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Desenvolvimento emocional. Perspectiva freudiana.

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DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
A proposição mantida por alguns autores psicanalistas é que seja desvinculada a definição da noção de adolescência de qualquer delimitação do período de idade correspondente a ela.
Dispensa-se a cronologia como critério de definição desta noção
A adolescência passa a referir-se a um trabalho psíquico específico que pode ocorrer tanto aos 10 anos de idade como aos 20 ou aos 40, por exemplo.
A adolescência torna-se assim um conceito próprio ao trabalho no campo da psicanálise.
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
Adolescência como fase do desenvolvimento – tem um início biológico e um fim psicológico
O desenvolvimento é primariamente inconsciente e muito influenciado pela emoção.
O comportamento é apenas uma característica superficial.
Para compreender de fato o desenvolvimento, temos que analisar os significados simbólicos do comportamento e o funcionamento interior profundo da mente.
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
Para Freud a personalidade tem três estruturas: id, ego e superego.
O id é totalmente inconsciente e não tem relação direta com a realidade. 
À medida que as crianças experimentam as demandas e coações da realidade, o ego aflora. É ele que toma as decisões racionais.
O superego constitui o ramo moral da personalidade. 
Freud considerava a personalidade como um iceberg. A vida dos adolescentes é repleta de tensão e conflito. Para reduzir a tensão, os adolescentes mantêm informações trancadas no inconsciente.
Comportamentos triviais possuem significados especiais – uma contração, um rabisco, um sorriso...
O ego resolve o conflito entre suas demandas para a realidade, os desejos do id e as coações do superego pelo uso dos mecanismos de defesa – métodos inconscientes que o ego usa para distorcer a realidade e se proteger da ansiedade.
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
Facilidade ou dificuldade com que o adolescente passa por essa fase é determinada pelas experiências passadas e pela natureza dos conflitos intrapsíquicos que são revividos.
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
O papel da experiência infantil 
Infância – em condições favoráveis a criança renuncia à estreita relação erotizada com o genitor do sexo oposto e substitui por uma atitude de ternura e de afeto;
os desejos incetuosos são reprimidos;
rivalidade e ambivalência em relação ao genitor do mesmo sexo são substituídos pela identificação.
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
O papel da experiência infantil 
Latência – aparente resolução do conflito edípico e identificação com o genitor do mesmo sexo
equilíbrio a partir da aliança do Ego com o Superego, que controla e atenua os impulsos instintuais
parte da energia sexual é desviada para os impulsos agressivos, absorvida por eles e expressa através de competições socialmente aprovadas
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
O papel da experiência infantil 
A adolescência inicia a partir do encerramento do período de latência. De certa maneira, este período constitui-se como um tempo para compreender, em que a criança se apropria dos traços culturais com os quais ela contará quando da sua inserção no social. 
O início da adolescência será marcado pela necessidade de uma afirmação própria do sujeito, pela qual ele responderá ao apelo de deixar a latência e a inserir-se, a partir de uma posição sexuada, nos laços sociais.
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
Antecipação da puberdade – observação dos adolescentes e atitudes dos pais e da cultura.
Marcha para a puberdade – rápida, em segredo, explorações sexuais privadas, atividades e discussões em grupos (revistas, livros...), especulação em como serão as primeiras relações sexuais.
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
meninos – constrangimento em relações mais chegadas com as meninas, disfarce com comportamento arredio e agressivo
meninas – agressivas e não muito femininas; ressurge a inveja dos meninos; soluções – ser feminina ou não feminina
ambos os sexos – aumento da energia, aumento da atividade física pela ansiedade ligada à puberdade; aumento do apetite; luta entre o desejo da dependência e o anseio pela independência (desleixo, sujeira; rebeldia, desobediência)
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
Adolescência - Primeira fase : até os 16 anos
Aumentam as forças instintuais
Aparecem fortes impulsos eróticos e agressivos
O ego é constantemente ameaçado e, às vezes, vencido
Tentativa de equilíbrio e controle – gasto de energia em excesso , causando rigidez, perda da espontaneidade e inibição das faculdades intelectuais (fracasso escolar)
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
Adolescência - Segunda fase : a partir dos 16 anos
A balança do poder entre o ego e o id , pende para o Ego.
