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1 CURSO DE GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA KAROLAINY FERREIRA DE MORAES RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA - CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DOS SISTEMAS NERVOSO E CARDIORRESPIRATÓRIO RIO VERDE 2024 2 KAROLAINY FERREIRA DE MORAES RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA - CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DOS SISTEMAS NERVOSO E CARDIORRESPIRATÓRIO Relatório de Aula Prática - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral na disciplina de Ciências Morfofuncionais Dos Sistemas Nervoso e Cardiorrespiratório. Orientador: Fernanda Kazmierski Morakami RIO VERDE 2024 3 SUMÁRIO 1 – INTRODUÇÃO-------------------------------------------------------------------------------------4 2 – DESENVOLVIMENTO --------------------------------------------------------------------------5 2.1 - ATIVIDADE 1 ------------------------------------------------------------------------------------5 2.1.1 - RECONHECER E IDENTIFICAR AS ESTRUTURAS DO SISTEMA NERVOSO. 2.1.2 - QUESTÕES PROPOSTAS 2.2 – ATIVIDADE 2 -----------------------------------------------------------------------------------9 2.2.1 - IDENTIFICAR E COMPREENDER AS CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS DO SISTEMA NERVOSO. 2.2.2 - QUESTÕES PROPOSTAS 2.3 – ATIVIDADE 3 ---------------------------------------------------------------------------------14 2.3.1 - CONHECER AS ESTRUTURAS ANATÔMICAS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR E AS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS. 2.3.2 - QUESTÕES PROPOSTAS 2.4 – ATIVIDADE 4 ---------------------------------------------------------------------------------16 2.4.1 - IDENTIFICAR E COMPREENDER AS CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR. 2.4.2 - QUESTÕES PROPOSTAS 2.5 – ATIVIDADE 5 ---------------------------------------------------------------------------------19 2.5.1 - IDENTIFICAR AS ESTRUTURAS ANATÔMICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO, RELACIONANDO COM SUAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS. 2.5.2 - QUESTÕES PROPOSTAS 2.6 – ATIVIDADE 6 --------------------------------------------------------------------------------21 2.6.1 - IDENTIFICAR E COMPREENDER AS CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO. 2.6.2 - QUESTÕES PROPOSTAS 3 – CONCLUSÃO ----------------------------------------------------------------------------------24 4 – REFERENCIAS --------------------------------------------------------------------------------25 4 1 INTRODUÇÃO O estudo do sistema cardiorrespiratório e do sistema nervoso é fundamental para a compreensão da homeostase corporal e das interações que mantêm a funcionalidade do organismo. O sistema cardiorrespiratório, composto pelo coração, vasos sanguíneos e pulmões, é responsável pela troca gasosa e pelo transporte de oxigênio e nutrientes para os tecidos. Sua função é mediada por processos complexos que garantem a circulação sanguínea eficiente e a ventilação pulmonar adequada. Por outro lado, o sistema nervoso, dividido em central e periférico, regula e coordena essas funções, atuando como um centro de comando para todos os sistemas corporais. A inter-relação entre os sistemas cardiorrespiratório e nervoso é essencial para o equilíbrio funcional do organismo. Situações de estresse, exercício físico e repouso requerem diferentes respostas desses sistemas, demonstrando a importância da comunicação entre eles. Anatomicamente, o sistema cardiorrespiratório possui estruturas especializadas que garantem o fluxo contínuo de sangue e ar. As vias aéreas superiores, os pulmões e o coração são exemplos de órgãos que trabalham em conjunto para garantir o suprimento de oxigênio e a remoção de dióxido de carbono. Essas estruturas são inervadas por fibras do sistema nervoso autônomo, que ajustam a função desses órgãos em resposta a alterações no ambiente interno e externo. A capacidade do corpo de adaptar-se rapidamente a mudanças fisiológicas é um dos fatores que assegura a sobrevivência e o bom desempenho das funções corporais. Este trabalho relata as atividades práticas realizadas utilizando ferramentas digitais. E através da análise anatômica e histológica busca explorar as interações entre o sistema nervoso e o sistema cardiorrespiratório, analisando como essas duas redes fundamentais se complementam e atuam para manter a homeostase. Compreender essas conexões é essencial para o desenvolvimento de intervenções clínicas mais eficazes no tratamento de doenças que afetam esses sistemas vitais. 