Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

Prévia do material em texto

Fotografia de Natureza, 
Arquitetura e Interiores 
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.ª Patricia Maria Borges
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Equipamentos, Técnicas da Fotografia de Natureza 
e Principais Fotógrafos do Mundo e do País
• Introdução: O Conceito de Fotografia de Natureza;
• Principais Fotógrafos de Natureza e Paisagem, 
Referências Nacionais e Internacionais;
• Equipamentos e Recursos Técnicos (Objetivas, Profundidade de 
Campo, Plasticidade da Luz) na Fotografia de Paisagens e Animais.
• Compreender as principais funções dos equipamentos e recursos técnicos na utilização da fotogra� a 
de natureza.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Equipamentos, Técnicas da Fotografi a 
de Natureza e Principais Fotógrafos 
do Mundo e do País
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Equipamentos, Técnicas da Fotografia de Natureza 
e Principais Fotógrafos do Mundo e do País
Introdução: O Conceito de 
Fotografia de Natureza
Como vimos anteriormente, a fotografia de natureza possui diversas funções 
de grande importância para a sociedade e para o ser humano. Entre elas, estão: 
conservação, denúncia, educação, turismo, terapia e arte.
Estamos acostumados com a ideia de que o mundo natural é fascinante e exis-
tem inúmeras fotografias de paisagens que nos fazem lembrar dos seus encantos: 
uma fotografia do monte Fuji, no Japão, ou das cataratas do Iguaçu, na fronteira 
entre a Argentina e o Brasil, por exemplo, exercem um encantamento imediato. 
Essas imagens nos ajudam a recordar como a natureza é exuberante e que às 
vezes dedicamos pouco tempo em contemplá-la.
No decorrer da história da arte, encontramos pintores e fotógrafos que tive-
ram como tarefa representar suas experiências com a natureza. Muitos desses 
artistas foram responsáveis por criar imagens de uma faceta da natureza que 
nos impressionou por sua beleza e sensibilidade. A obra do artista plástico e 
fotógrafo James Turrell (nascido em 6 de maio de 1943) é fundamental para 
vermos a natureza de forma mais significativa. Num primeiro momento em que 
observamos suas obras, elas parecem retratar uma pintura oval do céu, que está 
enquadrada por uma moldura de uma tonalidade cinza bem escura. Mas o que 
o espectador está vendo é na realidade a abertura no teto de uma câmara de 
observação especialmente projetada (cf. De BOTTON, 2014, p. 156). Dessa 
forma, o artista nos solicita participar juntamente com ele de uma experiência 
com a natureza, em vez de apenas registrar a experiência que ele teve. A ex-
periência nesta câmara de observação é descrita por Armstrong e De Botton 
(2014, p. 156) da seguinte forma:
No canto da câmara, há um banco simples de pedra. A ideia é reunir 
um grupo de pessoas, todas olhando o céu acima. É a busca de uma 
experiência individual profunda, mas vivida ao mesmo tempo por outras 
pessoas. Desse ponto de vista, a câmara é como uma igreja, no sentido 
de que há uma experiência comunitária, mas de caráter transcendente. 
O local inspira silêncio, paciência e respeito. Parecia impróprio cochilar, 
permanecer apenas um instante ou ficar pensando mal dos outros.
8
9
Figura 1 – Vista de satélite de Roden Crater, de James Turrell, Arizona, 1979. A cratera de Roden foi 
adquirida por Turrell para ser transformada em um observatório a olho nu: trata-se de um espaço 
integrado à natureza que proporciona a observação da luz natural e de acontecimentos celestiais
Fonte: Wikimedia Commons
Também o observatório de David 
Chipperfield e Antony Gormley nos 
oferece uma oportunidade mais signi-
ficativa ou íntima de se contemplar a 
natureza. A pessoa deve se posicionar 
nesta estrutura de dezoito metros de 
altura, entre toda a vegetação dispo-
nível ao redor e a neblina que há no 
local por conta da região muito úmi-
da e fria. A experiência de subir nesta 
estrutura é única, pois a pessoa deve 
adentrar por uma câmara de entrada 
geométrica, para chegar até um pata-
mar aberto através de uma escada em 
espiral fechada. Com esse pavilhão de 
observação, os artistas querem pro-
porcionar aos visitantes que a expe-
riência mais íntima e profunda de se 
admirar a natureza envolve, antes de 
mais nada, se preparar e dedicar aten-
ção para olhar para a coisa real.
