Não se preocupe é apenas um cisto que está relacionado com a descida da tireoide aqui para o pescoço”. Objetivos de aprendizagem: - Compreender a origem embriológica da tireoide e o ducto tireoglosso. - Compreender a morfofisiologia da tireoide e estruturas do pescoço. Orientações para o tutor: A glândula tireoide aparece como proliferação epitelial no assoalho da faringe entre o tubérculo ímpar e a cópula, no ponto indicado mais tarde pelo forame cego. Subsequentemente, a tireoide desce na frente do intestino faríngeo como um divertículo bilobado. Durante essa migração, a tireoide permanece conectada à língua por um canal estreito, o ducto tireoglosso. Mais tarde, esse ducto desaparece. Com a continuação do desenvolvimento, a glândula tireoide desce para frente do osso hioide e das cartilagens laríngeas. Ela alcança sua posição final na frente da traqueia na sétima semana. Nesse período, ela adquiriu um pequeno istmo mediano e dois lobos laterais. A tireoide começa a funcionar por volta do final do terceiro mês, quando se tornam visíveis os primeiros folículos contendo coloide. As células SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA foliculares produzem o coloide, que funciona como fonte de tiroxina e de tri- iodotironina. As células parafoliculares, ou C, derivadas do corpo ultimobranquial produzem calcitonina. A glândula tireoide está localizada inferiormente à laringe. A glândula tireoide consiste em folículos da tireoide, compostos por células foliculares, que secretam os hormônios tiroxina (T4) e tri-iodotironina (T3), e células parafoliculares, que secretam calcitonina (CT). Os hormônios da tireoide são sintetizados a partir do iodo e da tirosina dentro da tireoglobulina (TGB); são transportados no sangue ligados a proteínas plasmáticas, principalmente globulina transportadora de tiroxina (TBG). A secreção é controlada pelo TRH do hipotálamo e pelo hormônio tireoestimulante (TSH) da adeno-hipófise. Os hormônios da tireoide regulam o uso de oxigênio e a taxa metabólica, o metabolismo celular, o crescimento e o desenvolvimento. A calcitonina (CT) pode reduzir o nível sanguíneo de íons cálcio (Ca2+) e promover a deposição de Ca2+ na matriz óssea. A secreção de calcitonina é controlada pelo nível sanguíneo de Ca2+. Para mais informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/56!/4/42 0/4/8/2/2/6@0:100 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527729178/cfi/6/60!/4/15 2/8@0:68.6 Práticas - Anatomia: - Fisiologia/Bioquímica: - Citologia/ Histologia/ Embriologia: Palestras: 1-Bioquímica dos hormônios tireoidianos TIC´s Semana 11: Sistema Endócrino Objetivo Geral: Conhecer a anatomia e efeitos fisiológicos dos hormônios das paratireóides. Entender o mecanismo regulatório e funções da insulina e glucagon. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA S11P1: Erro ou acidente? Dona Sofia está decidida a processar o seu cirurgião por negligência. Recentemente ela fez uma cirurgia na tireoidee desde então apresenta espasmos musculares e câimbras frequentes. Em consulta recente com o seu clínico foram identificados baixos níveis de cálcio no sangue provavelmente relacionados ao procedimento cirúrgico. Objetivos de aprendizagem - Reconhecer e identificar as estruturas anatômicas da tireóide e paratireoides; - Compreender o metabolismo do cálcio; - Identificar os efeitos fisiológicos dos hormônios das paratireoides. - Identificar e compreender os tipos de “erros médicos” (imprudência, negligência e imperícia). Orientações para o tutor: A glândula tireoide, em formato de borboleta, está localizada logo abaixo da laringe. É composta pelos lobos direito e esquerdo, um em cada lado da traqueia, conectados por um istmo, anteriormente à traqueia. Cerca de 50% das glândulas tireoides apresentam um pequeno terceiro lobo, chamado de lobo piramidal, que se estende superiormente a partir do istmo. A massa normal da tireoide é de aproximadamente de 30 g. Parcialmente incrustadas na face posterior dos lobos direito e esquerdo da glândula tireoide, encontramos várias pequenas massas de tecido arredondadas chamadas de glândulas paratireoides. Cada uma pesa cerca de 40 mg (0,04 g). Em geral, uma glândula paratireoide inferior e uma superior estão fixadas em cada lobo da tireoide, em um total de quatro. Microscopicamente, as glândulas paratireoides contêm dois tipos de células epiteliais. As células mais numerosas, chamadas de células principais, produzem o paratormônio (PTH). O paratormônio é o principal regulador dos níveis de cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+) e fosfato (HPO42–) no sangue. A ação específica do PTH é aumentar a quantidade e a atividade dos osteoclastos. O resultado é reabsorção óssea acentuada, o que libera cálcio (Ca2+) e fosfatos (HPO42–) no sangue. O PTH também atua nos rins. Primeiro, retarda a perda de Ca2+ e Mg2+ do sangue para a urina. Em segundo lugar, acentua a perda de HPO42– do sangue para a urina. Uma vez que mais HPO42– é perdido na urina do que ganho dos ossos, o PTH diminui o nível sanguíneo de HPO42– e eleva os níveis sanguíneos de Ca2+ e Mg2+. Um terceiro efeito do PTH sobre os rins é a promoção da formação do hormônio calcitriol, que consiste na forma ativa da vitamina D. O calcitriol, também conhecido como 1,25-di-hidroxivitamina D3, aumenta a taxa de absorção sanguínea de Ca2+, HPO42– e Mg2+ no sistema digestório. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Para mais informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/56!/4/42 2/4@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/56!/4/53 4/2@0:86.4 S11P2. Sentindo na pele Ariel permaneceu 13 horas estudando em grupo e esqueceu de se alimentar. Depois de algum tempo, percebeu que estava interagindo pouco com o grupo, apresentando tremores, sudorese e suas “vistas” começaram a escurecer. Tomou um suco de laranja e algumas bolachas doces, melhorando em seguida. Objetivos de aprendizagem: - Compreender síntese e os efeitos da insulina e glucagon; - Compreender os estímulos para síntese e secreção da insulina e glucagon; - Entender o controle glicêmico. Orientações para o tutor: A principal ação do glucagon é de elevar o nível sanguíneo de glicose que se encontra abaixo do normal. A insulina, por outro lado, ajuda a reduzir o nível de glicose sanguínea que se encontra muito elevado. O nível de glicose sanguínea controla a secreção de glucagon e insulina via feedback negativo. O nível sanguíneo baixo de glicose (hipoglicemia) estimula a secreção de glucagon pelas células alfa das ilhotas pancreáticas. O glucagon atua nos hepatócitos, acelerando a conversão de glicogênio em glicose (glicogenólise) e promovendo a formação de glicose a partir do ácido láctico e de determinados aminoácidos (gliconeogênese). Consequentemente, os hepatócitos liberam glicose no sangue de maneira mais rápida e a glicemia se eleva. Se a glicemia continua subindo, o nível sanguíneo elevado de glicose (hiperglicemia) inibe a liberação de glucagon (feedback negativo). A glicose sanguínea alta (hiperglicemia) estimula a secreção de insulina pelas células beta das ilhotas pancreáticas. A insulina age em várias células do corpo para acelerar a difusão facilitada da glicose para as células; para apressar a conversão de glicose em glicogênio (glicogênese); para intensificar a captação de aminoácidos pelas células e para aumentar a síntese de proteína; para acelerar a síntese de ácidos graxos (lipogênese); para retardar a conversão de glicogênio em glicose (glicogenólise) e para tornar mais lenta a formação de glicose a partir do ácido láctico e de aminoácidos (gliconeogênese). O resultado disso é a queda do nível de glicose do sangue. Quando o nível sanguíneo de glicose cai para abaixo do normal, ocorre inibição da liberação de insulina (feedback negativo) e estímulo à liberação de glucagon. Embora o nível sanguíneo de glicose seja o regulador mais importante da insulina e do glucagon, diversos hormônios e SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA neurotransmissores também regulam a liberação desses dois hormônios. Além das respostas ao nível sanguíneo de glicose descritas anteriormente, o glucagon estimula a liberação de insulina de maneira direta; a insulina exerce o efeito oposto, suprimindo a secreção de glucagon. Conforme o nível de glicose no sangue vai declinando e menos insulina é secretada, as células alfa do pâncreas são liberadas do efeito inibitório da insulina de forma que possam secretar mais glucagon. Indiretamente, o hormônio do crescimento humano (GH) e o ACTH estimulam a secreção de insulina porque atuam para elevar a glicose sanguínea. Para mais informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/56!/4/73 0/4/2@0:89.5 Prática (Laboratórios Morfofuncionais) - Anatomia: compreender a anatomia das glândulas: tireoide, paratireoides e estruturas do pescoço (estruturas superficiais do pescoço); compreender a anatomia do pâncreas. - Fisiologia/Bioquímica: compreender a fisiologia da tireoide e paratireoides; associar e discutir as principais vias metabólicas ativadas e inibidas em resposta aos hormônios Insulina e Glucagon; Dosagem de glicemia, apresentar algumas curvas de glicemia. - Citologia/Histologia/Imunologia: conhecer a embriologia e histologia da glândula tireoide e paratireoide; conhecer a histologia do pâncreas. Conhecer e estudar a influência mono e poligênica nos distúrbios da glicose. Palestras 1- Compreender o metabolismo do Ca2+ e vitamina D (fisiológica). TIC´s Semana 12: Sistema Endócrino Objetivo Geral: Compreender a função dos glicocorticóides. Conhecer a anatomia da mama e fisiologia da lactação. S12P1: Mal necessário Maria tem 32 anos e foi diagnosticada com uma doença autoimune, seu médico prescreveu doses diárias e contínuas de corticoide por tempo indeterminado. Ela 159 SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA descobriu que este medicamento engorda, aumenta a glicose, modifica o rosto e causa estrias. Objetivos de aprendizagem - Compreender a função dos glicocorticoides. - Compreender a integração entre os glicocorticóides com o metabolismo e a obesidade. - Compreender a importância do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal na resposta imunológica. Orientações para o tutor: Os hormônios glicorticoides são secretados pelo córtex da glândula suprarrenal. Os hormônios glicocorticoides afetam a homeostasia da glicose. O glicorticoide mais abundante é o cortisol e este, e outros glicocorticoides têm as seguintes ações: Decomposição proteica: Os glicocorticoides aumentam a taxa de decomposição proteica, principalmente nas fibras musculares e, portanto, aumentam a liberação de aminoácidos na corrente sanguínea. Os aminoácidos podem ser usados pelascélulas do corpo para a síntese de novas proteínas ou para a produção de ATP. Formação de glicose: Sob a estimulação dos glicocorticoides, as células hepáticas podem converter determinados aminoácidos e outras células usam para a produção de APT. Decomposição de triglicerídeos: Os glicocorticoides estimulam a decomposição de triglicerídeos no tecido adiposo. Desse modo, os ácidos graxos liberados no sangue são usados para a produção de APT por muitas células do corpo. Efeitos anti-inflamatórios: Embora inflamação e reposta imune sejam mecanismos de defesa importantes, quando essas respostas se tornam exageradas durante uma situação estressante, o corpo pode experimentar muita dor. Os glicocorticoides inibem os leucócitos que participam das respostas inflamatórias. São frequentemente usados no tratamento de distúrbios inflamatórios crônicos como artrite reumatoide. Infelizmente, os glicocorticoides também retardam o reparo dos tecidos, o que desacelera a cicatrização. Os glicocorticóides, de uma maneira geral, apresentam vários efeitos adversos, uma vez que eles interferem no metabolismo geral do organismo. Estes compostos são capazes de reduzir a captação e utilização da glicose e aumentar a gliconeogênese, desencadeando glicemia de rebote, com consequente glicosúria, além de aumentar o catabolismo e reduzir o anabolismo protéico. Embora inflamação e reposta imune sejam mecanismos de defesa importantes, quando essas respostas se tornam exageradas durante uma situação estressante, o corpo pode experimentar muita dor. Os glicocorticoides inibem os leucócitos que participam das respostas inflamatórias. São frequentemente usados no tratamento de distúrbios inflamatórios crônicos como artrite reumatoide. Infelizmente, os glicocorticoides também retardam o reparo dos tecidos, o que desacelera a cicatrização. Doses elevadas de glicocorticosteróides deprimem as respostas imunológicas. Por esta razão, os SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA glicocorticosteróides são prescritos para os receptores de transplantes de órgãos, a fim de diminuir o risco de rejeição dos tecidos pelo sistema imunológico. Para mais informações, consultar: TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 10 ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Moore, K. L. Embriologia clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. Junqueira, L. C. U. Histologia básica. 12 ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. S12P2: Completo, na temperatura ideal, de graça e ainda transmite amor. Quando Artur nasceu, sua mãe se sentiu realizada ao ver suas mamas bem desenvolvidas e produzindo bastante leite. Objetivos de aprendizagem: - Descrever a anatomia da mama - Compreender a fisiologia da lactação. Orientações para o tutor: A gestação é o período no qual ocorrem desenvolvimento e diferenciação completos das glândulas mamárias. As alterações fisiológicas locais são exuberantes por causa dos altos níveis de esteroides sexuais. Os ductos lactíferos proliferam a partir da terceira semana de gravidez, levando ao aumento de tecido glandular, consideravelmente maior em relação ao tecido gorduroso e conjuntivo. Os altos níveis de estrógenos placentários desencadeiam prolifera-ção celular, em especial das estruturas ductais, que não só aumentam em quantidade, como desenvolvem o lúmen em canalículos que não existiam previamente. Outros hormônios que participam da atividade mitótica dessas células são o hormônio do crescimento e a insulina. A progesterona, por sua vez, é responsável pela diferenciação das células terminais dos dúctulos em células acinosas (alvéolos). A prolactina torna essas células acinosas diferenciadas em células maduras, capazes de produzir os diferentes componentes do leite. Apesar dos altos níveis de prolactina durante a gravidez, sua ação é limitada pelos elevados teores circulantes de progesterona e de hormônio lactogênico placentário, cuja ligação com receptores alveolares possui maior afinidade. Esses fenômenos acentuam-se no segundo trimestre com o aumento da produção de prolactina, que estimula os processos secretórios dos alvéolos mamários. Nesse momento, as mamas já possuem capacidade plena de funcio- namento. No terceiro trimestre, observam-se a redução dos componentes extraglandulares e o desenvolvimento ainda mais pronunciado das unidades lóbulo-acinosas. As mamas atingem capacidade máxima de produção e de se- creção de proteínas, lactose e lípídes, além de atividade exponencial de SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA determinadas enzimas como a galactosil-transferase e a lactose sintetase. O aumento do volume mamário também se deve ao desenvolvimento vascular localizado, o que contribui para o surgimento de veias visíveis pela epiderme, denominadas rede de Haller. Os fenômenos vasculares são proeminentes desde o início da gestação, o que gera intumescimento e edema localizados. A inervação do tegumento é extremamente abundante e está comprometida com os arcos reflexos neurais envolvidos na lactogênese e na galactocinese. As mudanças na coloração e pigmentação das aréolas mamárias são evidentes já no primeiro trimestre de gravidez. A proteção epitelial é reforçada pelo desenvolvimento das glândulas sebáceas do mamilo – os tubérculos de Montgomery –, que irão lubrificar e proteger a pele local, mantendo sua elasticidade. A amamentação é, por sua vez, processo em que o ato de nutrir o recém-nascido se reveste de significado emocional e se relaciona à construção inicial da relação entre mãe e filho, estreitando-se os vínculos afetivos. Apresenta, portanto, fatores influenciadores de natureza distinta, mais ligados aos aspectos psicológico e circunstancial que aos aspectos biológicos. A produção e secreção de colostro podem ser observadas, como visto, a partir do segundo trimestre de gestação, quando as glândulas mamárias atingiram maturidade para a produção láctea. Em algumas mulheres, isso ocorre já nesse momento e está presente na quase totalidade delas no período próximo ao parto. A lactogênese não ocorre durante a gravidez em razão do efeito inibitório do estriol, da progesterona e do hormônio lactogênico placentário sobre os efeitos da prolactina nos alvéolos. Com o parto e a dequitação, os níveis circulantes de estrógeno, hormônio lactogênico placentário e progesterona produzidos pela placenta decrescem de forma abrupta, possibilitando a ação da prolactina em seus receptores mamários. A prolactina produz uma série de efeitos nas células. A prolactina exerce seus efeitos na mama, modificando a secreção de colostro para leite propriamente dito no período de aproximadamente 72 horas. Esse SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA fenômeno também é conhecido como apojadura ou “descida” do leite e coincide com ingurgitamento mamário típico desse período. Maiores informações: ZUGAIB, Marcelo.; FRANCISCO, Rossana.Pulcineli. V. Zugaib Obstetrícia. [Digite o Local da Editora]: Editora Manole, 2016. 