5 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 ATIVIDADE 1 A etapas discorridas neste experimento foram desenvolvidas no Software OVID (Wolters Kluwer). 2.1.1 RECONHECER E IDENTIFICAR AS ESTRUTURAS DO SISTEMA NERVOSO. ● Sistema Nervoso - Córtex cerebral, lobos cerebrais, cerebelo, tálamo, bulbo, nervos cranianos, medula espinhal. 2.1.2 QUESTÕES PROPOSTAS 1 - Explique as estruturas anatômicas que compõem o sistema nervoso central e periférico. O sistema nervoso é dividido em duas partes principais: o sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). Cada uma dessas partes desempenha funções específicas no controle e na coordenação das atividades corporais. O SNC é formado por duas estruturas principais: o encéfalo e a medula espinhal. 6 O Encéfalo está localizado na cavidade craniana, é o centro de processamento de informações do corpo e coordena a maior parte das atividades sensoriais e motoras. Ele se divide em três partes principais: (01) Cérebro - A maior parte do encéfalo, responsável por funções cognitivas superiores como pensamento, memória, percepção, linguagem e tomada de decisões. O cérebro é dividido em dois hemisférios (direito e esquerdo), cada um com regiões específicas chamadas lobos (frontal, parietal, temporal e occipital), que desempenham funções distintas; (02) Cerebelo - Localizado abaixo do cérebro, o cerebelo é responsável pela coordenação motora, equilíbrio e controle da postura. Ele garante que os movimentos sejam suaves e coordenados; (03) Tronco encefálico - Conecta o cérebro à medula espinhal e regula funções involuntárias vitais, como respiração, frequência cardíaca e pressão arterial. É composto por três partes: mesencéfalo, ponte e bulbo. A Medula Espinhal: Localizada no interior da coluna vertebral, a medula espinhal é uma via de transmissão entre o encéfalo e o corpo. Ela também é responsável por reflexos rápidos, como retirar a mão de algo quente. A medula espinhal é composta por neurônios que transmitem impulsos para os nervos periféricos e vice-versa. O SNP conecta o SNC ao resto do corpo e é composto por nervos e gânglios nervosos. Ele se divide em duas partes principais: Nervos Cranianos e Nervos Espinhais. Além disso, o SNP é subdividido, quanto a suas funções em Sistema Nervoso Somático que controla as ações voluntárias do corpo, principalmente os movimentos dos músculos esqueléticos e Sistema Nervoso Autônomo que controla as funções involuntárias, como a atividade do coração, glândulas e músculos lisos (estômago, intestinos, etc.). Ele é dividido em Sistema Nervoso Simpático que prepara o corpo para situações de emergência (resposta de "luta ou fuga") e Sistema Nervoso Parassimpático que ajuda o corpo a relaxar e a retomar o estado de repouso após uma situação de estresse (resposta de "repouso e digestão"). 2 - Descreva quais são os principais os doze pares cranianos do sistema nervoso periférico. Os doze pares de nervos cranianos fazem parte do sistema nervoso periférico (SNP) e se originam diretamente do encéfalo: 1. Nervo Olfatório (I) Função: Sensitivo 7 Responsável: Pela percepção do olfato. Transporta informações sensoriais do nariz para o cérebro, permitindo sentir os odores.2. Nervo Óptico (II) Função: Sensitivo Responsável: Pela visão. Transmite impulsos visuais da retina do olho para o cérebro. 3. Nervo Oculomotor (III) Função: Motor Responsável: Pelo movimento da maioria dos músculos extrínsecos do olho (exceto os controlados pelos nervos troclear e abducente), controle do diâmetro da pupila e elevação da pálpebra superior. 4. Nervo Troclear (IV) Função: Motor Responsável: Pelo movimento do músculo oblíquo superior do olho, que controla o movimento para baixo e para os lados. 5. Nervo Trigêmeo (V) Função: Misto (sensitivo e motor) Responsável: Pela sensibilidade da face, boca, dentes e cavidade nasal, além de controlar os músculos da mastigação. 6. Nervo Abducente (VI) Função: Motor Responsável: Pelo controle do músculo reto lateral do olho, permitindo o movimento lateral dos olhos (abdução). 