Figura 2 – David Chipperfi eld e Antony Gormley, 
Torre de observação, Kivik Art Centre, Suécia, 2008
Fonte: Wikimedia Commons
9
UNIDADE Equipamentos, Técnicas da Fotografia de Natureza 
e Principais Fotógrafos do Mundo e do País
Com todas essas ideias, entendemos que a missão desses novos artistas é a 
de despertar o interesse para a importância da vivência e compreensão sensorial 
que estas experiências podem nos oferecer. Imagine agora uma fotografia de 
árvores e folhas secas de outono. Sabemos que a folhagem durante o outono 
seca e cai. Caso encontrássemos essa imagem numa galeria relacionada ao tem-
po, certamente ela seria identificada pelo significado de envelhecimento ou da 
morte. É como se diante de uma imagem da natureza nosso pensamento fosse 
convidado a refletir sobre nossa própria individualidade. Em seguida, imagine 
uma fotografia de primavera, quando as flores proporcionam um forte colorido 
à imagem e exprimem a natureza primordial da vida.
A flor identifica-se ao simbolismo do amor e da harmonia, e essa imagem 
poderia gerar em nós maior sensibilidade e a capacidade de valorizar tudo o que 
temos ou quem somos. Estas imagens com todos os seus poderes nos lembram 
de que temos fragilidades psicológicas associadas à contemplação da natureza. 
Nessa realidade, a fotografia de natureza vem revelar o ambiente natural às pes-
soas, um universo de belíssimas imagens, e muitas vezes precisamos de ocasiões 
especiais para nos recordar de dedicarmos maior tempo em apreciá-lo.
Principais Fotógrafos de Natureza 
e Paisagem, Referências Nacionais 
e Internacionais
Perfil do fotógrafo de natureza
Além de amar a natureza, fotografar o mundo natural requer uma combina-
ção de diversos requisitos, entre eles estão (cf. COLOMBINI, 2009, pp. 23-25): 
ser paciente, pois o mundo natural é imprevisível e a ação do tempo (chuvas 
repentinas, nuvens podem cobrir o sol) pode acontecer nos momentos mais 
inesperados, além do mais deve-se esperarhoras para captar uma ave no ninho 
ou para encontrar um animal passeando com seu filote na Savana; humildade, 
já que é importante lembrar que a presença do homem no hábitat natural dos 
animais muitas vezes não é bem vista pela maioria dos animais e deve-se, por-
tanto, ter mais tolerância e humildade em saber o momento ideal de permanecer 
ou se retirar do local; domínio da técnica: sabendo-se que muitas vezes a cena 
ideal pode acontecer em frações de segundos, é importante dominar a técnica 
para poder decidir, inclusive, sobre o melhor procedimento a tomar com rela-
ção à abertura e velocidade de exposição da lente; conhecimento de biologia: 
trata-se da necessidade de ter conhecimento científico, seja de geografia, botâ-
nica, zoologia, ecologia ou qualquer outro assunto relacionado às suas produ-
ções fotográficas. É necessário compreender o comportamento e significado de 
determinadas reações dos animais para saber exatamente o momento certo de 
fotografar ou mesmo retroceder, para não colocar a vida do fotógrafo em risco; 
10
11
preparação física e adaptabilidade, em função da necessidade de enfrentar 
longas caminhadas e escaladas, carregando pesados equipamentos e acessórios 
para ocasiões de muito frio ou calor, recomenda-se um bom preparo físico e 
fortalecimento diário dos músculos; observação e acuidade visual: todo o fotó-
grafo deve ser um bom observador - para conseguir distinguir as cores e formas 
dos animais em meio à paisagem da Savana é preciso estar atento a tudo o que 
se move, até às mínimas diferenças de tonalidades de cores presentes na paisa-
gem; planejamento: é necessário um planejamento bem estruturado sobre as 
condições do local que se pretende fotografar. Isto inclui decidir sobre a melhor 
época do ano, o período e todos os equipamentos necessários, tanto para o 
conforto pessoal como para as necesidades técnicas da fotografia; espírito de 
aventura: diz respeito ao prazer em viajar e em conhecer o novo – ter espírito 
curioso e desbravador. Com essas qualidades, é muito provável que se consiga 
fotos interesantes e inéditas.