Maior estabilidade hormonal
Medo e Pânico diminuem à medida que o ego domina novos impulsos
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
Adolescência - Segunda fase : a partir dos 16 anos
Mudança no interesse amoroso– renúncia à intimidade com os pais e dependência e emoções sexuais dirigidas ao parceiro ou parceira
Ego – aumenta o uso de formas mais elevadas do pensamento abstrato- lida mais com os impulsos instintuais através das fantasias e pensamento do que atos impulsivos ou excessiva inibição
Sensibilidade para a razão, discussão , terapia ou análise
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
Característica única da adolescência em ambas as fases : alternância entre comportamento perturbado e período de relativa quietude (alternância entre a ascendência dos impulsos instintuais e do controle do ego e superego)
Fim da adolescência – quando o desequilíbrio é substituído por um equilíbrio razoável entre id, ego e superego.
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
Mecanismos de defesa psíquicos são a chave para a compreensão do ajustamento do adolescente.Os problemas do adolescente serão revelados na existência dos “objetos de amor” no passado do adolescente.
Os mecanismos de defesa é uma função do ego e é inconsciente.
Os mecanismos mais importantes:
Recalque
Sublimação
Negação
Projeção
Racionalização
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
Recalque: no curso do desenvolvimento, alguns componentes que tinham força excessiva na disposição passam pelo processo de recalcamento, em que não é equivalente a uma supressão. Nesse caso, as excitações correspondentes continuam a ser produzidas como antes, mas são impedidas por um obstáculo psíquico de atingir seu alvo e empurradas para muitos outros caminhos, até que se consigam expressar como sintomas. O resultado pode aproximar-se de uma vida sexual normal - restrita, na maioria das vezes -, mas complementada pela doença psiconeurótica.
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
Sublimação: as excitações hiperintensas provenientes das diversas fontes da sexualidade encontram escoamento e emprego em outros campos, de modo que de uma disposição em si perigosa resulta um aumento nada insignificante da eficiência psíquica. Aí encontramos uma das fontes da atividade artística, e, conforme tal sublimação seja mais ou menos completa, a análise caracterológica de pessoas altamente dotadas, sobretudo as de disposição artística, revela uma mescla, em diferentes proporções, de eficiência, perversão e neurose
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
Negação: é a tentativa de não aceitar na consciência algum fato que perturba o Ego. Capacidade de lembrar-se incorretamente de fatos é a forma de negação encontrada com maior frequência.
Projeção: O ato de atribuir a uma outra pessoa, animal ou objeto as qualidades, sentimentos ou intenções que se originam em si próprio. É um mecanismo de defesa através do qual os aspectos da personalidade de um indivíduo são deslocados de dentro deste para o meio externo. A ameaça é tratada como se fosse uma força externa.
O desenvolvimento
segundo a perspectiva freudiana
Racionalização: é o processo de achar motivos lógicos e racionais aceitáveis para pensamentos e ações inaceitáveis. É o processo através do qual uma pessoa apresenta uma explicação que é logicamente consistente ou eticamente aceitável para uma atitude, ação, ideia ou sentimento que causa angústia. Usa-se a Racionalização para justificar comportamentos quando, na realidade, as razões para esses atos não são recomendáveis. É um modo de aceitar a pressão do Superego, de disfarçar verdadeiros motivos, de tornar o inaceitável mais aceitável. Enquanto obstáculo ao crescimento, a Racionalização impede a pessoa de aceitar e de trabalhar com as forças motivadoras genuínas, apesar de menos recomendáveis.
O desenvolvimento segundo a perspectiva freudiana
Meios patológicos de viver a adolescência: 
viver a adolescência com um mínimo de conflito – rígida aliança entre o ego e o superego, muitas vezes sustentada por pais dominadores, dominando o id – não experimentam as mudanças construtivas – adultos na idade , imaturos na emoção
adolescência prolongada – os conflitos adolescentes persistem e se transformam em forma de vida
término da adolescência e estabelecimento de uma neurose, distúrbio de caráter ou quadro borderline – diminuição da flexibilidade, adaptabilidade e produtividade

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