7. Nervo Facial (VII) Função: Misto (sensitivo e motor) Responsável: Pela motricidade dos músculos da face (expressões faciais), secreção lacrimal e salivar, além de transmitir a sensação do paladar dos dois terços anteriores da língua. 8. Nervo Vestibulococlear (VIII) Função: Sensitivo Responsável: Pela audição e pelo equilíbrio. Transmite informações auditivas do ouvido interno e dados sobre o equilíbrio e a posição da cabeça. 9. Nervo Glossofaríngeo (IX) Função: Misto (sensitivo e motor) 8 Responsável: Pela sensibilidade do terço posterior da língua, paladar nessa mesma região, e controle da deglutição e da secreção da glândula parótida (salivar). 10. Nervo Vago (X) Função: Misto (sensitivo e motor) Responsável: Pela inervação de muitos órgãos, incluindo o coração, pulmões, trato digestivo e laringe. Controla funções involuntárias, como a frequência cardíaca, movimentos peristálticos e produção de sucos gástricos. Também contribui para a sensação do paladar na parte posterior da garganta. 11. Nervo Acessório (XI) Função: Motor Responsável: Pela motricidade dos músculos esternocleidomastóideo e trapézio, auxiliando na movimentação da cabeça e dos ombros. 12. Nervo Hipoglosso (XII) Função: Motor Responsável: Pelo controle dos músculos da língua, facilitando a fala, mastigação e deglutição. Esses nervos desempenham papeis cruciais na comunicação entre o sistema nervoso central e as partes do corpo, sendo fundamentais para a coordenação das funções motoras e sensoriais. 9 2.2 ATIVIDADE 2 Todas as etapas discorridas neste experimento foram desenvolvidas no laminário digital disponibilizado no material orientativo. 2.2.1 IDENTIFICAR E COMPREENDER AS CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS DO SISTEMA NERVOSO. 1. Lâmina de cérebro HE • Identificar: substância branca e cinzenta 2. Lâmina de cerebelo (gato) HE 3. Lâmina de medula gânglio (cão) 10 4. Lâmina de nervo (cão) 11 2.2.2 QUESTÕES PROPOSTAS 1 - Compare a estrutura histológica das estruturas do sistema nervoso central e periférico. As estruturas histológicas do sistema nervoso central (SNC) e do sistema nervoso periférico (SNP) apresentam diferenças marcantes em sua organização, composição e aspecto. O SNC é composto pelo encéfalo e pela medula espinhal, e nele encontramos duas áreas distintas: a substância branca e a substância cinzenta. A substância branca é composta principalmente por axônios mielinizados e células da glia, como os oligodendrócitos, astrócitos e microglias. Nessa região, a mielina, que envolve os axônios, é produzida pelos oligodendrócitos. A substância cinzenta, por outro lado, contém os corpos celulares dos neurônios, dendritos e axônios não mielinizados, além de uma quantidade significativa de células da glia. É na substância cinzenta que ocorre a maior parte da integração e processamento da informação neural. No SNP, encontramos nervos periféricos e gânglios nervosos. Nos nervos periféricos, os axônios podem ser mielinizados ou não, e, nesse caso, a mielina é formada pelas células de Schwann, ao contrário do SNC, onde essa função é desempenhada pelos oligodendrócitos. Os gânglios nervosos, como os da raiz dorsal e os autonômicos, são áreas onde estão concentrados corpos celulares de neurônios, que são rodeados por células satélites, que, assim como os astrócitos no SNC, têm função de suporte. Os nervos periféricos são organizados em fascículos, e cada fascículo é envolto por uma camada de tecido conjuntivo chamada perineuro. O nervo completo é revestido pelo epineuro, e cada axônio individualmente é cercado pelo endoneuro. Nos gânglios nervosos, os corpos celulares dos neurônios estão concentrados e são rodeados pelas células satélites, que oferecem suporte metabólico e estrutural. 2 - Descreva as estruturas histológicas das células de Purkinje. As células de Purkinje são neurônios grandes e altamente especializados localizados no córtex cerebelar. Sua estrutura histológica é caracterizada por aspectos únicos que refletem sua função no sistema nervoso. Quanto à sua localização, por exemplo, as células de Purkinje estão situadas na camada intermediária do córtex 12 cerebelar, que é composta por três camadas principais. Em relação ao corpo celular as células de Purkinje possuem corpos celulares grandes e em forma de pêra, que são facilmente identificáveis em lâminas histológicas. O citoplasma é relativamente claro, e o núcleo grande, arredondado e central, é