Figura 3 
Fonte: iStock/Getty Images
Figura 4
Fonte: Patricia Borges, 2018
Patricia Borges (autora deste material), tirada em julho de 2018, no Pilanesberg 
National Park, África do Sul. Os parques tipo safári são uma opção para fotografar 
animais em seu habitat natural. Procedimento: objetiva 50mm. 1/250 seg. f/5.6. 
ISO 100.
Fotógrafos brasileiros
Luiz Carlos (Wildlife Photografy) é fotógrafo da vida selvagem, tendo experiência 
em trinta países dos cinco continentes. Desde a sua formação em 1988, se voltou 
pata fotografar a natureza, especialmente a vida animal. Desde 2010, tem se de-
dicado a fotografar a África, tendo organizado nove expedições fotográficas por 
vários países do continente: Botsuana, Zâmbia, Zimbabwe, África do Sul, Quênia, 
Moçambique e Tanzânia. É professor de logística e organização da fotografia de vida 
selvagem; faz palestras sobre fotografia de vida selvagem e sobre a importância da 
preservação da vida animal. É autor do blog Wildlife Photography, que traz assuntos 
relacionados à fotografia de vida selvagem, e responsável pelo projeto social “Foto-
grafando Gorongosa”, cujo objetivo é ensinar fotografia aos jovens da comunidade 
local (Fotógrafos brasileiros). 
11
UNIDADE Equipamentos, Técnicas da Fotografia de Natureza 
e Principais Fotógrafos do Mundo e do País
Acesse os sites:
• Wildlife Photography: https://goo.gl/eZHzTi;
• Fotógrafos Brasileiros: https://goo.gl/xJEiFc.
Ex
pl
or
Fabio Colombini é formado em arquitetura pela Universidade de São Paulo 
e profissional autodidata de fotografia. Dispõe de um acervo fotográfico em seu 
banco de imagens com mais de setenta e seis mil fotos, que já ilustraram mais 
de dois mil e seiscentos livros (institucionais, didáticos e artísticos), inúmeras 
revistas nacionais e estrangeiras, guias e calendários de empresas. Já participou 
de mais de oitenta exposições fotográficas, incluindo países como França, Ale-
manha, Japão, Portugal, Argentina. Seu mérito artístico pode ser reconhecido 
com as seguintes premiações: da Organização dos Estados Americanos (OEA), 
da Fundação SOS Mata Atlântica, do World Calendar Awards (Illinois, EUA) e 
do National Geographic Channel. 
Fabio Colombini. Disponível em: https://goo.gl/kbZgRz.
Ex
pl
or
Araquém Alcântara é considerado um dos precursores da fotografia de natu-
reza no Brasil e um dos mais atuantes ativistas em defesa do patrimônio natural 
do país. Possui uma vasta produção autoral, que inclui quarenta e sete livros 
sobre temas ambientais (suas publicações lhe renderam vários prêmios nacio-
nais importantes), trinta e dois prêmios nacionais, cinco prêmios internacionais, 
setenta e cinco exposições fotográficas e diversos ensaios e reportagens para 
revistas e jornais. É autor do livro de fotografia mais vendido do país, “Terra 
Brasil”, lançado em 1997. Suas fotos estão presentes em vários acervos de ga-
lerias e museus nacionais e internacionais, entre eles: Centro Cultural Georges 
Pompidou, em Paris; Museu Britânico em Londres; Museu de Arte de São Paulo 
(MASP) e Museu de Arte Moderna (MAM), em São Paulo. 
Araquém Alcântara. Disponível em: https://goo.gl/pZ8xd.