9788520447789. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520447789/. Acesso em: 30 out. 2021. Prática (Laboratórios Morfofuncionais) - Anatomia: compreender a anatomia das suprarrenais e mamas. - Fisiologia/Bioquímica: - Citologia/ Histologia/ Embriologia/ Genética: Palestras: 1- Glândulas suprarenais Abordar: Compreender a estrutura e o funcionamento da glândula suprarrenal. TICS: Semana 13: Sistema Reprodutor Objetivo Geral: Estudar a anatomia, embriologia e fisiologia dos órgãos genitais femininos e masculinos. S13P1: Uma gravidez muito esperada. Quem é mãe sabe que não há momento de maior emoção na vida de uma mulher do que o do nascimento de um filho. A entrevista de hoje traz um pouquinho da história e da emoção de uma mulher que desejou muito ser mãe e não desistiu, mesmo depois de anos sem conseguirrealizar esse sonho. O corpo passou por muitas transformações seu ventre cresceu e ontem, véspera do Dia das Mães, Lorenzo nasceu. Saudável, pesando 3 kg. Parabéns a todas as mães! Adaptado de: https://emais.estadao.com.br/blogs/mae-sem-receita/uma- gravidez-muito-esperada/ Objetivos de aprendizagem: - Conhecer e estudar a anatomia dos órgãos genitais femininos; SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA - Compreender a gametogênese feminina (ovogênese); - Descrever as alterações morfofuncionais da gestação; - Compreender os aspectos hormonais da gravidez. Orientações para o tutor: Os órgãos genitais femininos incluem os ovários (gônadas), as tubas uterinas, o útero, a vagina e o pudendo feminino. As glândulas mamárias são parte do tegumento e também são consideradas parte do sistema genital nas mulheres. Os ovários – as gônadas femininas – estão localizados na parte superior da cavidade pélvica, lateralmente ao útero. Os ovários produzem oócitos secundários, liberam os oócitos secundários (o processo de ovulação) e secretam estrogênios, progesterona, relaxina e inibina. O aborto se refere à expulsão prematura dos produtos da concepção do útero, geralmente antes da 20a semana de gestação. A fertilização geralmente ocorre na tuba uterina. O espermatozoide capacitado libera as enzimas acrossomais (reação acrossômica) para dissolver as junções celulares e a zona pelúcida do ovócito. O primeiro espermatozoide a alcançar o ovócito fertiliza-o. A fusão das membranas do ovócito e do espermatozoide inicia a reação cortical, que previne a polispermia. Quando alcança o útero, o embrião em desenvolvimento é um blactocisto oco. Uma vez que o blastocisto se implanta, as membranas extraembrionárias desenvolvem-se. As vilosidades coriônicas da placenta são rodeadas por lagos de sangue materno onde os nutrientes, os gases e os resíduos são trocados entre a mãe e o embrião. O corpo lúteo permanece ativo durante o início da gestação devido à gonadotrofina coriônica humana (hCG) produzida pelo embrião em desenvolvimento. A placenta secreta hCG, estrogênio, progesterona e lactogênio placentário humano. Este último hormônio tem um papel importante no metabolismo materno. Durante a gestação, o estrogênio contribui para o desenvolvimento dos ductos lactíferos das mamas. A progesterona é essencial para a manutenção do endométrio e, juntamente com a relaxina, ajuda a inibir as contrações uterinas. O parto normalmente ocorre entre a 38a e a 40a semanas de gestação. Ele inicia com o trabalho de parto e termina com a expulsão do feto e da placenta. Uma alça de retroalimentação positiva da secreção da ocitocina causa contrações musculares uterinas. Após o parto, as glândulas mamárias produzem leite sob a influência da prolactina. O leite é liberado durante a amamentação pela ocitocina, que faz as células mioepiteliais das glândulas mamárias se contraírem. Para maiores informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/10!/4/2/6 @0:91.7 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/cfi/866!/4/4@ 0.00:0.803 S13P2: Será que não vai descer? SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Henrique está no internato de neonatologia e vai examinar um recém-nascido na enfermaria. O exame clínico é completo e durante o exame físico ele percebe que o escroto do neonato tem apenas o testículo esquerdo palpável. Mentalmente Henrique organiza o que vai explicar e orientar a mãe. Objetivos de aprendizagem - Descrever a anatomia e a embriologia dos órgãos genitais masculino. - Explicar a anatomia e histologia das gônadas e suas estruturas de proteção e fixação. - Compreender a gametogênese masculina (espermatogênese) - Conhecer e estudar a vascularização das gônadas. Orientações para o tutor: Os testículos são um par de glândulas (gônadas) ovais no escroto que contém túbulos seminíferos, onde são produzidos os espermatozoides; as células sustentaculares, que nutrem os espermatozoides e secretam inibina; e as células intersticiais (de Leydig), que produzem o hormônio masculino testosterona. Os testículos estão suspensos no escroto pelos funículos espermáticos, e o testículo esquerdo geralmente localiza-se em posição mais baixa do que o direito. A superfície de cada testículo é coberta pela lâmina visceral da túnica vaginal, exceto no local onde o testículo se fixa ao epidídimo e ao funículo espermático. A artéria testicular ou um de seus ramos anastomosa-se com a artéria do ducto deferente. As veias que emergem do testículo e do epidídimo formam o plexo venoso pampiniforme, uma rede de 8 a 12 veias situadas anteriormente ao ducto deferente e que circundam a artéria testicular no funículo espermático. Os ovários – as gônadas femininas – estão localizados na parte superior da cavidade pélvica, lateralmente ao útero. Os ovários produzem oócitos secundários, liberam os oócitos secundários (o processo de ovulação) e secretam estrogênios, progesterona, relaxina e inibina. Os ovários, um em cada lado do útero, descem até a margem da parte superior da cavidade pélvica durante o terceiro mês de desenvolvimento. Vários ligamentos os prendem em sua posição. O ligamento largo do útero, que é uma prega do peritônio parietal, se insere aos ovários por uma dobra de duas camadas de peritônio chamada de mesovário. O ligamento útero-ovárico ancora os ovários no útero, e o ligamento suspensor do ovário os insere na parede pélvica. Cada ovário contém um hilo, o ponto de entrada e saída para os vasos sanguíneos e nervos com os quais o mesovário está ligado. A irrigação sanguínea do ovário é feita pela artéria ovárica, que se anastomosa com ramos da artéria uterina. Os ovários são drenados pelas veias ováricas. As veias do lado direito drenam para a veia cava inferior; as do lado esquerdo drenam para a veia renal esquerda. Ao nascimento, os testículos de um menino recém- nascido não progrediram além da mitose e contêm somente células germinativas imaturas. Após o nascimento, as gônadas tornam-se quiescentes (relativa-mente inativas) até a puberdade, o período nos primeiros anos da adolescência quando as gônadas amadurecem. Cada espermatócito primário dá origem a quatro espermatozoides. Cada espermátide possui 23 cromossomos simples (não duplicados), o número haploide (1n) característico de um gameta. As SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA espermátides, então, amadurecem, formando espermatozoides. No ovário embrionário, as células germinativas são chamadas de ovogônias. Ao nascimento, cada ovário contém cerca de meio milhão de ovócitos primários. No ovário, a meiose não é retomada até a puberdade. Se um ovócito primário se desenvolve, ele divide-se em duas células, um grande ovo (ovócito secundário) e um pequeno primeiro corpúsculo polar. O primeiro corpúsculo polar degenera. Se o ovócito secundário é selecionado para a ovulação, a segunda divisão meiótica ocorre imediatamente antes de o ovócito ser liberado do ovário. Para maiores informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/10!/4/2/6 @0:91.7 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/cfi/866!/4/4@ 0.00:0.803 Prática (Laboratórios Morfofuncionais) - Anatomia: compreender a anatomia do aparelho reprodutor masculino, região perineal masculina e trato urinário inferior masculino. - Fisiologia: compreender a composição e formação do esperma; observar em lâminas prontas as características dos espermatozoides; compreender a ação do medicamento utilizado na disfunção erétil - Citologia/ Histologia/ Embriologia/ Genética: compreender a histologia das glândulas anexas, compreender a diferenciação celular por meio da histologia das gônadas (testículos); compreender a formação e diferenciação gonadal e gametogênese. Epidídimo.Palestras 1- Ciclo Mestrual / Nidação Abordar: Compreender o ciclo menstrual / nidação (incluir fatores que influenciam). TIC´s Semana 14: Sistema Reprodutor Objetivo Geral: Conhecer o processo de diferenciação gonadal. Entender a fecundação, implantação e os processos morfofuncionais da gestação. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA S14P1: Mulher XY Jovem casal que há anos está em tentativa de engravidar, realizou diversos exames, sendo descartadas as principais causas morfofuncionais e recomendada a cariotipagem que revelou resultado inesperado para o fenótipo da mulher (46, XY). Objetivos de aprendizagem - Compreender a função e regulação dos hormônios gonadais e o controle da função ovariana e testicular. - Conhecer e estudar o processo de diferenciação gonadal (cascata de masculinização e cascata de feminilização) e sexual. Orientações para o tutor: A função do ciclo ovariano é desenvolver um oócito secundário; a função do ciclo uterino (menstrual) consiste em preparar o endométrio a cada mês para receber um óvulo fertilizado. O ciclo reprodutivo feminino inclui os ciclos ovariano e uterino. Os ciclos ovariano e uterino são controlados pelo GnRH do hipotálamo, que estimula a liberação de FSH e LH pela adeno-hipófise. O FSH e o LH estimulam o desenvolvimento de folículos e a secreção de estrogênios pelos folículos. O LH também estimula a ovulação, a formação do corpo lúteo e a secreção de progesterona e estrogênios pelo corpo lúteo. As células de um embrião masculino têm um cromossomo X e um cromossomo Y. Os órgãos genitais externos dos embriões masculinos e femininos (pênis e escroto nos homens e clitóris, lábios do pudendo e óstio da vagina nas mulheres) também permanecem indiferenciados até aproximadamente a 8a semana. Em embriões do sexo masculino, um pouco de testosterona é convertido em um segundo androgênio chamado di- hidrotestosterona (DHT). A DHT estimula o desenvolvimento da uretra, da próstata e dos órgãos genitais externos (escroto e pênis). Parte do tubérculo genital se alonga e se desenvolve em um pênis. A fusão das pregas uretrais forma a parte esponjosa (peniana) da uretra e deixa uma abertura para o exterior somente na extremidade distal do pênis, o óstio externo da uretra. A protuberância labioescrotal se desenvolve no escroto. Se não houver DHT, o tubérculo genital dá origem ao clitóris em embriões do sexo feminino. As pregas uretrais permanecem abertas como os lábios menores do pudendo, e as protuberâncias labioescrotais se tornam os lábios maiores do pudendo. O sulco uretral se torna o vestíbulo. Após o nascimento, os níveis de androgênios declinam porque não há mais hCG para estimular a secreção de testosterona. Para maiores informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/10!/4/2/6 @0:91.7 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/cfi/866!/4/4@ 0.00:0.803 SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA S14P2: “Depois de nove meses você vê o resultado” Antônio e Kelly sonhavam há anos em ter um filho. Depois de iniciarem um tratamento reprodutivo, tiveram uma grande surpresa ao saber que ela estava gestante de 9 semanas pela data da última menstruação, mas ela acha que está apenas com 7 semanas. Objetivos de aprendizagem - Compreender os processos da fecundação e implantação. - Compreender os processos morfofuncionais da gestação no aspecto do feto. - Compreender idade gestacional e idade embrionária. Orientações para o tutor: Para fertilizar o ovócito, o espermatozoide deve penetrar uma camada externa de células frouxamente unidas, chamadas de células da granulosa (a corona radiata), e uma capa protetora de glicoproteínas, chamada de zona pelúcida. Para completar a fertilização, a parte que se fundiu das membranas do espermatozoide e do ovócito se abre, e o núcleo do espermatozoide entra no citoplasma do ovócito. Isso sinaliza para que o ovócito retome a meiose e complete a sua segunda divisão. A divisão meiótica final gera o segundo corpúsculo polar, o qual é ejetado. Neste ponto, os 23 cromossomos do espermatozoide juntam-se aos 23 cromossomos do óvulo, criando o núcleo do zigoto com o material genético completo. O embrião em divisão leva de 4 a 5 dias para se mover da tuba uterina até a cavidade uterina. Sob a influência da progesterona, as células musculares lisas da tuba relaxam, e o transporte ocorre lentamente. Quando o embrião em desenvolvimento chega ao útero, ele consiste em uma bola oca de cerca de 100 células, denominada blastocisto. Parte da camada externa de células do blastocisto dará origem ao cório, uma membrana extraembrionária que envolverá o embrião e dará origem à placenta. A massa celular interna do blastocisto desenvolve-se, formando o embrião e três outras membranas extraembrionárias. Essas membranas incluem o âmnio, que secreta o líquido amniótico em que o embrião em desenvolvimento ficará mergulhado; o alantoide, que fará parte do cordão umbilical que une o embrião à mãe; e o saco vitelino, que se degenera no início do desenvolvimento humano. A implantação do blastocisto na parede uterina normalmente ocorre dentro de aproximadamente 7 dias após a fertilização. O blastocisto secreta enzimas que permitem que ele invada o endométrio, como um parasito se instalando no seu hospedeiro. Enquanto isso, as células endometriais crescem ao redor do blastocisto até que ele seja completamente englobado. Quando o blastocisto se implanta na parede uterina e a placenta começa a se formar, o corpo lúteo está próximo do final da sua duração programada de 12 dias. A menos que o embrião em desenvolvimento envie um sinal hormonal, o corpo lúteo degenera--se, os níveis de estrogênio e progesterona caem e o embrião é eliminado do corpo junto com as camadas superficiais do endométrio durante a menstruação. A placenta secreta diversos hormônios que previnem a menstruação durante a gestação, SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA incluindo gonadotrofina coriônica humana, hormônio lactogênio placentário humano, estrogênio e progesterona. O corpo lúteo permanece ativo durante o início da gestação devido à gonadotrofina coriônica humana (HCG), um hormônio peptídico secretado pelas vilosidades coriônicas e pela placenta em desenvolvimento. A HCG é estruturalmente relacionada ao LH e se liga aos receptores do LH. Sob a influência da HCG, o corpo lúteo continua produzindo progesterona para manter o endométrio intacto. Entretanto, por volta da sétima semana de desenvolvimento, a placenta assume a produção de progesterona, e o corpo lúteo não é mais necessário. Neste ponto, ele finalmente se degenera. O pico de produção de HCG pela placenta ocorre aos três meses de desenvolvimento e depois diminui. Uma segunda função da HCG é estimular a produção de testosterona pelo testículo em desenvolvimento em fetos masculinos. O parto normalmente ocorre entre a 38ª e a 40ª semanas de gestação. Ele inicia com o trabalho de parto e termina com a expulsão do feto e da placenta. Uma alça de retroalimentação positiva da secreção da ocitocina causa contrações musculares uterinas. Após o parto, as glândulas mamárias produzem leite sob a influência da prolactina. O leite é liberado durante a amamentação pela ocitocina, que faz as células mioepiteliais das glândulas mamárias se contraírem. O desenvolvimento de um ser humano a partir da fecundação de um oócito até o parto é dividido em dois períodos principais, o embrionário e o fetal. Durante o período fetal, ocorrem diferenciação e crescimento dos tecidos e órgãos e a taxa de crescimento corporal aumenta. Estágios do Desenvolvimento Embrionário: O desenvolvimento precoce é descrito em estágios devido ao período variável que os embriões levam para desenvolver determinadas características morfológicas. O estágio um começana fecundação e o desenvolvimento embrionário termina no estágio 23, que ocorre no 56° dia. Um trimestre é um período de três meses, um terço do período de nove meses da gestação. Os períodos mais críticos de desenvolvimento ocorrem durante o primeiro trimestre (13 semanas), quando o desenvolvimento embrionário e o desenvolvimento fetal inicial estão ocorrendo. Por convenção, os obstetras datam a gestação presumidamente a partir do primeiro dia do último período menstrual normal (UPMN). Essa idade gestacional na embriologia é superficial, pois a gestação não se inicia até que ocorra a fecundação de um oócito. A idade do embrião se inicia na fecundação, aproximadamente 2 semanas após o UPMN. A idade da fecundação é usada em pacientes que passaram por uma fertilização in vitro ou inseminação artificial. Para maiores informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/10!