geralmente bem visível. Esse núcleo possui nucléolo proeminente, que reflete a intensa atividade biossintética das células. O aspecto mais marcante das células de Purkinje é sua árvore dendrítica extensa e ramificada. Essas ramificações se projetam para a camada molecular do córtex cerebelar, formando uma complexa rede de dendritos que recebe impulsos nervosos de outras partes do cérebro. O axônio da célula de Purkinje é fino e se projeta da base do corpo celular, descendo para a camada granular e, em seguida, para os núcleos profundos do cerebelo. Em suma, as células de Purkinje são caracterizadas por seus grandes corpos celulares, complexas redes dendríticas ramificadas e axônios que se projetam para núcleos profundos do cerebelo. Essa estrutura lhes permite desempenhar sua função de inibir e regular os sinais motores, contribuindo de forma essencial para a coordenação e o controle dos movimentos do corpo. 3 - Diferencie as estruturas do nervo: epineuro, perineuro, feixe nervoso e endoneuro. O epineuro é a camada mais externa do nervo, envolta por tecido conjuntivo denso e irregular, composto por fibras colágenas e elásticas. Essa estrutura oferece resistência e flexibilidade ao nervo, além de protegê-lo contra danos mecânicos. Dentro do epineuro, encontram-se vasos sanguíneos de maior calibre, que fornecem nutrientes essenciais para o nervo, e também um espaço para a circulação de fluido intersticial. O epineuro tem como função envolver e unir todos os feixes nervosos, que são agrupamentos de axônios, em um único nervo periférico. Cada feixe nervoso, ou fascículo, é envolvido pelo perineuro, uma camada intermediária composta por várias camadas de células especializadas, conhecidas como células perineurais. O perineuro forma uma barreira seletiva, que protege os axônios de substâncias nocivas e agentes infecciosos, semelhante à barreira hematoencefálica presente no sistema nervoso central. Além disso, o perineuro ajuda a manter a integridade estrutural e funcional do nervo, preservando um ambiente estável dentro dos fascículos, o que é crucial para a condução nervosa adequada. 13 Os feixes nervosos, por sua vez, são conjuntos de axônios agrupados dentro do nervo. Esses fascículos podem conter axônios mielinizados e não mielinizados, e seu número e tamanho variam de acordo com a função específica do nervo. Cada axônio dentro de um fascículoé individualmente envolto pelo endoneuro, uma camada interna composta por tecido conjuntivo frouxo. O endoneuro contém fibras reticulares, pequenas quantidades de colágeno e fluido endoneural. Ele oferece suporte a cada axônio e proporciona o ambiente necessário para a transmissão dos impulsos nervosos. Pequenos capilares sanguíneos estão presentes no endoneuro, garantindo o suprimento de nutrientes aos axônios. Essa organização em camadas — epineuro, perineuro e endoneuro — é fundamental para o funcionamento eficiente dos nervos periféricos, permitindo que conduzam impulsos elétricos de maneira eficaz, além de fornecer proteção contra fatores mecânicos e químicos que poderiam comprometer a função nervosa. 14 2.3 ATIVIDADE 3 As etapas discorridas neste experimento foram desenvolvidas no Software OVID (Wolters Kluwer). 2.3.1 CONHECER AS ESTRUTURAS ANATÔMICAS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR E AS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS. 2.3.2 QUESTÃO PROPOSTA 1 - Descreva o percurso realizado pelo sangue na circulação sistêmica e na circulação pulmonar. A circulação sanguínea no corpo humano é dividida em dois circuitos principais: a circulação sistêmica e a circulação pulmonar, ambos responsáveis por garantir que o sangue rico em oxigênio seja distribuído aos tecidos e que o dióxido de carbono seja removido para ser eliminado pelos pulmões. Na circulação sistêmica, o sangue oxigenado sai do ventrículo esquerdo do coração através da artéria aorta, a maior artéria do corpo. A aorta, então, se ramifica 15 em diversas artérias menores que distribuem o sangue para todas as partes do organismo. À medida que o sangue flui pelos vasos, ele passa pelas arteríolas e, finalmente, alcança os capilares, onde ocorre a troca de gases e nutrientes com os tecidos. Durante essa troca, o oxigênio é fornecido às células e o dióxido de carbono é recolhido. Após essa troca, o sangue, agora desoxigenado, é recolhido pelas vênulas, que se unem