Ex
pl
or
Fotógrafos internacionais
Ansel Adams (1902-1984) nasceu em São Francisco, na Califórnia. É a princi-
pal referência da fotografia de paisagem e natureza. Foi responsável por desenvol-
ver, juntamente com o fotógrafo Fred Archer, um sistema de zonas para identificar 
níveis de contraste e exposição correta, permitindo aos fotógrafos interpretar inte-
lectualmente a visualização da cena e registrar no papel fotográfico os valores de 
luz desejados diante do tema fotografado. Ansel Adams foi um ativista pela causa 
do deserto e do meio ambiente; entre suas principais causas ambientais, estiveram 
12
13
o sistema de parques nacionais e a preservação da natureza selvagem. Adams lu-
tou contra o superdesenvolvimento dos parques nacionais e a sua dominação por 
concessionárias privadas. Sua temática predileta era a magnífica beleza natural 
americana e suas imagens tornaram-se verdadeiros ícones da América selvagem.
Ansel Adams. Disponível em: https://goo.gl/hFESr1.
Ex
pl
or
Figura 5 – The Tetons and the Snake River, foto de Ansel Adams, 1942
Fonte: Wikimedia Commons
John Blakemore (nascido em 1936) é um fotógrafo inglês que nasceu em 
Coventry e iniciou sua carreira na área em 1956. Leciona fotografia há mais de 
duas décadas, atualmente é professor na Universidade de Derby, em um curso 
que associa a fotografia a vários fenômenos naturais. Suas fotografias, a grande 
maioria em preto e branco, são uma referência da sua relação pessoal com a na-
tureza e sua investigação sobre o ambiente dos lugares que fotografa. Quase todo 
o trabalho de Blakemore é baseado no retrato de natureza-morta, na exploração 
de paisagens da natureza e na captura de tulipas. Suas fotos de paisagens foram 
inspiradas na pintura de Samuel Palmer (pintor paisagístico inglês) e de William 
Blake (poeta e pintor inglês, cujas pinturas podem ser definidas por pinturas fan-
tásticas) e suas fotos de tulipas se assemelham a pinturas surrealistas. É autor do 
livro “Black and White Photography Masterclass”, uma das importantes obras 
que evidencia duas questões importantes da fotografia: a arte e a filosofia (Leia 
entrevista de Blakemore à Folha de S. Paulo, publicada em 29 de junho de 1994: 
ROCHA, Daniela. Blakemore redesenha mundo com suas fotos). 
13
UNIDADE Equipamentos, Técnicas da Fotografia de Natureza 
e Principais Fotógrafos do Mundo e do País
• Blakemore redesenha mundo com suas fotos. Disponível em: https://goo.gl/vUTVhU.
Reconhecidos fotógrafos da vida selvagem:
• Daisy Gilardini: www.daisygilardini.com.
• Jonathan & Angie Scott: www.jonathanangelascott.com.
• Andybiggs: www.andybiggs.com.
• Richard Peters: www.richardpeters.co.uk.
• Melissa Groo: www.melissagroo.com.
Ex
pl
or
Equipamentos e Recursos Técnicos 
(Objetivas, Profundidadede Campo, 
Plasticidade da Luz) na Fotografia 
de Paisagens e Animais
O equipamento
Em primeiro lugar, é importante saber que o olhar do fotógrafo é que irá fazer 
toda a diferença e garantirá a melhor foto, e não o equipamento. Assim como 
todo o instrumento musical nunca garantirá que se tenha um bom som, o melhor 
equipamento fotográfico também não é garantia da melhor foto. Mas aliando-se 
um belo senso de observação e de composição de imagem a uma boa qualidade 
de equipamentos, a chance de conseguir belas imagens aumenta. Apesar da gran-
de tentação em obter um conjunto de lentes pesadas e caríssimas, flashes, tripés 
e variados tipos de filtros, o fotógrafo Fabio Colombini (2009, p. 36) recomenda 
aliar a utilidade e praticidade. Para ele, o fato de carregar pesados conjuntos de 
materiais pode gerar situações mais incômodas, que irão interferir na agilidade 
requerida em determinadas situações que se pretende fotografar.
A seguir listamos alguns equipamentos sugeridos pelo fotógrafo (cf COLOMBINI, 
2009, pp. 37-52), ciente de que a fotografia de natureza requer a substituição dos 
equipamentos com maior frequência do que outro tipo de fotografia, considerando o 
desgaste do equipamento gerado pela interferência do calor, da poeira e umidade – 
fatores que diminuem a vida útil dos mesmos.