/4/2/6 @0:91.7 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/cfi/866!/4/4@ 0.00:0.803 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527729178/cfi/6/2!/4/2/2 @0:0 SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Prática (Laboratórios Morfofuncionais) - Anatomia: compreender a anatomia dos órgãos genitais internos e região perineal feminina e a anatomia do trato urinário inferior feminino. - Fisiologia/Bioquímica: analisar exames laboratoriais de hormônios femininos em diversas situações (normal, gravidez e menopausa); compreender o ciclo menstrual. - Citologia/ Histologia/ Embriologia/ Genética: compreender a diferenciação celular por meio da histologia das gônadas (ovário), da tuba e do útero; compreender a ovogênese; observar a FIV e gemelaridade; observar em lâminas o corpúsculo de Barr (Síndrome de Turner e Klinefelter). Palestras: 1- Síndromes genéticas (Klinefelter e Turner) - comentar sobre corpúsculo de Barr. 2 - Diferenciação sexual (cascata de feminilização e masculinização) (PROFª ANNE). Abordar: Sua aplicação e a cascata de feminilização e masculinização. TIC´s Semana 15: Sistema Reprodutor / Sistema Urinário Objetivo Geral: Conhecer os mecanismos fisiológicos do parto e os diferentes tipos de células tronco. Compreender a anatomia e embriologia renal. S15P1: Corre que chegou a hora! Enquanto Ana está preocupada porque sua bolsa estourou e tem que arrumar as coisas do bebê, Oscar, seu marido está tentando fazer contato com o banco de células para ver como seria esse armazenamento, mas ficou um pouco decepcionado ao saber que o uso dessas células é limitado. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA https://images.app.goo.gl/ajg3pLtBnQnru3Bs9 Objetivos de aprendizagem: - Discutir os mecanismos fisiológicos do parto. - Descrever os diferentes tipos de células tronco. Orientações para o tutor: O parto normalmente ocorre entre a 38a e a 40a semana de gestação. O parto inicia com o trabalho de parto, as contrações rítmicas do útero que empurram o feto para o mundo. Os sinais que iniciam essas contrações podem começar na mãe, no feto ou em ambos. Outro possível desencadeante do trabalho de parto é a ocitocina, um hormônio peptídico que causa a contração do músculo uterino. Quando a gestação se aproxima do final, o número de receptores para ocitocina no útero aumenta. Entretanto, estudos têm mostrado que a secreção de ocitocina não aumenta antes do início do trabalho de parto. A ocitocina sintética frequentemente é utilizada para induzir o trabalho de parto nas mulheres grávidas, mas nem sempre é eficaz. Aparentemente, o início do trabalho de parto requer algo mais do que quantidades adequadas de ocitocina. Outra possibilidade para a indução do trabalho de parto é que o feto libere alguns sinais que indiquem que o seu desenvolvimento está completo. Uma teoria apoiada por evidências clínicas é a de que o hormônio liberador da corticotrofina (CRH) secretado pela placenta é o sinal que começa o trabalho de parto. (O CRH também é um fator liberador hipotalâmico que controla a liberação do ACTH pela adeno-hipófise.) Nas semanas anteriores ao parto, os níveis de CRH no sangue materno aumentam rapidamente. Além disso, as mulheres com níveis de CRH elevados já na 15a semana da gestação têm maior probabilidade de entrar em trabalho de parto prematuro. Ainda que não seja conhecido com certeza o que inicia o parto, entendemos a sequência de eventos. Nos dias que antecedem o início do trabalho de parto ativo, o colo do útero torna-se mais macio (“amadurece”), e os ligamentos que mantêm os ossos pélvicos unidos se afrouxam à medida que as enzimas desestabilizam o colágeno do tecido conectivo. O controle desses processos não é claro e pode ser devido ao SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA estrogênio ou ao hormônio peptídico relaxina, a qual é secretada pelos ovários e pela placenta. Uma vez que as contrações do trabalho de parto começam, inicia-se uma alça de retroalimentação positiva que consiste em fatores mecânicos e hormonais. O feto geralmente está orientado de cabeça para baixo. No início do trabalho de parto, ele reposiciona-se sozinho na parte inferior do abdome (“o bebê desceu”) e a sua cabeça pressiona o colo do útero amolecido. O estiramento cervical desencadeia contrações uterinas que se deslocam como uma onda do topo do útero para baixo, empurrando o feto mais para dentro da pelve. A porção inferior do útero permanece relaxada, e o colo estira-se e dilata- se. O dilatamento cervical inicia um ciclo de retroalimentação positiva de contrações progressivas. As contrações são reforçadas pela secreção da ocitocina proveniente da neuro-hipófise, e o estiramento continuado do colo do útero reforça a secreção da ocitocina. As prostaglandinas são produzidas no útero em resposta à secreção de CRH e de ocitocina. As prostaglandinas são muito eficazes em causar contrações musculares uterinas em qualquer momento. Elas são a causa primária das cólicas menstruais e têm sido utilizadas para induzir o aborto no início da gestação. Durante o trabalho de parto e o período expulsivo do parto, as prostaglandinas reforçam as contrações uterinas induzidas pela ocitocina. À medida que as contrações do trabalho de parto se intensificam, o feto move- se para baixo através da vagina para fora do útero, ainda ligado à placenta. A placenta, então, se solta da parede uterina e é expelida pouco tempo depois. As contrações uterinas comprimem os vasos sanguíneos maternos e ajudam a impedir o sangramento excessivo, embora geralmente a mãe perca cerca de 240 mL de sangue no parto. Células-tronco oferecem uma empolgante possibilidade médica no reparo ou substituição de órgãos doentes, lesionados ou degenerados. Células-tronco são células versáteis que não se especializam em uma função específica, mas que podem se dividir para originar células altamente especializadas, ao mesmo tempo mantendo um suprimento de novas células-tronco. Duas categorias de célula-tronco vêm sendo exploradas: células-tronco embrionárias e células- tronco específicas para tecido, provenientes de adulto. Maiores informações: SILVERTHORN, Dee. U. Fisiologia Humana. 7 ed. Porto Alegre: Artmed, página 830, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/. Acesso em: 03 nov. 2021. SHERWOOD, Lauralee. Fisiologia humana: Das células aos sistemas – Tradução da 7ª edição norte-americana. Cengage Learning Brasil, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126484/. Acesso em: 04 nov. 2021. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA S15P2: Ferradura? Como assim? João Paulo reside e trabalha com transporte na mineração. Em um fim de tarde, durante um episódio de intensa atividade física, João sentiu forte dor em região lombar. Ele pediu urgentemente queseus colegas o levassem ao pronto socorro e lá após exame de imagem verificou que era apenas dor muscular, mas descobriu que possuía um único rim, que o médico chamou de rim em ferradura. Objetivos de aprendizagem: - Compreender a embriologia e diferenciação do mesonefro, a origem do metanefro e a ascenção do rim. - Conhecer e estudar a anatomia renal (topografia renal, estrutura, vascularização e segmentação renal). Orientações para o tutor: Três conjuntos de órgãos excretores ou rins se desenvolvem em embriões humanos. O primeiro conjunto de rins — o pronefro — é rudimentar e as estruturas nunca são funcionais. O segundo conjunto de rins — o mesonefro — é bem desenvolvido e funciona brevemente. O terceiro conjunto de rins — o metanefro —torna-se os rins permanentes. Mudanças de Posição dos Rins: Inicialmente, os rins metanéfricos (rins primordiais permanentes) ficam próximos um do outro, na pelve, ventralmente ao sacro. Conforme o abdome e a pelve crescem, os rins gradualmente se posicionam no abdome e se afastam um do outro. Eles atingem sua posição adulta em torno da 9a semana. Esta ascensão relativa ("migração") resulta principalmente do crescimento do corpo do embrião, na região localizada caudalmente aos rins. Na realidade, a parte caudal do embrião cresce em direção oposta aos rins; em conseqüência, eles progressivamente ocupam níveis mais craniais. Inicialmente, o hilo do rim, por onde vasos e nervos entram e saem, situa-se ventralmente; no entanto, conforme o rim "ascende", ele gira medialmente quase 90 graus. Na nona semana, o hilo está direcionado ântero-medialmente. Eventualmente, os rins assumem uma posição retroperitoneal (externa ao peritônio), na parede posterior do abdome. Os rins constituem um par de órgãos avermelhados faseoliformes. Situam-se em ambos os lados da coluna vertebral, entre o peritônio e a parede posterior da cavidade abdominal, no nível da 12ª vértebra torácica a das três primeiras vértebras lombares. O 11° e o 12° pares de costelas fornecem alguma proteção para as partes superiores dos rins. O rim direito fica um pouco mais baixo do que o esquerdo, porque o fígado ocupa uma grande área acima dele no lado direito. Mesmo assim, ambos os rins são de certa forma protegidos pelas costelas falsas. O rim de um adulto tem o tamanho aproximado de um sabonete. Perto do centro da margem medial, encontra-se uma indentaçãi, chamada hilo renal, pela qual o ureter deixa o rim, e pala qual os vasos sanguíneos, a artéria e a veia renais, bem como os nervos, também chegam no rim. Ao redor de cada rim se encontra uma camada fina e transparente chamada cápsula renal, uma bainha de tecido conectivo que ajuda SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA a manter a forma do rim e atua como uma barreira contra traumas. Tecido adiposo envolve a cápsula renal e fixa os rins. Em conjunto com uma camada fina de tecido denso, não modelado, o tecido adiposo ancora o rim à parede posterior do abdômen. Internamente, os rins apresentam duas regiões principais: uma região externa, vermelho-clara, chamada córtex renal, e uma anterior, vermelho-castanho escuro, chamada medula renal. Dentro da medula renal encontram-se diversas pirâmides renais coniformes. Extensões do córtex renal, chamadas colunas renais, preenchem os espaços entre as pirâmides renais. A urina formada pelos rins passa por milhares de ductos papilares dentro das pirâmides renais em estruturas cupuliformes, chamadas cálices menores. Cada rim tem de 8 a 18 cálices menores. A partir dessas estruturas, a urina flui para 2 ou 3 cálices maiores e, depois, para uma única grande cavidade chamada de pelve renal. A pelve renal drena urina em um ureter, que a transporta para a bexiga urinária para armazenagem e, posterior, eliminação do corpo. Aproximadamente 20 a 25% do débito cardíaco em repouso – 1.200 mL de sangue por minuto – fluem para os rins pelas artérias renais direita e esquerda. Dentro de cada rim, a artéria renal se divide em vasos de diâmetro cada vez menor (artéria do segmento, interlobares, arqueadas, interlobulares) que, por fim, fornecem sangue para as artérias aferentes. Cada arteríola eferente se divide em uma rede capilar enovelada chamada glomérulo. Os vasos capilares do glomérulo se unem parar formar uma arteríola eferente. Após deixar o glomérulo, cada arteríola eferente se divide para formar uma rede de capilares ao redor dos túbulos renais. Esses capilares peritubulares finalmente se reúnem para formar as veias peritubulares, que se fundem nas veias interlobulares, arqueadas e interlobares. Por fim, todas essas veias menores drenam para a veia renal. Para mais informações, consultar: TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 10 ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Moore, K. L. Embriologia clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. Junqueira, L. C. U. Histologia básica. 12 ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Prática (Laboratórios Morfofuncionais) - Anatomia: - Fisiologia: - Citologia/ Histologia/ Embriologia/ Genética: compreender a importância do líquido amniótico para a movimentação fetal. Palestras . 1- Células tronco - aplicações e questões éticas. TIC´s SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Semana 16: Sistema Urinário: Objetivo Geral: Compreender a histologia e fisiologia renal. Conhecer a anatomia do ureter, bexiga e uretra, bem como compreender a fisiologia da micção. S16P1: Unidade funcional Adaptado de: https://www.anatomiaemfoco.com.br/sistema-urinario/rins/nefrons/ Objetivos de aprendizagem - Conhecer e estudar as características celulares e histológicas do sistema renal. - Compreender a fisiologia da unidade funcional do rim – néfron e do sistema tubular. Orientações para o tutor: As unidades funcionais do rim, são chamadas néfrons, totalizando aproximadamente 1 milhão em cada rim. Um néfron é composto por duas partes: um corpúsculo renal, no qual o plasma sanguíneo é filtrado, e um túbulo renal, pelo qual passa o líquido filtrado, chamado filtrado glomerular. Estreitamente associado ao néfron encontra-se o seu suprimento sanguíneo. Enquanto o líquido se move pelos túbulos renais, os resíduos e as substâncias em excesso são adicionados, e os materiais úteis são devolvidos ao sangue pelos vasos capilares peritubulares. As duas partes que formam o SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA corpúsculo renal são o glomérulo e a cápsula glomerular (de Bowman), uma estrutura em forma de taça bilaminada de células epiteliais que circunda os capilares glomerulares. O filtrado glomerular, primeiro entra na cápsula glomerular e, em seguida, passa para o túbulo renal. O líquido passa de forma ordenada pelas três seções principais do túbulo renal: o túbulo contorcido proximal, a laça do néfron e o túbulo contorcido distal. O termo proximal se refere à parte do túbulo ligada à cápsula glomerular, e o termo distal se refere à parte que está mais longe. Contorcido quer dizer que o túbulo é levemente retorcido em vez de reto. O corpúsculo renal e ambos os túbulos contorcidos se encontram no interior do córtex renal: as alças dos néfrons se estendem até a medula renal. A primeira parte da alça do néfron começa no ponto em que o túbulo contorcido proximal faz sua curva descendente final, que começa no córtex renal e se estende para baixo até a medula renal e é denominada ramo descendente da alça do néfron. Em seguida, faz uma curva fechada e retorna para o córtex renal, onde termina no túbulo contorcido distal e é conhecido como o ramo ascendente da alça do néfron. Os túbulos contorcidos distais de diversos néfrons são esvaziados em um túbulo coletor comum. Vários túbulos coletores se fundem para formar um ducto papilar, que leva a um cálice menor, umcálice maior, uma pelve renal e um ureter. Os rins controlam o pH ajustando a quantidade de HCO3− que é excretada ou reabsorvida. A reabsorção de HCO3− é equivalente a excretar H+ livre. As alterações na manipulação ácido- base renal ocorrem horas a dias após as alterações do estado ácido-base. Todo o HCO3− no soro é filtrado à medida que atravessa o glomérulo. A reabsorção de HCO3− ocorre, principalmente, no túbulo proximal e, em menor grau, no túbulo coletor. O H2O dentro das células tubulares distais se dissocia em H+ e OH−; na presença da anidrase carbônica, o OH− se combina ao CO2 para formar HCO3−, que é transportado de volta para os capilares peritubulares, ao passo que o H+ é secretado no lúmen tubular e se une ao HCO3− filtrado livremente, para formar CO2 e H2O, que também são reabsorvidos. Assim, os íons de HCO3− reabsorvidos de modo distal são gerados de novo e não são os mesmos que foram filtrados. As diminuições no volume circulante efetivo (como ocorre no tratamento com diuréticos) aumentam a reabsorção de HCO3−, ao passo que elevações do PTH em resposta à carga ácida diminuem a reabsorção de HCO3−. Além disso, o aumento da PCO2 leva a maior reabsorção de HCO3−, enquanto a depleção do íon cloro (Cl−) (tipicamente por causa da depleção de volume) leva ao aumento da reabsorção do íon de sódio (Na+) e da geração de HCO3− no túbulo proximal. Ácido é excretado ativamente nos túbulos proximais e distais, onde se combina com tampões urinários — primariamente fosfato (HPO4−2) livre filtrado, creatinina, ácido úrico e amônia — para ser transportado para fora do corpo. O sistema tampão de amônia é especialmente importante em razão de outros tampões serem filtrados em concentrações fixas e poderem ser depletados por grandes cargas ácidas; por outro lado, as células tubulares regulam ativamente a produção de amônia em resposta a alterações na carga ácida. O pH arterial é o principal determinante da secreção ácida, mas a excreção também é influenciada pelos níveis de potássio (K+), Cl− e aldosterona. A concentração SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA de K+ intracelular e a secreção de H+ estão reciprocamente relacionadas; a depleção de K+ causa aumento da secreção de H+ e, assim, alcalose metabólica. Para mais informações, consultar: TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 10 ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Moore, K. L. Embriologia clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. Junqueira, L. C. U. Histologia básica. 