formando veias cada vez maiores. As principais veias, chamadas veias cavas (superior e inferior), transportam o sangue de volta ao coração, onde ele chega ao átrio direito, completando o circuito sistêmico. A circulação pulmonar tem a função de oxigenar o sangue, removendo o dióxido de carbono e capturando oxigênio nos pulmões. Esse processo começa quando o sangue desoxigenado é bombeado pelo ventrículo direito do coração para a artéria pulmonar, que o leva até os pulmões. Ao chegar aos pulmões, a artéria pulmonar se ramifica em arteríolas, que por sua vez se dividem em capilares pulmonares ao redor dos alvéolos. Nos capilares que envolvem os alvéolos, ocorre a troca gasosa: o dióxido de carbono é liberado para ser expirado e o oxigênio é absorvido pelo sangue. O sangue, agora oxigenado, retorna ao coração através das veias pulmonares, chegando ao átrio esquerdo, onde se completa o ciclo da circulação pulmonar. Após essa oxigenação, o sangue é novamente direcionado ao ventrículo esquerdo, pronto para ser enviado ao corpo pela circulação sistêmica, reiniciando o processo. 16 2.4 ATIVIDADE 4 Todas as etapas discorridas neste experimento foram desenvolvidas no laminário digital disponibilizado no material orientativo. 2.4.1 IDENTIFICAR E COMPREENDER AS CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR. 2.4.2 QUESTÃO PROPOSTA 1 - Descreva as características histológicas do sistema cardiovascular das lâminas visualizadas. LÂMINA DE ARTÉRIA (CÃO) - Nessa primeira lâmina podemos perceber que a artéria é composta por três camadas principais: a túnica íntima, a túnica média e a túnica adventícia. A túnica íntima é a camada mais interna da artéria e está em contato direto com o sangue. Vemos que ela é formada por uma única camada de células endoteliais achatadas, que revestem o lúmen do vaso. Essas células endoteliais estão dispostas sobre uma camada basal de tecido conjuntivo fino, que, por sua vez, é reforçado por uma camada elástica interna, chamada membrana elástica interna, presente especialmente em artérias de grande calibre. A túnica média é a camada mais espessa da artéria analisada e é composta predominantemente por fibras musculares lisas dispostas de forma circular ao redor do vaso. Além das células musculares, enxergamos também uma quantidade significativa de fibras elásticas e colágenas. A camada externa, a túnica adventícia, visualizamos que é composta principalmente por tecido conjuntivo fibroelástico, que confere sustentação e proteção 17 à artéria. Ela contém fibras colágenas e elásticas, bem como vasos sanguíneos menores que nutrem as camadas externas da artéria. LÂMINA DE CORAÇÃO (PORCO) - Nessa segunda lâmina podemos perceber que histologicamente, o coração pode ser dividido em três camadas principais: o endocárdio, e miocárdio e o epicárdio. O endocárdio é a camada mais interna do coração, que reveste as câmaras cardíacas e as válvulas. Visualmente percebemos que é formado por uma camada única de células endoteliais achatadas, semelhantes às que revestem os vasos sanguíneos. Essas células repousam sobre uma fina camada de tecido conjuntivo subendotelial, que contém fibras colágenas, elásticas e, em algumas áreas, fibras de Purkinje, que são células especializadas na condução elétrica do coração. O miocárdio é a camada média e a mais espessa do coração, composta predominantemente por músculo cardíaco. As fibras musculares cardíacas, ou miócitos, são estriadas e apresentam uma organização em forma de rede, com células interconectadas por discos intercalares. Além disso, o miocárdio contém uma rica rede de capilares. O epicárdio é a camada mais externa do coração, e corresponde à parte visceral do pericárdio seroso. Percebe-se que ele é composto por uma camada de células mesoteliais. Abaixo das células mesoteliais, há uma camada de tecido conjuntivo que contém vasos sanguíneos, nervos e, em algumas áreas, uma quantidade variável de tecido adiposo, que proporciona proteção e armazenamento de energia. LÂMINA DE MÚSCULO CARDÍACO (PORCO) - Na terceira e última lâmina vemos com mais detalhes o miocárdio. Percebe-se que as células musculares cardíacas, chamadas miócitos, são estriadas (como no músculo esquelético), mas são ramificadas e possuem geralmente um único núcleo central. Percebemos também na imagem os discos intercalares, que aparecem como linhas escuras entre as células. Eles contêm junções que unem as células e permitem a rápida transmissão de impulsos elétricos, garantindo que o coração contraia de forma sincronizada. 