14
15
A câmera
Hoje em dia há dois tipos de câmeras que podem ser boas opções para se foto-
grafar a natureza: as câmeras com lentes cambiáveis e as de lente fixa. As câmeras 
modernas com zoom ótico de vinte vezes (variando de 28mm a 560mm) que in-
cluem a focagem macro são uma excelente opção para praticar seus conhecimen-
tos e se familiarizar com a natureza. A resolução da imagem é suficiente para obter 
pequenas ampliações impressas e montar suas primeiras exposições fotográficas, 
mas há também a opção de criar sites para a exibição de suas fotos. Outro recur-
so um pouco mais avançado e mais profissional que dispõe de melhor qualidade 
óptica e definição de imagem são as câmeras SLR digitais, com lentes cambiáveis. 
Neste caso, você pode considerar adquirir uma marca com boa reputação no mer-
cado – Nikon, Pentax, Sony, Olympus e Canon são as melhores opções. Opte 
por uma câmera com resolução mínima de dez megapixels, que permite obter 
qualidade para a maioria das publicações impressas, a menos que você já tenha um 
trabalho em mãos e que exija ampliações de grandes dimensões e, neste caso, terá 
de recorrer a uma câmera de vinte megapixels.
Figura 6 – Câmera SLR digital 2
Fonte: Free Images
Importante!
Um dos grandes problemas das câmeras de lentes cambiáveis para fotografar na-
tureza é a poeira que entra no momento de trocar a lente e que certamente produzirá 
manchas nas suas imagens. Neste caso, sugere-se fazer a troca de lentes com maior 
rapidez e sempre mantê-las limpas e viradas para baixo no momento de guardá-las. 
O passo a passo de como limpar e conservar as lentes da sua câmera pode ser aces-
sado no seguinte endereço: https://goo.gl/w7QGDL.
Importante!
15
UNIDADE Equipamentos, Técnicas da Fotografia de Natureza 
e Principais Fotógrafos do Mundo e do País
Lentes
As lentes são um dispositivo de alta precisão muito importante na composição 
do seu acervo fotográfico pessoal, pois é a qualidade da lente que garantirá a 
qualidade da imagem. Lentes podem ter um custo bastante elevado, inclusive serem 
muito mais caras do que o próprio corpo da máquina (há lentes que custam mais 
de sete mil dólares). Há basicamente três tipos de lentes para você começar seu 
trabalho com a natureza: uma angular de 24mm, uma macro de 100mm e uma 
tele de 400mm. Com esse conjunto de lentes você conseguirá fotografar animais 
e plantas, detalhes e paisagens. Outro detalhe significativo sugerido pelo fotógrafo 
Fabio Colombini é optar pela compra de lentes da mesma marca da câmera para 
garantir o uso de todas as funções do corpo.
A meia tele macro de 100mm é a mais comum no uso do dia a dia e ideal para 
registrar paisagens mais fechadas, além de animais e plantas a curta distância 
(incluindo os pequenos seres: anfíbios, insetos, detalhes de flores).
Figura 7 – Joaninha verde folha em close-up. A lente macro é a mais versátil para tirar fotos em close-up, já que 
sua reduzida profundidade de foco pode ser explorada a favor da sensação de tridimensionalidade da composição
Fonte: iStock/Getty Images
Para fotografar os animais a longa distância, uma boa opção é a teleobjetiva de 
400mm, que também pode ser utilizada para achatar a perspectiva de paisagens a 
longa distância, por isso, muitas vezes ela é pouco utilizada em fotos de paisagem.
Importante!
Em decorrência do seu peso, sensibilidade a vibrações e tamanho, as lentes tele longas 
são um pouco mais difíceis de usar, e muitas vezes é necessária a utilização de um 
monopé ou algo similar para apoiar o aparelho. Uma das opções para compensar essa 
vibração sentida na imagem é a utilização de estabilizadores.
Importante!
16
17
A teleobjetiva permite que você veja a distância, aumentando a cena a sua frente 
e recortando parte dela (cf. HEDGECOE, 2013, p. 46); é também essencial para 
fotografar detalhes isolados da arquitetura e paisagens.