12 ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. S16P2: Nesse frio é banheiro toda hora!!! Gabriel chegou no centro de estudos do hospital e comentou com um colega que sua mãe fala que no frio evita beber muita agua para não ter que ir ao banheiro toda hora. Ficou curioso porque seu pai morreu de rir e falou que é bobagem dela. Objetivos de aprendizagem: - Conhecer e estudar a anatomia da ureter, bexiga e uretra. - Diferenciar a anatomia da uretra masculina e feminina. - Descrever a fisiologia da micção. Orientações para o tutor: Após passar pelo sistema tubular e ultrapassar as papilas renais, o filtrado de todos os néfrons de cada rim é recolhido nos cálices menores, nos cálices maiores e na pelve renal, chegando finalmente ao ureter, que é formado por músculo liso dotado de automatismo. As contrações peristálticas ureterais impulsionam a urina em direção à bexiga urinária. A bexiga é constituída de uma camada muscular (músculo detrusor) que, ao se contrair, promove a diminuição do volume, fazendo com que a pressão vesical aumente e o conteúdo da bexiga seja expelido. Há também um músculo esfíncter interno que fica contraído enquanto a bexiga está relaxada (se enchendo), para impedir que a urina vaze para a uretra durante o enchimento vesical. O detrusor é inervado pelo sistema parassimpático, por meio dos nervos esplâncnicos pélvicos. Portanto, a ato da micção (esvaziamento vesical) é comandado pelo sistema parassimpático. O esfíncter interno é inervado por fibras simpáticas e parece que a ação do simpático na bexiga é relaxar o detrusor e contrair o esfińcter interno, para possibilitar um enchimento vesical satisfatório. Há ainda o músculo esfíncter externo da bexiga, localizado no assoalho pélvico, com controle voluntário, o que possibilita o controle do ato de urinar. Os centros nervosos relacionados com a inervação da bexiga e o ato de micção encontram- se no segmento sacral da medula espinal. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA O reflexo da micção se dá da seguinte maneira: à medida que a bexiga enche e seu volume chega ao máximo (350 a 650 ml), a tensão em sua parede aumenta e mecanorreceptores ai ́ localizados detectam o aumento de tensão e enviam, através de fibras sensoriais, essa informação à medula, estabelecendo-se então um arco reflexo, no qual fibras parassimpáticas deixam a medula e dirigem-se ao detrusor para contrai-́lo. Apesar de o reflexo da micção ser completamente autônomo da medula espinal, ele pode ser inibido ou facilitado por centros superiores, localizados principalmente na ponte. Por isso a micção só ocorre se permitirmos. Se o reflexo da micção for muito potente ou então se quisermos urinar no momento, produziremos voluntariamente uma inibição do esfíncter externo, via nervo pudendo, e a micção acontece. Fonte: TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2016. 9788527728867. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/. Acesso em: 30 out. 2021. Maiores informações: ALBERTO, MOURÃO.Jr.,. C.; MARQUES, ABRAMOV,. D. Fisiologia Essencial. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2010. 978-85-277-2009-0. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2009-0/. Acesso em: 30 out. 2021. Prática (Laboratórios Morfofuncionais) - Anatomia: compreender a anatomia do sistema renal (anatomia topográfica dos rins, estrutura renal, vascularização dos rins, ureter, bexiga e uretra). SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA - Fisiologia/Bioquímica: analisar e interpretar exames de urina de diferentes tipos. - Citologia/ Histologia/ Embriologia/ Genética: identificar as características histológicas do rim, ureter e bexiga; conhecer as anomalias renais congênitas e ectopia renal, utilizando de jogo com imagens. Palestra: 1- Formação da urina Abordar formação da urina (filtração, reabsorção, secreção e excreção). Sistema renina-angiotensina-aldosterona TIC’S Semana 17: Sistema Urinário Objetivo Geral: Compreender os mecanismos reguladores da pressão arterial e o controle dos rins para o equilíbrio ácido-básico. S17P1: Cano entupido Disponível em: https://airfreshener.club/quotes/stenosis-artery-renal-left.html SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Disponível em: https://www.tribuna.com.mx/saludybelleza/Conoce-las- empresas-del-sector-salud-en-Mexico-con-los-mejores-salarios--20180924- 0060.html Objetivos de aprendizagem - Compreender os mecanismos reguladores da pressão arterial. Função endócrina. Orientações para o tutor: Após curto trajeto na cortical, a parte espessa da alça de Henle toma-se tortuosa e passa a se chamar túbulo contorcido distal, também revestido por epitélio cúbico simples. Nos cortes histológicos, a distinção entre os túbulos contorcidos distais e os proximais, ambos encontrados na cortical e formados por epitélio cúbico, baseia-se nos seguintes dados: suas células são menores (maior número de núcleos em cada corte transversal), não têm orla em escova e são menos acidófilas (contêm menor quantidade de mitocôndrias). As células dos túbulos distais têm invaginações da membrana basolateral0.00:1.35 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/44!/4/68 6/6@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/44!/4/74 2@0:65.1 S1P2: Cabeça cheia Ao visitarem a biblioteca da universidade com sua professora, os alunos ficaram intrigados com a ilustração abaixo: Disponível em: http://www.vitrinepatos.com.br/noticias/saude/agora-vem-com- hidrocefalia-a5068.html Após a visita, os alunos abordam a professora querendo saber um pouco mais sobre aquele indivíduo da imagem. A professora mostra a imagem de uma ultrassonografia de um feto com a mesma alteração: SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Objetivos de aprendizagem - Compreender a formação, circulação e absorção do líquor; - Conhecer as cavidades do sistema nervoso central; - Identificar os plexos coróides e sua localização; - Compreender a embriologia e histologia das meninges, plexo coróide e canal ependimário. Orientações para o tutor: A meninge mais externa e mais espessa, por isso chamada de paquimeninge, é a dura-máter. Está justaposta interna- mente aos ossos do crânio, não existindo aí o espaço extradural. A dura-máter craniana dá origem a duas pregas importantes, a foice do cérebro, situada entre os dois hemisférios cerebrais, e a tenda do cerebelo, situada entre o cérebro e o cerebelo. Admite-se que as pregas da dura-máter são formadas pela separação de dois folhetos constituintes desta meninge – um externo, outro interno. Nos pontos de formação das pregas, existem cavidades tubulares revestidas por endotélio, os seios da dura-máter, dentro dos quais circula sangue venoso. Abaixo da dura-máter e dela separada pelo espaço subdural está́ a aracnoide, que por sua vez se separa da meninge mais interna, a pia-máter, pelo espaço subaracnóideo. Estas meninges são delgadas, por isso conhecidas como leptomeninges. O espaço subaracnóideo é amplo e nele circula o liquor. Em algumas regiões, o espaço subaracnóideo se alarga, formando cavidades, as cisternas subaracnóideas. Por exemplo, entre o cerebelo e o bulbo existe a cisterna magna, e abaixo do ponto em que termina a medula espinhal e onde se encontra a cauda equina existe a cisterna lombar. Nestas duas cavidades, podem ser feitas punções para retirada do liquor ou para a injeção de substâncias como anestésicos ou medicamentos. O liquor ou liq́uido cerebroespinhal é um líquido de aparência cristalina, encontrado no interior dos ventrículos cerebrais e no espaço subaracnóideo. Produz-se o liquor a partir do sangue, na região dos plexos corioides e na parede dos ventrículos. Após circular no interior deles, o liquor ganha o espaço subaracnóideo pelas aberturas SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA do quarto ventrículo. Finalmente, o liq́uido cerebroespinhal retorna ao sangue, sendo reabsorvido na região das granulações aracnóideas, que são projeções da aracnoide para o interior dos seios da dura-máter. Qualquer defeito na reabsorção ou um bloqueio na circulação do liquor pode ocasionar o seu acúmulo no interior das cavidades do SNC, provocando as chamadas hidrocefalias. O líquido cerebroespinhal exerce um papel de proteção do sistema nervoso, formando um coxim líquido que envolve os órgãos do SNC. Além disso, é um meio pelo qual se fazem trocas de substâncias com o tecido nervoso. A maior parte do LCS é produzida pelos plexos corióideos, redes de capilares localizadas nas paredes dos ventrículos. Células ependimárias, ligadas entre si por junções oclusivas, recobrem os capilares dos plexos corióideos. Substâncias selecionadas (principalmente água) do plasma sanguíneo, filtradas dos capilares, são secretadas pelas células ependimárias para produzir o líquido cerebrospinal. Esta capacidade secretória é bidirecional e responsável pela produção contínua de LCS e pelo transporte de metabólitos do tecido encefálico de volta para o sangue. Devido às junções oclusivas entre as células ependimárias, as substâncias que entram no LCS pelos capilares corióideos não passam entre estas células; em vez disso, elas devem passar pelas células ependimárias. Esta barreira hematoliquórica permite a entrada de algumas substâncias no LCS, mas exclui outras, protegendo o encéfalo e a medula espinal de substâncias sanguíneas potencialmente nocivas. Ao contrário da barreira hematencefálica, formada principalmente por junções oclusivas das células endoteliais dos capilares encefálicos, a barreira hematoliquórica é composta pelas junções oclusivas das células ependimárias. O LCS formado nos plexos corióideos de cada ventrículo lateral passa para o terceiro ventrículo por meio de duas aberturas estreitas e ovais, os forames interventriculares. Mais LCS é introduzido pelo plexo corióideo do teto do terceiro ventrículo. O líquido cerebrospinal então flui pelo aqueduto do mesencéfalo (aqueduto de Silvio), em direção ao quarto ventrículo. O plexo corióideo do quarto ventrículo contribui com mais líquido cerebrospinal, que entra no espaço subaracnóideo por meio de três aberturas no teto do quarto ventrículo: uma única abertura mediana e duas aberturas laterais, uma em cada lado. Na sequência, o LCS circula no canal central da medula espinal e no espaço subaracnóideo que circunda a superfície do encéfalo e da medula espinal. O LCS é gradualmente reabsorvido para o sangue por meio das vilosidades aracnóideas, extensões digitiformes da aracnoide-máter que se projetam para os seios venosos durais, principalmente para o seio sagital superior. (Um agrupamento de vilosidades aracnóideas é chamado de granulação aracnóidea.) Normalmente, o LCS é reabsorvido tão rapidamente quanto é produzido pelos plexos corióideos, a uma taxa de 20 mℓ/h (480 mℓ/dia). Como as taxas de produção e de reabsorção se equivalem, a pressão liquórica geralmente é constante. Pela mesma razão, o volume do LCS permanece constante. As células ependimárias são células cúbicas ou colunares, dispostas em uma camada única, que apresentam microvilosidades e cílios. Elas revestem os ventrículos encefálicos e o canal central da medula espinal (espaços preenchidos por líquido cerebrospinal, que protege e nutre o encéfalo e a medula espinal). Do ponto de vista funcional, as células SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA ependimárias produzem, possivelmente monitoram, e auxiliam na circulação do líquido cerebrospinal. Para mais informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2218- 6/cfi/44!/4/4@0.00:31.5 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/44!/4/17 8/4@0:100 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/48!/4/76/ 4@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/cfi/309!/4/4@ 0.00:0.00 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/cfi/310!/4/4@ 0.00:0.00 Prática (Laboratórios Morfofuncionais) - Anatomia: conhecer e estudar a organização geral do sistema nervoso - parte I (central e periférico); conhecer e estudar os ossos do crânio, meninges e ventrículos. - Fisiologia/ Bioquímica: compreender os principais meios de transporte de íons através da membrana. Compreender a composição, função, produção e circulação do líquor; entender o funcionamento da barreira hematoencefálica e os fatores que influenciam a PIC. - Citologia/Histologia/Embriologia: conhecer e estudar as células do sistema nervoso (neurônios e neuroglias); axônios mielínicos e amielínicos; observar as substâncias branca e cinzenta microscopicamente; descrever a embriologia da terceira semana e a neurulação. Palestras 1- Compreender a neurulação e neurogênese. Abordar: Definição e desenvolvimento embrionário do SNC e SNP/ Organização geral do sistema nervoso TIC´s - Semana 2: Sistemanas quais se encontram mitocôndrias, características indicativas do transporte de íons. O túbulo contorcido distal encosta-se no corpúsculo renal do mesmo néfron, e, nesse local, sua parede se modifica. Suas células tornam-se cilíndricas, altas, com núcleos alongados e próximos uns dos outros. A maioria dessas células tem o complexo de Golgi na região basal. Esse segmento modificado da parede do túbulo distal, que aparece escuro nos cortes corados (devido à proximidade dos núcleos de suas células), chama-se mácula densa. A mácula densa é sensível ao conteúdo iônico e ao volume de água no fluido tubular, produzindo moléculas sinalizadoras que promovem a liberação da enzima renina na circulação. A secreção de aldosterona ocorre como uma parte da via renina-angiostensina- aldosterona. As condições que iniciam essa via incluem desidratação, deficiência de NA ou hemorragia, que diminuem o volume de sangue e a pressão sanguínea. A pressão sanguínea baixa estimula a secreção da enzima renina pelos rins, promovendo uma reação no sangue que forma angiotensina I. Quando o sangue flui pelos pulmões, outra enzima, chamada enzima conversora de angiotensina (ECA), converte a angiotensina I no hormônio angiotensina II. A angiotensina II estimula o córtex da glândula suprarrenal a SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA secretar aldosterona. A aldosterona, por sai vez, atua nos rins para promover o retorno de Na e de água para o sangue. Quanto mais água retorna para o sangue (e menos é perdida pela urina), maior é o aumento do volume sanguíneo, elevando a pressão sanguínea para o normal. Para mais informações, consultar: TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 10 ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Moore, K. L. Embriologia clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. Junqueira, L. C. U. Histologia básica. 