18 Além disso, o músculo cardíaco é altamente vascularizado na imagem vemos estruturas que correspondem aos capilares que visam garantir um fluxo constante de oxigênio e nutrientes. 19 2.5 ATIVIDADE 5 Todas as etapas discorridas neste experimento foram desenvolvidas no Software OVID (Wolters Kluwer). 2.5.1 IDENTIFICAR AS ESTRUTURAS ANATÔMICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO, RELACIONANDO COM SUAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS. ● ESTRUTURA ANATÔMICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO - epiglote, traqueia, pulmões, cavidade nasal, faringe, laringe, caixa torácica, músculos inspiratórios, músculos expiratórios. 2.5.2 QUESTÃO PROPOSTA 1 - Após identificar cada uma das estruturas anatômicas do sistema respiratório, descrever o percurso que o ar percorre ao entrar pelas narinas e chegar até os alvéolos. O sistema respiratório é composto por várias estruturas que conduzem o ar para dentro e fora dos pulmões, garantindo a troca de gases essenciais para o corpo. O percurso do ar começa pelas narinas e segue até os alvéolos, onde ocorre a troca de oxigênio e dióxido de carbono. Vamos descrever esse caminho em etapas. O ar entra inicialmente pelas narinas, onde passa pela cavidade nasal. Nesta região,o ar é filtrado, umedecido e aquecido pelas mucosas e pelos presentes 20 na cavidade nasal. Depois, o ar segue para a faringe, um tubo muscular que serve de passagem tanto para o ar quanto para os alimentos. Da faringe, o ar passa pela laringe, que contém as cordas vocais e é responsável por proteger as vias aéreas de partículas indesejadas durante a respiração. Após a laringe, o ar entra na traqueia, um tubo que se ramifica em dois brônquios principais: o direito e o esquerdo, cada um direcionado a um dos pulmões. Dentro dos pulmões, os brônquios se dividem em bronquíolos, que são tubos cada vez menores e mais finos. Esses bronquíolos terminam em pequenos sacos de ar chamados alvéolos. Nos alvéolos, ocorre a troca gasosa: o oxigênio do ar é absorvido para o sangue, e o dióxido de carbono, que é um resíduo do metabolismo do corpo, é expelido dos vasos sanguíneos para ser eliminado na expiração. Esse caminho do ar pelas estruturas respiratórias é essencial para garantir a oxigenação do sangue e a eliminação de dióxido de carbono, mantendo o equilíbrio das funções vitais do corpo. 21 2.6 ATIVIDADE 6 Todas as etapas discorridas neste experimento foram desenvolvidas no laminário digital disponibilizado no material orientativo. 2.6.1 IDENTIFICAR E COMPREENDER AS CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO. 2.6.2 QUESTÃO PROPOSTA 1 - Explique as características do tecido traqueal e associe à sua função fisiológica. O tecido traqueal possui uma estrutura histológica complexa, composta por diversas camadas que desempenham funções específicas, refletindo a sua importância na fisiologia respiratória. A traqueia, como via de condução do ar, é essencial para o transporte eficiente do ar da laringe para os pulmões. Sua morfologia 22 histológica adapta-se a essa função, garantindo não apenas a passagem do ar, mas também a filtragem de partículas e a proteção contra agentes patogênicos. A camada mais superficial da traqueia é revestida por um epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes. Esse tipo de epitélio aparenta ser estratificado, mas todas as suas células estão em contato com a membrana basal. As células cilíndricas possuem cílios na superfície apical, responsáveis por movimentar o muco produzido pelas células caliciformes. Essas células especializadas secretam muco, o qual tem a função de capturar partículas de poeira, microrganismos e outros contaminantes presentes no ar inspirado. O movimento coordenado dos cílios impulsiona o muco em direção à faringe, onde pode ser expelido ou engolido, promovendo a limpeza das vias aéreas através do mecanismo de escalador mucociliar. Imediatamente abaixo do epitélio, encontra-se a lâmina própria, composta por tecido conjuntivo frouxo que abriga vasos sanguíneos, fibras elásticas e células imunológicas. Essa camada não apenas nutre o epitélio adjacente, mas também desempenha um papel crucial na defesa imunológica das vias