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Memorex TSE (AJAJ) – Rodada 02 
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Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos 
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua 
aprovação. 
Você está tendo acesso agora à Rodada 02. As outras 04 rodadas serão 
disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo: 
 
Material Data 
Rodada 01 Disponível Imediatamente 
Rodada 02 Disponível Imediatamente 
Rodada 03 19/12/2022 
Rodada 04 26/12/2022 
Rodada 05 02/01/2023 
Rodada 06 09/01/2023 
 
Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS 
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra. 
 
Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois, 
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no 
resultado final. 
 
Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO. 
 
Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada 
uma das dicas. 
 
Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas 
para: atendimento@pensarconcursos.com 
 
 
 
 
 
 
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ÍNDICE 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4 
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 10 
REGIMENTO INTERNO DO TSE .................................................................................. 13 
NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES FEDERAIS ................................... 15 
DIREITO ELEITORAL ....................................................................................................... 19 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................................................................................ 31 
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 33 
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 40 
DIREITO CIVIL ................................................................................................................... 46 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL .................................................................................... 52 
DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................................................................... 57 
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 64 
PROCESSO PENAL ............................................................................................................. 69 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
DICA 01 
TIPOLOGIA TEXTUAL - TIPO EXPOSITIVO 
 O texto expositivo se estrutura assim: 
 Introdução: há a apresentação e contextualização do tema, com o relato do 
objetivo do texto. 
 Desenvolvimento: há uma explicação clara e objetiva do assunto. 
 Conclusão: o assunto é reafirmado, com um resumo dos conteúdos apontados 
durante o texto. 
DICA 02 
TIPO PREDITIVO E DIALOGAL 
 Tipo Preditivo: Como o próprio nome já diz, o tipo preditivo “prediz”, “diz antes”. 
Indica uma previsão ou informação sobre o futuro, antecipando os eventos que, de acordo 
com o enunciador, acontecerão. 
 Ex.: horóscopo e profecias. 
Por isso, é predominante o uso de verbos no futuro. Os interlocutores discordam, 
concordam, concluem, justificam e exemplificam suas conversas. 
 Tipo Dialogal: Como o próprio nome já diz, no tipo dialogal há um diálogo entre 
interlocutores. 
 Ex.: entrevista, conversa telefônica, chat do Instagram ou Facebook, conversa no 
Whatsapp. 
DICA 03 
TIPO ARGUMENTATIVO 
 Possui o objetivo de persuadir e convencer o leitor a concordar com a tese defendida. 
 Ex.: manifestos, abaixo-assinados, artigos de opiniões. 
A apresentação e defesa da tese são estruturadas por meio de uma introdução, 
desenvolvimento e conclusão. 
 Na introdução: Há a apresentação da tese que será defendida sobre o tema 
escolhido. A tese é apresentada de forma clara e objetiva, estando bem definida. Aqui, 
não é feita argumentação da tese. 
 No desenvolvimento: O autor explora todos os argumentos relacionados a sua tese, 
apresentando os pontos positivos e os pontos negativos do tema. Poderá focar em um 
argumento que queira sustentar. A linguagem precisa ser clara e coerente. Deve haver 
uma sequência lógica. Há o uso de dados estatísticos, fatos comprovados, alusões 
históricas... 
 Na conclusão: Há a retomada da tese inicial, a qual foi defendida pelos argumentos 
apresentados no desenvolvimento. Pode apresentar soluções viáveis ou de propostas de 
intervenção. 
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DICA 04 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 Conjunto de regras a fim de orientar a escrita em norma culta (correta, de acordo 
com os preceitos da Gramática Normativa). Pode ser dividida em três partes: 
 Ortografia I: Auxilia na grafia de muitas palavras que possuem fonemas que 
podem ser representados por mais de uma letra. 
 (revisar regras de usos do S, Z, SS, Ç; G ou J, x ou CH e E ou I). 
 Ortografia II: Orienta o emprego correto de palavras ou expressões em 
determinados contextos. 
 DICA VALIOSA: Revise o uso de mais/mas, onde/aonde, mau/mal, a/à/há, 
seção/sessão/ceção e uso dos porquês). 
 Ortografia III: Corresponde às regras de acentuação gráfica (que será abordada 
em uma seção individual neste material). 
DICA 05 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 Os usos mais cobrados em provas: 
EMPREGO DO SS EMPREGO DO S (som de 
z) 
EMPREGO DO Z 
Nos substantivos 
derivados de verbos que 
apresentam -mir, -der, -
dir e -tir: 
 
Ex.: exprimir – 
expressão, ceder – cessão, 
agredir – agressão, 
permitir – permissão. 
Gentílicos, títulos de 
nobreza e palavras 
derivadas de 
substantivos, com S. 
 
 Ex.: baronesa, princesa, 
inglesa. 
 
 Depois de ditongo, COM 
S. 
Ex.: causa, coisa, 
paisagem. 
Nos sufixos ez e eza em 
substantivos abstratos 
derivados de adjetivos, 
com Z. 
 Ex.: pobre- pobreza, 
belo- beleza. 
 OBS: Uma boa escrita e conhecimento de ortografia correta das palavras podem ser 
adquiridos naturalmente por meio do hábito da LEITURA, desse modo, o cérebro 
internaliza automaticamente a escrita correta. Por isso é importante ler constantemente. 
 
 
 
 
 
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DICA 06 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 Regrinhas que são mais cobradas: 
 O emprego dos PORQUÊS: 
POR QUE POR QUÊ PORQUE PORQUÊ 
Perguntas diretas 
ou indiretas 
(motivo ou razão). 
 
 Ex.: Por que 
(razão) você não 
veio? 
 
final de frases 
interrogativas. 
 
 Ex.: Você não 
veio por quê? 
 
Equivalede necessidade pública ou interesse social poderá ser feita por todos os 
entes federativos (União, Estados, DF e Municípios) e pelos Territórios. 
DICA 80 
DIREITO DE PROPRIEDADE 
Quem possui competência executória sobre desapropriação? 
Os entes federativos, os Territórios, concessionários e permissionários públicos! É 
importante destacar que essa competência é somente executória. 
 Pequena propriedade rural: Segundo o inciso XXVI, do artigo 5º, a pequena 
propriedade rural, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para 
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os 
meios de financiar o seu desenvolvimento. 
No caso de débitos estranhos à atividade produtiva, a pequena propriedade rural 
trabalhada pela família pode ser objeto de penhora. 
 Propriedade de bens incorpóreos: artigo 5º, incisos XXVII, XXVIII e XXIX. A CF/88 
tutela o direito de propriedade do autor sobre inventos, patentes e marcas. 
Para além de garantir o direito de propriedade do autor, é garantido também a 
transmissão desse direito a seus herdeiros. 
Aos autores de inventos industriais é garantido o privilégio temporário, tendo em 
vista o interesse social e desenvolvimento tecnológico e econômico do País. 
DICA 81 
DIREITO À INFORMAÇÃO 
Segundo o inciso XXXIII, do artigo 5º, todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão 
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 
É importante destacar que o direito à informação alcança todos os órgãos da 
Administração Pública, direta ou indireta. 
DICA 82 
ESPÉCIES E INDIVIDUALIZAÇÃO DAS PENAS 
O inciso XLVI, do artigo 5º, traz o princípio da individualização e espécies de penas, 
vejamos o dispositivo em questão: 
 a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
 privação ou restrição da liberdade; 
 perda de bens; 
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 multa; 
 prestação social alternativa; 
 suspensão ou interdição de direitos. 
É importante destacar esse rol trazido no inciso XLVI, do artigo 5º é meramente 
exemplificativo, podendo a lei criar novos tipos de penalidades. 
 Entretanto, alguns tipos de penas não podem ser criados por vedação expressa do 
inciso XLVII, também do artigo 5º, vejamos quais são: 
 IMPORTANTE! 
 De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
 De caráter perpétuo; 
 De trabalhos forçados; 
 De banimento; 
 Cruéis. 
DICA BÔNUS 
DIREITO DE PETIÇÃO E DIREITO À OBTENÇÃO DE CERTIDÕES 
 Segundo dispõe o artigo 5º, inciso XXXIV, a todos (brasileiros, estrangeiros ou pessoas 
jurídicas) são assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
 O direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou 
abuso de poder; 
 A obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimentos de situações de interesse pessoal. 
ATENÇÃO! 
Direito de petição: defesa de direitos e defesa contra ilegalidade ou abuso de poder; 
Direito à obtenção de certidões: defesa de direitos e o esclarecimento de situações 
de interesse pessoal. 
Diante da negativa da obtenção de certidão o remédio constitucional adequado para 
combater a lesão é o MANDADO DE SEGURANÇA, e não o habeas data. 
DICA BÔNUS 
PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO 
Segundo o inciso XXXV, do artigo 5º, a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário 
lesão ou ameaça a direito. 
É defeso ao legislador criar barreiras de acesso da população ao Judiciário, sob pena de 
violação da inafastabilidade da jurisdição. 
 OBS: Apesar da escrita da palavra nos levar a outro sentido, DEFESO, significa 
PROIBIDO! 
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No Brasil é adotado o Sistema Inglês de jurisdição “una”. Nesse sistema, somente o 
Poder Judiciário pode dizer o direito de forma definitiva, por meio da “coisa julgada 
material”. 
Cabe salientar que não existe a chamada “coisa julgada administrativa”, haja vista 
que até mesmo a decisão administrativa que não cabe mais recurso administrativo 
submete-se à análise do Poder Judiciário. 
 Existem alguns casos onde a jurisdição é condicionada, ou seja, somente é possível 
buscar o Poder Judiciário após o esgotamento da instância administrativas, quais sejam: 
 Habeas data; 
 Controvérsia desportiva; 
 Reclamação contra o descumprimento de Súmula Vinculante pela Administração 
Pública; 
 Requerimento de benefício previdenciário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO ADMINISTRATIVO 
DICA 83 
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (LEI Nº 8.429/1992 COM REDAÇÃO 
DADA PELA LEI Nº 14.230/2021) 
A todos os funcionários públicos impõe-se o dever de atuar de forma ética e com 
probidade. Trata-se de exigência compelida pelo princípio da moralidade, 
expressamente previsto no caput do artigo 37, da CF/88. 
Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, 
a perda da função pública, à indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao 
erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
 Segundo a Lei 8.429/92, serão considerados atos de improbidade administrativa os 
seguintes: 
 Os que importam enriquecimento ilícito; 
 Os que causam prejuízo ao erário; 
 Os decorrentes de concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou 
tributário; 
 Os que atentam contra os princípios da Administração Pública. 
DICA 84 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - DAS CONDUTAS DOLOSAS 
As condutas dolosas são as relacionadas com as três espécies de atos de improbidade, 
sendo elas, enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário e violação aos princípios da 
Administração Pública. 
 Enriquecimento ilícito: o agente público é quem recebe a vantagem indevida. 
 Prejuízo ao erário: um terceiro (que não o agente público) recebe a vantagem ou 
alguma norma prevista em lei ou regulamento não é observada. 
 Violação aos princípios: situações que não geram, por si só, vantagem indevida ao 
agente público ou a terceiros 
DICA 85 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA- INTRODUÇÃO 
Aos funcionários públicos impõe-se o dever de atuar de forma ética e proba. Trata-se 
de exigência intimamente ligada ao princípio da moralidade, expressamente previsto no 
caput, do artigo 37, da CF/88. 
O ato de improbidade administrativa sempre configura uma violação do princípio 
da moralidade, entretanto, nem sempre uma violação ao princípio da moralidade 
configura ato de improbidade. Assim, a doutrina alerta para não confundir princípio da 
moralidade com improbidade. 
Portanto, caso o agente deixe de atuar com a probidade exigida, dar-se-á lugar a 
improbidade administrativa. 
 
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DICA 86 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
Para a doutrinadora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, sempre que se verificar, em matéria 
administrativa, que o comportamento da Administração Pública ou do administrado que 
com ela se relaciona juridicamente, embora em consonância com a lei, ofender a 
moral, os bons costumes, asregras de boa administração, os princípios de justiça e de 
equidade, a ideia de honestidade, restará caracterizada a ofensa ao princípio da 
moralidade. 
Portanto, é plenamente possível que um ato legal (em consonância com a lei) seja 
imoral. 
É importante destacar que o processo judicial de apuração e as sanções por improbidade 
administrativa possuem natureza jurídica cível. Portanto, não cai na “pegadinha” das 
bancas de que o ato de improbidade administrativa é crime, pois não é! 
DICA 87 
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
Quando da prática de ato de improbidade administrativa, é possível a aplicação de 
demissão do servidor público em âmbito de processo administrativo disciplinar, 
sem prejuízo da ação civil pública por improbidade administrativa. 
O processo judicial de apuração e as sanções por improbidade administrativa possuem 
natureza jurídica cível. 
Destaca-se que a Ação Civil Pública (Lei nº. 7.347/85) é a ação adequada para a 
apuração dos atos de improbidade administrativa. 
Segundo o inciso VIII, do artigo 1º, regem-se pela Lei n. 7.347/85, as ações de 
responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados ao patrimônio público e social. 
DICA 88 
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
Segundo dispõe o artigo 37, parágrafo 4º, da CF/88, os atos de improbidade 
administrativa importarão: 
 Suspensão dos direitos políticos; 
 Perda da função pública; 
 Indisponibilidade dos bens; 
 Ressarcimento ao erário. 
ATENÇÃO! 
As bancas adoram confundir o candidato misturando a suspensão dos direitos políticos e 
perda da função pública. Não confunda, não se perde os direitos, mas sim a 
função!!! 
Todas essas sanções acima previstas não trazem prejuízo a eventual sanção penal, caso a 
conduta seja também tipificada na esfera penal. Trata-se de aplicação do princípio da 
incomunicabilidade de instâncias. 
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DICA 89 
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA PENAS APLICÁVEIS 
 Para facilitar, veja a tabela abaixo: 
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO PREJUÍZO AO ERÁRIO VIOLAÇÃO AOS 
PRINCÍPIOS 
Perda dos bens ou valores 
acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio 
Perda dos bens ou 
valores acrescidos 
ilicitamente ao 
patrimônio, se concorrer 
esta circunstância 
x 
Perda da função pública Perda da função pública x 
Suspensão dos direitos políticos 
até 14 anos 
Suspensão dos direitos 
políticos até 12 anos 
x 
Pagamento de multa civil 
equivalente ao valor do 
acréscimo patrimonial 
Pagamento de multa civil 
equivalente ao valor do 
dano 
Pagamento de multa civil 
de até 24 vezes o valor 
da remuneração 
percebida pelo agente 
Proibição de contratar com o 
poder público ou de receber 
benefícios ou incentivos fiscais 
ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por 
intermédio de pessoa jurídica 
da qual seja sócio majoritário, 
pelo prazo não superior a 14 
anos 
Proibição de contratar 
com o poder público ou 
de receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou 
creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que 
por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio 
majoritário, pelo prazo 
não superior a 12 anos 
Proibição de contratar 
com o poder público ou de 
receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou 
creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que 
por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio 
majoritário, pelo prazo 
não superior a 4 anos 
 VALE LEMBRAR! 
A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o 
trânsito em julgado da sentença condenatória. 
DICA 90 
LICITAÇÕES - PRINCÍPIOS 
A Lei n° 14.133/21 trouxe uma gama de novos princípios inexistentes na Lei n° 
8.666/93. 
 