12 ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. S17P2: Equilíbrio é tudo na vida Objetivos de aprendizagem: - Compreender o controle renal para equilíbrio ácido-básico. - Comparar o controle renal e controle respiratório no equilíbrio ácido-básico. Orientações para o tutor: Como já sabemos, para que nosso vasto aparato enzimático funcione adequadamente são necessárias várias condições de estabilidade, e uma delas é um pH oscilando em uma faixa muito estreita: 7,35 a 7,45. O pH, sigla que significa potencial hidrogeniônico, é uma medida em escala logarítmica da concentração do ión hidrogênio (H+). Quanto mais ácida uma solução, maior a sua concentração de H+ e menor o seu pH. Os rins podem facilmente eliminar H+ por secreção tubular por meio de antiporte com o Na+. Esse mecanismo pode, inclusive, ser potencializado pela aldosterona. Além disso, os rins também são capazes de aumentar a reabsorção tubular de bicarbonato (HCO –). SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Na verdade, os rins têm várias maneiras de combater as alterações do equilib́rio ácido-básico, mas, de modo geral, o papel dos rins é eliminar H+ e reter HCO3. Outras maneiras de o rim atuar no equilíbrio ácido-básico são a excreção de H+ em forma de amônio ou então as substâncias fosfatadas. Talvez, em virtude de os rins atuarem continuamente eliminando hidrogênio e reabsorvendo bicarbonato, isso possa explicar o fato de o sangue humano ser, em condições fisiológicas, levemente alcalino. Cabe salientar que o pH do sangue não é neutro (pH = 7), mas discretamente básico (pH = 7,3 - 0,05). As alterações do equilíbrio ácido-básico são denominadas acidose (pH 7,45). A acidose ou alcalose são chamadas de respiratória se a origem do distúrbio for nos pulmões. Se a causa do distúrbio for outra qualquer (não pulmonar), a acidose ou alcalose são chamadas de metabólica. Maiores informações: ALBERTO, MOURÃO.Jr.,. C.; MARQUES, ABRAMOV,. D. Fisiologia Essencial. Grupo GEN, 2010. . Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2009-0/. Acesso em: 30 out. 2021. RAFF, Rhershel.; LEVITZKY, Michael. G. Fisiologia Médica. AMGH, 2012. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580551488/. Acesso em: 01 nov. 2021. Prática (Laboratórios Morfofuncionais) - Anatomia: - Fisiologia/Bioquímica: analisar gasometrias arteriais; - Citologia/ Histologia/ Embriologia/ Genética: Palestras 1- Sistema tampão Abordar: Definição e seu controle metabólico do equilibrio ácido- básico. 2- Análise básica de Gasometria arterial TIC´s Sistema de Avaliação Considerando: SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA 1. Continuidade da pandemia, com diferenças regionais. 2. Diferentes realidades em relação à autorização para realização das atividades presenciais. 3. Início do semestre letivo de 2021.1 será com todos os módulos, sem a reposição das perdas de 2020. 4. Homologação do parecer CNE, na qual o ensino remoto está autorizado até dez/2021, portanto, poderemos aplicar o MAPE nas atividades práticas do SOI de forma hibrida. Avaliação para o semestre letivo 2021.1 será: 1. As avaliações N1 específica, Integradora, Avaliações práticas (Multiestações, OSCE, DOPS, MiniCex, e outras) serão PRESENCIAIS. Exceto, nas escolas que tenham lockdown ou proibição de atividades educacionais presenciais. 2. As avaliações não programadas, APG, e práticas de todos os módulos poderão ser virtuais ou presencias, de acordo com a regulação municipal ou estadual. 3. O Teste de proficiência está agendada para o dia: 27 de maio e 11 de novembro de 2021. Faremos todos os preparativos para aplicação presencial, a depender da pandemia. I. Avaliação do Estudante A avaliação do estudante de medicina envolve as dimensões do saber, saber fazer, saber ser e saber conviver durante a graduação, a fim de bem exercer a profissão médica. Avaliar essas dimensões na formação dos futuros médicos significa verificar não apenas se assimilaram os conhecimentos, mas sim, quanto e como os mobilizam para resolver situações - problema, reais ou simuladas, e se desenvolveram as habilidades e atitudes necessários, relacionadas, com o exercício profissional. Coerente com a metodologia de ensino empregada no curso de Medicina, a avaliação do desempenho acadêmico é periódica e sistemática, processual e composta de procedimentos e instrumentos diversificados, incidindo sobre todos os aspectos relevantes: conhecimentos, habilidades e atitudes trabalhados e a construção das competências profissionais. Neste contexto, o processo de avaliação verificará o progresso do estudante, apontando as debilidades e as potencialidades dos estudantes nas áreas avaliadas, com a finalidade diagnóstica, formativa e somativa. Oportuniza ao estudante elementos para buscar a sua formação em um processo de ação- reflexão-ação. A avaliação da e para a aprendizagem pressupõe a aplicação de diversos métodos e técnicas avaliativas acompanhar o desenvolvimento cognitivo, das habilidades e das atitudes para além da finalidade somativa. (Miller, 1976) SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Figura 1: Pirâmide de Miller e tipos de avaliação De acordo com Collares (2019), para avaliar as habilidades comportamentais complexas devemos inverter a pirâmide de Miller (figura 2), pois a maioria dos testes utilizados não avaliam as competências profissionais preconizadas para o século XXI. figura 2: Pirâmide de Miller invertida para avaliação de habilidades complexas Desta forma, o sistema de avaliação do estudante deverá ter: • Validade • Fidedignidade • Viabilidade • Equivalência • Impacto educacional • Aceitabilidade SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA A avaliação será processual e multimétodos,superando a dicotomia entre a avaliação formativa e somativa, para promover a aprendizagem significativa. Aplicar a proposição de Philippe Perrenoud que considera “como formativa toda prática de avaliação contínua que pretenda contribuir para melhorar as aprendizagens em curso”, desta forma, o feedback será feito ao estudante sobre os erros e acertos de seu desempenho em todos os tipos de avaliação aplicados, permitindo ao aluno a reflexão sobre as suas necessidades para melhorar a sua aprendizagem. Os métodos de avaliação dos módulos/estágios serão definidos de acordo com os objetivos educacionais: 1. Sistemas Orgânicos Integrados I, II, III, IV e V (SOI) SOI Média: 70 Tipo de avaliação Pontos Obs.: Conhecimento s, Habilidades e Atitudes Teste de proficiência 10 N1 específica 15 Integradora 20 Avaliação processual (não programada) 10 Três vezes (3 + 4 + 3) – Para as avaliações valendo 3,0 pontos recomenda-se: 6 questões, sendo 2 dissertativas e 4 objetivas. Para a avaliação valendo 4,0 pontos recomenda- se: 8 questões sendo 2 dissertativas e 6 objetivas. Possibilidade de outras formas de avaliação acordadas nas IES. TICs 5 Avaliação Diária na APG* 18 2 avaliações parciais de 9 pontos Avaliações em Multiestações 15 1ª Avaliação Multiestação – 7,5 pontos 2ª Avaliação Multiestação – 7,5 pontos Avaliação Diária nos Laboratórios 7 6 pontos – 2 avaliações parciais de 3 pontos. Pós-teste (MAPE): aplicado via plataforma SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA CANVAS, apenas para os alunos presentes na aula prática. 1 ponto – avaliações diárias das práticas. Observação: Para IES com 1 turno de práticas: aplicar o pós-teste até 24 horas após o término da aula prática. Para IES com mais de um turno de práticas: aplicar o pós-teste até 24 horas após o último dia de aula prática da semana. Tempo de disponibilização de cada pós-teste: Considerar 3 minutos para resolução de cada questão. Total 100 *Fazer avaliação diária prática com incidentes críticos – O aluno inicia as atividades com pontuação total, e vai perdendo a cada falta identificada pelos instrutores de práticas. Os alunos deverão estar bem identificados durante as atividades para que a avaliação seja direcionada corretamente (crachás, adesivo com nomes, etc.) Sistema de Promoção É aprovado no módulo o estudante com média final igual ou superior a 70 e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento). É reprovado no módulo o estudante com média final inferior a 40 e/ou frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento). Deve fazer Exame Especial o estudante com média parcial igual ou superior a 40 e inferior a 70 e frequência mínima de 75%. Será aprovado com Exame Especial o estudante que obtiver média aritmética (nota da média final + nota do exame especial) igual ou superior a 60. Em caso de não comparecimento ao Exame Especial, a nota respectiva a ser atribuída ao mesmo é 0 (zero). SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA 2 Bibliografia Básica BAYNES, John W. Bioquímica Médica. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. GUYTON, A. C. Tratado de fisiologia médica. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. JUNQUEIRA, L. C. e CARNEIRO, J. Histologia básica – Texto e Atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. MOORE K L, DALLEY A F. Anatomia orientada para a clínica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. MOORE, K. L. Embriologia clínica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. NUSSBAUM, R. L.; MCINNES, R. R.; WILLARD, H. F. Thompson & Thompson: genética médica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 3 Bibliografia Complementar BERNE, R. B, LEVY, M. N. Fisiologia humana. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2018. DRAKE, R.L.; VOGL, W.; MITCHELL, A. Gray´s anatomia para estudantes. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2015. LEHNINGER, A. L.; NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 7ª ed. São Paulo: Artmed, 2018. ANEXO I NORMAS GERAIS DE BIOSSEGURANÇA NOS LABORATÓRIOS (Base: NR32) 1. O uso do jaleco, calça comprida e sapato fechado são obrigatórios, além da utilização dos equipamentos de proteção individual – EPI, conforme definido pelo docente responsável para a realização da prática. 2. As vestimentas devem ser da cor branca, para facilitar a observação de contaminação por material biológico ou não. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA 3. Cabelos longos devem ser amarrados de forma a não interferir com reagentes e equipamentos. 4. Joias ou acessórios similares devem ser retirados, a fim de não prejudicar a limpeza das mãos. 5. Não comer, beber, mascar chiclete, fumar ou usar o aparelho celular no laboratório. 6. Não deixar seus pertences sobre as bancadas onde os experimentos serão realizados. 7. Lavar as mãos e calçar luvas de procedimento ao iniciar a análise. Se for portador de algum ferimento nas mãos, procurar não tocar no material. 8. Limpar e desinfetar a superfície das bancadas antes e depois de cada aula prática. 9. Manter canetas, dedos e outros longe da boca, nariz, olhos ou cabelo. 10. Identificar as amostras, bem como o material a ser utilizado, antes de iniciar a análise. 11. No caso de derramamento do material contaminado, proceder imediatamente à desinfecção e esterilização. O mesmo procedimento deverá ser repetido se ocorrerem ferimentos ou cortes. 12. Avisar ao professor em caso de contaminação acidental. 13. Colocar os materiais contaminados (pipetas, lâminas, etc.) em recipientes apropriados colocados na bancada e jamais sobre a bancada ou pia. 14. Flambar as alças, agulhas e pinças antes e após o uso. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA 15. Os cultivos após a leitura devem ser encaminhados para esterilização, portanto não os colocar na estufa ou despejar na pia. 16. Seguir as normas de uso de aparelhos. O microscópio deve ser manuseado cuidadosamente, e após o seu uso, desligá-lo, limpá-lo e colocar a capa. 17. Ao acender o Bico de Bunsen, verificar se não há vazamento de gás ou substâncias inflamáveis por perto. 18. Não pipetar com a boca. 19. Desinfetar a bancada de trabalho com lisoforme ou álcool ou hipoclorito de sódio, ao início e término de cada aula prática. Isto removerá micro- organismos que possam contaminar a área de trabalho. 20. Ao terminar a aula, guardar o jaleco e lavar as mãos, com água e sabão, seguido de aplicação de álcool 70% antes de sair do laboratório.Nervoso Objetivo Geral: Compreender a morfofisiologia medular e vias ascendentes. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA S2P1: “Senti” “Doeu” Durante o exame físico, o preceptor toca o braço do paciente com um algodão e depois com uma agulha. O paciente refere diferentes sensações. O preceptor pergunta aos alunos: - O que aconteceu no corpo do paciente para ele apresentar essas sensações diferentes? Objetivos de aprendizagem - Compreender a morfofisiologia da medula; - Compreender a morfofisiologia e a formação dos nervos espinhais (SNP). - Conhecer e estudar as funções e vias sensitivas; Orientações para o tutor: A pele de todo o corpo é inervada por neurônios sensitivos somáticos que levam impulsos nervosos para a medula espinal e para o encéfalo. Cada nervo espinal contém neurônios sensitivos que suprem um segmento específico do corpo. Um dos nervos cranianos, o nervo trigêmeo (NC V), inerva a maior parte da pele da face e do escalpo. A área da pele que fornece a aferência sensitiva para o SNC por meio de um dos pares de nervos espinais ou do nervo trigêmeo (NC V) é chamada de dermátomo. A inervação em dermátomos contíguos por vezes se sobrepõe. O reconhecimento de quais segmentos medulares estão relacionados com cada dermátomo possibilita a localização de lesões na medula espinal. Se a pele de uma região específica for estimulada, mas a sensação não for percebida, os nervos daquele dermátomo provavelmente estão lesados. Em regiões onde ocorre sobreposição considerável, existe pouca perda de sensibilidade se um dos nervos responsáveis pelo dermátomo for danificado. As informações sobre os padrões de inervação dos nervos espinais também podem ser utilizadas para fins terapêuticos. A secção de raízes posteriores ou a infusão de anestésicos locais podem bloquear a sensação de dor, permanente ou transitoriamente. Como os dermátomos se sobrepõem, a produção deliberada de anestesia completa de uma região pode demandar o bloqueio farmacológico ou a secção de pelo menos https://www.tuasaude.com/dermatom os/ SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA três níveis espinais adjacentes. A medula espinal é a principal via para o fluxo de informações em ambos os sentidos entre o encéfalo e a pele, as articulações e os músculos do corpo. Além disso, a medula espinal contém redes neurais responsáveis pela locomoção. Se for seccionada, há perda da sensibilidade da pele e dos músculos, bem como paralisia, a perda da capacidade de controlar os músculos voluntariamente. A medula espinal é dividida em quatro regiões: cervical, torácica, lombar e sacra, nomes que correspondem às vértebras adjacentes. Cada região é subdividida em segmentos, e de cada segmento surge um par bilateral de nervos espinais. Pouco antes de um nervo espinal se juntar à medula espinal, ele divide-se em dois ramos, chamados de raízes. A raiz dorsal de cada nervo espinal é especializada em conduzir a entrada de informações sensoriais. Os gânglios da raiz dorsal, dilatações encontradas na raiz dorsal antes de entrar na medula, contêm os corpos celulares dos neurônios sensoriais. A medula espinal pode funcionar como um centro integrador próprio para reflexos espinais simples, cujos sinais passam de um neurônio sensorial para um neurônio eferente através da substância cinzenta. Além disso, os interneurônios espinais podem direcionar informações sensoriais para o encéfalo por tratos ascendentes ou trazer comandos do encéfalo para os neurônios motores. Muitas vezes, as informações também se modificam à medida que passam pelos interneurônios. Os reflexos desempenham um papel crucial na coordenação do movimento corporal. Os nervos espinais estão associados à medula espinal e, como todos os nervos do sistema nervoso periférico (SNP, ou parte periférica do sistema nervoso segundo a Terminologia Anatômica), são feixes paralelos de axônios – e sua neuróglia associada – envolvidos por várias camadas de tecido conjuntivo. Os nervos espinais conectam o SNC a receptores sensitivos, músculos e glândulas em todas as partes do corpo. Para mais informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/46!