respiratórias, contribuindo para a proteção contra patógenos que podem ser inalados com o ar. Abaixo da lâmina própria, a submucosa consiste em tecido conjuntivo mais denso, onde estão localizadas glândulas seromucosas. Essas glândulas produzem uma mistura de secreções serosas e mucosas que auxilia na umidificação do ar inspirado e complementa a função do muco na captura de partículas. Essa secreção adicional é fundamental para manter as vias aéreas umedecidas, o que é essencial para o bom funcionamento dos cílios e a proteção da mucosa traqueal. A estrutura da traqueia é sustentada por anéis de cartilagem hialina, dispostos em forma de "C". Esses anéis fornecem suporte estrutural à traqueia, mantendo seu lúmen aberto, o que é indispensável para a passagem contínua do ar durante o ciclo respiratório. A abertura posterior desses anéis é preenchida pelo músculo traqueal, uma camada de músculo liso que permite ajustes no diâmetro da traqueia. Esse músculo desempenha um papel importante em respostas fisiológicas como a tosse, ao contrair-se para aumentar a velocidade do fluxo de ar e facilitar a expulsão de partículas ou corpos estranhos das vias aéreas. Finalmente, a camada externa da traqueia, a adventícia, consiste em tecido conjuntivo frouxo que conecta a traqueia às estruturas adjacentes no pescoço. Essa 23 camada proporciona suporte e fixação à traqueia, enquanto permite um certo grau de mobilidade, necessário para os movimentos respiratórios. Em conjunto, essas camadas histológicas asseguram que a traqueia não apenas transporte o ar de maneira eficiente, mas também funcione como uma barreira defensiva e um mecanismo de filtragem, protegendo o sistema respiratório contra partículas inaladas e agentes patogênicos. A combinação de células ciliadas, células caliciformes e glândulas seromucosas garante a eliminação de detritos e a umidificação do ar, enquanto a cartilagem hialina e o músculo traqueal asseguram a integridade estrutural e a flexibilidade funcional da traqueia. 24 3 CONCLUSÃO A interdependência entre o sistema cardiorrespiratório e o sistema nervoso é essencial para a manutenção da homeostase e para a resposta eficaz a diferentes demandas fisiológicas. A regulação nervosa do ritmo cardíaco, da pressão arterial e da ventilação pulmonar demonstra a complexidade e precisão dessas interações. Alterações nesses sistemas podem levar a distúrbios graves, como insuficiência cardíaca, hipertensão e doenças respiratórias, que exigem uma compreensão profunda de suas bases fisiológicas e morfológicas para intervenções médicas adequadas. O sistema nervoso autônomo, em particular, desempenha um papel fundamental na coordenação dessas funções, sendo responsável por ajustes imediatos que garantem o fornecimento de oxigênio e a remoção de resíduos metabólicos. Através de reflexos, neurotransmissores e a inervação dos órgãos-alvo, ele ajusta rapidamente a atividade do coração e dos pulmões conforme necessário, permitindo que o corpo responda a diferentes níveis de esforço físico e condições ambientais. A disfunção em qualquer um desses sistemas pode gerar consequências sistêmicas, mostrando a relevância de uma abordagem integrada no tratamento de doenças cardiorrespiratórias e neurológicas. Condições como a síndrome de apneia do sono, que afeta tanto o controle respiratório quanto a função cardiovascular, exemplificam como a interação inadequada entre esses sistemas pode comprometer gravemente a saúde. A investigação contínua sobre esses mecanismos abre caminho para terapias mais direcionadas e eficazes. Em resumo, a compreensão do sistema cardiorrespiratório e do sistema nervoso como uma unidade funcional integrada é crucial para o avanço das ciências biomédicas e para a melhoria dos cuidados clínicos. Estudos adicionais são necessários para aprofundar o entendimento dessas interações, com o objetivo de desenvolver novas estratégias para o tratamento de patologias que afetam esses sistemas interligados. 25 REFERÊNCIAS SOFTWARE OVID - Human Anatomy Atlas 2021. Versão 2021.2.4: Argosy Publishing, Inc, 2007-2021. Acesso em 10/10/2024. SOFTWARE OVID - Anatomy & Physiology 2019. Versão 2019.6.2: Argosy Publishing, Inc, 2007-2021. Acesso em 10/10/2024. LAMINÁRIO – Laminário Digital Kroton. Disponível em https://laminariodigital.kroton.com.br. Acesso em 10/10/2024. https://laminariodigital.kroton.com.br/