Figura 8 – Pássaro tropical: tucano do Amazonas, sobre fundo desfocado. As teleobjetivas 
são úteis para seleccionar o tucano em meio à vegetação pelo fato de que quando 
utilizadas com aberturas grandes facilitam desfocar o segundo plano
Fonte: iStock/Getty Images
A melhor opção das lentes grande-angulares, utilizadas principalmente para 
paisagens, está entre 24 a 28mm; estas lentes conferem destaque aos primeiros 
planos e proveem um ângulo mais amplo da paisagem. A fotografia de paisagem 
é uma das especialidades mais comuns entre os fotógrafos amadores, pois o movi-
mento das águas, o cheiro e a sensação de grandiosidade das formas naturais en-
cantam de imediato as pessoas. Para conseguir retratar toda essa beleza e emoção 
num retângulo de duas dimensões, é necessário bastante análise e reflexão sobre 
como arranjar todos os elementos de maneira harmoniosa dentro dos limites do 
quadro. Trata-se de uma questão bastante subjetiva, que pode ser alcançada atra-
vés de nossas próprias e internas noções de equilíbrio, beleza e harmonia.
Figuea 9 – Upper Yosemite Falls, no Yosemite National Park. É a quarta cachoeira 
mais alta do mundo e uma das vistas mais belas para fotografar
Fonte: iStock/Getty Images
17
UNIDADE Equipamentos, Técnicas da Fotografia de Natureza 
e Principais Fotógrafos do Mundo e do País
Uma das grandes questões da fotografia de paisagem é conseguir manter a sen-
sação de profundidade na composição, que pode ser obtida mediante o cuidado 
com as seguintes ações:
• utilizar lentes grande-angulares com aberturas mínimas do diafragma, para 
que a nitidez ou profundidade de campo atinja todos os planos da cena;
O que é profundidade de campo em óptica: é um efeito que descreve até que ponto obje-
tos que estão mais ou menos perto do plano de foco aparentam estar nítidos. Este efeito é 
dado por um fenômeno ótico denominado de círculos de confusão, que aumentam progres-
sivamente conforme os objetos se afastam do plano de foco. Em uma imagem, quando os 
círculos de confusão se tornam maiores do que a acuidade visual humana, eles passam a dar 
a sensação de falta de nitidez que caracteriza os limites da profundidade de campo. 
Figura 10 – Macrofotografia da planta carnívora Drosera tentaculata. Esta imagem serve 
para exemplificar a profundidade de campo na fotografia, quando apenas a porção 
inferior da planta está focada e as demais partes da imagem não apresentam 
um grau de nitidez tão satisfatório em relação à parte em foco
Fonte: Wikimedia Commons
Ex
pl
or
Fonte: https://goo.gl/TMc8Wa
• promover uma composição em que os variados elementos da paisagem fi-
quem posicionados em diferentes planos, conferindo sempre destaque para 
algo no primeiro plano;
18
19
• destacar elementos da natureza para emoldurar a foto, usando, por exemplo, 
troncosde árvores, folhagens e arbustos nas margens do campo fotográfico - 
este recurso permite que nossa visão olhe para dentro da foto.
Figura 11 – Mesa de madeira sobre a paisagem de outono. A mesa e a imagem 
escura do tronco da árvore em primeiro plano ajudam a criar a sensação de 
profundidade, direcionando o olhar para o encontro das árvores com o rio
Fonte: iStock/Getty Images
Importante!
Você pode fazer do seu celular uma poderosa câmera fotográfi ca. Há disponíveis no 
mercado lentes grande-angulares, olho de peixe e teleobjetivas para câmeras de celular 
das marcas: Samsung Galaxy, Moto G, Iphone, Nokia Lumia.
Você Sabia?
Tripé
Recomenda-se sempre que necessário a utilização do tripé para fornecer fir-
meza e a estabilidade que não conseguimos obter com nossas mãos. Com o tripé, 
você irá percebe que a definição da foto ficará impecável e livre da mínima quan-
tidade de vibrações. Desta forma, a utilização do tripé permitirá exposições mais 
longas e aberturas mais fechadas sem, no entanto, precisar aumentar o valor do 
ISO da câmera.
19
UNIDADE Equipamentos, Técnicas da Fotografia de Natureza 
e Principais Fotógrafos do Mundo e do País
Flash
É indispensável a utilização de flash nas situações com pouca luz, como na foto-
grafia de animais em estúdio, fotos noturnas, macrofotografia e em ambientes de 
mata fechada. Geralmente, nestes casos utiliza-se o flash acoplado à câmera, no 
entanto o resultado em termos de qualidade de luz é pouquíssimo satisfatório, pois 
o fundo ficará muito escuro, há perdas de relevos e a cena toda ficará iluminada de 
maneira bastante artificial.
Neste caso a recomendação (COLOMBINI, 2009, p. 48) é que a luz do flash se 
assemelhe à luz natural, devendo recorrer ao uso de rebatedores, difusores, mais de 
um flash acoplado à máquina ou mesmo pode-se desconsiderar o flash e substituí-
-lo pela utilização do tripé.
Figura 12 – Corrupião de Baltimore, ou Oriole de Baltimore, é uma pequena ave reprodutora 
migratória em vôo. A utilização do flash é a única forma de conseguir paralisar o 
movimento das aves, principalmente em situações de pouca luz no ambiente
Fonte: iStock/Getty Images
Filtros
A utilização de diversos filtros de correção de cor foi substituída através da op-
ção do balanço de branco (white balance) que a câmera digital possui. No entan-
to, há ainda alguns filtros que podem ser considerados úteis e de uso frequente:
• Filtros coloridos – nas cores laranjas, azuis, sépias, podem ser utilizados para 
acentuar as cores de um pôr-do-sol.
• Filtros UV – são utilizados para proteger as lentes contra impactos, água e poeira.
• Filtros polarizadores – são utilizados para intensificar a tonalidade do céu, 
eliminar os reflexos da água, destacar as nuvens e as cores das águas.
20
21
Figura 13 – Jovem pulando o penhasco e mergulhando no mar azul. Observe como os 
fi ltros polizadores eliminam o refl exo da água e acentuam o tom azul do céu
Fonte: iStock/Getty Images
Lembre-se de que para a criatividade do ser humano não há limites. Portanto, invista 
sempre na sua formação: pesquise, leia sobre fotografi a e sobre temas que lhe interes-
sam, veja fi lmes e admire imagens. Invista em seu trabalho, buscando temáticas que não 
necessitem de grandes investimentos de viagem – explore suas ideias com criatividade e, 
assim, pouco a pouco, você terá um acervo fotográfi co como cartão de visitas para atuar 
no mercado. Não importa quão cara seja sua câmera, ainda é a sensibilidade e visão do 
fotógrafo que determinará quão admirável e encantadora será a sua foto.
Ex
pl
or
21
UNIDADE Equipamentos, Técnicas da Fotografia de Natureza 
e Principais Fotógrafos do Mundo e do País
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Fabio Colombini
https://goo.gl/kbZgRz
Afnatura
Associação dos Fotógrafos de Natureza.
https://goo.gl/9D38pu
 Livros
Terra Brasil
ALCÂNTARA, Araquém. Terra Brasil. São Paulo: Editora TerraBrasil, 2015.
 Filmes
Hero
“Hero” (Herói), longa-metragem dirigido por Zhang Yimou, China, 2002.
Lawrence of Arabia
“Lawrence of Arabia” (Lawrence da Arábia), longa-metragem britânico-estadunidense 
dirigido por David Lean, 1962.
Na natureza selvagem
“Na natureza selvagem”, longa-metragem com belas imagens do Alasca e de outros 
destinos dos EUA, dirigido por Sean Penn, 2007.
Out of Africa
“Out of Africa” (Entre dois amores), longa-metragem dirigido por Sydney Pollack, 
EUA, 1985.
Sen to Chihiro no Kamikakushi
“Sen to Chihiro no Kamikakushi” (A viagem de Chihiro), longa-metragem em ani-
mação dirigido por Hayao Miyazaki, Japão, 2001.
22
23
Referências
COLOMBINI, Fabio. Fotografia de natureza brasileira: guia prático. Santa 
Catarina: Editora Photos, 2009.
DE BOTTON, Alain; ARMSTRONG, John. Arte como terapia. Tradução de 
Denise Bottmann. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014.
HEDGECOE, John. O novo manual de fotografia: guia completo para todos os 
formatos. Tradução de Assef Nagib Kfouri e Alexandre Roberto de Carvalho. 4ª ed. 
São Paulo: Senac, 2013.
23

Mais conteúdos dessa disciplina