/4/48/ 2@0:99.3 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/cfi/313!/4/4@ 0.00:37.4 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2218- 6/cfi/65!/4/4@0.00:0.00 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2218- 6/cfi/32!/4/4@0.00:42.4 S2P2: Chapa Quente SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Disponível em: http://www.notapositiva.com/old/pt/apntestbs/ciencnatur/imagens/?SA Você está distraído e toca em uma chapa quente. Qual sua reação imediata? Objetivos de aprendizagem - Compreender as principais vias aferentes somáticas (tato, dor, temperatura e propriocepção); - Citar as principais estruturas telencefálicas compreendendo as associações somatossensoriais. - Entender o arco reflexo. Orientações para o tutor: Em uma via sensorial típica, existem três neurônios em cadeia. O primeiro deles é o neurônio sensorial e está localizado em um gânglio, portanto fora do SNC; ele recebe as informações específicas, originadas em um receptor. Esse primeiro neurônio transmite a informação sensorial a um neurônio de segunda ordem, situado na medula espinhal ou no tronco encefálico. Geralmente, o axônio deste último neurônio cruza a linha mediana e dirige-se em seguida ao tálamo. Ali, mais uma vez, a informação atravessa uma sinapse, sendo passada a um terceiro neurônio, cujo prolongamento terminará no córtex cerebral. Note-se que todas as vias sensoriais conscientes passam pelo tálamo antes de atingir o córtex cerebral, com exceção apenas da via olfatória. A sensibilidade visceral tem origem em receptores (visceroceptores ou interoceptores) situados nas paredes das vísceras. Estes, ligam-se a fibras nervosas que conduzem os impulsos sensoriais até a medula espinhal ou ao tronco encefálico, nos quais penetram, respectivamente, pelos nervos espinhais ou cranianos. Sabe-se, por exemplo, que a maior parte do nervo vago é constituída de fibras aferentes viscerais. O corpo do neurônio sensorial visceral localiza-se em um gânglio, que irá pertencer, conforme o caso, a um nervo espinhal ou a um nervo craniano. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Para mais informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/52!/4/21 6/2@0:41.3 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2218- 6/cfi/133!/4/4@0.00:46.6 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2218- 6/cfi/59!/4/4@0.00:40.7 Prática (Laboratórios Morfofuncionais) - Anatomia: Conhecer a anatomia da estrutura óssea da coluna vertebral e medula. - Fisiologia/Bioquímica: entender o funcionamento do sistema somatossensorial. Compreender o sistema arco reflexo e reflexos medulares. -Citologia/ Histologia/ Embriologia/ Genética: observar o corte histológico da medula e do gânglio nervoso; conhecer e estudar as terminações nervosas, reconhecendo os aspectos morfológicos de algumas malformações prevalentes associadas ao tubo neural. Identificar as características histológicas de vértebras e disco intervertebral; compreender as craniossinostoses e a embriogênese das fontanelas; identificar através lâminas a pele fina, grossa e anexos da pele. Palestras SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA 1 - Compreender os circuitos neurais e o funcionamento sináptico OBS: Solicitar os alunos para estudarem os neurotransmissores (GABA, Serotonina, Glutamato e Dopamina) 2- Correlacionar o córtex cerebral e suas funçõescom as principais vias ascendentes. Abordar: - Explicar o Princípio das vias rotuladas: Área do córtex que recebe o sinal elétrico determina o modo da percepção - Apenas conceituar homúnculo sensorial - Contemplar Via funículo posterior-lemnisco medial = Via Coluna Dorsal: Condução de Tato epicrítico (“fino”) & propriocepção - Contemplar Via Espinotalâmico = Via Antero-Lateral: Condução de Tato protopático (“grosseiro”), temperatura, dor - Diferenciar as vias da dor: Via Neo-espinotalâmica (“dor rápida”) & Via Paleo-espinotalâmica (“dor lenta”) - Exemplificar dor referida: Dor percebida em local distante da causa/origem da dor devido à convergência de vias ascendentes (ex: dor do infarto do miocárdio) - Explicar a Síndrome de Brown-Séquard, com enfoque sensorial, para que o aluno possa visualizar as vias ascendentes TICS Semana 3: Sistema Nervoso Objetivo Geral: Compreender a organização funcional do cérebro (diencéfalo e telencéfalo). S3P1: Será que é da idade? Francisco, estava estudando sobre o homúnculo de Penfield e lembrou de sua avó de 92 anos, a qual apresenta falas desconexas e que todas as noites briga para assistir à novela e sempre dorme nos primeiros 10 minutos. Objetivos de aprendizagem: - Conhecer a organização funcional do cérebro (diencéfalo e telencéfalo). - Compreender e estudar as divisões funcionais do córtex cerebral e as principais áreas de Brodmann. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA - Compreender o metabolismo da glicose no sistema nervoso (envelhecimento fisiológico). Orientações para o tutor: Uma visão lateral do encéfalo nos mostra três partes que são: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico . O Cérebro é a porção mais rostral e maior do encéfalo. Ele se divide ao meio em dois hemisférios cerebrais, em que o direito recebe sensações e controla o movimento do lado esquerdo do corpo, de forma similar, o hemisfério cerebral esquerdo está envolvido com as sensações e os movimentos do lado direito do corpo. A visão dorsal de ambos os encéfalos mostra os hemisférios pareados do telencéfalo. Uma visão mediana dos dois encéfalos mostra que o telencéfalo se estende rostralmente ao diencéfalo. O diencéfalo está em torno do terceiro ventrículo. O cérebro subdivide-se em lobos, nomeados de acordo com os ossos do crânio que estão logo acima deles. O sulco central separa o lobo frontal do lobo parietal. O lobo temporal localiza-se ventralmente à fissura lateral profunda (de Sylvius). O lobo occipital localiza-se na Lobo frontal, região mais posterior do cérebro e é limitado pelos lobos parietal e temporal. A ínsula é uma porção oculta do córtex cerebral que pode ser visualizada pelo afastamento delicado das margens da fissura lateral. As diversas áreas do córtex cerebral são identificadas primeiramente por Brodmann, diferem entre si pela estrutura microscópica e pela função. Observe que as áreas visuais são encontradas no lobo occipital, as áreas somatossensoriais, no lobo parietal, e as áreas auditivas, no lobo temporal. Na superfície inferior do lobo parietal e na ínsula oculta está o córtex gustatório dedicado ao sentido da gustação. As principais áreas de controle motor localizam-se no lobo frontal, anteriormente ao sulco central. O diencéfalo é uma estrutura globosa constituída de diversos núcleos que se situam abaixo dos hemisférios cerebrais, sendo completamente recoberto por estes. O diencéfalo divide-se, segundo critérios anatomofisiológicos, em tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo. No nível do diencéfalo, abre-se o III ventrículo, uma cavidade. Assim, as estruturas diencefálicas constituem as paredes ventriculares, dando suporte ao plexo corióideo do III ventrículo. Uma depressão importante que se estende do aqueduto cerebral até o forame interventricular é denominada sulco hipotalâmico e marca a separação anatômica entre o tálamo (acima do sulco) e o hipotálamo (abaixo do sulco). O tálamo é formado por duas massas ovoides dispostas lado a lado unidas pela aderência intertalâmica. O tálamo é majoritariamente formado de substância cinzenta disposta em núcleos. Fisiologicamente, esses núcleos são importantes estações de processamento sináptico para várias funções primárias (como visão, tato etc.). A superfície dorsal do tálamo é revestida por substância branca, denominada extrato zonal do tálamo, e estende-se até sua superfície lateral, na qual recebe o nome de lâmina medular externa. O hipotálamo é uma pequena região situada abaixo do sulco hipotalâmico. Nesta região mais ventral do diencéfalo situam-se também o quiasma óptico, o túber cinéreo, o infundíbulo e os corpos mamilares. Anatomicamente, os núcleos do hipotálamo são divididos em um grupo medial e outro lateral, tomando-se como referência o fórnice, um feixe de fibras que atravessa o hipotálamo dorsoventralmente e termina nos SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA corpos mamilares. Assim, a área medial do hipotálamo delimita a parede do III ventrículo e estende-se até o fórnice. A área lateral inicia-se no fórnice e estende- se lateralmente até a cápsula interna. O epitálamo localiza-se na região posterior do diencéfalo, acima do sulco hipotalâmico, formando a parede posterior do III ventrículo. Ele apresenta estruturas neurais e estruturas endócrinas. As estruturas neurais do epitálamo são: os núcleos da habênula, que são estruturas límbicas. As estruturas endócrinas são a glândula pineal e o órgão subcomissural. Este órgão está relacionado com o controle de secreção de aldosterona pela glândula suprarrenal. Já a glândula pineal é considerada uma glândula sem ductos. Sua inervação se faz por fibras simpáticas pós- ganglionares oriundas do gânglio cervical superior, as quais são importantes na regulação da síntese do hormônio da pineal, a melatonina. Essa inervação simpática traz informações do núcleo supraquiasmático que atua na regulação do ciclo circadiano. O subtálamo é uma pequena região localizada na parte posteroinferior do diencéfalo, na transição com o mesencéfalo. De seus núcleos, o mais estudado é o núcleo subtalâmico, que apresenta conexões recíprocas com o globo pálido. Por essa riqueza de conexões e por seu importante papel na regulação da atividade motora, o subtálamo é considerado funcionalmente como um dos núcleos da base. A maior parte da energia produzida no cérebro serve para manter a (Na–K) – ATPase da membrana plasmática em atividade, o que mantém o potencial de membrana necessário para a transmissão do impulso nervoso. Em condições normais, a glicose constitui o único combustível para o cérebro (em jejum prolongado, no entanto, o cérebro gradualmente passa a utilizar os corpos cetônicos). De fato, uma vez que as células cerebrais armazenam muito pouco glicogênio, elas necessitam um suprimento de glicose permanente a partir do sangue. Uma concentração sanguínea de glicose de menos da metade do valor normal, que é de 5 mM, resulta em disfunção cerebral. Níveis muito abaixo desse, causados por exemplo por dose excessiva de insulina, resultam em coma, dano irreversível, culminando com a morte. Por isso, uma das principais funções do fígado é manter os níveis sanguíneos de glicose. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788582714331/pageid/ 260 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/978-85-277-2396- 1/epubcfi/6/46%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter10%5D!/4 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788582710050/pageid/ 1110 S3P2: Penso, logo caminho? SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA É muito interessante se pararmos para pensar sobre a nossa marcha... Você lembra de mandar primeiro o membro inferior direito se movimentar e depois o esquerdo? Como você coordena esses movimentos? Objetivosde aprendizagem - Compreender o funcionamento do sistema motor; - Compreeender a morfofisiologia dos núcleos da base. Orientações para os tutores: As vias sensitivas somáticas levam informações dos receptores sensitivos somáticos descritos para a área somatossensorial primária no córtex cerebral e para o cerebelo. As vias para o córtex cerebral consistem em milhares de conjuntos de três neurônios: um neurônio de primeira ordem, um neurônio de segunda ordem e um neurônio de terceira ordem. Os neurônios de primeira ordem conduzem impulsos dos receptores somáticos para o tronco encefálico ou a medula espinal. A partir da face, da boca, dos dentes e dos olhos, os impulsos sensitivos somáticos são propagados pelos nervos cranianos para o tronco encefálico. A partir do pescoço, do tronco, dos membros e da face posterior da cabeça, os impulsos sensitivos somáticos se propagam pelos nervos espinais para a medula espinal. Os neurônios de segunda ordem conduzem impulsos do tronco encefálico e da medula espinal para o tálamo. Axônios dos neurônios de segunda ordem fazem decussação no tronco encefálico ou na medula espinal antes de ascenderem para os núcleos posteriores do tálamo. Desse modo, todas as informações sensitivas somáticas de um lado do corpo alcançam o tálamo no lado oposto. Os neurônios de terceira ordem conduzem impulsos do tálamo para a área somatossensorial primária do córtex no mesmo lado. Profundamente, dentro de cada hemisfério cerebral, existem três núcleos (aglomerados de substância cinzenta) que são conhecidos coletivamente como núcleos da base. Dois dos núcleos da base estão lado a lado, laterais ao tálamo. São eles o globo pálido, mais próximo do tálamo, e o putame, mais próximo do córtex cerebral. Juntos, estes núcleos formam o núcleo lentiforme. O terceiro dos núcleos da base é o núcleo caudado, que tem uma grande “cabeça” conectada a uma “cauda” menor por meio de um longo “corpo” em forma de vírgula. Os núcleos lentiforme e caudado formam juntos o corpo estriado. Os núcleos da base recebem aferências do córtex cerebral e geram eferências para partes motoras do córtex por meio dos núcleos mediais e ventrais do tálamo. Além disso, os núcleos da base apresentam várias conexões entre si. Uma importante função destes núcleos é auxiliar a regulação do início e do término dos movimentos. A atividade neuronal no putame precede ou antecipa movimentos corporais; no núcleo caudado, acontece antes dos movimentos oculares. O globo pálido ajuda na regulação dos tônus musculares necessários para movimentos corporais específicos. Os núcleos da base também controlam contrações subconscientes dos músculos esqueléticos. Exemplos disso incluem os movimentos dos braços durante uma caminhada e uma risada que acontece em resposta a uma piada. Além de influenciar funções motoras, os núcleos da base realizam outras tarefas. Eles ajudam no início e no término de alguns processos cognitivos – como a atenção, a memória e o SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA planejamento – e podem atuar no sistema límbico para regular comportamentos emocionais. Para mais informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/52!/4/22 0/4@0:0.273 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/48!/4/40 8/8/2@0:3.45 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/cfi/318!/4/4@ 0.00:53.1 Prática (Laboratórios Morfofuncionais) - Anatomia: conhecer e estudar a organização geral do sistema nervoso - parte II (telendéfalo, diencéfalo e tronco encefálico), compreender a vascularização do SN ( Correlacionando com o córtex motor). - Fisiologia/Bioquímica: compreender o funcionamento do córtex cerebral, homúnculo de Penfield e áreas de Brodmann; - Citologia/Histologia/Embriologia: Observar e diferenciar a estrutura microscópica do córtex cerebral. Observar e diferenciar as células da meninge, plexo coróide e do epêndima; discutir o processo de formação e diferenciação ventricular. Palestra: 1 - Compreender a vascularização do SNC 2 - Compreender o metabolismo da glicose no SN TICS: Semana 4: Sistema Nervoso Objetivo Geral: Compreender a organização e o funcionamento do sistema nervoso autônomo, sistema límbico e sentidos especiais. S4P1: A fuga e o medo. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Imagina o susto de quem encontra o urso e o medo de quem assiste a cena e torce para que o ciclista consiga fugir. O que acontece no corpo dessas duas pessoas? ” Fonte: https://hypescience.com/mountain-biker-da-de-cara-com-urso-em-trilha-veja-o-susto- captado-por-uma-gopro/ Objetivos de aprendizagem - Compreender a organização geral do sistema nervoso autônomo e sistema límbico; - Discutir os mecanismos comportamentais e motivacionais do cérebro (sistema límbico e hipotálamo). Orientações para o tutor: O sistema nervoso autônomo é subdividido em divisões simpática e parassimpática. Os sistemas simpático e parassimpático podem ser diferenciados anatomicamente, mas não há uma maneira simples de separar as ações dessas duas divisões do sistema nervoso autônomo sobre os seus órgãos-alvo. A melhor forma de distinguir as duas divisões é de acordo com o tipo de situação na qual elas estão mais ativas. Se você está descansando tranquilamente após uma refeição, o parassimpático está no comando, assumindo o controle de atividades rotineiras, como a digestão. Os neurônios parassimpáticos são, às vezes, considerados como controladores das funções de “repouso e digestão”. Em contrapartida, o simpático está no comando durante situações estressantes. O exemplo mais marcante da ativação simpática é a resposta generalizada de luta ou fuga, na qual o encéfalo dispara uma descarga simpática maciça e simultânea em todo o corpo. O diencéfalo forma o núcleo central de tecido encefálico logo acima do cerebelo. Ele é quase completamente SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA circundado pelos hemisférios cerebrais e contém vários núcleos envolvidos com processamento sensitivo e motor entre os centros encefálicos superiores e inferiores. O diencéfalo se estende do tronco encefálico até o telencéfalo (cérebro) e circunda o terceiro ventrículo; ele inclui o tálamo, o hipotálamo e o epitálamo. Do hipotálamo se projeta a glândula hipófise. Partes do diencéfalo na parede do terceiro ventrículo são chamadas de órgãos circunventriculares. Os tratos ópticos, que apresentam neurônios da retina, passam pelo diencéfalo. O hipotálamo é uma pequena região do diencéfalo localizada inferiormente ao tálamo. Ele é composto por cerca de doze núcleos agrupados em quatro regiões principais: região mamilar (área hipotalâmica posterior), região tuberal (área hipotalâmica intermédia), região supraóptica (área hipotalâmica rostral), região pré-óptica, anterior à região supraóptica, é geralmente considerada como parte do hipotálamo porque ela participa, junto com ele, na regulação de certas atividades autônomas. Circundando a parte superior do tronco encefálico e o corpo caloso, existe um conjunto de estruturas na face interna do telencéfalo (cérebro) e no assoalho do mesencéfalo que forma o sistema límbico. Os principais componentes do sistema límbico são: O chamado lobo límbico é uma margem de córtex cerebral na face medial de cada hemisfério. Nele estão situados o giro do cíngulo, localizado acima do corpo caloso, e o giro para- hipocampal, localizado no lobo temporal. O hipocampo é uma parte do giro para- hipocampal que se estende até o assoalho do quarto ventrículo. O giro denteado situa-se entre o hipocampo e o giro para-hipocampal. O corpo amigdaloide é composto por vários grupos de neurônios localizados próximo à cauda do núcleo caudado. Os núcleos septais estão localizados na áreaseptal, formada por regiões abaixo do corpo caloso e do giro paraterminal (um giro cerebral). Os corpos mamilares do hipotálamo são duas massas arredondadas próximas da linha média e dos pedúnculos cerebrais. Dois núcleos talâmicos – o anterior e o medial – participam do sistema límbico. Os bulbos olfatórios são estruturas achatadas pertencentes à via olfatória que estão localizados sobre a lâmina cribriforme. O fórnice, a estria terminal, a estria medular, o fascículo medial do telencéfalo e o fascículo mamilotalâmico são feixes de axônios mielinizados que se conectam entre si. O sistema límbico é por vezes chamado de “cérebro emocional”, pois sua função primária está relacionada com uma série de emoções, tais como dor, prazer, docilidade, afeto e raiva. Ele também está envolvido com o olfato e com a memória. Experimentos mostraram que, quando diferentes áreas de sistemas límbicos de animais são ativadas, as reações dos animais indicam que estão sentindo dor intensa ou prazer extremo. A estimulação de outras áreas do sistema límbico de animais gera docilidade e sinais de afeto. A estimulação do corpo amigdaloide ou de certos núcleos hipotalâmicos de um gato produz um padrão comportamental conhecido como raiva – o gato mostra suas garras, eleva sua cauda, abre seus olhos, sibila e cospe. Por outro lado, a remoção do corpo amigdaloide faz com que o animal não sinta medo ou demonstre agressividade. Da mesma maneira, a pessoa cujo corpo amigdaloide está lesado não consegue reconhecer expressões de medo em outros indivíduos ou sentir medo em situações em que isso normalmente seria adequado, como ao ser atacado por um animal. Junto com outras partes SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA do telencéfalo (cérebro), o sistema límbico também parece ter funções na memória; lesões do sistema límbico causam alterações de memória. Uma porção do sistema límbico, o hipocampo parece ter uma característica não vista em outras estruturas da parte central do sistema nervoso – apresentar células que podem passar por mitoses. Assim, a parte do encéfalo que é responsável por alguns aspectos da memória pode desenvolver novos neurônios, mesmo em pessoas idosas. Para mais informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/50!/4/22/ 2/2@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/cfi/388!/4/4@ 0.00:5.96 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/48!/4/32 0/2/2@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/48!/4/43 0/2/2@0:0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/cfi/327!/4/4@ 0.00:31.1 S4P2: Os Pares de 12. Durante uma atividade da faculdade, um grupo de estudantes foi desafiado a compor uma paródia utilizando as seguintes palavras: olfato, visão, audição, mastigação, paladar, sensibilidade, equilíbrio e movimento do pescoço. Todo grupo estava empenhado na tarefa, até que um dos alunos se levanta e dá o recado: Todos precisam falar sem fazer cara feia. Resultado? Foi uma risada só... Objetivos de aprendizagem: - Compreender o funcionamento dos nervos cranianos (I, V, VII, VIII, X, XI e XII); - Compreender os sentidos especiais (pares cranianos II, III, IV, VI e VIII). Orientações para o tutor: Os nervos cranianos diferem dos espinais por algumas características, donde se destaca uma funcional e outra anatômica: em termos funcionais, os nervos cranianos estão associados a uma determinada função e não a certo território. Em termos anatômicos, apresentam emergências variadas nos forames da base do crânio. Os nervos cranianos são numerados de I a XII, segundo sua sequência craniocaudal. A maioria dos nervos cranianos liga-se ao tronco encefálico, com exceção de dois: o nervo olfatório, I par craniano, que se conecta ao telencéfalo, e o nervo óptico, II par craniano, que se conecta ao SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA diencéfalo. Os pares cranianos apresentam componentes funcionais sensitivos e/ou motores. As aferências e as eferências podem ser somáticas (gerais e especiais) ou viscerais (gerais e especiais), e a classificação dos núcleos em colunas sensitivas e motoras já foi mencionada no item anterior. Os nervos que apresentam função sensitiva, como o V, o VII, o VIII, o IX e o X, apresentam gânglios sensitivos em que ficam localizados os neurônios sensitivos pseudounipolares, semelhantes aos gânglios da raiz dorsal da medula. O primeiro passo na visão é a absorção de luz por fotopigmentos nos bastonetes e nos cones e a isomerização do cis-retinal. Os potenciais receptores nos bastonetes e nos cones diminuem a liberação de um neurotransmissor inibitório, induzindo potenciais graduais nas células bipolares e nas células horizontais. As células horizontais transmitem sinais inibitórios para as células bipolares; as células bipolares ou amácrinas transmitem sinais excitatórios para as células ganglionares, que despolarizam e iniciam os impulsos nervosos. Os impulsos das células ganglionares são transmitidos para o nervo óptico (NC II), percorrem o quiasma óptico e o trato óptico e chegam até o tálamo. Os receptores olfatórios são os neurônios de primeira ordem da via olfatória. Cada receptor olfatório é um neurônio bipolar com um dendrito exposto com formato de calículo e um axônio que se projeta através da placa cribriforme e termina no bulbo olfatório. Em cada lado do nariz, cerca de 40 ramos de axônios delgados e não mielinizados dos receptores olfatórios se estendem através de cerca de 20 forames olfatórios na lâmina cribriforme do etmoide. Esses formam os nervos olfatórios (I), que terminam no encéfalo nos bulbos olfatórios. Esses axônios se estendem posteriormente e formam o trato olfatório projetando-se para a área olfatória primária do córtex cerebral e outros axônios do trato olfatório se projetam para o sistema límbico e o hipotálamo. Três nervos cranianos contêm axônios dos neurônios gustatórios de primeira ordem que inervam os calículos gustatórios. O nervo facial (VII) inerva os calículos gustatórios nos dois terços anteriores da língua; o nervo glossofaríngeo (IX) inerva os calículos gustatórios no terço posterior da língua e o nervo vago (X) inerva os calículos gustatórios na garganta e na epiglote. A partir dos calículos gustatórios, os impulsos nervosos são propagados ao longo desses nervos cranianos até o núcleo gustatório no bulbo. A partir do bulbo, alguns axônios carregando os sinais gustatórios se projetam para o sistema límbico e para o hipotálamo; outros se projetam para o tálamo. Os sinais gustatórios que se projetam a partir do tálamo para a área gustatória primária no lobo parietal do córtex cerebral dão origem à percepção consciente do paladar. Os impulsos nervosos passam através dos axônios dos neurônios sensitivos, que formam a parte coclear do nervo vestibulococlear (VIII). Esses axônios formam sinapses com neurônios nos núcleos cocleares no bulbo. A partir de cada colículo inferior, os impulsos nervosos são transmitidos para o núcleo geniculado medial no tálamo e, finalmente, para a área auditiva primária do córtex cerebral no lobo temporal do cérebro. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Para mais informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/978-85-277-2396- 1/epubcfi/6/42[%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter08]!/4/570/1:69[a%20c%2Cran] https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2218- 6/cfi/50!/4/4@0.00:24.9 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/cfi/316!/4/4@ 0.00:30.5 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2218- 6/cfi/73!/4/4@0.00:0.00 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2218- 6/cfi/50!/4/4@0.00:8.68 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527728867/epubcfi/ 6/54[%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter17]!/4/4/2https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/54!/4/29 4/2@0:100 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2218- 6/cfi/51!/4/4@0.00:53.9 Prática (Laboratórios Morfofuncionais) '- Anatomia: reconhecer e compreender os núcleos da base e o cerebelo. Entender a anatomia dos nervos cranianos (I, V, VII, IX, X, XI e XII). SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA - Fisiologia/Bioquímica: Compreender o funcionamento dos núcleos da base. Estudar as funções do cerebelo. Entender a anatomia dos nervos cranianos (I, V, VII, IX, X, XI e XII). - Citologia/ Histologia/ Embriologia/ Genética: Observar as lâminas de cerebelo e substância negra. Estudar a expansão de repetição, Doença Huntington e Parkinson. Palestras: 1- Compreender o sistema de equilíbrio: controle motor, córtex motor, tronco encefálico, cerebelo,órgão vestibular e núcleos da base.. Abordar: - Explicar vias motoras diretas: Trato corticoespinhal lateral, Trato corticoespinhal anterior, Trato corticonuclear Abordar cerebelo e órgão vestibular. - Pontuar vias motoras indiretas: Trato rubroespinhal, Trato tectoespinhal, Trato vestibuloespinhal, Trato reticuloespinhal lateral, Trato reticuloespinhal medial - Sobre o sistema vestibular: pontuar função das células ciliadas, função do nervo vestibulococlear (NC VIII), exemplificar o reflexo vestibulo- ocular. - Sobre o cerebelo: enfatizar função das fibras musgosas e fibras trepadeiras - Explicar vias diretas e indiretas dos núcleos da base: interação funcional entre substância negra, núcleo caudado, putamen, núcleo subtalâmico e globo pálido - Sugestão de vídeo explicativo sobre a fisiologia dos núcleos da base: https://www.youtube.com/watch?v=FAoJcF2sW7I 2 - conhecer o diencéfalo e suas funções TICS: Semana 5: Sistema Nervoso / Tegumentar Objetivo Geral: Conhecer a morfofisiologia da audição. Compreender as funções da pele. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA S5P1: Será que ele vai conseguir me ouvir? Gestante na vigésima semana, apresenta os resultados de seus exames de rotina em consulta de pré-natal e recebe o diagnóstico de rubéola. Ao pesquisar no Google, encontrou que esta doença é causadora de malformações congênitas, incluindo surdez. Agora, a mesma está preocupada: “e se o bebê nascer com alteração auditiva? ” Objetivos de aprendizagem: - Citar os principais microrganismos que interferem no desenvolvimento embrionário intra-uterino. - Compreender a morfofisiologia da audição. - Descrever os aspectos histológicos das células envolvidas na audição. Orientações para o tutor: Microrganismos: vírus da rubéola, Citomegalovírus, Vírus do herpes simples, vírus varicela-zoster, Toxoplasma gondii, Treponema pallidum... As ondas sonoras entram no meato acústico externo, alcançam a membrana timpânica, passam através dos ossículos, atingem a janela do vestíbulo (oval), provocam ondas na perilinfa, chegando até a membrana vestibular e a rampa do tímpano, aumentando a pressão na endolinfa, promovendo a vibração da lâmina basilar e estimulando os feixes ciliares no órgão espiral (órgão de Corti). As células ciliadas convertem vibrações mecânicas em um potencial receptor, liberando um neurotransmissor que pode disparar impulsos nervosos nos neurônios sensoriais de primeira ordem. Axônios sensoriais na parte coclear do nervo vestibulococlear (VIII) terminam no bulbo. Os sinais auditivos passam então para o colículo inferior, o tálamo e os lobos temporais do córtex cerebral. Consultar o que a legislação brasileira preconiza sobre o aborto. Para mais informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/54!/4/56 0/2/2@0:33.1 SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2218- 6/cfi/138!/4/4@0.00:0.00 S5P2: “Masterchef” Marcos treinou muito para participar de seu primeiro concurso de gastronomia. No entanto, ao preparar seu último prato, foi se abaixar para ligar o forno, esbarrando no cabo da panela inadvertidamente e entornou todo o seu conteúdo de gordura fervente em seu corpo. Em sua pele, alguns locais ficaram apenas com vermelhidão, em outros se formaram bolhas e em outros as lesões ficaram mais profundas e menos dolorosas. Objetivos de aprendizagem - Descrever a histologia de todas as camadas da pele; - Compreender as funções da pele. Orientações para o tutor: O tegumento comum consiste em pele, pelos, glândulas sebáceas e sudoríferas, unhas e receptores sensoriais. A pele é o maior órgão do corpo em peso. As principais partes da pele são a epiderme (superficial) e a derme (profunda). A tela subcutânea (hipoderme) está abaixo da derme e não é parte da pele. Ela ancora a derme aos tecidos e órgãos subjacentes e contém corpúsculos lamelares. Os tipos de células na epiderme são os queratinócitos, os melanócitos, os macrófagos intraepidérmicos (Langerhans) e as células epiteliais táteis (Merkel). As camadas epidérmicas, da mais profunda para a mais superficial, são as camadas basal, espinhosa, granulosa, lúcida (apenas na pele espessa) e córnea. Células-tronco na camada basal sofrem divisão celular continuamente, produzindo queratinócitos para as outras camadas. A derme é composta por tecido conjuntivo denso não modelado contendo fibras colágenas e elásticas. Ela é dividida nas regiões papilar e reticular. A região papilar contém colágeno fino e fibras elásticas finas, papilas dérmicas e corpúsculos táteis. A região reticular contém feixes de colágeno espesso e algumas fibras elásticas grossas, fibroblastos e macrófagos, tecido adiposo, folículos pilosos, nervos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríferas. A pele fina cobre todas as partes do corpo, exceto as palmas das mãos, as superfícies palmares dos dedos e as plantas dos pés. A pele espessa cobre as palmas das mãos, as superfícies palmares dos dedos e as plantas dos pés. As funções da pele incluem a regulação da temperatura corporal, o armazenamento de sangue, a proteção, a sensibilidade, a excreção e a absorção e a síntese de vitamina D. A pele participa da termorregulação liberando suor em sua superfície e ajustando o fluxo de sangue na derme. A pele fornece barreiras físicas, químicas e biológicas que ajudam a proteger o corpo. A sensibilidade cutânea SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA inclui tato, calor, frio e dor. Em uma ferida epidérmica, a porção central em geral se estende até a derme; as extremidades envolvem apenas danos superficiais às células epidérmicas. As feridas epidérmicas são reparadas pelo crescimento e migração de células basais, inibição por contato e divisão das células basais que migram e são estacionárias. Durante a fase inflamatória da cicatrização de uma ferida profunda, um coágulo sanguíneo une as extremidades da ferida, as células epiteliais migram através da ferida; a vasodilatação e o aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos aumentam a chegada de fagócitos; e as células mesenquimais desenvolvem-se em fibroblastos. Durante a fase migratória, fibroblastos migram pelas redes de fibrina e começam a sintetizar fibras colágenas e glicoproteínas. Durante a fase proliferativa, as células epiteliais crescem extensivamente. Durante a fase de maturação, a crosta se solta, a epiderme retorna à sua espessura normal, as fibras colágenas se tornam mais organizadas, os fibroblastos começam a desaparecer e os vasos sanguíneos retornam ao normal. Para mais informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/32!