 
 
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 Enquanto na antiga lei constam expressamente 12 princípios no Artigo 3º, o novo 
diploma legal positiva no Artigo 5º os seguintes princípios: 
LEGALIDADE IMPESSOALIDADE MORALIDADE 
Publicidade Eficiência Interesse público 
Probidade administrativa Igualdade Planejamento 
Transparência Eficácia Segregação de funções 
Motivação Vinculação ao edital Julgamento objetivo 
Segurança jurídica Razoabilidade Competitividade 
Proporcionalidade Celeridade Economicidade 
Desenvolvimento nacional 
sustentável 
Observância da LINDB 
DICA 91 
NOVOS PRINCÍPIOS 
 Vamos destacar alguns dos princípios novos: 
 Eficiência: impõe a necessidade de realizar as licitações com o menor dispêndio de 
energia e recursos possíveis e observar o melhor aproveitamento possível dos atos já 
realizados; 
 Planejamento: tem como objetivo realizar a correta identificação dos problemas a 
serem resolvidos; 
 Transparência: impõe que todos os atos da administração pública nos procedimentos 
licitatórios devem ser acessíveis ao público, órgãos de controle e aos licitantes; 
 Motivação: exposição correta dos fatos e justificativa legal do processo licitatório; 
 Segurança jurídica: três linhas de defesa para que o processo não cause danos a 
ninguém e respeite os direitos de todos. 
DICA 92 
DA PUBLICIDADE DOS ATOS PRATICADOS NO PROCESSO LICITATÓRIO 
Embora o Princípio da Publicidade esteja previsto no Artigo 5° como um dos norteadores 
da aplicação da Lei 14.133/21 existe a possibilidade da decretação de sigilo, como já 
mencionado, bem como, da possibilidade de publicidade diferida. 
 Possibilidade de sigilo: 
Os atos praticados no processo licitatório são públicos, ressalvadas as hipóteses de 
informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, na 
forma da Lei 14.133/21. 
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 Possibilidade de publicidade diferida: 
 A publicidade será diferida: 
→ quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura; 
→ quanto ao orçamento da Administração, nos termos do Artigo 24 da Lei 
14.133/21. 
Art. 24. Desde que justificado, o orçamento estimado da contratação PODERÁ ter 
caráter sigiloso, SEM prejuízo da divulgação do detalhamento dos quantitativos e das 
demais informações necessárias para a elaboração das propostas, e, nesse caso: 
I - O sigilo NÃO prevalecerá para os órgãos de controle interno e externo; 
Como visto, no primeiro caso o sigilo quanto ao conteúdo das propostas será suspenso 
após o marco de abertura das propostas, já no segundo caso o orçamento da 
Administração não será sigiloso para os órgãos de controle interno e externo. 
ATENÇÃO! 
O sigilo no orçamento da Administração citado acima não é absoluto, ele deve ser 
divulgado na abertura da sessão, porém essa previsão NÃO está expressamente 
descrita na Lei 14.133/21. Para efeitos do certame público o candidato deverá dar 
total prioridade ao que está literalmente positivado em lei. 
DICA BÔNUS 
MARGEM DE PREFERÊNCIA 
 No processo de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para: 
 bens manufaturados e serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras; 
 bens reciclados, recicláveis ou biodegradáveis, conforme regulamento. 
A MARGEM DE PREFERÊNCIA: 
será definida em decisão fundamentada do Poder Executivo federal, no caso do 
item 1 acima; 
poderá ser de até 10% (dez por cento) sobre o preço dos bens e serviços que NÃO se 
enquadrem no disposto nos itens 1 e 2 acima; 
poderá ser estendida a bens manufaturados e serviços originários de Estados Partes 
do Mercado Comum do Sul (Mercosul), desde que haja reciprocidade com o País 
prevista em acordo internacional aprovado pelo Congresso Nacional e ratificado pelo 
Presidente da República. 
poderáser de até 20% (vinte por cento) para os bens manufaturados nacionais e 
serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica no 
País, definidos conforme regulamento do Poder Executivo federal. 
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 NÃO se aplica aos bens manufaturados nacionais e aos serviços nacionais se a 
capacidade de produção desses bens ou de prestação desses serviços no País for 
inferior: 
 à quantidade a ser adquirida ou contratada; ou 
 aos quantitativos fixados em razão do parcelamento do objeto, quando for o caso. 
Os editais de licitação para a contratação de bens, serviços e obras poderão, 
mediante prévia justificativa da autoridade competente, exigir que o contratado promova, 
em favor de órgão ou entidade integrante da Administração Pública ou daqueles por ela 
indicados a partir de processo isonômico, medidas de compensação comercial, 
industrial ou tecnológica ou acesso a condições vantajosas de financiamento, 
cumulativamente ou não, na forma estabelecida pelo Poder Executivo federal. 
Será divulgada, em sítio eletrônico oficial, a cada exercício financeiro, a relação de 
empresas favorecidas em decorrência do disposto no art. 26 da Lei 14.133/21 (margem 
de preferência), com indicação do volume de recursos destinados a cada uma delas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO CIVIL 
DICA 93 
DOMICÍLIO 
Moradia ≠ Residência ≠ Domicílio 
A moradia é o local do repouso da pessoa (física), já quando se tem uma moradia 
estável, teremos uma residência, ou seja, a residência é tipo de moradia. Já o 
domicilio é o local em que a pessoa pode ser sujeito de direitos e deveres na ordem 
privada, ou seja, o domicilio não deve ser, necessariamente, a residência do sujeito. 
Qual o domicílio das pessoas sem moradia fixa (como por exemplo os artistas 
circenses)? Fala o art. 73 do CC/02 “Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não 
tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada”. Este domicílio se chama 
domicílio eventual. 
Lembrando que o ordenamento jurídico brasileiro não admite a inexistência de domicílio, 
sendo assim, todas as pessoas (físicas ou jurídicas) devem ter domicílio. 
 Domicílio contratual: Ele também é chamado de domicilio de eleição ou de 
convenção, está previsto no art. 78 do CC/02: 
Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem 
e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. Logo, a ideia do art. 327 do 
CC/02 (que define que o pagamento de uma obrigação deve ser feito no domicílio do 
devedor) é afastada aqui neste caso. O domicílio contratual é um tipo de domicílio 
voluntário. 
 Domicílio necessário ou legal: É o mais comum de cair em provas, o domicilio 
necessário é normatizado pelo Código Civil. 
PESSOAS QUE DEVEM TER DOMICÍLIO NECESSÁRIO 
PARA NÃO ESQUECER: SIM PM 
 Servidor público; 
 Incapaz 
 Marítimo; 
 Preso; 
 Militar. 
 
 IMPORTANTE: 
No caso do militar, quando o militar do Exército (ou seja, que atua em solo) é onde ele 
servir. 
 Ex.: Um soldado do Exército que serve na Amazônia tem como domicilio a Amazônia. 
Já no caso dos militares insulares (Aeronáutica e Marinha) o domicílio é na sede do 
Comando, pois estes militares muitas vezes estão em missão fora do solo. 
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 47 
 CUIDADO: O marítimo não é, necessariamente, só que trabalha no mar, mas pode ser 
também uma pessoa que trabalha embarcada em uma embarcação fluvial (de rio). 
Exemplo: Um condutor de balsa no Rio Amazonas. Neste caso, domicílio do marítimo será 
o local da matrícula da embarcação. Ou seja, o condutor de uma balsa no Rio Amazonas, 
cuja a balsa tenha matricula no Pará terá como domicilio o Pará. 
 IMPORTANTE: No caso do preso, o domicílio será o local em que ele cumpre a 
pena (não se aplica ao preso temporário, em flagrante, preso por alimentos ou preso por 
prisão preventiva). E no caso do preso que cumpre prisão domiciliar, a residência dele 
terá dois domicílios: O necessário e o voluntário. 
Existe um tipo de domicílio chamado diplomático (art. 77 CC/02), que é o tipo de 
domicílio que apenas agentes diplomáticos podem ter, e isso ocorre quando o agente 
diplomático é citado fora do brasil e alega que lá não é seu domicílio 
(extraterritorialidade), podendo ser citado no DF ou no último domicílio que ele teve no 
Brasil. 
DICA 94 
MORADA, RESIDÊNCIA E DOMICÍLIO 
 Morada: lugar temporário; 
 Residência: lugar habitual. A pessoa pode ter várias residências. 
 Domicílio: lugar com ânimo definitivo. Domicílio é a junção da residência 
(habitualidade) + ânimo definitivo de se estabelecer naquele local. 
ATENÇÃO! 
Se a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-
se-á seu domicílio qualquer daquelas residências. 
Art. 70, CC: O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua 
residência com ânimo definitivo. 
Art. 71, CC: Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, 
alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. 
DICA 95 
BENS CORPÓREOS E INCORPÓREOS 
 Os bens corpóreos são os que têm existência física, material e podem ser tangidos 
pelo homem, como uma casa, um automóvel... 
 Já os bens Incorpóreos são os que têm existência abstrata ou ideal, mas valor 
econômico, como o direito autoral. 
 Bens móveis → Se transmite a propriedade com a tradição. 
 Bens imóveis → Se transmite a propriedade com escritura pública e registro no 
Cartório de Registro de Imóveis (CC/02, arts. 108, 1.226 e 1.227). 
Os direitos reais sobre imóveis são considerados como bens imóveis. 
 Bens públicos não são passíveis de usucapião. 
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 48 
DICA 96 
BENS 
 Conceito de Bens: são coisas imateriais ou materiais que possuem valor econômico e 
podem ser objeto de uma relação jurídica. 
 Classificação dos Bens (os principais): infungíveis, fungíveis, móveis e imóveis. 
 Infungíveis: não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade. 
 Fungíveis: podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade. 
 Imóveis: REGRA – solo e aquilo que nele se incorporar, natural ou artificialmente. 
 Móveis: REGRA – suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força alheia, 
sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. 
 TOME NOTA! 
Consideram-se móveis para os efeitos legais, as energias que tenham valor 
econômico. 
 Veja como já foi cobrado em prova: 
QUESTÃO, 2019. 
A concessionária WYZ instalou algumas torres em imóvel concedido pelo Estado, as 
quais têm utilidade de transmitir energia para as residências de determinado bairro. 
A energia transmitida, segundo o que dispõe o Código Civil, é considerada 
a) bem móvel. 
b) bem dominical. 
c) bem acessório às torres. 
d) bem público de uso comum. 
e) bem imóvel. 
Gabarito: Letra a. 
DICA 97 
BENS 
 Classificação dos Bens (os principais): divisíveis, indivisíveis, singulares, coletivos, 
principais e acessórios. 
 Divisíveis: podem ser fracionados sem alteração na sua substância, diminuição 
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. 
 Indivisíveis: quando fracionados,perdem sua qualidade, sua essência. 
 Singulares: possuem existência independente e autônoma, em relação a outros 
bens. 
 Coletivos: reunião de bens singulares, que pode dar origem a um novo bem. 
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 49 
 Principais: são autônomos, pois não dependem de outros bens. 
 Acessórios: dependem do principal para a sua existência. 
 TOME NOTA! 
REGRA: o acessório segue o principal, exceto se houver previsão contratual diversa. 
DICA 98 
BENS 
 Benfeitorias: são obras realizadas pelo homem em um bem que existe, para fins de 
conservação, melhoria ou embelezamento. Exemplo: colocar uma piscina no pátio de 
casa é uma benfeitoria (voluptuária). 
 Espécies de Benfeitorias: 
 Voluptuárias: são voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o 
uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor (art. 
96, §1, CC). 
 Úteis: são úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem (art. 96, §2, CC). 
 Necessárias: são necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se 
deteriore (art. 93, §3, CC). 
ATENÇÃO! 
Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao 
bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor (art. 97, CC). 
DICA 99 
BEM DE FAMÍLIA 
O bem de família surgiu com o intuito de proteger a habitação da família, que é 
considerada pelo nosso ordenamento, como base da sociedade. 
SÚMULA 486 DO STJ 
É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a 
terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a 
subsistência ou a moradia da sua família. 
A dissolução da sociedade conjugal não extingue o bem de família. 
DICA 100 
BEM DE FAMÍLIA 
De acordo com a Lei nº 8.009/90, o imóvel residencial do próprio casal ou da entidade 
familiar é considerado um bem de família, não respondendo por qualquer tipo de 
dívida contraída pelos cônjuges, pais ou filhos, que sejam proprietários e nele residam. 
Há algumas exceções previstas em lei, como os créditos trabalhistas de 
trabalhadores da própria residência. 
 
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 50 
 TOME NOTA: 
 O bem de família pode ser classificado em duas espécies: 
 Bem de família voluntário – instituído por ato de vontade da entidade familiar, por 
meio da formalização do registro de imóveis, gerando dois efeitos: impenhorabilidade 
limitada e inalienabilidade relativa (arts. 1711 a 1717 do CC). 
 Bem de família legal – refere-se à impenhorabilidade legal do bem de família 
independentemente de inscrição voluntária em cartório (Lei nº 8.009/90). 
DICA 101 
BENS PÚBLICOS 
 A definição de Bens Públicos está expressamente prevista no artigo 98 do Código Civil, 
nos seguintes termos: 
Art. 98, CC. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas 
jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a 
pessoa a que pertencerem. 
 
 A supracitada definição corresponde aos bens de qualquer natureza, tais como: 
 imóveis; 
 móveis; 
 semoventes; 
 corpóreos; 
 incorpóreos; 
 créditos; 
 direitos; 
 ações. 
 Importante ressaltar que este conceito é ampliando pelo professor Celso Antônio 
Bandeira de Mello, pois, ele ainda inclui como bens públicos os que estejam afetados à 
prestação de um serviço público, ainda que seu proprietário possua personalidade 
jurídica de direito privado. 
A verdade é que há uma discordância sobre a conceituação de bens públicos, para boa 
parte dos estudiosos do Direito Civil trata-se de um conceito legal (artigo 98 do Código 
Civil), iniciado e findado no próprio texto de lei, já para os doutrinadores do Direito 
Administrativo, como visto acima, há uma tentativa de aproximação do regime jurídico 
dos bens públicos aos dos bens privados utilizados na prestação de serviços públicos. 
Seriam os bens públicos por equiparação. 
Visto isso, no momento de realização da prova do certame público, independente dessa 
divergência aconselha-se que o candidato opte sempre pelo conceito legal (artigo 
98 do Código Civil), caso a assertiva seja puramente sobre a conceituação do tema. 
 
 
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 51 
DICA 102 
BENS PÚBLICOS 
 São Bens Públicos (conforme o artigo 99 do Código Civil): 
os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou 
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os 
de suas autarquias; 
os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, 
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Titularidade dos bens: os bens públicos pertencem às pessoas jurídicas, e NÃO a 
órgãos públicos. 
Domínio público: é expressão que comporta vários sentidos. Pode se confundir com 
propriedade pública, pode alcançar os bens inapropriáveis e pode tratar de todo o poder 
do Estado sobre qualquer patrimônio. Nesse último sentido, o domínio público abrange 
não só os bens das pessoas jurídicas de Direito Público Interno, mas, também, os 
demais que, por sua utilidade coletiva, merecem a proteção do Direito Público, tais 
como as águas, as jazidas e as florestas. 
Domínio público eminente: é o poder político pelo qual o Estado submete à sua 
vontade todas as coisas de seu território. É manifestação da soberania sobre quaisquer 
bens, privados ou públicos. É um poder de dominação ou de regulamentação que o 
Estado exerce sobre todos os bens ou coisas inapropriáveis de seu território. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 52 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
DICA 103 
DA COMPETÊNCIA – COMPETÊNCIA INTERNA 
Em suma, a competência conceitua-se como sendo a capacidade de exercer a 
jurisdição. Lembre-se que a jurisdição, como parcela do Poder Estatal, é a capacidade 
genérica de dizer o direito de forma definitiva. Portanto, a competência retrata essa 
capacidade aplicada ao caso concreto. 
Ao passo que a Jurisdição é um poder nacional para dizer o direito, a competência é 
o exercício dessa jurisdição no caso concreto. Assim, enquanto todos os magistrados 
possuem jurisdição, apenas um deles será competente para resolver determinado caso. 
Art. 42. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua 
competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei; 
 É importante registrar que o CPC é diretamente aplicável às causas cíveis que 
tramitam perante a justiça comum, estadual ou federal e, aplica-se de forma subsidiária 
às causas que tramitam perante a justiça especializada, que envolve a justiça eleitoral, do 
trabalho e a militar. 
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da 
petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito 
ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a 
competência absoluta; 
No art. 43 temos a tratativa do momento em que é determinada a competência, ou seja, 
o exato instante em que a jurisdição brasileira deixa de ser genérica, para atribuir 
especificamente a competência a determinado magistrado. 
DICA 104 
CLASSIFICAÇÃODA COMPETÊNCIA 
 Vejamos algumas classificações de competência importante para sua prova: 
 Competência de Foro: O foro deve ser compreendido como o local em que o 
magistrado exerce sua competência; 
 Competência do Juízo: Uma vez definido o local, deve-se perquirir qual é o Juízo 
competente, ou seja, qual, entre os vários juízes do foro, é concretamente competente; 
 Competência Originária: Define o órgão jurisdicional para conhecer o processo pela 
primeira vez; 
 Competência Derivada: Estabelece a responsabilidade de julgar recursos a partir da 
decisão do órgão originariamente competente; 
 Competência Absoluta: Estabelece regras de competência a partir do interesse 
público; 
 Competência Relativa: Fixa regras de competência a partir do interesse particular. 
 
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 53 
DICA 105 
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 
Sabe-se que a competência é fixada no momento em que a petição inicial é registrada ou 
distribuída. 
Uma vez fixada, somente em situações excepcionais seria possível modificá-la. Dito de 
outro modo, em casos específicos admite-se que um determinado juízo, que não é 
originariamente competente, passe a ter competência para julgar aquela ação. 
 Logo, a modificação da competência poderá se dar em razão da: 
 Supressão do órgão judiciário; 
 Alteração da competência absoluta; 
 Conexão (art. 55 do CPC) e; 
 Continência (arts. 56 e 57, ambos do CPC); 
DICA 106 
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 
 Vejamos algumas formas de modificação da competência, as quais são de extrema 
relevância para a sua prova: 
 Supressão do Órgão Judiciário: é o que ocorre quando a lei de organização 
judiciária de determinado Estado decide pela agregação de determinada vara. De duas 
varas cíveis, decide-se reduzir para apenas uma. Se isso ocorrer, as ações ajuizadas 
perante a vara agregada passam automaticamente para a vara que se manteve. Há, 
portanto, modificação de competência já fixada; 
 Alteração da Competência Absoluta: é a hipótese de criação de varas 
especializadas em determinada Comarca. Isso fará com que os processos especializados 
sejam concentrados na nova Vara criada, que receberá os processos em cursos e 
remeterá os processos que não são da matéria específica às demais varas; 
Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela 
continência, observado o disposto nesta Seção; 
Não haverá modificação da competência por conexão ou continência se fixada em razão 
de regra absoluta; 
Na conexão e na continência ocorre uma identidade parcial dos elementos da ação. 
Se em determinado processo forem identificadas as mesmas partes, a mesma causa de 
pedir e o mesmo pedido haverá identidade na demanda (identidade total) e ocorrerá a 
litispendência, que leva à extinção do processo sem julgamento do mérito dos processos 
litispendentes; 
 Conexão ocorre quando forem comuns o pedido ou a causa de pedir. Contudo, para 
que seja verificada, não é necessário que haja correspondência exata desses elementos, 
interessando a identidade da relação material e a conveniência da reunião dos processos a 
serem julgados conjuntamente; 
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 54 
 A Continência, por sua vez, assemelha-se à litispendência, pela proximidade dos 
elementos da ação. Na continência, há identidade entre as partes e a causa de pedir, mas 
o pedido de uma é mais amplo que o da outra. 
DICA 107 
INCOMPETÊNCIA 
 Vejamos alguns dispositivos importantes para a sua prova: 
Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função 
é inderrogável por convenção das partes; 
 
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território; 
Logo, quando a competência for fixada a partir da matéria, da pessoa ou da função, trata-
se de critério absoluto, que não admite flexibilização por vontade das partes. 
Já, se a competência for fixada em razão do valor ou do território, como o foi em razão de 
interesses privados, haverá maleabilidade, ou seja, o critério é relativo. 
 PARA FIXAR: 
 Regras absolutas de competência são fixadas a partir: da matéria, da pessoa ou da 
função; 
 Regras relativas de competência são fixadas a partir: do território e do valor da 
causa; 
DICA 108 
COMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA 
 Há a competência absoluta e a relativa, vejamos alguns pontos importantes sobre 
cada uma: 
COMPETÊNCIA ABSOLUTA: 
→ Estabelece regras de competência a partir do interesse público; 
→ Pode ser reconhecida de ofício; 
→ Não pode ser alterada por vontade das partes; 
→ Não admite conexão e continência; 
→ Abrange as regras e a fixação das competências material, em razão da pessoa e 
funcional; 
→ Se a ação transitar em julgado é cabível a ação rescisória; 
→ Alteração superveniente da competência implica o deslocamento da causa para 
outro juízo. 
 
 
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 55 
COMPETÊNCIA RELATIVA: 
→ Fixa regras de competência a partir do interesse Particular; 
→ Não pode ser reconhecida de ofício; 
→ As partes têm a prerrogativa de eleger o foro; 
→ Admite conexão e continência; 
→ Não cabe ação rescisória, pois há prorrogação da competência; 
→ Mudança superveniente de competência relativa não produz efeitos. 
DICA 109 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA 
O conflito de competência envolve o fato de dois ou mais juízes se darem por 
competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito negativo) para o julgamento 
da mesma causa ou de mais uma causa. 
 Importante destacar que não há conflito de competência se, entre os juízes, houver 
diferença hierárquica. 
Art. 66. Há conflito de competência quando: 
I. 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes; 
II. 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a 
competência; 
III. entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de 
processos. 
Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o 
conflito, salvo se a atribuir a outro juízo. 
DICA 110 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA 
Importante registrar que o julgamento do conflito de competência se dá pela autoridade 
judiciária superior aos dois ou mais juízes conflitantes e, pelas regras do CPC, será sempre 
um tribunal; 
 Ex.: Se o conflito for entre dois juízes do mesmo estado → competência do TJ; 
Se o conflito for entre dois juízes Federais do mesmo TRF → competência do TRF; 
Se o conflito for entre juízes estaduais de Estados distintos → competência do STJ; 
Se o conflito for entre juízes federais de Estados distintos → competência do STJ; 
Se for conflito entre juiz estadual e juiz federal → competência do STJ; 
 
 
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 56 
DICA 111 
COOPERAÇÃO NACIONAL 
A cooperação decorre da ausência de competência do juízo responsável pela causa. 
Nesses casos a transposição dessa dificuldade pode requerer solicitação de auxílio ao juízo 
que detém competência efetiva. 
O CPC prevê que os órgãos jurisdicionais devem atuar em cooperação recíproca na 
condução da atividade jurisdicional, independentemente da instância ou se justiça 
estadual ou federal. 
Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, especializado ou comum, 
em todas as instâncias e graus de jurisdição, inclusive aos tribunais superiores,incumbe o dever de recíproca cooperação, por meio de seus magistrados e servidores; 
 
Art. 68. Os juízos poderão formular entre si pedido de cooperação para prática de 
qualquer ato processual. 
DICA 112 
COOPERAÇÃO NACIONAL 
 É importante destacar o art. 69 do CPC, vejamos: 
Art. 69. O pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente atendido, prescinde 
de forma específica e pode ser executado como: 
I - auxílio direto; 
II - reunião ou apensamento de processos; 
III - prestação de informações; 
IV - atos concertados entre os juízes cooperantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 57 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
DICA 113 
TAXAS 
As taxas (art. 145, II, da CF e art. 77 do CTN) são tributos vinculados cobrados com o 
intuito de remunerar atividades estatais específicas relativas ao contribuinte. O fato 
gerador da taxa está vinculado a uma atividade estatal relacionada ao contribuinte. 
 IMPORTANTE: 
As taxas são criadas e disciplinadas sempre por meio de lei ordinária editada pela 
entidade federativa competente para sua instituição. Em âmbito federal, admite-se 
também a criação de taxa via medida provisória, na medida que as MPs têm a mesma 
potencialidade jurídica das leis ordinárias. 
DICA 114 
TAXAS DE SERVIÇO 
As taxas de serviço são cobradas quando o Estado presta ao contribuinte, ou disponibiliza, 
um serviço público específico e divisível uti singuli. As chamadas taxas de serviço são 
arrecadadas para que o contribuinte beneficiado retribua o custo da prestação. Todavia, a 
Constituição Federal e o CTN não permitem a cobrança de taxa para remunerar todo e 
qualquer serviço público. Exige-se que o serviço seja “específico e divisível”, conforme 
afirma o art. 145, II, da CF/88. 
DICA 115 
EXEMPLOS DE TAXAS DE SERVIÇO 
 São exemplos de taxas de serviço atualmente cobradas no Brasil: 
→ taxa de fornecimento de água; 
→ taxa judiciária; 
→ emolumentos pagos aos cartórios extrajudiciais; 
→ pedágio em rodovia explorada diretamente pelo Poder Público; 
→ taxa do lixo. 
 IMPORTANTE: Os emolumentos cobrados pelos serviços notariais e de registro têm 
natureza de taxa. 
DICA 116 
TAXAS DE POLÍCIA 
 As taxas de polícia são cobradas para remunerar o exercício efetivo do poder de polícia 
pelo Estado. São exemplos de taxas de polícia: 
 taxa de fiscalização ambiental 
 taxa de licenciamento de veículo; 
 taxa de licenciamento de elevadores; 
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 58 
 taxa para obtenção de alvarás; 
 taxa para expedição de certidões e atestados; 
 taxa para expedição de passaporte; 
 taxa para renovação da licença de funcionamento do estabelecimento comercial. 
DICA 117 
STF VALIDA CRIAÇÃO DE TAXAS DE FISCALIZAÇÃO DA MINERAÇÃO POR LEIS 
ESTADUAIS 
 NOVIDADE QUENTINHA PARA VOCÊ: 
O STF recentemente validou a criação de taxas de fiscalização da mineração por leis 
estaduais. A Corte entendeu que os tributos são proporcionais ao faturamento das 
mineradoras, ao grau de poluição potencial ou à utilização de recursos naturais. 
Os estados de Minas Gerais, Pará e Amapá e a Assembleia Legislativa dos estados 
defenderam a constitucionalidade da taxa. Para eles, o artigo 23, XI, da CF/88 afirma que 
é competência comum da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios 
registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de 
recursos hídricos e minerais em seus territórios. 
DICA 118 
TAXA SELIC 
A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política 
monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas 
as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e 
das aplicações financeiras. 
A taxa Selic refere-se à taxa de juros apurada nas operações de empréstimos de um dia 
entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia. O BC 
opera no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva esteja em linha com a 
meta da Selic definida na reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom). 
 Origem da Taxa Selic: O nome da taxa Selic vem da sigla do Sistema Especial de 
Liquidação e de Custódia. Tal sistema é uma infraestrutura do mercado financeiro 
administrada pelo BC. Nele são transacionados títulos públicos federais. A taxa média 
ajustada dos financiamentos diários apurados nesse sistema corresponde à taxa Selic. 
 Um exemplo da aplicação desta taxa: Quando a Taxa Selic sobe, os juros cobrados 
nos financiamentos, empréstimos e cartões de crédito ficam mais altos. 
DICA 119 
IMPOSTOS 
 Segundo o art. 16 do CTN: 
art. 16 do CTN “imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. 
 
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 59 
Ao contrário das taxas e contribuições de melhoria, que remuneram atuações do Estado, 
os impostos não possuem um caráter retributivo, e sim contributivo, sendo utilizados para 
obter recursos voltados ao custeio de serviços públicos uti universi e outras despesas 
estatais gerais. 
DICA 120 
COMPETÊNCIA PARA CRIAR OS IMPOSTOS 
A competência para a instituição dos impostos é atribuída em caráter privativo a cada 
uma das entidades federativas, segundo as regras dos artigos 153, 155 e 156 da CF/88. 
A natureza privativa é marcada também pela chamada indelegabilidade, impedindo 
que uma pessoa política faça a transferência a qualquer outra entidade da competência 
para instituir impostos, segundo o disposto art. 7º do Código Tributário Nacional. 
 Recomendamos também a leitura do artigo seguinte: 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os 
seguintes tributos: 
I — impostos; (...) 
DICA 121 
IMPOSTOS RESIDUAIS 
 Conforme normatiza o art. 154, I, da CF/88: 
Art. 154, I, da CF/88: A União poderá instituir: 
I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que 
sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos 
discriminados nesta Constituição. 
Trata-se da chamada competência impositiva residual, ou seja, da competência para a 
instituição de novos impostos ainda não previstos entre os atualmente atribuídos pela 
CF/88 às entidades federativas. 
 Sendo assim, a criação de novos impostos deverá observar as seguintes regras: 
 Instituição pela União; 
 Por meio de lei complementar (sendo vedada edição de medida provisória com esse 
fim); 
 Devem ser não cumulativos; 
 Não podem bitributar (é proibido que tenham base de cálculo ou fato gerador de 
impostos já existentes). 
 Importante destacar que as regras para criação de novos impostos são dirigidas ao 
legislador, não se aplicando a tributos criados pelo poder constituinte derivado (STF, 
ADIn 936/DF). Sendo assim, a não cumulatividade e a proibição de bis in idem deixam 
de ser observadas quando a criação do imposto ocorrer por meio de emenda 
constitucional. 
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 60 
DICA 122 
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 Não são sinônimos, são institutos diferentes, conforme podemos ver a seguir: 
 Competência Legislativa: É o poder de instituir tributo. 
 CompetênciaTributária: É a competência para legislar sobre o Direito Tributário. 
 O que é competência cumulativa? 
A competência cumulativa ou múltipla (art. 147 da CF) diz respeito ao poder legiferante 
de instituição de impostos pela União, nos Territórios Federais, e pelo Distrito Federal, 
em sua base territorial. O dispositivo faz menção tão somente a impostos, porém é 
comando plenamente aplicável às demais espécies tributárias. 
Dessa maneira, a União pode instituir os impostos federais e estaduais nos Territórios em 
qualquer caso. Os impostos municipais, por seu turno, serão de competência da União, 
respeitada a inexistência de municípios no Território. Por outro lado, se nos Territórios 
houver municípios, serão de responsabilidade dos próprios municípios os impostos 
municipais respectivos. Quanto ao Distrito Federal, o art. 147 da CF, em sua parte final, 
dispõe que a ele competem os impostos municipais. Sendo assim, competem ao Distrito 
Federal os impostos municipais e os estaduais (art. 155, caput, da CF), uma vez que o 
Distrito Federal não pode ser dividido em municípios (art. 32 da CF). 
DICA 123 
IMPOSTO DE RENDA- INTRODUÇÃO 
Normatiza o art. 153, III, da CF que compete à União instituir Imposto sobre a Renda e 
proventos de qualquer natureza. Atualmente, o Imposto de Renda rege-se pelas Leis nº 
8.034/90, 8.166/91, 8.848/94, 8.849/94, 8.981/95, 9.316/96, 9.430/96, 9.532/97 e 
especialmente pelo Decreto nº 3.000/99 (Regulamento do Imposto de Renda – RIR). 
A função do Imposto sobre a Renda é fiscal, isto é, meramente arrecadatória, na medida 
em que finalidade precípua que justifica sua cobrança consiste na pura obtenção de 
recursos para custeio dos gastos gerais do Estado. 
O fato gerador do IR é “a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica”. Em 
resumo: O fato gerador do Imposto de Renda é qualquer acréscimo patrimonial observado 
em determinado período de tempo. 
 A venda não lucrativa de um bem gera a incidência de imposto de renda? 
Não, como o fato gerador do Imposto de Renda é o acréscimo patrimonial, não há falar-
se em incidência do imposto se, pela venda não lucrativa de um bem, o contribuinte 
apenas substituiu o patrimônio imobilizado por dinheiro. 
DICA 124 
IMPOSTO DE RENDA E PATRIMÔNIO 
Patrimônio o conjunto de direitos e obrigações de titularidade de uma pessoa, formado 
pelos seus direitos reais ( ex.: propriedade), direitos pessoais ( ex.: os direitos de 
crédito) e os direitos intelectuais ( ex.: direito autoral, de imagem). 
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 61 
 Sobre o imposto de renda e ações: O STJ manteve o imposto de renda sobre 
vendas de ações por herdeiros, negando assim a isenção de imposto de renda a herdeiros 
sobre ganhos obtidos em vendas de ações do titular. 
DICA 125 
IMPOSTO DE RENDA- CONTRIBUINTES 
São contribuintes do Imposto de Renda todas as pessoas físicas ou jurídicas sujeitas a 
acréscimo patrimonial. Nesse sentido, normatiza o art. 45 do CTN: 
Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 
43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens 
produtores de renda ou dos proventos tributáveis. 
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos 
tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe 
caibam. 
 Pessoa Física: Na tributação de pessoas físicas, a lei elegeu a disponibilidade 
econômica como fato gerador e não a jurídica. Para que o trabalhador pague IR sobre 
salário, não basta ter trabalhado e a ele ter direito, é necessário efetivamente ter 
recebido. Seria absurdo, por exemplo, o trabalhador não receber e ainda pagar IR. 
 Pessoa Jurídica: Não é preciso que uma empresa receba o preço de uma venda para 
que seu valor integre a renda tributável. Neste caso, não houve ainda a disponibilidade 
econômica, mas ele já conta com a disponibilidade jurídica. Pagará o IR, mesmo que o 
comprado fosse inadimplente, sendo necessário para se evitar fraudes. 
 OBS.: Valores recebidos à título de indenização não sofrem incidência do Imposto de 
Renda. 
 Ex.: Férias remuneradas, 1/3 de férias, indenização por danos morais e etc. 
DICA 126 
SÚMULAS IMPORTANTES SOBRE IR – STJ 
 SÚMULA 125, STJ: 
O pagamento de férias não gozadas por necessidade do serviço não está sujeito à 
incidência do imposto de renda. 
 
 SÚMULA 136, STJ: 
O pagamento de licença-prêmio não gozada por necessidade do serviço não está sujeito 
ao imposto de renda. 
 
 
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 62 
 SÚMULA 262, STJ: 
Incide o imposto de renda sobre o resultado das aplicações financeiras realizadas pelas 
cooperativas. 
 
SÚMULA 394, STJ: 
É admissível, em embargos à execução, compensar os valores de imposto de renda 
retidos indevidamente na fonte com os valores restituídos apurados na declaração 
anual. 
 
 SÚMULA 447, STJ: 
Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto 
de renda retido na fonte proposta por seus servidores. 
 
 SÚMULA 463, STJ: 
Incide imposto de renda sobre os valores percebidos a título de indenização por horas 
extraordinárias trabalhadas, ainda que decorrentes de acordo coletivo. 
 
 SÚMULA 498, STJ: 
Não incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais. 
DICA 127 
SÚMULAS IMPORTANTES SOBRE IR- STF 
 SÚMULA 586, STF 
Incide Imposto de Renda sobre os juros remetidos para o exterior, com base em contrato 
de mútuo. 
 
SÚMULA 587, STF 
Incide Imposto de Renda sobre o pagamento de serviços técnicos contratados no exterior 
e prestados no Brasil. 
 
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 63 
DICA BÔNUS 
NÃO HÁ INCIDÊNCIA DE IMPOSTO DE RENDA SOBRE JUROS DE MORA NO 
PAGAMENTO DE VERBA ALIMENTAR A PESSOA FÍSICA 
A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) fixou 3 novas teses de direito 
tributário, com a finalidade de compatibilizar entendimentos anteriores do colegiado – 
firmados em repetitivos e outros precedentes – com a decisão do Supremo Tribunal 
Federal (STF) no Tema 808 da repercussão geral, segundo a qual "não incide Imposto de 
Renda (IR) sobre os juros de mora devidos pelo atraso no pagamento de remuneração por 
exercício de emprego, cargo ou função". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 64 
DIREITO PENAL 
DICA 128 
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO - PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO 
 A pena cumprida no estrangeiro influencia na condenação brasileira pelo mesmo crime 
da seguinte forma: 
 Quando as penas são diversas, atenua a pena imposta no Brasil; 
 Quando são idênticas nela é computada; 
DICA 129 
EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA 
 Se a lei brasileira e estrangeira produz as MESMAS consequências, a sentença 
estrangeira poderá ser homologada para: 
 obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis (aqui 
depende de pedido da parte interessada); 
 sujeitá-lo a medida de segurança (deve haver tratado de extradição ou requisição do 
Ministro da Justiça). 
DICA 130 
CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS 
 Sintetizando: 
 
 
 
 
INFRAÇÕES 
PENAIS
CRIMES
RECLUSÃO
DETENÇÃO
CONTRAVENÇÕES 
("crime anão")
PRISÃO SIMPLES
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 65 
 CRIME CONTRAVENÇÃO 
PENA MÁXIMA 40 anos 5 anos 
PENA reclusão ou detenção prisão simples 
MULTA 
NÃO PODE ser aplicada 
isoladamente 
PODE ser aplicada 
isoladamente 
TENTATIVA Cabe NÃO cabe 
AÇÃO PENAL 
Todas APENAS pública 
incondicionada 
DICA 131 
CRIME E CONTRAVENÇÃO 
 CRIME: 
 Infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou detenção; 
 Previsto no código penal e legislação extravagante; 
 Pena de multa não pode ser aplicada isoladamente; 
 É possível a tentativa; 
 Todos os tipos de ação penal. 
 
 CONTRAVENÇÃO: 
 Infração penal a que a lei comina pena de prisão simples; 
 Lei das Contravenções Penais (Dec-Lei nº 3.688/41); 
 Pena de multa pode ser aplicada isoladamente; 
 Não cabe tentativa; 
 Somente ação penal pública incondicionada. 
DICA 132 
TEORIA GERAL DO CRIME 
 Conceito tripartido de crime: O conceito de crime adotado no Brasil é dividido em 
três elementos: 
 Fato típico; 
 Ilicitude ou antijuridicidade; 
 Culpabilidade; 
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 66 
A teoria adotada é a finalista, pois a conduta do agente deve ser dirigida a um fim 
(DOLO ou CULPA). 
ATENÇÃO! 
 A punibilidade não integra o conceito de crime, pois é apenas pressuposto para 
aplicação da pena. 
DICA 133 
FATO TÍPICO 
 O fato típico é composto por: 
 Conduta: ação ou omissão (dolosa ou culposa) 
 Resultado: jurídico ou naturalístico 
 Nexo de causalidade: relação de causa + consequência entre ação/omissão e 
resultado; 
 Tipicidade (adequação formal e material à lei) 
 MACETE: CRENTI 
C CONDUTA 
R 
RESULTADO 
E 
N NEXO CAUSAL 
T 
TIPICIDADE 
I 
DICA 134 
EXCLUDENTES DO FATO TÍPICO 
 Caso fortuito; 
 Coação física irresistível; (é diferente de coação moral irresistível, que é excludente de 
culpabilidade); 
 Estado de inconsciência; 
 Erro de tipo inevitável (escusável ou desculpável); 
 Movimentos reflexos; 
 Princípio da Insignificância. 
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 67 
DICA 135 
DOLO 
 Conceito: Consiste na vontade de concretizar os elementos objetivos do tipo. 
Considera-se o crime doloso, quando o agente quis o resultado (teoria da vontade - 
dolo direto) ou assumiu o risco de produzi-lo (teoria do consentimento - dolo 
eventual) 
 Teorias do dolo: 
 Teoria da representação ou possibilidade: dolo é o ato de prever o resultado. 
 Teoria do consentimento (assentimento): dolo é consentir com a produção do 
resultado 
 Teoria da vontade: dolo é querer o resultado 
DICA 136 
ABRANGÊNCIA DO DOLO (DIRETO) 
 O agente quis o resultado pretendido (dolo de 1° grau) 
 Abrange os meios escolhidos (dolo de 1° grau) 
 Ex.: veneno, arma, etc. 
 
 Consequências secundárias (dolo de 2° grau) 
 Ex.: sujeito atira no coração de irmãos grudados. 
 Ex.: Pablo Escobar quando colocou uma bomba no avião para matar um sujeito. Neste 
caso, Escobar responderá por dolo direito. 
ESPÉCIES DE DOLO: 
DOLO DIRETO: DOLO INDIRETO: 
Dolo de 1° grau: resultado pretendido e 
os meios escolhidos. 
Dolo de 2° grau: consequências 
necessárias inerentes aos meios 
escolhidos. 
 
Eventual: agente assumiu o risco de 
produzir o resultado 
Alternativo: o agente prevê a pluralidade 
de resultados e dirige sua conduta na 
busca de realizar qualquer um deles 
indistintamente. 
 Ex.: o agente quer praticar lesão 
corporal ou homicídio indistintamente. O 
agente tem a mesma vontade de um ou 
de outro. 
 
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 68 
DICA 137 
CULPA 
 Excepcionalidade do Crime Culposo: Como regra, apenas se pune a conduta a título 
de dolo, salvo quando a lei expressamente tipificar a forma culposa. 
 Conceito: Imprudência, negligência ou imperícia (modalidades de culpa). 
Imprudência: culpa que se manifesta de forma ativa, por meio de um ato 
descuidado, distração. 
Imprudência “vem a ser uma atitude positiva, um agir sem a cautela, a atenção 
necessária, com precipitação, afoitamento ou inconsideração. É a conduta arriscada, 
perigosa, impulsiva”. 
Negligência: culpa que se manifesta de forma omissiva. Deixar de adotar alguma 
cautela, medida de precaução. Desleixo, a desatenção ou a displicência. 
Negligência como “a inatividade (forma omissiva), a inércia do agente que, podendo 
agir para não causar ou evitar o resultado lesivo, não o faz por preguiça, desleixo, 
desatenção ou displicência”. 
Imperícia: culpa que se manifesta no desempenho de uma profissão. 
 LEMBRE-SE: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TOME NOTA: É necessário no crime culposo, além do dever objetivo de cuidado 
(imprudência, negligência e imperícia), os seguintes elementos: 
 Conduta voluntária; 
 Resultado Involuntário (mas previsível); 
 Nexo Causal e Tipicidade; 
 Previsibilidade objetiva (padrão mediano); 
 Ausência de Previsão; 
 Ausente esses elementos, o fato será atípico. 
 
IMPRUDÊNCIA Atuação positiva – agir sem cautela 
NEGLIGÊNCIA Forma omissiva – deixa de adotar alguma cautela 
IMPERÍCIA Culpa - profissão 
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 69 
PROCESSO PENAL 
 
DICA 138 
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO INDISPONÍVEL 
O Delegado NUNCA poderá arquivar o inquérito policial. Toda investigação iniciada deve 
ser concluída e encaminhada a autoridade competente. 
 MEMORIZE! 
 
 
 
DICA 139 
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO DISPENSÁVEL 
A deflagração do processo independe da prévia elaboração do inquérito policial (posição 
majoritária) 
 FIQUE ATENTO (A)! Inquérito indispensável (posição minoritária). 
Para Henrique Hoffmann, em posição minoritária, o inquérito é indispensável para a 
deflagração do processo; afinal, é possível que o inquérito seja a fonte de fornecimento de 
justa causa para o ajuizamento da ação penal. 
DICA 140 
INQUÉRITO POLICIAL CONTRA POLICIAIS PELO USO DAS FORÇAS LETAIS 
 INOVAÇÃO IMPORTANTE TRAZIDA PELO PACOTE ANTICRIME! 
Em regra geral, não se observa o contraditório pleno e efetivo no inquérito policial, dada a 
sua estrutura inquisitorial e sigilosa. Mas os advogados possuem acesso às diligências que 
já tiverem sido documentadas, conforme súmula vinculante n. 14. 
Uma novidade trazida pelo Pacote Anticrime e que de certa forma excepciona essa 
restrição ao contraditório no âmbito do inquérito policial está prevista no art. 14-A do CPP. 
No caso em que os policiais forem investigados por algum fato relacionado ao uso da 
força letal (ex.: arma de fogo), praticados no exercício profissional. O policial investigado 
deverá ser citado sobre a instauração do inquérito, podendo constituir defensor no 
prazo de 48 horas, contados do recebimento da citação. 
Se o prazo de 48 horas acabar sem que o policial tenha constituído advogado, deverá ser 
intimado a instituição a que estava vinculado na época dos fatos para que, no 
prazo de 48 horas, indique algum defensor para a representação do investigado. 
A previsão de citação do investigado acerca da instauração do inquérito é uma novidade, e 
que só existe nos crimes em que os policiais forem investigados pelo uso das forças letais. 
É uma novidade que de certa forma “fortalece” o contraditório,mesmo em sede de 
investigação criminal! 
 
 
 
DELEGADO JAMAIS PODERÁ ARQUIVAR O INQUÉRITO 
POLICIAL 
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 70 
DICA 141 
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL 
Não deixe de fazer a redação literal do art. 155 do CPP!! 
FORÇA PROBATÓRIA DO INQUÉRITO POLICIAL (ARTIGO 155, CPP) 
ELEMENTOS DE 
INFORMAÇÃO 
São colhidos no inquérito policial, sem 
a observância do contraditório. 
Sozinhas, NÃO podem 
embasar a 
condenação. 
PROVAS 
São aquelas produzidas sob o 
contraditório judicial, durante a 
instrução criminal. 
São elas que servem 
para embasar a 
condenação. 
ELEMENTOS 
MIGRATÓRIOS 
São elementos que, embora colhidos 
durante o inquérito policial, podem 
servir para embasar a condenação. 
São eles: 
provas cautelares; 
provas não 
repetíveis; 
provas antecipadas. 
Somente será considerado prova no âmbito do processo penal aquela submetida ao 
contraditório judicial, ou seja, aquela colhida durante a instrução processual penal (fase 
processual), em que seja dada oportunidade para a parte acusada se manifestar 
previamente, participando ativamente da sua colheita. 
No âmbito do inquérito policial, isso não ocorre. O Inquérito Policial é um 
procedimento sigiloso, em que não se observa o contraditório prévio. A parte 
investigada não participa das investigações, não participa da colheita da prova. 
Quando o juiz for analisar se condena ou não o acusado, ele deverá observar as provas 
produzidas em contraditório judicial. Ele não poderá, como regra, fundamentar a sua 
condenação exclusivamente nos elementos informativos colhidos durante a investigação. 
Na verdade, esses elementos colhidos pela entidade responsável, durante o inquérito 
policial, tecnicamente sequer são chamados de provas, mas sim elementos de 
informação. Isso porque tais elementos não se prestam como provas, mas sim como 
elemento para que o Ministério Público faça a acusação, bem como para direcionar os 
rumos da instrução criminal, na fase processual. 
Mas, existem algumas exceções, isso porque muitas vezes os elementos de informação 
colhidos na delegacia não poderão ser repetidos durante a instrução criminal, seja 
porque às vezes os vestígios desaparecem, ou ainda porque a testemunha que prestou o 
depoimento morreu, etc. 
É por isso que a lei ressalva as provas cautelares, não repetíveis e as antecipadas. 
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 71 
Essas provas cautelares, não repetíveis e antecipadas são chamadas de elementos 
migratórios. Recebem esse nome porque, embora colhidas durante o inquérito policial, 
elas podem, sozinhas, embasar a condenação do juiz. 
Prova irrepetível, por exemplo, é aquela que simplesmente desapareceu, como a 
constatação da embriaguez, a constatação dos hematomas de uma mulher agredida, etc. 
Já Prova cautelar são aquelas pautadas pela necessidade e urgência, como o caso de 
uma interceptação telefônica. Não há como o juiz repetir essa prova, concordam? 
DICA 142 
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL - RÉU PRESO 
 IMPORTANTE!!!! 
A duração do inquérito variará de acordo com o réu estar preso ou não. Além disso, há 
uma regra específica na Lei de Drogas que é importante vocês saberem! 
 DURAÇÃO DO INQUÉRITO PARA RÉU PRESO: 
Primeiramente, em se tratando de réu preso, o CPP prevê o prazo de 10 dias, contados 
do dia em que se executar a ordem de prisão. 
Porém, o Pacote Anticrime passou a prever a possibilidade de o juiz prorrogar o 
inquérito em se tratando de réu preso, por uma única vez, por mais 15 dias. Se, após 
essa prorrogação, ainda não houver concluído as investigações, a prisão deverá ser 
imediatamente relaxada. 
PORTANTO, PARA RÉU PRESO = 10 DIAS, PRORROGÁVEIS POR MAIS 15 DIAS. 
DICA 143 
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL - RÉU SOLTO 
 DURAÇÃO DO INQUÉRITO PARA RÉU SOLTO: 
Além disso, em se tratando de réu solto, a duração do inquérito é de 30 dias, podendo 
haver sucessivas prorrogações na hipótese de o caso ser de difícil elucidação (na prática, 
quase todo inquérito com réu solto extrapola esse prazo). 
DICA 144 
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL - LEI DE DROGAS 
 DURAÇÃO DO INQUÉRITO NA LEI DE DROGAS: 
Há uma outra regra específica na Lei de Drogas que é importante você memorize. 
Em se tratando de inquérito para apurar os crimes previstos na lei de drogas 
(exemplo: tráfico de entorpecentes), a duração do inquérito é de 30 dias para o réu 
preso, e de 90 dias para o réu solto, podendo, em ambos os casos, ser duplicados pelo 
juiz (ver artigo 51 da Lei de Drogas). 
 
 
 
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 72 
PRAZO DE 
CONCLUSÃO 
RÉU PRESO RÉU SOLTO 
Regra do CPP Prazo de 10 dias, contados da data em que se 
executar a ordem de prisão (art. 10, CPP) 
O pacote anticrime passou a prever a 
possibilidade de prorrogação, por uma única 
vez, por mais 15 dias. (art. 3º-B, CPP) 
Prazo de 30 dias, 
podendo ser 
prorrogado. 
Lei de Drogas 30 dias (podendo ser duplicado) 90 dias (podendo 
ser duplicado) 
 
ATENÇÃO! 
Para complementar os estudos, vale a leitura do art. 155 do CPP!! 
Para complementar as informações dessa dica, façam a leitura literal de três 
artigos: 
 artigo 10 do CPP; 
 art. 3º-B, §2º, do CPP; 
 art. 51 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). 
DICA 145 
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL 
INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (ART. 5º, CPP) 
Espécie de crimes 
Possibilidade de 
instaurar 
Observação 
Nos crimes de ação 
penal pública 
INCONDICIONADA 
 
Ver artigo 5º, CPP 
De ofício, pelo 
delegado 
A peça inaugural do inquérito será 
uma portaria. 
Mediante 
requerimento do 
ofendido 
Se o requerimento de instauração 
for indeferido, cabe recurso ao 
Chefe de Polícia. 
Por requisição da 
autoridade judiciária 
e do Ministério 
Público 
Prevalece que a autoridade 
judiciária requisitar a instauração 
de inquérito policial ofende o 
Sistema Acusatório. 
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 73 
INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (ART. 5º, CPP) 
Espécie de crimes 
Possibilidade de 
instaurar 
Observação 
Nos crimes de ação 
penal pública 
INCONDICIONADA 
Ver artigo 5º, CPP 
Notícia de qualquer 
pessoa do povo 
É o que chamamos de delatio 
criminis. Na prática, exercida 
através do B.O. 
DICA 146 
ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL 
O pacote anticrime trouxe significativa alterações no que diz respeito à forma de 
arquivamento do inquérito policial, com as modificações no art. 28 do CPP. 
Por força do caráter indisponível do inquérito, a autoridade policial não pode mandar 
arquivar os autos do inquérito. Além disso, o arquivamento também não pode ser 
determinado de ofício pelo juiz. 
Na verdade, incumbe exclusivamente ao MP avaliar se os elementos de informação 
colhidos são ou não suficientes para o oferecimento da denúncia. 
O Pacote Anticrime implementou uma mudança na forma de arquivamento do inquérito 
policial, implementando o que se chama de arquivamento no âmbito do Ministério 
Público. 
Agora, caso o MP entenda que é caso de arquivamento do inquérito, deverá realizar a 
comunicação à vítima, ao investigado e à autoridade policial. Ainda, deverá encaminhar os 
autos para a instância de Revisão Ministerial, para fins de HOMOLOGAÇÃO. 
 ATENÇÃO!! 
Quem homologa o arquivamento do inquérito é um “órgão superior” do próprio Ministério 
Público, chamadode instância de Revisão Ministerial. 
Antes do pacote anticrime, o MP pedia o arquivamento do inquérito ao juiz, que deveria 
homologar o arquivamento. No entanto, caso o juiz discordasse do MP e entendesse que 
NÃO seria caso de arquivamento, deveria remeter os autos ao Procurador Geral de 
Justiça. 
 VEJA, PORTANTO, A NOVIDADE: agora o arquivamento não passa pelo crivo do 
juiz. O juiz não decide mais se vai ou não arquivar. Se o MP entender que é caso de 
arquivamento, faz as comunicações e submete à instância de Revisão Ministerial. 
Portanto, se o MP entender que é caso de arquivamento, ele submete à homologação da 
instância de Revisão Ministerial. NÃO É MAIS O JUIZ que homologa o arquivamento!!! 
Por fim, se a vítima não concordar com o arquivamento do inquérito, poderá recorrer, no 
prazo de 30 DIAS, submetendo a matéria à revisão de instância no âmbito do Ministério 
Público. 
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 74 
ATENÇÃO! 
Por conta da concessão de liminar na ADI 6305/DF, pelo Ministro Luiz Fux, está 
suspensa “sine die” a alteração constante da lei nº 13.964/2019, no que tange o 
procedimento de arquivamento de inquérito policial. Portanto, até o momento, prevalece 
a redação anterior desse artigo, ou seja, MP pede arquivamento e encaminha para o 
Magistrado, tendo esse a competência de deferir ou não! 
Note que aqui, é extremamente importante ter conhecimento a respeito da redação 
anterior (ainda vigente) e a suspensão da redação nova, haja vista que a banca 
pode cobrar do candidato esse assunto, exigindo que esse tenha conhecimento a respeito 
da ADI 6305/DF. 
DICA 147 
TERMO CIRCUNSTANCIADO 
No âmbito dos Juizados Especiais Criminais, não se exige a instauração de inquéritos 
policiais. O inquérito é substituído por um procedimento mais simples e mais célere, 
chamado de Termo Circunstanciado. 
Portanto, o procedimento para investigar crimes de menor potencial ofensivo (pena 
máxima menor do que 2 anos) é o Termo Circunstanciado. 
 Nos termos do art. 69 da Lei 9.099/95: 
Art. 69 da lei 9.099/95 - “a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência 
lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor 
do fato e a vítima”. 
 
 
 
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http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/CPP/art28redacao_vigencia/ADI6298.pdfa como 
ou pois. 
 
 Ex.: Tirou boa 
nota porque 
estudou 
bastante. 
 
Precedido de artigo 
ou de outra palavra 
determinante. 
 
(Dica: substituir pelas 
palavras motivo ou 
razão) 
 
 Ex.: Quero 
saber o porquê de 
tanta discórdia. 
 
ATENÇÃO! 
 Equivale também a pelo qual e flexões: 
 Ex.: Este é o caminho por que passa todos os dias. 
DICA 07 
MAS/MAIS E MAL/MAU 
 O emprego de MAS/MAIS: 
 Mas - conjunção adversativa (ideia de oposição); e 
 Mais - advérbio de intensidade, também pode dar ideia de adição; é o oposto de 
menos. 
 
 O emprego de MAL/MAU: 
 Mal - advérbio de modo (antônimo de BEM); e 
 Mau – um adjetivo (antônimo de BOM). 
 DICA: Na dúvida, basta substituir por bem ou mal. 
DICA 08 
SE NÃO X SENÃO 
Essas palavras têm som idêntico, mas a escrita e significado são diferentes. 
 
 
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 7 
 O SENÃO poderá ser usado quando tiver o significado de: 
 MAS SIM: O anel não era de ouro, senão de prata. 
 CASO CONTRÁRIO: Devo trabalhar, senão venderei o carro. 
 EXCETO: Todos, senão meus irmãos, podiam entrar na festa. 
 Já, o SE NÃO, é uma conjunção condicional e quando está junto com o advérbio “não” 
poderá ser utilizada quando tiver o significado de: 
 CASO NÃO: Se não for possível sair hoje, avise seu chefe. 
 QUANDO NÃO: Havia duas pessoas no parque brincando, se não três. 
DICA 09 
ONDE X AONDE 
 Onde: faz referência a um lugar concreto. Dá a ideia de lugar fixo. 
 Ex.: Onde Jonas mora? 
 Quero ficar onde está minha vó. 
 Aonde: é utilizado quando o verbo expressa movimento. É usado com verbos que 
pedem a preposição “a”. 
 Ex.: Aonde estamos indo? 
 Ela foi aonde ontem de madrugada? 
DICA 10 
ACERCA DE X CERCA DE 
 Acerca de: possui o mesmo sentido de “sobre” ou “a respeito de”. 
 Ex.: Eu e meu marido estávamos comentando acerca da festa de casamento. 
 → “sobre” a festa de casamento. 
 A cerca de: possui o mesmo sentido de “aproximadamente”. 
 Ex.: Gravataí fica a cerca de trinta minutos de Porto Alegre. 
 → “aproximadamente” trinta minutos de Porto Alegre. 
DICA 11 
HÁ X A 
Essas palavras possuem o mesmo som, porém são escritas de maneira diferente e 
possuem significados diferentes. 
O “HÁ” vem do verbo “haver” e é utilizado quando a oração é sem sujeito, ou seja, 
impessoal, e o verbo significa “existir”. 
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 8 
 CUIDADO! Mesmo que a frase esteja no plural, o “há” ficará no singular. 
 Ex.: Há um homem elegante no bar – Existe um homem elegante no bar 
 Há homens elegantes no bar – Existem homens elegantes no bar 
Ainda, o “HÁ” é usado para frases que se referem ao passado. 
 Ex.: Há anos que não visito minha mãe – Faz anos que não... 
→ O “A” pode ser artigo. 
 Ex.: A jovem chora muito. 
→ O “A” pode ser uma preposição. 
 Ex.: Vani mora a um quilômetro de distância da escola José Martins. 
→ Também pode indicar futuro. 
 Ex.: Daqui a cinco anos estarei divorciada. 
QUESTÃO, 2020. 
Um grande empresário moderno declarou: “O mundo está progredindo e os recursos 
tornam-se mais abundantes. Prefiro entrar em uma mercearia hoje a ir ao banquete de 
um rei à cem anos”. 
(Questão adaptada) A modificação necessária para que esse texto fique correto é: 
“à cem anos” deve ser substituído por “há cem anos”. → CERTO 
DICA 12 
DEMAIS X DE MAIS 
 “De mais” é uma locução adjetiva e exprime quantidade. É o contrário de “de 
menos”. 
 Ex.: Há pimenta de mais na massa que você serviu. 
 Tenho tema de mais para fazer. 
 Havia gente de mais na loja. 
 “Demais” poderá ser um advérbio de intensidade (indicando um excesso) ou 
poderá ser um pronome indefinido (terá o significado de “os outros”). 
 Ex.: Rimos demais durante a festa. – advérbio 
 É cedo demais para levantar – advérbio 
 Aqueles que fizeram a lição podem ficar na sala, os demais podem sair. 
 → “os outros” podem sair. – pronome indefinido 
 
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 9 
DICA 13 
MAIS X MAS 
 “Mas” é uma conjunção que exprime adversidade. Você poderá trocá-la por: porém, 
contudo, entretanto. 
 Ex.: Eu olhei vários vestidos, mas não quis comprar nenhum. 
 → “porém não quis comprar nenhum”. 
 Ela tem tantos pijamas, mas não para de comprar outros. 
 → “entretanto não para de comprar outros”. 
 Geralmente, o “MAIS” será um advérbio de intensidade (antônimo de “menos”). 
 Ex.: Lola tem mais amigos do que inimigos. 
DICA 14 
A FIM X AFIM 
 “A FIM DE” é uma locução prepositiva e possui o mesmo significado de “com a 
finalidade de”. 
 Ex.: Terminei o tema cedo a fim de ir ao teatro. 
 → “com a finalidade de” ir ao teatro. 
 TOME NOTA: Utiliza-se “a fim” para dizer que possui interesse em alguém. 
 Ex.: Estou a fim de um menino ruivo na escola. 
 “AFIM” poderá ser um adjetivo e se referir a coisas que são semelhantes. Ainda, 
poderá ser um substantivo, indicando pessoas que são parentes. 
 Ex.: Eu e meu marido temos metas afins. = metas semelhantes 
 Os afins não comparecerão à reunião. 
DICA 15 
ABSOLVER E ABSORVER 
ABSOLVER X ABSORVER 
 A palavra ABSORVER, geralmente, significa “consumir”; “sorver”. 
 Ex.: O pano que comprei absorve toda a sujeira do Chão. 
 Ainda, pode significar “concentrar-se”. 
 Ex.: Mônica absorve-se no trabalho. 
 A palavra ABSOLVER significa “perdoar”; “isentar”; “desobrigar”. 
 Ex.: O júri absolveu o réu. 
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 10 
INFORMÁTICA 
DICA 16 
WINDOWS 10 - ELEMENTOS 
 O Windows contém elementos que auxiliam o usuário. Vejamos: 
 Barra de Tarefas - Mostra os programas ativos e permite iniciar novos programas 
fixadas na barra de tarefas; 
 Barra de Ferramentas - Permite iniciar um endereço, um link, atalhos da área de 
trabalho ou arquivos uma pasta específica escolhida pelo usuário. Pode ser habilitada ou 
desabilitada clicando com o botão direito do mouse na barra de tarefas e ir até barra de 
ferramentas. Localizada na parte inferior da tela; 
 Central de Ações - Na central de ações ficam localizadas as notificações do Windows 
relativas ao e-mail, sistema, microsoft store; 
 Menu Iniciar - Contém opções de desligamento, de usuário, lista de programas 
ordenados alfabeticamente, e é possível adicionar atalhos de programas na tela do menu 
iniciar em forma de quadrados e organizá-los em grupos. 
QUESTÃO, 2019. 
Com relação a sistemas operacionais e ferramentas de edição de texto e planilhas, 
julgue o item a seguir. 
Programas e arquivos que estejam abertos e em uso no ambiente Windows podem ser 
acessados pelo Painel de controle, que é uma barra horizontal localizada na parte 
inferior da tela. 
Gabarito: Errado. 
DICA 17 
CORTANA 
O Windows 10 trouxe inúmeros recursos que facilitam nosso dia a dia, sendo um deles a 
Cortana, a qual é a assistente de produtividade pessoal da Microsoft que tem o intuito de 
fazer o usuário economizar tempo e se concentrar no que é mais importante. 
 Para ativar esse recurso, veja só como se faz: 
1º: Clique no ícone da Cortana na barra de tarefas; 
 
2º: Clique em configurações: ; 
3º: Após, clique em “Conversar com a Cortana”: 
4º: Depois, em Conversar com aCortana, alterne a palavra de ativação para 
ativado. 
 
 
 
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 11 
DICA 18 
DISPONIBILIDADE E FUNCIONALIDADES DA CORTANA 
A Cortana está disponível apenas em determinados países/regiões, e alguns de seus 
recursos talvez não estejam disponíveis em todos os lugares, inclusive, sobre isso há uma 
lista das regiões e idiomas nos quais a Cortana está disponível pode ser encontrada no 
próprio site da Microsoft. 
 O recurso da Cortana traz inúmeras funcionalidades ao usuário do Windows, veja 
algumas delas: 
 Gerenciar seu calendário e manter sua agenda atualizada; 
 Participar de uma reunião no Microsoft Teams ou descobrir com quem será a sua 
próxima reunião; 
 Criar e gerenciar listas; 
 Configurar alarmes e lembretes; 
 Localizar dados, definições e informações; 
 Abrir aplicativos no computador. 
DICA 19 
WINDOWS EXPLORER 
O Windows Explorer provê uma interface gráfica ao usuário para acessar os arquivos do 
sistema. É formado pelo Painel de Navegação a esquerda, Barra de comandos 
(Arquivo, Inicio, Compartilhar, Exibir), Barra de Pesquisa, Barra de endereço e a 
Barra de Status. 
Na guia Início, estão os comandos de copiar, colar, mover, excluir, propriedades. Na guia 
compartilhar estão comandos como Compartilhar, E-mail, Zip, Segurança Avançada. Na 
guia Exibir estão comandos como Painéis, Layout, Exibição atual, Mostrar/ocultar e opções 
de pasta. 
Na barra de Pesquisa de arquivos, podemos buscar arquivos por tipo colocando apenas a 
extensão do arquivo que queremos encontrar. Também é possível utilizar coringas como o 
* (asterisco) que servirá como uma espécie de “qualquer coisa”. Por exemplo, caso 
deseje buscar por arquivos que terminem com a.pdf, colocamos no campo de pesquisa 
*a.pdf. Isso é válido tanto no início do arquivo como no final, caso coloque *a.p* ele 
retornará qualquer arquivo que tenha no nome a sequência a.p, por exemplo, aula.pdf 
pasta.pptx vaga.pcx. 
No Windows 10, o Windows Explorer ganhou um novo nome. A partir de agora será 
chamado de File Explorer, Explorador de Arquivos, em português. 
DICA 20 
ATALHOS DE ARQUIVOS E INICIALIZAÇÃO DO WINDOWS 10 
Um atalho de um arquivo é um link para o arquivo original. Caso o arquivo original seja 
excluído, o atalho não será mais aberto. Um atalho é indicado pela presença do seguinte 
ícone no arquivo . Para encontrar a localização do arquivo original, utilize o botão 
direito do mouse no arquivo, opção propriedades e então abrir local do arquivo. 
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 12 
Para que um programa seja iniciado assim que o usuário faça login na máquina, este 
deverá pertencer à lista de programas de Inicialização. É possível visualizar os programas 
pertencentes a inicialização através do gerenciador de tarefas, na aba Inicializar. 
DICA BÔNUS 
TIPOS DE VISUALIZAÇÃO NO WINDOWS EXPLORER 
 No Windows Explorer é possível escolher a forma como os arquivos são mostrados, as 
opções são: ícones extra grandes , ícones grandes , ícones médios , 
ícones pequenos , lista , detalhes , blocos , conteúdo . 
A opções Detalhes é a mais completa e mostra várias informações sobre os arquivos 
como Nome, Data de modificação, Tipo, tamanho etc. A opção conteúdo mostra a data 
de modificação, tipo, tamanho. A opção Blocos mostra apenas o tipo do arquivo ou 
alguma outra informação relevante. As demais opções não mostram nenhuma informação 
sobre o arquivo. 
É possível habilitar no Windows Explorer também o painel de visualização que 
mostra uma prévia do arquivo, quando possível e o painel de detalhes do arquivo. 
Ambos ficam localizados a direita no Windows Explorer. 
 O painel de Navegação tem as seguintes opções: Expandir até a pasta aberta, 
Mostrar Todas as pastas, Mostrar Bibliotecas, Mostrar Favoritos. 
DICA BÔNUS 
ÍCONES DO WINDOWS EXPLORER 
 Nas tabelas abaixo, seguem representações de alguns ícones: 
ÍCONES DA ABA INÍCIO 
Selecionar Tudo Limpar Seleção Inverter Seleção 
Novo Item Fácil Acesso copiar caminho 
ÍCONES DA ABA EXIBIR 
Classificar por Agrupar por Adicionar colunas 
Dimensionar todas as 
colunas para caber 
Opções ------------------- 
ÍCONE DO PAINEL DE NAVEGAÇÃO 
Acesso rápido 
 
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 13 
REGIMENTO INTERNO DO TSE 
DICA 21 
TSE: ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE 
Ao Vice-Presidente compete substituir o Presidente em seus impedimentos ou faltas 
ocasionais. 
Ausente por mais de 10 dias, o Vice-Presidente será substituído de acordo com o 
único. Ok, mas o que diz este parágrafo único? Olhe: 
Regula a antiguidade no Tribunal: 
a posse; 
a nomeação ou eleição; 
a idade. 
DICA 22 
TSE: PROCURADOR GERAL 
O Procurador Geral será substituído, em suas faltas ou impedimentos, pelo Sub-
Procurador Geral da República e, na falta deste, pelos respectivos substitutos legais. 
 E mais: O Procurador Geral PODERÁ designar outros membros do Ministério Público 
da União com exercício no Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para 
auxiliá-lo no Tribunal, onde, porém, não poderão ter assento. 
 CUIDADO: Poderá não é o mesmo que deverá. Lembre-se disto, ok?! 
DICA 23 
TSE: COMPETÊNCIAS DO PROCURADOR GERAL 
 Compete ao Procurador Geral: 
 assistir às sessões do Tribunal e tomar parte nas discussões; 
 exercer a ação pública e promovê-la, até final, em todos os feitos de competência 
originária do Tribunal; 
 oficiar, no prazo de cinco dias, em todos os recursos encaminhados ao Tribunal, e nos 
pedidos de mandado de segurança; 
 manifestar-se, por escrito ou oralmente, sobre todos os assuntos submetidos à 
deliberação do Tribunal, quando solicitada a sua audiência por qualquer dos juízes, ou, por 
iniciativa própria, se entender necessário: 
 defender a jurisdição do Tribunal; 
 representar ao Tribunal sobre a fiel observância das leis eleitorais, especialmente 
quanto à sua aplicação uniforme em todo o País; 
 requisitar diligências, certidões e esclarecimentos necessários ao desempenho de suas 
atribuições; 
 expedir instruções aos órgãos do Ministério Público janto aos Tribunais Regionais; 
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 14 
 representar ao Tribunal: a) contra a omissão de providência, por parte de Tribunal 
Regional, para a realização de nova eleição em uma circunscrição, município ou distrito; 
b) sobre a conveniência de ser examinada a escrituração dos partidos políticos, ou de 
ser apurado ato que viole preceitos de seus estatutos referentes à matéria eleitoral; 
c) sobre o cancelamento do registro de partidos políticos, nos casos do art. 148 e 
parágrafo único do Código Eleitoral. 
DICA 24 
TSE: PROCURADORES REGIONAIS ELEITORAIS 
Os procuradores regionais eleitorais atuam perante os Tribunais Regionais Eleitorais nos 
estados e pertence exclusivamente a eles a prerrogativa de dirigir e conduzir os trabalhos 
do Ministério Público Eleitoral nos estados. O procurador regional eleitoral é um 
procurador da República (ou um procurador regional da República nos estados onde 
existem Procuradorias Regionais da República). 
 IMPORTANTE: Integram o Ministério Público Eleitoral o Procurador-Geral Eleitoral, os 
Procuradores Regionais Eleitorais e os Promotores Eleitorais. 
O Procurador-Geral Eleitoral, o Vice-Procurador-Geral Eleitorale os Procuradores 
Regionais Eleitorais pertencem ao Ministério Público Federal (MPF). 
DICA 25 
TSE: SERVIÇO EM GERAL 
Os processos e as petições serão registrados no mesmo dia do recebimento, na seção 
própria, distribuídos por classes, mediante sorteio, por meio do sistema de computação de 
dados, e conclusos, dentro de 24 horas, por intermédio do secretário judiciário, ao 
presidente do Tribunal. 
Entre quem será feita a distribuição? A distribuição será feita entre TODOS os 
Ministros. 
DICA BÔNUS 
TSE: DISTRIBUIÇÃO 
Haverá compensação quando o processo for distribuído por dependência. 
Nos processos considerados de natureza urgente, estando ausente o Ministro a quem 
couber a distribuição, o processo será encaminhado ao substituto, observada a ordem 
de antiguidade, para as providências que se fizerem necessárias, retornando ao ministro 
relator assim que cessar o motivo do encaminhamento. Ausentes os substitutos, 
considerada a classe, o processo será encaminhado ao integrante do Tribunal, titular, que 
se seguir ao ausente em antiguidade. 
E se houver impedimento do relator? 
Em caso de impedimento do relator, será feito novo sorteio, compensando-se a 
distribuição. 
 
 
 
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 15 
NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES FEDERAIS 
DICA 26 
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - DIÁRIAS 
O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro 
ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a 
indenizar as parcelas de despesas extraordinária com POUSADA, ALIMENTAÇÃO E 
LOCOMOÇÃO URBANA, conforme dispuser em regulamento. 
 IMPORTANTE: 
A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o 
deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio 
diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias. 
DICA 27 
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990- CASOS ONDE O 
SERVIDOR NÃO FARÁ JUS A DIÁRIAS 
Os casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o 
servidor não fará jus a diárias. 
Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região 
metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes 
e regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com países 
limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e servidores brasileiros 
considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as 
diárias pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro do território nacional. 
O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica 
obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias. 
DICA 28 
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990- INDENIZAÇÃO 
DE TRANSPORTE 
Se concede a indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização 
de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das 
atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento. 
 Em outras palavras: A indenização de transporte é um benefício de caráter 
indenizatório paga ao servidor destinado a subsidiar as despesas do servidor que, por 
opção e condicionada ao interesse da Administração, utilizar meios próprios de locomoção 
para execução de serviços externos, por força das atribuições do cargo. 
DICA 29 
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990- AUXÍLIO-
MORADIA 
O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas 
pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por 
empresa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da despesa pelo servidor. 
 
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 16 
 Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos: 
 não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor; 
 o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional; 
 o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietário, 
promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Município 
aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de 
construção, nos doze meses que antecederem a sua nomeação; 
 nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia; 
 o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou 
função de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 
6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; 
 o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se 
enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3o, em relação ao local de residência ou domicílio do 
servidor; 
 o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos últimos doze 
meses, aonde for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-
se prazo inferior a sessenta dias dentro desse período; e 
 o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para 
cargo efetivo. 
O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do 
cargo em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado. 
DICA 30 
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990- 
GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS 
 Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos 
servidores as seguintes retribuições, gratificações e adicionais: 
 retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; 
 gratificação natalina; 
 adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas; 
 adicional pela prestação de serviço extraordinário; 
 adicional noturno; 
 adicional de férias; 
 outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho. 
 gratificação por encargo de curso ou concurso. 
 
 
 
 
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 17 
DICA 31 
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990- GRATIFICAÇÃO 
NATALINA 
A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o 
servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano. 
A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral. Por fim, 
a gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano. 
 IMPORTANTE: 
A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem 
pecuniária. 
DICA 32 
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - ADICIONAIS 
DE INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE OU ATIVIDADES PENOSAS 
Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato 
permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um 
adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. 
O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar 
por um deles. O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a 
eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão. 
 Sobre as gestantes e lactantes: A servidora gestante ou lactante será afastada, 
enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e locais previstos neste artigo,exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso. 
DICA 33 
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS - LEI 8.112/1990 - ADICIONAL 
POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO 
O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) 
em relação à hora normal de trabalho. 
Um ponto que merece sua atenção é que somente será permitido serviço extraordinário 
para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 
(duas) horas por jornada. 
DICA 34 
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - 
GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO DE CURSO OU CONCURSO 
 A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em caráter 
eventual: 
 atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento 
regularmente instituído no âmbito da administração pública federal; 
 participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise 
curricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou 
para julgamento de recursos intentados por candidatos; 
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 18 
 participar da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo 
atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, 
quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes; 
 participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso 
público ou supervisionar essas atividades. 
DICA 35 
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 – FÉRIAS- 
PONTOS INTRODUTÓRIOS 
O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de 
dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja 
legislação específica. Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) 
meses de exercício. 
 IMPORTANTE: É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 19 
DIREITO ELEITORAL 
 
DICA 36 
DIREITOS POLÍTICOS ATIVOS E PASSIVOS 
 
 
 Capacidade Eleitoral Ativa: significa o direito de votar, de eleger representantes 
(artigo 14, parágrafo primeiro, da Constituição). 
 Capacidade Eleitoral Passiva: também chamada ius honorum ou cidadania passiva – 
o direito de ser votado, de ser eleito, de ser escolhido em processo eleitoral. 
DICA 37 
ELEGIBILIDADE 
Condições de elegibilidade são as exigências ou requisitos legais e constitucionais que 
devem, obrigatoriamente, ser preenchidos por aqueles que queiram registrar 
candidatura e receber votos validamente. 
 Segundo o artigo 14, parágrafo terceiro da Constituição, as condições de 
elegibilidade são: 
Art. 14, §3º (...) 
I - A nacionalidade brasileira; 
II - O pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - O domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - A filiação partidária; 
VI - A idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, 
Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
 
 
 
DIREITOS POLÍTICOS ATIVOS OU 
POSITIVOS 
CAPACIDADE ELEITORAL 
ATIVA
DIREITOS POLÍTICOS PASSIVOS 
OU NEGATIVOS 
CAPACIDADE ELEITORAL 
PASSIVA
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 20 
DICA 38 
CRIME DE RESPONSABILIDADE 
ATENÇÃO! 
Condenação pelo Senado Federal por crime de responsabilidade afasta a 
elegibilidade por oito anos (artigo 52, parágrafo único, da Constituição). 
→ Os condenados não podem se candidatar (capacidade eleitoral passiva suspensa) 
mas podem votar (capacidade eleitoral ativa). 
DICA 39 
CONDENAÇÃO DE PREFEITOS 
ATENÇÃO! 
A condenação de Prefeitos Municipais nos crimes previstos no artigo 1º do Decreto-Lei 
n.º 201/67 acarreta a perda do cargo público, além da inabilitação, pelo prazo de cinco 
anos, para o exercício de cargo ou função pública, eletivo ou de nomeação. 
→ São 23 incisos com as mais variadas condutas, julgados pelo Poder Judiciário, 
independentemente de pronunciamento pela Câmara dos Vereadores. 
DICA 40 
DOMICÍLIO ELEITORAL NA CIRCUNSCRIÇÃO E FILIAÇÃO PARTIDÁRIA 
 A Lei n.º 9.504/97 prevê o prazo mínimo para domicílio eleitoral e filiação partidária em 
seu artigo 9º: 
“Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva 
circunscrição pelo prazo de seis meses antes das eleições e estar com a filiação 
deferida pelo partido no mesmo prazo” 
DICA 41 
IDADE MÍNIMA EXIGIDA PARA CONCORRER 
ATENÇÃO! 
A idade mínima estabelecida pela Constituição como condição de elegibilidade deve ser 
verificada considerando a data da posse (artigo 11, parágrafo segundo, da Lei n.º 
9.504/97). 
→ Se a idade mínima for fixada em 18 anos, será verificada na data-limite para o 
pedido de registro. 
 
 
 
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 21 
DICA 42 
ELEGIBILIDADE DOS MILITARES 
 Se o militar é elegível precisa cumprir as seguintes condições (artigo 14, parágrafo 
oitavo, da Constituição): 
Se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; 
Se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se 
eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
 LEMBRE-SE! 
Militar com menos de dez anos de serviço se não for eleito deverá arrumar nova 
ocupação, porque não poderá voltar e ocupar o cargo anterior. 
 AGREGAÇÃO: é a situação na qual o militar da ativa deixa de ocupar vaga na 
escala hierárquica da força militar a qual pertence, nela permanecendo sem número (Lei 
n.º 6.880/80 - Estatuto dos Militares, artigo 80). 
 REVERSÃO: e o militar com mais de dez anos de serviço não for eleito, poderá pleitear 
a reversão (artigo 86, Estatuto dos Militares). 
 IMPORTANTE! 
Militares não se submetem à exigência de filiação partidária de seis meses antes das 
eleições. 
DICA 43 
PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 
 As hipóteses de perda e suspensão dos direitos políticos estão disciplinadas no artigo 
15, da Constituição: 
HIPÓTESE DE PERDA (Incido I e IV do art. 15 da CF) 
→ Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
→ Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos 
termos do art. 5º, VIII; 
 
HIPÓTESE DE SUSPENSÃO (Incido III e V do art. 15 da CF) 
→ Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
 A Condenação criminal transitada em julgado decorre da sentença condenatória 
contra a qual não caiba mais recurso. 
→ Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
 OBS.: O inciso II do art. 15 foi revogado. 
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 22 
 IMPORTANTE! 
É vedada pela Constituição a cassação de direitos políticos. 
DICA 44 
DIFERENÇA ENTRE PERDA E SUSPENSÃO 
 A perda significaque não existe mais a situação que autorizava o exercício dos 
direitos políticos. 
 Ex.: perda de nacionalidade brasileira. 
 Já a suspensão significa que temporariamente não poderão ser exercidos os direitos 
políticos. 
 Ex.: condenação criminal. 
DICA 45 
PERDA DA NACIONALIDADE BRASILEIRA 
 LEMBRE-SE! 
Brasileiros naturalizados podem perder a nacionalidade brasileira e, 
consequentemente, os direitos políticos, quando transitar em julgado ação judicial de 
cancelamento de naturalização. 
A Lei de Migração (Lei n.º 13.445/2017) prevê em seu artigo 75, que o naturalizado 
perderá a nacionalidade em razão de condenação transitada em julgado por 
atividade nociva ao interesse nacional. 
 A ação é ajuizada pelo Ministério Público Federal perante a Justiça Federal. 
DICA 46 
DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO LEGAL A TODOS IMPOSTA 
O descumprimento de alguma obrigação legal a todos imposta pode levar à perda dos 
direitos políticos. 
 Exemplos de obrigações legais: obrigação de prestar testemunho em juízo; 
obrigação de ser jurado; obrigação de ser mesário; serviço militar obrigatório. 
ATENÇÃO! 
É admitida a escusa de consciência. Ou seja, a pessoa pode recusar cumprir 
determinada obrigação se isso colidir com um imperativo filosófico, religioso ou de 
opinião, desde que cumpra obrigação alternativa prevista em lei. 
 OBS.: Se não existir lei prevendo serviço alternativo, a maioria dos autores entendem 
que não haverá perda dos direitos políticos. 
 
 
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 23 
ATENÇÃO! 
A Lei n.º 8.239/91 regulamenta a prestação de serviço alternativo ao serviço militar 
obrigatório. 
DICA 47 
INCAPACIDADE CIVIL 
O artigo 15 da Constituição Federal referia-se à incapacidade civil absoluta, prevista 
originalmente no artigo 3º do Código Civil. 
O artigo 3º do Código Civil foi revogado pela Lei Brasileira de Inclusão (Lei n.º 
13.146/2015). 
A Lei Brasileira de Inclusão também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência 
trouxe para ordem jurídica nacional da Convenção Internacional sobre os Direitos 
das Pessoas com Deficiência. 
Segundo o artigo 76º, parágrafo primeiro, do Estatuto, à pessoa com deficiência será 
assegurado o direito de votar e de ser votada. 
 IMPORTANTE! 
NÃO há mais incapacidade civil absoluta em decorrência de deficiência, logo, NÃO há 
mais suspensão dos direitos políticos por este motivo. 
DICA 48 
CONDENAÇÃO CRIMINAL 
A condenação criminal, transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos, 
suspende os direitos políticos. 
A suspensão é automática e decorre da condenação transitada em julgado. Ou seja, 
não há necessidade de declará-la por sentença. 
ATENÇÃO! 
Não importa o tipo de sanção penal imposta ao condenado. Se for aplicada multa, 
prestação de serviços à comunidade ou pena privativa de liberdade o efeito será 
o mesmo quanto aos direitos políticos. 
Sursis, suspensão condicional da pena, substituição da pena por medida alternativa ou o 
livramento condicional geram suspensão dos direitos políticos. Todas são medidas que 
pressupõem a existência de uma pena anterior fixada. 
DICA 49 
PROCESSOS CRIMINAIS SEM TRÂNSITO EM JULGADO 
A suspensão condicional do processo (sursis processual) e a transação penal 
previstos na Lei n.º 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais) não suspendem os direitos 
políticos. Isso ocorre porque evitam a tramitação do processo e a formação de coisa 
julgada condenatória. 
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 24 
As pessoas presas em flagrante, por prisão temporária ou preventiva ou que não 
alcançaram o direito de recorrer da condenação em liberdade mantém seus direitos 
políticos. 
Logo, estas pessoas podem votar e ser votadas (desde que não ostentem outras 
restrições). 
JURISPRUDÊNCIA 
A Resolução TSE n.º 23.2198/10 dispõe sobre a instalação de seções eleitorais especiais 
em estabelecimentos penais e em unidades de internação de adolescentes. 
→ As seções eleitorais serão instaladas apenas se houver um mínimo de 20 eleitores 
aptos a votar. 
DICA 50 
CONDENAÇÃO CRIMINAL DE CONGRESSISTAS 
O artigo 55, inciso VI, da Constituição prevê a perda do mandato do Deputado ou 
Senador que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. 
O parágrafo segundo daquele artigo prevê que a perda do mandato de congressistas 
será “decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto 
secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de 
partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla 
defesa”. 
 
 AP 694 e AP 996 do STF 
A Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (AP 694, AP 996) aponta que Câmara dos 
Deputados e Senado têm competência de DECIDIR, e não meramente declarar, a perda 
de mandato de parlamentares das respectivas Casas 
DICA 51 
APLICAÇÃO DE MEDIDA DE SEGURANÇA 
Quando o autor do crime é inimputável por deficiência intelectual ou desenvolvimento 
mental incompleto sofrerá uma sentença absolutória imprópria. 
Neste caso, o Código Penal prevê em seu artigo 26 que o autor do crime é isento de 
pena. 
O Código Penal estabelece em seus artigos 96 e 97 que o juiz determinará a internação do 
inimputável que comete crime em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico. 
→ Neste caso permanecem os direitos políticos do réu? Sim, porque a medida de 
segurança não é equivalente a condenação criminal transitada em julgado. Como o 
Estatuto da Pessoa com Deficiência aplica-se às pessoas com deficiência mental, 
permanece o direito de votar e ser votado. 
 
 
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 25 
DICA 52 
DA POLÍCIA DOS TRABALHOS ELEITORAIS 
 Ao presidente da mesa receptora e ao juiz eleitoral cabe a POLÍCIA DOS TRABALHOS 
ELEITORAIS. 
E mais: Somente podem permanecer no recinto da mesa receptora os seus membros, os 
candidatos, um fiscal, um delegado de cada partido e, durante o tempo necessário à 
votação, o eleitor. 
ATENÇÃO! 
Nenhuma autoridade estranha a mesa poderá intervir, sob pretexto algum, em seu 
funcionamento, salvo o juiz eleitoral. 
DICA 53 
O CURIOSO CASO DO PLEBISCITO PARA A DIVISÃO DO PARÁ 
Em 2011, foi feito, no Pará, o maior plebiscito regional da história do Brasil, havendo 
neste plebiscito a discussão sobre a possível criação de duas novas unidades federativas, 
surgidas de um desmembramento do território paraense: o estado do Carajás e o estado 
do Tapajós. 
Teve propaganda eleitoral? Sim. A divulgação de propaganda gratuita no rádio e TV, 
restrita ao território do Pará, no período de 11 de novembro a 07 de dezembro, em blocos 
de 10 minutos, às segundas, terças, quartas, sextas-feiras e aos sábados, excluídos 
assim, as quintas-feiras (reservada à propaganda partidária gratuita) e os domingos. 
De maneira alternada, para cada dia de propaganda foi reservada a discussão acerca da 
criação dos estados de Carajás e Tapajós, tendo cada frente tempos idênticos para a 
exposição de suas ideias. 
Como terminou? O eleitorado do Estado do Pará, por ampla maioria, recusou a divisão 
do território paraense, encerrando a discussão sobre a criação das novas unidades 
federativas. 
DICA 54 
MUDANÇA NA LEI DE IMPROBIDADE E SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS 
 JURISPRUDÊNCIA 
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal decidiu que as mudanças na Lei de 
Improbidade não podem ser aplicadas a casos não intencionais (culposos) nos quais 
houve condenações definitivas e a processos em fase de execução das penas (Recurso 
Extraordinário 0003295-20.2006.4.04.7006).Foram fixadas quatro teses de repercussão geral, das quais a mais relevante em 
termos eleitorais é a segunda: 
“2) A norma benéfica da Lei 14.230/2021 revogação da modalidade culposa do ato de 
improbidade administrativa, é irretroativa, em virtude do artigo 5º, inciso XXXVI, da 
Constituição Federal, não tendo incidência em relação à eficácia da coisa julgada; nem 
tampouco durante o processo de execução das penas e seus incidentes;” 
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 26 
→ O condenado por ato de improbidade administrativo culposo que estivesse com os 
direitos políticos suspensos não se beneficia da revogação desta modalidade e precisa 
cumprir o resto da suspensão que eventualmente sofreu. 
 JURISPRUDÊNCIA 
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal já havia concedido, no dia 
01/10/2021, liminar para conferir interpretação conforme à Constituição ao inciso II do 
artigo 12 da Lei 8.429/1992, estabelecendo que a sanção de suspensão de direitos 
políticos não se aplica a atos de improbidade administrativa CULPOSOS que causem 
danos ao Erário. 
→ Desde esta decisão não cabia mais a aplicação da sanção de suspensão de direitos 
políticos para os atos de improbidade administrativa culposos. 
DICA 55 
PRINCÍPIO DA ANUALIDADE ELEITORAL 
“A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não 
se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.” (Artigo 16, da 
Constituição) 
O artigo determina a vigência imediata, na data da publicação, da lei que alterar o 
processo eleitoral. 
No entanto, tal lei não tem eficácia plena e imediata, pois não se aplica a eleição que 
ocorra até um ano da data de sua entrada em vigor. 
→ OU SEJA: A lei é válida, mas não é eficaz se promulgada menos de um ano antes 
da eleição. 
DICA 56 
SISTEMAS ELEITORAIS 
 MAJORITÁRIO: é o sistema mais simples de se entender. É eleito o candidato que 
obtiver o maior número de votos válidos. 
 No Brasil, aplica-se aos cargos de: 
 Presidente da República (artigo 77, da Constituição); 
 Governador de Estado (artigo 27, §1º, da Constituição); 
 Prefeito de cidades com mais de 200 mil eleitores (artigo 29, inciso II, da 
Constituição). 
Se nenhum dos candidatos atingir a maioria dos votos válidos (excluem-se brancos e 
nulos), realizar-se-á um segundo turno com os dois mais votados. 
E se der empate? Será declarado eleito o mais idoso. 
 
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 27 
ATENÇÃO! 
A eleição de senadores pode ser considerada majoritária, embora eles não precisem 
atingir a maioria absoluta dos votos. 
→ Senadores representam os Estados da Federação, não os partidos políticos que os 
elegem. 
ATENÇÃO! 
Prefeitos de cidades com menos de 200 mil eleitores são eleitos por maioria SIMPLES. 
Ou seja, não precisam atingir a maioria dos votos válidos, bastando superar os demais 
candidatos para serem eleitos. 
DICA 57 
SISTEMAS ELEITORAIS II 
 Proporcional: é o sistema aplicado nas eleições de deputados federais, estaduais, 
distritais e vereadores. Seu principal objetivo é garantir a força eleitoral dos partidos. 
Como funciona o cálculo das vagas neste sistema? 
1º determinar quantas vagas obteve cada partido. 
2º distribuir as vagas entre os candidatos. 
ATENÇÃO! 
O sistema proporcional no Brasil é o de lista aberta, o que significa dizer que as listas 
partidárias não indicam uma ordem de acesso às vagas pré-estabelecidas pelos 
partidos. É o eleitor quem ajusta a ordem de acesso às vagas ao dar mais votos para 
determinado candidato dentro de um partido. 
Para distribuir as vagas é imprescindível entender os conceitos de quociente eleitoral e 
quociente partidário. 
DICA 58 
QUOCIENTE ELEITORAL 
É simplesmente o resultado da divisão do total dos votos válidos pelo número de vagas 
em disputa. 
ATENÇÃO! 
Os votos válidos são apurados mediante a subtração dos votos brancos e nulos do total 
de votos daquela eleição. 
 Exemplo: Neste ano de 2022, o quociente eleitoral (QE) para deputados federais de 
São Paulo foi de 332.736 votos. Já o quociente para deputados estaduais foi de 246.245 
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 28 
votos. O cálculo levou em conta o total votos válidos no Estado pelo número de cadeiras 
em disputa na Câmara dos Deputados (70) e Assembleia Legislativa (94). 
DICA 59 
QUOCIENTE PARTIDÁRIO 
É o total de votos dado aos candidatos de determinado partido ou ao próprio partido (o 
voto de legenda), dividido pelo quociente eleitoral. 
Na verdade, o quociente partidário indica o número de vagas a que o partido terá direito. 
 Exemplo: O Partido Liberal obteve em São Paulo um total de 5.343.667 votos em 
2022. Sendo assim, seu quociente partidário será o resultado da divisão destes votos pelo 
quociente eleitoral de 332.736. O resultado é 16, ou seja, ao Partido Liberal caberão 16 
vagas na Câmara Federal. 
DICA 60 
CLÁUSULA DE BARREIRA PARA PUXADORES DE VOTOS 
O Código Eleitoral prevê em seu artigo 108 que serão eleitos os candidatos que tenham 
obtido votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente eleitoral, 
de acordo com a ordem de votação nominal que cada um tenha recebido até completar as 
vagas indicadas pelo quociente partidário. 
No exemplo de São Paulo, um deputado precisaria atingir ao menos 33.274 para participar 
da distribuição das vagas num primeiro momento. 
ATENÇÃO! 
Esta medida tenta diminuir os efeitos do fenômeno dos “puxadores de votos”, 
candidatos extremamente carismáticos que acabavam levando para o Legislativo 
pessoas sem expressão política. 
DICA 61 
CÁLCULO DAS SOBRAS 
No mundo real, a divisão entre o total de votos e o quociente eleitoral não costuma ser 
exata, havendo sobras de votos e lugares não preenchidos. 
 O cálculo dos lugares não preenchidos é previsto no artigo 109 do Código Eleitoral e 
segue uma sequência bem definida: 
 1º divide-se o número de votos válidos atribuídos a cada partido pelo número de 
lugares que ele obteve mais 1. 
 2º o partido com a maior média leva o lugar, desde que tenha candidato que atenda à 
votação mínima (10% do quociente eleitoral). 
 3º o processo é repetido até que todos os lugares vagos sejam ocupados. 
 4º quando não houver mais partidos com candidatos que atendam à votação mínima, 
as cadeiras serão distribuídas aos partidos com as maiores médias. 
 
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 29 
ATENÇÃO! 
O preenchimento dos lugares que cada partido obteve deve ser feito seguindo a ordem 
de votação recebida pelos candidatos. Por isso, chamamos o sistema de proporcional de 
lista aberta (o eleitor aloca os candidatos de sua preferência e não os líderes partidários 
como em outros países). 
DICA 62 
CÁLCULO DAS SOBRAS II 
 A Lei n.º 14.211/2021 alterou a Lei das Eleições e o Código Eleitoral trazendo duas 
mudanças muito importantes: 
 Reduziu o número de candidaturas das eleições para a Câmara dos Deputados, a 
Câmara Legislativa, as assembleias legislativas e as câmaras municipais para até 100% do 
número de lugares a preencher mais um; 
Ou seja, cada partido só pode lançar um total de candidatos correspondente a até o total 
de lugares a preencher mais um. 
 Exemplo: no Estado de São Paulo cada partido só pode lançar até 71 candidaturas ao 
cargo de Deputado Federal. 
 Alterou o critério de distribuiçãodas sobras. Com a reforma eleitoral, participam da 
distribuição das sobras apenas os partidos que tenham obtido pelo menos 80% do 
quociente eleitoral e pelos candidatos que tenham obtido votos em número igual ou 
superior a 20% desse quociente. 
 No exemplo de São Paulo, apenas partidos que tenham atingido o total de 266.189 
votos poderão participar da distribuição das sobras de vagas. E neste caso, apenas 
candidatos com número de votos igual ou superior a 53.238 votos terão direito a ocupar 
as vagas. 
ATENÇÃO! 
Outra medida tenta diminuir os efeitos do fenômeno dos “puxadores de votos”. 
DICA 63 
QUESTÕES CURIOSAS SOBRE DISTRIBUIÇÃO DE VAGAS 
 E se nenhum partido atingir o quociente eleitoral? 
 Ocupam-se as vagas com os candidatos por ordem de votação recebida (artigo 111, do 
Código Eleitoral). 
 E se houver empate? 
 Considera-se eleito o candidato mais idoso (artigo 110, do Código Eleitoral). 
 E se surgir vaga durante o mandato e não houver suplentes para ocupá-la? 
 Faz-se nova eleição, exceto se faltarem menos de nove meses para findar o 
mandato. Neste caso, fica vago. 
 
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 30 
DICA 64 
INFIDELIDADE PARTIDÁRIA 
A Lei dos Partidos Políticos (Lei n.º 9.096/95) prevê no artigo 22-A hipótese de perda de 
mandato do parlamentar que se desfiliar sem justa causa do partido pelo qual foi eleito. 
Consideram-se justa causa as seguintes hipóteses (parágrafo único do artigo 22): 
I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; 
II - grave discriminação política pessoal; 
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo 
de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao 
término do mandato vigente. 
 
ATENÇÃO! 
A última hipótese é conhecida como “janela partidária” e ocorre a cada ano par (ano de 
eleições) trinta dias antes do prazo de seis meses que a legislação impõe como prazo 
mínimo para que um candidato concorra a cargo eletivo por determinado partido. 
 
 JURISPRUDÊNCIA 
O TSE fixou na Consulta 060015955 que a justa causa para desfiliação por meio da 
“janela partidária” somente se aplica ao eleito que esteja no término do mandato 
vigente, ou seja, vereador no ano de eleições municipais e deputados no ano de 
eleições gerais. 
 Ex.: deputado federal eleito em 2022 que pretenda ser candidato a qualquer cargo nas 
eleições de 2026 por outro partido poderá durante o mês de março de 2026 realizar a 
mudança partidária sem perda do cargo. Lembrando que o prazo mínimo de seis meses 
para filiação finda no início de abril, considerando eleições no início de outubro. 
 LEMBRE-SE! A punição vale apenas para cargos eleitos no sistema proporcional. Um 
senador não perde o cargo caso mude de partido (Súmula 67 do TSE). 
DICA 65 
NÚMERO DE VEREADORES 
A Emenda Constitucional n.º 58, de 2009 alterou o regime anterior quanto ao número de 
vereadores, criando 24 faixas para o tamanho das Câmaras Municipais, partindo de 
municípios com até 15.000 habitantes, com número máximo de 9 vereadores até 
municípios com mais de 8.000.000 de habitantes, com 55. 
ATENÇÃO! 
Cada município pode fixar em sua lei orgânica o número de vereadores que terá, desde 
que respeite os limites máximos do artigo 29, IV, da Constituição (na redação dada pela 
EC n.º 58/2009). 
 IMPORTANTE! Para o TSE esta alteração no número de vereadores não se sujeita ao 
princípio da anualidade eleitoral (Agr. Reg. no RE 30.521). 
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
DICA 66 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA- ESTRUTURAÇÃO DO ESTADO 
Os municípios foram incluídos como entes federativos, e ficou definido que os que 
contavam com mais de 20 mil habitantes deveriam aprovar um plano diretor. A 
partir da promulgação, o Brasil passou a ter três novos estados – Amapá, Roraima e 
Tocantins. Os dois primeiros, até então territórios federais, foram elevados à categoria de 
ente federado. E o Tocantins surgiu a partir da divisão do Estado de Goiás. 
 No capítulo destinado à administração pública, o artigo 37 estabeleceu os princípios 
que devem nortear a atuação daqueles que desempenham funções junto ao Poder Público: 
 Legalidade; 
 Impessoalidade; 
 Moralidade; 
 Publicidade; e 
 Eficiência. 
Estabeleceu que o acesso a cargo ou emprego público depende de aprovação prévia 
em concurso público, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em 
lei de livre nomeação e exoneração, e determinou que a lei estipulasse percentual dos 
cargos para as pessoas com deficiência. 
DICA 67 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: SERVIÇOS PRÓPRIOS DE ESTADO 
Os Serviços próprios do Estado são aqueles que se relacionam intimamente com as 
atribuições do Poder Público, como por exemplo, segurança, polícia, higiene e saúde 
pública, e para a execução dos quais a Administração usa da sua supremacia sobre os 
administrados. Não podem ser delegados a particulares. Tais serviços, por sua 
essencialidade, geralmente são gratuitos ou de baixa remuneração. 
DICA 68 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: SERVIÇOS IMPRÓPRIOS DE ESTADO 
Os Serviços impróprios do Estado são os que não afetam substancialmente as 
necessidades da comunidade, mas satisfazem interesses comuns de seus membros, e, por 
isso, a Administração os presta de forma remunerada, por seus órgãos ou entidades 
descentralizadas. 
 Ex.: Autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações 
governamentais), ou delega sua prestação. 
 DICA 69 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: SERVIÇOS PÚBLICOS PROPRIAMENTE DITOS 
Os Serviços Públicos propriamente dito são os serviços públicos entendidos essenciais, 
indispensáveis à própria sobrevivência do homem, sendo que, por isto mesmo, não 
admitem delegação ou outorga. A doutrina também os denomina de serviços pró-
comunidade. Ex.: Polícia, saúde. 
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DICA 70 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - GESTÃO PÚBLICA: PRINCÍPIO DA 
UNIVERSALIDADE 
O princípio da universalidade foi estabelecido, de forma expressa, pela Lei 4.320 e 
recepcionado pela da Constituição Federal. Assim, determina que a LOA de cada ente 
federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, 
entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO CONSTITUCIONAL 
DICA 71 
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
 Liberdade de Pensamento: Sobre este direito fundamental, encontramos referência 
no art. 5º, incisos IV, IX e XIV, da CF: 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença; 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, 
quando necessário ao exercício profissional. 
 Se de um lado o Estado garante a liberdade de pensamento, de outro responsabiliza 
quem exerce tal direito de forma abusiva. Nesse sentido, segue a previsão do art. 5º, 
inciso V, da CF: 
Art. 5º, inciso V, da CF. “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao 
agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”. 
 A liberdade depensamento é frequentemente analisada pelo STF quando colide com 
outros direitos fundamentais. Vejamos as principais decisões do STF sobre o tema: 
 Constitucionalidade das manifestações em prol da legalização da maconha (ADPF 187, 
DJe de 29.05.2014); 
 Desnecessidade do diploma para exercício do jornalismo (RE 511.961); 
 A classificação indicativa das diversões públicas e programas de rádio e TV devem ter 
natureza meramente indicativa, não se confundindo com licença prévia (ADI 2.404). 
ATENÇÃO! 
A liberdade de expressão NÃO abrange os chamados “discursos de ódio” 
(manifestações de ódio, desprezo ou intolerância contra determinados grupos, 
vinculados a questões de etnia, religião, gênero, deficiência, orientação sexual etc.). 
 DICA 72 
ESCUSA DE CONSCIÊNCIA 
O artigo 5º, em seu inciso VIII garante que ninguém terá cerceado seus direitos por 
motivo de crença religiosa, de convicção filosófica ou política. 
Trata-se de garantia ao direito de liberdade assegurado pela CF/88. 
Contudo, caso o indivíduo se exima de obrigação legal a todos impostas e recusar-se a 
cumprir prestação alternativa fixada em lei, haverá restrição de seus direitos. 
 
 
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DICA 73 
DIREITO À PRIVACIDADE (INC. X) 
Conforme se extrai do inciso em estudo, a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem 
das pessoas são invioláveis, caso ocorra alguma violação, será assegurado à vítima o 
direito a indenização pelo dano material ou moral sofrido. 
As pessoas jurídicas, por serem titulares dos direitos à honra e à imagem, poderão ser 
indenizadas por dano moral sofrido. A honra tutelada aqui é a objetiva!!! 
 DICA 74 
DIREITO À PRIVACIDADE (INC. X) 
É INEXIGÍVEL O CONSENTIMENTO de pessoa biografada relativamente a obras 
biográficas literárias ou audiovisuais, sendo igual desnecessária autorização de pessoas 
retratadas como coadjuvantes (ou de seus familiares, em caso de pessoas falecidas). 
O direito à privacidade abarca, ainda, a inviolabilidade do sigilo de dados (art. 5º, inc. 
XII), conforme se extrai da leitura desse dispositivo, é inviolável o sigilo da 
correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, para fins de investigação criminal 
ou instrução processual penal. 
ATENÇÃO! 
O Tribunal de Contas da União (TCU) e os Tribunais de Contas dos Estados (TCE’s) 
não podem determinar a quebra do sigilo bancário. 
As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) podem quebrar o sigilo bancário ou fiscal 
dos investigados. 
O sigilo das comunicações telefônicas somente pode ser quebrado pelo poder 
judiciário, trata-se da chamada “reserva de jurisdição”. 
DICA 75 
DIREITO À PRIVACIDADE (INC. X) 
Havendo a necessidade de coleta de prova via gravação ambiental (sendo impossível a 
apuração do crime por outros meios) e havendo ordem judicial nesse sentido, é lícita a 
interceptação telefônica. 
São ilícitas as provas obtidas por meio de interceptação telefônica determinada a partir 
apenas de denúncia anônima, sem investigação preliminar. 
DICA 76 
INVIOLABILIDADE DA CASA 
Segundo o inciso XI, do artigo 5º, a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela 
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial. 
Dá leitura do dispositivo extraímos que nos casos de flagrante delito, desastre e para 
prestar socorro, o agente pode entrar em qualquer horário na residência. Já quando se 
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tratar de determinação judicial, o agente somente poderá entrar na residência durante o 
dia. 
 Entende-se como “casa”: 
 Qualquer compartimento habitado; 
 Qualquer aposento ocupado de habitação coletiva; 
 Qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão 
ou atividade pessoal. 
 
Das exceções apresentadas, ressalta-se a determinação judicial, que somente 
poderá ser cumprida durante o dia. As outras exceções podem ocorrer durante o dia 
ou a noite. 
 Conceito de casa: abrange não só o domicílio, quanto o escritório, oficinas, garagens, 
quarto de hotéis. A doutrina ainda considera a boleia do caminhão como equiparado à 
casa. 
JURISPRUDÊNCIA 
O ingresso regular da polícia no domicílio, sem autorização judicial, em caso de 
flagrante delito, para que seja válido, necessita que haja fundadas razões (justa 
causa) que sinalizem a ocorrência de crime no interior da residência. A mera intuição 
acerca de eventual traficância praticada pelo agente, embora pudesse autorizar 
abordagem policial, em via pública, para averiguação, não configura, por si só, justa 
causa a autorizar o ingresso em seu domicílio, sem o seu consentimento e sem 
determinação judicial. STJ. 6ª Turma. REsp 1574681-RS, Rel. Min. Rogério Schietti 
Cruz, julgado em 20/4/2017 (Info 606). 
 
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DICA 77 
LIBERDADE PROFISSIONAL 
Segundo o inciso XIII, do art. 5º, é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou 
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. 
É inconstitucional a previsão de cancelamento automático de registro em conselho 
profissional por inadimplência da anuidade. Antes, em acatamento ao princípio do 
processo legal, deve haver a oitiva do associado. 
A inexistência de lei regulamentadora não impede o exercício da profissão. 
ATENÇÃO! 
Bacharel em Direito que exerce o cargo de assessor de desembargador não pode 
exercer a advocacia. 
DICA 78 
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO 
 Encontra-se positivada nos incisos: 
 é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
 a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de 
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
 as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades 
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; 
 ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
 as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade 
para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente. 
DICA 79 
DIREITO DE PROPRIEDADE 
Segundo os incisos XXII e XXIII, do artigo 5º, é garantido o direito de propriedade e essa 
deverá atender a sua função social. 
O direito de propriedade além de ser um direito individual, é um dos princípios da ordem 
econômica. 
A propriedade que está cumprindo sua função social goza da proteção estatal não 
podendo ser desapropriada. entretanto, com base na tutela do interesse público, e 
mediante prévia e justa indenização em dinheiro, a desapropriação poderá ocorrer 
nos de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social. 
Mas, em alguns casos não haverá a indenização em dinheiro quando da desapropriação, 
é muito importante que você saiba quais são esses casos, uma vez que pode ser objeto de 
questionamento na sua prova. 
 
 
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 São eles: 
 Desapropriação para fins de reforma agrária; 
 Desapropriação de imóvel urbano não-edificado que não cumpriu sua função social; 
 Desapropriação confiscatória. 
A declaração

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