/4/43 8/78/2/2@0:94.3 Prática (Laboratórios Morfofuncionais) - Anatomia: compreender os sentidos especiais através da anatomia aplicada à visão e audição (pares cranianos II, III, IV, VIe VIII). - Fisiologia/Bioquímica: compreender a fisiologia relacionada aos sentidos especiais: visão (via ótica, tipos de nistagmo, teste de cores e campo visual) e audição (audiometria, testes Weber e Rinner); - Citologia/Histologia/Embriologia: conhecer e estudar a constituição histológica e o desenvolvimento do olho e ouvido. Identificar através lâminas a pele fina, grossa e anexos da pele. Palestras: 1 - A morfofisiologia da visão; Abordar: - Esclarecer os aspectos histológicos das células envolvidas na visão e a fisiologia da visão. - Relembrar principais estruturas do globo ocular - Contemplar teoria do olho reduzido: considera todas as 4 superfícies refratárias do olho, como uma única lente convexa. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA - Pontuar problemas visuais mais comuns: Presbiopia, Hipermetropia, Miopia, Astigmatismo, Catarata, Glaucoma - Sobre a histologia: enfatizar camada pigmentar e camada de cones e bastonetes - Explicar a visualização das cores: apenas pontuar daltonismo - Explicar importância da vitamina A na atividade da rodopsina: apenas pontuar cegueira noturna - Contemplar a via óptica (explicar células ON e células OFF) - Ao final da palestra, contemplar: consequência sobre o campo visual de uma lesão no quiasma óptico, consequência sobre o campo visual de uma lesão no trato óptico direito ou esquerdo, consequência de uma lesão no nervo óptico ou oculomotor (esquerdo ou direito) sobre o reflexo pupilar direto e consensual TIC´s - Semana 6: Sistema Músculo-esquelético Objetivo Geral: Compreender a estrutura, o processo de crescimento e remodelação óssea. Descrever a morfofisiologia da pelve. S6P1: "Reconstrução" Isadora, 15 anos, é levada ao atendimento com uma pequena deformidade no antebraço esquerdo em local de fratura após queda de bicicleta há 7 dias. O médico avaliou e informou ao pai que não se preocupasse, pois, a alteração faz parte da recuperação da fratura. Fonte: https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-osseo/ SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Objetivos de aprendizagem - Compreender as características e funções celulares do tecido ósseo. - Explicar a regulação bioquímica do tecido ósseo. - Descrever o processo de diferenciação e remodelamento do tecido ósseo. Orientações para o tutor: O tecido ósseo consiste em células amplamente separadas e circundadas por matriz extracelular abundante. Os quatro tipos principais de células no tecido ósseo são: células osteogênicas (osteoprogenitoras), osteoblastos (formadoras de osso), osteócitos (mantêm atividade óssea diária) e osteoclastos (degradam osso). A matriz extracelular óssea contém muitos sais minerais (sobretudo hidroxiapatita) e fibras colágenas. O tecido ósseo compacto (substância compacta segundo a TA) consiste em ósteons (sistemas de Havers) com pouco espaço entre eles. O processo pelo qual o osso se forma, chamado ossificação, ocorre em quatro etapas principais: (1) formação inicial dos ossos no embrião ou feto; (2) crescimento dos ossos durante o primeiro ano de vida, a infância e a adolescência até alcançar o tamanho adulto; (3) remodelação óssea (substituição de osso antigo por tecido ósseo novo ao longo da vida) e (4) reparo de fraturas ao longo da vida. A remodelação óssea é um processo contínuo no qual osteoclastos “escavam” pequenos túneis no tecido ósseo antigo e, em seguida, os osteoblastos o reconstroem. Na reabsorção óssea, os osteoclastos liberam enzimas e ácidos que degradam as fibras de colágeno e dissolvem sais minerais. Os minerais (especialmente cálcio e fósforo) e as vitaminas (A, C, D, K e B12) provenientes da dieta são necessários para o crescimento e a manutenção dos ossos. Os fatores de crescimento insulina-símiles (IGFs), o hormônio do crescimento, os hormônios da tireoide e a insulina estimulam o crescimento ósseo. Os hormônios sexuais retardam a absorção de osso antigo e promovem a deposição de osso novo. Fratura é qualquer perda da continuidade óssea. O reparo da fratura envolve formação de um hematoma de fratura durante a fase reativa, formação de calo fibrocartilaginoso e calo ósseo durante a fase reparativa e fase de remodelação óssea. Os ossos são o principal reservatório de cálcio do corpo. O paratormônio (PTH), secretado pelas glândulas paratireoides, eleva o nível sanguíneo de Ca2+. A calcitonina (CT) produzida pela glândula tireoide, possui o potencial para diminuir o nível sanguíneo de Ca2+. A vitamina D aumenta a absorção de cálcio e fosfato e, desse modo, eleva os níveis sanguíneos dessas substâncias. Os ossos são o principal reservatório de cálcio do corpo, armazenando 99% do cálcio corporal total. Controlar as taxas de reabsorção de cálcio do osso para o sangue e de depósito de cálcio do sangue no osso é uma maneira de manter o nível de cálcio sanguíneo. Tanto as células nervosas quanto as musculares dependem de um nível estável de íons cálcio (Ca2+) no líquido extracelular para funcionar de maneira adequada. A coagulação sanguínea também requer Ca2+. Ademais, muitas enzimas precisam de Ca2+ como cofator (uma substância extra SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA necessária para que uma reação enzimática ocorra). Por isso, o nível plasmático de Ca2+ é muito bem regulado entre 9 e 11 mg/100 mℓ. Mesmo pequenas variações na concentração de Ca2+ fora dessa faixa podem ser fatais. A função do osso na homeostasia do cálcio é ajudar a “tamponar” o nível de Ca2+ sanguíneo, liberando Ca2+ no plasma sanguíneo (usando os osteoclastos) quando o nível diminui e absorvendo Ca2+ (usando os osteoblastos) quando o nível aumenta. A troca de Ca2+ é regulada por hormônios, sendo o paratormônio (PTH), secretado pelas glândulas paratireoides o mais importante deles. Esse hormônio aumenta o nível de Ca2+ sanguíneo. A secreção de PTH opera via sistema de retroalimentação (feedback) negativa. Se algum estímulo faz com que o nível sanguíneo de Ca2+ caia, as células da glândula paratireoide (receptores) detectam essa alteração e intensificam sua produção de uma molécula conhecida como monofosfato de adenosina cíclico (AMP cíclico). O gene para o PTH no núcleo de uma célula da glândula paratireoide (o centro de controle) detecta o aumento intracelular do AMP cíclico. Em consequência disso, a síntese de PTH aumenta e mais PTH é liberado no sangue. A presença de níveis mais elevados de PTH aumenta a quantidade e a atividade dos osteoclastos (efetores), acelerando o ritmo de reabsorção óssea. A liberação resultante de Ca2+ do osso para o sangue traz de volta o nível sanguíneo de Ca2+ ao normal. O PTH também atua nos rins (efetores) para diminuir a perda de Ca2+ pela urina, aumentando a calcemia. Além disso, o PTH estimula a formação de calcitriol (a forma ativa da vitamina D), um hormônio que promove a absorção de cálcio dos alimentos do sistema digestório para o sangue. Essas duas ações também ajudam a elevar o nível de Ca2+ do sangue. Um outro hormônio atua para diminuir o nível de Ca2+ sanguíneo. Quando o Ca2+ do sangue sobe acima do normal, células parafoliculares na glândula tireoide secretam calcitonina (CT). A CT inibe a atividade dos osteoclastos, intensifica a captação de Ca2+ sanguíneo pelo osso e acelera a deposição de Ca2+ nos ossos. O resultado final é que a CT promove a formação óssea e diminui o nível de Ca2+ do sangue. Apesar desses efeitos, a função da CT na homeostasia do cálcio normal é incerta, pois pode estar completamente ausente sem causar sintomas. Para mais informações, consultar: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/32!/4/43 8/78/2/2@0:94.3 S6P2: “Osso fraco” Hoje é dia de ambulatório! Ao terminar as atividades, todos da equipe começam a discussão onde os estudantes analisam as estruturas e densidades ósseaspresentes na imagem, que é a radiografia de um idoso com perda senil de massa óssea. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Disponível em: https://images.app.goo.gl/dA9mpujjcxaPCurMA Objetivos de aprendizagem - Compreender a densidade óssea e como o metabolismo ósseo pode alterá-la. - Descrever a morfofisiologia da pelve e estruturas correlatas. - Discutir a prevenção de acidentes domésticos na população idosa. Orientações para o tutor: Os ossos do cíngulo do membro inferior sustentam e protegem as vísceras pélvicas, inclusive os órgãos genitais internos e o feto em desenvolvimento nas mulheres. Os ossos do quadril são mais maciços do que os do cíngulo do membro superior em função das pressões envolvidas na sustentação do peso e na locomoção. A pelve é uma estrutura constituída pelos ossos do quadril do esqueleto apendicular e o sacro e o cóccix do esqueleto axial. Comparação das pelves masculina e feminina: A forma da pelve feminina é ligeiramente diferente da masculina. Algumas dessas diferenças são o resultado das variações do tamanho do corpo e da massa muscular. Como as mulheres têm, classicamente, menos massa muscular do que os homens, a pelve da mulher adulta é, via de regra, mais uniforme e mais leve e tem protuberâncias menores para inserção de músculos ou ligamentos. Outras diferenças são adaptações para a procriação, inclusive o seguinte: abertura inferior da pelve maior, devido, em parte, à maior distância entre as espinhas isquiáticas; menor curvatura no sacro e cóccix, que, no homem, se arqueiam para a abertura inferior da pelve; abertura superior da pelve mais larga e mais circular; parte inferior da pelve relativamente larga; asas do ílio com maior SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA projeção lateral e menor projeção superior em relação à base do sacro; e ângulo subpúbico maior, sendo o ângulo entre os ossos púbicos superior a 100°. Essas adaptações relacionam-se com (1) a sustentação do peso do feto em desenvolvimento e do útero e (2) a facilitação da passagem do bebê através da abertura inferior da pelve no momento do parto. Além disso, um hormônio produzido durante a gestação afrouxa a sínfise púbica, permitindo movimento relativo entre os ossos do quadril, o que pode aumentar ainda mais o tamanho das aberturas superior e inferior da pelve e, assim, facilitar o parto. Para mais informações, consultar: MARTINI, F.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. NETTER, F.H. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. Prática (Laboratórios Morfofuncionais) - Anatomia: identificar os ossos do esqueleto do cíngulo inferior e esqueleto axial (sacro). - Fisiologia/Bioquímica: Compreender o metabolismo ósseo. Citologia/ Histologia/ Embriologia/ Genética: visualizar lâminas do tecido ósseo mostrando as características celulares do tecido ósseo, ossificação intramembranosa. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA Palestras: 1- Inervação e vascularização óssea. Abordar: Estrutura e porções ósseas, sistema de inervação e vascularização. 2- Reparação de fraturas TIC´s Semana 7: Sistema Músculo-esquelético Objetivo Geral: Caracterizar a histologia do tecido cartilaginoso. Conhecer as estruturas ósseas, articulares e musculares dos membros superiores. S7P1. “Saquei”, mas... Giovani é jogador de vôlei e saca a uma velocidade surpreendente. Certo dia após o treino iniciou com uma dor forte no ombro, o médico que estava acompanhando o treinamento fez algumas manobras e comunicou ao atleta que teria que investigar onde estaria a lesão. https://images.app.goo.gl/4AXyT1MBbaRak74P6 (traduzido pela equipe) Objetivos de aprendizagem - Descrever as estruturas ósseas, articulares e musculares do ombro e braço. - Explicar a biomecânica da articulação ombro. - Caracterizar a histologia do tecido cartilaginoso. Orientações para o tutor: A articulação do ombro é sinovial do tipo esferóidea que permite grande amplitude de movimento; sua mobilidade, porém, torna-a relativamente instável. A cabeça do úmero, grande e redonda, articula-se com a cavidade glenoidal da escápula, que é relativamente rasa, mas o lábio glenoidal, SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA uma estrutura fibrocartilagínea e anular, aprofunda discreta, mas efetivamente essa cavidade. As duas faces articulares são cobertas por cartilagem hialina. A cavidade glenoidal acomoda pouco mais de um terço da cabeça do úmero, que é mantida na cavidade pelo tônus dos músculos do manguito rotador musculotendíneo, ou SIRS (Mm. supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular). Os ligamentos glenoumerais, que fortalecem a face anterior da cápsula articular, e o ligamento coracoumeral, que fortalece a cápsula articular superiormente, são ligamentos intrínsecos – ou seja, parte da membrana fibrosa da cápsula articular. A articulação do ombro tem mais liberdade de movimento do que qualquer outra articulação do corpo. Essa liberdade resulta da frouxidão de sua cápsula articular e do grande tamanho da cabeça do úmero em comparação com o pequeno tamanho da cavidade glenoidal. A articulação do ombro permite movimentos ao redor de três eixos, possibilitando flexão– extensão, abdução–adução, rotação (medial e lateral) do úmero e circundução. A rotação lateral do úmero aumenta a amplitude de abdução. Quando o braço é abduzido sem rotação, a face articular disponível se esgota e o tubérculo maior toca o arco coracoacromial, evitando a continuação da abdução. Se o braço então for girado 180° lateralmente, os tubérculos giram posteriormente e aumentam a face articular para continuar a elevação. A circundução na articulação do ombro é uma sequência ordenada de flexão, abdução, extensão e adução – ou o inverso. Exceto se forem realizados em pequena amplitude, esses movimentos não ocorrem só na articulação do ombro; são acompanhados por movimentos das outras duas articulações do cíngulo do membro superior. O enrijecimento ou a fixação das articulações do cíngulo do membro superior (anquilose) resulta em grande restrição da amplitude de movimento, ainda que a articulação do ombro seja normal. Os movimentos da articulação do ombro e os músculos responsáveis por eles – os músculos toracoapendiculares, que podem ter ação indireta na articulação (i. e., atuam sobre o cíngulo do membro superior), e os músculos escapuloumerais, que têm ação direta sobre a articulação do ombro. Dos quatro principais músculos do braço, três flexores (Mm. bíceps braquial, braquial e coracobraquial) estão no compartimento anterior (flexor), supridos pelo nervo musculocutâneo, e um extensor (tríceps braquial) está no compartimento posterior, suprido pelo nervo radial. O músculo ancôneo, um auxiliar do músculo tríceps braquial posicionado distalmente, também está no compartimento posterior. Os músculos flexores do compartimento anterior são quase duas vezes mais fortes do que os extensores em todas as posições; consequentemente, somos melhores na tarefa de puxar do que na de empurrar. Deve-se notar, porém, que os extensores do cotovelo são muito importantes para se levantar de uma cadeira e para manobrar uma cadeira de rodas. Portanto, o condicionamento do músculo tríceps braquial é especialmente importante em pessoas idosas ou incapacitadas. SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II MANUAL DO PROFESSOR – CIRCULAÇÃO RESTRITA R., MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. Anatomia Orientada para Clínica, 8ª edição. Grupo GEN, 2018. [Minha Biblioteca] Para mais informações, consultar: R., MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. Anatomia Orientada para Clínica, 8ª edição. Grupo GEN, 2018. [Minha Biblioteca]. MARTINI, F.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana.